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Teologia do Batismo no Espirito Santo - Clovis Torquato Jr_ (2)

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Prévia do material em texto

Clovis Torquato Jr
Teologia do batismo no Espírito Santo:
descubra o poder sobrenatural de Deus
 
2ª edição ampliada
 
 
São Paulo, 2019
Copyright © Editora Recriar, 2019.
 
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998.
É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por
quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação e outros), sem
prévia autorização, por escrito, da editora.
 
Editor: Iago Freitas Gonçalves Capa, Diagramação e Projeto Gráfico: Carol
Palomo Revisor: Noé P. Campos
Conselho editorial: Dr. Claiton Pommerening (REFIDIM-SC) Dr. David Mesquiati de
Oliveira (Unida-ES) Dr. Edin Sued Abumanssur (PUC-SP) Dr. Fernando Albano
(REFIDIM-SC) Dr. Gedeon Freire de Alencar (FTB-SP) Dr. Maxwell Fajardo (UniCEU-
SP)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Para contato envie um e-mail para: faleconosco@editorarecriar.com
 
Acesse a nossa loja virtual e conheça outras obras.
www.editorarecriar.com
mailto:faleconosco@editorarecriar.com
http://www.editorarecriar.com/
 
“Ἡ ἀγάπη οὐδέποτε πίπτει·”
Apóstolo São Paulo
À Eunice, minha esposa,
Neto e Mattheus, meus
filhos,
Pela experiência de lar que me
proporcionam: “–Na terra um pedaço
do céu!”
 
“...e mais, muito mais... ...não há palavras...”
 
(Curitiba, dezembro de 2008)
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
PREFÁCIO 1
PREFÁCIO 2
INTRODUÇÃO
 
1ª PARTE: O COROLÁRIO DA EFUSÃO DO ESPÍRITO
1. GRAÇA SOBRE GRAÇA: PORQUE BUSCAR MAIS DE DEUS
1.1. A medida da estatura da plenitude de Cristo
1.1.1. Os três elementos básicos que constituíam a plenitude de Cristo
1.1.1.1. Jesus tinha a plenitude do Espírito Santo
1.1.1.2. Jesus era a perfeita imagem de Deus
1.1.1.3. Jesus tornou-se obediente até à morte de cruz
1.2. Alcançar a plenitude da estatura de maturidade é um processo
1.3. Alcançar a plenitude do Espírito é um processo
1.4. Vinhos e odres: essências e aparências na obra do Espírito Santo
1.4.1. Falando de vinhos
1.4.2. Falando de odres
1.4.3. Falando de vinhos e odres
2. SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO: PEDINDO O ESPÍRITO TODOS OS DIAS E
SUBMETENDO-SE A ELE
2.1. O enchimento do Espírito em Lc 11.13: a tríade de requerimentos
(pedidos)
2.1.1. Primeiro requerimento: pedir o Espírito
2.1.2. Segundo requerimento: buscar os dons espirituais
2.1.3. Terceiro requerimento: bater com insistência
2.2. O enchimento do Espírito em Efésios 5.18: enchimento pelo Espírito
2.2.1. Encher-se do Espírito: o Espírito como agente do enchimento
2.2.1.1. O contraste entre estar embriagado e viver cheio do Espírito
2.2.1.2. A interpretação da expressão grega “πληροῦσθε ἐν πνεύματι”
“pleroûsthe en pneúmati”
2.2.2. Os resultados de uma vida que caminha para a plenitude de Deus
3. A ORAÇÃO EM LÍNGUAS: EDIFICANDO-SE A SI MESMO E DANDO GRAÇAS
A DEUS
3.1. A oração em línguas como “dom”
3.2. A oração em línguas para edificação do crente
3.3. Oração em línguas para dar graças a Deus
3.4. O dom de línguas tem sua origem no Espírito Santo
3.5. Como obter o dom de línguas: recebendo ou pedindo
3.6. As questões da importância e da imprescindibilidade do dom de línguas
3.7. O dom de línguas em Atos e em 1 Coríntios'
4. AS IGREJAS DOS APÓSTOLOS: OS AUTORES DO NOVO TESTAMENTO E O
PENTECOSTE
 
2ª PARTE: AS BASES DA EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO
5. AS PROFECIAS ACERCA DA EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO
5.1. Antiga e Nova Alianças
5.2. As profecias
5.2.1. Isaías
5.2.2. Ezequiel
5.2.3. Joel
5.2.4. João Batista e Jesus
5.2.4.1. João Batista
5.2.4.1.1. O significado de “batizar com o Espírito Santo” para João Batista
5.2.4.1.2. Cinco pontos que explicam porque João queria ser batizado por
Jesus
5.2.4.1.2.1. João deseja ser batizado por Jesus com o Espírito Santo
5.2.4.1.2.1.1. Dois aspectos deste desejo
5.2.4.1.2.2. Jesus não precisava do batismo nas águas
5.2.4.1.2.3. Será que é possível abandonar o batismo com água?
5.2.4.1.2.4. João sabia que Jesus cumpriria a promessa de batizar no Espírito
5.2.4.1.2.5. João não conhecia o plano de Deus para o batismo com o
Espírito
5.2.4.2. Jesus
5.2.4.2.1. A presença do Espírito Santo nas pessoas durante o ministério
terreno de Jesus
5.2.4.2.2. As onze profecias de Jesus acerca da “efusão do Espírito”
5.3. O primeiro e o último encontros de Jesus com os discípulos: o
“assopro do Espírito” e a “promessa do Pai”
5.3.1. O encontro do primeiro dia
5.3.2. O encontro do último dia
6. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DAS PESSOAS DA “ANTIGA ALIANÇA”
6.1. A criação
6.2. Israel
6.3. José
6.4. Moisés
6.5 Os setenta anciãos alistados por Moisés
6.6. Bezalel e os trabalhadores do tabernáculo e do templo pós-exílico
6.7. Josué
6.8. Os juízes de Israel e outros que profetizaram
6.9. As escolas de profetas e os mensageiros de Saul
6.10. Samuel
6.11. Elias e Eliseu
6.12. Ezequiel
6.13. Miquéias
6.14. Daniel
6.15. Micaías e o homem de Deus “anônimo”
6.16. Ageu, Zacarias, os profetas escritores e não-escritores
6.17. Saul e Davi
6.18. Balaão: um caso desafiador
6.19. Dois padrões da presença do Espírito: visitação e permanência
6.20. Zacarias
6.21. Isabel
6.22. Simeão
6.23. Ana
6.24. Maria, a mãe de Jesus
6.25. João Batista
6.26. Jesus
6.27. Os discípulos de Jesus e os “quase cento e vinte” do Pentecoste
 
