Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso: Técnicas Experimentais I Profa. Hermínia V. S. Pessoni MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO (MET) Aula 3 2 Uma investigação microestrutural detalhada deve incluir diferentes etapas de caracterização, desde a escala macroscópica, passando pelas escalas mesoscópica e microscópica, até a escala nanoscópica. Caracterização dos materiais MEV x MET Dependendo da escala e da natureza da informação desejada (topográfica, morfológica, estrutural e/ou química), é utilizada a microscopia eletrônica de Varredura ou Transmissão. 4 Caracterização dos materiais p.62 Sample Preparation Handbook 5 6 STEM –Microscopia Eletrônica Transmissão de Varredura Microscópio semelhante a um TEM mas com bobinas de varredura acopladas. Nesse equipamento a área iluminada é bem menor que a de um TEM convencional e devido ao processo de varredura é possível obter a imagem e a microanálise química ao mesmo tempo. Assim como em MEV a imagem não é instantânea. EELS – Espectroscopia de perda de energia de elétrons Um espectrômetro de elétrons é usado para analisar a perda de massa dos elétrons ao passar pela amostra. Essas pequenas variações de energia dos elétrons estão relacionadas com os tipos de átomos que compõe o material e a forma como estão ligados. 7 Estrutura de microscópio - MEV x MET 8 Elétrons Transmitidos - MET Elétrons espalhados elasticamente Elétrons espalhados inelasticamente 9 Elétrons Transmitidos - MET Imagem formada pela feixe transmitido sem difração permite observar topografia e morfologia. Imagem formada pelo feixe difratado é uma figura de difração (quando o material é cristalino) e permite analisar estrutura cristalina. TRANSMITIDOS – COM DIFRAÇÃO SEM DIFRAÇÃO 10 Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET) MEV x MET Energia de aceleração do feixe de elétrons geralmente entre 10 e 50 keV. Energia de aceleração do feixe de elétrons geralmente entre 100 e 300 keV. Elementos gerais de MET STEM – Microscópio eletrônico de varredura por transmissão TEM – Microscópio eletrônico de transmissão 13 Canhão de Elétrons 14 Canhão de Elétrons 15 Lentes condensadoras Demagnificam o feixe emitido pelo canhão de elétrons e controlam seu diâmetro ao atingir o corpo de prova. A posição do foco do feixe é alterado à depender da corrente que passa na condensadora. Isso permite que o operador controle a área da amostra que é atingida pelo feixe (d) e também a intensidade da iluminação. Foco depois que o feixe passa pela amostra 16 Lentes condensadoras A primeira lente C1 define a demagnificação do feixe no cruzamento. A abertura da condensadora auxilia no controle do o ângulo de convergência e no controle do brilho. A segunda lente (C2, muitas vezes intensificada) é usada para focar o feixe que vai passar pela amostra. 17 A câmara da amostra 18 A câmara da amostra 19 Grades para amostras MET 20 Grades para amostras MET Em geral metálicos para conduzir melhor os elétrons. 21 Lente objetiva O papel da lente objetiva é formar a primeira imagem e padrão de difração que será ampliado pelas lentes subsequentes e exibida na tela de visualização. Se a amostra for cristalina o feixe que passou pela amostra vai apresentar um padrão de difração além dos elementos necessários para formam a imagem. 22 Imagem e Padrão de Difração Padrão de Difração – É formado inicialmente no plano focal traseiro da objetiva. Primeira imagem – É formada abaixo do plano focal traseiro (plano da imagem). Lembrando – se o objeto é colocado para além do plano focal da objetiva (F), a imagem formada é real e invertida e é formada para além do foco traseiro da lente. DIFRAÇÃOIMAGEM 23 Lente intermediária A lente intermediária é responsável por focar qual o plano que será projetado (plano focal ou plano da imagem) a depender se se deseja observar a imagem da amostra ou o seu padrão de difração. A depender do foco da lente intermediária o padrão de difração ou a imagem vão aparecer no plano da “segunda imagem intermediária” para ser ampliado pelo sistema de lentes projetivas na tela de visualização. A mudança na escolha dos sinais que representam o espaço real (imagem) ou espaço recíproco (padrão de difração) é facilmente alcançada alterando a força da lente intermediária. NÃO É POSSÍVEL OBTER IMAGENS DE ESTRUTURAS E PADRÃO DE DIFRAÇÃO AO MESMO TEMPO! 