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CORREÇÃO GRUPO 2 - MODELO 3 - 2022 1 - I UNIDADE (72H)

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FACULDADE BAIANA DE DIREITO AVALIAÇÃO DA I UNIDADE 2022.1 - PROCESSO DO TRABALHO 
PROFESSORA: JULIANE FACÓ
MODELO III
GRUPO: Nicolas Scippa, João de Deus, João Victor Bittencourt, Bianca Bacelar e Gabriel Pereira. 
Nota 7,2
INTRODUÇÃO:
Imagine que o processo é um jogo, do qual você conhece as regras (definidas pelo ordenamento jurídico: CF, CLT, CPC, etc.), e precisa escolher a melhor estratégia para vencê-lo.
Lembre-se de ser coerente com a estratégia adotada, de usar a criatividade com base no conhecimento acumulado até o momento, justificando os meios empregados para atingir a sua finalidade.
Você pode se valer de qualquer solução admissível no mundo jurídico e de qualquer diploma normativo ou obrigacional (contrato de trabalho ou acordo firmado entre as partes, norma coletiva, etc.), inclusive do direito comparado. A única regra é que você observe a compatibilidade com o ordenamento trabalhista, se atendo a sistemática do Processo do Trabalho, seus princípios, valores e vetores axiológicos.
A avaliação será feita com base na solução dada ao jogo, levando em conta a criatividade, linguagem empregada, estratégia adotada, raciocínio jurídico e uso do conteúdo ministrado em sala de aula e condizente com o Processo do Trabalho.
Você é livre para consultar a bibliografia que desejar, jurisprudência, diplomas normativos, etc. Mas se esforce, nenhuma consulta isolada irá lhe socorrer se você não tiver estudado o conteúdo integral e apreendido os conceitos trabalhados!
A prova é em grupo, portanto, o desafio é colegiado e somente a eles você deve se reportar e discutir, pensando conjuntamente na solução para os casos apresentados. A responsabilidade pelas respostas é de todos e a prova deve guardar uma unidade e coerência em todas as questões.
Prazo de entrega improrrogável: Domingo (24/04) - até 12h.
Essa avaliação vale 9,0, que será acrescido de 1,0 ponto da atividade em grupo: elaboração dos questionários (0,6) + resposta aos questionários (0,4).
Será levado em conta para pontuação das questões: a) a criatividade na criação do caso, dos problemas processuais e das estratégias adotadas; b) a linguagem e o raciocínio jurídicos empregados; c) a correção das respostas do ponto de vista técnico à luz do ordenamento jurídico e dos conceitos doutrinários abordados.
Boa prova!!!
ANÁLISE PROCESSUAL - PROBLEMAS PRÁTICOS
Situação 1: Nota 3,7:
Magno Aguiar, aos seus 15 anos, trabalhava para a empresa TEC TEC LTDA, na qualidade de aprendiz, e foi despedido antes de expirar o prazo do seu contrato de aprendizagem. Após o desligamento, decidiu ajuizar reclamação trabalhista contra o seu ex-empregador em nome próprio, sendo representado tecnicamente/juridicamente pelo sindicato. Postulou o benefício da justiça gratuita, a sua reintegração, com o pagamento de salários vencidos e indenização por danos morais em face da despedida injusta e antes do prazo. Fixou o valor da causa em R$45.000,00 (quarenta e cinco mil reais).
Sustentou, ainda, a inaplicabilidade do princípio da sucumbência recíproca com relação às custas e aos honorários advocatícios, com fulcro na IN 27/2005 (arts. 3˚e 5˚) do TST, e que fosse aplicado o regime de honorários previstos na súmula 219 do TST, lhe sendo devido o pagamento de honorários em caso de sucumbência da parte contrária. (1)
A reclamada foi notificada, no dia 26/03/2022 (sábado), para apresentar a defesa em audiência, designada para 01/04/2022 (sexta-feira). O preposto da empresa compareceu sem advogado e a juíza não quis ouvi-lo, uma vez que ele era destituído de capacidade postulatória, além de não ser empregado da reclamada, motivo pelo qual a defesa e os documentos juntados não foram recebidos e foi decretada a revelia da empresa. A reclamação trabalhista foi julgada procedente nos moldes postulados na inicial. (2)
Diante dessa situação, resolva os itens abaixo:
1. (Valor 2,0) O reclamante agiu corretamente com relação a sua tese de inaplicabilidade do princípio da sucumbência recíproca e o pleito de honorários, conforme descrito no item (1)? Se você tivesse sido procurado por Magno, qual seria a sua orientação jurídica com relação a essa matéria (1)?
Nota: 1,3
Resposta:
Não, o reclamante não agiu corretamente em relação a sua tese de inaplicabilidade do princípio da sucumbência recíproca e o pleito de honorários; pois, uma vez que a reclamação trabalhista foi instaurada no ano de 2022, aplica-se o regramento trazido pela Reforma Trabalhista (Lei 13.467, de 2017).
Ora, após a referida reforma, passou a ser aplicado o princípio da litigância responsável na Justiça do Trabalho, em que as partes (reclamante e reclamado) devem se pautar pela boa-fé objetiva e pela razoabilidade das pretensões e teses defensivas postas em juízo. Ademais, a previsão contida no §3º do art. 791-A da CLT, trazida pela inovação legislativa, dispõe acerca da incidência dos honorários advocatícios no caso de sucumbência recíproca, ou seja, ambas as partes poderão arcar com os honorários da parte adversa, vedada a compensação. 
A sucumbência recíproca se configura quando há indeferimento total de um dos pedidos do reclamante. Isto é, se o reclamante for sucumbente em parte dos pedidos, ele ficará sujeito ao pagamento de honorários advocatícios ao advogado da parte adversa. Nesse sentido, é o Enunciado n. 99 da II Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho da ANAMATRA:
“SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. O JUÍZO ARBITRARÁ HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA (ART. 791-A, § 3 o, DA CLT) APENAS EM CASO DE INDEFERIMENTO TOTAL DO PEDIDO ESPECÍFICO. O ACOLHIMENTO DO PEDIDO, COM QUANTIFICAÇÃO INFERIOR AO POSTULADO, NÃO CARACTERIZA SUCUMBÊNCIA PARCIAL, POIS A VERBA POSTULADA RESTOU ACOLHIDA. QUANDO O LEGISLADOR MENCIONOU “SUCUMBÊNCIA PARCIAL”, REFERIU-SE AO ACOLHIMENTO DE PARTE DOS PEDIDOS FORMULADOS NA PETIÇÃO INICIAL”.