3ª PARTE: A EFUSÃO DO ESPÍRITO VISTA A PARTIR DE ATOS
7. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DAS PESSOAS DA “NOVA ALIANÇA”:
JERUSALÉM – ATOS 1 A 7
7.1. Jerusalém – Atos 1 a 7
7.1.1. A profecia de Joel tem múltiplos cumprimentos
7.1.2. O derramamento do Espírito marca o início do ministério do Espírito
7.1.3. A Festa do Pentecoste
7.1.4. Os quatro fenômenos
7.1.4.1. O som como de vento forte
7.1.4.2. Línguas como de fogo
7.1.4.2.1. O “som como de vento forte” e as “línguas como de fogo”
cotejados com o “ser cheio do Espírito Santo” e o “falar em línguas”
7.1.4.3. Ser cheio do Espírito Santo
7.1.4.4. Falar em outras línguas
7.1.4.4.1. Falar em línguas não é evidência inicial do enchimento do Espírito
7.2. A expressão: “batizar com o Espírito Santo”
7.2.1. O uso das partículas gregas “μέν” “mén” e “δέ” “dé”
7.2.1.1. Três interpretações possíveis do uso destas partículas
7.3. Expressões equivalentes em Atos 1 e 2, quanto à concessão e presença
do Espírito; e expressões de consequência que geraram a “efusão do
Espírito”
7.3.1. Expressões equivalentes
7.3.1.1. “Os fenômenos” equivalente de batizar com o Espírito
7.3.1.2. ‘Receber poder ao descer o Espírito equivalente de “os fenômenos”
7.3.1.3. Receber poder ao descer o Espírito equivalente de ser batizado no
Espírito
7.3.1.4. Derramar o Espírito equivalente de “os fenômenos”
7.3.1.5. Derramar o Espírito equivalente de receber o dom do Espírito
7.3.1.6. Receber o dom do Espírito equivalente de receber poder ao descer o 
Espírito
7.3.1.7. Receber o dom do Espírito equivalente de “os fenômenos”
7.3.2. Expressões de consequência que há em Lucas 24.49, Atos 1.4 e 2.33
(abrindo um parêntesis no estudo das expressões de equivalência)
7.3.2.1. A promessa de Jesus em Lucas 24.49 (Jesus e Pedro falaram da
mesma promessa em Atos 1.4 e 2.33)
7.3.2.2. A “promessa do meu Pai” (“promessa do Espírito”) como a base da
“efusão do Espírito”
7.3.2.3. A promessa do Pai como base do batismo no Espírito
7.3.2.4. A promessa do Pai como base da descida do Espírito
7.3.2.5. A promessa do Pai implicava em que o Pai deveria enviar o Espírito
7.3.2.6. Jesus também deveria enviar o Espírito
7.3.2.7. O Pai e Jesus, ambos enviam o Espírito
7.3.3. Expressões de equivalência (fechando o parêntesis)
7.3.3.1. Derramou isto que vedes e ouvis equivalente de “os fenômenos”
7.3.4. Das promessas ao cumprimento: identificando a origem dos
fenômenos
7.3.5. As seis expressões equivalentes que descrevem o que foi o
Pentecoste
7.3.6. A internalização do Espírito ocorreu no Pentecoste e só a partir daí o
Espírito passou a habitar nos crentes na “Nova Aliança”
7.4. Resumo das 8 expressões encontradas em Atos 1 e 2
7.5. Os verbos que são usados em Atos 1 e 2
7.6. A “efusãodo Espírito” chegou
7.7. Diferenças e semelhanças entre as Alianças
7.7.1. Diferenças entre as Alianças
7.7.2. Semelhanças entre as Alianças
7.8. O sermão de Pedro
7.8.1. As três partes do sermão
7.8.1.1. Explicação do fenômeno de falar em outras línguas
7.8.1.2. Convite à salvação
7.8.1.3. Os passos para receber o Espírito Santo
7.8.1.3.1. Três passos para receber o Espírito Santo
7.9. O “dom do Espírito Santo” é o batismo no Espírito
7.9.1. As duas implicações de que o “dom do Espírito Santo” é o “batismo
no Espírito”
7.10. Por que o autor de Atos não registra os fenômenos de “ser cheio do
Espírito Santo” e “falar em outras línguas” para os “quase três mil”?
7.10.1. Três considerações preliminares
7.10.2. Não é a intenção do texto fazer do registro dos fenômenos um padrão
para indicar que alguém foi batizado no Espírito
7.11. Oito pontos que indicam que “os quase três mil” e demais crentes
foram cheios do Espírito Santo
7.11.1. Dois aspectos sobre o enchimento do Espírito em Atos 1-7
7.12. Onze pontos que indicam que “os quase três mil” e demais crentes
falavam em outras línguas
7.13. Os dois blocos em Atos 1 a 7
7.14. Saindo de Jerusalém – Atos 8 a 12
8. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DAS PESSOAS DA “NOVA ALIANÇA”:
SAMARIA – ATOS 8
8.1. Samaria – Atos 8
8.1.1. Os sinais: autenticação do ministério
8.1.1.1. Sinais: a marca de Deus no Antigo Testamento
8.1.1.2. Jesus também operou sinais, e sua ressurreição é o maior dos sinais
8.1.1.3. Os apóstolos e demais crentes também operavam sinais
8.1.1.4. ministério de Filipe autenticado por sinais
8.1.2. O resultado da pregação e dos sinais: conversão
8.1.3. Os samaritanos recebem o Espírito Santo através da oração de Pedro
e João
8.1.3.1. Pedro e João em Samaria oraram para que os samaritanos
recebessem
o Espírito
8.1.3.2. O Espírito não havia descido sobre os samaritanos
8.2. Expressões equivalentes em Atos 8
8.2.1. Receber o Espírito equivalente de descer o Espírito sobre
8.2.2. Receber o Espírito equivalente de ser concedido o Espírito
8.2.3. Descer o Espírito equivalente de ser concedido o Espírito
8.2.4. As quatro expressões são equivalentes entre si: receber o Espírito,
descer o Espírito e ser concedido o Espírito
8.2.5. Descer o Espírito em Atos 8.16 equivalente de descer o Espírito em
Atos 1.8
8.2.6. Descer o Espírito Santo em Atos 8.16 equivalente de ser batizado com
o Espírito Santo em Atos 1.5
8.2.7. Receber o Espírito equivalente de ser batizado no Espírito
8.2.8. Três expressões equivalentes: receber o Espírito, descer o Espírito e
ser batizado no Espírito
8.2.9. Receber o Espírito equivalente de receber o dom do Espírito Santo e
de receber poder (ao descer o Espírito)
8.3. A oração e imposição de mãos para concessão do Espírito aos
samaritanos
8.3.1. Os samaritanos foram cheios do Espírito e falaram em línguas?
8.3.1.1. Foram cheios do Espírito
8.3.1.2. Falaram em outras línguas
8.3.2. Os samaritanos receberam o Espírito à semelhança dos “quase cento
e vinte”
8.4. O eunuco de Candace e o ministério de Filipe – Atos 8
9. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DAS PESSOAS DA “NOVA ALIANÇA”:
DAMASCO – ATOS 9
9.1. A conversão de Saulo no caminho para Damasco – Atos 9, 22, 26
9.1.1. Os cinco pontos da visita de Ananias a Paulo, na casa de Simão, o
curtidor
9.1.1.1. Quem era Ananias
9.1.1.2. O milagre da restauração da visão a Paulo
9.1.1.2.1. A imposição de mãos como instrumento de milagre
9.1.1.2.2. Ananias revela a mesma autoridade espiritual da Igreja dos
Apóstolos
9.1.1.3. Paulo recebeu o Espírito Santo durante a visita de Ananias
9.1.1.3.1. Seis razões que evidenciam que a conversão de Paulo se deu na
visita de Ananias, ocasião em que foi cheio do Espírito
9.1.1.3.1.1. O texto não afirma que Paulo se converteu no caminho de
Damasco
9.1.1.3.1.2. As causas das mudanças de comportamento de Paulo durante a
viagem: a luz que brilhou e a voz que soou
9.1.1.3.1.3. O texto não menciona a palavra “conversão”
9.1.1.3.1.4. O conceito de “conversão” ainda no caminho de Damasco é um
conceito estranho ao texto
9.1.1.3.1.5. A palavra “irmão” usada por Ananias
9.1.1.3.1.6. A conversão de Paulo só se deu com a visita de Ananias
9.1.1.3.2. Paulo recebeu o Espírito Santo e foi cheio no mesmo 
momento da sua cura
9.1.1.3.3. Ficar cheio do Espírito foi o momento da internalização do 
Espírito para Paulo
9.1.1.3.4. Duas evidências a mais de que Paulo foi cheio do Espírito
9.1.1.3.5. Paulo falou em línguas durante a visita de Ananias?
9.1.1.3.6. Três implicações sobre o recebimento do Espírito
9.1.1.4. A missão de Paulo
9.1.1.5. A conversão de Paulo
9.2. A pregação de Paulo: Jesus é o Cristo
10. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DAS PESSOAS DA “NOVA ALIANÇA”: O
CRESCIMENTO DA IGREJA – ATOS 9.31
11. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DAS PESSOAS DA “NOVA ALIANÇA”:
CESARÉIA E A CASA DE CORNÉLIO – ATOS 10, 11 E 15
11.1. O derramamento do Espírito sobre os gentios
11.2. Quem era Cornélio
11.3. O centro do relato: “caiu o Espírito Santo sobre todos”
11.4. Expressões equivalentes em Atos 10, 11, 15 e comparações com Atos 1
e 2
11.4.1. Cair o Espírito (At 10) equivalente de derramar o Espírito (At 2)
11.4.2. Cair o Espírito (At 10) equivalente de ser cheio do Espírito (At 2)
11.4.3. Cair o Espírito equivalente de derramar o dom do Espírito (At 10)
11.4.4. Derramar o dom do Espírito (At 10) equivalente de derramar o Espírito
(At 2)
11.4.5. Derramar o dom do Espírito (At 10) equivalente de receber o dom do
Espírito (At 2)
11.4.6. Derramar o dom do Espírito (At 10) equivalente de ser cheio do
Espírito (At 2)
11.4.7. Receber o Espírito (At 10) equivalente de receber o dom do Espírito
(At 2) 11.4.8. Cair o Espírito equivalente de receber o Espírito (At 10)
11.4.9. As três expressões equivalentes próprias em Atos 10
11.4.10. Cair o Espírito equivalente de ser batizado no Espírito (At 11)
11.4.10.1 Seis implicações decorrentes da forma como Pedro explica, em
Jerusalém, sua ida à casa de Cornélio
11.4.11. Cair o Espírito equivalente de conceder o dom do Espírito
(concedido a nós – At 11) e conceder o Espírito (como também a nós – At 15)
11.4.12. As sete expressões equivalentes próprias de Atos 11 e 15
11.4.13. As dez expressões equivalentes de Atos 10, 11 e 15
11.4.14. Porque o fenômeno de “falar em línguas” não está listado entre as
expressões equivalentes
11.5. Seis correspondências que Pedro fez entre o Pentecoste e a casa de
Cornélio
11.5.1. Deus derramou o “dom” do Espírito sobre ambos
11.5.2. Ambos receberam o Espírito Santo
11.5.3. Sobre ambos caiu o Espírito
11.5.4. Deus concedeu o Espírito a ambos
11.6. A exegese de Atos 11.17 e 19.2: como recebemos o Espírito Santo
11.6.1. Atos 11.17
11.6.2. Atos 19.2
11.6.3. Crer é o modo como se recebe o Espírito
11.7. “Os da casa de Cornélio” creram em Jesus e receberam o Espírito
11.8. “Os da casa de Cornélio” receberam o batismo no Espírito antes de
serem batizados com água
11.9. Todos recebem o Espírito na “Nova Aliança”
11.9.1. Duas implicações de o Espírito ser derramado sobre todos
11.10. O fenômeno de falar em outras línguas manifestou-se na casa de
Cornélio
11.11. Deus concedeu “arrependimento para a vida” aos “da casa de
Cornélio”
12. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DAS PESSOAS DA “NOVA ALIANÇA”:
ANTIOQUIA E A VISITA DE BARNABÉ – ATOS 11
13. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DAS PESSOAS DA “NOVA ALIANÇA”: A
VISITA DE PAULO A ÉFESO – ATOS 19 (ATOS 13 EM DIANTE)
13.1. Dois passos para compreender a atuação e o impacto de Apolo em
Éfeso
13.1.1. Quem era Apolo e como era sua pregação quando estava em Éfeso
13.1.1.1. Quem era Apolo
13.1.1.2. A pregação e o batismo de Apolo eram oriundos do ministério 
de João Batista
13.1.1.3. Quatro elementos da pregação cristã que faltavam a Apolo
13.1.2. Áquila e Priscila expõem a Apolo a doutrina cristã do batismo no
Espírito
13.2. A visita de Paulo a Éfeso
13.2.1. Como o grupo de Éfeso foi designado de “discípulos”, se não eram
batizados em nome de Jesus?
13.2.1.1. Três pontos que respondem como elesforam designados de
“discípulos”, se não eram batizados em nome de Jesus
13.2.2. Paulo quer saber como é possível estes “discípulos” ainda não
terem recebido o Espírito, se conheciam quem era Jesus
13.2.3. O tipo de batismo que a pessoa tem identifica que tipo de fé professa
13.2.3.1. Eles eram batizados no “batismo de João”, portanto não eram
cristãos, mas possivelmente essênios
13.2.4. Paulo passa pura e simplesmente a pregar a mensagem cristã
13.2.4.1. Os quatro pontos da pregação paulina nas sinagogas de Éfeso e de
Antioquia da Pisídia – Atos 19 cotejado com Atos 13
13.2.5. Os “discípulos” creem em Jesus e são batizados com água: o re-
batismo
13.2.6. O Espírito Santo caiu sobre todos eles
13.3. Expressões equivalentes em Atos 19
13.4. Os “discípulos” foram batizados com água e depois receberam o 
Espírito Santo
13.5. Os fenômenos recorrentes de falar em outras línguas e profetizar
13.5.1. O fenômeno de falar em outras línguas
13.5.2. O fenômeno de profetizar
13.6. A prática de Paulo: levar os crentes a receberem o Espírito Santo
14. O FLUXOGRAMA
14.1. Conjunto A
14.2. Conjunto B
14.3. Conjunto C
14.4. Conjunto D
14.5. Conjunto E
14.6. Conjunto F
4ª PARTE: A EFUSÃO DO ESPÍRITO VISTA A PARTIR DAS EPÍSTOLAS
15. O QUE É O PENTECOSTE?
15.1. Evitando o reducionismo
15.2. O Pentecoste visto como mosaico, composto pelas expressões 
equivalentes de Atos
15.3. As expressões equivalentes encontradas em Atos
15.3.1. As expressões equivalentes de Atos 1 e 2
14.3.2. As expressões equivalentes de Atos 8
15.3.3. A expressão de Atos 9
15.3.4. As expressões equivalentes de Atos 10
15.3.5. As expressões equivalentes de Atos 11 e 15
15.3.6. As expressões equivalentes de Atos 19
15.3.7. As vinte e cinco expressões equivalentes que encontramos em Atos
15.4. Os gráficos de equivalência
15.5. As fórmulas de equivalência
15.6. O Pentecoste é um mosaico representado pela soma das expressões
equivalentes de Atos
16. O QUE É O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO?
16.1. Isaías: derramamento abundante
16.2. Ezequiel, Joel e Zacarias: derramamento como dádiva e internalização
do Espírito
16.3. Pentecoste: Deus cumpriu todas as promessas derramando seu
Espírito
17. O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO?
17.1. Jesus é quem batiza com o Espírito Santo
17.2. A analogia do mergulho: sentido incerto
17.3. A tradução da preposição grega “ἐν” “en” não responde a questão
17.4. As partículas “μέν” “mén” e “δέ” “dé” também não respondem a
questão
17.5. O “enchimento do Espírito” é um dos resultados do batismo no
Espírito, mas não pode interpretá-lo; isto é um reducionismo a ser evitado
17.6. O batismo no Espírito é o “rito de iniciação à obra do Espírito Santo”
18. O QUE É RECEBER O ESPÍRITO SANTO?
18.1. Doze pontos para saber o que é Deus dar seu Espírito
18.1.1. Deus deu seu Espírito a Jesus
18.1.2. Deus dá seu Espírito como quem batiza com o Espírito Santo
18.1.3. Deus dá seu Espírito a todos os crentes
18.1.4. Deus dá seu Espírito como garantia da salvação
18.1.5. Deus dá seu Espírito através do ato de crer
18.1.6. Deus dá seu Espírito com dupla função na vida do crente
18.1.7. Deus dá seu Espírito para permanecermos n’Ele e Ele em nós
18.1.8. Deus dá seu Espírito para ficar para sempre com o crente
18.1.9. Deus dá seu Espírito como suprimento diário para a vida espiritual
18.1.10. Deus dá seu Espírito através da obediência
16.3.1. Deus dá seu Espírito como quem concede a salvação
18.1.11. Deus dá seu Espírito como quem concede poder
18.2. Sete pontos sobre o que é receber o Espírito
18.2.1. Recebemos o Espírito porque Jesus recebeu do Pai a promessa do
Espírito
18.2.2. Recebemos o Espírito como quem é batizado com o Espírito Santo
18.2.3. Recebemos o Espírito de forma absoluta
18.2.4. Recebemos o Espírito através do ato de crer em Jesus
18.2.4.1. Os discípulos receberam o Espírito no Pentecoste
18.2.4.2. As três ocasiões propostas em que os discípulos poderiam ter 
recebido o Espírito
18.2.4.3. Pedro e Paulo também condicionaram o recebimento do Espírito
Santo 
ao ato de crer
18.2.4.4. Jesus, Pedro, João e Paulo condicionaram o recebimento do
Espírito Santo ao ato de crer
18.2.5. Vários momentos em que se recebe o Espírito Santo
18.2.5.1. Primeira ocasião: recebe-se o Espírito depois do batismo com
água. O recebimento do Espírito é posterior ao ato de crer
18.2.5.2. Segunda ocasião: recebe-se o Espírito antes do batismo com água.
O recebimento do Espírito é concomitante ao ato de crer
18.2.5.3. Terceira ocasião: recebe-se o Espírito sem indicação de 
quandoisto ocorreu
18.2.5.4. Quarta ocasião: trata-se daqueles que estão na igreja, mas ainda
não creram e por isso também ainda não receberam o Espírito
18.2.5.5. A ordem dos batismos com água e com o Espírito varia
18.2.5.6. A forma de receber-se o Espírito também varia
18.2.5.7. O momento de se receber o Espírito também varia
18.2.5.8. A manifestação dos fenômenos recorrentes também varia
18.2.6. Recebemos o Espírito para capacitação
18.2.6.1. Cinco etapas para conhecer o poder de Deus (capacitação) 
que está em nós
18.2.6.1.1. Deus é poderoso
18.2.6.1.2. Jesus é poderoso
18.2.6.1.3. O Espírito Santo é poderoso
18.2.6.1.4. Deus no sentido da Santíssima Trindade é poderoso
18.2.6.1.5. O poder que Deus tem vem ao crente pela presença do Espírito
18.2.7. Recebemos o Espírito porque somos filhos de Deus
18.3. O recebimento do Espírito na “Antiga Aliança”
19. O QUE É TER O ESPÍRITO?
20. O QUE É SER SELADO COM O ESPÍRITO SANTO DA PROMESSA?
20.1. O selo do Espírito Santo é a presença do Espírito na vida do crente
20.2. A finalidade de sermos selados com o Espírito: para o dia da redenção
20.3. A unção do Espírito: a capacitação do Espírito na vida do crente
20.4. Selo e unção do Espírito
21. O QUE É O ESPÍRITO DESCER SOBRE O CRENTE?
22. O QUE É DEUS HABITAR NO CRENTE?
23. COMO INTERPRETAR 1 CORÍNTIOS 12.13?
23.1. Dois passos na exegese de 1 Coríntios 12.13
23.1.1. O contexto geral e particular de 1 Coríntios 12.13
23.1.1.1. O contexto geral da carta
23.1.1.2. O contexto particular do capítulo 12
23.2. O texto grego de 1 Coríntios 12.13
23.2.1. As cinco partes que compõem o texto
23.2.4. Quadro comparativo das opções e das traduções
23.2.5. Não é possível identificar a estrutura de 1 Coríntios
23.3. 1 Coríntios 12.13 enfatiza que o batismo torna-nos um só corpo em
Cristo 
Jesus
CONSIDERAÇÕES FINAIS
POSFÁCIO
O DOM DO ESPÍRITO MANIFESTO NA IGREJA
I. O Espírito Santo, dom escatológico
II. Analogias pneumatológicas em Lucas
III. A nova criação e o mistério da Igreja
IV. Instância da graça e instância da experiência
V. Batismo no Espírito Santo e suas ênfases eclesiais
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS DO POSFÁCIO
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS DAS PARTES
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS DA INTRODUÇÃO
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS DA PARTE I
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS DA PARTE II
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS DA PARTE III
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS DA PARTE IV
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
 
