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c3 anest 2 monitorizacao em anestesia

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SBCMC 3 - Anestesiologia 
 Rafaela Alves 
Monitorizacao em 
Anestesia 
Objetivos 
u Detectar alterações precocemente antes que evoluam para 
complicacões graves à Diminuição do risco! 
u Redução de custos 
u Melhoria da qualidade do serviço anestésico 
u MONITOR + ANESTESISTA = SEGURANÇA 
 
Monitores obrigatórios 
~ Resolução 1.802/2006 do CFM 
u Oximetria de pulso 
u Cardioscópico (ECG em tempo real) 
u Pressão arterial 
u Capnógrafo (para os que vão receber anestesia geral) 
u Estetoscópio 
u Temperatura 
 
Oxímetro de pulso 
Verifica: 
u Saturação de oxigênio da hemoglobina 
o Diagnostico de hipoxemia 
o ** oximetro de pulso pode falhar quando o paciente está 
dessaturando 
u Frequência cardíaca 
o Monitorização contínua da FC 
o Detecta variações abruptas da FC 
§ Bradiassistolia / taquiarritmias 
o Perda da onda de pulso à hipotensão? 
 
 
u Causas da hipoxemia 
o Queda da SpO2 
o Oxigenação (não chega O2) 
§ Ex.: queda da língua em relaxamento excessivo 
o Hipoventilação (fármacos anestésicos) 
§ Fármacos sedativos diminuem a ventilação 
o Troca ao nível alveolar diminuída 
§ Ex.: edema pulmonar, pneumonia... 
o Shunt (mistura do ar rico em O2 com o ar rico em CO2) 
o Atelectasia, pneumoperitônio 
§ Comum em cirurgia torácicas, as vezes ocorre uma 
intubação seletiva pra trabalhar melhor no pulmão 
não ventilado, então quando acabar a cirurgia deve 
fazer uma ventilação bipulmonar 
§ O pneumoperitônio é o ar na região abdominal que 
dificulta a movimentação do diafragma 
comprometendo o processo respiratório 
 
u Tratamento de hipoxemia 
o Fornece O2 suplementar (cateter, máscara) 
o Ventilação não invasiva (sem intubação) 
o Intubação e Ventilação com Pressão Positiva 
o PEEP 
o Manter FiO2 (fração inspirada de oxigênio) alta 
o Fisioterapia (secreção, atelectasia) 
o Decúbito ventral 
§ Tira o peso da caixa torácica, melhorando a 
expansão do pulmão 
 
Monitorizacao da ventilacao 
u Auxilia no diagnóstico e tratamento da Hipoxemia 
o Volume Corrente médio (volume efetivo de troca que tem 
no pulmão) 
o Pressão de Via Aérea (pressão que evita que ocorra um 
barotrauma e lesão na traqueia) 
o Fração de oxigênio inspirada 
o Frequência respiratória 
o PEEP (pressão expiratória final) 
u ** é restrita ao fisioterapeuta e anestesista 
 
Fluxo sanguíneo tecidual 
u Avalia o fluxo sanguíneo tecidual; se os tecidos do paciente está 
sendo bem perfundido 
u Oferta de Oxigênio – Viabilidade Celular 
u Débito Cardíaco 
o Difícil medição e alto risco 
o Invasivo 
o Padrão-Ouro pra medir o fluxo sanguíneo tecidual 
o Cateter de Swan Ganz à introduz o cateter pela v. jugular 
ou subclávia e vai para: VCS à AD à VD à AP onde 
monitora o DC 
o Atualmente, existem softwares que, a partir da correlação 
de diferentes parâmetros, conseguem fornecer ao 
anestesista informações a respeito do DC do paciente 
u *** Pressão Arterial *** 
o Fácil medição 
o Não invasivo 
o Correlação ruim com o débito cardíaco 
 
Pressao arterial 
u Perfusão Cerebral 
o Prevenção de isquemia – AVC 
u Perfusão Coronariana 
o Prevenir coronariopatias e IAM 
o Manter débito cardíaco 
u Perfusão Renal 
o Eliminação de escórias 
o Pressão para filtração renal ~ 65 a 70 mmHg 
o Paciente com hipotensão pode ter anúria (grave em 
cirurgias longas; nesses casos faz monitorização com 
sonda vesical do débito urinário) 
u Perfusão Hepática 
o Metabolização de fármacos (baixa perfusão = 
prolongamento do tempo de anestesia do paciente) 
 
