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1
1 INTRODUÇÃO 
Para a realização de ações motoras há um leque considerável de 
movimentos possíveis. Essa abundância de possibilidades de movimento é fator 
importante para que o indivíduo possa interagir a contento com os meios físico e 
social. Existe certa ubiqüidade na capacidade de produção de ações motoras entre 
nós, isto é, a grande maioria da população é capaz de interagir funcionalmente com o 
ambiente por meio de ações motoras. Boa parte das nossas ações motoras 
cotidianas como manusear talheres lavar-se, vestir-se, participar de jogos diversos, é 
adquirida com pouca ou nenhuma instrução formal, a partir da interação com as 
demandas do dia a dia. Todavia, dentro da população, há indivíduos que 
demonstram grande dificuldade para realizar essas mesmas atividades cotidianas. 
Para esses indivíduos, pelo menos por enquanto, nem a provisão de 
uma intervenção sistemática é garantia de melhora de sua condição motora. Esses 
indivíduos, sem sinais neurológicos clássicos, apresentam dificuldades inesperadas 
para concluir tarefas motoras tanto do ponto de vista daquilo que é realizado por 
pessoas da mesma faixa etária como do ponto de vista do desempenho 
propriamente dito. Essa condição é reconhecida como reflexo de problemas na 
organização e produção de movimentos em virtude de causas ainda não 
esclarecidas. Por essa razão, reconhece-se, desde a década de 1980, que há um 
transtorno predominantemente motor e que este7 afeta de forma negativa o 
desenvolvimento. 
Esse trabalho tem como foco a condição mencionada acima, nomeada 
como Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC) pela ASSOCIAÇÃO 
PSIQUIÁTRICA AMERICANA – DSM – IV (2002) e Transtorno específico do 
desenvolvimento motor, pela ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE - CID-10 
(1993). 
Com base na apresentação e discussão da literatura que se segue, 
conclui-se que os critérios para identificação do TDC para fins de pesquisa podem 
ser considerados vagos. Essa indefinição, por sua vez, tem como conseqüência a 
seleção de grupos experimentais com grande variabilidade interna, o que limita a 
 2
interpretação e comparação dos resultados de pesquisas acumulados. Desta forma, 
a compreensão da natureza do TDC tem sido difícil e controversa. 
Uma forma de superar esse problema seria a adoção de uma 
abordagem diferencial, onde se busca diferença dentro da própria população que 
sofre desse transtorno, na tentativa de caracterizar grupos com maior 
homogeneidade. Esses subgrupos podem vir a ser, no futuro, categorias mais 
apropriadas para pesquisas sobre a natureza do fenômeno e para o delineamento de 
programas de intervenção. Uma técnica que tem sido usada para discriminar 
subgrupos de TDC é a análise de clusters (DEWEY & KAPLAN, 1994; HOARE, 1994; 
WRIGHT & SUDGEN, 1996a). Análise de Cluster representa não uma, mas um 
grupo de técnicas de análise multivariada, que busca oferecer solução para a 
classificação de sujeitos com base nas suas características. Um problema com tais 
análises é que elas sempre criam agrupamentos, independentemente da estrutura 
dos dados. Dessa forma, selecionar as variáveis a serem usadas na análise é uma 
decisão do pesquisador, baseado em considerações teóricas, indução ou indícios 
empíricos. 
Esse trabalho pretende demonstrar o impacto negativo da imprecisão 
do critério utilizado no diagnóstico de portadores de TDC para o avanço na 
compreensão da natureza do referido transtorno. Procura ainda explorar a 
possibilidade de identificar a população de TDC com base em suas características no 
desempenho de tarefas de timing. O timing tem sido um déficit amplamente 
evidenciado nos estudos com TDC (GEUZE, & KALVERBOER, 1994; LUNDY-
EKMAN, IVRY, KEELE & WOOLLACOTT, 1991; PIEK & SKINNER, 1999; SUGDEN 
& WRIGHT, 1998; VOLMAN & GEUZE, 1998a, 1998b; WILLIAMS, 2002; WILLIAMS, 
WOOLLACOTT & IVRY, 1992). 
2 A IMPORTÂNCIA DA AÇÃO MOTORA PARA O 
DESENVOLVIMENTO HUMANO 
O desenvolvimento motor na infância caracteriza-se pela aquisição de 
habilidades básicas, cujas funções permitem à criança o domínio do seu corpo em 
diferentes posturas (estáticas e dinâmicas), locomover-se pelo meio ambiente de 
 3
variadas formas (andar, correr, saltar, etc.) e manipular objetos e instrumentos 
diversos (receber uma bola, arremessar uma pedra, chutar, escrever, etc.). As 
habilidades motoras básicas são centrais para a condução de rotinas diárias em casa 
e na escola, como também servem ao desenvolvimento de atividades lúdicas em 
casa, nos parques e playgrounds. Não raro, elas são vistas como o alicerce para a 
aquisição de habilidades motoras especializadas na dimensão artística, esportiva e 
ocupacional ou industrial (TANI, MANOEL, KOKUBUN & PROENÇA, 1988). Essa 
relação de interdependência entre as fases de habilidades básicas e de habilidades 
especializadas denota a importância das aquisições motoras iniciais da criança, que 
atendem não só as necessidades imediatas da 1a. e 2a. infâncias, como trazem 
profundas implicações para o sucesso com que habilidades específicas são 
adquiridas posteriormente. 
Não há melhor descrição do significado do desenvolvimento de 
habilidades básicas do que aquela oferecida por uma observação atenta do cotidiano 
de uma criança. CONNOLLY (1994) fez esse exercício ao relatar a rotina matinal de 
Thomas, uma criança de três anos de idade. 
 
The next task was Thomas’ bath. Together we went to the bathroom 
where Thomas put the bath plug in and I turned on the taps. Thomas 
cannot deal with the taps because they are too hard for him turn on and 
adjust. Soon the bath was ready and Thomas took off his dressing 
grown, slippers and pyjama trousers, disentangling himself from his 
pyjama tunic was more difficult and my help was needed. Thomas 
enjoyed his bath though he does have a problem with the soap, the 
tablet is to large for his hand and it is always slipping away so soaping 
himself is a task he needs help with. After the bath came drying and 
dressing; socks, pants, shirt, jumper, trousers and finally shoes. Some 
of these, like socks and pants, he can manage well enough, the shirt is 
too difficult really and tying shoelaces is quite out of question. (p.2) 
1
 
 
1 Tradução do autor: A próxima tarefa foi o banho de Thomas. Juntos nós fomos para o banheiro onde ele pôs a tampa da banheira e eu 
abri as torneiras. Thomas não é capaz de manusear as torneiras, porque elas são muito duras para ele abri-las e ajustá-las. Logo que o 
banho ficou pronto, Thomas tirou o seu roupão, seus chinelos e calça do pijama. Desvencilhar-se da parte de cima do pijama foi mais 
difícil e minha ajuda foi necessária. Thomas gostou do seu banho apesar de sua dificuldade em manusear o sabão: este é muito largo para 
sua mão e está sempre escorregando. Assim, para ensaboar-se, ele precisou da minha ajuda. Depois do banho vem o momento de se 
secar e vestir meias, ceroulas, camiseta, macacão, calça e finalmente os sapatos. Algumas dessas indumentárias, como meias e ceroulas, 
 4
 
Tarefas que nós adultos normalmente não apreciamos por serem 
difíceis ou complexas, como regular a água do chuveiro, o uso do sabonete durante o 
banho, vestir-se, etc., são desafiantes para uma criança tão nova, exigindo a 
assistência de um adulto. Para um adulto existe certa obviedade no fato que, daqui a 
alguns anos, Thomas será capaz de dominar essas habilidades sem ajuda. Mas é 
exatamente no processo que decorreu nesse intervalo que reside o desenvolvimento. 
Dispondo-nos a fazer o mesmo exercício de Connolly, imaginemos agora, passado 
três anos, o cotidiano de Thomas no início da sua vida escolar. 
O dia a dia na escola coloca novos desafios. É preciso usar 
instrumentos para pintar, desenhar, escrever. A delicadeza das linhas é desafiada 
pela força de preensão exercida pelo polegar e o indicador sobre o lápis. A pintura da 
figura depende da amplitude com que obraço se desloca para lá e para cá, assim 
como a intensidade e a distribuição das cores dependerá igualmente da força 
aplicado ao pincel. Há outras tarefas desafiantes em que a criança tem que 
administrar a si própria, além dos outros, como em uma brincadeira de pega-pega. 
As inúmeras situações que se apresentam podem ser reunidas em quatro contextos 
com base na forma com que a criança se relaciona no ambiente. Em algumas 
situações a criança está parada manipulando alguns objetos (escrever, folhear 
páginas, apontar um lápis...). Ela pode também estar parada, mas o ambiente 
apresenta mudanças que exigem dela mudanças determinadas em suas ações 
(receber uma bola que lhe foi lançada pelo amigo, por exemplo). A criança pode 
ainda estar em movimento e o ambiente estável, isto é, as eventuais mudanças 
ambientais não afetam diretamente as ações da criança (por exemplo, escalar o 
trepa-trepa, deslocar-se por entre as cadeiras da classe, ultrapassar obstáculos, 
saltar, correr e chutar uma bola estática). Por fim, há situações em que a criança se 
desloca em um ambiente em mudança, que implica em controlar o próprio corpo em 
relação à dinâmica do ambiente, isto é, dos objetos que o compõem (por exemplo, 
andar de bicicleta junto com outras crianças, brincar de pega-pega, deslocar-se junto 
 
ele consegue vestir suficientemente bem; já vestir a camisa é muito difícil e amarrar os sapatos está fora de questão. (CONNOLY, 1994, 
p.2) 
 5
com os colegas, jogos coletivos com bola, etc.). Adquirir competência motora nesses 
quatro contextos é importante na medida em que a criança depende disso para 
interagir no meio físico e social que se apresentam na escola, em casa, na rua, enfim 
no seu dia-a-dia. 
Com freqüência deparamos com inúmeros e variados desafios motores. 
Geralmente nós os vencemos de uma maneira tão corriqueira que não percebemos a 
riqueza, diversidade e importância funcional dos meios por nós utilizados e 
materializados nas habilidades motoras executadas (SUGDEN & SUGDEN, 1991). 
Um dos momentos críticos dessa adaptação motora acontece nos anos iniciais do 
processo de escolarização. Certas crianças demonstram que não são capazes de 
lidar com a crescente demanda motora que esse período caracteriza: para algumas 
isso é conseqüência da falta de experiência, para outras, isso pode ser sinal de um 
problema mais profundo, com uma grande chance de prognóstico negativo 
(CANTELL, SMYTH & AHONEN, 1994; FITZPATRICK & WATKINSON, 2003; 
GEUZE & BÖRGER, 1993; LOSSE, HENDERSON, ELLIMAN, HALL, KNIGHT & 
JONGMANS, 1991.) 
A realização de movimentos tem um importante papel na regulação das 
ações nos contextos citados, sendo algo fundamental para o seu desenvolvimento ao 
longo da vida. Podemos dizer que o movimento representa o meio pelo qual o 
indivíduo interage transacionalmente com o ambiente (KEOGH & SUGDEN, 1985), 
permitindo ao indivíduo tanto se adaptar às demandas do ambiente, quanto agir 
como agente do seu próprio desenvolvimento, modificando o ambiente, construindo 
sua própria experiência. 
Contudo, a importância do movimento não se reduz apenas à dimensão 
motora do desenvolvimento, mas estende-se também a outros domínios do 
desenvolvimento humano. Os efeitos de uma baixa competência motora sobre outros 
domínios do comportamento são comentados com freqüência na literatura. 
Pesquisadores preocupados em investigar a origem e a natureza das 
dificuldades motoras, predominantemente durante o período de desenvolvimento 
compreendido entre o nascimento e o final da adolescência, têm demonstrado 
 6
claramente o efeito perverso que elas têm sobre o desenvolvimento. WEDELL (1973) 
alerta: 
 
The deficiencies are seen as affecting the means by which the 
individual extracts meanings from his environment. The functions, 
which are deficiencies, constitute the individual’s equipment for 
acquiring the information that is the basis for building up his concepts 
about the world in which he lives and for organizing his motor activity in 
accordance with his intentions. (p.4)
2
 
Para o autor não existem dúvidas quanto o efeito nefasto da 
incapacidade motora sobre a auto-imagem da criança, levando-a a se perceber como 
uma fracassada. Mais ainda, o autor afirma que esses insucessos tendem a 
cristalizar no indivíduo uma expectativa de insucesso em outras atividades. Como 
veremos a seguir, experimentalmente isso tem sido corroborado por inúmeros 
estudos. 
Em estudo voltado para examinar a concomitância, em crianças, entre 
problemas sociais e afetivos por um lado e problemas motores por outro, 
SCHOEMAKER e KALVERBOER (1994) mostraram que as crianças com 
dificuldades motoras, em comparação como crianças sem dificuldades, eram mais 
introvertidas, se julgavam menos competentes fisicamente e socialmente e também 
mostraram ser significantemente mais ansiosas. 
MANDICH, POLATAJKO e RODGER (2003) investigaram, por meio de 
entrevistas com os pais, o efeito do Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação 
(TDC)3 na vida cotidiana de crianças. Os resultados mostraram que a dificuldade 
motora, característica dessa condição médica, tem um impacto negativo sobre a 
competência em lidar com a vida diária, a percepção de competência, e o 
envolvimento social da criança. Os autores concluem que o desempenho motor tem 
um papel importante na aceitação pelos pares. 
 
2 Tradução do autor: As deficiências (nas funções motoras) são vistas como afetando o meio pelo qual o indivíduo extrai significado do 
seu ambiente. As funções, que são consideradas deficientes, constituem o equipamento do indivíduo para obter informações sobre o 
mundo no qual ele vive e para organizar a sua atividade motora de acordo com sua intenção. (WEDELL, 1994, p. 4) 
3 A partir de 1994, muitos pesquisadores têm optado pelo uso do termo Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC), termo 
adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Associação Americana de Psiquiatria (APA). 
 7
Já CANTELL, SMYTH e AHONEN (1994) observaram que adolescentes 
com TDC possuíam poucos hobbies sociais e uma baixa ambição acadêmica, se 
comparados com adolescentes considerados normais. 
LOSSE et al. (1991) detectaram que, apesar de haver diferenças na 
formas com que as crianças com TDC lidam com suas dificuldades motoras 
cotidianas, a maioria delas apresenta um auto-conceito baixo, além de diversos 
outros problemas de natureza acadêmica e social. 
Todos esses impactos sociais, afetivos e acadêmicos citados acima 
podem levar algumas crianças a adotarem uma postura de “fuga” de experiências 
motoras. Essa atitude acaba por potencializar a dificuldade motora inicial, 
caracterizando um efeito circular: dificuldade motora – frustração – recusa de 
experiências motoras – incremento das dificuldades motoras pré-existentes – mais 
frustração, e assim por diante. 
A importância das habilidades motoras para o desenvolvimento humano 
nem sempre foi destacada. O reconhecimento atual é fruto de uma longa história de 
investigação, envolvendo pesquisadores de áreas diversas, como será apresentado 
a seguir. 
3 REVISÃO DE LITERATURA 
3.1 Crianças com Dificuldade Motora 
Uma das características mais intrigantes do desenvolvimento humano 
e, em particular, do desenvolvimento motor, é o de que ele é marcado por ampla 
similaridade, de um lado, e por diversidade, de outro. Universalidade e variabilidade 
intra e inter-individual, são qualidades contraditórias, mas complementares do 
mesmo fenômeno: o desenvolvimento (CONNOLLY, 1986). A aquisição das 
habilidades básicas, embora diversa na população, apresenta uma seqüência de 
desenvolvimento relativamente previsível no que diz respeito ao que é possível 
adquirir e quando. 
Entretanto, existem situações em que a variabilidadeultrapassa os 
limites de um desenvolvimento dito normal, adquirindo características de desvio 
 8
(CONNOLLY, 1986). Uma delas refere-se ao atraso excessivo na aquisição de 
habilidades motoras básicas. Além do atraso, essas habilidades são pobremente 
desenvolvidas. Com esse quadro, tem-se uma situação de dificuldade motora na 
criança, normalmente atribuída a distúrbios ou transtornos de seu desenvolvimento. 
3.2 Os primeiros relatos e pesquisas 
O interesse por crianças que exibem dificuldades motoras possui uma 
história antiga e diversa. Desde o início do século passado, pesquisadores advindos 
de um amplo espectro de campos de conhecimento e atuação profissional, 
abrangendo desde a Educação Física até a Medicina e a Psicologia, têm destacado 
e investigado problemas motores em crianças. Mesmo na literatura de ficção 
podemos encontrar descrições que destacam personagens às voltas com 
dificuldades motoras, e o impacto disso sobre sua personalidade. Por exemplo, 
CANNETI (1935), no seu livro “Die Blendung” (Auto de Fé, na tradução brasileira), já 
nos dá uma descrição bastante precisa do problema, através da fala do personagem 
Kien. 
Ao fim da metade da hora da visita, Kien gemia de dores antigas, 
aparentemente esquecidas. Desde a infância, jamais tivera firmeza nas 
pernas. No fundo, nunca aprendera a andar corretamente. Na aula de 
ginástica caía da barra fixa. A despeito do comprimento das pernas, 
era o pior corredor do curso. Para os professores, a debilidade física do 
menino simplesmente contrariava a natureza. Em todas as matérias, 
Kien era o melhor da turma, graças a sua excelente memória. Mas do 
que adianta isso? Na realidade devido a seu corpo ridículo, ninguém o 
respeitava. Davam-lhe inúmeras rasteiras que, invariavelmente, o 
faziam tropeçar. No inverno transformavam-no em boneco de neve, até 
que seu corpo adquirisse a grossura normal. (p.155) 
Dada a ubiqüidade da competência motora entre os indivíduos, 
geralmente temos certa resistência em reconhecer a dificuldade motora como um 
problema em si, como uma condição primária, a qual pode existir desacompanhada 
de outros sintomas médicos. Esse mesmo problema aconteceu com outras 
condições médicas, entre elas a hiperatividade e déficit de atenção, dificuldades da 
aprendizagem e transtornos do desenvolvimento de uma maneira geral. 
 9
Para CRATTY (1994), o interesse por esse tipo de problema, 
compreensivelmente, surgiu inicialmente em países desenvolvidos, em razão dos 
mesmos já terem solucionado os grandes problemas de saúde pública. Por outro 
lado, nos países do chamado terceiro mundo, a preocupação era limitada somente a 
os grandes problemas essenciais, deixando pouco espaço para preocupações com 
condições médicas como dificuldades de aprendizagem, dificuldades motoras, etc. 
Já em meados da década de 1980, HULME e LORD (1986) 
demonstram que o interesse acadêmico pelo fenômeno do comportamento motor 
“desajeitado” (developmental clumsiness) não era algo recente. Os autores destacam 
algumas referências ao fenômeno ainda na primeira metade do século passado. 
Primeiramente Collier4, que no início do século XX cunhou o termo “congenitally 
maladroit” para se referir a um grupo particular de crianças que manifestavam 
marcantes dificuldades motoras, sem apresentar, no entanto, uma causa conhecida. 
Uma segunda referência foi feita por ORTON (1937)5, na qual ele relata a existência 
de algumas crianças que demonstram um desajeitamento motor (comprometimento 
nas habilidades locomotoras e de manipulação de objetos) na ausência de qualquer 
condição neurológica. O mais interessante é que Orton há quase 70 anos, já antevia 
os principais critérios diagnósticos que viriam a ser adotados para a identificação de 
TDC. Orton também especulava que, com a prática, esses indivíduos poderiam 
dominar qualquer habilidade motora. Infelizmente esse prognóstico não se mostrou 
verdadeiro. 
Em Dezembro de 1962, o “British Medical Journal” dedicou seu Editorial 
à discussão das origens ou causas das dificuldades que algumas crianças enfrentam 
no contexto escolar. Nessa comunicação levanta-se a hipótese de que esses 
problemas têm como causa uma condição médica primária. O Editorial destaca 
quatro trabalhos independentes que sugerem a existência de uma síndrome de 
causa desconhecida. 
 
4 Fonte não revelada 
5 S.T. ORTON Reading, writing and speech problems and children. New York: Norton, 1937. 
 10
Segundo esse documento, ANNELL, em 19496, 19517 e 19598, na 
Suécia, vinha descrevendo um grupo de crianças consideradas motoramente 
desajeitadas. Eram caracterizadas como inábeis no desempenho de movimentos 
funcionais (particularmente na escrita), no desempenho em jogos e atividades físicas 
e, além disso, manifestavam dificuldade em concentrar-se. Com relação à natureza e 
prognóstico do problema, ANNELL especulava que este era de natureza 
maturacional e que a recuperação seria espontânea. Da Holanda, foi citado um relato 
de PRECHTL e STMMER9, de 1962, no qual consta uma descrição de um grupo de 
crianças desajeitadas. Novamente, somado a uma dificuldade de concentração, as 
crianças exibiam uma série de dificuldades motoras. O editorial cita também um 
trabalho advindo do próprio Reino Unido. Nesse trabalho, WALTON, WELLIS e 
COURT10, em 1962, descreveram um grupo de cinco crianças desajeitadas. Os 
autores examinaram cuidadosamente esse grupo e destacam a sua dificuldade em 
executar inúmeras ações motoras cotidianas (alimentar-se, vestir-se, andar e etc), 
assim como problemas perceptivos como: dificuldade em tarefas de encaixe, em 
tarefas de cópia de formas simples, em tarefas que envolvem timing coincidente 
(agarrar uma bola), entre outras. O editorial destaca ainda uma conferência sobre 
neurologia infantil, promovida pela Sociedade Nacional de Espasticidade 1962, na 
qual ILLINGWORTH11 descreveu (e também mostrou um filme) um grupo de crianças 
encaminhadas para ajuda médica por exibirem marcantes dificuldades motoras, 
apesar de contrastantes sinais de normalidade (andar normal, quociente de 
inteligência normal ou acima do normal). Na conclusão, o editorial deixa claro uma 
preocupação com o reconhecimento dessa síndrome no meio médico e educacional, 
sugerindo a necessidade premente de estudos voltados para essa população. 
Como demonstrado, a percepção do problema da “criança desajeitada” 
não é novo. Entretanto, não é incomum encontrar referência ao Editorial de 1962 do 
Bristish Medical Journal como um marco para as pesquisas sobre esse tema. Essa 
 
6 A.L. ANNELL Science, v. 45, p. 901, 1949 
7 A.L. ANNELL Proceedings of the International Congress Psychotherapeutics, Leyden, 1951. 
8 A.L. ANNELL Motor disorders at school. Berne: Seelische Gesundheit, 1959. 
9 H.F.R. PRECHTL.; J.C. STEMMER, Developmental Medicine and Child Neurology, v. 4, p. 119, 1962 
10 J.N. WALTON; E. ELLIS; S.D.M. COURT. Brain, n.85, p.603, 1962 
11 Fonte não revelada 
 11
comunicação pode ser vista como o ponto de partida de um interesse científico pelo 
que hoje chamamos Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC) 
(SUGDEN & WRIGHT, 1998; WRIGHT, 1997). 
3.3 Sobre a terminologia 
A diversidade de termos que vêm sendo utilizados para nomear esse 
transtorno é imensa, sendo a mesma conseqüência de alguns fatores: primeiro, 
revela diferenças de “background” dos pesquisadores envolvidos (área médica, 
comportamental, educacional, entre outras); segundo, a diversidade dos termos 
também pode ser atribuída à evidente heterogeneidade das dificuldades encontradas 
nas crianças com TDC (SUGDEN & WRIGHT, 1998). Os termos propostos têm sido 
usados na literatura, algumas vezes de forma intercambiável, outras vezes 
denotando diferenças básicas baseadas no background do pesquisador. 
A QUADRO 1 ilustra a diversidade de termos que vêm sendo utilizadospara nomear esse fenômeno. 
QUADRO 1 - Terminologia. 
TERMOS AUTORES 
Children with motor difficulties SUGDEN e KEOGH (1990) 
Clumsy children (CLUMSY, 1962) 
HENDERSON (1987) 
LORD e HULME (1987) 
HALL (1988) 
HENDERSON e SUGDEN (1992) 
LOSSE, HENDERSON, ELLIMAN, HALL, 
KNIGHT e JONGMANS (1991) 
BARNETT e HENDERSON (1992) 
DWYER e MCKENZIE (1994) 
GEUZE e KALVERBOER (1994) 
SCHOEMAKER e KALVERBOER (1994) 
 
Continua... 
 
