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SOLUÇÕES - AULA

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Formas Farmacêuticas 
Líquidas
SOLUÇÃO
Classificação dos sistemas Dispersos
Tipo Tamanho da 
partícula
Características
Dispersão 
grosseira:
(emulsões,suspensões
 e aerossóis)
> 0,5 µ
A partícula não atravessa o papel 
filtro; não difunde; não passa 
através da membrana dialisadora; é 
visível ao microscópio
Dispersão Coloidal
(soluções coloidais)
0,5 e 0,001µ
A partícula atravessa o papel filtro, 
mas não o ultrafiltro; difunde e 
passa através da membrana de 
diálise muito lentamente; não é 
reconhecível ao microscópio, 
somente no ultramicroscópio.
Dispersão 
Molecular
(soluções)
< 0,001 µ
A partícula atravessa o papel filtro e 
o ultrafiltro; difunde e passa através 
da membrana de diálise muito 
rapidamente; não é visível nem ao 
ultramicroscópio.
Soluções Farmacêuticas
 DISSOLUÇÃO (operação física)
 
 
 
 SOLUÇÃO 
 (Forma Farmacêutica)
 
Solubilidade de uma substância 
em um determinado sistema e a 
extensão com que se dissolve 
depende: 
natureza e intensidade das 
forças presentes no soluto, do 
solvente e da interação resultante 
soluto-solvente.
“ Preparação líquida que contém uma ou mais 
substâncias químicas dissolvidas em um solvente 
adequado ou em uma mistura de solventes 
miscíveis”
 
 Sistema monofásico e
 homogêneo 
Soluções Farmacêuticas
 
 (características físico-químicas)
 solubilidade 
 
 Solvente/sistema solvente
 Eficácia terapêutica
 Estabilidade da solução
 SOLUTO
SOLUTO (S)
SOLVENTE (S)
Conservantes
Antioxidantes
Edulcorantes
Viscosificantes
Flavorizantes 
e Corantes
Vantagens das Soluções como 
Forma Farmacêutica 
 Forma líquida 
 Empregada por diferentes vias de administração
 via oral, nasal, parenteral, tópica, ocular
 Emprego em pacientes com dificuldades de deglutir formas 
orais sólidas, situações de emergência, crianças, idosos
 Dosagem segura e possibilidade de ajuste de dose
 Rápida absorção (partículas < 0,001µ)
 Reações químicas se processam mais rapidamente quando 
dissolvidas
 Desvantagens das Soluções 
 Sabor das drogas torna-se mais pronunciado quando
 dissolvidas
 Menor estabilidade de fármacos e adjuvantes em solução 
(alterações físico-químicas como reações de hidrólise e oxidação) 
 Necessidade de correta dosificação (risco de dose menos exata 
que as formas sólidas)
 Facilidade para o desenvolvimento microbiano
 Acondicionamento, transporte e armazenamento: forma 
farmacêutica menos transportável (volume e fluidez) que as 
preparações concentradas ou sólidas
Classificação das Soluções
Propriedades específicas e desejáveis das soluções dependem da
via de administração 
 Soluções orais (via bucal)
 Correção do sabor, cor e aroma
 Soluções nasais 
 instiladas ou vaporizadas na 
 cavidade nasal
 Soluções otológicas 
 instilação no ouvido externo
 Soluções oftálmicas 
 instilação no olho
 
 Soluções tópicas (pele e mucosas)
 Soluções para irrigação 
 irrigar, enxaguar ou lavar feridas ou cavidades corporais
 Soluções parenterais 
 subcutâneo, intramuscular, endovenoso
Componentes da solução
1) SOLUTO: Componente que se encontra disperso no solvente, na forma
molecular ou iônica
2) SOLVENTE: Fase na qual ocorre a dispersão = Líquido (1 ou mais)
 a) Hipossulfito de sódio ..............25 g 
 Água destilada................. q.s.p 100,0 ml
 
 b) Ácido bórico .................. 1,2 g
 Ácido salicílico .............. 0,2 g
 Mentol ........................... 0,2 g
 Glicerina ........................ 0,4 g
 Álcool ........................... 5 ml
 Água destilada .....q.s.p. 100,0 ml
 