SBCMC 3 - Anestesiologia 
 Rafaela Alves 
Métodos para aferir a pressão arterial 
Pressão arterial não-invasiva 
- Método Palpatório 
o Scipione Riva-Rocci (PA sistólica somente) – 1896 
o Insufla o manguito, palpa artéria e verifica a PAS enquanto 
desinsufla o manguito 
- Método Auscultatório 
o Sons de Korotkoff (PA diastólica e sistólica) – 1905 
- Método Oscilométrico 
o Monitores eletrônicos automatizados 
o É o mais prático então é o que mais usa 
o Muito sujeito a interferências – CUIDADO! 
 
Pressão arterial invasiva 
- Padrão Ouro para medição da PA 
- É usado em grandes cirurgias 
- Medição direta do interior da artéria 
o Cateter intra-arterial associado ao transdutor de pressão 
(DOMUS) que afere a PA em tempo real 
- Faz uma curva da pressão arterial 
- Ainda possibilita a coleta de material para a gasometria 
- Geralmente canula a artéria radial ou pediosa 
 
Hipertensão 
- Causas: 
o Anestesia superficial (reflexo simpático) 
§ Quando a dose do anestésico não é suficiente pro 
paciente ficar sedado então começa a ter reflexos 
durante a cirurgia e aumenta a FC 
o Hipervolemia 
§ Hipervolemia à h DC à h PA) 
o Excesso de vasopressores 
o Pneumoperitôneo (h resistência vascular à h PA) 
 
Hipotensão 
- Causas: 
o Hipovolemia 
o Anestesia profunda / excessiva 
§ Dilatação arterial grande à i Rp à i PA) 
o Vasodilatação (paciente recebe muito vasodilatador) 
 
Eletrocardiograma 
u Avalia a dinâmica do coração à FC; isquemia e arritmias 
u Frequência Cardíaca 
o Quando tem falha no oxímetro (ex.: mão fria do paciente; 
esmalte...) 
u Isquemia do Miocárdio 
o Alterações do segmento ST e arritmias 
o *não detecta infartos pequenos em tempo real, mas 
aparecem no papel 
o Pode avaliar 3 a 5 derivações do ECG em alguns monitores, 
então é preferível monitores que avaliem tanto o lado 
direito quanto o esquerdo 
u Arritmias (Taqui e Bradiarritmias) 
o Bradiarritmias 
§ Sinusal, BAVT 
o Taquiarritmias 
§ Sinusal (anestesia superficial, laparoscopia, 
hipovolemia) 
§ Supraventricular 
§ Ventricular 
 
Capnógrafo 
u É um aparelho obrigatório para toda anestesia geral 
u Identifica o volume de CO2 que o paciente está exalando e 
identifica se a troca está acontecendo normalmente ou não 
o Normal = 35-45 mmHg 
u Medição do CO2 expirado 
o Capnógrafo fornece uma curva e vemos se o pacientes 
está expirando muito ou pouco CO2 
 
Aumentado 
- Hipoventilação (pneumoperitôneo, obesidade) 
o Com a hipoventilação considera-se que tem muito CO2 
acumulado na circulação, então vai eliminar mais CO2 na 
expiração 
- Hipertermia maligna 
- Laparoscopia (insuflação de CO2) 
 
Diminuído 
- Hiperventilação 
o Pouco CO2 acumulado então excreta pouco CO2 na 
expiração 
- Hipotensão 
- Embolia aérea 
 
Intercorrências do capnógrafo 
1. Identifica intubação correta e/ou Esofágica. 
2. Mostra anestesia superficial e/ou pouco curarizado. 
3. Sinais de hipertermia maligna. 
4. Desconexão do Tubo 
5. Acotovelamento do tubo 
6. Broncoespasmo 
 
Curva do capnógrafo 
 
 
h = inspiração 
--- = platô 
i = expiração

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