APRESENTAÇÃO
Foi com muito prazer que recebi esta obra produzida por Clovis
Torquato Junior para fazer uma leitura e dar uma opinião a respeito
de seu conteúdo. Certamente, aqueles que trabalham com a
teologia, em especial com a teologia bíblica, como é o meu caso,
perceberão logo o valor acadêmico que se encontra neste compêndio
que o autor chamou de “Teologia do batismo no Espírito Santo”. Seu
valor acadêmico nada deve àqueles que procurarem nele, também,
aspectos devocionais, pois quando se trata da busca do significado
dos textos bíblicos, o esclarecimen-to das passagens dirige o leitor
naturalmente para uma devoção mais esclarecida.
O produto final das pesquisas de Torquato é apresentado aqui
como uma obra de fôlego. São quatro partes maiores, divididas em
vinte e três capítulos, os quais se subdividem em muitas outras
porções, procurando abordar todos os aspectos possíveis da questão,
em mais de quinhentas e cinquenta páginas escritas. Sim, o autor vai
fundo em suas investigações! Pode-se dizer que ele produziuuma
obra de Teologia Sistemática com profundas raízes na Exegese de
Textos. Ou seja, sis-tematizou o assunto, procurando apresentar os
aspectos gerais que a Bíblia trata a respeito do tema e, ao mesmo
tempo, ocupou-se detalhadamente com o esclareci-mento dos
significados dos textos utilizados como base para esta
sistematização. De forma muito especial, lançou mão de seu
conhecimento do Grego do Novo Testamento ao tratar das passagens,
o que deve interessar em muito aos estudantes desta língua, pois ele
mostra, na prática, como é que esta ferramenta pode ser utilizada na
interpretação de textos bíblicos.
Um dos pontos de destaque na obra é a atitude honesta do
autor ao abordar o tema. Como o assunto é polêmico e já causou
muitas divisões entre igrejas, e ge-rou muitos debates entre teólogos
de origem histórica e dos originários do pentecostalismo, é
relativamente comum, ao abordar o assunto, assumir um
posicionamento apologético. Contudo, o autor não agiu assim. Ele
procurou ao máximo ser fiel ao que os textos dizem. Ainda que a
preocupação com a fé esteja presente no texto, ele mesmo afirma, e
isso é perceptível durante a leitura, que se posicionou como um
cientista em busca da verdade. Talvez isso leve alguns leitores que
pertencem a uma destas duas linhas teológicas a se desagradarem
do resultado apresentado em alguns pontos, mas, por outro lado,
outros aproveitarão as colocações de Torquato para, à luz do que ele
defende com bons argumentos, reavaliarem com maior clareza as
suas posições próprias.
Está claro que uma obra como esta, que trata de um assunto
discutido e entendido de formas tão diferentes por vários teólogos,
não terá todas as suas afirmações endossadas por todos os seus
leitores. Também, certamente ela não foi escrita para isso. Mas, por
outro lado, ela é muito bem-vinda. Estava faltando no
mercado brasileiro uma obra como esta: profunda, ao mesmo tempo
clara e, den-tro daquilo que é possível, escrita de forma imparcial,
com base na compreensão das análises feitas pelo autor.
Li, gostei e indico. Tenham todos uma ótima leitura!
 
Prof. Dr. Antônio Renato
Gusso Pró-Reitor do
Mestrado Faculdades
Batista do Paraná –
FABAPAR
PREFÁCIO 1
O público da área de Teologia recebe mais uma obra
importante, que é escrita com muita seriedade e vivacidade:
TEOLOGIA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO: descubra o poder
sobrenatural de Deus. O livro é o resultado de profunda pesquisa do
autor sobre o tema e é aceito com muito respeito pelo mun-do
acadêmico. Nesta obra Torquato procura, com dinamismo e agudez
de espírito, levar os leitores das mais variadas posições cristãs sobre
o assunto a repensar a questão do batismo no Espírito Santo, tema
este que causou celeumas e divisões nas igrejas em certo período
do século passado. O autor sempre busca aplicar os princípios e
ensinamentos exarados nas Escrituras sobre o Espírito Santo,
procurando levar seus leitores a uma reflexão profunda sobre a
questão.
A intenção deste livro é esclarecer que todos os cristãos já são
batizados com o Espírito Santo, e por isso têm o poder do Espírito de
Deus em suas vidas. De acordo com o autor, não seria necessário
escrever este volume, não fosse a doutrina da “segunda bênção”
referente ao “batismo com o Espírito Santo”, ou a sua contrapartida,
que nega que o “batismo com o Espírito Santo” seja para nos-sos
dias. Entretanto, Torquato, em bom estilo e linguagem, apresenta
argumenta-ções suficientes para afirmar a presença do Espírito
Santo nos cristãos e seu consequente poder na nossa vida.
O livro é assaz interessante, haja vista resgatar alguns textos
controversos dentro das Escrituras, que exigirão uma aproximação
maior pelo leitor, fei-ta com cuidado e aprofundamento que se fazem
necessários a uma boa explanação dos textos bíblicos. O autor
procura fazer um trabalho crítico, que leva o leitor a repensar
algumas interpretações que precisam e são revisitadas pelo autor.
Esta obra motiva seus leitores, estudantes, mestres e doutores em
Teologia, bem como agentes do discurso e da pregação eclesiástica,
pelo fato de apresentar uma reflexão absolutamente séria e honesta,
que pode embasar os leitores para futuras pesquisas.
Como o tema é assaz controverso, e por existirem vários
outros posicionamentos sobre o assunto, jamais se deveria
concordar com tudo o que Torquato assevera. A concordância com
todas as teses do autor seria algo praticamente impossível, haja vista
que em certo momento ele parece derribar as teses dos tradicionais e,
em outro, as teses dos chamados pentecostais. Aqui está o fascínio
do livro, que não se importa com as teorias e dogmas já estruturados
pelas várias denominações cristãs. Poder-se-ia lembrar o fato de que
possa parecer mais popular do que acadêmico pelo número resumido
de notas de rodapé ou poucas citações de autores acadêmicos. No
entanto, o livro dá ênfase total à exposição bíblica do tema, não se
preocupando com relato de experiências pessoais.
Destarte, é uma alegria indizível receber em mãos este livro e
poder estu-dá-lo, analisá-lo e discuti-lo. Obviamente, o desafio de
prosseguir nessa linha é grandioso e, sem desmerecer os estudos
feitos nessa questão, o autor procura defender a linha mestra de sua
argumentação. Como esse tema é em si quase ines-gotável, e os
debates sobre o Batismo no Espírito Santo são cada vez mais inter-
mináveis, vale a pena procurar as pérolas escondidas no conteúdo
deste livro, ainda mais que se trata de um assunto muito estudado e
discutido pela igreja cris-tã em toda a sua jornada de fé e de
compreensão. Uma boa leitura!
 
