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SBCMC 3 - Farmacologia 
 Rafaela Alves 
Exames Laboratoriais e 
Pré-operatório 
Introdução 
u Os exames laboratoriais devem ser solicitados de forma 
criteriosa e de acordo com as condições clínicas do paciente e 
do porte cirúrgica 
u Cada tubo para coleta de sangue possui uma função, específico 
para determinado tipo de análise 
 
Classificação das cirurgias quanto ao 
risco 
u Baixo Risco 
o Paciente hígido, candidato a cirurgia de pequeno a médio 
porte 
u Risco intermediário 
o Cirurgia eletiva, de porte médio, paciente com alguma 
alteração funcional, mas que precisam de cuidados 
especiais além dos rotineiros. 
o Cirurgia em idoso, urgências de médio porte sem preparo 
prévio 
u Risco Alto 
o Portadores de enfermidades graves, com repercussão 
funcional acentuada, exigindo cirurgia de porte médio ou 
elevado 
o Portadores de doenças associadas descompensadas, 
exigindo cirurgia de porte médio ou elevado 
o Urgência de grande porte sem preparo prévio. 
u Risco Proibitivo 
o Pela própria enfermidade ou por patologias associadas à 
indicação cirúrgica, que represente risco de mortalidade no 
trans ou pós-operatório 
 
u *** Investigar anemia (hemograma, índices hematimétricos); 
plaquetas (distúrbio de coagulação); TGO e TGP (problemas 
hepáticos); creatinina para avaliar função renal... 
 
Recomendação para solicitação de 
exames laboratoriais 
u Hemograma 
o Pacientes em uso de anticoagulação com varfarina 
o Pacientes com insuficiência hepática 
o Portadores de distúrbios da coagulação (histórico de 
sangramento 
o Pacientes portadores de comorbidades – nefropadia, DM, 
HAS, insuficiência hepática ou cardíaca – se não tiver um 
resultado desses exames nos últimos 12 meses 
o Intervenções de médio e grande porte 
o Pedido em todos os pacientes com mais de 40 anos 
u Hormônios controlados pela insulina 
 
 
 
 
 
Hemograma 
u Estabelece aspectos quantitativos e qualitativos das celulas do 
sangue: 
o ERITROGRAMA: eritrócitos 
o LEUCOGRAMA: leucócitos 
o PLAQUETOGRAMA: plaquetas ou trombócitos 
u Amostra: sangue total com anticoagulante EDTA (tampa roxa) 
 
u Recomendação 
o Suspeita clínica de anemia ou presença de doenças 
crônicas associadas à anemia 
o História de doenças hematológicas ou hepáticas 
o Intervenções de médio e grande porte, com previsão de 
sangramento e necessidade de transfusão 
o Todos os pacientes com idade superior a 40 anos 
 
Hemostasia / Testes da coagulação 
Coagulograma 
u Recomendação 
o Pacientes em uso de anticoagulação com varfarina 
o Pacientes com insuficiência hepática 
o Portadores de distúrbios da coagulação (história de 
sangramento) 
o Intervenções de médio e grande porte 
 
u Lesão endotelial à plaquetas vão se agrupando à rede de 
fibrina 
u Dentro das plaquetas temos grânulos de tromboxano A2, 
histamina, fator V, fator VII, e fator de Von Willebrand 
u Tudo isso vai levando a formação do tampão (é um tampão 
frágil) 
u Depois tem a coagulação secundaria onde precisa da ativação 
das proteínas da coagulação 
u Hemograma x Teste de sangramento 
o Quantificação x Funcionamento das plaquetas 
u Via extrínseca é avaliada pelo tempo de coagulação 
u Via intrínseca é avaliada pelo tempo de sangramento 
 
Tempo de sangramento 
- Screening in vivo da hemostasia primária 
- Tempo necessario para que um pequeno corte superficial na 
pele pare de sangrar. 
- Reflete função plaquetária qualitativa, bem como ação dos 
capilares 
- Método de Duke = incisão no lóbulo da orelha ou digital com 
controle do final do sangramento através de toque com papel 
de filtro (Valor Referencial até 3 minutos) 
- TS depende: 
o da interação das plaquetas com os capilares 
o da integridade vascular cutânea 
- TS prolongado: 
o Aumentado = plaquetopenia / trombocitopenia; uso de 
medicamentos antiagregantes plaquetários (ex.: AAS, 
clopidogrel); doença de Vol Wilebrand (TS > 10 minutos com 
contagem de plaquetas normal – n´8mero de plaquetas 
normais e tempo prolongado) 
o Normal = até 3 minutos 
 
 
 
 
 