 
 
 
 
 
 
 12
QUADRO 1 – Terminologia (Cont.). 
 
Clumsiness HENDERSON e HALL (1982) 
VAN DELLEN, VAESSEN e 
SCHOEMAKER (1990) 
POWELL e BISHOP (1992) 
CANTELL, SMYTH e AHONEN (1994) 
Clumsy child syndrome GUBBAY (1965) 
Coordination problems O’BEIRNE, LARKIN e CABLE (1994) 
Deficits in Attention Motor Control and 
Perception (DAMP) 
PEREIRA, LANDGREN, GILLBERG e 
FORSSBERG (2001) 
Desordem coordenativa 
desenvolvimental 
OLIVEIRA, LOSS e PETERSEN (2005) 
Delay in motor development SILVA e ROSS (1980) 
Dyspraxia MISSIUNA e POLATAJKO (1995) 
MIYAHARA e REGISTER (2000) 
Developmental apraxia ILOEJE (1987) 
Developmental coordination disorder 
 
DSM IV (1994) 
HOARE (1994) 
MISSIUNA (1994) 
MON-WILLIAMS, WANN e PASCAL 
(1999) 
RÖSBLAD e VON HOFSTEN (1994) 
SUGDEN e WRIGHT (1995) 
WRIGHT e SUGDEN (1996a) 
Hand –eye coordination problems FORSETH e SIGMUNDSSON (2003) 
Minimal brain dysfunction RASMUSSEN, GILBERG, 
WALDENSTROM e SVENSON (1983) 
Motor coordination problems MAELAND (1992) 
Continua... 
 
 
 
 
 13
QUADRO 1 – Terminologia (Cont.). 
 
Motor Impaired WHITING (1975) 
Motor skill problems SUGDEN e SUGDEN (1991) 
Movement difficulties SUGDEN e KEOGH (1990) 
Movement problems WRIGHT, SUGDEN, NG e TAN (1994) 
Perceptual motor dysfunction LASZLO, BAIRSTROW, BARTRIP e 
ROLFE (1988) 
Physically awkward children WALL, MCCLEMENTS, BOUFFARD, 
FINDLAY e TAYLOR (1985) 
Perceptual-motor dysfunction LASZLO, BAIRSTOW, BARTRIP e 
ROLFE (1988) 
Sensory integrative dysfunction AYRES (1972) 
Transtorno do Desenvolvimento da 
Coordenação 
DSM - IV, (2002) 
Transtorno específico do 
desenvolvimento da função motora 
CID - 10, (1993) 
 
 
O tamanho da lista de termos denota o desafio que o fenômeno tem 
imposto sobre os pesquisadores. No Brasil, em razão dos estudos terem ganhado 
destaque apenas recentemente, pode-se dizer que existe uma tendência ao uso do 
termo “consenso” Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação ou TDC. Essa 
denominação foi proposta na Conferência Internacional realizada no Canadá em 
1994, quando alguns grupos de pesquisadores de diversas áreas de conhecimento 
reuniram-se para debater o tema e propor um nome para essa condição médica. 
Segundo a AMERICAN PSYCHIATRY ASSOCIATION12 - DSM-IV, 
(2002) o Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação é diagnosticado quando: 
Critério A. O desempenho em atividades diárias que exigem 
coordenação motora está substancialmente abaixo do nível esperado, 
considerando a idade cronológica e a inteligência medida do indivíduo. 
 
12 Associação Americana de Psiquiatria 
 14
O quadro pode manifestar-se por atrasos marcantes em alcançar 
marcos motores (por ex., caminhar, engatinhar, sentar), propensão a 
deixar cair coisas, desajeitamento, fraco desempenho nos esportes ou 
caligrafia insatisfatória. 
Critério B. A perturbação do Critério A interfere significativamente no 
rendimento escolar ou nas atividades da vida diária. 
Critério C. A perturbação não se deve a uma condição médica geral, por 
exemplo, paralisia cerebral, hemiplegia ou distrofia muscular, nem 
satisfaz os critérios para um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento. 
Critério D. Em presença de Retardo Mental, as dificuldades motoras 
excedem aquelas associadas com esse transtorno.(p.88) 
A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) CID - 10 (1993) 
nomeia o problema como Transtorno específico do desenvolvimento da função 
motora, traduzido pelo Prof. Dr. Dorgival Caetano, e adota as seguintes diretrizes 
para diagnóstico: 
A coordenação motora da criança, em tarefas motoras finas e grossas, 
deve estar significantemente abaixo do esperado com base em sua 
idade e inteligência global. Isto será mais bem avaliado com base em 
um teste padronizado de coordenação motora fina e grossa, 
administrados individualmente. As dificuldades de coordenação devem 
estar presentes desde cedo no processo de desenvolvimento (isto é 
elas não devem constituir um déficit adquirido) e não devem ser um 
resultado direto de quaisquer defeitos de visão ou audição ou de 
qualquer transtorno neurológico diagnosticável. (p.245) 
3.4 Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação 
Para a OMS (1993), o termo transtorno é sugerido como uma forma de 
evitar problemas ainda maiores advindos do uso das expressões como “doença” ou 
“enfermidade”. A OMS reconhece que não é um termo exato, porém aponta para a 
existência de um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente 
reconhecíveis, associados, na maioria dos casos, às dificuldades marcantes no 
desempenho de atividades motoras cotidianas, ocupacionais e recreativas. 
 15
Já o termo desenvolvimento indica que o problema se manifesta nas 
fases iniciais da aquisição de ações motoras, vindo a interferir em todo processo de 
desenvolvimento subseqüente, isto é, na contínua especialização e diversificação 
dessas ações (RISPEN & VAN YPEREN, 1998). 
O termo coordenação é colocado para denotar o cerne do transtorno, 
isto é, a explicita dificuldade de organizar e realizar ações motoras. Coordenação, 
por sua vez, pode ser vista como a capacidade de exercer controle sobre múltiplas 
relações que se estabelecem entre os elementos que compõem o sistema motor. 
Para BERNSTEIN (1996), o controle do sistema motor de nosso corpo é um 
problema muito complexo, multifacetado, que mesmo em sua versão mais limitada, 
não pode ser resolvido pela mais sofisticada tecnologia existente. Esse problema 
ficou conhecido com o problema dos graus de liberdade. Segundo BERNSTEIN 
(1996): 
Coordination is overcoming excessive degrees of our movement 
organs, that is, turning the movement organs into controllable system. 
(p.41)
13
 
No caso específico do TDC, o termo denota existir um problema no 
desenvolvimento dessa capacidade, para a contínua re-ordenação dos elementos 
que compõem o sistema motor, nos níveis intra-articular, intra-membros e inter-
membros. Os indivíduos portadores desse transtorno não se caracterizam pela 
manifestação de comportamentos descoordenados, mas sim por um problema na 
regulação ou controle da coordenação, considerando-se as restrições do ambiente, 
da tarefa e do organismo. 
O avanço na compreensão de qualquer fenômeno passa pela 
formulação de três perguntas: O que é? Por que é? Quais são as possibilidades? 
(LACEY, 1998). Aplicando-se esses questionamentos para o estudo do TDC, a 
primeira pergunta refere-se a questões de caracterização e identificação; a segunda 
refere-se à natureza do transtorno, e a terceira tem seu foco no desenvolvimento, 
prognóstico e intervenção. 
 
13 Tradução do autor: Coordenação é dominar o excessivo números de graus de liberdade do aparelho locomotor, isto é, fazê-lo 
um sistema controlável. (BERNEISTEN, 1996, p.41) 
 16
Uma questão problemática no caso do TDC, anterior até ao esforço 
para o entendimento da sua causa, é a sua identificação. Um obstáculo importante 
ao estudo do transtorno deve-se aos próprios critérios de inclusão dessa categoria 
médica, representados tanto na CID-10 (OMS, 1993) e no DSM-IV (APA, 2002), ou 
do que seja operacionalmente uma criança com TDC. CERMARK, GUBBAY e 
LARKIN (2002) ilustram bem a finalidade e alcance do termo: 
DCD” might best be thought of as temporary term that practitioners and 
researchers will use until we have a more thorough understanding of 
this complicated condition. The advantages of using this term are 
practical ratherthan theoretical. It does not carry a history of theoretical 
controversy like “dyspraxia” and it does not implicitly infer an etiology 
such as “minimal brain dysfunction”. There is a very practical by-
product of the recognition and diagnostic criteria provided by APA, 
1987, 1994). In countries where there is publicly funded health care, 
children diagnosed with DCD might be eligible for government-funded 
assistance for therapy. (p.7)
14
. 
Developmental coordination disorder” is a fuzzy term without a precise 
definition. It serves to define a broad band of mild motor problems that 
researchers and practitioners are still struggling to refine. (p.22)
15
 
Os critérios adotados para um diagnóstico de TDC têm sido úteis para 
o reconhecimento dessa condição, para a organização de um esforço multidisciplinar 
de investigação do fenômeno (a criação da “INTERNATIONAL SOCIETY FOR 
RESEARCH INTO DCD” é um exemplo) e comunicação entre os pesquisadores. 
Entretanto, para fins metodológicos (seleção de sujeitos), os critérios para 
identificação existentes ainda são vagos, e têm conseqüências negativas, seja na 
validação dos instrumentos de identificação, seja na generalização de comparação 
 
14 Tradução do autor: TDC pode ser visto como termo temporário que profissionais e pesquisadores irão usar até alcançarem 
uma compreensão mais profunda dessa complicada condição. As vantagens do uso desse termo são de ordem mais prática que 
teórica. Ele não carrega uma controvérsia histórica, como, por exemplo, dispraxia, nem supõe implicitamente uma etiologia, 
como o faz “disfunção cerebral mínima”. Existe uma conseqüência prática do reconhecimento e critério de diagnóstico fornecido 
pela APA (1987,1994). Em países onde existem sistema de saúde público, crianças diagnosticadas com TDC podem se 
candidatar a receber recursos financeiros governamentais para financiar assistência terapêutica. (CERMARK, GUBBAY & LARKIN, 
2002, p.7) 
15 Transtorno do desenvolvimento da coordenação é um termo obscuro sem uma definição precisa. Ele serve para definir um 
largo espectro de problemas motores moderados que pesquisadores e profissionais lutam para refinar. (CERMARK, GUBBAY & 
LARKIN, 2002, p.22) 
 17
dos resultados de pesquisa (CANTELL & KOOISTRA, 2002), ou mesmo na própria 
compreensão da causa, ou causas, do TDC. 
 
3.4.1 Natureza do transtorno 
Como colocado anteriormente, a criança com TDC demonstra um 
prejuízo marcante no desenvolvimento da sua coordenação motora, e 
conseqüentemente, pode-se esperar nessas crianças dificuldades significativas em 
atender às demandas motoras do seu cotidiano. Os estudos a serem revisados nos 
tópicos seguintes ilustram a grande variedade de diferenças encontradas entre o 
desempenho de crianças ditas normais e crianças com TDC. Contudo, algumas 
questões precisam ser consideradas para que se avance na compreensão da 
etiologia do TDC, entre elas, o critério de diagnóstico, os subtipos de TDC e a 
comorbidade com outros transtornos de desenvolvimento. Não devemos esquecer 
então, que apesar de ser legítimo todo esse esforço em reconhecer (nomear) esse 
comportamento como uma condição médica, os critérios utilizados ainda não 
alcançaram a objetividade necessária. Esse fato tem dificultado a construção de 
instrumentos de diagnóstico e, como conseqüência, a própria seleção de sujeitos 
para pesquisa. 
 
3.4.1.1 Estudos intergrupos 
Do ponto de vista metodológico, a grande maioria das pesquisas 
voltadas para desvendar a natureza do TDC pode ser classificada como estudos 
comparativos ou intergrupos. O objetivo dessa abordagem tem sido destacar as 
diferenças entre os indivíduos considerados normais e aqueles com TDC. Vale 
alertar que a descoberta das diferenças não se caracteriza como um fim em si 
mesmo. A determinação de diferenças entre indivíduos com e sem TDC deve ser 
vista como uma etapa na solução do problema, isto é, qual é a causa do 
comportamento TDC. Espera-se, com essa estratégia, formar um quadro amplo de 
variáveis que discriminem as crianças com TDC das crianças normais. 
Conseqüentemente, essas pesquisas de cunho comparativo não têm um impacto 
 18
direto sobre a causa ou etiologia do comportamento TDC. Esses estudos contribuem 
para uma “garimpagem” de variáveis, destacando aquelas mais promissoras, para 
serem manipuladas em estudos experimentais clássicos. 
O descobrimento de diferenças, pelo menos no seu aspecto 
quantitativo, tem sido bastante profícuo. Como já afirmavam GUBBAY, ELLIS, 
WALTON e COURT (1965) há 40 anos atrás, as crianças com TDC apresentam 
desempenhos diferenciados em uma ampla variedade de habilidades motoras: finas 
e grossas; abertas e fechadas; de manipulação, locomotoras de equilíbrio/orientação 
postural etc. Além disso, as diferenças também podem ser encontradas nas 
dimensões sociais e psicológicas. 
Para SUGDEN e WRIGHT (1998), as diferenças podem ser agrupadas 
em quatro tipos principais: 1. Perceptivas (forma como a informação sensorial é 
processada e usada); 2. Proprioceptivas; 3. Programação e uso do feedback; 4. 
Tomada de decisão. VISSER (2003), em uma revisão sobre o tema, relata problemas 
no controle da postura, no desempenho de habilidades finas e no domínio sensorial, 
bem como déficits na integração sensório-motora e no mapeamento da informação 
visual e espacial, dificuldade de estimar o tamanho do objeto e de localizar o objeto 
no espaço, incapacidade para controlar a atenção visual, dificuldades proprioceptivas 
e na integração viso motora, anormalidades na execução do movimento na ausência 
de qualquer componente perceptivo, maior variabilidade no controle da força e do 
timing das contrações musculares (tanto em tarefas discretas quanto rítmicas), entre 
outros. 
A QUADRO 2 busca ilustrar a diversidade das diferenças entre as os 
sujeitos normais e TDC, segundo estudos feitos nos últimos 20 anos. 
 
 
 
 
 
 19
QUADRO 2 - Diferenças de desempenho e função entre indivíduos com e sem TDC . 
DIFICULDADE AUTOR 
PERCEPÇÃO VISUAL 
Dificuldade no uso do feedback visual e falta de 
acurácia em processos de controle aberto. 
VAN DER MEULEN, VAN 
DE GON, GIELEN, 
GOOSKENS e WILLEMSE 
(1991) 
Discriminação visual deficiente. LORD e HULME (1988b) 
Ineficiente no uso de informação visual para guiar 
julgamentos proprioceptivos para posicionamento do 
membro. 
MON-WILLIAMS, WANN e 
PASCAL (1999) 
Déficits visuais para detecção de movimento e 
forma. 
SIGMUNDSSON, HANSEN 
e TALCOTT (2003) 
Maior dependência de informações viso-espaciais 
durante o desempenho. 
SKORJI e MCKENZIE 
(1997) 
Demonstram dificuldade no processamento 
perceptivo da informação viso-espacial. 
LORD e HULME (1987) 
Déficits em percepção visual, proprioceptiva e tátil. SCHOEMAKER, WEES, 
FLAPPER, VERHEIJ-
JANSSEN, SCHOLTEN-
JAEGERS e GEUZE 
(2001) 
Dificuldade em predizer trajetórias. LEFEBVRE e REID (1998) 
PROPRIOCEPÇÃO 
Capacidade inferior de percepção sensorial cruzada 
e propriocepção. 
WILSON e MCKENZIE 
(1998) 
Dificuldade na percepção proprioceptiva, espacial e 
discriminação de pesos. 
HOARE e LARKIN (1991) 
 
Déficits de proprioceptiva e tátil. 
SCHOEMAKER et al. 
(2001) 
ATENÇÃO E MEMÓRIA 
Deficiência na memória visual. DWYER e MCKENZIE 
(1994) 
Problemas capacidade de gerar representações 
internas de movimentos voluntários. 
MARUFF, WILSON, 
TREBILCOCK e CURRIE 
(1999) 
Déficit no uso da informação sensório motora e sua 
integração em uma representação motora. 
ZOIA, PELAMATTI, 
CUTTINI, CASOTTO e 
SCABAR (2002) 
Déficit na capacidade de gerar representações 
internas de movimentos voluntários. 
WILSON, MARUFF, IVES e 
CURRIE (2001) 
Capacidade reduzida para efetuar inibição do 
movimento. 
MANDICH, BUCKOLZ e 
POLATAJKO (2002) 
Continua...
 20
QUADRO 2 - Diferenças de desempenho e função entre indivíduos com e sem TDC 
(Cont.). 
Demora significantemente maispara desengajar 
voluntariamente a atenção. 
MANDICH, BUCKOLZ e 
POLATAJKO (2003) 
Déficit no controle interno da atenção viso espacial 
latente. 
WILSON e MARUFF (1999) 
Desempenho significativamente inferior em medidas 
de atenção. 
 
DEWEY, KAPLAN, 
CRAWFORD e WILSON 
(2002) 
PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO MOTORA 
Deficiência de planejamento. ROSBLAD e VON 
HOFSTEN (1994) 
Deficiência no planejamento e controle do 
movimento. 
BAIRSTOW e LASZLO 
(1989) 
Dificuldade na programação do movimento. SMYTH (1991) 
Maior dependência de feedback durante a execução 
do movimento e dificuldade para adotar uma 
estratégia de circuito aberto (programação). 
SMITS-ENGELSMAN, 
WILSON, WESTENBERG e 
DUYSENS (2003) 
CONTROLE DA FORÇA 
Grande variação no controle numa empunhadura de 
força. 
PEREIRA et al. (2001) 
Apresenta níveis crescentes de coativação durante 
ações de flexão e extensão. 
Produz níveis significativamente baixos de força. 
RAYNOR (2001) 
Déficit no controle da força. LUNDY-EKMAN, IVRY, 
KEELE e WOOLLACOTT 
(1991) 
AJUSTE TEMPORAL E ESPACIAL 
Desempenho inferior na tarefa rotor de perseguição. 
Tempo sobre o alvo menor. 
LORDE e HULME (1998b) 
Maior variabilidade no desempenho e pior 
adaptação a mudanças na velocidade do estímulo 
em tarefa de tamborilar. 
GEUZE (1990) 
Déficit de organização temporal (timing). LUNDY-EKMAN et al., 
(1991); WILLIAMS, 
WOOLLACOTT e IVRY 
(1992) 
Demonstram timing muscular alterado. JOHNSTON, BURNS, 
BRAUER e RICHARDSON 
(2002) 
Dificuldade na percepção espacial. HULME, BIGERSTAFF, 
MORAN e MCKINAY (1982) 
Desempenho espacial e temporal significantemente 
inferior. 
ESTIL, INGVALDSEN e 
WHITING (2002) 
Continua...
 21
QUADRO 2 - Diferenças de desempenho e função entre indivíduos com e sem TDC 
(Cont.). 
Dificuldade na tradução da informação e uma 
modalidade de estímulo para outro. 
VAN DELLEN e GEUZE, 
1988; SMYTH (1994) 
Baixos escores nos sub-testes de demanda 
espacial. 
HULME, BIGERSTAFF, 
MORAN e MCKINAY (1982) 
EXECUÇÃO DO MOVIMENTO 
Dificuldade em tarefas com demanda cognitiva e 
motora simultânea. 
VASSEN e KALVERBOER 
(1990) 
Problema no desempenho de tarefas uni e 
bimanual. Mais pronunciado na tarefa bimanual 
(modo fora de fase). 
VOLMAN e GEUZE (1998b, 
1998b) 
Problemas de acurácia e eficiência (tarefa de 
apontar). 
AMERATUNG, JOHNSTON 
e BURNS (2004) 
Maior oscilação no plano Antero-posterior em tarefa 
de equilíbrio estático. 
PRZYSUCHA e TAYLOR 
(2004) 
Apresentam mais erros de desempenho e grande 
inconsistência entre parâmetros neuromusculares 
(eletromiografia) e comportamentais (tempo de 
movimento). 
HUH, WILLIAMS e BURKE 
(1998) 
Deficiência nos processos periféricos da execução 
do movimento. 
PIEK e SKINNER (1999) 
Maior lentidão e variabilidade nos movimentos. ROSBLAD e VON 
HOFSTEN (1994) 
Maior variabilidade no desempenho motor. GEUZE e KALVERBOER 
(1994) 
Dificuldade em lidar com perturbações. GEUZE (2003) 
Dificuldade de controle do movimento. BARNETT e HENDESON 
(1992) 
Equilíbrio estático FORSETH e 
SIGMUNDSSON (2003) 
 
Apesar do grande número de pesquisas conduzidas nesses últimos 30 
anos sobre TDC, o impacto sobre o esclarecimento da etiologia da condição foi 
pequeno. Muitos fatores têm influenciado esses resultados, entre eles, o tipo de 
pesquisa adotada, problemas metodológicos na determinação do grupo TDC e um 
problema mais de fundo, já levantado anteriormente: a robustez da própria 
classificação do transtorno. 
O delineamento considerado clássico da área, como já foi colocado, 
tem sido o de estudos comparativos. Nesses estudos, o pesquisador procura 
comparar um grupo controle (amostra de crianças normais) com um grupo TDC, 
 22
buscando diferenças intergrupos. Os trabalhos de orientação comparativa-descritiva 
que vêm predominando no estudo do fenômeno do TDC foram importantes como um 
primeiro passo, como uma heurística para avançar em direção aos estudos que 
buscam estabelecer relações de causa-efeito, as quais, junto com a proposição de 
procedimentos de intervenção, podem ser vistas como a finalidade última desse 
campo de conhecimento. Entretanto, a continuação dessa orientação comparativa 
em estudos futuros pouco contribuirá para uma evolução no nível de compreensão 
sobre o fenômeno, ou seja, a determinação da causa desse fenômeno. Assim, talvez 
seja o momento de sair do paradigma predominante nessa área e olhar em outras 
direções. 
Um problema metodológico que, de certa forma, tem acompanhado os 
estudos com TDC refere-se à indeterminação dos critérios para seleção da amostra 
TDC. Isso, em última análise, projeta sérios impactos quanto à interpretação e 
generalização dos dados reunidos pelo esforço individual e coletivo de pesquisa. 
GEUZE, JONGMANS, SCHOEMAKER e SMITS-ENGELSMAN (2001), com base em 
uma ampla revisão, não conseguiram encontrar um critério “ouro” para determinação 
de amostras de indivíduos com TDC. Muito pelo contrário, o que é característico 
desse campo de pesquisa é a falta de clareza e consistência com relação aos 
critérios utilizados para seleção de sujeitos experimentais: Não há um consenso 
sobre o que possa ser considerado um escore padrão de normalidade, não existe 
clareza sobre qual e como foi utilizado o critério de exclusão e, por fim, poucos 
estudos consideraram o impacto da dificuldade motora sobre o sucesso acadêmico e 
demandas cotidianas (VISSER, 2003); o que é um dos critérios da Organização 
Mundial da Saúde para o reconhecimento de um transtorno. 
 Um outro ponto a ser destacado é que as revisões de literatura acerca 
da natureza do problema TDC (SUGDEN & WRIGHT, 1998; VISSER, 2003; 
WRIGHT, 1996; WRIGHT & SUGDEN, 1996a), assim como a revisão apresentada 
de forma esquemática na tabela 2, sugerem que o TDC está relacionado com uma 
infinidade de problemas. Esses resultados indicam que TDC é um problema que 
afeta praticamente todos os subsistemas subjacentes à ação motora. Portanto, 
prosseguir nessa estratégia pouco contribuirá para explicar a natureza do TDC. Além 
 23
disso, como destacaram GEUZE et al. (2001), a própria validade dessas diferenças 
precisa ser justificada, uma vez que os sujeitos que formam o grupo TDC são 
bastante heterogêneos em suas características definidoras. Visto dessa forma, a 
diversidade de diferenças encontradas entre os grupos TDC e controle nos diversos 
estudos pode estar sendo causada pelos subgrupos de crianças dentro do grupo 
TDC (VISSER, 2003). 
Fazendo um paralelo com o conceito de equivalência motora 
(possibilidade realizar a mesma ação a partir de movimentos diferentes), poderíamos 
especular que existe um princípio de “equivalência na desordem motora”, destacando 
a possibilidade de um indivíduo apresentar um mesmo comportamento motor 
desordenado como conseqüência de diferentes déficits ou dificuldades. 
Somado ao problema exposto acima, existe ainda a questão da 
comorbidade, tão característica nos transtornos do desenvolvimento. Muitas das 
crianças diagnosticadas com TDC apresentam concomitantemente outros 
transtornos de desenvolvimento, como, por exemplo, Transtorno de Déficit de 
Atenção/Hiperatividade (TDAH). Apesar de alguns autores reconhecerem essa 
comorbidade, poucos consideram a possibilidade dos sujeitos da amostra 
apresentarem dificuldades múltiplas (VISSER, 2003). 
Com base na revisão realizada, pode-se destacar a ausência de 
critérios objetivos para seleção do grupo experimental TDC. Apesar de haver certo 
consenso acerca da nomenclatura na área clínica, não parece ter ocorrido avanços 
na direção de uma definição experimental do que seja TDC. Em outras palavras, os 
critérios utilizados para diagnóstico de TDC não possuem o rigor necessário para 
condução de pesquisas, tornando assim, um obstáculo ao avanço na compreensão 
do fenômeno. 
Vale destacar o reconhecimento de que a busca por déficits que 
explicam os problemas dos indivíduos acometidos de TDC tem sido malsucedida 
(HENDERSON, 1993; LARKIN & HOARE, 1992; VOLMAN & GEUZE, 1998b). Uma 
das causas pode ser atribuída à dificuldade, ou mesmo falha, em considerar a 
 24
natureza heterogênea da categoria TDC nos delineamentos de pesquisa (VOLMAN & 
GEUZE, 1998b). Para esses autores: 
Since the individuals within any group of children bearing the label DCD 
will show very different patterns of impairment, studies which confine 
themselves to a simple comparison of an undifferentiated DCD group 
and controls, are of limited value. (p. 542)
16
 