Prof. Dr. Jaziel Guerreiro
Martins Pró-Reitor dos Cursos de Pós-
graduação Stricto Sensu Docente e Diretor-
Geral Faculdades Batista do Paraná –
FABAPAR
PREFÁCIO 2
Apraz-me apresentar a obra do Pastor Clovis Torquato Junior –
doutoran-do em Teologia na PUCPR – com o título: “TEOLOGIA DO
BATISMO NO ESPÍRITO SANTO: descubra o poder sobrenatural de
Deus”. Tem-se consciência da ação do Espírito na vida do cristão. O
Espírito Santo de Deus ilumina, fortalece e, sobretudo, derrama seus
dons. O livro destaca Pentecostes como o even-to por excelência da
efusão do Espírito sobre toda a Igreja, sobre a vida dos cristãos de
todos os tempos! O Espírito Santo, destaca o autor, é prometido no
Antigo Testamento e tal promessa se realiza em Pentecostes. Dali
em diante, todos recebemos graça sobre graça! Porque o Espírito
Santo, conforme os Atos dos Apóstolos, é “a promessa do Pai” (At
1.4), e a promessa de Jesus: “sereis batizados com o Espírito Santo
dentro de poucos dias” (At 1.5, cf. Lc 3.16). Na Ascensão de Je-sus
aos céus, esta promessa é repetida: “recebereis uma força, a do
Espírito Santo que descerá sobre vós” (At 1.8).
Pois bem. O autor procura responder a pergunta: “O que
significa batizar no Espírito Santo?”. Seu objetivo foi “expor a
doutrina do Batismo no Espírito Santo e fornecer toda a base bíblica
para conhecer a Deus”, conclui. O conteúdo da obra é denso ao
abordar a teologia bíblica, desde o Antigo Testamento, até a
concretiza-ção da Nova Aliança com a vinda de Cristo e a efusão do
Espírito Santo em Pentecostes. Trata-se de uma abordagem do
evento salvífico que tem sua plenitude no derramamento do Espírito,
chamado batismo no Espírito.
O autor apresenta os fundamentos teológicos, alargando a
compreensão do Batismo no Espírito à luz da ação do Espírito no
Antigo Testamento, na vida de Jesus, e na vida do cristão. O livro se
divide em quatro partes:
I – Corolário da efusão do
Espírito; II – As bases da efusão
do Espírito; III – A efusão do
Espírito vista a partir de Atos; IV
– A efusão do Espírito vista a
partir das Epístolas.
 
Esses temas dão a ideia da abrangência do assunto do livro e
seu alcance teológico. O tratado teológico do Espírito Santo nas
tradições cristãs no Ocidente recebera pouca atenção dos teólogos.
No século passado e nos inícios deste sécu-lo despertou-se novo
interesse devido a movimentos pentecostais nas Igrejas de tradição
Evangélica e na Igreja Católica. O autor menciona váriasobras
consistentes sobre a teologia do batismo no Espírito. A peculiaridade
do livro do Clovis é destacar a “presença” e o “poder do Espírito” na
vida do cristão. Viver segundo o Espírito é viver na graça, que tudo
renova.
A obra pode ser melhorada em futuras edições com obras
exegéticas mais apuradas dos textos bíblicos referentes ao Espírito
Santo e ao Pentecostes. Uma obra do renomado estudioso James G.
Dunn, traduzida do Inglês para o Espanhol (El Bautismo del Espíritu
Santo. Buenos Aires, Editorial La Aurora, 1977), poderia ser útil para
a compreensão da relação entre Pentecostes em Atos, após a
ascensão, e o envio do Espírito Santo em João 20.22, no mesmo dia
da ressurreição. Trata-se de um autor não pentecostal que apresenta
a compreensão do batismo no Espírito de forma crítica. Ele enfrenta
também a questão do contraste histórico entre Pentecostes de João
e dos Atos.
A presente obra interpreta a vinda do Espírito em João não como
realização, mas como promessa que se concretiza num só Pentecostes
após a glorificação. O autor destaca a separação entre ressurreição de
Jesus e sua glorificação; as duas não se confundem na sua
interpretação. No entanto, o Evangelho de João apresenta a
glorificação num só momento inseparável da morte de cruz e
ressurreição. São duas formas de apresentar a vinda do Espírito. Lucas
é o teólogo da história da salvação e situa a vinda do Espírito separada
do evento da ressurreição para marcar a inauguração da Igreja novo
povo de Deus, da mesma forma que no Antigo Testamento o dom da
lei foi situado no Pentecostes para marcar a constituição do povo de
Deus como nação santa, povo eleito. Para finalizar, a obra do Pastor
Clovis sobre a teologia do batismo no Espí-
rito Santo é um empreendimento corajoso e demandou anos de
estudo e reflexão. O tema é complexo e nisso tem seu mérito, uma
vez que poucos o enfrentam, com competência e investigação
acurada com base no texto grego. Fazer livros é obra sem fim, diz o
autor do Eclesiastes (Ec 12.12). Com efeito, “quanto mais se abrem
as fronteiras do desconhecido tanto mais se alarga o campo a
explorar” (Pontifí-cia Comissão Bíblica. A Interpretação da Bíblia na
Igreja, p.19-20). Por este mo-tivo, quem pesquisa sente-se desafiado
a avançar. Aspectos relevantes da obra são notórios para a teologia
do Espírito Santo e especificamente para a espiritualidade e vivência
cristã. A Lei inscrita nos corações (Jr 31.34) é o conhecimento d’Ele
mesmo, do próprio Deus, destaca o autor. “A lei inscrita nos corações
é a presença internalizada do Espírito Santo. Assim todos conhecem
o Senhor. “Quando o Espírito foi internalizado nos crentes, no
Pentecostes, foi concluída a implantação da Nova Aliança”. Com
razão o autor alarga o conceito de Pentecostes, enquanto
experiência de vida no Espírito: “O poder do Espírito faz da pessoa
fraca e débil um crente forte em atos miraculosos e em testemunho
eficaz”.
Que o leitor faça bom proveito da leitura desta obra, tanto para o
conhecimento da teologia do Espírito Santo quanto para seu
crescimento na vida espiritual em Cristo.
 