 * Quando todos os componentes da solução forem líquidos, 
considera-se o solvente aquele estiver em maior proporção 
Mecanismo de ação dos 
solventes polares
1) Elevada Constante Dielétrica (Ɛ)
 Efeito de uma substância para separar dois íons de carga 
oposta
Lei de Coulomb
A força de atração (F) entre dois íons de carga oposta depende:
 F = Z1Z2
 Ɛr2
Z1 e Z2 = carga dos íons
r = distância que separa os íons de carga contrária
Ɛ = constante dielétrica do meio
 Quanto > polaridade do solvente > Ɛ
Constante Dielétrica (Ɛ)
Solvente Fórmula Ɛ
n-Hexano
Tetraclorometano
Benzeno
C6H14
CCl4
C6H6
1,89
2,24
2,28
Clorofórmio CHCl3 4,81
Diclorometano CH2Cl2 9,08
1- butanol C4H9OH 17,1
Acetona CH3COCH3 20,7
Etanol C2H5OH 24,3
Metanol CH3OH 32,6
Acetonitrila CH3CN 37,5
Água H2O 78,5
 Ɛ = A . % A + B . % B + C . % C
 100
A = Água (10%) Ɛ H20 = 78,5
B = Etanol (40 %) Ɛ Álcool = 24,3
C = Clorofórmio (50 %) Ɛ Clorofórmio = 4,81
 Ɛ = 78,5 . 10 + 24,3 . 40 + 4,81 . 50
 100 
 Ɛ = 785 + 972 + 240,5 
 100
 Ɛ = 19,97 
Constante Dielétrica
Associação solvente
2. Rompem as ligações covalentes de eletrólitos 
potencialmente fortes por reação ácido-base
 HCl + H2O H3O+ + Cl-
3. Solvatar moléculas e íons por interações dipolares/ ligações 
hidrogênnio
 Grupos polares em fármacos orgânicos (-OH; -CO; -COOH; -NH2; 
-SO3H;) = solubilidade aquosa por formação de pontes de 
hidrogênio ou formação de dipolos.
Mecanismo de ação dos 
solventes polares
Preparação das soluções
 Coeficiente de solubilidade = quantidade máxima de uma 
substância dissolvida em 100 partes de um solvente à determinada 
temperatura
 Solubilidade: número de partes de solvente para dissolver 1 parte 
do soluto (Temp. 15 oC)
A solubilidade de uma substância química pura em determinada 
temperatura e pressão é constante.
 Ex. Iodeto de sódio: 1g dissolve-se em 0,55 ml de água, em 3 ml de 
álcool, em 1 ml de glicerina
 Solução saturada = equilíbrio com um excesso de soluto
Expressão Partes de solvente necessárias para dissolver 1 
parte de soluto 
Muito solúvel Menos de 1 parte
Livremente solúvel de 1 a 10 partes
Solúvel de 10 a 20
Moderadamente solúvel de 30 a 100
Ligeiramente solúvel de 100 a 1000
Pouco solúvel de 1000 a 10.000
Praticamente insolúvel
ou insolúvel
mais de 10.000
Preparação das soluções
 
 Iodo: muito pouco solúvel em água; solúvel em álcool e em 
soluções de iodetos; pouco solúvel em glicerol.
 Dipirona: 1g dissolve em 1,5 ml de água e em 30 ml de álcool; 
insolúvel em éter e em clorofórmio
 Cloridrato de propanolol: solúvel em 20 partes de água e em 
20 partes de álcool; levemente solúvel em clorofórmio; praticamente 
insolúvel em éter.
 Paracetamol (acetaminofeno)
 1g em 70 ml de água, em 20 ml água fervente, em 7a10 ml álcool, 
pouco solúvel em clorofórmio e éter. 
 Cada substância tem uma solubilidade específica e 
reprodutível para um determinado solvente à uma 
determinada temperatura 
 Qualquer desvio desta solubilidade é devido á formação
 de novas espécies em solução
Preparação das soluções
 Concentração das soluções Farmacêuticas:
 Expressa como a massa ou o volume de um soluto contido em 
uma dada massa ou volume de solução.
 Ex: 1 g/L; 0,1 g/100 mL; 1 mg/mL
 Expressões de concentração das soluções Farmacêuticas:
1) Porcentagem (%): 
 % m/v = peso de soluto x 100
 volume de solução
 Gramas de soluto em 100 ml de solução
 ex. 100 ml de solução contém 10 g glicose
Preparação das soluções
% m/m ( massa/massa)
(critério adotado pela Farmacopéia Brasileira)
 Gramas de soluto em 100 g de solução 
ex. 10 g NaCl em 100 g de solução
% v/v (volume/volume) 
 Mililitros de soluto em 100 ml de solução 
 ex. 10 ml de glicerina em 100 ml de solução
 Preparação das soluções
Fatores que influenciam a velocidade de dissolução:
Equaçãode Noyes-Whitney
 