Assim, coloca-se um problema importante: enquanto não se 
caracterizar experimentalmente o que seja o Transtorno do Desenvolvimento da 
Coordenação, o que se mostra particularmente difícil com a utilização da definição 
clínica genérica, é pouco provável que venhamos a ter condições metodológicas para 
investigar a natureza desse problema. Sendo assim, como explicar algo que não está 
definido? 
Uma alternativa possível para superarmos esse problema, ou pelo 
menos avançarmos na direção de uma solução, pode ser a caracterização de 
subgrupos de indivíduos com TDC com déficits semelhantes. Uma vez selecionados 
esses subgrupos, pode-se investigar hipóteses causais relacionadas ao déficit 
particular do subgrupo estudado (HOARE, 1994; LARKIN & HOARE, 1992; VOLMAN 
& GEUZE, 1998B; WRIGHT & SUGDEN, 1996a). A literatura, mediante estudos 
intragrupos, tem obtido êxito relativo na identificação de vários subgrupos de TDC. 
Assim, os resultados desses estudos merecem uma atenção particular. 
3.4.1.2 Estudos intragrupos 
A utilização de estudos intragrupos consiste numa outra forma de 
investigar o TDC, olhando para as diferenças exibidas pelo próprio grupo TDC 
(SUGDEN & WRIGHT, 1998). Com esse tipo de estudo é possível identificar os 
subtipos mais freqüentes de TDC. 
Podemos utilizar vários critérios para subdividir a população de 
indivíduos portadores de TDC. Um critério muito popular, embutido até nos testes 
criados para diagnóstico, tem sido o de grau de severidade ou do comprometimento 
 
16 Tradução do autor: Uma vez que os indivíduos que compõem qualquer grupo experimental nomeado como grupo TDC 
mostrarão padrões de deficiência muito diferentes, estudos preocupados em simplesmente comparar um grupo TDC 
indiferenciado com um grupo controle, são de valor limitado. (VOLMAN & GEUZE, 1998b, p. 542) 
 25
da função motora. Por exemplo, HENDERSON e SUGDEN (1992) classificam as 
crianças segundo o grau de severidade em um teste proposto para detectar crianças 
com dificuldades motoras. As crianças com dificuldades são divididas entre aquelas 
que apresentam um desempenho inferior ao percentil 5% (dificuldade motora) da 
curva modelo construída para a Bateria de Avaliação do Movimento de Crianças – 
MABC (HENDERSON & SUGDEN, 1992) e aquelas que apresentam um 
desempenho entre o percentil 5% e o percentil 15% (estado de risco). 
Outros estudos que, pelo menos indiretamente, apontam para diferença 
no grau de severidade da dificuldade motora são aqueles preocupados em investigar 
o prognóstico das crianças detectadas como portadores de TDC. Esses estudos têm 
mostrado que o impacto do problema persistirá por todo o processo de escolarização 
para algumas crianças, ao passo que para outras, isso será minimizado (CANTELL, 
SMYTH & AHONEN, 2003; LOSSE et al., 1991). BARNETT e HENDERSON (1992), 
por exemplo, em um estudo comparativo da capacidade de desenho de crianças 
apontadas como portadoras de TDC e crianças consideradas normais, mostraram 
que mesmo dentro do grupo TDC, nem todas as crianças demonstraram atraso na 
execução do desenho e algumas crianças conseguiram livrar-se do problema durante 
o processo de desenvolvimento. 
Um outro critério encontrado para subdividir indivíduos portadores TDC 
é o do desempenho em tarefas motoras. Nessa linha alguns estudos se destacam. 
Partindo do pressuposto que a heterogeneidade do grupo TDC já estava bem 
evidenciada, HOARE (1994) propôs seis subgrupos de TDC (Acuidade Cinestésica, 
Teste de Percepção Visual, Integração Viso-motora, Manipulação de Pinos, Equilíbrio 
Estático e Corrida). Entretanto, os resultados apontaram para cinco subgrupos: 1. 
Dificuldade na corrida e no equilíbrio estático; 2. Desempenho diferenciado nas 
tarefas de percepção visual e viso-motora; 3. Dificuldade viso-motor, perceptivo-
visual e manipulação de pinos; 4. Desempenho superior na acuidade cinestésica, 
corrida e ligeiramente acima em manipulação dos pinos; 5. Desempenho superior em 
acuidade cinestésica e na média de percepção visual. 
Um aspecto importante levantado pelo autor é a existência do primeiro 
subgrupo que alerta para a relação entre habilidades de correr e equilíbrio 
 26
(locomoção e controle postural), nem sempre consideradas na construção de testes 
motores, mas que funcionalmente podem estar juntas. Deveríamos considerar a 
construção de testes que também possibilitem, através da manipulação de tarefas, 
eliciar informações sobre a capacidade de integração entre os diferentes 
subsistemas do movimento do sistema motor. Um exemplo da utilização desse 
paradigma foi o ANGELAKOPOULOS, DAVIDS, BENNETT, TSORBATZOUDIS e 
GROUIOS (2005). Nesse trabalho, os autores demonstraram o efeito da manipulação 
da condição postural sobre o desempenho em uma tarefa de receber uma bola. Os 
resultados mostraram que os sujeitos selecionados como “mal” recebedores 
apresentaram uma piora significativa de desempenho na tarefa de receber 
unimanual, quando a condição postural era modificada de sentada para em pé. 
Entretanto, os sujeitos normais não apresentaram esse efeito. Em um outro estudo, 
também com a tarefa de recepção unimanual, o mesmo efeito foi demonstrado por 
SAVELBERGH, BENNETT, ANGELKOPOULOS e DAVIDS (2005) 
 DEWEY e KAPLAN (1994), com base no modelo de classificação 
proposto por ROY17 em 1978, no qual é sugerido classificar as apraxias em dois tipos 
(planejamento e execução), identificaram dois subgrupos específicos de crianças 
com déficits no desenvolvimento motor: um com dificuldade no planejamento do 
movimento e outro com dificuldade na execução do movimento. Operacionalmente, o 
planejamento foi mensurado por meio de testes gestuais e de seqüenciamento 
motor. Já a capacidade de execução de movimento foi mensurada mediante três 
testes: coordenação bilateral, coordenação de membros superiores e equilíbrio 
estático. O resultado da análise dos dados, na qual os autores incluíram também um 
grupo de sujeitos considerados normais, gerou os seguintes subgrupos: 1. Déficits 
severos em todas as áreas motoras; 2. Déficits em equilíbrio, coordenação e 
desempenho gestual; 3. Déficits em seqüenciamento motor; 4. nenhuma dificuldade 
nas tarefas apresentadas (a grande maioria das crianças consideradas normais 
pertencia a esse grupo). Apesar desses resultados não corroborarem o modelo de 
classificação proposto, isto é, a existência de apenas dois subgrupos, - déficit de 
 
17 E.A. ROY. Apraxia: a new look at an old syndrome. Journal of Human Movement Studies, v.4, p. 191-210, 1978. 
 27
planejamento e déficit de execução - eles indicam claramente a existência inequívoca 
de subgrupos dentro da população de crianças com TDC. 
Convém elucidar que todos esses estudos têm em comum o uso de 
ferramentas estatísticas do tipo análise de clusters. Essa análise se refere a um 
conjunto de técnicas multivariadas que têm como finalidade agrupar objetos 
(desempenhos, produtos, indivíduos). Esse tipo de análise tem sido amplamente 
usado para a construção de categorias ou taxionomias. Entretanto, quando se utiliza 
qualquer ferramenta estatística, deve-se estar atento para as suas potencialidades e 
limitações. 
MACNAB, MILLER e POLATAJKO (2001) revisaram três estudos 
intragrupos sobre amostras de indivíduos portadores de TDC (dois desses estudossão citados no presente trabalho: DEWEY & KAPLAN, 1994; HOARE, 1994). Com 
base nessa revisão, eles propuseram algumas recomendações no uso desse tipo 
análise (clusters) em estudos futuros. Primeiro, deixam claro que o pesquisador é 
quem deve conduzir a análise estatística em vez de ser conduzido por ela. Em outras 
palavras, a seleção das variáveis e mesmo o número de agrupamentos a serem 
buscados devem estar suportados, a priori, por um modelo teórico. Os clusters 
obtidos devem estar relacionadas à confirmação ou refutação do modelo teórico 
utilizado. Segundo, quando se está interessado em investigar a natureza do TDC 
deve-se procurar agrupamentos em uma amostra representativa de toda a 
população, como fizeram DEWEY e KAPLAN (1994), e não somente nos indivíduos 
classificados como TDC. A vantagem de tal procedimento metodológico é que evita-
se assim os riscos de se fazer associações prematuras em detrimento do 
levantamentos de verdadeiros fatores causais tanto para a população normal quanto 
a TDC (MACNAB, MILLER & POLATAJKO, 2001). 
Com base nas colocações feitas acima, podemos afirmar que os 
estudos intragrupos podem contribuir para a compreensão da natureza do TDC. Uma 
classificação mais objetiva do TDC possibilitaria aperfeiçoar os esforços de pesquisa 
na área, permitindo comparações válidas entre os estudos, o que ainda não tem sido 
possível em virtude do grau de subjetividade presente nos critérios de seleção da 
amostra. A abordagem intragrupo sozinha, não tem a pretensão de explicar a 
 28
natureza do TDC, mas deve ser vista como uma importante estratégia de pesquisa 
para levantar hipóteses sobre a etiologia e o tratamento do transtorno (MACNAB, 
MILLER & POLATAJKO, 2001; VOLMAN & GEUZE, 1998b) 
4 SÍNTESE E PERSPECTIVAS 
Partimos da premissa de que a reconhecida heterogeneidade da 
população TDC limita a possibilidade de que os estudos de natureza experimental ou 
comparativa venham a fornecer explicações acerca da natureza desse transtorno. Os 
resultados de pesquisa compilados nesse trabalho mostram que a condição de ser 
desajeitado está relacionada a diferentes sintomas e pode ser oriunda de diferentes 
conjuntos de fatores. 
Com base nessa premissa, sugerimos que uma abordagem do tipo 
diferencial possa contribuir para o avanço da compreensão do TDC. Com isso, 
estamos optando por um retorno a pesquisas de cunho mais descritivo, procurando 
determinar subcategorias dessa condição médica. 
4.1 Abordagem Diferencial 
Esse tipo de abordagem metodológica, conhecida como diferencial, tem 
como foco primário desvendar as diferenças entre indivíduos. Uma abordagem 
diferencial busca determinar os fatores subjacentes ao comportamento e às formas 
como esses fatores diferem em “peso” na configuração do comportamento 
observado. Esse termo tem sido usado para distinguir essa abordagem dos estudos 
de natureza comparativa. Enquanto em estudos diferenciais busca-se maximizar as 
diferenças intra-indivíduos, em estudos comparativos é feito o contrário, isto é, 
procura-se minimizar as diferenças intragrupo e maximizar as diferenças intergrupos. 
Os resultados desse tipo de abordagem podem contribuir para, no futuro, caracterizar 
“tipos” de TDC, o que assumimos como fundamental para o avanço de pesquisas na 
área. 
Um desafio para esse tipo de estudo refere-se à determinação das 
variáveis que serão utilizadas como critérios para diferenciar ou classificar os 
indivíduos. Cabe ao pesquisador selecionar as variáveis mais pertinentes com 
 29
relação aos objetivos da classificação pretendida. Como já foi apontado 
anteriormente, é importante que isso se faça com base em algum modelo teórico. 
Para o estudo do TDC, a Abordagem Modular ou por componentes pode fornecer o 
critério para seleção de variáveis. 
4.2 Abordagem Modular 
A Abordagem Modular (JONES, 1993) ou Abordagem Computacional 
(SVEISTRUP, BURTNER & WOOLLACOTT, 1992) parte de algumas premissas: a 
primeira é que os movimentos são controlados centralmente na forma de programas 
motores; a segunda é que qualquer taxionomia voltada para classificar indivíduos, no 
que concerne a sua capacidade de se movimentar, precisa estar sustentada em 
modelos teóricos acerca de como e onde o sistema nervoso central produz e controla 
movimentos. Uma terceira premissa é que o desempenho motor pode ser separado 
em componentes, sendo cada um deles controlado por um módulo cerebral diferente, 
que manifesta independência funcional (JONES, 1993). 
Segundo Jones, os precursores dessa abordagem foram KEELE e 
IVRY18, que em 1987 publicaram um artigo sobre uma análise modular de timing e do 
controle de força. Nele, os autores procuraram investigar a natureza das unidades 
básicas que compunham o construto de programa motor. Assim, buscavam 
identificar as computações ou funções responsáveis pela produção do movimento e, 
além disso, localizar as estruturas cerebrais que executavam essas computações 
(SVEISTRUP, BURTNER & WOOLLACOTT. 1992). 
Nessa abordagem, o conceito de módulo refere-se a uma unidade de 
natureza funcional ou computacional, que manifesta tanto independência operacional 
quanto especialização em termos neuroanatômicos. Assim, o desempenho de um 
módulo é independente do desempenho de um outro módulo. Por outro lado, como o 
módulo é considerado uma unidade básica da produção do movimento, o mesmo 
módulo suporta o desempenho em muitas habilidades motoras diferentes. 
 
18 S.W. KEELE; R.B. IVRY. Modular analysis of timing in motor skill. In BOWER, G.B. (Ed.). The psychologiy of learning and 
motivation. New York: Academic Press, 1987. p. 183-228 
 30
KEELE e IVRY (1987), citados por JONES (1993), postulam que 
existam ao menos três módulos cerebrais: seqüenciamento, timing e modulação da 
força. O seqüenciamento seria responsável pelas computações relativas à ordem ou 
seqüenciamento dos movimentos e da trajetória a ser percorrida no espaço; o timing 
assumiria as computações necessárias para alocar os movimentos em janelas de 
tempo alvo (imposta pelo indivíduo ou pelo ambiente) em que os mesmos deviam 
ocorrer; e o modulo de força é responsável pelo ajuste dos parâmetros de força a 
serem aplicados no sistema muscular. 
Dentro dessa abordagem, especula-se que o TDC seja causado por 
déficits funcionais nesses módulos isoladamente, ou ainda, fruto de um déficit 
combinado em dois ou em todos os três módulos. Assim, a manifestação do TDC 
pode estar suportada em diferentes déficits funcionais. Por exemplo, uma forma de 
TDC pode estar sendo causada por deficiência no módulo de timing; já uma outra 
forma pode estar associada a um problema de seqüenciamento. Ou em casos mais 
severos, pode estar associada à deficiência em dois módulos conjuntamente. 
Nesse trabalho, optamos por enfocar apenas o funcionamento do 
módulo de timing, como critério para subclassificar os indivíduos selecionados 
inicialmente como portadores de TDC. Primeiro, pela importância do timing para o 
desempenho motor. As palavras de ROSEBAUM e COLLYER (1998) ilustram bem 
esse aspecto fundamental para o comportamento motor: 
All of us marvels at the skills of athletes and musicians as they 
demonstrate the levels to which humans can ascend in timing of 
behavior. But these feats merely illustrate a broader range of 
capabilities shown in everyday life. Picking up a cup and bringing it to 
one’s lip, opening a door for an elderly friend, tapping one’s foot in time 
with music all reveal how we temporally organize our behavior. In case 
where there is damage to the nervous system, the ability to time 
behavior can break down, and we become aware, sometimes painfully 
so, of the many things that must go right for timing no to go crazily 
wrong. (Preface.)
19
 
 
19 Tradução do autor: As habilidades dos atletas e músicos nos maravilham a todos, na medida em queeles demonstram até 
onde os seres humanos são capazes de regular temporalmente o comportamento. Mas esses feitos apenas ilustram os 
 31
Outro motivo para essa opção são as evidências de que alguns 
indivíduos portadores de TDC apresentam dificuldades no desempenho de tarefas 
que demandam timing (GEUZE, 1990; GEUZE & KALVEBOER, 1994; JOHNSTON, 
BURNS, BRAUER, & RICHARDSON, 2002; LUNDY-EKMAN et al., 1991; PIEK & 
SKINNER, 1999; WILLIAMS, WOOLLACOTT & IVRY, 1992). 
Uma terceira justificativa para enfocarmos o módulo de timing, 
paradoxalmente, vem da dificuldade de definir esse aspecto tão fundamental ao 
movimento. A diversidade de tarefas utilizadas para mensurar o timing dos indivíduos 
pode ser vista como um sinal de que estruturar temporalmente o movimento pode 
envolver computações distintas. Cabe perguntar quais medidas são as melhores 
candidatas a representar a capacidade de um indivíduo ajustar temporalmente o seu 
movimento. Seria a variabilidade nas tarefas de “tappping” (tamborilar)? O erro em 
tarefas de sincronização (timing sincronizatório)? O erro em tarefas de coincidência 
(timing coincidente)? A capacidade de dividir intervalos temporais? A capacidade de 
estimar intervalos temporais? A capacidade de memorizar e reproduzir intervalos 
temporais? Em outras palavras, operacionalmente, o que pode significar o conceito 
de timing? Ou então, que medida ou medidas representam globalmente a 
funcionalidade do módulo timing? 
5 ORGANIZAÇÃO TEMPORAL DO MOVIMENTO: CONCEITO DE 
TIMING 
Na língua inglesa, timing se refere a: 
1. Determining or regulating the time when an action or event occurs. 
OXFORD, 1992, p. 955)20 
Apesar de sua grafia inglesa, o termo foi incorporado à língua 
portuguesa, podendo ser encontrada uma definição de timing em qualquer grande 
 
diferentes níveis de capacidade presente em nossa vida cotidiana. Pegar uma xícara e levá-la aos lábios, abrir a porta para um 
velho amigo, bater um pé no tempo da música, tudo revela como organizamos temporalmente nosso comportamento. em casos 
em que existe um dano no sistema nervoso, a capacidade de organizar temporalmente o comportamento pode entrar em 
colapso, e nesses momentos nos tornamos conscientes, algumas vezes de uma maneira dolorosa, das muitas coisas que 
precisam ser organizadas temporalmente para que não saia tudo errado. (ROSEBAUM & COLLYER,1998, prefácio) 
20 Tradução do autor: 1. Determinação ou regulação do tempo de quando um evento ou ação deve ocorrer. (Oxford Advanced 
Learner’s Encyclopedic Dictionary. Oxford: Oxford University Press,1992. p. 955) 
 32
dicionário brasileiro. Por exemplo, o dicionário HOUAISS e VILLAR (2001) define 
timing como: 
“Sincronia entre um processo ou desenvolvimento e outros (...); 
habilidade para selecionar o momento preciso para iniciar ou fazer algo” (p. 2719). 
No contexto do comportamento motor, BARTLETT (1958) destacava 
que a característica mais importante de um desempenho motor habilidoso é o timing 
Para esse autor, a eficiência de um movimento depende primordialmente da 
regulação do movimento no tempo. 
Ao investigarmos o conceito de timing na literatura de comportamento 
motor, deparamo-nos com diversos usos para a palavra timing. Essa diversidade de 
usos denuncia a possibilidade de mais de um processo estar envolvido na 
organização temporal do movimento. Para os propósitos do presente projeto em 
relação ao timing, isto é, a caracterização funcional do módulo de timing nos 
indivíduos portadores de TDC, esse é um obstáculo à condução do estudo. A 
obtenção de um perfil diagnóstico da capacidade funcional da amostra (TDC), no que 
se refere ao módulo de timing, pressupõe definir as tarefas que melhor representam 
as diferentes computações envolvidas no timing do movimento. Em outras palavras, 
precisamos de uma taxionomia de tarefas de timing. 
SUGDEN e KEOGH (1990) classificam timing em, no mínimo, três tipos. 
Um primeiro tipo relaciona-se ao processo de ajuste e organização temporal de uma 
seqüência de movimentos dos membros, que globalmente constitui-se a ação motora 
(“phasing”). Esse ajuste está envolvido em tarefas cotidianas como agarrar e 
transportar um copo, amarrar algo, girar a chave na fechadura, etc., caracterizadas 
como habilidades fechadas. Nesse tipo de tarefa motora, o foco da organização 
temporal está voltado para a organização interna ou intrínseca do movimento. 
Um segundo tipo de ajuste temporal destaca à regulação temporal do 
movimento com relação a eventos ambientais. Nesse processo, o sistema motor está 
preocupado em relacionar espacial e temporalmente o seu movimento com o 
movimento de um objeto ou de outro indivíduo. Isso pode ser feito com a intenção de 
coincidir, espelhar (acompanhar) ou divergir (desviar de um objeto arremessado) 
 33
(SUGDEN & KEOGH, 1990). A necessidade desse tipo de ajuste temporal é 
fundamental em qualquer habilidade motora aberta. 
 Um terceiro tipo de computação representada pelo timing está 
associado ao que os autores nomeiam de “marcador temporal” (keeping time). Em 
outras palavras, é a capacidade do sistema motor executar um padrão temporal 
regular, tanto nos movimentos nos qual o próprio sujeito estabelece o padrão 
temporal, quanto naqueles em que o padrão temporal é imposto. Na literatura, muitas 
vezes, encontrarmos o termo ritmo como um sinônimo de marcação temporal 
(KEPHART, 1986). 
Uma outra classificação para timing pode ser encontrada em HEUER 
(1994). Segundo o autor, todos os movimentos necessariamente têm uma estrutura 
temporal. O que é difícil determinar, em alguns movimentos, é o quanto ou quando a 
ordem temporal observada é controlada por algum programa executivo e quando 
essa ordem é apenas conseqüência de algumas características do movimento, ou 
seja, emergente. Vale a pena lembrar que o sentido do termo controlado não implica 
em uma ação cognitiva consciente. Em certas tarefas, o tempo para fazer esses 
ajustes é da ordem de poucas dezenas de milisegundos, tempo esse muito abaixo do 
necessário para uma ação cognitiva consciente. 
HEUER (1994) procurou classificar o timing controlado utilizando-se de 
um critério informacional, isto é, procurou diferenciar os tipos de timing com base na 
natureza da informação utilizada para a computação temporal. Para o autor, 
podemos classificar o timing em dois tipos principais: extrínseco e intrínseco. O 
timing extrínseco pode ser visto como uma computação baseada em informações 
ambientais, com o objetivo de relacionar no tempo dois eventos: ação do indivíduo e 
evento ambiental. Essa relação entre eventos do organismo e eventos ambientais 
(timing extrínseco) pode ainda ser subdividida em dois tipos: coincidente e 
sincronizatório. O timing extrínseco coincidente refere-se à computação temporal, 
com o objetivo de fazer coincidir em um ponto no tempo ou no espaço/tempo, o 
movimento do indivíduo com o evento ambiental. Já o timing extrínseco 
sincronizatório, como o próprio termo determina, responde à necessidade de 
sincronizar uma seqüência de movimento do indivíduo como uma seqüência de 
 34
eventos ambientais. Nesse caso, não existe um único alvo (de natureza discreta) a 
ser buscado, e sim uma relação a ser mantida constante ao longo do tempo. Um 
exemplo desse tipo de computação pode ser observado na tarefa de tamborilar em 
sincronia com uma seqüência regular de estímulos sonoros. Uma outra diferença 
com relação ao timing coincidente é que nesse tipo de tarefa o indivíduo precisa usar 
de uma maneira integrada tanto informações extrínsecas (seqüência regular de 
estímulos) como intrínsecas (representação do intervalo temporal inter-estímulos). 
O segundo tipo de timing proposto por HEUER (1994) é o intrínseco. 
Com base no critério adotado pelo autor, ser intrínseco equivale a dizer que nessacomputação temporal particular a fonte de informação é intrínseca ao indivíduo. Em 
outras palavras, não há um sinal extrínseco que forneça informações acerca do 
ajuste temporal adequado. Uma tarefa muito popular que exige esse tipo de 
computação é, por exemplo, tocar piano. 
Ao se analisar esses dois sistemas de classificação (HEUER, 1994; 
SUGDEN & KEOGH, 1990) é possível observar semelhanças, o que reflete, pelo 
menos de certa forma, um consenso acerca do conceito de timing. O ajuste temporal 
do movimento não implica em uma única e exclusiva computação temporal. Para 
atendermos às demandas motoras cotidianas precisamos ser capazes de ajustar 
temporalmente os movimentos que compõem as nossas ações motoras, assim como 
ajustar as nossas ações aos eventos do ambiente. 
Assim, voltando às perguntas feitas no final do último tópico, este 
trabalho assume que a função de ajustar temporalmente o movimento pode ser 
operacionalmente definida como: timing sincronizatório, timing coincidente e timing 
autocontrolado. 
 