Prof. Dr. Vicente
Artuso Professor do Programa de Pós-
Graduação, Mestrado e Doutorado em
Teologia da PUCPR
INTRODUÇÃO
Começo explicando o título do livro.
Teologia é um termo amplo e modernamente usado pelos
escritores cristãos com uma gama relativamente grande de sentidos.
Em sentido estrito seria o discurso acerca de Deus e suas obras.
Talvez seja esse o significado mais comum do termo nos compêndios
de Teologia Dogmática. O sentido que quero dar ao termo Teologia é
sinônimo de sistematização de passagens bíblicas, com o objetivo de
formar um corpo de doutrina coerente, correspondente e
compreensível. O tríplice objetivo dessa sistematização pode ser
expresso assim: o objetivo primário é selecionar, ordenar, coordenar
e cotejar as referências bíblicas acerca do tema do batismo no
Espírito Santo; o objetivo secundário é o de gerar uma explicação ou
ex-planação compreensível, ampla e canônica do tema, tentando ao
máximo possível afastar-se da defesa doutrinária ora do
conservadorismo ou tradicionalismo, ora do pentecostalismo ou da
renovação carismática, esforçando-se para analisar o tema do ponto
de vista da independência destas duas posições, além de evitar
também as abordagens confessional e devocional, visando ao
ulterior propósito, de tornar compreensível e vivenciável a dimensão
do poder sobrenatural de Deus representado pela presença viva e
poderosa do Espírito Santo na vida do crente.
Parece faltar no ambiente da discussão teológica acerca do
tema do batismo no Espírito uma contribuição com as seguintes
características.
Primeira, uma abordagem sistemática do tema. A bibliografia
existente fa-lha no quesito da sistematização rigorosa, temática e
crítica dos textos bíblicos, apresentando, via de regra, uma visão
unilateral dos textos, dos assuntos e principalmente das abordagens
do tema, que visam quase sempre à defesa de uma ou outra
posição: ora do conservadorismo, ora do pentecostalismo.
Segunda, uma abordagem canônica do tema. Por “canônica”
quero referir-
-me ao conjunto total dos textos referentes ao tema no “cânon
bíblico”, na Bíblia inteira, e não apenas selecionando uma parte
conveniente dos textos que serve à defesa de uma ou outra posição.
Terceira, uma abordagem sem a paixão das posições
conservadora e renovada-pentecostal. Esta é, talvez, a mais difícil
missão representada pelo trabalho e a razão mais forte para
empreender o presente esforço sistemático, exegético e
hermenêutico. A quase totalidade das abordagens existentes sempre
traz o calor e ardor da posição doutrinária, seja de um lado ou do
outro. Esforcei-me ao máxi-mo para manter-me longe da defesa de
uma ou outra posição, e para isto recebi a ajuda de colaboradores,
cujos nomes seguem abaixo, para alertar e ajudar a direcionar a
pesquisa sem escolher uma das duas estradas e para assim manter-
se fiel
às verdades mais caras do cristianismo, da fé cristã, das confissões
de fé da Igreja Primitiva e da Teologia Dogmática.
Quarta, uma abordagem crítico-metodológica sistemática do
tema, diferente da abordagem confessional e devocional, ou ainda
histórico crítica. É claro que o corpo doutrinário de uma religião é
sempre composto por uma “declaração de fé” e nunca por uma
fórmula matemática num sistema cartesiano, e a religião cris-tã não
foge a esta regra. O discurso teológico não é ciência como, por
exemplo, a ciência astronômica, matemática, física e outras
semelhantes. Mas, embora não sendo possível criar fórmulas
matemáticas para equacionar as questões religiosas, podemos ter
uma abordagem metodológica que credencie os resultados, que os
controle e que permita a verificação dos mesmos, e além disso, que
permita uma discussão mais profunda sobre a própria metodologia
aplicada e seus resultados. De uma forma singela espero contribuir
para a discussão desses aspectos.
Explicado o título, agora seria bom explanar sobre o subtítulo,
que consiste em descobrir o poder sobrenatural de Deus através da
presença viva do Espírito Santo na vida do crente e em viver nesta
esfera. A vida cristã não pode ser concebida numa esfera de atuação
meramente humana e limitada às possibilidades ou fraquezas
humanas. É preciso avançar para viver numa esfera da manifestação
do poder de Deus, como a lemos nas páginas da Bíblia.
O “sobrenatural” é real. Quando lemos as histórias da Bíblia,
descobrimos que o “sobrenatural” existe e que podemos viver nesta
dimensão. Não há, a rigor, nenhuma história bíblica que não traga
algo de sobrenatural. Todas, de algu-ma forma, estão seladas pelo
sobrenatural. Desde a história da criação, até aquelas que mostram
como será o céu, tudo está envolto numa esfera de poder divino, que
contagia o leitor da Palavra Santa.
Se o sobrenatural existe ou não, esta não é a minha discussão,
pois assu-mo que a Bíblia o apresenta como uma realidade advinda
de Deus. A questão é: “como nós, seres humanos normais, podemos
viver na mesma dimensão das histórias que lemos naBíblia?” Como
eu e você podemos viver experimentando este nível diferente de
realidade que existe nas Páginas Sagradas? Temos que ser honestos
com uma pergunta que surge quando nos deparamos com as
Sagradas Letras: “Ou tudo escrito na Bíblia é uma grande mentira ou
algo está errado conosco, por não vivermos na mesma dimensão do
que lemos?” Pois, quando olhamos para nossas vidas, estamos muito
longe de tudo que lemos naquelas páginas. O sobrenatural, no
entanto, não está longe de nós, pois é a manifestação de Deus.
Todas as vezes que vemos o sobrenatural nas Sagradas Escrituras,
estamos vendo Deus agindo. Nunca o sobrenatural é produzido pelo
homem, pela sua for-ça, inteligência, dinheiro, habilidade,
sagacidade... O sobrenatural esconde-se em Deus e se revela
quando Ele se manifesta.
Viver no sobrenatural é experimentar os milagres de Deus na
própria história. Foi assim com Enoque, que andou com Deus, e Deus
o arrebatou... assim com Abraão e Sara, que não podiam mais ter
filhos, e Deus os fez fecundos... assim com Moisés, e todos aqueles
milagres do deserto... assim com Daniel, que teve o sonho do rei
revelado por Deus... assim com Pedro, que ressuscitou a Dorcas...
assim com João, que foi arrebatado e viu a Nova Jerusalém...
Qualquer pessoa, na Bíblia, que teve sua história marcada pelo
sobrenatural foi tocada por Deus.
Todas estas pessoas tiveram uma mesma marca: O AGIR DO
ESPÍRITO DE DEUS EM SUAS VIDAS. Este talvez seja o grande
segredo do sobrenatural: O ESPÍRITO DE DEUS AGINDO NA VIDA
DA PESSOA. Este segredo já está revelado logo em Gênesis 1.2,
quando anuncia que o Espírito de Deus entrou em ação para
transformar o caos.
Fiz então uma pergunta para mim mesmo: “O que preciso fazer
para que Deus opere em minha vida? Como posso atrair o Espírito de
Deus para que Ele opere tam-bém em mim, vencendo o meu caos
particular, gerando o sobrenatural?”
Foi estudando o tema do “batismo no Espírito Santo” que
encontrei as respostas para uma vida no sobrenatural. Através do
“batismo no Espírito Santo” recebemos o Espírito de Deus para estar
internalizado em nós e operar todo o poder de Deus, trazendo o
sobrenatural para a nossa vida. Sem o “batismo no Espírito Santo” não
existe vida sobrenatural, e toda a pessoa “batizada no Espírito” pode
viver no sobrenatural, se deixar o Espírito Santo realizar sua obra
completa.
Qualquer pessoa pode viver no sobrenatural. Está ao seu
alcance uma vida diferente, numa esfera espiritual superior, numa
dimensão sobrenatural. Você precisa do “batismo no Espírito Santo”
e também precisa dar ao Espírito de Deus toda a sua vida, para Ele
completar a sua obra em você. Não se entregue pela me-tade, ou
quase tudo, sempre retendo uma parte. Entregue-se como as
pessoas da Bíblia, por inteiro e totalmente.
Nestas páginas, procurei mostrar como o Espírito de Deus agiu
na vida das pessoas e como as pessoas responderam ao Espírito de
Deus, abrindo totalmente seus corações e deixando que o Espírito as
guiasse em tudo. O segredo do sobrenatural é simples: ter o Espírito
em si manifestando todo o seu poder e ter a vida dirigida por Ele.
Hoje em dia, como vivemos no tempo da “Nova Aliança” no
sangue de Cristo Jesus, o Espírito de Deus age em nós com base
nos termos desta Aliança. Assim, exponho a doutrina do “batismo no
Espírito Santo”, para que você pos-sa ter um relacionamento sadio,
real e bíblico com o Espírito de Deus, de acor-do com o seu agir
neste tempo. Às vezes queremos viver como Moisés vivia, ou como
Davi vivia, mas isto não é possível, pois eles estavam na “Antiga
Aliança” (2Co 3.14). Lá havia uma forma própria de o Espírito de
Deus agir. Vivemos no tempo do “derramamento do Espírito”, na
“Nova Aliança”, no “batismo do Espírito”; este é o nosso tempo. O
Espírito de Deus agirá em nós segundo esta Aliança.
A intenção deste livro é esclarecer que todos os crentes são
batizados com o Espírito Santo e por isso têm o poder do Espírito de
Deus em suas vidas. Não seria necessário escrever este volume não
fosse a doutrina da “segunda bênção” referente ao “batismo com o
Espírito Santo” ou a sua contrapartida, que nega que o “batismo com
o Espírito Santo” é para nossos dias. Se alguém afirma que o
“batismo com o Espírito Santo” não é para hoje ou que é uma
segunda bênção que nem todos os crentes têm, isto compromete o
poder com o qual Deus opera em nós e também através das nossas
orações. É preciso afirmar a presença do Espírito Santo em nós e seu
consequente poder na nossa vida.
A minha tese é de que o “batismo com o Espírito Santo” é para
hoje e alcança indistintamente a “TODOS” os crentes no Senhor
Jesus Cristo. A expressão “batismo com o Espírito Santo” é a forma
mais direta e comum para fazer referência ao “derramamento do
Espírito” que ocorreu no Pentecoste, e que ocorre a cada novo
crente quando recebe o Espírito Santo. Geralmente o Pentecoste é
entendido como um monólito sob o epíteto do “batismo no Espírito
Santo”. Para mim isto consiste em equívoco exegético. Assim, a sub-
tese é de que o Pentecoste deve ser visto como um mosaico
(desenho feito com embutidos de pedras de várias cores) e não
como um monólito (obra ou monumento de uma só pedra). Com isto
quero dizer que o Pentecoste deve ser interpretado e entendido
como uma coleção de expressões que se referem à “efusão do
Espírito” e não apenas como o “batismo com o Espírito Santo”.
Elegi o termo “efusão do Espírito” para fazer referência ao
conjunto total do que Deus fez no Pentecoste e depois deste ao que
se refere à OBRA DO ESPÍRITO SANTO na vida do crente. “Efusão”
é uma palavra de origem latina, “effusio-ne”. Ela deriva do verbo
latino “effundere”, que significa “derramar”, “entornar”, “verter”,
“transmitir”, “propagar”, “exalar”, “difundir-se”, “espalhar-se”, “tirar
para fora”. “Effusione”, “efusão”, pode ser traduzida por
“derramamento”, “escoa—mento”, e figuradamente “expansão”,
“fervor”, “ímpeto”, “veemência”. “Efusão” é uma palavra rica de
significado e para mim representa, de um lado, a soma de to-dos
estes sentidos que podem ser depreendidos do latim, língua de onde
descende o vocábulo; e, do outro lado, refere-se a tudo que a
Santíssima Trindade realiza com respeito ao crente no tocante ao
Espírito Santo. Neste segundo sentido a expressão efusão do Espírito
resume todas as “expressões equivalentes” que encontramos nas
Escrituras referentes à “concessão, vinda e presença do Espírito no
crente”.
O livro está dividido em quatro partes.
Na PRIMEIRA PARTE, O COROLÁRIO DA EFUSÃO DO ESPÍRITO,
apresento os resultados da vinda e da presença do Espírito Santo na
vida das pessoas. Estes resultados podem ser resumidos
basicamente em três pontos: primeiro, o Espírito Santo enche os
crentes da sua presença; segundo, concede dons espirituais (dos
quais estudo apenas o dom de línguas); terceiro, os autores do Novo
Testamento são crentes umbilicalmente ligados ao Pentecoste, a
festa em que Deus derramou seu Espírito. Pode parecer estranho
começar por aquilo que naturalmente deveria ser o término, mas faço
isto com o objetivo de mostrar os efeitos da “efusão do Espírito” na
vida dos crentes e, consequentemente, da Igreja, bem como desafiar
os crentes a buscarem estes resultados em suas próprias vidas.
No Capítulo 1, GRAÇA SOBRE GRAÇA, exponho os motivos
pelos quais um crente deve buscar mais de Deus, qual seja, o fato
de não recebermos a plenitude do Espírito de Deus de uma só vez,
como ocorreu com Jesus (Mc 1.10, Jo 1.16, 3.34, Cl 1.19, 2.9). Nós,
contrariamente ao que aconteceu com Ele, vamos recebendo
porções do Espírito Santo, num crescente de graça sobre graça, até
também alcançarmos a mesma plenitude que Ele tinha, a plenitude
de Deus (Ef 3.19). Outro aspecto desta plenitude tem a ver com a
maturidade espiritual, com a estatura espiritual. A maturidade de
Cristo, ao contrário da plenitude espiritual, foi um processo de
crescimento constante, que culminou na total obediência,
evidenciada na sua morte na cruz (Mt 26.39-45, Fp 2.8, Hb 5.8). Esta
maturidade, que foi um processo para Jesus, serátambém para nós,
segundo afirma Paulo, esperando que também alcancemos a
estatura de Cristo (Ef 4.13).
No Capítulo 2, SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO, mostro
que Jesus nos ensinou a pedir o Espírito como o filho pede pão (Lc
11.13), para ser-mos cada vez mais plenos do Espírito Santo. Neste
sentido, a promessa de Lu-cas 11.13 não diz respeito ao “batismo
com o Espírito”, mas sim ao enchimento diário com o Espírito. Nesta
mesma direção, Paulo orienta os crentes a buscarem o enchimento
do Espírito (Ef 5.18), até chegarem à plenitude de Deus (Ef 3.19).
No Capítulo 3, A ORAÇÃO EM LÍNGUAS, mostro que todos os
crentes podem orar em línguas, para sua edificação pessoal.
Considerando que falar so-bre a “oração em línguas” remete à
discussão relativa ao “dom de línguas”, mos-tro que o “nome do
dom” é o mesmo em Atos e na Epístola aos Coríntios. Com isto,
advogo que o mesmo dom que se manifestou em Atos manifestou-se
tam-bém nas Igrejas dos Apóstolos, e em todo o Novo Testamento.
No Capítulo 4, AS IGREJAS DOS APÓSTOLOS, analiso a
relação que há entre os autores do Novo Testamento e o Pentecoste,
reconhecendo que estavam marcados e influenciados por ele e pela
doutrina do “batismo com o Espírito Santo”, e não esqueceram isto
em seus ministérios. Até Paulo, que não esteve no Pentecoste, vive
e conhece suas doutrinas.
Geralmente isolamos o Pentecoste do restante da produção
literária do Novo Testamento. Diferentemente desta prática mais
comum de estudo do Pentecoste, procuro ligar a produção literária
neotestamentária ao Pentecoste. Reconheço, entretanto, que
apenas dei os primeiros passos nesta direção.
Na SEGUNDA PARTE, AS BASES DA EFUSÃO DO ESPÍRITO,
mostro quais profecias foram cumpridas no Pentecoste e como o
Espírito Santo esta-va presente na vida das pessoas na “Antiga
Aliança”.
No Capítulo 5, AS PROFECIAS ACERCA DA EFUSÃO DO
ESPÍRITO
SANTO, faço um estudo mais abrangente sobre as profecias acerca
do “derramamento do Espírito”. São cinco os profetas que
anunciaram a vinda do Espírito Santo: Isaías (Is 11.1-2, 61.1, 32.15,
44.3, 59.21), Ezequiel (Ez 11.19, 36,26-27, 37.14, 39.29), Joel
(2.28ss – seguintes), João Batista (Mt 3.11 e par.) e Jesus (Lc 24.49,
Jo 7.37-39, 14.16-17,26, 15.26, 16.7,13, 20.22, At 1.4-5,8); além de
Jeremias, que anunciou a Nova Aliança (Jr 31.31-34). Para
compreendermos o que foi o Pentecoste é preciso ter uma visão
completa de todo este quadro profético. De uma visão restringida
apenas a Joel resulta uma série de equívocos interpre-tativos do
Pentecoste que, à luz de todas as profecias, podem ser evitados.
Neste conjunto podemos formar o quadro profético amplo que Deus
cumpriu no Pentecoste e continua a realizar nos crentes.
No Capítulo 6, O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DAS PESSOAS NA
“ANTIGA ALIANÇA”, apresento como o Espírito Santo era concedido
na “An-tiga Aliança” a algumas pessoas específicas, e não a todo o
povo (Nm 11.29). Também mostro que havia dois modos de ser
concedido: um em que o Espírito visitava a pessoa (mais comum, Jz
11.29) e outro em que o Espírito habitava na pessoa (mais raro, Is
63.11 e Ex 31.3). Aqui analiso a presença do Espírito nos
personagens do Antigo Testamento e em alguns do Novo
Testamento, como João Batista, Isabel, Zacarias e Ana, que ainda
pertencem à “Antiga Aliança”.