 dc/dt = velocidade de dissolução (variação da conc. em função tempo)
 K = constante de velocidade de dissolução (agitação, temperatura, volume de 
solvente e viscosidade do solvente)
 S = área superficial do sólido em dissolução 
 Cs = concentração de saturação do fármaco 
 Ct = concentração do fármaco no tempo (t)
dc = K.S (Cs – Ct) V = K.S (Cs – Ct)
dt
Efeito da temperatura no processo de dissolução de 
alguns sais
Substâncias com calor de
dissolução positivo 
= reação endotérmica
Substâncias com calor de
dissolução negativa 
= reação exotérmica
 Preparação das soluções
1. Soluções de Sólido em Líquido:
 1.1. Substâncias facilmente solúveis em água
 Ex: ác. cítrico, cloreto de cálcio, amônio e sódio; iodetos de 
potássio, sódio, etc.
 1.2. Substâncias menos solúveis em água
 Ex: Bórax (borato de sódio); ác. Bórico; cloreto de potássio; 
fosfato de sódio
 Preparação das soluções
1.3.Substâncias Insolúveis ou pouco solúveis em água
 Solubilização de substâncias insolúveis ou pouco solúveis em 
água ou que ultrapassaram o seu coeficiente de solubilidade 
no solvente empregado 
 
 Escolha do processo de solubilização depende da natureza 
química do fármaco e do tipo de produto empregado
1.3.1. Solubilização com reação química:
 Introdução de grupos polares na molécula 
 (-OH; -CO; -CHO, -COOH, -NH2; - SO3)
 Formação de sais solúveis em água
 Formação de complexos moleculares hidrossolúveis (uso 
de adjuvantes)
 Ajuste do pH
Preparação das soluções
 Preparação das soluções
 Formação de sais solúveis em água
Ex. Solução de Iodo 2% (sol. Iodo fraca)
 Iodo ............................ 2 g
 Iodeto de sódio ...........1,5 g
 Álcool 50 oGL .............q.s.p. 100,0 ml
 I2 + NaI NaI3 (triiodeto de sódio) = sal solúvel em 
água
 
 Solubilidade em Água e Álcool de alguns ácidos fracos, bases 
fracas e seus sais
 Produto ml de solvente para dissolver 1g produto
 Água Álcool
- Atropina 455 2
 - Sulfato de atropina 0,5 5
 - Morfina 5000 210
 Sulfato de morfina 16 565
 - Fenobarbital 1000 8
 Fenobarbital sódico 1 10
 - Procaína 200 solúvel
 Cloridrato de procaína 1 15
Preparação das soluções
 P
Formação de complexos moleculares hidrossolúveis
 (uso de adjuvantes)
 Ex: Complexo polivinilpirrolidona + Iodo = PVP-I 
Complexo PVP-I
 Ajuste do pH do meio
 pH do meio
 
 
 pH = fator crítico para a solubilidade do fármaco
 SISTEMA TAMPONADO
estabilidade do fármaco
Compatibilidade 
fisiológica
Atividade do fármaco
Solubilidade do fármaco
Preparação das soluções
Eletrólitos fracos (ácidos ou bases) = pouco ou insolúveis
em água 
 Alteração do pH = transformação em formas iônicas 
hidrossolúveis
Ex: Eletrólitos fracos de caráter ácido (sulfamidas, barbitúricos) 
 pH alcalino (forma ionizada) para a solubilização em água
Eletrólitos fracos de caráter básico (alcalóides, aminas 
simpaticomiméticas, anestésicos locais) pH ácido
Preparação das soluções
 FÁRMACOS
 