6 OBJETIVO 
O presente estudo teve como propósito identificar subgrupos de 
crianças com ou sem TDC, com base na sua capacidade de ajuste temporal do 
movimento, ou capacidade de timing. 
 35
 
7 MATERIAL E MÉTODO 
7.1 Caracterização da amostra 
Inicialmente, foram selecionados 55 alunos de escolas (públicas e 
particulares) de ensino fundamental da região urbana de São Paulo, de nove a 10 
anos de idade. O que implica na existência de heterogeneidade no nível 
socioeconômico das crianças selecionadas. As crianças foram selecionadas 
incialmente a partir das sugestões do professor generalista e do professor de 
educação física que, com conhecimento dos critérios para diagnóstico de TDC (DSM-
IV, 2002) e, com base nas suas observações, apontaram as crianças que 
apresentavam dificuldades motoras e crianças que consideravam “normais”. Foram 
excluídas da amostra, já na seleção inicial, quaisquer crianças que apresentavam 
diagnóstico referente a uma condição médica que tivesse reconhecido impacto sobre 
o desempenho motor (paralisia cerebral, hemiplegia, distrofia muscular etc.), 
segundo os registros disponíveis na escola. Nessas crianças pré-selecionadas foi 
aplicado o Teste de Desempenho do “Movement Assessement Battery for Children” 
(TesteMABC) (HENDERSON & SUGDEN, 1992), no próprio ambiente escolar da 
criança. As crianças cujo escore de desempenho foi superior ou igual a 13,5 foram 
classificadas como TDC. As crianças cujo escore de desempenho foi inferior ou igual 
a 10 foram classificadas como normais. Por sua vez, as crianças que apresentaram 
escores entre 10 e 13,5 foram classificadas como “em risco”, e não fizeram parte 
desse estudo. A amostra ficou composta de 44 sujeitos (10,3 anos de idade média), 
sendo 20 meninas e 24 meninos. Desses 44 sujeitos, 24 foram identificados como 
normais e 20 foram identificados como TDC. Em função do intervalo de tempo entre 
a avaliação diagnóstica e a aplicação das tarefas de timing, quatro sujeitos da 
amostra ultrapassaram o limite dos 10 anos. 
Esse projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Escola de Educação 
Física e Esporte da Universidade de São Paulo. 
 
 36
7.2 Instrumento, tarefa e medidas 
7.2.1 Teste de Desempenho do MABC (HENDERSON & SUGDEN, 1992) 
O MABC (HENDERSON & SUGDEN, 1992), fabricado pela Psychological 
Corporation Ltda, é uma nova versão do “Test of Motor Impairment”, desenvolvido 
por STOOT, MOYES & HENDERSON (1984)21. O teste usado nesse estudo possui 
quatro versões relacionadas às seguintes faixas etárias (4-6, 7-8, 9-10 e 11-12 anos). 
Em qualquer faixa etária o teste envolve oito tarefas, divididas em quatro categorias 
(Destreza Manual, Habilidade com Bola, Equilíbrio Estático e Equilíbrio Dinâmico). 
Nesse trabalho utilizaremos a versão para a faixa etária de 9-10 anos, que envolve 
as seguintes tarefas motoras: movimentação de pinos, rosquear porcas no parafuso, 
tracejar uma flor (Destreza Manual); recepção da bola com as duas mãos, 
lançamento de saco feijão na caixa (Habilidades com Bola), equilíbrio em uma perna 
sobre a placa (Equilíbrio Estático), saltitar pelos quadrados, equilibrar a bola 
(Equilíbrio Dinâmico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 D.H. STOTT.; F.A. MOYES; S.E, HENDERSON. The test of motor impairment. San Antonio: The Psychological Corporation, 
1984 
 37
Movimentação dos pinos 
A criança deve segurar a placa firmemente com uma mão e pegar o 
primeiro pino a ser removido com a outra. O pino agarrado não poderá ser movido do 
seu buraco até o momento do sinal para iniciar a tarefa. Após o sinal, a criança deve 
mover os pinos da segunda fileira para a fileira do topo/superior (que está vazia), os 
pinos da terceira fileira para a segunda, e os pinos da quarta fileira para a terceira. O 
cronômetro assim que a criança soltar o último pino. Ambas as mãos são testadas 
 
 
FIGURA 1 – Movimentação dos pinos 
 
 
 
 
 
 
 
 38
Rosquear porcas no parafuso 
Coloque o parafuso com a porca fixa sobre a almofada suporte, com a 
cabeça voltada para a criança. Coloque as três porcas soltas em uma fileira 
horizontal, orientadas em relação ao parafuso. Deixe a criança escolher a mão com 
que ira segurar as porcas. A criança é instruída o rosquear as três porcas, o mais 
rápido possível. 
 
 
FIGURA 2 – Rosquear porcas no parafuso 
 
 
 
 
 
 
 
 39
Desenhar a flor 
A criança deve desenhar uma linha contínua, seguindo a trilha sem 
cruzar seus limites. A criança não é penalizada por levantar a caneta, desde que ela 
recomece a desenhar sobre o mesmo ponto. Permita a criança fazer pequenos 
ajustes no ângulo do papel (até 45 graus) de maneira que facilite o desempenho da 
tarefa. Somente a mão preferida é testada. Mede-se o número de erros, isto é, o 
número de vezes que a linha sai da trilha. São realizada duas tentativas com a mão 
dominante. 
 
 
FIGURA 3 – Desenhar a flor 
 
 
 
 
 
 
 40
Recepção da bola com as duas mãos 
A criança, posicionada a dois metros de uma parede, deve lançar uma 
bola na parede com uma das mãos e pega-la na sua volta com as duas mãos. São 
realizadas dez tentativas, registrando-se o número de acertos. 
 
 
FIGURA 4 – Recepção da bola com as duas mãos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41
Lançamento do saco de feijão na caixa 
Estando a 2,5 metros da caixa, a criança deve lançar um saco de feijão 
dentro da caixa alvo com uma mão. Somente uma mão é testada. São fornecidas 
dez tentativas, registra-se o número de acertos. 
 
 
FIGURA 5 – Lançamento do saco de feijão na caixa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42
Equilíbrio em uma perna sobre a placa 
A criança deve equilibrar-se em um pé, sobre uma placa de madeira 
(9 x 29 cm), na qual está afixada longitudinalmente uma ripa, também de 
madeira (2 x 29 cm), por até 20 segundos. É registrado o tempo que a criança 
consegue permanecer sobre a placa. Ambas as pernas são testadas. 
 
 
FIGURA 6 – Equilíbrio em uma perna sobre a placa 
 
 
 
 
 
 43
Saltitar pelos quadrados 
A criança começa a tarefa ficando em pé sobre um só pé dentro do 
primeiro quadrado. A criança deve fazer cinco saltitos para frente, de quadrado 
(45 x 45 cm.) para quadrado, parando dentro do último quadrado. O último salto 
não deve ser contado se a criança não conseguir finalizar em uma posição 
equilibrada e controlada, ou se a criança realizar um salto extra, fora do último 
quadrado. Ambas as pernas são testadas. Deve ser registrado o número de saltos 
certos. 
 
 
FIGURA 7 – Saltitar pelos quadrados 
 
 
 
 
 
 
 44
Equilíbrio da bola 
A criança deve equilibrar um bola de tênis sobre uma placa de madeira 
(8 x 8 cm.) e percorrer um percurso de 5, 4 metros, em torno de dois postes de 
madeira. A criança deve caminhar em torno dos postes e retornar até o ponto inicial. 
È registrado o número de erros. Somente umamão é testada. 
 
 
FIGURA 8 – Equilíbrio da bola 
 
 
 
 
 45
O desempenho em cada tarefa é registrado em uma escala de zero 
(sucesso) a cinco (insucesso). A soma desses escores gera um escore total que 
representa o grau de comprometimento da função motora do sujeito. O escore 
total é interpretado com base em estudo de estandardização realizado em 
população americana. Escores altos indicam comprometimento da função motora. 
Os sujeitos que atingirem um escore de desempenho igual ou acima de 13,5 
(percentil 5) serão selecionados para o grupo TDC, e os sujeitos que atingirem 
escores iguais ou abaixo de 10 (percentil 15) serão selecionados para o grupo 
normal. 
7.2.2 Instrumento de medição do timing 
O instrumento consistiu de uma bateria eletrônica compacta 
(instrumento musical de percussão), acoplada a um computador pessoal (PC) e um 
software específico (IMTOT). A bateria, modelo S-6 da Roland Corporation (ANEXO 
VI E V) tem a forma de um retângulo com 31,8 cm de largura e 24,1 cm de 
profundidade. A superfície é feita de um material emborrachado e dividida em seis 
quadrados (pads) distribuídos em duas fileiras de três “pads”, enumerados de 1 a 6 
(da esquerda para a direita), no seu canto superior esquerdo. Para esse experimento 
foi utilizado apenas o “pad” n.5 (pad5). Para garantir a captação do sinal, foi 
delimitado no pad5 um quadrado de 4,9 cm, como alvo para as batidas. A bateria 
está presa a um tripé apropriado e de altura regulável. 
Além desses seis “pads” a bateria oferece a possibilidade de entrada 
para dois pedais. Em uma dessas entradas foi acoplado o sinal avindo de uma torre 
de queda livre (ANEXO V), utilizada para gerar o estímulo da tarefa de timing 
coincidente. Esse instrumento consiste em uma torre de madeira vazada, com 91 cm 
de altura, com uma base e um teto, também de madeira, com as seguintes 
dimensões: 24,5 x 24,5 x 1,4 cm. Sobre a base foi preso um caixilho de aço, e neste, 
introduzido uma chave de contato momentânea, de dimensões de 1,1 x 1,1 cm. Para 
aumentar a área sensível dessa chave ao contato da bola, foi colocada sobre ela 
uma placa acrílica de 10 cm de largura por 7,9 cm de comprimento, 0,21 cm de 
espessura, de cor azul. No “teto” da torre foi colocada uma bomba de vácuo manual 
para soltura da bola, tendo seu centro alinhado com a chave. A distância entre a 
 46
extremidade inferior da bola e a superfície da placa de acrílico é de 80 cm. A 
velocidade aproximada de contato da bola com a placa é de 4 m/s; o tempo de queda 
livre é de aproximadamente 408 milissegundos. Nesse experimento foi utilizada uma 
bola de frescobol, com 5,7 cm de diâmetro e 46 gramas de peso, fabricada pela 
Mercur. 
Compõe também o instrumento um programa, especialmente 
construído para o trabalho, capaz de gerar seqüências regulares de estímulos 
(rítmicos) visuais ou sonoros (200 milissegundos de duração), além de registrar e 
computar os estímulos e as respostas geradas pelo sujeito na bateria, como também 
captar o contato da bola com a chave de contato. O programa foi construído no 
ambiente MAX/MSP, um ambiente de programação originalmente destinado à 
construção de ambientes musicais interativos, em que é possível processar dados 
sonoros e musicais em tempo real. No programa foram implementados quatro 
exercícios diferentes: Timing Sincronizatório (TS); Timing Auto-controlado (TAC), 
Timing Imposto Auto-controlado (TIAC), Timing Coincidente (TC) a partir dos quais 
se pode medir, com a precisão de até um milesegundo, as reações motoras de um 
usuário a um estímulo visual e/ou sonoro gerado pelo próprio programa. A entrada 
de dados pode ser realizada de duas maneiras: pelas teclas do próprio computador 
ou por algum dispositivo MIDI (Musical Instrument Digital Interface) adequadamente 
acoplado ao sistema. Isso possibilita para o uso de interfaces comerciais (como 
bateria eletrônica, teclados e pedais) que já oferecem conexão no padrão MIDI, 
facilitando a montagem do sistema. Por outro lado, a arquitetura do sistema é flexível 
o suficiente para receber informação de sensores ou outros dispositivos construídos 
especificamente para captar informação motora dos indivíduos a serem observados. 
Basicamente o programa registra e compara os eventos temporais 
gerados pelo PC (estímulos sonoros) com os eventos temporais produzidos pela 
resposta do sujeito. Para cada tarefa, o programa gera um arquivo 
de dados com um cabeçalho seguido de uma listagem de números que se referem 
aos intervalos medidos (em milessegundos), desvios temporais, e outras 
informações. A ligação da bateria ao computador se dá por meio de uma interface 
MIDISPORT 2x2 fabricada pela MIDIMAN. 
 47
7.3 Procedimentos e Tarefas 
Em todas as tarefas o sujeito permaneceu de pé, em posição 
confortável, tendo a sua frente a bateria presa horizontalmente em um tripé. A 
superfície superior da bateria foi ajustada de forma a ficar 20 cm. abaixo da 
articulação do cotovelo da criança. Para amplificar os estímulos sonoros nas tarefas 
TIAC e TS foram utilizadas duas pequenas caixas acústicas de 180 watts de 
potência. O volume foi ajustado considerando o ruído ambiental e o conforto do 
sujeito. Na tarefa TC, o ponto de queda da bola ficou aproximadamente a 262 cm do 
centro do pad5. 
Ao chegar à sala de coleta, o sujeito foi convidado a experimentar a 
bateria, explorando livremente as suas possibilidades de produção de sons 
(diferentes “pads”), e possibilidades de batida (padrões posturais dos dígitos). Após 
essa etapa inicial, o experimentador mostrou a área para se efetuar a batida, isto é, a 
área sensível do pad5. Seguiu-se uma nova fase de exploração por parte do sujeito, 
sendo o mesmo orientado a descobrir e adotar para dedos um padrão postural 
eficiente de batida. Uma batida eficiente é considerada aquela realizada no centro do 
pad5. 
Apesar de ser instruído a realizar 31 batidas nas tarefas de TAC, TIAC 
e TS, o sujeito foi avisado que o experimentador é que contaria o número de batidas, 
e avisaria quando tivesse terminado. 
 
Tarefa 1: TIMING AUTO CONTROLADO (TAC) 
Inicialmente, o experimentador explicou (instrução e demonstração) 
para o sujeito o significado da expressão ritmo constante. Em seguida foi pedido ao 
sujeito que fizesse uma demonstração de ritmo constante, através de uma seqüência 
de cinco batidas. Caso o sujeito demonstrasse ter compreendido a explicação, ele 
era instruído a realizar 31 batidas consecutivas e no mesmo ritmo, no pad5. Caso 
contrário, a explicação seria repetida. 
Medida: duração temporal do intervalo inter-respostas (IR) 
 48
 
Tarefa 2 : TIMING IMPOSTO AUTO CONTROLADO (TIAC) 
Após ouvir uma seqüência regular de estímulos sonoros, que 
delimitavam seqüências de intervalos regulares de 550 (rápido), de 825 
(intermediário) e 1150 (lento) milissegundos, o sujeito deveria iniciar a reprodução 
auto controlada desses mesmos intervalos. Imediatamente após o sujeito executado 
o primeiro IR o estímulo sonoro era desligado, e o sujeito, com base na sua 
representação interna, deveria prosseguir com as batidas 31 vezes. O 
sequenciamento das condições (550, 825 e 1150) da tarefa foi realizado de forma 
aleatória entre os sujeitos. 
O sujeito foi avisado de que, nessa tarefa, ele deveria tentar reproduzir 
alguns ritmos constantes que lhe seriam apresentados. Em seguida era acionada 
uma seqüência de cinco estímulos sonoros, em ritmo constante, como exemplo do 
tipo de estímulo que seria ouvido. O sujeito era instruído a ouvir a seqüência de 
intervalo inter-estímulos (IE) e reproduzi-lo, e que os estímulos sonoros cessariam 
imediatamente após sua primeira batida, e solicitado a continuar as batidas quando 
isso ocorresse. O sujeito era instruído a ouvir pelo menos três estímulos sonoros, 
que delimitavam dois intervalos temporais, antes de iniciar a reprodução. Quando 
essa condição era desobedecida a tentativa eracancelada. Não foi colocado um 
limite superior para quantidade de IE a serem ouvidos. O sujeito era incentivado a 
começar somente quando “sentisse” que tinha memorizado. 
Medida: Duração temporal do IR 
 
Tarefa 3: TIMING SINCRONIZATÓRIO (TS) 
Nessa tarefa, o sujeito deveria sincronizar suas batidas na bateria com 
a seqüência de estímulos sonoros que delimitam uma seqüência de intervalos 
temporais constantes. Foram apresentadas as mesmas condições de IE da tarefa 
anterior. 
 49
Inicialmente, o experimentador explicou (instrução e demonstração) 
para o sujeito o significado de sincronização. Em seguida foi pedido que o sujeito 
demonstrasse uma ação sincronizada com uma seqüência de cinco estímulos 
sonoros. 
O sujeito foi instruído a começar a sua seqüência sincronizada de 
batidas a partir da audição do segundo estímulo sonoro, isto é, efetuar sua primeira 
batida sincronizada com o terceiro estímulo sonoro, e prosseguir até ser avisado pelo 
experimentador para parar. 
O valor de erro máximo equivalia a 50% do intervalo que caracterizava 
cada condição. Assim, na condição 550, o erro máximo que o sujeito poderia produzir 
era de 275 milesegundos. Desta forma um sujeito que atrasasse (batida depois do 
estímulo alvo) 276 milesegundos teria seu comportamento atrasado registrado como 
tivesse produzido uma antecipação de 274 milesegundos. Essa é uma limitação 
imposta pela própria natureza da tarefa. 
Medida: diferença em milissegundo entre estímulo sonoro e resposta do sujeito. 
 
 
Tarefa 4: TIMING COINCIDENTE (TC) 
Nesta tarefa, o sujeito deve fazer coincidir a batida na bateria com o 
momento do contato da bola com a placa acrílica, situada na base da torre (ver 
instrumento de medição de timing). 
O sujeito era conduzido até a torre e instruído (instrução e 
demonstração) acerca do seu funcionamento. O sujeito era alertado que a partir do 
momento em a bola estivesse presa na bomba de vácuo, ela poderia cair a qualquer 
momento. O sujeito era instruído para bater junto com a batida da bola na placa azul. 
Foi fornecido feedback extrínseco para todas as tentativas: 
1. Acertou – valores compreendidos entre + 50 milessegundos e – 50 
milessegundos 
 50
2. Bateu um pouco antes – erros situados na faixa de -51 até -100 
milessegundos. 
3. Bateu um pouco depois - erros situados na faixa de 51 até 100 
milessegundos. 
4. Bateu antes – erros superiores a -100 milessegundos 
5. Bateu depois – erros superiores a 100 milessegundos 
Medida: discrepância entre o momento da queda da bola e a reposta 
(erro coincidente). 
7.3.1 Caracterização quantitativa das tarefas 
Para as tarefas TAC e TIAC foram considerados para análise os 30 IR 
consecutivos, a partir do terceiro intervalo registrado; para a tarefa TS foram 
selecionadas 30 observações consecutivas, a partir do terceiro erro registrado; na 
tarefa TC foram considerados todos os erros registrados, isto é, dez registros. 
Posteriormente, dentro da seqüência de registros selecionados foram 
descartados no TAC e TIAC os valores 49 e 50 por corresponderem a batidas falhas. 
Isto é, batidas em que o sujeito: 1)não efetuou a batida dentro da área delimitada no 
pad5; 2) empurrou o “pad” em vez de bater; 3) bateu em mais de um “pad” 
simultaneamente. Nessas duas tarefas foram também descartados intervalos que 
representavam interrupção da tarefa por parte do sujeito. Os valores que 
representavam interrupçãos na seqüência de batida foram identificados pela sua 
magnitude, sua posição na seqüência de IR e registros de campo (anotações do 
comportamento do sujeito durante o experimento). Na tarefa de TC foram 
descartadas as observações que registravam valores 100% maiores do que o tempo 
total de queda livre da bola (408 ms). Esses valores refletiam um problema de 
atenção, o qual não é foco desse trabalho. 
Após considerar todas essas restrições, os dados foram armazenados 
em uma planilha do aplicativo MINITAB (ANEXO I). Inicialmente para caracterizar o 
comportamento dos dados foi realizada uma análise descritiva para cada uma das 
medidas (ANEXO II). 
 51
Com base nas características dos dados em função dos objetivos desse 
experimento, foi proposta uma medida para representar cada tipo de timing. No 
Timing intrínseco, para ambas as tarefas, TAC e TIAC, foi selecionada uma medida 
que ilustrasse a precisão do desempenho, isto e, proximidade de cada observação 
da média de todas as observações. Em razão da tarefa de TAC permitir a produção 
de um padrão de intervalo singular para cada sujeito e o TIAC possuír três condições 
distintas (550, 825 e 1150), e uma vez que tem sido reportado que crianças 
demonstram um aumento da variabilidade junto com o aumento da duração do 
intervalo inter-estimulo (GEUZE & KALVERBOER, 1994), optou-se pela utilização do 
coeficiente de variação como medida resumo, tanto do TIAC quanto do TAC. 
Com relação ao Timing Sincronizatório, a medida deve indicar a acurácia da 
sincronização dos sujeitos ao longo da sucessão de alvos temporais. Em razão da 
limitação já descrita acima (o erro máximo é 50% do IE) optamos por utilizar como 
medida a porcentagem de erro em relação ao máximo erro possível de cada 
condição. Para o Timing Coincidente foi adotado o erro absoluto. Ambas as medidas 
refletem a acurácia do comportamento, ou a proximidade de cada observação do 
valor alvo que se procurou atingir. 
 
 52
7.4 Análise de dados 
As variáveis a serem consideradas, conforme definições acima, são: 
TIAC – Timing imposto auto-controlado: medido através do coeficiente 
de variação - como os valores se apresentaram através de tomada de dados em três 
condições de velocidade, foi considerada a média dos coeficientes de variação como 
medida para cada sujeito. Assim, valores baixos desta variável indicam maior 
consistência dos sujeitos ao realizarem a tarefa (reprodução imposta). 
TAC – Timing auto-controlado: medido através do coeficiente de 
variação. De modo análogo ao anterior, valores baixos desta variável indicam maior 
consistência dos sujeitos ao realizarem a tarefa (reprodução voluntária). 
TC – Timing coincidente: medido através do erro absoluto (SCHIMIDT & 
LEE, 1999). Valores baixos desta variável significam maior acurácia do sujeito com 
relação ao alvo temporal. 
TS – Timing sincronizatório: as medidas foram obtidas usando três 
diferentes condições de velocidade e como os valores máximos diferiam, foi 
considerada a porcentagem de cada medida em relação ao máximo erro possível na 
condição de IE apresentada, o que possibilitou construir uma única medida através 
da média das porcentagens. Valores baixos desta variável indicam maior acurácia do 
sujeito em relação a uma sucessão de estímulos rítmicos (alvos temporais 
consecutivos). 
Componentes do MABC (ver pág 36 - 37) 
• Destreza manual – corresponde às tarefas 1, 2 e 3 
• Habilidade com bola – corresponde às tarefas 4 e 5 
• Equilíbrio – corresponde às tarefas 6,7,e 8. 
8 RESULTADOS 
8.1 Medidas de timing 
Para cada uma dessas variáveis (TIAC, TAC, TC e TS) foram 
calculadas estatísticas descritivas, separadamente por grupo (normal, TDC), 
 53
apresentadas na TABELA 1. Verifica-se descritivamente que quase sempre a 
variabilidade relativa (medida pelo coeficiente de variação) do grupo Normal é maior 
do que a do grupo TDC, exceto para a variável TAC. Ainda com relação às medidas 
de posição, o grupo normal apresenta sempre valores inferiores ao grupo TDC. 
 