SBCMC 3 - Farmacologia 
 Rafaela Alves 
Tempo de coagulação 
- Baixa sensibilidade, teste simples 
- Método de Lee-White: tempo necessário para que o sangue 
coletado coagule dentro de um tubo de vidro sem 
anticoagulante, colocado a 37ºC (contato com o vidro). 
- VR.: 5 -10 minutos (avalia a VIA INTRINSECA DA COAGULAÇÃO) 
 
 
 
Tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPa) 
- Usado nos pré-operatórios, avalia pacientes com hepatopatia e 
para avaliar pacientes que fazem anticoagulação com heparina 
- Feito com plasma, precisamos colher o sangue com 
anticoagulante 
- TTPa é feito no plasma descalcificado pelo uso de um 
anticoagulante, sequestrador de cálcio = citrato de sódio (tampa 
azul) 
- Inicia-se pela via intrínseca através do contato com caolin e o 
vidro, ativador. 
- Avalia as Coagulopatias da via intrínseca 
- Encontra-se prolongado nas deficiências dos fatores II, V, VIII, IX 
(hemofilias clássicas), X, XI, XII e fibrinogênio (I), 
- Avalia a terapêutica com heparina. 
- Relação aumentada = não sintetiza os valores envolvidos na via 
intrínseca 
- Pacientes que fazem terapia com heparina a relação tem que 
ficar entre 1,5-2,5 
 
Tempo de protrombina (TAP ou TPAP) 
- Avalia a via extrínseca 
o ** Vitamina K carboxila e ativa os fatores da via extrínseca 
– inibida pela varfarina 
o Aonde tem Vit. K = alface, gema de ovo, fígado, couve-flor, 
espinafre ou da produção pela flora bacteriana intestinal 
- Conhecido como Método de Quick. 
- Plasma descalcificado pelo uso de citrato de sódio. 
- Adição de um extrato de tecido animal, contendo o fosfolipidio 
plaquetario semelhante ao FT(fator III) = CEFALINA (cérebro de 
coelho) 
- Ao adicionar o Cálcio ionizado, a coagulacão é iniciada pela via 
extrinseca (FT = fator VII). 
- Valor referencial = 10-13 seg 
- Alterad quando tem:: 
o Deficiências de fatores I, II, V, VII, IX e X 
o Presença de alguns anticoagulantes circulantes 
(anticoagulante lúpico – interfere na reação) 
o Hepatopatias 
o Deficiência de vitamina K 
- Resultados expressos em segundos e atividade (%) 
- Padronização e comparação de resultados = INR(relação 
internacional normatizada) 
- INR – relaciona o TAP do paciente e o TAP normal (V.R.= 0,8 e 1,2) 
- É utilizado no controle da anticoagulação oral (WARFARINA) 
 
Glicemia 
u Recomendação para pacientes com DM 
o Solicitar glicemia em jejum e hemoglobina glicada para 
todos os pacientes com diabetes melito 
o Manter a glicemia em jejum entre 90 a 130 mg/dL, glicemia 
pós-prandial (2 horas) até 180 mg/dL e hemoglobina 
glicada<7,0% 
o A individualização de metas deve ser considerada para 
idosos, portadores de insuficiência cardiaca e gestantes 
o O ajuste de doses de medicações objetivando melhor 
controle glicêmico pode necessitar de auxílio do 
especialista, principalmente nos usuários de insulinoterapia 
o Pacientes com hemoglobina glicada > 9,0% (representa 
média de glicemia de 212 mg/dL) devem receber medidas 
para controle da glicemia antes de cirurgias eletivas. 
o Solicitar consulta com especialista (se disponível) para 
otimização mais rápida do controle glicêmico 
 
u Momento para suspenção das medicações orais para o controle 
do DM 
o Biguanidas (Metfomina) - 24 a 48 horas 
o Sulfonilureias primeira geração (Clopropramida0 - 48 a 72 
horas 
o Sulfonilureias segunda geração (Glicazida, glibenclamida, 
glipizida e glimepirida) - No dia 
o Tiazolidinedionas (Piogitazona) - No dia 
o Acarbose (Acarbose) - 24 horas 
o Glinidas (Repaglinida e nateglinida) - No dia 
o Inibidores DPP4 (Sitagliptina, saxagliptina, vildagliptina, 
liragliptina, e alogliptina) - Podem ser mantidas mesmo no 
jejum 
o Agonistas do GLP1 (Exenatida, liraglutida, lixizenatida) - No 
dia 
o Inibidores SLGT2 (dapaglifozina, canagifozina e 
empaglifozina) - No dia 
u Manejo das insulinas no pré-operatório 
o NPH à manter as doses no dia anterior, inclusive a 
noturna; no dia se cirurgia no primeiro horário,.usar dois 
terços da dose; se cirurgia pela manhã metade da dose; se 
cirurgia a tarde, um terço da dose 
o Detemir, glargina e degludeca à manter a dose no dia 
anterior; reduzir a metade no dia da cirurgia 
o Rápida ou ultrarrápida à suspender as doses prandiais 
fixas; manter esquema escalonado durante jejum 
u Recomendações para o controle glicêmico no paciente com DM 
internado 
o Monitoração da glicemia capilar (Nível de Evidência A); em 
pacientes em uso de medicações orais: em jejum e pré-
prandiais; e em pacientes em uso de insulina: pré-prandiais 
e antes de dormir (Nível de Evidência C) 
o Metas de controle para pacientes com hiperglicemia 
§ Glicemias pré-prandiais entre 80 a 140 mg/dL 
§ Glicemias aleatórias até 180 mg/dL 
§ Evitar hipoglicemias: abaixo 70 mg/dL 
§ Reavaliar doses de insulinas se glicemias inferiores a 
100mg/dL 
 