Sucumbência recíproca é quando o reclamante perde e a reclamada também, o que o enunciado da Anamatra fez foi apenas dizer que a sucumbência parcial em um dos pedidos não caracteriza sucumbência recíproca.
 Vale ainda mencionar o julgado do Tribunal Regional do trabalho:
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA NO PROCESSO DO TRABALHO. OCORRÊNCIA.Considerando as particularidades da relação de trabalho, em que há múltiplas obrigações e direitos e que no processo do trabalho, em geral, há uma cumulação de pedidos face a relação existente e que certas parcelas são meros reflexos (acessórios) do reconhecimento do pedido principal (exemplificativamente – pedido de pagamento de horas extras e seus reflexos em férias +1/3, 13° salários, aviso prévio, FGTS + 40%), a sucumbência recíproca, para fins de incidência de honorários advocatícios sucumbenciais na Justiça do Trabalho, na esteira dos novos dispositivos legais (art. 791-A da CLT, incluído pela Lei 13.417/17), deve ser entendida de um lado como: pedido julgado procedente (ainda que de forma parcial) – hipótese em que o Reclamado estará vencido para efeito de pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais e de outro lado: pedido julgado totalmente improcedente – hipótese em que o Reclamante estará vencido para efeito de pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais. Há de se verificar, portanto, para efeito de reconhecimento de sucumbência recíproca no processo do trabalho, os pedidos julgados procedentes e improcedentes. Aplicação, ainda que, de forma analógica do parágrafo único do artigo 86 do CPC: “Se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários”, pelo que no processo do trabalho, a condenação em montante inferior a quantificação do pedido da inicial, por si só, não implica sucumbência recíproca. Reforça este entendimento o Enunciado n° 99 aprovado pela Anamatra: “SUMCUMBÊNCIA RECÍPROCA. O Juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca (art. 791-A, Par. 3°, CLT) apenas em caso de indeferimento total do pedido específico. O acolhimento do pedido, com a quantificação inferior ao postulado, não caracteriza sucumbência parcial, pois a verba postuladarestou acolhida. Quando o legislador mencionou “sucumbência parcial”, referiu-se ao acolhimento de parte dos pedidos formulados na petição”. Tribunal Regional do Trabalho da 3° Região TRT – 3 – RECURSO ORDINÁRIO TRABALHISTA: RO 0010133-54.2018.5.03.0037 0010133-54.2018.5.03.0037. ÓRGÃO JULGADOR: OITAVA TURMA. RELATOR: SÉRCIO DA SILVA PEÇANHA.
Vide também o posicionamento da 4° Turma do Tribunal Superior do Trabalho:
RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017.1. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. APLICAÇÃO DO ARTIGO 791-A §3º DA CLT. TRANSCENDÊNCIA JURÍDICA RECONHECIDA. CONHCECIMENTO E PROVIMENTO.I. A Corte Regional descreveu tratar-se de "acolhimento parcial do pedido" e negou provimento ao recurso ordinário interposto pela Reclamada, afastando a condenação do Reclamante ao pagamento de honorárias sucumbências, por entender "não se tratar o caso de sucumbência recíproca". II. Pelo prisma da transcendência, trata-se de questão jurídica nova, uma vez que se refere à interpretação da legislação trabalhista (art. 791-A, § 3o, da CLT) sob enfoque em relação ao qual ainda não há jurisprudência pacificada no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho ou em decisão de efeito vinculante no Supremo Tribunal Federal. Logo, reconheço a transcendência jurídica da causa (art. 896-A, § 1o, IV, da CLT). III. Sob esse enfoque, fixa-se o seguinte entendimento: tratando-se de reclamação trabalhista ajuizada após a vigência da Lei nº 13.467/2017, como no presente caso, deve ser aplicado o disposto no art. 791-A, e parágrafos, da CLT, sujeitando-se a parte reclamante à condenação em honorários de sucumbência, mesmo sendo beneficiária da gratuidade de justiça. Nos termos do art. 791-A, § 3º, da CLT, quando houver procedência parcial da causa deverá o juiz definir honorários de sucumbência recíproca. IV. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento.( ACÓRDÃO 4ª Turma GMALR/rcp/asm; PROCESSO No TST-RR-425-24.2018.5.12.0006; disponibilizado no DJE em 17.09.2020, publicado em 18.09.2020.)
Sob essa perspectiva, é necessário salientar que o art. 791-A da CLT revogou os entendimentos fixados nas Súmulas 219 e 329 do TST; de sorte que, considerando o art. 6, da IN n. 41/2018, do TST, a condenação em honorários advocatícios sucumbenciais, prevista no art. 791-A, e parágrafos, da CLT, será aplicável apenas às ações propostas após 11 de novembro de 2017 (Lei n. 13.467/2017). Nas ações propostas anteriormente, subsistem as diretrizes do art. 14 da Lei n. 5.584/1970 e das Súmulas ns. 219 e 329 do TST. Muito bom! A pesquisa foi profunda. Gostei!
Outrossim, importa salientar que o Juízo Trabalhista não poderá fixar os honorários advocatícios nos casos de arquivamento por não comparecimento do autor à primeira audiência, desistência da ação, renúncia ao pedido, abandono da causa, ou nos casos de extinção sem resolução de mérito (CPC, art. 485). 
Por conseguinte, caso Magno tivesse me procurado, daria a orientação jurídica de que é sim possível a aplicabilidade da sucumbência recíproca, desde que atendidos os requisitos exigidos pelo ordenamento jurídico. Em verdade, isso se dá no presente caso em razão de o processo trabalhista ter sido instaurado sob a vigência da Reforma Trabalhista, tendo de se aplicar o regramento por ela imposto. Nesse ponto, vide barema
2. (Valor 1,5) A juíza agiu com acerto na situação (2)? Aponte todas as irregularidades da questão. 