 
TABELA 1 - Medidas descritivas. 
Variável Grupo n média mediana Desvio padrão C.V. (%) 
 
TIAC (CV) TDC 20 9,28 9,64 4,04 44 
 Normal 24 6,44 5,47 3,65 57 
 
TAC (CV) TDC 20 10,01 8,46 5,29 53 
 Normal 24 6,33 5,26 3,22 51 
 
TC (M) TDC 20 92,94 83,78 34,14 37 
 Normal 24 76,45 67,30 29,73 39 
 
TS 
(% Max)TDC 20 0,37 0,38 0,11 30 
 Normal 24 0,29 0,27 0,13 45 
CV = coeficiente de variação = (desvio padrão / média) x 100 
M = média 
%Max = % do valor máximo possível 
 54
Na FIGURA 9 é apresentada uma análise gráfica, com gráficos do tipo 
boxplot (BUSSAB & MORETTIN, 2005) construídos para cada variável, comparando 
grupo Normal e TDC, que sintetizam os resultados da TABELA 1. 
2 0
1 5
1 0
5
0
T DCno rm al
2 0
1 5
1 0
5
0
T DCno rm al
2 0 0
1 5 0
1 0 0
5 0
0 ,6
0 ,4
0 ,2
T IA C CV T A C CV
T C M T S %
 
FIGURA 9 - Análise descritiva (boxplot) da variabilidade de cada grupo no conjunto 
de variáveis obtido de cada tarefa [* representa valor aberrante (outlier)] 
 
Para comparação inferêncial entre os dois grupos, foi usado o teste não 
paramétrico de Mann Whitney (BUSSAB & MORETTIN, 2005), que testa a igualdade 
entre duas medianas. Como serão quatro testes efetuados com dados dos mesmos 
indivíduos, usaremos a correção de Bonferroni (BUSSAB & MORETTIN, 2005) para 
atribuir significância ou não aos resultados. Assim, para considerar o valor global de 
α (nível de significância) como 0,05 (5%), consideraremos diferenças significativas 
aquelas em que p<0,05/4, ou seja, p<0,0125. 
Pelo critério adotado, somente foi rejeitada a hipótese de igualdade de 
medianas entre os grupos Normal e TDC para a variável TIAC (nível de significância 
global de 5%). Isto significa que a variabilidade mediana relativa dos normais é 
diferente dos TDC (vimos descritivamente que é inferior) para a variável TIAC 
representada pelos coeficientes de variação. Apesar disso, é interessante notar que 
descritivamente, como já foi dito, os normais em média e mediana são inferiores aos 
TDC nas demais variáveis também. Mas como a hipótese de igualdade de medianas 
 55
não é rejeitada (TAC, TC, Ts), não há evidências formais de que as medianas 
populacionais correspondentes sejam significativamente diferentes. 
Ainda com relação ao comportamento das variáveis entre dois grupos 
foi feito o cálculo do coeficiente de correlação linear (r) de Pearson (BUSSAB e 
MORETTIN, 2005). Somente as correlações informadas a seguir podem ser 
consideradas significativamente diferente de zero: 
r TS x TIAC (normal) = 0,5 (p<0,01) 
r TS x TIAC (TDC) = 0,6 (p< 0,01) 
r TC x TIAC (normal) = 0,5 (p< 0,01) 
A FIGURA 10 a seguir considera os dois grupos – normal e TDC – 
mostrando a grande variabilidade dos pontos em torno da reta, o que resulta em um 
baixo valor do coeficiente de correlação linear. Nos outros casos, a relação linear é 
menos evidente ainda. 
TS 
T
IA
C
 
0,60,50,40,30,20,1
20
15
10
5
0
g rupo
no rmal
TDC
 
FIGURA 10 - Diagrama de dispersão entre o desempenho no TIAC e na TS para os 
dois grupos. 
 
 56
Para analisar todas as variáveis conjuntamente, várias abordagens 
estão disponíveis na literatura. Uma delas é a análise de clusters (HAIR et al., 1998). 
A análise de clusters é uma técnica exploratória e consiste em agrupar n (neste caso, 
n=44) indivíduos que foram medidos segundo várias características p (neste caso, 
p=4) em agrupamentos de modo a que os indivíduos dentro dos agrupamentos 
sejam os mais semelhantes possível. Esta análise pode ser realizada segundo uma 
série de abordagens e, em todas, o objetivo é a formação de grupos coerentes e que 
guardem mais semelhança entre si quando forem do mesmo agrupamento do que 
quando forem de agrupamentos distintos. Os clusters são formados a partir de 
distâncias, havendo muitas alternativas. Utilizamos a técnica aglomerativa, que parte 
de n clusters e vai aglomerando indivíduos segundo sua distância com os demais. A 
escolha da partição é empírica, dependendo muitas vezes da forma com a qual o 
dendrograma se apresenta. 
A FIGURA 11 mostra o dendograma obtido a partir de uma análise de 
clusters com todas as variáveis e todos os grupos pelo método Complete (HAIR et 
al., 1998). 
D
is
t
â
n
c
ia
TNTNTTTTNTTNTNTNTNTTNTNNNNNNNNNTNNTNNTNNTNTT
5,69
3,79
1,90
0,00
 
FIGURA 11 – Dendograma, considerando todas as variáveis e os dois grupos. 
 
 57
Para ver como os dois grupos (Normais e TDC) estão discriminados na 
análise de clusters, foi então considerada a partição de clusters em dois grupos, para 
verificar se estes últimos “carregam” a composição inicial quando todas as quatro 
variáveis do estudo são consideradas simultaneamente. Separando então os dados 
conjuntos em dois clusters (TABELA 2), percebe-se que o primeiro cluster é 
composto por 17 sujeitos Normais, que representam 71% dos Normais, além de sete 
sujeitos TDC, que representam 35% dos TDC. Para averiguarmos a robustez do 
nível de partição escolhido, aplicamos uma análise alternativa, procedimento K-
Means (HAIR et al., 1998). O procedimento resultou em os dois clusters formados 
praticamente pelos mesmos indivíduos, mantendo a mesma relação de dominância , 
isto é, um cluster “normal” e um clusters TDC. A únicas diferenças foram dois sujeitos 
do cluster 1, que nessa análise passaram para o cluster 2. 
TABELA 2 – Porcentagem por grupo em cada cluster. 
 Normais TDC 
Cluster 1 17 (71%) 7 (35%) 
 
Cluster 2 7 (29%) 13 (65%) 
 
 24 (100%) 20 (100%) 
 
Vê-se, também, pela TABELA 3 (que calcula as porcentagens em 
linha), que o primeiro cluster é dominado pelos indivíduos normais (71% de normais 
e 29% de TDC) e o segundo é dominado pelo grupo TDC (35% de normais e 65% de 
TDC). 
TABELA 3 – Porcentagem por cluster de sujeitos normais e TDC. 
 Normais TDC 
Cluster 1 17 (71%) 7 (29 %) 24 (100%) 
 
Cluster 2 7 (35%) 13 (65 %) 20 (100%) 
 
 58
Para caracterizar a divisão, vamos analisar graficamente cada cluster 
com relação às variáveis utilizadas, construindo boxplots para cada grupo em duas 
situações representadas nas Figuras 12 e 13 respectivamente. A FIGURA 12 
apresenta todos os indivíduos por cluster e FIGURA 13 separa em cada cluster os 
dois grupos (normais e TDC). 
20
15
10
5
0
C2C1
20
15
10
5
0
C2C1
200
150
100
50
0,6
0,4
0,2
TIAC CV TAC CV
TC M TS %
 clusters vs variáveis - todos
 
FIGURA 12 – Representação descritiva por boxplot de todos os indivíduos por cluster 
em cada tarefa. 
 
 
 59
20
15
10
5
0
C2C1
TDCnormalTDCnormal
20
15
10
5
0
C2C1
TDCnormalTDCnormal
200
150
100
50
0,6
0,4
0,2
TIAC. TAC.
TC. TS.
 
FIGURA 13 – Representação descritiva por boxplot dos indivíduos em cada grupo 
em cada tarefa. 
 
O comportamento descritivo é análogo, isto é, o primeiro cluster 
apresenta parâmetros de locação (média e mediana) inferiores ao segundo, tanto 
para os grupos juntos (FIGURA 12) quanto para os grupos separados (FIGURA 13). 
Sob o ponto de vista inferencial, aplicando o teste não paramétrico 
Mann Whitney foi feita a comparação de medianas dos dois clusters (FIGURA 4) 
para cada variável. Os dois clusters são diferentes quanto à mediana para todas as 
variáveis (p< 0.001, usando Bonferroni), sempre, como já dito, com o primeiro cluster 
apresentando valores medianos (e médios também) inferiores aos do segundo. 
Repetindo a análise não paramétrica somente levando em consideração o grupo 
TDC, mesmo que graficamente haja indicações (FIGURA 13) de que, para todas as 
variáveis de timing o clusters 1 apresenta medidas de posição inferiores ao cluster 2, 
encontrou-se diferença significativa somente para a variável TS (nível de significância 
global de 5%). O pequeno número de observações pode ter afetado o teste, 
deixando-o menos sensível. 
 60
8.2 Escores do MABC - Test 
Trazendo para consideração os valores que deram origem ao escore 
MABC–test (HENDERSON & SUGDEN, 1992) tanto para normais quanto para TDC, 
será usada a divisão em clusters para compará-los com relação aos três 
componentes do escore, que são: destreza manual, habilidade com bola e equilíbrio. 
A FIGURA 14 trata dos dados juntando os grupos e a FIGURA 15 analisaos dados 
separadamente por grupos. 
12
9
6
3
0
C2C1
8
6
4
2
0
C2C1
12
9
6
3
0
dest.Manual_1 hab. Bola_1
equilíbrio_1
 
FIGURA 14 – Componentes dos escores MABC vs. cluster - todos 
 61
e
s
c
o
r
e
equilíbrio_1hab. Bola_1dest.Manual_1
TDCNTDCNTDCN
C2C1C2C1C2C1C2C1C2C1C2C1
14
12
10
8
6
4
2
0
 
FIGURA 15 – Componentes dos escores MABC vs. cluster - por grupo 
A FIGURA 15 evidentemente confirma o papel do escore na subdivisão 
em grupos, com os Normais tendo valores resumo de posição inferiores àqueles do 
grupo TDC. Entretanto, para o grupo TDC, não há evidências de comportamento 
diferente dos componentes do escore, quando separados pelos clusters, ou seja, os 
clusters não são caracterizados pelo desempenho nas três seções do teste MABC. 
 
9 DISCUSSÃO 
 
Análise comparativa 
Na TABELA 1 pode-se observar que as medidas de posição dos indivíduos 
selecionados através do MABC como normais são sempre inferiores a dos indivíduos 
identificados como portadores de TDC. Isso indica, pelo menos descritivamente 
(FIGURA 9), que o grupo formado pelos indivíduos NORMAIS apresentou um 
desempenho melhor que o grupo TDC, isto é, o grupo NORMAL apresenta uma 
maior precisão nas medidas de timing intrínseco (TIAC e TAC) e mais acurácia nas 
medidas de timing extrínseco (TC e TS). Entretanto, uma comparação inferencial 
 62
rejeitou a hipótese de igualdade apenas para a variável TIAC, o que demonstra que 
os desempenhos dos dois grupos nas outras tarefas não são diferentes. Esse 
resultado não corrobora à hipótese que o indivíduo com TDC tem um déficit geral de 
timing (GEUZE & KALVORBOER, 1987; LUNDY-EKMAN et al., 1991; WILLIAMS, 
2002; WILLIAMS, WOOLLACOTT & IVRY, 1992; PIEK & SKINNER, 1999). Além 
disso, esses resultados contrariam os resultados de HENDERSON, ROSE E 
HENDERSON (1992) acerca do TC, onde os autores encontraram diferenças 
significativas de desempenho a favor dos indivíduos identificados como normais. 
Nesse caso, vale ressaltar que os autores operacionalizaram o fenômeno do TC de 
forma diversa. A tarefa consistia antecipar a queda de um círculo (último de uma 
série de cinco que surgiram em duas condições: intervalos constantes de 750 
milissegundos e 1500 milissegundos) em um monitor; a resposta motora era 
pressionar um botão. 
O que também chama atenção nos resultados do presente estudo é que a 
diferença significativa a favor dos normais encontrada no desempenho da tarefa 
TIAC não foi encontrada na tarefa TAC. Do ponto de vista da execução da tarefa, 
ambas demandam precisão na produção de intervalos temporais. Entretanto, 
enquanto na tarefa TAC o indivíduo tem a liberdade de escolher o intervalo temporal 
da seqüência de batidas, no TIAC esse intervalo foi imposto (três condições). O que 
os resultados parecem apontar é que os indivíduos com TDC mostram-se mais 
sensíveis a essas imposições de intervalo (550, 825 e 1150), ou melhor, ao 
afastamento de sua freqüência confortável ou natural. Essa dificuldade de adaptação 
dos indivíduos com TDC, ou sua maior vulnerabilidade a perturbações, tem sido 
reportada (GEUZE, 1990; GEUZE & KALVORBOER, 1987, WILLIAMS, 2002). 
As correlações encontradas entre as variáveis TS e TIAC, tanto para os 
indivíduos normais quanto para os indivíduos com TDC (FIGURA 10), podem ser 
explicadas pela natureza da tarefa de TS. Essa tarefa demanda simultaneamente 
precisão (para se manter “em fase” com o aparecimento do alvo temporal) e 
acurácia. 
 
 
 
 63
Análise exploratória de clusters 
Inicialmente, é importante lembrar que a colocação dos sujeitos nos clusters é 
totalmente dependente das variáveis que foram escolhidas como critério para a 
análise. Se tivéssemos introduzido outras variáveis de timing o resultado poderia ser 
diferente. Assim, uma limitação da nossa análise se refere à escolha das variáveis. 
Essas variáveis refletem apenas algumas das possibilidades encontradas na 
literatura (revisadas anteriormente), para representar operacionalmente o conceito de 
timing. 
Um outro ponto se refere à quantidade de clusters a serem formados. 
Inicialmente, os coeficientes de fusão e o dendograma sugerem uma partição de 
cinco clusters. Entretanto, caso adotássemos essa partição, teríamos um cluster 
formado por dois sujeitos e um outro composto por apenas três indivíduos. Essa 
solução, caso fosse adotada, limitaria enormemente a posterior caracterização dos 
grupos. Optamos pelo segundo maior coeficiente que aglomera os indivíduos em 
torno de dois grupos ou clusters. 
Quanto à composição dos dois clusters, que foi a partição escolhida na 
análise, eles apresentam a seguinte configuração (como ilustrado na TABELA 12). 
Um primeiro cluster (1) formado predominantemente por sujeitos normais (17), que 
correspondem a 71% dos sujeitos alocados no cluster 1. E um segundo cluster (2) 
formado predominantemente por sujeitos TDC (13), que somam 65% dos sujeitos 
alocados nesse cluster. A divisão dos clusters, de certa forma, confirma a 
discriminação antes realizada pelos escores do teste MABC entre indivíduos normais 
e com TDC. Por outro lado, esse resultado aponta para uma interpolação de 
desempenho entre os indivíduos normais e TDC, uma vez que os 29% dos sujeitos 
restantes do cluster 1 é formado por indivíduos TDC, e os 35% dos indivíduos 
restantes do cluster 2 é formado por indivíduos normais. 
Do ponto de vista descritivo, o cluster 1 e o cluster 2 mostram padrões de 
comportamento diferentes nas variáveis de timing utilizadas, como mostram a 
FIGURA 12 e a FIGURA13. Podemos caracterizar o cluster 1, como aquele que 
agrega os sujeitos com melhores desempenho nas quatro tarefas; e o cluster 2 com 
aquele que reúne os sujeitos com piores desempenhos nas tarefas. Em outras 
 64
palavras, no cluster 1 estão reunidos os indivíduos com maior precisão e acurácia 
temporal, e no cluster 2, os indivíduos com menor precisão e acurácia temporal. Do 
ponto de vista inferencial os dois grupos também são diferentes em todas as 
variáveis de timing. 
Entretanto, quando repetimos a mesma análise inferencial, agora somente 
considerando os sujeitos com TDC, encontramos diferença significativa apenas para 
a variável TS. Dessa forma, apenas com base na análise inferencial, podemos 
caracterizar o cluster 1, como aquele formado pelos sujeitos que demonstram serem 
mais precisos na tarefa de TS; e de uma maneira correspondente; o cluster 2, como 
aquele constituído pelos sujeitos com menor acurácia na tarefa de TS. Esse 
resultado precisa ser visto com cautela, uma vez que descritivamente, como pode ser 
observado na FIGURA 13, o desempenho do subgrupo TDC do cluster 1 tende a ser 
melhor do que o desempenho do subgrupo TDC alocado no cluster 2. Um fator que 
deve ser considerado nesse resultado se refere ao pequeno número de observações 
disponíveis para a análise, que pode ter deixado o teste menos sensível. 
A caracterização dos clusters com base no desempenho nas seções do teste 
MABC é ilustrada na FIGURA 14. Podemos observar que o desempenho nas tarefas 
que compõem o teste MABC é similar nos dois clusters. Uma análise inferencial não 
encontrou diferenças entre os dois clusters, nem entre os indivíduos TDC 
isoladamente, por cluster. Quando comparamos com base apenas no desempenho 
da tarefa “receber com as duas mãos” do teste MABC22, que possui uma clara 
demanda antecipatória, também não foram encontradas diferenças entre o 
desempenho dos sujeitos normais de cada um dos clusters, nem dos sujeitos com 
TDC. Podemos especular que o teste MABC (para essa faixa etária) pode não ser 
sensível a um aspecto fundamental do movimento, isto é timing. 
Os resultados desse trabalho apontam para a possibilidade de discriminar a os 
sujeitos em dois grupos, um formado pelos sujeitos mais precisos e acurados e outro 
formado por sujeitos com desempenho inferiores tanto na precisão quanto na 
acurácia. Entretanto,com relação ao objetivo desse estudo, que foi identificar 
subtipos de TDC com base nas medidas de timing selecionadas, os resultados não 
 
22 A tarefa consiste em, parado, a uma distância de dois metros da parede, lançar uma bola de tênis na parede e recebê-la de 
volta com as duas mãos. Uma vez lançada à bola o sujeito pode deslocar-se para recebê-la. 
 65
foram animadores. Com exceção da variável TS, não foi possível caracterizar os 
subgrupos de TDC. Com isso a análise realizada permite hipotetizar diferenças 
intragrupo apenas no desempenho em TS. 
 
 
10 CONCLUSÃO 
 
Considerando que nesse estudo foram removidos os sujeitos com escores 
intermediários (ver pág.36), é interessante destacar a interpolação dos sujeitos dos 
dois grupos (normal e TDC) em ambos os clusters. Não temos dados sobre a 
magnitude dessa interpolação em outros estudos, ou mesmo, se ela tenha ocorrido. 
Entretanto, a aceitação praticamente unânime da heterogeneidade das amostras 
TDC pode estar indicando que essa interpolação não é incomum. Por sua vez, essa 
interpolação pode ser vista como uma pista acerca dos limites do sistema de 
classificação usado tanto pela OMS (1993) quanto pela APA (2002), na 
discriminação de indivíduos com TDC de indivíduos normais. O que nos leva a 
reconhecer a existência de problemas na categorização desse transtorno. 
A capacidade de classificar objetos em categorias é uma característica básica 
do cérebro e refere-se ao processo de agrupar objetos dentro de uma representação 
genérica. Isso pressupõe algum propósito, e também, critérios em tornos dos quais 
as coleções de objetos são agrupados. 
A categorização de qualquer objeto, demanda a priori a proposição de uma 
categoria e os critérios para ser membro dela. Qualquer um dos dois processos 
pressupõe a presença de algum conhecimento ou corpo de conhecimento 
previamente adquirido. Algum conhecimento está por trás tanto das categorizações 
que fazemos em nosso cotidiano, quanto das categorizações clínicas, como, por 
exemplo, Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação. 
As investigações por parte da psicologia cognitiva sobre o fenômeno da 
categorização têm apontado para duas formas básicas de classificar objetos (HAHN 
& CHARTER, 1997). A primeira está baseada no princípio da similaridade. Isso quer 
 66
dizer que categorizar um objeto envolve julgar a similaridade entre ele e um outro 
objeto exemplar (protótipo), ou um conjunto de objetos exemplares. Uma segunda 
forma de construir categorias não faz referência direta ao princípio de similaridade, 
se baseia em definições ou pressuposto teóricos. Ela é chamada de visão clássica, e 
assume que toda categoria é definida por um conjunto de características ou 
propriedades, necessárias e suficientes (LAMBERTS & SHANKS, 1997). O processo 
de classificar pode ser descrito como uma investigação sobre um objeto, procurando 
determinar se o mesmo apresenta as características consideradas necessárias e 
suficientes, para pertencer à categoria X. Os manuais CID -10 (OMS, 2002) e DSM –
IV (APA, 1994) procuram seguir essa segunda estratégia de classificação, nomeada 
como clássica, mas com fins clínicos. 
Para ciência, a classificação de objetos tem três finalidades principais: 
Organização, de uma forma que elimine a necessidade da aplicação de modelos e 
conceitos para objetos específicos, o que em face de imensa variedade de objetos 
existentes, em qualquer campo, é uma necessidade crítica; Generalização, o objetivo 
primário do desenvolvimento de qualquer sistema de classificação é sua 
possibilidade de gerar generalizações. Isto é possibilitar a construção de teorias e 
leis sobre o fenômeno, como são produzidos, aprendidos e adaptam-se; Aplicação 
permite uma maior aplicabilidade ao conhecimento produzido. 
O grau de sucesso em atingir essas finalidades depende diretamente da 
maturidade da categorização e da compreensão por parte do pesquisador dos limites 
do sistema de classificação que utiliza. 
Uma categoria não é um objeto estático que uma vez definido permanece 
imutável. A partir de sua uma determinação inicial, muitas vezes baseada em 
critérios vagos e superficiais, pode-se iniciar um processo de investigação científica 
que, como conseqüência, poderá modificar os critérios inicialmente estabelecidos, e 
tornando a categoria cada vez mais funcional. 
Vale ressaltar que o processo de classificar comportamentos depende da 
finalidade. Para fins de pesquisa se opta pelos extremos de qualquer distribuição, 
com pouca ou nenhuma preocupação pela limitação em termos de exemplares da 
 67
categoria. Em outras palavras busca-se tornar a categoria a mais valida possível, isto 
é com o maior grau de similaridade possível. Por outro lado, para fins clínicos, as 
considerações práticas podem ter prioridades sobre considerações científicas. A 
ótica da classificação clínica é orientação para intervenção, ou atendimento da 
população. 
Para o estudo científico de qualquer comportamento, o primeiro passo é 
categorizar (abordagem clássica) esse comportamento. Somente a partir de sua 
determinação como categoria, poderemos abordá-lo cientificamente, isto é, explicar 
sua natureza e sua dinâmica. Poderemos cometer equívocos investigando o TDC a 
partir de critérios obscuros e vagos. Postular mecanismos, especular causas, sem 
antes construir uma boa definição do fenômeno, é pouco produtivo para 
compreensão do referido transtorno. Nessas condições, a comunicação entre os 
pesquisadores em vez facilitada será comprometida; e a generalização dos 
resultados em vez de ser ampliada, será restrita. Parte desse problema é devido a 
uso de um sistema de classificação com fins clínicos como se fosse um sistema de 
classificação construído para fins de pesquisa. 
Sugerimos que em futuros trabalhos a identificação dos indivíduos com TDC 
seja em feita em três etapas. As duas etapas iniciais já foram propostas por WRIGHT 
e SUGDEN (1996b). Nesse trabalho, os autores levantam a existência de dois 
critérios consensuais para a identificação do TDC, ambos sugeridos tanto pela OMC 
quanto pela APA em seus manuais. Um critério é que a criança claramente 
demonstre um desempenho distante das normas reconhecidas para sua idade 
cronológica (atraso no alcance dos marcos motores). Essa condição deve ser 
avaliada por testes padronizados normativos. Um outro critério destaca que a 
dificuldade observada tem um impacto negativo na vida cotidiana da criança. O teste 
MABC foi concebido dentro dessa lógica. Sendo sua lista de checagem voltada para 
mensurar o impacto da dificuldade motora na vida criança e o teste (aplicado no 
presente trabalho) avalia o desempenho motor com base em uma norma. Grande 
parte das pesquisas tem usado com critério para identificação apenas um teste motor 
normalizado. Existem inúmeros testes disponíveis, entretanto o teste MABC tem sido 
o mais usado. Em resumo, as duas primeiras etapas se referem a avaliar o 
desempenho motor e avaliar o seu impacto na vida cotidiana da criança. 
 68
 A etapa que estamos propondo, acrescenta um novo processo de 
categorização dentro da própria amostra inicialmente identificada através das duas 
etapas anteriores. Essa terceira etapa consiste em classificar novamente os 
indivíduos em relação aos seus déficits particulares, tendo como referência os 
processos subjacentes ao movimento. O construto pode ser a abordagem modular 
(JONES, 1993), que preconiza pelo menos três módulos de processamento 
subjacentes a ação motora: organização temporal, controle da força, 
seqüenciamento motor. A adoção dessa terceira etapa, especulamos, poderá 
conduzir a avanços mais significativos na categorização desse transtorno. Uma 
categorização mais objetiva é uma condição básica para o sucesso nas 
investigações de natureza causal e para proposiçãode programas de intervenção 
mais eficientes. 
Durante esse trabalho, muitas vezes foram levantadas críticas acerca dos 
critérios para categorizar indivíduos com TDC, ou mesmo a própria categoria clínica 
TDC. Foram também destacadas as conseqüências da uso dos atuais critérios para 
a investigação desse transtorno do desenvolvimento. Não é uma situação de 
superação fácil, e gostaríamos de deixar duas sugestões. Primeiro se refere à 
distinção entre o contexto clínico do contexto de pesquisa, quando da proposição de 
classificações para indivíduos com dificuldade motoras de caráter desenvolvimental. 
A segunda vem de Karl Popper23, citado em RUTTER (1998). Segundo Popper, 
definições deveriam ser lidas da direita para esquerda. Com isso ele queria sugerir 
que, o ponto da partida para criarmos qualquer definição, ou critérios para 
categorização, deve ser o fenômeno e não o termo diagnóstico. 
Algumas decisões tomadas nesse presente estudo precisam ser reconsideradas 
em estudos futuros. Uma dela se refere à consideração da abordagem dos sistemas 
dinâmicos na seleção das tarefas que buscam conceituar operacionalmente timing. 
Um segundo ponto é considerar os avanços na compreensão da natureza do 
processo de organização temporal do movimento. Particularmente, a hipótese que 
existem dois mecanismos de controle para o timing ou que o timing de movimentos 
contínuos é emergente e que o timing de movimentos discretos requer uma 
 