As segunda e terceira partes são o coração da minha tese
sobre a presença do Espírito Santo na vida do crente. Nelas
apresento o que para mim é o cerne da questão do “batismo no
Espírito”, cujo elemento caracterizador se divide em dois pontos
(como dois lados de uma moeda): primeiro, na diferença da forma
como Deus concede o Espírito Santo aos crentes na “Nova Aliança”
(Mt 26.28) e O concedia aos judeus na “Antiga Aliança” (Ex 19.5).
Esta diferença básica consiste em que na “Antiga” o Espírito era
concedido a “alguns judeus”, e na “Nova” a “todos os crentes”.
Segundo, nas diferentes expressões que o livro de Atos emprega
para referir-se à vinda, concessão e presença do Espírito na vida do
crente – vinte e cin-co expressões diferentes –, captadas em Atos 1,
2, 8, 9, 10, 11, 15 e 19. Diante des-tas expressões – classificadas por
mim como “expressões equivalentes” – o “Pentecoste” não pode ser
reduzido à expressão “batismo no Espírito Santo” (At 1.5), mas
precisa ser interpretado como a soma de todas elas. Cito outros
exemplos des-tas “expressões equivalentes” (além de At 1.5) como
Atos 2.38: “recebereis o dom do Espírito Santo”; e 8.17: “recebiam
estes o Espírito Santo”. Quando o Pentecoste é interpretado como
um mosaico composto destas “expressões equivalentes en-tre si”
compreende-se por que “todos” os crentes são “batizados no
Espírito”.
A TERCEIRA PARTE, A EFUSÃO DO ESPÍRITO VISTA A
PARTIR DE
ATOS, é quase um comentário do Livro de Atos sob o prisma da
concessão e da presença do Espírito Santo no crente. Nela, repito,
mostro que o Espírito é concedido a todos os crentes na “Nova
Aliança”. Esta exposição é feita a partir da análise das expressões
que há em Atos sobre a vinda e concessão do Espírito, retiradas dos
textos supracitados (Atos 1, 2, 8, 9, 10, 11, 15 e 19), identificando
como os Apóstolos classificaram e interpretaram a presença do
Espírito na vida dos novos crentes.
Com esta análise, proponho que o Pentecoste deve ser visto
como um mosaico de expressões que se referem à vinda e à
concessão do Espírito Santo, devendo-
-se evitar o reducionismo de classificar o “Pentecoste” como apenas
“batismo com o Espírito Santo”. Desta forma, proponho uma visão
sobre o Pentecoste bastante diferente daquela que temos tido
historicamente, que tem sido ver o Pentecoste como “enchimento do
Espírito” e “dom de línguas”, para alguns; ou como apenas
“cumprimento profético” de Joel, para outros. Também procuro
demonstrar que o “batismo com o Espírito” coincide com o momento
em que o Espírito é concedido para salvação, ao mesmo tempo em
que confere o poder prometido em Atos 1.8. Esclareço ainda que,
com referência aos capítulos clássicos para o tema do “batismo com o
Espírito Santo” em Atos: 2, 8, 9, 10, eu estudo todos os capítulos de 1
a 12. E, quanto a Atos 19 acrescento ao seu estudo o capítulo 13. Isto
resulta numa interpretação nova acerca dos capítulos tradicionalmente
estudados. A novidade desta interpretação está na identificação de dois
padrões descritos no Livro de Atos para aferir a presença do Espírito
Santo na vida do crente: um, que é através do registro histórico do
momento em que o Espírito passa a habitar no crente (capítulos
clássicos). E outro, quando no texto não encontramos nenhuma
referência à presença do Espírito na vida do crente, embora haja o
reconhecimento de que inexoravelmente o Espírito habita a vida destes
crentes (mas, observe, nada se fala explícita e diretamente desta
presença). Ela é geralmente reconhecida através de duas informações
que o texto pode fazer acerca dos novos crentes: uma de que foram
“batizados com água”, e outra de que creram em Jesus. No Livro de
Atos, as expressões “ser batizado com água” e “crer em Jesus” são
locuções para referir-se à presença do Espírito Santo na vida do crente
e portanto, do “batismo com o Espírito Santo”.
Nos Capítulos 7 a 13 apresento um estudo detalhado dos quatro
fenômenos ocorridos no Pentecoste e analiso que dois deles repetir-se-
ão, quais sejam, falar em outras línguas e ser cheio do Espírito, e
nomeio estes fenômenos como fenômenos recorrentes. Também
apresento as vinte e cinco expressões que se referem à “efusão do
Espírito” em Atos. Analiso ainda a presença do Espírito na vida dos que
se converteram depois do Pentecoste e estudo a manifestação dos
fenômenos recorrentes nestes crentes.
No Capítulo 14 apresento um FLUXOGRAMA das referidas
expressões para visualizarmos como a vinda e a concessão do
Espírito foram interpretadas ricamente no Livro de Atos.
Na QUARTA PARTE, A EFUSÃO DO ESPÍRITO VISTA A PARTIR
DAS
EPÍSTOLAS, comparo a narrativa de Atos com a doutrina das
Epístolas, para propor que juntas formam o arcabouço da doutrina da
vinda, concessão e presença do Espíritona vida do crente. De um
lado, geralmente se interpreta o Livro de Atos como “história” e não
como fonte de doutrina, e do outro lado as Epístolas como
desvinculadas da história e dos temas narrados em Atos. Mostro que
os te-mas da “história” narrados em Atos são os mesmos das
doutrinas que lemos nas Epístolas. Para isto proponho resposta a
nove questões, que correspondem aos Capítulos 15 a 23: “O que é o
‘Pentecoste’?”; “O que é o ‘derramamento do Espírito’?”; “O que é o
‘batismo com o Espírito Santo’?”; “O que é ‘receber o Espírito Santo’
e Deus ‘conceder/dar o Espírito Santo’?”; “O que é ‘ter o Espírito
Santo’?”; “O que é a ‘selagem com o Espírito Santo’?”; “O que é ‘cair
o Espírito Santo’ ou o que é ‘vir o Espírito Santo sobre’ ou ‘descer o
Espírito Santo so-bre’?”; “O que é ‘Deus habitar no crente’ e ‘o crente
ser santuário do Espírito’?”; e finalmente trato de um texto que tem
gerado muita polêmica, respondendo à pergunta: “Como interpretar
1Co 12.13?”
Há em anexo 19 Gráficos que podem ser também acessados e
baixados gra-tuitamente em PDF pelo site da Editora no endereço
eletrônico: https://www.editorarecriar.com/produto/98750/teologiado-
batismono-espiritosanto-clovistorquato; ou também através do QR
Code impresso no final desta Introdução.
Convém alertar acerca de alguns aspectos deste livro. Estes se
referem especialmente ao uso dos termos “pentecostal”, “crente” e
“Apóstolos de Jerusalém”, e também à tradução dos textos bíblicos
que servem de base para nosso estudo.
Uso o termo “pentecostal” sempre em referência à Festa de
Pentecoste, especificamente aquela na qual Deus derramou seu
Espírito sobre os “quase cen-to e vinte” que estavam no Cenáculo e
oravam, conforme relato em Atos 2.1-47. Ser “pentecostal”, no
contexto do livro, significa ter participado historicamente do
“derramamento do Espírito” ocorrido na Festa do Pentecoste
relatado em Atos 2.1-4 ou participar espiritualmente dele, tendo
também recebido o mesmo “derramamento” na sua vida. Ao afirmar,
por exemplo, que os apóstolos são pentecostais, ou que o Novo
Testamento é um livro pentecostal, estou com isto sugerindo que há
uma ligação umbilical entre os apóstolos e o evento do Pentecoste,
ou en-tre o Novo Testamento e o evento do Pentecoste. Não uso o
termo “pentecostal” no sentido de “renovação espiritual”, ou dos
“renovados”, ou ainda da “renovação carismática”, sob aspecto
algum.
Uso consistentemente o termo “crente” para referir-me àquele
que crê em Deus e por isso é salvo. O “crente” é tradução literal do
grego “ὁ πιστεύων” “ho pisteúon” “aquele que crê” (Jo 3.36), e
também de “ὁ πιστός” “ho pistós” “o cren-te” (Gl 3.9). O “crente” é
aquele que crê em Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, que
crê na Santíssima Trindade segundo a Doutrina da Igreja Cristã dos
primeiros séculos. Também crê na Bíblia como Jesus ordenou em
Marcos 1.15: “e crede no evangelho”. Crê segundo a doutrina
estabelecida no Credo dos Apóstolos (Século IV), nos Concílios da
Igreja em Nicéia (325 d.C.), em Constantinopla (381 d.C.), em Éfeso
(431 d.C.) e Calcedônia (351 d.C.), e também no Credo de Ataná-sio
(Século V). Uma tradução destes textos pode ser encontrada em
português em W. GRUDEM, Teologia Sistemática, páginas 996-998.
O vocábulo “crente”, no Brasil, é geralmente usado para
designar o “evangélico”, diferenciando-o do “católico”. Esta é uma
convenção geral no Brasil. Não uso o termo “crente” neste sentido,
sob qualquer aspecto possível ou imaginável. Enfatizo que o termo
“crente”, no corpo do Livro, é sinônimo de “cristão”, conforme os
discípulos foram chamados em Antioquia (At 11.26), designando
aquele que crê em Jesus.
Os “Apóstolos de Jerusalém” são os discípulos de Jesus e
outros que de-pois do Pentecoste foram reconhecidos como
apóstolos, os quais estiveram na Palestina nos dias de Jesus,
conheceram-nO e com Ele conviveram. Isto ocorreu a Matias, eleito
no lugar de Judas Iscariotes. É muito provável que os irmãos de
Jesus também foram eleitos apóstolos em Jerusalém. Ao referir-me a
Paulo, não o considero apóstolo de Jerusalém, embora ele tenha
sido reconhecido apóstolo por aqueles que estavam em Jerusalém
(Gl 2.9).
A tradução do texto bíblico usada neste trabalho foi a Edição
Revista e Atualizada de Almeida, da Sociedade Bíblica do Brasil
(SBB), edição de 1993. Os tex-tos foram copiados da Bíblia Online,
BOL 3.0, também da SBB. Algumas vezes uso a versão Revista e
Corrigida de Almeida, também da SBB. Quando uso outras versões
também indico a versão no próprio texto. As versões originais foram
tomadas em hebraico do texto da BOL 3.0 BHS, o mesmo da Bíblia
Hebraica Stuttgartensia, mas sem as vogais, e em grego de NESTLE-
ALAND, 27ª Ed, também da SBB, Libronix; estes textos foram
copiados das versões eletrônicas destes softwares.
De um lado, o Livro pode ser considerado uma “versão
popular”, em contraste com uma “versão acadêmica”, pelo número
resumido de “notas bibliográfi-cas”. Devo esclarecer que uso o
Método Sistemático na interpretação dos textos, ou seja, interpreto
os textos com o mesmo método com que se interpreta em Teologia
Sistemática. Isto faz com que, por exemplo, eu considere apenas um
único Pentecoste no Novo Testamento, o de Atos 2; diferentemente
dos estudiosos que usam o Método Histórico Crítico, os quais
defendem que há dois Pentecostes: o primeiro, o “Pentecoste
Lucano” em Atos 2, e o segundo, o “Pentecoste Joanino” em João
201. Usando o Método Sistemático defendo que a vinda do Espírito e
sua concessão deu-se em Atos 2 para todos os crentes do Novo
Testamento, inclusive para os crentes da comunidade joanina.
Também utilizo o princípio matemático da equivalência2 para cotejar
as expressões referentes à vinda, concessão e presença do Espírito
Santo na vida do crente no livro de Atos.
Do outro lado, o Livro é uma exposição bíblica. Não relato
experiências, nem minhas nem de outrem, não porque as experiências
não sejam importantes, mas porque a nossa fé deve estar baseada na
Bíblia. Desta forma nossas experiências são interpretadas pela Bíblia
e não ao contrário, nossas experiências interpretarem a Palavra.
Muitos dos nossos equívocos teológicos decorrem desta inversão
hermenêutica: a experiência particular interpretar a Bíblia. Procuro
evitar esta hermenéia.
Espero que a verdade da Palavra de Deus seja aplicada à sua
vida, e esta verdade fará uma explosão espiritual, uma efusão
espiritual que nada mais pode-rá conter ou impedir. Isto será uma
onda cíclica que alcançará todos ao seu redor e àqueles que estão
ao redor destes e ao redor daqueles, e assim o mundo conhecerá e
aceitará Jesus, como foi em Atos e na Igreja dos Apóstolos.
Agradeço à minha querida família, Eunice, minha esposa, Neto
e Mattheus, meus filhos, pela compreensão no tempo gasto para
completar esta obra. Mais que isto, pela experiência de lar que me
proporcionam, na terra um peda-ço do céu... e mais... muito mais...
não há palavras... eu os amo. Esta é a razão pela qual pude
escrever este material, pois encontro na minha casa toda evidência
possível da obra do Espírito Santo. Meu mais profundo muito
obrigado tam-bém à Pamela, que se tornou minha filha do coração.
À Helena, Pequena Fofuri-nha, minha neta querida, ainda não
inventaram as palavras para expressar tanto amor, obrigado por sua
parousía.
Agradeço também àqueles que leram o material e deram suas
valiosas sugestões no tocante ao conteúdo do livro num primeiro
momento de correções: ora sugerindo supressões, ora indicando
pontos que careciam de maior clareza. São eles o Ap. Silas Quirino (de
Campos dos Goitacazes – RJ) e o Pr. Aparecido Rodrigues (de Curitiba
– PR). Também agradeço a meu tio Prof. Olindo Torquato, pela revisão
gramatical inicial da obra. Agradeço também à minha irmã Profa. Dra.
Clóris Porto Torquato, por uma revisão posterior. Uma menção especial
devo fazer ao meu amigo Noé P. Campos, editor, tradutor e revisor de
exímia habilidade, que fez as últimas revisões do texto, inclusive a
desta edição. É incalculável a contribuição destes amados irmãos para
o resultadofinal da obra. Que Deus galardoe cada um por este
imenso auxílio que prestaram! Devo também reconhecer que outras
pessoas com quem discuti os temas aqui tratados deram valiosas
sugestões e contribuições; citar o nome de todos parece impossível,
mas meu muito obrigado a esses queridos irmãos.
Também agradeço aos meus professores, Dr. Antônio Renato
Gusso (orientador do Mestrado em Teologia na FABAPAR) e Dr.
Vicente Artuso (orientador do Doutorado em Teologia na PUCPR)
não somente pela leitura nesta fase final de publicação da obra e por
suas oportunas observações, mas também por acei-tarem gentil e
solicitamente contribuírem com suas observações: o Dr. Gusso
escrevendo a Apresentação e o Dr. Vicente um dos Prefácios. Ainda
agradeço pela mesma gentileza e solicitude aos meus professores,
Dr. Jaziel Guerreiro Martins
(FABAPAR) por escrever o outro Prefácio, e ao Dr. Marcial Maçaneiro
(PUCPR) por escrever o Posfácio. Devo ainda agradecer ao Prof. Dr.
Fernando Albano (Faculdade REFIDIM) pela indicação de vasta
bibliografia sobre o pentecostalismo. Essas contribuições
enriqueceram imensuravelmente o material.
É claro que a responsabilidade pelo conteúdo é integralmente
minha, e possíveis deficiências não podem ser atribuídas a outrem,
senão a mim mesmo. Assim, assumo a responsabilidade pelo
conteúdo expresso e pelas interpretações e posições assumidas ao
longo do livro, esclarecendo que não tenho a pretensão de oferecer a
solução final sobre um assunto tão debatido como este – do batismo
no Espírito Santo –; pelo contrário, com este trabalho espero
contribuir para uma melhor compreensão do tema e suscitar novas
discussões que permitam que a questão se torne mais compreendida
e vivencial pela igreja atual. Se este esforço colaborar para que o
assunto alcance maior clareza e maior proximidade da Palavra de
Deus e da experiência dos nossos primeiros irmãos, terei logrado
êxito com meu trabalho. Nenhuma abordagem pode esgotar um
assunto – qualquer que seja ele –, porque o conhecimento é um
edifício que jamais terminamos de construir, precisando de reformas
constantes; assim, é um canteiro de obras permanente. Ter esta
consciência nos faz mais modestos nas posições que temos e nas
propostas epis-temológicas que apresentamos; e, deste modo,
espero que este trabalho possibilite outras abordagens que ampliem
o tema do batismo no Espírito.
Agradeço à Igreja que hoje pastoreio, Comunhão Cristã Ictus,
pelas orações, pelo apoio constante, pela amizade, pela graça de
serem ovelhas de Jesus, pelo amor manifestado a mim e minha
família, muito obrigado.
Agradeço a você, querido(a) leitor(a), que é a razão maior de
todo este empreendimento, como bem afirmou São Paulo: “Porque
todas as coisas existem por amor de vós...” (1Co 4.15), e também:
“Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso: seja
Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte,
sejam as coisas presentes, sejam as futuras, tudo é vosso...” (1Co
3.21-22); assim, foi mirando na sua vida – embora para mim, muito
provavelmente anônima – que me dediquei a este trabalho, “por amor
de vocês”, “porque tudo é de vocês”.
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1ª
PARTE:
O COROLÁRIO DA EFUSÃO DO ESPÍRITO
1. GRAÇA SOBRE GRAÇA: PORQUE BUSCAR
MAIS DE DEUS
Resumo: São analisados os três elementos que constituíam a “medida da
estatura da plenitude de Cristo”, quais sejam: a plenitude do Espírito, a
imagem perfeita do Pai nele e a obediência absoluta de Jesus manifestada na
crucificação; e como os crentes po-dem alcançar tal plenitude.
 