24 Modo imagem e modo difração Para o modo difração de elétrons de área selecionada (SAED), a abertura no plano da primeira imagem intermediária define a região da qual a difração é obtida. No modo de imagem, a abertura da objetiva pode ser inserida no plano focal traseiro para selecionar um ou mais feixes que contribuem para a imagem final (BF, DF, HRTEM) 25 Modo imagem e modo difração 26 Lentes objetivas e intermediárias 27 O sistema projetor O sistema de lentes projetoras tem por objetivo ampliar a imagem ou padrão de difração selecionado pela intermediária e projetá-lo para observação em uma tela fosforescente ou câmera CCD. 28 O sistema projetor - imagens A primeira imagem produzida pela lente objetiva geralmente tem uma ampliação de 50-100 vezes. 600.000 x – 200 kV 80.000 x – 200 kV Usando três ou quatro lentes projetoras, cada uma fornecendo uma ampliação de até vinte vezes, uma ampliação total de até um milhão é facilmente alcançada 29 O sistema projetor - difração SAED Na técnica de difração de área seletiva (SAED) um feixe de elétrons paralelo ilumina uma região normalmente circular da amostra e forma um padrão de difração de ponto no plano focal traseiro da lente objetiva. Na técnica de difração de feixe convergente (CBED) também conhecida como microdifração, a iluminação de um feixe de elétrons em forma de cone em uma amostra forma um padrão de difração de disco no plano focal posterior da lente objetiva. CBED 30 Filtro de Energia Na formação de imagens os elétrons espalhados inelasticamente prejudicam o contraste. Alguns microscópios especializados têm um filtro de energia abaixo da amostra, que pode ser ajustado para permitir a passagem apenas de elétrons espalhados elasticamente ou elétrons que sofreram uma perda de energia específica. Charge-Coupled Device (CCD) 32 A Câmera CCDs são normalmente acoplados a um cintilador (YAG), na qual os elétrons do feixe de elétrons são convertidos em fótons, que são então transferidos para o sensor do CCD por meio de uma placa de fibra óptica . A luz é projetada na matriz de capacitores (a região fotoativa) e faz com que cada capacitor acumule uma carga elétrica proporcional à intensidade da luz incidente naquela localização. Região Fotoativa Uma vez que o conjunto de capacitores foi exposto à imagem, um circuito de controle faz com que cada capacitor transfira seu conteúdo ao seu vizinho. O circuito controlador converte todo o conteúdo no semicondutor em uma sequência de voltagens 33 Mecanismos de contraste O tamanho e a posição da abertura da objetiva são cruciais para determinar a natureza do contraste visto na imagem. A Imagem final só pode ser formada usando os elétrons que passam pela abertura da objetiva. Ao colocar a chamada abertura de contraste (abertura da objetiva) na superfície de saída da amostra, os elétrons espalhados de ângulo extremamente alto são eliminados, mantendo apenas os elétrons que são transmitidos praticamente sem espalhamento. É então possível discriminar dois pontos na amostra que possuem diferentes poderes de espalhamento (seja a natureza dos átomos constituintes ou o número desses átomos e consequentemente a espessura local). 34 Mecanismos de contraste Para obtenção de imagem, a abertura da objetiva é colocada no plano focal traseiro da objetiva. Os elétrons espalhados pela amostra em ângulos maiores que que um certo limite são barrados pela abertura da objetiva. O contraste observado na microscopia corresponde ao mapeamento de intensidade em função das posições x e y na imagem. CONTRASTE MASSA-ESPESSURA 35 Mecanismos de contraste CONTRASTEMASSA-ESPESSURA Em regiões da amostra mais espessas, ou de alta densidade, o feixe de elétrons será mais fortemente espalhado, ou seja, mais elétrons serão desviados através de um ângulo maior e aparecerão mais escuras na imagem já que serão barrados pela abertura da objetiva. 