23 POPPER, K. Objective knowledge: an evolutionary approach. Oxford: Oxford University, 1972. 
 69
representação temporal (SPENCER & ZELAZNIK, 2003). Em tarefas como a de 
tamborilar (tapping), que é explicitamente marcada por eventos discretos, o processo 
de controle está suportado em uma representação do intervalo temporal entre as 
batidas (ZELAZNIK, SPENCER, IVRY, BARIA, BLOOM, DOLANSKI, JUSTICE, 
PATTERSON & WHETTER, 2005). Por outro lado, em tarefas contínuas, como 
desenhar vários círculos (sobrepostos) de forma contínua, a capacidade de exibir 
precisão temporal não demanda uma representação da duração do intervalo. Esse 
processo emerge da dinâmica da trajetória do movimento e é chamado de timing 
emergente (ZELAZNIK et al., 2005). Assim, a classificação adotada no presente 
trabalho para investigar a capacidade de organização temporal, precisa ser 
modificada para abarcar o avanço na compreensão do fenômeno da organização 
temporal do movimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 88
ANEXO I - Dados brutos. 
 
Sujeito 3 
tac3 ts3 550 ts3 825 ts3 1150 tiac3 550 tiac3 825 tiac3 1150 tc3 e.total 
502 -4 390 409 438 767 1089 -15 21,5 
505 -20 243 439 723 860 1096 48 
509 22 60 359 516 843 1167 -67 
507 56 19 404 533 870 1074 -34 
498 68 -42 430 524 862 1139 22 
484 115 -97 354 * 899 1007 -66 
498 80 -11 366 491 828 1058 -18 
517 186 118 403 511 822 1093 -48 
490 138 198 517 518 755 994 174 
534 34 205 539 501 853 981 -14 
535 42 112 392 487 870 1030 
444 6 139 -275 494 764 952 
520 62 150 333 499 925 1065 
479 38 181 202 492 815 970 
465 68 164 -40 482 772 1005 
450 23 224 -102 467 847 1015 
463 30 155 -155 * 862 1120 
440 -35 80 -144 427 747 1036 
421 -16 66 * 468 862 1002 
416 -16 -19 * 471 777 771 
444 20 -76 * 425 808 784 
445 -24 -91 372 482 746 * 
448 24 -80 102 469 793 820 
446 8 10 -35 507 788 850 
406 48 -24 -9 518 775 943 
469 -20 -9 5 541 * 635 
473 48 14 89 523 724 888 
448 92 13 159 499 769 857 
* -32 -35 143 503 751 832 
383 -11 -49 107 459 755 874 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 89
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 4 
tac4 ts4 550 ts4 825 ts4 1150 tiac4 550 tiac4 825 tiac4 1150 tc4 esc4 
322 172 * * 478 745 969 113 18,5 
357 122 65 61 487 794 969 -126 
423 61 -39 -131 463 742 978 -71 
384 30 -51 -296 464 720 391 -133 
387 5 -50 -439 413 624 566 -137 
320 -34 -33 455 410 689 992 -141 
410 -57 -112 320 406 650 988 -4 
387 -15 -122 130 393 656 963 -29 
401 -8 -77 -115 398 663 971 -76 
412 52 -131 -284 393 646 938 -105 
436 37 -152 550 446 679 913 
347 27 -189 425 400 740 936 
400 7 -197 147 410 736 900 
385 -27 -213 335 427 695 981 
375 -18 -237 -80 381 662 788 
349 -13 -260 440 408 677 826 
352 -48 -259 116 412 638 790 
328 -77 -284 -101 419 662 773 
341 -98 -264 171 417 326 814 
318 -104 -244 -218 408 327 799 
327 -143 -240 230 395 644 841 
304 -181 -254 -140 429 647 795 
291 259 -335 193 386 656 1310 
284 215 -351 518 376 624 793 
285 115 -235 267 408 656 763 
268 62 -287 -171 411 650 782 
288 -21 363 244 394 643 803 
288 -38 256 -103 401 639 757 
283 -100 62 261 400 688 766 
288 -131 -74 -139 452 647 795 
 
 90
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 9 
tac6 ts6 550 ts6 825 ts6 1150 tiac6 550 tiac6 825 tiac6 1150 tc6 esc6 
414 * * -79 513 725 1124 307 19,5 
416 62 105 336 574 822 1119 -89 
379 58 50 316 521 877 1136 122 
421 14 73 288 564 826 1116 6 
408 25 68 -129 523 797 1063 7 
421 44 102 * 550 843 1143 124 
421 24 104 -38 521 852 1186 22 
390 20 53 -39 553 863 1194 -30 
441 0 120 21 536 826 1065 34 
400 25 131 64 538 870 1138 -109 
429 20 150 168 * 803 1065 
416 38 77 176 486 858 1082 
432 56 70 131 530 870 1093 
411 66 47 43 515 849 1124 
419 76 70 26 569 * 1144 
464 154 85 91 541 782 1131 
381 64 84 88 535 856 1099 
419 79 95 97 563 859 1098 
452 54 70 191 532 794 1143 
435 90 69 190 583 749 1148 
* 104 96 129 519 821 1147 
358 91 108 117 543 808 1184 
417 86 114 75 552 769 1153 
431 82 101 103 541 817 1160 
442 92 72 147 538 780 1140 
444 128 83 131 521 800 1137 
399 118 107 75 585 811 1167 
* 108 125 41 520 801 1152 
380 96 118 59 561 804 1183 
441 90 111 127 520 821 1206 
 
 91
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 9 
tac9 ts9 550 ts9 825 ts9 1150 tiac9 550 tiac9 825 tiac9 1150 tc9 esc9 
448 252 215 -90 639 738 712 -140 13,5 
459 206 138 -190 536 793 1053 -97 
456 162 135 -218 667 749 1003 -71 
442 156 108 -58 587 693 1143 -115 
465 116 97 50 530 746 1070 -136 
431 194 4 60 543 715 1018 56 
509 146 11 184 503 674 977 -110 
444 74 -12 32 520 737 1072 119 
469 39 -155 -12 527 688 927 122 
465 1 -236 -74 492 627 1171 192 
482 26 327 -120 501 610 965 
431 -92 142 -64 488 735 1178 
480 -125 135 -48 492 584 993 
381 -160 150 -87 485 610 1044 
442 -214 95 -58 480 658 1021 
410 204 60 -93 431 681 994 
425 133 60 -96 545 662 891 
403 87 71 -185 470 679 1118 
416 44 27 48 501 563 954 
444 -6 45 46 439 684 1001 
419 -27 45 78 454 620 1060 
425 -94 92 182 410 667 842 
422 -140 15 122 450 620 1182 
429 -137 6 260 499 593 877 
471 -170 105 111 448 556 1070 
360 -208 108 44 501 708 1015 
370 190 95 26 487 673 976 
452 160 94 -80 512 555 870 
369 81 113 -341 454 602 1193 
362 78 83 66 473 557 904 
 
 92
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 10 
tac10 ts10 550 ts10 825 ts10 1150 tiac10 550 tiac10 825 tiac10 1150 tc10 esc 10 
414 -55 -91 298 507 791 1038 -160 16,5 
381 -95 240 -94 530 848 975 -181 
375 -133 21 -427 514 828 1007 -144 
394 -88 -58 -310 561 803 984 -131 
362 -96 -15 -206 517 843 992 126 
372 -91 20 46 532 826 959 -122 
359 -72 51 -18 518 841 1009 -21 
360 -103 56 -61 529 835 1007 -103 
341 -121 80 -47 526 816 999 -123 
344 -133 60 -118 524 744 866 -146 
343 -169 33 -28 547 843 988 
337 -151 28 -33 499 * 1005 
349 -169 31 -103 500 713 929 
335 -145 40 -100 515 844 954 
304 -163 25 -136 507 792 971 
326 -181 7 -104 503 753 1023 
305 -143 -26 -159 484 825 900 
318 -141 -88 -246 505 826 961 
301 -181 -113 -297 486 820 980 
297 -219 -140 -296 511 839 938 
326 273 -117 -503 485 862 931 
299 275 -72 484 510 793 1003 
290 271 * 458 501 813 927 
299 253 60 554 478 852 970 
301 259 * -377 463 813 1029 
308 241 2 -155 487 762 959 
295 243 35 -113 478 863 956 
301 233 -14 -217 477 856 938 
324 183 3 -327 488 * 899 
309 192 68 -404 492 * 921 
 
 93
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 14 
tac14 ts14 550 ts14 825 ts14 1150 tiac14 550 tiac14 825 tiac14 1150 tc14 esc14 
362 -105 351 404 498 806 1330 -310 14,5 
361 -136 358 * 470 869 855 -104 
346 -64 * 411 449 894 996 -46 
367 56 357 279 442 763 900 -16 
362 * 334 43 438 908 1021 -46 
383 -243 409 5 463 793 1064 61 
392 -18 * -57 479 797 961 -99 
393 224 -371 -111 427 835 975 -106 
383 * -247 -38 426 738 1024 -120 
360 -229 -127 115 452 919 933 88 
379 -25 40 101 421 809 942 
394 39 151 101 415 822 977 
403 98 160 283 401 846 990 
396 189 130 91 425 1167 936 
366 168 97 83 398 869 919 
395 137 15 -35 406 814 963 
377 139 -56 27 375 780 958 
387 123 -65 104 353 828 912 
368 155 -117 119 352 805 899 
384 137 -117 89 425 927 890 
381 141 -145 185 393 897 952 
349 106 -79 79 366 913 993 
381 228 -98 154 402 885 902 
362 151 17 199 368 866 944 
377 122 84 213 381 849 952 
377 109 398 97 404 1030 907 
364 55 333 161 380 887 898 
364 27 349 146 354 883 992 
369 85 * 17 332 874 773 
372 122 -395 -33 394 834 930 
 
 
 94
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 16 
tac16 ts16 550 ts16 825 ts16 1150 tiac16 550 tiac16 825 tiac16 1150 tc16esc16 
335 -39 52 431 484 761 1082 -18 22,5 
473 -74 25 267 589 898 1096 -132 
280 -91 41 137 547 733 1105 -86 
268 -107 62 89 550 808 1057 -112 
389 -96 156 67 538 815 1158 -21 
398 -57 135 57 525 806 1150 -62 
467 -37 127 * 541 803 1131 -90 
503 -111 94 -29 536 813 1102 -22 
456 -141 106 -135 496 814 1093 -29 
501 -136 100 -173 477 799 1143 -62 
414 -157 84 -89 456 778 1106 
465 -181 108 -123 472 819 1124 
431 -227 131 -159 483 818 1087 
454 239 121 -67 463 772 1118 
430 209 76 -197 462 823 1141 
429 167 95 -181 449 820 1080 
441 113 73 -237 465 793 * 
470 81 76 -375 444 770 992 
425 67 70 -273 421 761 1009 
452 41 43 -347 436 847 1083 
444 24 29 -441 427 792 1056 
431 1 46 493 417 822 1045 
429 -3 24 403 442 772 1051 
417 -31 46 377 447 830 1036 
427 -27 34 459 448 759 999 
428 -26 60 375 446 761 1049 
443 -51 33 342 454 780 969 
434 -55 6 385 456 801 996 
439 -55 107 379 417 711 1014 
422 -52 117 388 439 677 1011 
 
 95
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 18 
tac18 ts18 550 ts18 825 ts18 1150 tiac18 550 tiac18 825 tiac18 1150 tc18 esc18 
327 -150 202 -157 512 774 1047 408 15 
337 -42 80 -15 573 819 1057 -136 
324 62 60 125 538 818 994 -272 
347 178 79 162 550 809 1078 * 
530 274 65 54 543 766 1072 -185 
339 * 62 34 545 765 975 -23 
343 -176 136 -84 540 750 1034 -13 
326 -50 179 -58 513 757 1030 -95 
343 68 230 -14 545 766 1005 8 
398 186 213 19 524 765 941 -106 
357 * 143 68 551 728 948 
310 -252 120 63 521 745 921 
332 -132 77 52 540 754 917 
343 -54 23 -6 536 711 906 
339 98 71 -40 526 711 954 
339 204 -18 -45 551 711 961 
350 * -18 -202 516 721 1028 
347 -160 -7 -91 505 715 1025 
348 -23 24 -162 491 728 892 
622 98 39 -192 514 719 931 
329 250 133 -174 521 704 921 
324 * 109 -136 478 694 948 
343 -126 116 -60 509 750 937 
338 7 81 4 555 723 917 
265 150 88 -38 501 702 946 
333 * 39 45 * 733 925 
335 -194 -5 -72 * 740 922 
330 -34 -47 -228 * 750 847 
341 86 -60 -266 * 724 813 
332 212 -112 -272 * 733 822 
 
 96
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 23 
tac23 ts23 550 ts23 825 ts23 1150 tiac23 550 tiac23 825 tiac23 1150 tc23 esc23 
448 -209 -258 442 837 837 815 129 18,5 
429 267 -96 114 884 994 866 166 
454 259 -28 -326 761 696 748 117 
437 275 57 385 694 753 583 -164 
428 183 177 414 667 530 593 336 
416 201 287 342 673 689 658 20 
447 159 332 471 721 543 543 -25 
459 97 * 456 669 572 590 -97 
446 105 -378 425 680 620 601 -42 
435 95 -345 412 659 595 574 154 
420 137 -271 457 704 520 523 
427 173 -300 450 636 485 501 
463 133 -322 493 679 480 524 
425 93 -309 545 654 536 563 
438 11 -241 * 595 513 502 
412 107 -219 495 561 601 458 
441 * -265 * 543 582 421 
416 -7 296 554 646 506 519 
448 269 64 572 555 582 467 
404 179 209 * 566 587 503 
416 106 48 -459 534 453 422 
461 31 -6 -428 605 508 475 
448 13 -32 -187 526 467 500 
401 -47 -4 -413 585 415 486 
436 -138 -38 -433 421 452 431 
463 -153 16 -278 631 603 660 
359 -153 -9 -33 560 551 517 
375 -151 0 -63 607 518 610 
374 -149 3 -152 564 471 612 
352 -220 8 -222 601 526 523 
 
 97
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 28 
tac28 ts28 550 ts28 825 ts28 1150 tiac28 550 tiac28 825 tiac28 1150 tc28 esc28 
203 26 326 474 459 515 * -118 26,5 
266 38 362 328 459 744 1055 -111 
213 -12 352 294 503 463 1009 -116 
219 -18 342 470 440 463 1140 -153 
274 -1 * 494 397 526 1185 -155 
273 -9 -317 293 478 456 1310 -62 
234 4 -368 345 * 530 1246 126 
248 * -261 400 373 383 1091 -62 
273 104 -274 392 440 509 1190 -174 
290 270 * 410 409 432 1173 
252 -238 411 355 398 439 1183 
259 * -277 248 377 467 1238 
211 -202 -297 252 404 394 1219 
281 -184 -318 129 372 367 1284 
192 -188 -302 73 * 362 1162 
251 -200 364 -112 347 383 1269 
208 -216 197 -282 375 366 1345 
206 261 2 -110 406 330 1417 
234 194 * 3 337 362 1214 
196 116 -367 140 396 363 1281 
275 44 -301 378 391 371 1198 
247 -66 -353 435 398 325 1160 
290 -142 -324 457 417 366 1196 
280 -159 -345 463 425 350 1203 
290 -171 -269 567 381 363 814 
252 232 -302 -437 397 312 992 
263 147 310 -494 414 359 1377 
253 13 * -520 396 381 974 
322 -94 -376 -570 408 326 * 
261 -123 -217 * 374 350 977 
 
 98
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 36 
ta36 ts36 550 ts36 825 ts36 1150 tiac36 550 tiac36 825 tiac36 1150 tc36 esc36 
453 * 382 * 562 816 1233 70 18,5 
469 -78 * 542 614 889 1074 173 
466 137 -331 * 571 904 1055 25 
461 * -206 -548 594 841 1038 -185 
427 -209 -267 533 619 832 1089 174 
372 -45 -148 * 574 858 1146 -105 
393 121 -41 535 604 755 908 52 
376 * -55 -533 595 782 1025 166 
390 -258 -174 -499 580 828 862 26 
351 -115 -134 -510 595 887 1093 -48 
381 73 -47 425 564 849 882 
358 235 -116 343 549 814 1053 
379 * -143 331 536 832 946 
374 -138 -95 205 563 771 1009 
360 -9 -91 103 570 742 943 
365 102 -117 7 564 818 982 
354 216 -70 -110 582 845 921 
343 * -72 -105 538 799 998 
346 17 -57 -370 536 822 906 
377 125 -5 259 550 883 1082 
369 * * 15 575 904 921 
340 -267 -120 -187 550 902 948 
353 -21 -197 569 540 857 893 
350 101 -104 344 563 866 1112 
321 243 -82 -79 532 935 910 
328 * -151 -324 519 836 954 
347 -175 -64 -475 605 829 1040 
332 -53 44 -389 504 858 957 
328 43 76 548 509 813 * 
348 196 218 251 480 848 1061 
 
 99
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 39 
tac39 ts39 550 ts39 825 ts39 1150 tiac39 550 tiac39 825 tiac39 1150 tc39 esc39 
413 * 306 370 530 768 980 -25 18 
345 -147 23 348 482 732 981 * 
364 212 7 356 481 744 886 186 
374 164 60 400 456 701 901 9 
389 87 76 402 494 708 974 15 
348 -18 43 468 490 758 907 -12 
349 -95 41 479 425 687 870 -105 
358 -132 92 464 435 686 920 -148 
347 -190 110 364 442 765 846 -75 
345 188 -22 392 418 685 945 -168 
326 117 12 412 431 688 764 
332 19 30 356 416 683 872 
322 -63 35 394 370 740 847 
333 -146 121 400 377 633 895 
330 -189 59 462 375 664 868 
265 214 68 534 360 636 904 
259 * 45 472 368 635 816 
240 -96 -55 384 368 605 777 
255 251 -54 558 339 625 782 
230 146 -60 460 359 606 721 
257 12 -122 452 366 582 818 
238 244 -107 410 364 589 687 
219 95 -92 432 355 574 740 
211 -37 74 467 336 589 * 
234 215 96 482 365 549 724 
225 86 97 476 335 662 719 
217 -48 58 380 377 631 730 
215 244 63 534 344 645 647 
209 99 97 -548 363 610 675 
208 -23 91 -468 336 618 614 
 
 100
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 40 
tac40 ts40 550 ts40 825 ts40 1150 tiac40 550 tiac40 825 tiac40 1150 tc40 esc40 
765 * -10 -213 408 881 1094 -32 16 
784 251 -5 -334 417 726 1171 -118 
732 90 -7 -270 473 685 1153 -65 
751 -2 17 -1 408 713 1114 49 
863 65 392 206 446 625 1100 -54 
862 15 * 119 492 624 1121 -107 
837 -22 -406 112 403 547 1200 42 
828 -66 363 6 416 572 1112 90 
845 -78 284 -128 438 585 1225 72 
875 -120 279 -147 435 536 1139 -148 
910 -157 309 154 414 566 1226 
921 -173 305 210 402 567 1040 
856 -160 294 188 448 503 1081 
893 -232 269 324 407 530 1095 
931 223 217 296 438 540 1166 
890 74 146 194 429 524 1142 
887 -83 216 5 436 525 1311 
882 138 273 -187 412 492 1226 
843 34 211 -289 401 558 1122 
859 -39 10 -361 442 469 1051 
902 -71 57 -392 417 542 1215 
883 -104 91 -521 402 504 1183 
788 -89 241 -334 355 418 1152 
730 -76 347 -127 370 488 1215 
828 -76 * 36 580 543 1190 
735 -31 -396 1 549 580 1269 
753 -14 396 34 498 529 1234 
734 -43 309 -17 * 543 1206 
723 -19 342 -54 455 532 1250 
780 -52 264 -25 512 496 1231 
 
 101
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 41 
tac41 ts41 550 ts41 825 ts41 1150 tiac41 550 tiac41 825 tiac41 1150 tc41 esc41 
404 -93 190 64 498 839 1078 59 16,5 
414 -38 211 -18 551 863 1131 -8 
427 -34 218 -51 536 844 1094 19 
396 12 187 -43 532 853 1085 15 
417 28 142 -68 545 1078 1126 61 
374 32 136 -100 521 858 1199 -132 
389 * 132 15524 857 1061 56 
374 * 104 109 525 875 1164 122 
368 38 29 206 494 820 1124 154 
364 -4 13 130 500 845 1211 67 
375 8 -39 130 503 872 1095 
383 0 -20 80 532 852 1120 
391 4 -26 67 484 840 1052 
370 -20 -44 72 485 842 1097 
377 4 5 88 464 873 1135 
384 -8 -21 96 487 791 1024 
365 -14 -54 112 483 833 1034 
368 -42 24 62 478 826 1000 
370 -78 86 -4 478 847 997 
387 -119 71 -86 492 780 1030 
358 -18 95 12 463 801 965 
381 54 125 -35 433 812 961 
371 44 111 27 469 817 958 
389 78 87 32 440 810 1014 
384 80 121 109 431 813 1000 
397 62 149 163 476 806 994 
379 62 76 177 492 759 1059 
356 66 45 214 495 771 * 
395 54 46 112 516 776 * 
398 32 67 -6 499 763 * 
 