Por que devemos buscar algo a mais de Deus? Por que não
nos conformar-mos com aquilo que já temos d’Ele? Existe algo a
mais que ainda não temos e não conhecemos?
Deus é infinito e é também uma fonte infinita (Jr 2.13,17, 17.13,
Sl 36.8,9, Jo 4.10,14, 7.37,38, Ap 7.17, 21.6, 22.1,17). Há algo a
mais de Deus? A resposta é: sim, sempre haverá algo a mais.
Jamais O esgotaremos, jamais O conheceremos plenamente nesta
vida (1Co 13.12). Tudo que alcançarmos d’Ele e n’Ele ainda será
muito menor do que aquilo que Ele tem a oferecer e a fazer em nós.
Precisamos atingir níveis cada vez mais elevados em Deus,
almejando ser como Jesus, alcançando a medida da estatura da sua
plenitude.
1.1. A medida da estatura da plenitude de Cristo
A igreja de Jesus precisa alcançar a MEDIDA DA ESTATURA
DA PLENITUDE DE CRISTO (Ef 4.13). O que é isto? Como e quando
alcançamos tal estatura?
Paulo falou da estatura de Cristo quando listou os dons
ministeriais (do latim ministerium, serviço, ofício, mister, trabalho,
sacerdócio) dados por Jesus à sua igreja: apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e mestres, com o fim de aperfeiçoar os
santos, para alcançar um alvo ainda maior, qual seja, a maturidade
de Cristo nos crentes:
“11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para
profetas, ou-tros para evangelistas e outros para pastores e
mestres, 12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de
Cristo, 13 Até que todos cheguemos À UNIDADE DA FÉ E DO
PLENO CONHECIMENTO DO FILHO DE DEUS, À PERFEITA
VARONILIDADE, À MEDIDA DA ESTATURA DA PLENITUDE DE
CRISTO” (Ef 4.11-13).
O alvo de Jesus ao conceder ministros para a igreja é claro:
aperfeiçoar os santos. Este aperfeiçoamento tem dois objetivos:
primeiro, que os crentes sejam eficientes no serviço prestado como
igreja de Jesus e, segundo, que o corpo de Cristo seja edificado1.
Com estes dois objetivos realizados, Jesus tem um alvo ain-da maior
a ser alcançado, representado sob três aspectos: primeiro, que os
crentes cheguem a uma unidade de fé, que é o conhecimento pleno
de Jesus; segundo, a uma perfeita maturidade; e, terceiro, à estatura
completa de Cristo. É apenas um alvo com três nuanças distintas: fé,
conhecimento e maturidade:
Todas as três frases no verso 12 descrevem o processo que
ocorre na vida da igreja. Mas o apóstolo jamais poderia pensar em
um processo sem fi-xar os olhos no alvo. O verbo empregado no
princípio do versículo (katan-tao) é usado nove vezes em Atos
com referência aos viajantes que chegam a um destino. (At 26.7 e
Fp 3.11 para uso semelhante ao daqui). E o pon-to de chegada da
jornada da Igreja é descrito de três modos. O primeiro é a unidade
da fé. Quando a fé é corretamente participada, pessoas com
diferentes origens de erro e ignorância chegam a uma
compreensão crescente da única “esperança”, a uma
dependência também crescente do único “Se-nhor”, e, assim
sendo, a uma apreciação progressiva do único “corpo”. O alvo,
portanto, deve ser a unidade da fé.
Segundo, embora já se tenha dito o suficiente para tornar isto
evidente, enfatiza-se que a fé não é apenas aceitar-se uma
coleção de dogmas, e obter-
-se assim a unidade. É algo mais profundo e mais pessoal. É a
unidade no pleno conhecimento do Filho de Deus. Jamais
conheceremos uma pessoa apenas com a mente; e o
conhecimento de tal Pessoa deve envolver a mais profunda
comunhão. Pois esta Pessoa é o Filho de Deus, e esta é uma das
raras vezes, em todas as epístolas paulinas, que este título
aparece (Rm 1.4, Gl 2.20, 1Ts 1.10). Quando Paulo fala da relação
do Senhor com Sua Igre-ja e com o propósito do Pai, em geral usa
o título “Cristo”, mas “quando O descreve como o objeto daquela
fé e conhecimento em que nossa unidade será finalmente
compreendida” (Robinson), fala dEle em Sua posição úni-ca como
o Filho de Deus.
Mas esse conhecimento, que é comunhão com o Filho de Deus,
envolve a experiência plena de vida “em Cristo”, e, portanto, de
desenvolvimento até a perfeita varonilidade, à medida da estatura
da plenitude de Cristo. Todas as diferentes expressões aqui falam
de maturidade. A palavra traduzida por perfeita (teleios) possui a
conotação de desenvolvimento pleno em 1 Coríntios 2.6 e Hebreus
5.14. Varonilidade significa aqui o estado de ser adulto, como em 1
Coríntios 13.11, onde a palavra também é contrastada com nêpios,
que é usada no próximo versículo aqui para designar crianças. O
singular, além do mais, expressa novamenteo pensamento de
que maturidade envolve unidade; os “muitos” devem se tornar um
“novo homem” (2.15). Então a palavra usada para estatura, que
pode ter o sentido de ida-de (Jo 9.21,23) ou de estatura física (Lc
19.3), fala figuradamente da maturidade, cujo padrão é nada
menos que a plenitude de Cristo. Tal como em 1.23, alguns
interpretam esta expressão como “a medida do Cristo perfei-
to”, perfeição esta que Ele atinge ao preencher-se da Sua Igreja.
Outros entendem a expressão como aquilo que Cristo preenche.
Parece-nos que a melhor interpretação é a mesma que de 1.23,
isto é, como posse completa dos dons e graça de Cristo, os quais
Ele procura dar aos homens. Ele mes-mo possui a própria
plenitude de Deus (Cl 1.19, 2.9); Ele quer que o cristão seja
preenchido de tudo que Ele possa comunicar. É irrelevante que
este alvo possa ou não ser alcançado nesta vida. O importante é
que o cristão deve marchar firme para a frente levado por esta
ambição.2
 