Nota: 0,9
Não, a juíza não agiu corretamente, pois há irregularidade nos atos praticados pela magistrada. Mais especificamente, a não oitiva do preposto da empresa pela juíza, o não recebimento da defesa e dos documentos juntados, bem como a decretação da revelia da empresa são atos irregulares no processo trabalhista, dos quais, inclusive, resulta nulidade. 
Primeiramente, cumpre salientar que, segundo Bezerra Leite, ainda que as partes tenham o dever de comparecer à audiência, o § 1º do art. 843 da CLT traz ao empregador a faculdade de fazer-se substituir pelo gerente ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato e cujas declarações obrigarão o preponente. 
Pois bem, após a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017), passou-se a admitir que o preposto da reclamada seja alguém externo, bastando que tenha conhecimento dos fatos relativos à ação; inclusive, há empresas que contratam pessoas externas apenas para isso, o que poderá ser feito no primeiro grau. Saliente-se ainda que, no processo trabalhista, pode a parte representar, sem haver necessidade de advogado, de modo que deveria ter ocorrido a oitiva do preposto da empresa, uma vez que este figurava como representante da parte no processo. 
Desse modo, a atitude da juíza configura cerceamento de defesa (artigo 398 do CPC), ensejando a nulidade do processo, visto que o preposto, em posição legítima de representação e postulação, possui o direito de ter a defesa e os documentos juntados recebidos, não sendo cabível os efeitos de revelia ou contumácia. Como visto no caso, a reclamação trabalhista foi julgada procedente nos moldes postulados na inicial, o que é inconcebível dentro da atual sistemática do processo trabalhista, visto que só poderia haver procedência dos pedidos da exordial caso a revelia fosse legítima ou a contumácia fosse legítima. Inclusive, tal fato é passível de ação rescisória. 
Outrossim, é necessário explicar o contexto histórico no que diz respeito à possibilidade de o preposto figurar como representante da parte.
Em primeiro lugar, a jurisprudência do TST (SBDI-1/OJ n. 99) previa que o preposto deveria ser necessariamente empregado do reclamado, salvo se este fosse empregado doméstico. 
Nessa senda, caso fosse nomeado preposto que não detinha a condição de empregado, a consequência era a aplicação da revelia, nos termos da Súmula n. 377 do TST:
SÚMULA Nº 377 - PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO
Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Res. 146/2008, DJ 28.04.2008, 02 e 05.05.2008
O entendimento da referida Corte Superior evoluiu, com a reforma trabalhista, e se passou a ampliar a possibilidade de representação patronal por preposto não empregado restando superada, em virtude do disposto no § 3º do art. 843 da CLT, a Súmula 377 do TST. 
Isto é, atualmente não existe a exigibilidade de o preposto ser empregado da parte reclamada.
Faltou falar do jus postulandi e da ausência de inserstício. – vide barema
3. (Valor 1,5) –- Introduza mais alguns problemas processuais no caso concreto acima exposto com base nos conteúdos vistos até o momento em sala de aula e depois diga quais as estratégias processuais adotadas para resolvê-los.
Nota 1,5
Magno Aguiar, jovem de família rica, aos seus 15 anos, trabalhava para a empresa na qualidade de aprendiz TEC TEC LTDA, cuja atividade e sede se localizam em xique-xique (BA), sendo o mesmo local no qual Magno exerceu por breve período suas atividades, e foi despedido antes de expirar o prazo do seu contrato de aprendizagem.
Magno teve um péssimo histórico na empresa, apesar da brevidade do vínculo empregatício. Brigou com sua supervisora inúmeras vezes, tendo, inclusive, atirado urina na entrada da sede com fito exclusivo de gravar um vídeo que trouxesse muitas visualizações no Youtube, site no qual estão publicamente registradas todas as peripécias do jovem rapaz na empresa. Tais episódios transformaram um ambiente de trabalho extremamente saudável e pacato em um ambiente altamente tóxico, o que acabou por tornar insustentável a relação de Magno com os demais no seu ambiente de trabalho. 
Após ocorrido o desligamento, Magno, com uma verdadeira faccia di bronzo[footnoteRef:1], decidiu ajuizar reclamação trabalhista contra o seu ex-empregador em nome próprio, sendo representado tecnicamente/juridicamente pelo sindicato. Entretanto, por uma divergência de opiniõessobre times de futebol, Magno como um jovem muito gentil, decidiu atirar um copo de vidro na cabeça do membro do sindicato que estava responsável por sua representação. O então aspirante a reclamante decidiu recorrer ao Jus Postulandi, pois, segundo ele, “só deficiente mental não entende de direito do trabalho e direito processual do trabalho”. Detalhe: Magno faria seu aniversário de 16 anos em 30/03/2022 e no dia 31/03/2022 estava marcada a data de seu casamento com Ana Rita Beltrão. [1: Faccia di bronzo, ou, em português, cara de bronze, é uma expressão italiana equivalente à expressão brasileira “cara de pau”, porém com um tom infinitamente mais formal; tal expressão é eventualmente encontrada na obra original de Dante Alighieri (A divina comédia/ La divina commedia). ] 
Inicialmente o sindicato postulou o benefício da justiça gratuita, a sua reintegração, com o pagamento de salários vencidos e indenização por danos morais em face da despedida supostamente injusta e antes do prazo. Fixou o valor da causa em R$45.000,00 (quarenta e cinco mil reais).
Sustentou, ainda, a inaplicabilidade do princípio da sucumbência recíproca com relação às custas e aos honorários advocatícios, com fulcro na IN 27/2005 (arts. 3˚e 5˚) do TST, e que fosse aplicado o regime de honorários previstos na súmula 219 do TST, lhe sendo devido o pagamento de honorários em caso de sucumbência da parte contrária.
A reclamada foi notificada, no dia 26/03/2022 (sábado), para apresentar a defesa em audiência, designada para 01/04/2022 (sexta-feira - 23h). A juíza, da vara quinta vara cível da comarca de Salvador, em despacho simples afirmou “Sexta-feira pela tarde hei de comparecer à festa do meu neto, se vós estais insatisfeitos com o horário estabelecido, desejo que se divirtam na sala 209 ao final do corredor, sala esta onde se localiza a corregedoria do CNJ”. Ademais, não se pode olvidar que a juíza é mãe de Ana Rita Beltrão.