 102
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 42 
tac42 ts42 550 ts42 825 ts42 1150 tiac42 550 tiac42 825 tiac42 1150 tc42 esc42 
862 -2 21 148 473 704 958 -82 16,5 
693 76 -75 -59 532 697 944 50 
980 66 -104 -110 513 700 859 -48 
823 68 -5 -245 496 749 896 -130 
514 68 18 -226 498 690 879 -82 
901 75 33 -186 480 706 883 -151 
812 67 92 -154 473 701 888 17 
578 42 131 -83 494 710 837 -52 
853 43 138 14 490 695 903 -94 
850 10 131 -26 471 696 860 -98 
542 6 172 -43 458 706 862 
830 4 59 -79 461 713 851 
746 -6 64 -78 482 688 856 
525 -10 42 -123 483 743 921 
732 12 24 -194 465 766 793 
815 23 -11 -217 484 693 887 
508 17 -38 -267 463 714 841 
795 24 -84 -293 494 743 923 
749 -2 -85 -314 456 724 882 
545 10 -114 -307 496 792 843 
824 -17 -202 -189 454 618 841 
813 -63 -273 -160 465 729 820 
482 -12 -337 -175 435 574 857 
799 -22 -359 -170 482 587 924 
799 8 -390 -189 477 564 817 
518 22 -354 -187 484 571 902 
781 48 -320 -193 455 574 843 
814 30 -340 -135 450 553 877 
496 60 -327 -80 486 564 432 
783 90 -313 -21 471 519 447 
 
 103
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 45 
tac45 ts45 550 ts45 825 ts45 1150 tiac45 550 tiac45 825 tiac45 1150 tc45 esc45 
585 86 -412 -343 536 1017 709 -63 13,5 
681 36 -403 332 589 1028 833 64 
628 -10 -390 136 545 1040 845 34 
625 13 134 -336 542 1099 765 4 
629 -41 290 477 545 1026 716 -20 
618 -20 -60 418 553 1007 765 54 
639 -36 -345 427 549 1012 736 -24 
616 -54 105 228 558 1013 783 21 
644 -86 -111 83 557 931 808 29 
622 -91 371 -25 536 906 771 -48 
619 -106 176 -93 513 948 764 
625 -120 63 -292 528 977 793 
642 -107 -62 -340 494 875 809 
633 -123 -160 -150 511 904 757 
618 -104 -195 -84 467 939 744 
625 -93 -260 -142 499 864 786 
713 -74 306 -82 492 860 748 
580 -86 76 -19 482 803 788 
589 -58 -163 -1 503 900 786 
587 -62 324 65 530 863 757 
524 -95 81 155 563 842 753 
555 -112 -61 89 540 832 759 
566 -58 -213 40 551 781 776 
621 -56 348 -110 541 804 805 
536 -83 109 -280 488 817 740 
575 -141 -35 -400 501 802 776 
554 -147 409 -306 526 790 689 
601 -151 258 -70 543 805 826 
564 -195 74 -14 517 855 793 
577 -171 -81 70 503 858 816 
 
 104
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 47 
tac47 ts47 550 ts47 825 ts47 1150 tiac47 550 tiac47 825 tiac47 1150 tc47 esc47 
635 16 53 -326 471 986 110 14 
656 35 76 -194 517 1101 -57 
693 49 120 -52 516 1186 -118 
596 24 32 -104 463 996 11 
635 24 -41 -92 477 1003 -60 
583 -9 -56 -64 482 1023 15 
583 14 -95 -112 490 1016 -59 
624 17 -68 -139 485 1107 -42 
645 -21 -27 -116 456 1102 -56 
636 -41 30 -196 464 1127 -90 
609 -59 127 -294 443 1147 
524 -112 60 200 430 1190 
681 -117 13 366 449 1244 
656 -50 -50 206 484 1177 
551 -41 -99 70 498 1148 
587 -28 -132 -84 459 1163 
631 -30 -155 -281 457 1156 
628 -27 -16 277 463 1083 
615 -41 31 236 465 950 
545 3 16 -40 458 1627 
540 43 -77 -326 432 1072 
556 69 -30 -510 441 1032 
559 57 -61 574 404 951 
556 0 -88 558 513 954 
483 -21 -133 * 463 890 
528 -55 -147 -504 424 1202 
589 -91 -138 -214 451 903 
606 -73 -213 -302 454 881 
525 -86 -243 -200 438 906 
511 -165 -292 -404 446 1078 
 
 105
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 50 
tac50 ts50 550 ts50 825 ts50 1150 tiac50 550 tiac50 825 tiac 1150 tc50 esc50 
762 14 27 * 534 864 1153 -134 26,5 
740 -28 -50 * 605 870 1166 -235 
751 -48 -37 -22 604 900 1140 -170 
743 -46 -42 -119 565 899 1167 -292 
768 -56 -40 -103 574 881 1155 -273 
763 -72 -18 -102 * 877 1156 232 
757 -101 20 -84 549 888 1152 -276 
782 -99 82 -150 592 907 1113 -48 
755 -121 57 -195 587 874 1194 -97 
696 -142 85 -101 591 896 1144 -60 
738 -167 79 1 583 921 1237 
731 -185 54 44 589 929 1178 
742 -191 15 54 602 866 1191 
748 -230 35 -8 589 910 1206 
767 -245 31 -34 595 950 1200 
712 -255 66 7 597 916 1147 
729 -269 57 57 598 885 1218 
768 -269 65 24 578 881 1231 
775 -210 84 36 593 843 1207 
784 -134 74 -4 601 877 1208 
748 -47 73 5 612 894 1232 
738 71 74 -34 574 864 1179 
715 141 129 -36 561 917 1160 
742 192 94 -44 585 849 1164 
781 224 73 -48 596 808 1217 
740 264 36 -41 * 895 1186 
713 -242 31 -33 * 816 1217 
671 -90 -11 -34 * 825 1202 
706 56 -50 -42 * 790 1225 
646 262 -41 -26 * 831 1206 
 
 106
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 51 
tac51 ts51 550 ts51 825 ts51 1150 tiac51 550 tiac51 825 tiac51 1150 tc51 esc51 
513 136 -383 475 206 925 1003 119 22 
508 243 -298 540 192 866 1047 4 
496 * -297 569 217 843 972 -105 
519 -183 -202 * 179 768 939 -2 
484 -39 -114 -570 209 790 946 -10 
521 165 -84 -473 215 749 963 -94 
486 256 -17 -531 242 839 990 -67 
469 * 116 438 227 832 981 -58 
484 -132 202 353 228 807 894 54 
496 41 278 432 234 820 983 -168 
491 190 * 406 263 832 976 
486 * -403 435 335 857 1023 
478 -210 -295 383 452 838 972 
469 -35 -268 387 477 832 905 
481 * -229 401 396 797 932 
472 -24 -115 364 521 744 849 
513 212 18 439 286 755 883 
467 * 12 447 332 625 912 
498 -239 -71 421 448 635 816 
484 -96 167 363 341 704 897 
503 215 101 316 314 990 828 
391 * 179 403 335 746 884 
482 -71 179 398 370 721 829 
480 9 324 425 324 715 877 
487 30 132 433 283 * 820 
490 39 131 402 308 * 874 
463 -72 57 311 303 * 818 
513 -61 -11 529 297 * 957 
478 -23 -105 557 * * 908 
490 59 -163 * * * 876 
 
 107
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 53 
tac53 ts53 550 ts53 825 ts53 1150 tiac53 550 tiac53 825 tiac53 1150 tc53 esc53 
1031 188 373 100 * 905 1045 38 13,5 
890 * * -65 * 989 1024 200 
971 -130 -397 -163 * 1044 1074 -124 
959 179 -276 270 * 1007 944 -94 
879 * -285 4 * 968 989 116 
919 -78 -178 -306 * 987 1040 -52 
942 193 -206 389 * * 1062 -51 
933 * -324 147 * 906 1038 -60 
932 -60 -204 -104 * 974 1013 -82 
941 253 -264 542 * 963 * -3 
874 * -196 306 * 949 890 
866 -48 -160 72 * 976 975 
866 173 -163 -204 * 979 959 
749 * -8 431 * 833 958 
1045 -228 67 174 * * 969 
734 -17 55 -39 * 780 1031 
899 223 79 444 * 837 972 
944 * 58 193 * 854 1164 
927 -115 116 -25 * 784 892 
892 136 142 -301 * 803 947 
891 * 201 243 * 1026 959 
948 -185 202 -8 * 923 1021 
842 40 249 429 * 1046 958 
838 * 247 87 * 966 961 
984 -238 217 -235 * 894 986 
873 23 221 224 * 991 994 
872 * 281 -63 * 870 1015 
881 -212 235 373 * 758 948 
912 -75 305 0 * 859 987 
784 150 205 477 * 845 930 
 
 108
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 5 
tac5 ts5 550 ts5 825 ts5 1150 tiac5 550 tiac5 825 tiac5 1150 tc5 esc5 
307 184 65 -24 515 839 1146 -34 8 
332 122 70 -17 540 812 1169 36 
326 91 97 37 534 809 1196 -58 
317 68 100 59 498 846 1177 -137 
339 58 109 153 498 847 1164 -11 
356 81 154 70 534 862 1233 -71 
322 42 133 78 534 801 1160 56 
309 72 88 50 519 778 1166 -16 
315 97 85 24 530 795 1125 -13 
316 104 108 -40 494 789 1080 54 
316 69 144 45 521 769 1173 
307 58 112 74 501 820 1118 
308 32 99 63 486 807 1140 
328 99 88 21 503 828 1139 
309 83 103 33 496 808 1185 
303 175 91 100 492 821 1158 
304 113 45 155 541 814 1167 
319 124 46 153 496 831 1144 
302 55 3 68 469 849 1155 
327 138 58 31 496 772 * 
308 13469 64 486 781 1144 
315 65 78 74 525 754 1072 
304 72 104 67 526 805 1080 
299 135 130 -12 517 841 1103 
313 87 128 40 524 808 1098 
296 73 116 65 536 795 1155 
313 75 35 69 496 783 1169 
282 59 111 127 498 796 1132 
305 74 105 28 487 837 1133 
293 105 84 91 467 795 1169 
 
 109
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 7 
tac7 ts7 550 ts7 825 ts7 1150 tiac7 550 tiac7 825 tiac7 1150 tc7 esc7 
325 -17 27 -129 * 757 * -194 9 
* 29 -26 118 494 804 1009 69 
357 9 79 75 587 813 1048 -160 
387 38 -4 76 563 * 1107 -23 
386 15 5 16 552 730 1049 -4 
372 7 -22 12 519 803 1060 4 
365 6 -49 -69 530 * * -24 
398 15 42 94 564 720 961 28 
377 11 -15 162 537 791 1053 -87 
358 11 6 114 550 793 978 -53 
370 -3 5 58 531 788 * 
369 12 48 -20 528 788 1017 
366 4 65 -55 509 721 998 
360 13 -12 64 547 757 988 
336 17 21 -9 526 806 994 
* 39 -24 30 * 783 * 
305 37 13 34 484 772 892 
372 25 -8 142 530 738 1033 
356 29 43 82 521 753 934 
362 41 -18 102 524 746 969 
353 33 47 10 521 * 950 
339 14 -40 34 514 686 988 
320 13 -5 -22 517 768 933 
349 -10 20 -31 501 713 923 
318 0 11 86 528 700 912 
320 29 34 22 543 786 959 
* 23 141 55 515 733 946 
284 11 36 106 570 730 910 
326 3 47 97 523 739 897 
331 -25 62 10 508 766 870 
 
 110
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 12 
tac12 ts12 550 ts12 825 ts12 1150 tiac12 550 tiac12 825 tiac12 1150 tc12 esc12 
279 61 53 30 513 799 1140 356 8,5 
270 21 52 236 570 * * 48 
275 -21 89 302 531 829 1114 -24 
254 -35 128 488 550 870 1153 -58 
277 -37 237 384 501 872 1171 -12 
248 -7 189 408 525 835 1165 21 
270 -51 168 425 512 843 1198 -2 
255 -91 * 390 521 818 1162 -11 
277 -59 152 356 484 908 1202 16 
248 -87 123 357 501 907 1221 -123 
238 -117 106 413 463 906 1202 
267 -181 101 462 494 946 * 
250 -189 92 428 485 864 1052 
240 -217 135 454 494 837 1177 
250 -219 * 432 498 872 1118 
249 247 99 565 470 901 1118 
246 209 106 558 491 1064 1119 
242 187 119 * 503 915 1190 
* 107 12 -566 520 885 1091 
198 59 -9 -558 501 898 1137 
234 21 40 -573 503 879 1100 
248 -37 41 -549 471 906 1034 
243 -83 28 -451 486 937 1078 
236 -143 27 -444 484 927 1113 
236 269 46 77 * 858 1064 
231 201 79 42 455 830 1122 
240 135 76 54 463 929 1083 
244 53 83 106 463 921 1149 
236 -9 56 121 473 996 1096 
237 -57 * 147 468 808 1069 
 
 111
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 15 
tac15 ts15 550 ts15 825 ts15 1150 tiac15 550 tiac15 825 tiac15 1150 tc15 esc15 
573 -147 165 -133 521 751 1017 -29 5 
562 -173 134 -239 538 788 999 -103 
570 -207 101 31 526 768 1030 -140 
580 -181 62 43 513 795 1009 -118 
571 -41 15 132 509 757 1026 56 
587 -17 26 152 524 817 1015 -84 
580 29 26 72 507 794 1028 17 
570 35 14 10 517 755 1009 20 
568 * 17 -14 526 763 1020 48 
567 55 34 -32 505 776 1045 -12 
566 55 17 18 526 786 1021 
549 61 25 -10 505 751 1005 
587 60 69 52 501 825 1014 
549 57 28 55 503 760 985 
558 65 21 11 507 763 1022 
580 75 26 -32 512 805 1003 
575 81 45 11 509 800 1001 
564 88 2 25 511 785 988 
576 93 -5 53 522 782 979 
587 103 4 36 509 719 974 
534 109 -9 -3 511 806 947 
582 99 46 -25 522 805 1014 
553 88 21 -53 487 793 1025 
576 87 16 99 504 772 1000 
576 81 1 40 519 805 996 
559 83 -6 21 505 781 969 
582 65 67 51 525 754 994 
572 55 126 37 514 755 996 
572 41 71 33 503 772 942 
569 47 * 13 530 769 1003 
 
 112
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 17 
tac17 ts17 550 ts17 825 ts17 1150 tiac17 550 tiac17 825 tiac17 1150 tc17 esc17 
396 -59 -256 550 480 824 1118 71 1,5 
427 -107 -243 * 515 925 1124 -143 
416 -76 -211 -532 501 900 1099 -160 
391 -73 -153 -566 528 942 1198 53 
398 -41 -52 538 498 883 1083 -74 
400 -19 1 -548 515 921 1186 -90 
393 35 69 -555 504 885 1177 74 
398 73 199 -539 505 864 1160 -105 
385 99 196 -534 463 889 1160 160 
389 116 209 -536 516 888 1187 52 
375 107 178 -544 505 889 1116 
392 97 137 -504 507 814 1041 
368 113 104 574 484 855 1041 
369 107 103 504 507 824 1000 
380 101 38 520 501 885 1032 
369 111 47 474 496 797 1049 
384 153 58 476 485 740 1061 
379 135 80 444 510 772 988 
419 113 43 435 523 741 990 
370 74 11 451 526 768 994 
374 53 25 408 492 737 979 
355 57 -5 412 494 770 1020 
392 21 -20 372 499 748 1003 
355 9 2 322 495 751 1040 
386 -10 72 276 472 732 963 
363 -23 53 244 490 701 1040 
368 -75 44 252 491 688 1019 
358 -81 76 192 494 778 934 
351 -137 108 101 480 779 969 
372 -95 129 * 490 760 1028 
 
 113
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 21 
tac21 ts21 550 ts21 825 ts21 1150 tiac21 550 tiac21 825 tiac21 1150 tc21 esc21 
479 * 81 -224 577 826 1023 151 4 
465 7 88 -211 606 845 984 -143 
452 35 89 -169 572 793 948 -136 
459 45 114 149 567 828 945 -134 
462 33 79 -7 568 816 972 -72 
457 19 49 -119 563 830 985 -124 
481 7 -26 -279 568 813 961 -156 
460 8 -20 -161 551 820 917 178 
452 25 -53 -203 545 776 924 -132 
467 6 -117 -149 568 757 939 
463 -13 10 -115 570 719 934 
463 -5 -15 -259 582 750 955 
446 0 15 -303 571 786 924 
461 -19 -16 -366 540 738 929 
448 -7 -31 -463 568 746 971 
459 25 -62 -183 580 715 941 
429 43 -12 -169 568 719 903 
427 51 -55 -252 582 728 937 
450 67 -75 -444 599 673 925 
459 81 -104 -335 561 737 850 
436 47 195 -469 558 728 971 
458 45 30 -371 616 897 923 
448 51 -35 160 573 744 879 
447 42 0 140 580 755 866 
434 34 25 21 582 744 833 
465 43 206 -59 564 722 868 
469 23 51 -167 545 733 826 
452 1 22 -197 608 748 819 
466 -40 3 -3 569 713 830 
451 48 3 -83 568 729 890 
 
 114
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 22 
tac22 ts22 550 ts22 825 ts22 1150 tiac22 550 tiac22 825 tiac22 1150 tc22 esc2 
589 -270 -150 313 * 806 1208 152 6 
616 -145 -271 181 699 * 1284 130 
568 -33 404 47 388 723 1383 -115 
540 42 377 -80 395 728 1332 4 
576 79 328 -274 * 763 976 -324 
549 85 227 551 302 719 1261 -158 
584 165 118 399 330 623 1223 -231 
540 181 -27 209 365 511 1169 -134 
599 120 -266 135 310 589 1205 -144 
512 119 -287 -41 333 635 1095 -86 
501 108 288 -145 374 715 1080 
529 77 215 -160 293 812 1271 
540 48 62 -222 349 769 1124 
503 43 -117 -233 332 881 990 
545 49 382 -305 326 793 961 
541 -11 222 -397 335 772 908 
556 39 78 -525 307 837 859 
530 31 -171 467 358 843 904 
599 27 -278 475 299 828 797 
541 32 -291 397 293 812 751 
515 75 -326 309 300 792 734 
564 51 -213 227 257 807 488 
538 95 -8 51 271 730 793 
561 95 67 -99 270 815 709 
591 125 118 -312 271 724 664 
572 159 155 309 259 775 1049 
507 161 293 98 260 732 813 
538 185 367 -179 253 723 795 
532 197 * 570 284 751 820 
576 209 403 235 * 715 879 
 
 115
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 24 
tac24 ts24 550 ts24 825 ts24 1150 tiac24 550 tiac24 825 tiac24 1150 tc24 esc24 
282 39 -399 -142 509 732 778 -55 7,5 
263 5 -308 -190 536 767 988 7 
290 -15 333 -286 515 698 949 -20 
280 -42 319 486 568 726 936 139 
265 -52 250 248 521 773 907 76 
291 -29 242 100 540 755 855 9 
270 5 235 -128 566 762 910 -28 
295 15 135 571 553 731 923 -28 
305 -17 45 244 526 717 944 -131 
259 201 41 27 540 770 937 -31 
308 151 -15 -198 505 753 871 
281 127 -77 292 513 723 880 
290 -118 -85 48 540 646 893 
288 113 -215 -144 530 692 862 
292 -169 -168 -372 503 710 903 
272 -186 -136 472 560 581 874 
286 -171 -53 272 525 649 858 
293 -169 8 6 530 671 845 
307 -193 20 -119 501 570 816 
282 -172 9 -328 500 599 813 
295 -195 75 380 547 505 818 
282 -236 57 200 499 544 853 
295 256 14 48 553 539 798 
280 215 50 -148 508 486 773 
303 158 103 -232 493 509 786 
299 135 89 -434 518 508 791 
308 65 -14 310 505 500 770 
283 46 -55 -22 467 527 765 
295 0 -20 -230 514 476 818 
300 -8 -104 400 473 477 771 
 
 116
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 25 
tac25 ts25 550 ts25 825 ts25 1150 tiac25 550tiac25 825 tiac25 1150 tc25 esc25 
455 67 -144 179 534 818 1076 -22 5 
451 14 11 -61 542 817 1105 -108 
452 14 -49 -146 543 826 1095 -86 
450 60 31 -15 503 843 1083 25 
446 84 21 -45 580 875 1078 36 
454 102 64 53 559 804 1104 59 
441 119 108 39 570 819 1103 46 
432 120 44 -13 545 837 1098 -243 
461 100 16 21 560 806 1085 -22 
461 100 33 35 561 809 1124 -28 
441 102 61 61 572 841 1118 
456 100 49 109 557 822 1059 
454 114 81 43 530 768 1121 
448 90 86 40 562 791 1050 
431 82 84 33 593 813 1133 
463 70 53 -3 582 822 1102 
452 59 60 -17 557 835 1072 
452 82 46 -71 560 845 1155 
448 64 47 33 565 818 1112 
456 62 58 16 562 809 1066 
427 38 14 45 567 820 1105 
458 48 1 6 560 818 1091 
454 4 24 -18 545 825 1114 
438 14 50 -7 572 828 1036 
447 30 52 7 553 888 1088 
458 40 33 34 545 835 1059 
448 64 -14 33 561 797 1085 
444 86 31 43 554 813 1082 
439 98 44 75 559 780 1056 
461 88 * 104 547 824 * 
 
 117
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 27 
tac27 ts27 550 ts27 825 ts27 1150 tiac27 550 tiac27 825 tiac27 1150 tc27 esc27 
663 102 -231 390 499 774 1214 214 2,5 
760 96 -21 356 508 935 1304 116 
837 93 171 210 503 948 1099 -76 
767 177 216 130 527 826 1179 -106 
582 150 263 82 526 746 950 -28 
673 188 199 108 471 767 * 119 
658 120 149 40 514 864 948 18 
638 78 187 64 494 784 1005 93 
705 112 104 -30 499 849 885 84 
658 79 91 17 485 897 1050 118 
656 126 65 30 469 892 929 
625 134 189 96 478 841 * 
690 86 201 124 521 751 860 
597 129 122 192 500 744 908 
650 136 40 80 484 730 939 
869 142 -16 82 473 705 934 
776 111 37 72 464 680 941 
820 84 72 42 503 735 1083 
725 85 49 58 491 744 1082 
803 75 27 76 478 757 1049 
672 69 21 117 479 808 1090 
617 57 -54 160 450 679 989 
821 108 0 174 496 673 984 
729 78 10 186 469 726 977 
679 68 72 88 456 645 1006 
639 0 41 82 454 740 975 
749 63 14 4 472 725 981 
644 106 -23 -108 475 704 950 
639 114 32 -146 469 627 900 
704 129 -30 -56 416 716 1034 
 
 118
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 29 
tac29 ts29 550 ts29 825 ts29 1150 tiac29 550 tiac29 825 tiac29 1150 tc29 esc29 
381 -59 308 -59 568 678 1011 110 5,5 
372 -58 261 -58 545 * 906 13 
372 -50 144 -50 562 793 952 * 
362 -1 * -1 551 790 917 166 
309 102 -71 102 547 751 977 118 
291 106 -155 106 568 736 934 113 
291 80 -236 80 551 777 947 245 
272 91 -325 91 547 736 866 67 
293 66 318 66 549 765 837 -108 
267 86 226 86 543 724 887 -25 
286 134 155 134 556 737 884 
308 114 -69 114 536 732 897 
275 91 -102 91 533 696 832 
291 83 -158 83 534 731 930 
264 98 -220 98 540 664 789 
269 116 -222 116 474 717 798 
265 68 -156 68 551 696 781 
264 64 -235 64 505 696 838 
280 68 -270 68 517 662 847 
257 64 -265 64 510 671 870 
257 80 410 80 535 641 742 
280 78 368 78 524 660 883 
263 91 300 91 540 625 872 
257 72 223 72 517 654 771 
257 78 172 78 486 607 864 
274 124 51 124 505 656 862 
259 110 -76 110 499 675 811 
263 112 -162 112 492 656 856 
234 88 400 88 482 692 801 
278 78 352 78 459 706 797 
 
 119
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 30 
tac30 ts30 550 ts30 825 ts30 1150 tiac30 550 tiac30 825 tiac30 1150 tc30 esc30 
359 -243 356 249 515 808 931 -9 9,5 
360 -217 293 99 545 827 1158 44 
362 177 274 -57 540 810 1099 -139 
349 122 165 -81 518 809 1178 -55 
355 85 88 8 534 858 1111 -97 
346 45 3 32 529 851 1056 -44 
337 5 -19 67 536 810 1073 -5 
335 -45 19 111 511 791 1162 32 
328 -53 34 * 534 813 1082 38 
315 -37 115 -40 507 774 1009 66 
324 -25 69 54 510 788 956 
324 -17 1 135 491 765 978 
326 -9 -28 218 * 774 1002 
324 5 11 51 419 738 1079 
321 15 -4 23 515 787 943 
330 19 47 7 467 726 942 
333 5 12 25 484 822 950 
323 1 1 18 459 781 895 
317 -7 -10 41 465 746 966 
325 -10 19 46 478 776 861 
324 7 42 18 485 799 903 
320 -13 33 -31 478 736 1006 
324 -27 36 -11 479 773 1032 
355 -15 -13 -37 490 732 992 
301 -3 -46 -25 478 677 996 
328 9 -23 -142 481 734 996 
324 -5 -19 -4 465 709 1038 
303 -21 0 -99 488 698 1032 
322 -47 -26 -16 444 759 938 
305 -93 37 -51 483 675 954 
 