Os ministros têm, naturalmente, um papel importante neste
processo, principalmente no tocante aos dois primeiros aspectos. O
terceiro aspecto é mais dependente da atuação direta de Deus na
vida do crente. Para o tema abordado neste livro, basta estudar o
terceiro aspecto: a medida da estatura da plenitude de Cristo. A
plenitude de Cristo, representada sem sombra de dúvidas pela sua
maturidade máxima, foi o momento em que Jesus atingiu o ápice de
fé, de conhecimento e de porte espiritual que era possível alcançar.
Houve um momento na vida de Jesus em que ele chegou ao nível
máximo e intransponível de crescimento que é possível chegar. Este
nível máximo que Jesus atingiu nós também devemos atingir, ou
melhor, Ele quer comunicar-nos da sua plenitude, para que
cheguemos à medida da sua estatura.
Como vamos alcançar um alvo tão elevado: chegar a ter a
medida da estatura da plenitude de Cristo? Através da comunicação
da sua plenitude a nós. Por outras palavras, Cristo precisa dar-nos
da sua plenitude para que cheguemos à medida da sua estatura.
Quanto mais recebermos de Jesus aquilo que Ele pode comunicar-
nos (que pode dar-nos), mais nos aproximamos do alvo de termos a
medida da estatura da plenitude de Cristo. Sem esta comunicação
jamais chegaremos à sua estatura.
1.1.1. Os três elementos básicos que constituíam a
plenitude de Cristo
Perguntamos então: “Quais elementos presentes em Cristo
precisam ser comunicados aos crentes, para que alcancem a medida
da estatura da plenitude de Cristo?” Para respondermos esta
pergunta precisamos responder outra pergunta anterior: “Quais
elementos representaram, em Jesus, a medida da sua estatura de
plenitude?” Respondendo a segunda, teremos então os elementos
que deverão ser comunicados aos crentes, para que cheguemos ao
padrão de Cristo Jesus.
Três elementos básicos representaram a estatura plena de
Cristo: primeiro, a plenitude do Espírito de Deus em Jesus (Jo 1.16,
3.34, Cl 1.19, 2.9); segundo, a imagem perfeita do Pai n’Ele (Jo
1.14,18, 12.45, 14.9,10, 15.24, 2Co 4.4, Fp 2.6, Cl 1.15, Hb 1.3, 1Co
15.45-48); e, terceiro, a obediência absoluta mani-
festada na crucificação (Mt 26.39,42,44-45, Fp 2.8, ver Hb 5.7-9, Jo
4.34, 6.38, 8.18). Estes são os três elementos que,
consequentemente, precisam ser comunicados aos crentes.
Vejamos estes três elementos em Cristo.
1.1.1.1. Jesus tinha a plenitude do Espírito Santo
O primeiro, Cristo tinha a plenitude do Espírito de Deus
(veremos isto detalhadamente no próximo Capítulo, pelo que
seremos breve aqui). Esta plenitude pode ser vista nos textos
abaixo:
“Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça
sobre graça.” (Jo 1.16)
“Pois o enviado de Deus fala as palavras dele, porque Deus não dá
o Espírito por medida.” (Jo 3.34)
“porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude” (Cl
1.19)
“porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da
Divindade.” (Cl 2.9)
Como esta plenitude do Espírito nos é comunicada? Ou, como
Deus nos dá da plenitude de Cristo? A resposta é fornecida por
João: “graça sobre graça”. João explica que temos recebido da
plenitude de Jesus; da porção do Espírito que estava sobre Ele Deus
tem derramado sobre nós. “Graça sobre graça” representa o fato de
que Deus vai acrescentando uma porção nova à porção já
anteriormente dada ao crente. No acúmulo das muitas vezes que
Deus dá parte da porção do Espírito que estava em Jesus – “graça
sobre graça” – é que o crente alcança a plenitude que Jesus tinha.
Jesus foi pleno do Espírito no dia do seu batismo nas águas, de
súbito; nós vamos alcançando a plenitude através de um processo
que João chamou de “graça sobre graça”. Paulo deseja ver os
crentes plenos de Deus e ora para que esta plenitude seja real (Ef
3.14,19).
1.1.1.2. Jesus era a perfeita imagem de Deus
O segundo, Cristo era a imagem perfeita de Deus na terra.
Dentre os textos referenciados acima, destacamos quatro:
“E quem me vê a mim vê aquele que me enviou.” (Jo 12.45)
“9 Disselhe Jesus: (...) Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes
tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo 14.9)
“nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos
incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da
glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.” (2Co 4.4)
“Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a
criação;” (Cl 1.15)
Jesus é a imagem perfeita de Deus. Esta imagem de Deus em
Cristo representava, de um lado, o caráter de Cristo, que era santo,
assim como Deus é santo. O comportamento de Jesus era o
comportamento do Pai (Jo 5.19-20, 7.16, 8.15-16,28,38, 12.49-50,
14.10). Tudo que Jesus fazia e falava era aquilo que o Pai
primeiramente havia feito e falado. Olhar para Jesus era ver o Pai.
João disse que era possível ver a glória de Jesus como a glória do
Unigênito de Deus (Jo 1.14). A imagem de Deus refletida por Cristo
transmitia a glória de Deus àqueles que cir-cundavam Jesus.
Também representava, do outro lado, a original imagem que
Deus comu-nicou ao homem, na criação, antes do pecado (Gn 1.26).
Independentemente da definição do que venha a ser tal “imagem e
semelhança de Deus no homem”3, Je-sus era esta imagem original.
É certo também que o homem não perdeu a imagem de Deus por
causa do pecado4, como vemos em Gênesis 9.6, em que o homicídio
é proibido porque o homem é a imagem de Deus (e neste tempo o
homem já es-tava debaixo do pecado). Esta imagem foi deformada,
mas não extinta pelo peca-do. Uma vez que Jesus não tinha pecado,
a imagem de Deus n’Ele não estava deformada, antes, preservava
seu estado original. O homem antes do pecado tinha a mesma exata
imagem que Jesus veio apresentar à humanidade marcada pelo pe-
cado. A encarnação de Jesus foi também uma apoteose de como
seria o homem caso não tivesse cometido o pecado.
Um ponto que quero destacar desta imagem diz respeito ao
aspecto ético, comportamental, da estatura da plenitude de Cristo.
Era o aspecto perceptível, visível, palpável, da estatura de Cristo. A
plenitude de Deus não era algo mensurá-vel sob o prisma da
evidência comportamental. A plenitude do Espírito de Deus era algo
espiritual, interno, intrapessoal; já a imagem de Deus era algo
comportamental, externo, interpessoal. Estes dois elementos são
como os dois lados de uma moeda: um inexiste sem o outro e um
completa o outro. São os aspectos espiritual e comportamental da
estatura plena de Cristo. Cristo era pleno em Deus tanto sob o
aspecto da presença do Espírito Santo quanto sob o aspecto do seu
comportamento santo e imaculado (Jo 14.30).
Como esta imagem nos é comunicada? Como chegamos a ter
a imagem de Cristo ou como podemos refleti-la? Paulo fala que
somos transformados “de gló-
ria em glória” na imagem de Jesus (2Co 3.18), que é imagem de
Deus (2Co 4.4); por fim, somos transformados na própria imagem de
Deus:
“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por
espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em
glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”
(2Co 3.18)
A resposta, portanto, é oferecida por Paulo: “de glória em
glória”. A ima-gem

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