Chegado então o momento da audiência, o preposto da empresa compareceu sem advogado e a juíza não quis ouvi-lo, uma vez que ele era destituído de capacidade postulatória, além de não ser empregado da reclamada, motivo pelo qual a defesa e os documentos juntados não foram recebidos e foi decretada a revelia da empresa. A reclamação trabalhista foi julgada procedente nos moldes postulados na inicial, havendo a presunção de veracidade dos fatos alegados por Magno.
DOS PROBLEMAS PROCESSUAIS
1. DA ANÁLISE SOBRE A COMPETÊNCIA 
O fato de Magno ter trabalhado em Xique-xique (BA) é desde já um indicativo de que qualquer litígio entre empregado e empregador deveria ter sido ajuizado na vara do trabalho da comarca de Xique-xique, entretanto se percebe na questão que o processo foi ajuizado na vara cível da Comarca de Salvador, havendo incompetência absoluta por esta vara não poder julgar este tipo de matéria trabalhista (CLT), e havendo incompetência relativa por não ter sido ajuizado na comarca adequada. Claro que em comarcas na qual não exista um juiz do trabalho a lei pode delegar a função jurisdicional trabalhista aos Juízes de Direito (art. 112, CF e 668, CLT); entretanto, este não é o caso de Xique-xique visto que lá há justiça do trabalho. 
A competência territorial tem natureza relativa, como já dito, que privilegia a vontade das partes, na medida em que as próprias partes podem aplicá-la ou não no caso concreto, sem que haja qualquer vício processual[footnoteRef:2]. Nos termos do art. 800 da CLT, a exceção de incompetência deve ser alegada em 5 dias a contar da notificação e antes da audiência, não podendo o juiz, conhecê-la ex officio sem que haja manifestação das partes. [2: MIESSA, Élisson. Curso de Direito Processual do Trabalho. 8 ed. São Paulo: Editora Juspodivm, 2021, p. 187.] 
2. DO PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÇA
No que tange ao pedido de gratuidade da justiça, considerando que o jovem vem de família abastada e é dependente desta, não haveria qualquer sentido em conceder o pedido[footnoteRef:3], visto que há demasiados precedentes que rejeitam a gratuidade nestas condições. [3: Disponível em: https://www.migalhas.com.br/quentes/156353/negada-justica-gratuita-a-fotografo-considerado--filho-de-pai-rico. Processo : 583.00.2010.171413-7. ] 
3. DAS PRÁTICAS IMPRÓPRIAS ADOTADAS POR MAGNO 
Quanto às práticas antissociais de Magno na empresa, na verdade, estas alteram uma questão de direito material, mas que não deixa de ser interessante de abordar, uma vez que isso lhe tira o direito de receber algo pela sua demissão, no caso, o direito a receber a metade dos salários que receberia até o fim do prazo de trabalho previsto no contrato uma vez que sua rescisão se deu por falta disciplinar grave, que restou totalmente documentada na internet pelo próprio reclamante.
Art. 428 (CLT). Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. 
Ótimo, mas essa questão é de direito material
4. DO HORÁRIO DA AUDIÊNCIA
Quanto ao horário da audiência, esta só poderia ser marcada de 8h às 18h, com duração máxima de 5h, conforme o art. 813 da CLT. Assim, a juíza agiu de forma extremamente equivocada ao propor que a audiência ocorresse no horário de 23h, sendo que o horário limite de término das audiências é às 18h. 
5. DOS EFEITOS DO CASAMENTO
No que diz respeito a Magno casar-se um dia após seu aniversário de 16 anos, leva-nos à conclusão de que o jovem tornou-se emancipado, podendo, assim, aderir às regras comuns do Jus Postulandi, tendo capacidade de prosseguir no processo sem a obrigatoriedade de um terceiro advogado ou representante. Nos termos do artigo 791 da CLT, entretanto, o rapaz precisaria estar representado por seus pais inicialmente[footnoteRef:4], visto que até o dia do casamento não possuía qualquer capacidade postulatória. [4: Considerando o estado de ilegalidade do sindicato exposto no item 2 da situação 1.
] 
6. COMENTÁRIOS FINAIS
Na qualidade de Advogado de Magno, recomendaria a ele que desistisse da ação, visto que mesmo existindo no imaginário coletivo a ideia de que a justiça do trabalho sempre dá razão ao reclamante, o caso dele é um tanto indefensável, visto que foi despedido de forma legítima e tendo perdido o direito às prestações pecuniárias faltantes, além de não haver qualquer chance de uma reintegração. O risco de receber uma reconvenção agressiva é muito alto, e a chance de êxito e cessão de procedência dos pedidos da reconvenção tornam o custo benefício muito ruim.
Cabe esclarecer que há vínculo empregatício e jornada de trabalho, no que tange ao menor aprendiz (ARTIGOS 428 e 432 DA CLT). No caso de rescisão antecipada do contrato, o jovem aprendiz que: não tiver cometido falta disciplinar grave; tiver desempenho suficiente; se adaptado bem; e não ter tido inassiduidade injustificada, tem direito a 13° salário (integral/proporcional), férias + 1/3 (integral/proporcional), FGTS (SAQUE); Ademais aos jovens aprendizes são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários. 
Por fim, o princípio da parcialidade do juiz foi maculado, uma vez que a juíza é sogra de Magno, incidindo o artigo 144 do CPC, mais especificamente o inciso IV. Os casos de impedimento são graves e têm como consequência a proibição de o juiz atuar no processo. Os atos praticados pela juíza são nulos, e caso a juíza impedida proferisse uma sentença, seria cabível uma ação rescisória, nos termos do artigo 966, II do CPC.
Muito bom. Bem criativo e dialoga com questões interdisciplinares. Parabéns!!
Situação 2:
Nota: 3,5
Para resolver os itens abaixo, o caso prático narrado na parte I não é relevante.
Morgana trabalhou 3 anos na empresa TNT LTDA, de janeiro de 2019 a janeiro de 2022. No primeiro ano, trabalhou como auxiliarde informática em Mata de São João (BA) e no segundo ano em Criciúma (SC). Após esse período, foi transferida para ANGOLA, como analista pleno, para prestar seus serviços na sede da empresa ali situada, o que permaneceu até o fim do vínculo.