 
 
 
 
SBCMC 3 - Farmacologia 
 Rafaela Alves 
u Recomendações para o Controle Glicêmico no Dia da Cirurgia 
(em Jejum) 
o Os pacientes com diabetes melito devem ser 
preferencialmente operados no primeiro horário do dia, 
especialmente os usuários de insulina 
o Devem-se evitar hipoglicemias e a variabilidade glicêmica 
o Monitorar a glicemia capilar a cada 6 horas em pacientes 
usuários de medicações orais e a cada 4 horas em usuários 
de insulina 
o Manter glicemias entre 80 a 180 mg/dL 
 
TSH 
u Recomendação 
o Dosagem de TSH no perioperatorio de pacientes com 
situações de risco para hipotireoidismo ou se maior que 65 
anos, principalmente mulheres 
o Pacientes em tratamento de hipotireoidismo deve ter um 
TSH normal nos últimos 3 a 6 meses para ser considerado 
adequadamente tratado 
o Para hipotireoidismo recem-diagnosticado em pacientes < 
45 anos e sem comorbidades, iniciar tratamento com 1,6 
mog/kg/dia de T4(levotiroxina) em jejum cedo ou ao deitar 
o Para hipotireoidismo recém-diaanosticado, em pacientes > 
45 anos e sem comorbidades, iniciar levotiroxina 
50mcg/dia e aumentar 25 mcg a cada 2 a 4 semanas 
o Para pacientes idosos e coronarianos, a dose inicial deve 
ser de 12,5 a 25 mcg, e aumentar 12,5 a 25 mcg a cada 2 a 4 
semanas 
o Aguardar que o paciente com hipotireoidismo subclinico 
fique eutireoideano 
 
u Recomendações gerais para pacientes com hipertireoidismo 
o A avaliação paralela de um endocrinologista deve ser 
fortemente considerada no perioperatório de pacientes 
com hipertireoidismo 
o Antes do procedimento eletivo, o paciente deve estar 
adequadamente tratado do hipertireoidismo com 
medicações; só deve ser liberado para cirurgia 3 a 8 
semanas após o controle do hipertireoidismo 
o Medicamentos anti-tireoideanos: os mais utilizados são 
propiltiouracil e metimazol - inibem a síntese de hormônios 
tirecideanos, impedindo a oxidação e organificação do iodo. 
O propiltiouracil possui o beneficio adicional de inibir a 
conversão peritérica de T4 a T3 em doses altas, sendo, por 
este motivo, mais utilizado no perioperatório. A dose 
habitual é de 100 mg a cada 8 horas, e a dose máxima é 
de 400 mg no mesmo tempo. As doses de metimazol 
variam de 10 a 120 mg ao dia em dose única. A dose deve 
ser reavaliada a cada 4 a 6 semanas. Os efeitos adversos 
raramente são graves: rash cutâneo, febre, prurido e 
artralgia, elevações transitórias de enzimas hepáticas e 
leucopenia. Complicações mais graves, menos frequentes 
e que exigem a suspensão do medicamento são 
agranulocitose (0,5%), hepatite grave, sindrome lúpus-like e 
trombocitopenia; pacientes tratados com pro piltiouracil no 
perioperatório devem receber o equivalente de metimazol 
na alta, por este ser um medicamento mais potente, de 
posologia mais facil e que aumenta a aderência 
o Betabloqueadores: o mais utilizado é o propranolol na dose 
de 10 a 80 mg a cada 6 a 8 horas (1,0 mg venoso no 
intraoperatorio). O esmolol pode ser administrado no 
intraoperatorio com dose de ataque de 500 mcg/kg em 1 
minuto e manutenção de 25 a 300 mcg/kg/minuto

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