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REBB79~1

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EXCELENTÍSSIMO(a) SENHOR(a) DOUTOR(a) JUIZ(a) DA XXª VARA DO TRABALHO DE XXXXXXXXX/XXX – TRT XXª REGIÃO.
PROCESSO Nº : XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX
RECLAMANTE : XXXXXXXX XX XXXXXX
RECLAMADO	: XXXX XXXXX Ltda.
XXXX XXXXX., já devidamente qualificado nos autos do processo em destaque, em que move em face de XXXXXX Ltda, vem, por seu advogado signatário, mandato incluso, perante Vossa Excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO para o Egrégio Tribunal do Trabalho da XX Região, o que faz com fundamento nos termos da peça anexa.
Requer seja o mesmo, recebido e processado e, cumpridas as formalidades legais, sejam os autos - com as razões anexas - encaminhados ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da XX Região.
	
Termos em que pede e espera deferimento.
XXXXXXXXXX, XX de março de 2018.
XXXXXX XXXXXXXX
OAB/XX nº. XXX.XXX
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO Nº. : XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX
RECLAMANTE : XXXXXXXX XX XXXXXX
RECLAMADO	 : XXXXXX XXXXX Ltda.
Colendo Tribunal,
Egrégia Turma,
Eméritos Julgadores,
Eminentes Desembargadores, conforme o Recorrente passará a expor, REQUER a reforma da sentença a quo, no que tange as horas interjornadas, intrajornada e o quanto ao acompanhamento do procurador na inspeção pericial.
I – PRELIMINARMENTE
1. Da nulidade da sentença – Cerceamento de defesa
Preliminarmente, necessário arguir-se nulidade da r. Sentença, tendo posto que o procurador signatário foi impedido de acompanhar a realização de ato processual, qual seja, a perícia técnica realizada na sede da(s) reclamada(s) conforme decisão do evento ID XXXXXXX. 
 
Em que pese o entendimento do juízo a quo, de que não exista “previsão legal da necessidade de acompanhamento do procurador da parte” na perícia, necessário frisar que se trata de ato processual, havendo, inclusive, previsão para apresentação de quesitos complementares, durante a diligência, nos termos do artigo 425 do CPC, aplicável ao processo trabalhista, nos termos do artigo 769 da CLT, direito sonegado ao reclamante.
Vale dizer, ademais, que o signatário insistiu no direito de acompanhar a perícia, em tempo de lhe ser garantido o seu acesso, tendo sido negado o direito. 
Ademais, importante referir que o protesto do reclamante restou consignado na decisão do ID XXXXXXX e XXXXXX.
 
O prejuízo é claro, na medida em que o procurador foi impedido de verificar as instalações das reclamadas, momento em que poderia surgir quesitos suplementares/complementares que, conforme legislação citada acima, poderia apresentar quesitos complementares. 
 Ora, o perito, assim como qualquer das partes, ainda que tenha conhecimento técnico específico, é falível, sendo passível de negligenciar algum detalhe da inspeção pericial. 
Assim, aceitar-se que o procurador signatário seja impedido de acompanhar um ato processual, por entender não haver, supostamente, previsão legal ou, pela suposição de que o signatário não detém conhecimento técnico, acaba colocando o perito técnico está em patamar superior ao do Juízo da causa, tornando-o inquestionável e “perfeito”, situação que beira o absurdo, pois aceita-se que o mesmo julgue os processos, pelo menos nas questões técnicas, sendo que qualquer equivoco porventura cometido pelo perito oficial não será elucidada, vez que, embora não esteja adstrito ao laudo, o juízo da causa, geralmente, confirma as conclusões do perito. 
Pelo exposto, requer seja reconhecido o cerceamento do direito dde defesa do ora recorrente, face ao disposto no artigo 5º, LV, da CF/88, consequentemente, anulando a sentença de parquet , determinando-se o retorno dos autos à origem para o prosseguimento da instrução processual com a designação de nova perícia, garantindo o acompanhamento do signatário.
II – DAS RAZÕES RECURSAIS
1. Da supressão dos intervalos interjornadas
O Juízo a quo, ao apreciar os intervalos entre jornadas, entendeu, equivocadamente, inexistir diferenças.
No entanto, ao observar cautelosamente, a exemplo, entre os dias 04 e 05 de março de 20XX, conforme expõe os cartão ponto de ID. XXXXXX, pág. XX, anexados pelo próprio Reclamado, houve a supressão do intervalo entre as jornadas, senão vejamos:
[colacionar registros de ponto]
Destarte, evidenciada a supressão de intervalo(s) entre jornadas, conforme artigo 66 da CLT, deve ser reformada a sentença de primeiro grau, para condenar as reclamadas ao pagamento de horas extras em razão tal(is) supressões de intervalo(s).
2. Da supressão dos intervalos intrajornadas
Data vênia, equivocado o decisum também quanto supressão parcial de intervalos.
Ora, ficou robustamente comprovado por meio de prova testemunhal que o Reclamante e seus colegas tinham somente o período de almoço, que durava em torno de 25 minutos, e eram convocados a voltar ao trabalho – tudo isso sem fazer o registro de ponto no retorno ao trabalho.
A convenção coletiva da categoria, bem como o contrato de trabalho do Reclamante, expõe que lhe é direito 1h30min de intervalo.
Destarte, deve o Reclamado pagar as horas intervalares suprimidas durante a relação contratual.
Assim, deve ser reformada a r. Sentença no ponto.
III - CONCLUSÃO:
Com fundamento no todo acima, conjugado com o que mais consta do bojo probatório dos autos e, ainda, pelos doutos suprimentos dos Eméritos Julgadores, requer seja dado TOTAL PROVIMENTO AO RECURSO ORDINÁRIO para reformar a decisão de primeiro grau nos pontos suscitados, conforme argumentação delineada acima.
Sinala-se que o presente recurso não vai acompanhado de guias de custas e depósito recursal, haja vista que o Autor é beneficiário da Justiça Gratuita.
Requer, ainda, que esta Colenda Turma se digne a prequestionar todos os dispositivos legais elencados no presente Recurso.
Termos em que pede e espera deferimento.
XXXXXXXXXX, XX de março de 2018.
XXXXXXX XXXXXXXX
OAB/XX nº. XX.XXX

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