Durante o período que manteve vínculo empregatício com a empresa TNT LTDA., Morgana teve alguns problemas: 1. No período em que trabalhou em Mata de São João não foi pago o repouso semanal remunerado; 2. No período em que Criciúma não recebeu horas extras e os domingos trabalhados em dobro; 3. No período em que trabalhou em ANGOLA sofreu acidente de trabalho e não conseguiu se afastar pelo INSS porque estava em outro país, ficando totalmente desamparada pela empresa, que a despediu, mesmo estando doente.
Observar que a contratação de Morgana se deu em São Paulo, local em que a empresa tinha filial, e o seu domicílio é em Salvador.
Considerando este cenário, responda:
1. (Valor 2,0) Se Morgana quiser ajuizar reclamação trabalhista contra a empresa TNT, para reivindicar os seus direitos, conforme narrado na questão, qual deverá ser o foro competente para processar e julgar a ação? A resposta deve contemplar a análise completa da questão, observando todos os locais que Alice desenvolveu as suas atividades, legislações pertinentes e súmulas, bem como a jurisprudência, doutrina e princípios, eventualmente aplicáveis.
Nota: 1,5
Prima facie, cabe informar que tratando-se das regras de competência territorial, o art. 651 da CLT estabelece a regra geral da competência territorial para o local em que se efetuou a prestação de serviços, contudo, considerando os fatos narrados há que se observar as peculiaridades que farão com que a regra de competência territorial mude. Segue o artigo 651 da CLT na íntegra: 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 27.10.1999) (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
Todavia, no caso de Morgana, que trabalhou em 3 locais distintos, sendo um deles fora do país, a ação pode ser ajuizada mediante a regra do §3, do art. 651, CLT, ou seja, no lugar do foro da celebração do contrato (São Paulo) ou em qualquer um dos locais em que prestou serviço no Brasil (Criciúma e Mata de São João).
Em que pese existam autores[footnoteRef:5] que interpretam o 3 do art. 651, CLT restritivamente para abarcar somente a hipótese do empregador que desenvolve suas atividades em lugares incertos, transitórios ou eventuais, é a interpretação teleológica do artigo que deve prevalecer em razão do respeito ao Princípio do Acesso à Justiça e do princípio da economia processual, entendimento este postulado no Enunciado n. 7 da 1ª Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho, realizada em Brasília-DF (23-11-2007), a saber: ACESSO À JUSTIÇA. CLT, ART. 651, § 3º. INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO. ART. 5º, INC. XXXV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. Em se tratando de empregador que arregimente empregado domiciliado em outro município ou outro Estado da federação, poderá o trabalhador optar por ingressar com a reclamatória na Vara do Trabalho de seu domicílio, na do local da contratação ou na do local da prestação dos serviços. [5: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. 18 ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020. 
] 
Ou seja, o Enunciado n. 7 acrescenta ainda a hipótese do ajuizamento da ação no local de domicílio do trabalhador, que no caso é Salvador.
Ademais, quanto às reclamações que tenha para fazer sobre o período em que trabalhou na Angola, o § 2 do art. 651, deixa claro que compete à Justiça do Trabalho Brasileira julgar a ação, desde que não exista tratado internacional ratificado pelo Brasil em contrário.
Quanto à Vara do Trabalho competente para julgar a ação, alguns entendem que será a da sede ou filial da empresa no Brasil (São Paulo) ou do local da contratação antes de o empregado ir para o exterior (Criciúma). 
A fins de enriquecimento da resposta, a Súmula 207, TST que disciplinava a questão estabelecendo que a relação jurídica trabalhista seria regida pelas leis vigentes no país da prestação do serviço, porém essa súmula foi revogada pela Resolução TST 181/2012 (DEJT divulgado em 19, 20 e 23-4-2012) prevalecendo a regra da atribuição à Justiça do Trabalho a competência territorial para processar e julgar ação trabalhista proposta por brasileiro que tenha trabalhado em agência ou filial no estrangeiro, porém a lei aplicável ao caso será a do país onde ocorreu a prestação de serviços (art. 12, da LICC cc 3, do art. 651, CLT) segundo jurisprudência firmada do TST, cristalizada no En. 207: “a relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviços e não por aquelas do local da contratação” – essa súmula foi cancelada (TRT 10ª R., RO 779/2000, 2ª T., Rel. Juiz Mário Macedo F. Caron, j. 27-7-2000), salvo se a lei brasileira for mais favorável. 
Assim, percebe-se que pelas regras de competência, para Morgana ajuizar uma ação na qual reclamasse de todos os problemas conjuntamente, ela teria que ajuizar a ação na Vara do Trabalho de Criciúma ou de São Paulo, cumprindo assim as regras de competência para a situação de trabalho em mais de uma localidade do País e as regras de competências para situação de trabalho no exterior, pois se escolhesse Criciúma seria porque foi o último lugar que trabalhou antes de ir pro exterior e este lugar também serve para reclamar sobre os problemas que surgiram das relações de trabalho no país e se escolhesse São Paulo seria porque corresponde ao local de sua contratação e ao local em que se situa a filiada da empresa.
Entretanto, considerando a hipossuficiência do trabalhador e o princípio constitucional do amplo acesso à justiça a ação poderia proposta pela reclamante no foro de seu domicílio (Salvador), visto que seria muito dispendioso para Morgana ajuizar ação em Criciúma porque é um local muito distante do seu domicílio. Atrelado a isso, a 7ª turma do TRT-MG entendeu justamente que seria possível propor ação no local do domicílio com a finalidade de garantir o acesso à justiça, que é uma garantia constitucional.
Com relação ao não pagamento do repouso semanal remunerado durante o período em que Morgana trabalhou em Mata de São João, a reclamação trabalhista ajuizada encontraria fundamento no art.7º, inciso 15, da constituição federal de 88, na medida em que o dispositivo coloca o repouso semanal remunerado como um direito trabalhista. Além disso, a orientação jurisprudencial número 410 SBDI-1 do TST nos mostra que o pagamento deverá ser dobrado pelo sétimo dia consecutivo de trabalho. Sendo assim, Morgana poderia pleitear o direito de receber esse pagamento em dobro.