 120
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 31 
tac ts31 550 ts31 825 ts31 1150 tiac31 550 tiac31 825 tiac31 1150 tc31 esc31 
485 -142 277 274 605 799 891 -30 8,5 
468 -152 300 280 632 812 1169 44 
481 -162 185 316 625 813 * -20 
488 -149 130 396 641 864 947 99 
469 -161 132 386 648 858 1048 -74 
492 -209 102 392 637 832 * 134 
471 -189 20 363 595 903 1000 -15 
476 -220 0 290 622 826 1118 105 
499 199 -19 268 650 872 1118 34 
491 117 0 162 1143 906 1049 90 
438 111 -27 175 604 883 1096 
442 126 -40 170 624 902 1043 
451 162 -8 222 615 914 1047 
459 97 22 184 620 883 1036 
496 106 25 143 650 923 1036 
470 109 30 123 614 916 990 
487 128 17 124 664 858 917 
482 181 34 27 635 835 1002 
458 91 -11 32 738 871 1068 
488 94 12 76 609 815 929 
483 83 21 64 625 828 890 
458 80 68 66 642 874 947 
461 97 47 * 622 852 950 
461 147 16 52 611 865 972 
456 91 6 59 680 870 927 
452 85 -24 92 595 874 910 
484 67 31 80 612 890 901 
465 44 12 100 575 914 906 
425 53 -1 136 558 899 978 
476 75 66 126 622 923 893 
 
 121
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 32 
tac32 ts32 550 ts32 825 ts32 1150 tiac32 550 tiac32 825 tiac32 1150 tc32 esc32 
345 -70 234 498 1017 948 5 7,5 
320 -145 149 474 1120 1001 42 
332 -189 98 485 1072 946 44 
332 59 39 458 1064 1097 80 
324 79 4 476 1157 1022 -42 
313 45 67 496 1188 1061 -61 
307 48 154 458 1082 916 20 
307 41 237 469 1057 1083 68 
296 41 222 461 1016 900 16 
293 18 239 458 1082 1057 -25 
297 -1 222 452 993 994 
286 29 177 450 950 1240 
282 101 130 423 910 1026 
269 129 145 427 980 1029 
293 157 74 459 987 874 
293 163 67 459 986 970 
274 149 -1 442 925 877 
267 139 -69 417 1076 * 
287 143 94 452 988 1099 
272 111 216 457 1191 938 
257 73 0 454 952 1125 
244 71 19 441 940 917 
278 6 -64 438 1025 1069 
221 11 -155 481 873 891 
265 -39 -28 448 826 1084 
232 -11 31 442 * 933 
257 -76 -26 494 850 1089 
238 25 -113 451 1045 814 
288 -44 78 472 861 980 
279 -73 141 459 1048 846 
 
 122
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 33 
tac33 ts33 550 ts33 825 ts33 1150 tiac33 550 tiac33 825 tiac33 1150 tc33 esc33 
494 -106 6 * 538 757 968 27 8 
459 -152 231 85 560 778 956 -69 
481 -181 -51 132 527 731 985 -192 
410 -216 -236 498 552 784 917 -136 
450 270 -284 112 553 776 1076 -36 
427 233 334 -279 572 755 1093 -174 
425 163 58 -419 571 727 1003 -200 
406 90 374 -432 450 668 1148 -234 
400 45 179 300 620 743 975 -126 
375 -45 308 -135 580 818 1030 -39 
397 -129 17 476 593 1022 1190 
375 -181 194 113 606 817 1011 
396 223 345 566 571 894 1080 
337 173 24 15 582 797 1189 
368 100 139 362 570 969 928 
364 20 268 -110 608 895 1043 
383 -87 352 123 519 848 1009 
381 -124 60 541 612 862 1001 
381 274 109 84 429 899 959 
358 226 100 504 700 927 982 
375 149 125 143 547 864 857 
379 12 185 -212 589 978 1005 
372 -33 411 238 516 841 1012 
347 -92 126 -159 576 893 943 
373 -148 399 308 543 963 944 
410 245 217 -11 595 934 885 
341 145 -89 332 498 1167 844 
374 51 156 -130 618 862 861 
386 53 343 185 511 916 892 
381 -91 20 * 484 901 897 
 
 123
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 34 
tac34 ts34 550 ts34 825 ts34 1150 tiac34 550 tiac34 825 tiac34 1150 tc34 esc34 
398 -52 164 70 523 719 1083 -11 4,5 
389 -36 13 -65 566 755 1124 35 
397 -12 -40 -110 532 790 1143 -78 
376 14 -43 -73 539 748 1082 -33 
377 46 -73 -86 549 749 1152 33 
385 70 -66 -16 565 791 1118 59 
377 64 -76 -12 562 795 1091 -80 
379 54 -93 67 551 772 1044 166 
385 90 -102 125 534 793 1088 -84 
377 100 -67 181 519 801 1144 -28 
370 114 -42 199 528 817 1107 5 
381 110 -25 146 543 784 1140 
368 * 9 6 560 820 1159 
379 * 61 -10 535 765 1096 
360 52 156-30 574 753 1107 
356 25 45 -7 545 764 1202 
359 26 64 -18 549 761 1135 
398 46 63 0 554 768 1178 
372 56 36 62 542 805 1080 
372 64 23 103 566 807 1147 
377 74 -8 132 548 816 1116 
363 78 -7 91 540 795 1116 
384 90 -22 54 547 732 1175 
353 128 -3 47 553 813 1116 
389 140 -10 67 555 723 1154 
362 98 27 62 526 768 1145 
390 78 65 55 555 718 1117 
363 77 69 -15 549 754 1092 
* 83 30 40 541 766 1097 
* 120 29 67 550 739 1043 
 
 124
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 35 
tac35 ts35 550 ts35 825 ts35 1150 tiac35 550 tiac35 825 tiac35 1150 tc35 esc35 
439 142 6 -104 490 909 1131 -103 4,5 
461 84 231 195 517 934 1162 -71 
466 61 -51 314 508 1015 1123 -141 
471 51 -236 257 503 990 1130 73 
488 76 -284 237 494 942 1085 50 
449 92 334 181 479 913 1074 8 
480 101 58 153 494 890 1117 -42 
475 116 374 197 492 872 1100 -128 
453 114 179 263 492 847 1005 -139 
450 100 308 298 525 919 1131 -70 
473 81 17 249 482 944 1078 
468 40 194 231 496 973 * 
458 42 345 133 487 934 949 
443 61 24 162 492 887 1104 
442 47 139 166 505 944 1055 
442 29 268 188 530 875 1125 
439 0 352 193 503 837 1047 
452 19 60 174 494 1074 1012 
448 3 109 150 522 965 1040 
443 -22 100 134 493 912 999 
424 -41 125 146 522 959 1061 
457 -51 185 141 501 908 994 
442 -84 411 191 507 937 954 
446 -121 126 152 498 931 973 
431 -171 399 163 499 926 1024 
431 272 217 241 476 958 935 
446 220 -89 179 535 917 966 
414 116 156 178 482 912 1009 
452 51 343 81 515 945 916 
454 24 20 121 498 879 905 
 
 125
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 37 
tac37 ts37 550 ts37 825 ts37 1150 tiac37 550 tiac37 825 tiac37 1150 tc37 esc37 
408 75 36 171 * 717 942 -191 6 
416 140 -27 457 500 832 863 -76 
389 99 -66 43 536 * 864 -17 
397 51 -153 311 547 754 881 -27 
386 -12 -134 -93 525 * 921 -21 
349 -62 -139 519 518 740 914 -118 
370 -74 -114 329 519 769 890 -44 
341 -82 -19 219 534 730 874 -78 
346 -109 16 5 498 792 870 -56 
345 -127 65 -63 547 735 843 -66 
337 -148 116 -213 511 764 887 
347 271 167 -375 530 * * 
332 210 144 -537 554 677 856 
337 120 103 -545 545 841 883 
312 22 133 -481 525 * 900 
347 -47 153 -457 534 722 824 
320 -84 111 -509 553 746 779 
301 -158 93 -525 * 803 833 
352 221 112 -565 478 828 832 
330 115 47 575 526 782 820 
333 8 10 557 509 * 813 
332 -118 -14 547 * 740 788 
291 170 -36 511 450 737 788 
279 81 -76 451 479 * 826 
301 -18 -126 441 528 694 824 
286 -117 -228 477 492 738 877 
298 -204 384 513 479 * 818 
275 177 297 379 540 669 827 
297 63 222 99 494 686 828 
302 -62 136 -181 490 792 906 
 
 126
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 38 
tac38 ts38 550 ts38 825 ts38 1150 tiac38 550 tiac38 825 tiac38 1150 tc38 esc38 
458 2 -50 504 488 793 1132 132 6 
464 14 -125 345 509 870 1073 -59 
* -14 -169 274 488 843 1072 -318 
402 -16 -244 127 496 889 1019 32 
436 0 -200 40 486 898 1008 -143 
419 -47 -179 -102 503 889 1040 44 
417 -55 -100 -6 485 925 1049 30 
404 -86 -175 52 502 910 1059 6 
* -132 -202 54 * 929 1010 6 
349 -171 -211 65 465 864 945 166 
381 -206 -231 41 492 896 1016 
390 -236 -222 -14 517 861 989 
380 263 -256 -46 498 902 1016 
386 257 -271 -62 * 860 942 
373 184 -275 -86 484 855 1047 
394 119 -255 -167 559 780 931 
365 63 -254 -29 496 852 1023 
356 6 -252 367 520 * 1054 
393 -71 -272 498 489 857 1067 
379 -123 -255 470 468 812 1056 
370 -196 -271 424 529 853 * 
342 233 -307 391 486 845 1007 
* 177 -282 426 471 840 1058 
301 131 -282 386 496 830 1063 
337 73 -277 304 504 809 1091 
358 18 -329 120 499 834 1088 
337 -13 -345 -195 482 824 1027 
351 -126 -313 -308 515 803 1030 
312 -155 -350 -480 507 826 1074 
379 -167 -358 -456 494 847 1083 
 
 127
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 44 
tac44 ts44 550 ts44 825 ts44 1150 tiac44 550 tiac44 825 tiac44 1150 tc44 esc44 
696 * * 29 534 749 * -15 3 
708 * -1 -22 * 799 1039 22 
704 6 -70 -27 497 786 1061 -137 
665 -36 -67 -33 532 770 1108 59 
687 -41 -52 -19 523 815 1038 76 
717 -50 7 -13 547 791 1071 37 
736 -4 2 17 510 790 1032 22 
686 4 47 29 515 749 1064 -52 
723 14 74 45 517 795 1055 -162 
715 16 92 23 506 751 1077 -132 
694 54 103 -29 539 795 1058 
711 60 108 -91 516 758 1074 
744 59 102 -60 503 783 1055 
702 83 99 -30 498 808 * 
725 102 110 -71 490 818 1014 
719 72 79 0 485 867 1017 
730 92 73 5 486 806 1070 
693 64 69 3 473 790 1082 
685 70 51 -11 452 821 1024 
708 * 27 -37 484 771 1027 
694 46 27 -15 * 802 1043 
749 42 28 -43 448 803 1076 
685 22 48 -101 527 770 1036 
706 8 97 -97 490 761 1026 
721 -6 162 -123 484 746 1013 
700 -4 161 -7 469 753 1013 
698 -28 159 -25 482 749 1064 
709 16 170 19 506 749 1034 
725 41 154 -11 491 793 1029 
732 44 123 -1 491 749 1020 
 
 128
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 48 
tac48 ts48 550 ts48 825 ts48 1150 tiac 48 550 tiac48 825 tiac48 1150 tc48 esc48 
830 242 99 -259 524 756 50 -86 6,5 
761 254 74 -40 532 809 1126 81 
746 262 43 148 534 761 1160 -5 
750 248 -45 248 527 757 1118 28 
732 228 -36 134 518 776 1122 15 
741 206 -66 114 509 772 1097 9 
702 160 -91 120 547 779 1120 -2 
753 112 -101 100 540 744 1145 49 
688 74 -155 165 476 776 1154 25 
740 33 -116 110 519 755 1080 -143 
717 -6 -84 119 496 740 1047 
713 -70 -115 82 517 811 1049 
713 -84 -79 64 496 770 1052 
706 -90 -97 38 468 791 999 
713 -130 -75 64 521 744 1103 
692 -112 -138 72 524 727 992 
723 -143 -64 106 515 744 998 
664 -159 0 56 528 706 1023 
759 -148 32 45 551 751 962 
722 -182 16 80 528 709 1017 
611 -190 -21 58 517 704 982 
698 -124 49 0 494 748 1011 
675 -48 58 -15 507 744 1013 
682 10 119 3 520 751 994 
687 66 160 38 515 739 973 
702 94 70 39 499 762 946 
646 90 -24 36 500 773 980 
669 98 -86 67 465 736 1015 
677 72 -68 174 503 780 950 
679 75 -57 162 474 729 1001 
 
 129
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 52 
tac52 ts52 550 ts52 825 ts52 1150 tiac52 550 tiac52 825 tiac52 1150 tc52 esc52 
513 199 -122 69 515 797 1116 56 2,5 
508 103 -100 -61 543 832 1135 -5 
496 47 -30 -141 486 803 1162 -8 
519 7 47 -113 519 812 1141 -26 
484 -1 117 -53 503 853 1124 -38 
521 28 109 282 526 856 1230 -24 
486 59 107 163 505 873 1175 -80 
469 89 108 43 514 851 1137 -46 
484 105 75 -45 531 833 1169 45 
496 89 63 -143 501 843 1158 -34 
491 117 64 -47 534 854 1182 
486 104 35 -27 490 855 1159 
478 63 17 -35 513 844 1132 
469 43 2 -77 513 835 1151 
481 15 -66 -35 512 853 1192 
472 23 -40 -79 * 885 1101 
513 99 11 -55 448 838 1135 
467 71 32 159 530 883 1120 
498 75 39 79 521 893 1125 
484 85 69 37 521 * 1083 
503 67 49 37 520 864 1112 
391 105 35 -49 507 906 1120 
482 93 52 -59 508 868 1080 
480 113 32 -19 * 895 1112 
487 127 28 1 461 854 1125 
490 103 2 45 485 * 1162 
463 71 42 -57 506 839 1123 
513 31 30 -79 * * 1130 
478 9 2 -81 460 826 1075 
490 -27 19 105 499 925 1120 
 
 130
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 54 
tac54 ts54 550 ts54 825 ts54 1150 tiac54 550 tiac54 825 tiac54 1150 tc54 esc54 
454 40 * 46 501 772 921 -122 9 
490 -10 78 -18 545 811 912 28 
389 13 35 -59 507 759 931 * 
436 22 12 -46 526 748 885 -86 
435 62 22 -6 512 764 874 64 
396 71 58 20 487 767 902 -57 
414 88 46 0 543 744 929 18 
387 93 71 12 503 765 877 -89 
398 89 81 -6 498 736 883 -89 
405 86 54 42 507 776 916 24 
414 80 55 32 511 771 * 
388 56 -3 28 505 * 850 
397 40 19 10 494 690 864 
414 -14 10 8 509 765 833 
390 -13 30 19 492 753 901 
407 -36 9 -22 494 742 862 
384 -67 -44 -81 473 733 866 
389 -48 23 -74 508 787 839 
372 -12 30 -12 495 729 830 
406 -49 -1 -4 * 736 814 
399 -28 0 -66 434 769 831 
387 10 20 -66 499 760 774 
378 20 -11 30 484 793 786 
403 28 -23 10 513 709 885 
381 44 1 9 469 719 870 
364 48 -9 8 472 719 822 
387 48 -53 -75 481 713 906 
366 84 -40 -59 484742 832 
368 34 -20 -58 490 762 845 
383 14 75 -115 483 * 845 
 
 131
ANEXO I - Dados brutos. (continuação) 
 
Sujeito 55 
tac55 ts55 550 ts55 825 ts55 1150 tiac55 550 tiac55 825 tiac55 1150 tc55 esc55 
360 33 403 336 * 780 984 * 7,5 
371 76 292 374 540 752 941 -32 
348 146 189 338 595 794 944 -80 
337 188 10 391 596 763 938 -67 
343 188 -145 431 523 772 919 253 
328 237 394 424 547 777 959 70 
332 218 221 446 524 774 921 82 
320 206 98 565 496 749 946 47 
307 190 -1 484 532 738 847 74 
328 152 -154 409 519 737 912 79 
307 98 277 438 505 730 845 
312 46 102 356 532 723 847 
333 7 -79 386 488 713 914 
299 -68 409 390 515 700 846 
309 -120 235 446 484 686 922 
294 -179 40 382 504 645 781 
317 273 -171 242 472 608 793 
301 243 262 170 499 612 813 
302 203 -9 -207 496 635 845 
265 161 356 -361 494 679 786 
283 92 91 531 484 646 766 
293 46 348 396 485 635 731 
259 -25 57 214 470 667 709 
291 -70 348 * 469 704 704 
299 -112 81 -130 498 706 751 
304 -122 -190 -286 457 698 726 
303 -130 249 497 471 729 731 
291 -132 102 372 469 708 720 
311 -100 4 * 448 723 * 
309 -102 -88 * 448 678 * 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 132
ANEXO II – Dados resumidos. 
 
Sujeito GRUPO TIAC TAC TC TS DM HB Equilíbrio 
S-3 TDC 10,0783 8,2641 50,600 0,286606 12,5 5 4,0 
S-4 TDC 13,3500 14,3507 93,500 0,385002 12,5 1 5,0 
S-6 TDC 4,0652 5,8250 85,000 0,226419 11,0 1 7,5 
S-9 TDC 10,6922 8,6571 115,800 0,290974 9,5 0 4,0 
S-10 TDC 4,4363 9,9755 125,700 0,380769 10,0 5 1,5 
S-14 TDC 9,6287 3,8271 99,600 0,385707 5,0 7 2,5 
S-16 TDC 6,6188 12,2662 63,400 0,315654 8,0 7 7,5 
S-18 TDC 5,2876 18,4696 138,440 0,286128 4,0 3 8,0 
S-23 TDC 18,3681 6,9927 125,000 0,516043 7,0 7 4,5 
S-28 TDC 14,1069 13,1143 119,667 0,595293 11,5 6 9,0 
S-36 TDC 6,7658 11,1587 102,400 0,457210 9,5 7 2,0 
S-39 TDC 11,9572 22,1509 82,556 0,468143 1,0 9 8,0 
S-40 TDC 10,9684 7,9051 77,700 0,396994 12,5 1 2,5 
S-41 TDC 6,5720 4,4976 69,300 0,168848 7,0 5 4,5 
S-42 TDC 9,6542 19,9348 80,400 0,256084 8,0 6 2,5 
S-45 TDC 6,6800 6,7546 36,100 0,377641 3,5 7 3,0 
S-47 TDC 9,6704 8,9655 61,800 0,271282 6,0 1 7,0 
S-50 TDC 3,3869 4,3246 181,700 0,255359 10,5 8 8,0 
S-51 TDC 15,7733 4,9155 68,100 0,530971 8,0 2 12,0 
S-53 TDC 7,4359 7,7522 82,000 0,458739 5,5 3 5,0 
S-5 Normal 3,5220 4,6268 48,600 0,222492 5,0 0 3,0 
S-7 Normal 5,0473 7,7935 64,600 0,085413 7,0 0 2,0 
S-12 Normal 5,4247 7,0489 67,100 0,410319 6,0 0 2,5 
S-15 Normal 2,4925 2,1781 62,700 0,161152 0,0 2 3,0 
S-17 Normal 6,3949 4,9791 98,200 0,431255 0,0 1 0,5 
S-21 Normal 5,1357 2,8178 136,222 0,202030 3,5 0 0,5 
S-22 Normal 19,9970 5,5312 147,800 0,458374 3,5 1 1,5 
S-24 Normal 9,6873 4,5975 52,400 0,369171 5,0 2 0,5 
S-25 Normal 2,8108 2,0732 67,500 0,151866 1,0 0 4,0 
S-27 Normal 8,6591 10,8351 97,200 0,264744 0,5 0 2,0 
S-29 Normal 6,6178 13,1681 107,222 0,328530 0,0 3 2,5 
S-30 Normal 6,7764 4,9903 52,900 0,141384 5,0 2 2,5 
S-31 Normal 6,7764 3,8713 64,500 0,299427 3,5 1 4,0 
S-32 Normal 7,9100 10,6519 40,300 0,271596 2,0 1 4,5 
S-33 Normal 10,3025 9,6875 123,300 0,463542 1,0 7 0,0 
S-34 Normal 3,2400 3,3747 55,636 0,166645 2,0 1 1,5 
S-35 Normal 5,0780 3,6816 82,500 0,360547 2,5 1 1,0 
S-37 Normal 5,5112 11,2992 69,400 0,440188 4,0 0 2,0 
S-38 Normal 4,2678 10,3421 93,600 0,464626 3,0 0 3,0 
S-44 Normal 3,6719 2,7276 71,400 0,134927 0,0 0 3,0 
S-48 Normal 8,9460 5,8657 44,300 0,267478 3,0 1 2,5 
S-52 Normal 3,6741 4,9155 36,200 0,189955 0,5 0 2,0 
S-54 Normal 4,2612 6,7229 64,111 0,100538 7,5 0 1,5 
S-55 Normal 8,4380 8,0565 87,111 0,520461 4,0 0 3,5 
TIAC Timing imposto auto controlado (Média do coeficiente de variação) 
TAC Timing auto controlado (Média do coeficiente de variação) 
TC Timing coincidence (erro absoluto) 
TS Timing sincronizatório (% do erro com relação erro máximo possível) 
DM Escore da seção Destreza Manual do MABC Teste 
HB Escore da seção Habilidade com Bola do MABC Teste 
Equilíbrio Escore da seção Equilíbrio do MABC Teste 
 133
ANEXO III – Termo de consentimento esclarecido 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO 
Como parte das atividades acadêmicas do curso de Doutorado em Educação 
Física que realiza sob a orientação do Prof. Dr. Edison de Jesus Manoel na Escola de 
Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo o Professor Luiz Eduardo Pinto 
Basto Tourinho Dantas está desenvolvendo um estudo intitulado “Perfil de crianças com 
Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação em tarefas de timing”, cujo objetivo 
caracterizar crianças com ou sem dificuldades motoras com base em seu desempenho 
em tarefas de timing. 
Inicialmente o aluno (a) fará um teste de coordenação motora, que consiste 
em oito atividades, com a duração aproximada de 25 minutos, listadas a seguir: 1. Mover 
os pinos na tábua; 2. Rosquear um parafuso; 3. Tracejar uma flor; 4. Recepção de bola. 5. 
Arremesso ao alvo; 6. Equilíbrio em uma só perna; 7. Saltitar nos quadrados; 9. Equilibrar 
uma bola. Em um outro momento, ele será submetido a oito atividades rítmicas, 
executadas em uma bateria eletrônica. O horário das atividades sempre considerarão o 
planejamento escolar, de forma a garantir que não haja prejuízo pedagógico para os 
participantes. Os alunos (as) serão convidados a participarem do experimento e lhe será 
garantido o direito de interromper a atividade a qualquer momento, sem a necessidade de 
nenhuma justificativa. Fica garantido a liberdade de, a qualquer momento, V.as. retirar o 
consentimento e deixar o experimento. 
As atividades serão conduzidas por min, Professor Luiz Eduardo Pinto Pasto 
Tourinho Dantas. As informações obtidas são sigilosas e serão utilizadas exclusivamente 
para fins acadêmicos. 
 
Desde já agradeço a colaboração 
Luiz Eduardo Pinto Basto Tourinho Dantas 
Universidade de São Paulo 
 
 
 
 134
ANEXO III Termo de consentimento esclarecido (continuação) 
 
 
 
Autorização 
 
 
 
 
 
Eu______________________________________________, abaixo assinado 
(a), responsável pelo (a) menor ___________________________________, depois de 
devidamente esclarecido (a) sobre os objetivos da pesquisa e ciente das atividades a 
serem desenvolvidas, autorizo a sua participação. 
São Paulo ___/___/___. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 135
ANEXO IV – Roland SP-6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 136
ANEXO V – Área de toque na bateria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 137
ANEXO V - Torre de queda livre

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