 Ácidos ou Bases Fracas
 
 Grau de ionização
 (características de dissociação)
 
 Absorção 
 (maior ou menor) 
Preparação das soluções
 Grau de ionização do fármaco:
 pH da solução
 pKa (constante de dissociação)= pH em que o 
fármaco está 50% na forma ionizada e 50% na forma não-
ionizada)
 pH estômago = 1,0
 pH intestinos = 6,6
 pH plasma sg = 7,4 
 Diferentes graus de absorção de um fármaco 
 
EX: pKa Fenobarbital = 7,4 (ácido fraco)
 Sangue (pH 7,2 -7,4)= 50% ionizado; 50% 
não-ionizado 
 Estômago (pH= 1,0) = > parte não-dissociado 
(boa absorção)
 pH extracelular e pH intracelular = governam o 
grau de ionização de um fármaco dentro e fora da célula 
(entrada e saída do fármaco das células) 
Preparação das soluções
1.3.2. Solubilização sem reação química:
 Emprego de misturas aquosas com um ou mais 
solventes (co-solventes)
 Eletrólitos fracos e moléculas não polares = baixa 
solubilidade em água
 Fármacos sujeitos à decomposição de caráter hidrolítico
 
 Substituir parte da água por um solvente não aquoso
 Polióis (álcool, glicerina, sorbitol, propilenoglicol)
 Polietilenoglicóis de baixo peso molecular
 Preparação das soluções
Preparação das soluções
 Solubilização micelar
A solubilização consiste na dissolução de uma substância 
relativamente insolúvel em água, em soluções aquosas de 
substâncias tensoativas
 
 
H2O
TENSOATIVO
Tensão superficial da água
Diminuição da Tensão superficial da água 
por ação de tensoativos
MicelasSolubilização Micelar
Água
Fármaco insolúvel 
em meio aquoso
3. Soluções de Líquido em Líquido
- Medir as substâncias líquidas (proveta, pipeta graduada ou 
volumétrica)
- Lavar o recipiente de medida
- Completar o volume
- Filtrar
Preparação das soluções
Estabilidade das soluções
 TODA SOLUÇÃO ESTÁVEL CONSERVA SUA LIMPIDEZ, COR E ODOR 
ORIGINAL DURANTE TODO SEU ARMAZENAMENTO
 Análises:
 Limpidez: entre 4 a 47 oC 
 pH 
 Cor/odor/sabor 
 Desprendimento de gás 
 Estabilidade microbiana
 Estabilidade à luz
 Viscosidade
 Isotonicidade
 Densidade
 Tensão superficial
 Pirogênios (injetáveis)
Conservação de produtos Farmacêuticos
 As substâncias devem ser conservadas sob condições que evitem sua 
contaminação ou deterioração. As condições de conservação dos produtos figuram 
nas respectivas monografias. 
 Congelador - temperatura entre -20 e 0o C; 
 Refrigerador - temperatura entre 2 e 8oC; 
 Local frio - temperatura não deve exceder a 8oC; 
 Local fresco - temperatura entre 8 e 15 oC; 
 Temperatura ambiente - temperatura entre 15 e 30 oC; 
 Local quente - temperatura entre 30 e 40 oC; 
 Calor excessivo - temperaturas acima de 40 oC. 
 Quando for necessário conservar um fármaco em local fresco pode-se conservá-lo 
em refrigerador (a menos que indicado de maneira diferente na monografia 
individual). 
 Quando na monografia não forem especificadas condições de conservação, elas 
incluem proteção contra a umidade, congelamento e calor excessivo. 
Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, Anvisa, 2012. 
Formulário
 Cloridrato de metoclopramida .........5 mg (0,005 g)
 Veículo .....................................q.s.p 5 ml
 Hidroxietilcelulose
 Sacarina sódica
 Metilparabeno
 Propilparabeno
 Propilenoglicol
 Álcool etílico
 Aroma caramelo custard 5443/A
 Essência de caramelo
 Aroma tangerina solúvel
 Água purificada
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