No que diz respeito ao período em que trabalhou em Criciúma SC, Morgana poderia reivindicar seus direitos por trabalhar dobrado aos domingos e por não receber hora-extra, com base na súmula 146 do TST e na orientação jurisprudencial número 93 SBDI-1 TST, que dizem que o trabalho prestado aos domingos e em feriadosdeverá ser pago em dobro sem que haja qualquer prejuízo em alguma outra remuneração, atrelados também com o art.58-A, §3º da CLT, na medida em que o dispositivo que diz que as horas que forem suplementares a jornada de trabalho normal, deverão ser pagas com o acréscimo de 50 por cento do valor da hora de trabalho. 
Importante ressaltar também que a súmula 347 do TST estabelece a base de cálculo para o pagamento das horas extras com base na quantidade de horas suplementares em que o trabalho foi prestado e com base no valor da hora de trabalho na época em que o contrato de trabalho foi estabelecido.
Não menos importante, observar também o art.67 da CLT pois, ele garante ao empregado um descanso semanal de 24h consecutivas para o empregado, o que claramente não ocorre na relação de emprego entre Morgana e a empresa.
2. (Valor 2,0) A empresa TNT poderia fazer, no ato da rescisão contratual, uma negociação processual com Morgana para eleger o foro competente para julgar eventual demanda trabalhista? Para responder essa questão considere, a título de informação, cuja relevância será julgada pelo grupo, que Morgana auferiu, como última remuneração, o valor de R $5.000,00 e atualmente se encontra desempregada.
Nota 1,5
Não, em regra no processo do trabalho não se admite o foro de eleição e isso ocorre, principalmente, porque a regra de competência da CLT, art. 651 constitui norma de ordem pública (em razão do disposto na CLT, art. 9º), não podendo ser modificada por convenção das partes, bem como por conta da situação do empregado frente ao empregador, de hipossuficiência, que torna nula eventual cláusula de foro de eleição inserida no contrato de trabalho ou rescisão contratual, que altere a regra de competência da legislação consolidada. Desta forma, restando claro que no caso em questão as partes não podem estabelecer o foro de eventual demanda trabalhista, devendo ser considerada nula eventual cláusula inserida na rescisão do empregado.
Nesse sentido, ao interpretar o art. 651 da CLT vemos claramente que seu objetivo é facilitar o acesso à justiça do hipossuficiente. Sendo uma situação de fato em que a eleição do foro for incompatível com o do processo do trabalho, impossibilitando ou dificultando o acesso à justiça, mesmo que não haja vedação expressa na norma consolidada, o foro de eleição não será utilizado, sendo nula, podendo ser declarada de ofício pelo juiz. 
No campo doutrinário, Carlos Henrique Bezerra Leite em sua obra “Curso de Direito Processual do Trabalho”, 19ª Edição, Editora Saraiva, páginas 568 e 569, acompanha em parte esta ideia, ele afirma que caso o foro de eleição seja mais favorável para o empregado deverá ser permitida a cláusula, vejamos:
“Na verdade, passamos a reconhecer que todas as regras previstas no caput e nos parágrafos do art. 651 da CLT têm por objetivo central a facilitação do acesso à justiça para o cidadão trabalhador, presumivelmente vulnerável e hipossuficiente. Logo, é preciso examinar no caso concreto se o foro de eleição firmado no contrato de emprego (via de regra, um contrato de adesão) é mais benéfico ao empregado para, de fato, assegurar-lhe o pleno acesso à Justiça do Trabalho. Se o foro eleito no contrato de emprego for do domicílio do empregado, parece-nos que, não obstante a literalidade do caput do art. 651 da CLT, a competência para processar e julgar a ação trabalhista será fixada na fonte autocompositiva por aplicação do princípio da norma (processual) mais favorável ao trabalhador, salvo se ele próprio preferir ajuizar a demanda no foro do local da prestação do serviço, pois, neste caso, estará abrindo mão de uma vantagem de natureza processual.”
Além disso, se o foro de eleição mais favorável ao empregado decorre de mútuo consentimento das partes, não poderá o empregador, posteriormente, apresentar exceção de incompetência ex ratione loci. Se o fizer, o juiz, além de rejeitar a exceção, poderá aplicar-lhe multa por litigância de má-fé (CPC, art. 80, IV e VI). 
Quanto a jurisprudência, esta afirma, em regra, que a eleição de foro somente é possível na hipótese de o domicílio do empregado coincidir com o local de contratação ou de prestação de serviços do mesmo, vejamos ementa de acórdão:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA - DESCABIMENTO. COMPETÊNCIA TERRITORIAL. RECLAMAÇÃO AJUIZADA NO DOMICÍLIO DO RECLAMANTE. ELEIÇÃO DE FORO PELO EMPREGADO. POSSIBILIDADE APENAS NA HIPÓTESE DE O DOMICÍLIO COINCIDIR COM O LOCAL DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO OU DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS. Em respeito ao princípio constitucional da ampla defesa, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a possibilidade de eleição de foro pelo empregado, para o ajuizamento de reclamação trabalhista, deve-se pautar pelos critérios objetivos fixados no art. 651, "caput" e parágrafos, da CLT. O preceito consolidado franqueia a possibilidade de ajuizamento da ação no foro do domicílio do empregado, ou da localidade mais próxima, quando for parte no dissídio do agente ou viajante comercial. Nas demais situações, o reclamante somente poderá ajuizar a reclamação trabalhista no seu domicílio se este coincidir com o local da prestação dos serviços ou da celebração do contrato. Na hipótese, a reclamante foi contratada para prestar serviços na cidade de Indaiatuba-SP e a ação foi ajuizada na Vara do Trabalho de Sapiranga-RS, lugar de seu atual domicílio, não restando evidenciado motivo excepcional para flexibilizar a regra de competência territorial. Precedentes. Óbice do art. 896, § 7º, da CLT e da Súmula 333/TST. Agravo de instrumento conhecido e desprovido.”
Por fim, não se pode olvidar que em razão de Morgana estar desempregada e de ter recebido uma quantia de cinco mil reais, a enquadra no cenário de hipossuficiência.