36 Mecanismos de contraste O mecanismo de contraste massa-espessura é explorado pela maioria dos microscopistas biológicos, que coram o espécime fino com um metal pesado, como o ósmio, em regiões específicas de interesse. Como o metal pesado espalha para mais altos ângulos o feixe de elétrons, a abertura da objetiva barra esses elétrons e o efeito da baixa quantidade de élétrons vindos dessas regiões de mais altos Z é a geração de contraste de claro e escuro na imagem. CONTRASTE MASSA-ESPESSURA Sem a abertura ~ 1 mm Aberturas da objetiva são em geral 20, 50 ou 100 µm 37 Mecanismos de contraste Normalmente regiões da amostra onde o número atômico Z é maior, espalham os feixes de elétrons para maios altos ângulos e portanto aparecem mais escuros na imagem Z-CONSTRAST IMAGING High angle anullar detector – detecta os elétrons que saem a mais altos ângulos e formam a imagem de CAMPO ESCURO A imagem de CAMPO CLARO é formada pelos elétrons que passam pela abertura padrão da objetiva. STEM Aplicada em STEM 38 Mecanismos de contrasteIMAGENS DE CAMPO CLARO E CAMPO ESCURO 39 Mecanismos de contrasteIMAGENS DE CAMPO CLARO E CAMPO ESCURO 40 Mecanismos de contraste O contraste de fase envolve a interferência de vários feixes difratados com o feixe incidente para formar a imagem. CONTRASTE DE FASE Este mecanismo de contraste é muito fraco ou mesmo inexistente especialmente para uma amostra muito fina e se torna realmente relevante em grandes ampliações (HRTEM). O feixe de elétrons incidente pode ser considerado como uma onda plana. É a mudança da fase desta onda devido a interação com o objeto que cria o contraste de fase da imagem. Aplicada em HRTEM (High Resolution TEM) 41 Mecanismos de contraste CONTRASTE DE FASE Franjas de interferência: contraste de fase 42 Tipos de materiais e Imagens 43 Tipos de materiais e Imagens 44 Tipos de materiais e Imagens A análise TEM de componentes estruturais como fibras de colágeno requer orientação do espécime para a imagem das fibras 45 Tipos de materiais e Imagens Ex: Um retrovírus pode ser confirmado como isolado saindo da célula somente se puder ser visto isolado. 46 Tipos de materiais e Imagens 47 Tipos de materiais e Imagens 48 Falhas de empilhamento. contornos de grão e contornos de fase são defeitos planares de materiais cristalinos que podem ser vistos por TEM Tipos de materiais e Imagens 49 Tipos de materiais e Imagens 50 Tipos de materiais e Imagens 51 Tipos de materiais e Imagens 52 Tipos de materiais e Imagens 53 Tipos de materiais e Imagens 55 Tipos de materiais e Imagens 56 Tipos de materiais e Imagens 57 Espessura das amostras para TEM 58 Preparação de amostras para TEM 59 Preparação de amostras para TEM Afinamento/Polimento Mecânico 60 Preparação de amostras para TEM Eletropolimento e polimento químico Célula eletrolítica Para metais e ligas - condutores Afinam folhas de 0.1mm para 0.1 μm em poucos minutos 61 Preparação de amostras para TEM Eletropolimento e polimento químico 62 Preparação de amostras para TEM Eletropolimento e polimento químico 63 Preparação de amostras para TEM Feixe de Íons 64 Preparação de amostras para TEM Feixe de Íons 65 Única técnica que pode criar imagens de estruturas em escala nanométrica, comumente usada em dispositivos semicondutores de última geração. Preparação de amostras para TEM Microscópio de Feixe de Íons focalizados (FIB) 66 Ao aplicar um campo elétrico adequado ao gálio fundido sob vácuo, é possível fazer com que a gota de líquido forme uma ponta extremamente afiada. Assim como no caso dos canhões de elétrons de emissão de campo, os íons de gálio podem ser extraídos da ponta Preparação de amostras para TEM Microscópio de Feixe de Íons focalizados (FIB) Ponto de Fusão do Gálio ~ 30°C 67 Preparação de amostras para TEM Clivagem Uma boa clivagem é geralmente obtida diminuindo a amostra para cerca de 100 μm, e usando um diamante pontiagudo fino para marcar a superfície, que atua como o local de nucleação da rachadura que se propaga através da amostra. A maioria dos cristais preferirá quebrar em planos específicos. 68 Preparação de amostras para TEM Clivagem 69 Preparação de amostras para TEM Ultramicrotomia Em um ultramicrótomo, uma amostra firmemente montada ou embutida com uma área menor que 1 mm x 1 mm é movida por uma faca fixa de vidro ou diamante 70 Preparação de amostras para TEM Ultramicrotomia 71 Preparação de amostras para TEM Replicação Consiste em fazer uma réplica da superfície de um espécime em vez de tentar afinar a peça inteira para obter transparência eletrônica. O filme pode ser removido da superfície em pedaços de 1 mm quadrados ou maiores, flutuando-o no líquido e depois montado em uma grade de cobre para exame no microscópio. Isso pode ser feito depositando uma fina camada de carbono (ou alguns outros materiais) de uma fonte no vácuo 72 Preparação de amostras para TEM Amostras Biológicas 73 Amostras Biológicas Preparação de amostras para TEM Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73
Compartilhar