Boa análise, mas faltou analisar à luz do negócio processual 
3. (Valor 1,0) Introduza elementos para incrementar o caso e subsidiar a análise processual. Depois de criar os conflitos e problemas processuais diga quais são as soluções e estratégias a serem utilizadas por reclamante e reclamado. 
Nota: 0,5
Morgana trabalhou 3 anos na empresa TNT LTDA, de janeiro de 2019 a janeiro de 2022. No primeiro ano, trabalhou como auxiliar de informática em Mata de São João (BA) e no segundo ano em Criciúma (SC). 
Após esse período, foi transferida para ANGOLA, como analista pleno, para prestar seus serviços na sede da empresa ali situada, o que permaneceu até o fim do vínculo.
Durante o período que manteve vínculo empregatício com a empresa TNT LTDA. Morgana teve alguns problemas: 1. No período em que trabalhou em Mata de São João não foi pago o repouso semanal remunerado; 2. No período em que Criciúma não recebeu horas extras e os domingos trabalhados em dobro; 3. No período em que trabalhou em ANGOLA sofreu acidente de trabalho, ademais Morgana não recebeu o salário referente aos seus últimos 6 meses de trabalho, e não conseguiu se afastar pelo INSS porque estava em outro país, ficando totalmente desamparada pela empresa, que a despediu, mesmo estando doente e tendo uma filha de 3 anos chamada Alice, cuja alimentação dependia do salário da mãe.
Observar que a contratação de Morgana se deu em São Paulo, local em que a empresa tinha filial, e o seu domicílio é em Salvador. Entretanto, a empresa TNT LTDA encerrou suas atividades no Brasil no mês de junho de 2021, não havendo mais nenhum sócio desta empresa no Brasil ou empresa terceira com responsabilidade subsidiária. Cabe dizer que a TNT LTDA possui apenas um representante no Brasil, a empresa coreana, com sede no Brasil, Deiong Gopi Iysunmyi LTDA. 
Morgana acompanhada por um advogado, Henrique Sabinada, deu entrada em uma vara cível da comarca de São Paulo, cuja petição inicial possuía pedidos contraditórios e não qualificava as partes, ademais um dos pedidos era referente a prisão dos sócios da empresa, no caso pedindo que lhes fosse tolhida a liberdade, tal pedido fundamentado na tese de que verbas trabalhistas possuem caráter/natureza alimentícia.
DA RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS PROCESSUAIS.
1. QUANTO AO PEDIDO DAPRISÃO CÍVEL EFETUADO NA INICIAL
Desde já, vê-se que a prestação está sendo descumprida e Morgana tem o direito a receber os salários atrasados, nesta situação pode ser viável a Morgana entrar com a ação de conhecimento para obter o título judicial (art. 515, I, CPC), assim poderá exigir o cumprimento posteriormente em juízo. Essa ação é a reclamação trabalhista padrão, com base na CLT (art. 840) e não no CPC. 
E, nesta situação, caso Morgana ainda não recebesse seu salário, surgiria subsídio jurídico para que as medidas executivas sejam implementadas para forçar a TNT LTDA a adimplir, e claro, após esgotadas as medidas típicas de execução, pode-se dar início às medidas atípicas, conforme o artigo 7, item 7 do pacto San José da Costa rica, da qual o Brasil é Signatário, acaba sendo possível a aplicação da prisão civil no caso em questão.
A prisão civil é uma forma de meio executivo indireto que causa temor no devedor, uma medida coercitiva atípica que pode ser aplicada desde que observados alguns parâmetros (DIDIER JR.; CUNHA; BRAGA; OLIVEIRA, 2019, p. 649). Em defesa dos empregadores, tem-se que essa medida só pode ser aplicada para efetivação de direitos sem conteúdo patrimonial e, portanto, não poderá ser aplicada a prisão civil, eis que os salários possuem caráter pecuniário. Nesse sentido, preleciona a doutrina dos quatro processualistas mencionados que “não é possível, contudo, a sua utilização como medida executiva na execução por quantia” (DIDIER JR.; CUNHA; BRAGA; OLIVEIRA, 2019, p. 649).
Quanto à defesa da empregada e da possibilidade prisão dos empregadores, faz-se necessário adentrar no caráter das verbas salariais atrasadas há mais de 3 meses, somando-se ao fato de que a mesma já está tendo a sua subsistência e de sua filha afetadas, do que se depreende das informações acrescidas ao caso. 
Sobre a não aplicação da prisão civil para efetivação de direitos de caráter patrimonial, tem-se, contudo, uma exceção em relação à execução de alimentos. Ato contínuo, salário é verba alimentar e, portanto, o pagamento da quantia atrasada dos salários possui caráter alimentar, sendo uma execução de alimentos propriamente dita. 
Ademais, veja-se a Súmula 309 do STJ que autoriza a prisão civil em relação ao débito alimentar do alimentante, compreendendo três prestações anteriores ao ajuizamento da execução, de forma até menos problemática do que ocorreu no caso em tela, tendo tido apenas os três meses de salários não pagos. 
Doutrinariamente também se fala nessa exceção (para os casos de dívida alimentar), e também por decorrer de um mandamento constitucional, à luz do art. 5º, LXVII, CF/88, que reza que “não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia (...)” (DIDIER JR.; CUNHA; BRAGA; OLIVEIRA, 2019, p. 129-131)[footnoteRef:6]. [6: DIDIER JR., Fredie; CUNHA, Leonardo Carneiro da; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso de direito processual civil. Execução. 9ª ed. rev. ampl. e atual. Salvador: Juspodivm, 2019. p. 129-131, 458-459, 649.] 
À guisa do arremate, cite-se também o art. 528, §7º, do CPC, que se encaixaria perfeitamente ao caso sub judice, pois autoriza a prisão civil compreendendo as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução, como os três salários atrasados de Morgana. veja-se também o Agravo de Instrumento 70075616904 do TJRS, que, em sua ementa, menciona a execução de alimentos pelo rito da prisão civil, abrangendo as três parcelas anteriores e as vencidas no curso do processo, à luz da Súmula 309 do STJ e do art. 528, §7º, do CPC.[footnoteRef:7] [7: Disponível em: https://tj-rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/554449119/agravo-de-instrumentoai-70075616904-rs. ] 
Não há essa possibilidade na jurisprudência trabalhista, a análise não foi da sistemática processual trabalhista.
2. DO ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES PELA EMPRESA NO PAÍS (BRASIL).
Em defesa da empregada. Desde já cabe esclarecer que uma vez tendo sido celebrado o contrato de trabalho, no Brasil, a empresa, como possuidora de sede no País, ainda responderá pelas violações trabalhistas cometidas, ainda que a funcionária estivesse trabalhando fora do país durante o encerramento das atividades no Brasil. Ademais, a representante da TNT LTDA, a Deiong Gopi Iysunmyi LTDA pode ser utilizada para que seja realizada a citação.
E claro, ainda que não existam quaisquer bens da empresa situados no Brasil, ainda é possível usar de uma carta rogatória endereçada um juízo estrangeiro competente, com o fito de promover a execução no exterior.
A Corte Especial do STJ decidiu que a citação de empresa estrangeira no Brasil pode ocorrer através de representante, ainda que não seja formalmente filial, agência ou sucursal aberta ou instalada em território nacional.[footnoteRef:8] [8: Disponível em: https://torreaobraz.com.br/empresas-estrangeiras-representante-nao-formalizado-no-brasil-pode-receber-a-citacao/#:~:text=Empresas%20estrangeiras%3A%20representante%20n%C3%A3o%20formalizado%20no%20Brasil%20pode%20receber%20a%20cita%C3%A7%C3%A3o,-28%20fev%202020&text=A%20Corte%20Especial%20do%20STJ,ou%20instalada%20em%20territ%C3%B3rio%20nacional.] 
Tal entendimento foi fixado no processo de Homologação de Sentença Estrangeira n. 410/NL movido por Cocamar Cooperativa Agroindustrial contra a Crosports Mercantile Inc. segue trecho 
“No caso, a requerente buscou a homologação de decisão proferida pela Corte de Roterdã. Contudo, ao buscar a citação da requerida, notou que a empresa não possuía representantes formais no Brasil. Após analisar a situação fática e de direito, o STJ entendeu ser possível a citação por meio da equivalente brasileira da empresa Diretora da requerida, a Amicorp do Brasil Ltda. A discussão decorre da previsão do art. 75, inciso X, do Código de Processo Civil, que estabelece: ``Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: (…) X – a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil.”
Por fim, o Ministro Relator concluiu que pessoas jurídicas estrangeiras não podem se beneficiar de circunstâncias formais, das quais elas foram responsáveis para esquivarem da jurisdição brasileira.
Em defesa do empregador, não é como se fosse viável montar uma defesa sólida neste caso, mas seria possível tentar assim fosse iniciado o processo, uma tentativa de aplicar o entendimento anterior, usando uma interpretação extremamente restritiva do artigo 75, X do CPC. Poderia inclusive ser usado parte da fundamentação do Ministro Relator, Benedito Gonçalves, vez que ele pontuou haver um choque de dois princípios jurídicos, pois: “(i) de um lado, a facilitação da efetiva ciência de processo e o consequente exercício do direito ao contraditório à ampla defesa; e (ii) de outro, a garantia de que aquele que litiga contra pessoa jurídica estrangeira possa realizar citação em prazo razoável sem o exercício desnecessário de atividades processuais morosas”. Devendo então a contestação prezar pela primazia da ampla defesa frente ao princípio da duração razoável do processo.
Faltou processo do trabalho também
3. DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA VARA CÍVEL.
Fica evidente a incompetência absoluta da Vara em que a ação foi proposta, na medida em que o advogado de Morgana, o Dr. Sabinada, ingressa com a reclamação trabalhista, sendo esta ação, em regra, de competência exclusiva da justiça do trabalho. A única exceção a esta regra seria no caso de comarcas na qual não haja um juiz do trabalho, podendo a lei delegar a função jurisdicional trabalhista aos Juízes de Direito (art. 112, CF e 668, CLT); entretanto, este definitivamente não é o caso de São Paulo.
Como já dito superficialmente, a incompetência absoluta do caso ocorre quando uma ação de uma matéria trabalhista fora proposta em vara cível que por força legal/ constitucional, não possui competência para julgar. Podendo ser declarada a incompetência da Vara, a qualquer momento do processo (art. 64, parágrafo1 do CPC), por ser de natureza absoluta, ademais é também passível de ação rescisória. Logo, em defesa do empregador, pode ser uma estratégia processual, interessante, não suscitar a incompetência absoluta, para ganhar tempo contra a trabalhadora e, quem sabe, postergar o processo até que seja prescrito o direito à ação, uma vez que por ser matéria de incompetência absoluta, prevalece a regra de que os atos jurisdicionais são completamente nulos, não gerando qualquer prejuízo à empresa. Apesar de que, tamanho o absurdo de uma causa trabalhista de regime celetista, em Vara Cível, é bem provável que o Juiz reconheça a incompetência de ofício.
No que tange a defesa de Morgana, seria interessante, em petição simples pedir para que o processo seja encaminhado ao juízo competente, assumindo a incompetência absoluta, a fim que se evite perder os direitos por prescrição.
4. DA INÉPCIA DA INICIAL.
O artigo 330 do CPC, mais especificamente em seu inciso IV do § 1, determina o indeferimento da petição inicial uma vez que a inicial contenha pedidos contraditórios entre si. Na posição da empresa seria a contestação ideal, entretanto, ela nem precisará se manifestar, uma vez que dificilmente terá conhecimento da ação, já que o advogado não qualificou as partes, e ainda o fez em Vara absolutamente incompetente.
Entretanto, apesar da suma estupidez do Dr. Sabinada, o CPC oferece aos juízes a possibilidade de oportunizar o Autor a sanear os vícios de sua inicial no prazo limite de 15 dias, nos termos do artigo 321 do mesmo código. Não que isso fosse viável, visto que a vara em que a ação fora proposta sequer é competente. Segue na íntegra os artigos 319, 320 e 321:
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
5. COMENTÁRIOS FINAIS
Considerando o estado econômico de Morgana, seria interessante e viável pleitear pela gratuidade de justiça (Artigo 98 do CPC), para evitar o pagamento das custas judiciais, que certamente impactam diretamente na qualidade de vida e de sua filha pequena.
Faltou trazer problemas de processo do trabalho de acordo com o que foi visto na unidade

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