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A ESPECIFICIDADE DO PROTOCOLO ERGOMÉTRICO NA DETERMINAÇÃO DOS LIMIARES METABÓLICOS FERNANDO AUGUSTO MONTEIRO SABOIA POMPEU Tese apresentada à Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Educação Física. ORIENTADOR: PROF. DR. PAULO SÉRGIO CHAGAS GOMES Pompeu. Fernando Augusto Monteiro Saboia A especificidade do protocolo ergométrico na aeterminação dos limiares metabóiicos / Fernando Augusto Monteiro Saboia Pompeu. - São Paulo : [s.n.], 2000. xxiii. 274p. Tese (Doutorado) - Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. Orientador: Prof.Dr. Paulo Sérgio Chagas Gomes. 1. Fisiologia do exercício 2. Metabolismo I. Título. ii AGRADECIMENTOS Tese dedicada ao mentor e amigo Dr. Aluysio Soreano Aderaldo Júnior por dispor de uma pequena parte de sua vasta cultura e treinamento profissional para aperfeiçoar este trabalho. Como também, pelo seu empenho na montagem do laboratório de ergoespirometria, sem o qual este estudo não poderia ser concluído. • Agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Paulo Sérgio Chagas Gomes pela valiosa contribuição acadêmica • À minha esposa Claudia A. da Silva Pompeu pela dedicação, colaboração e preocupação com a conclusão deste projeto • Ao prof. Marcelo Neves dos Santos pela colaboração na coleta dos dados • Aos alunos da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro que participaram deste estudo • À Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB/UFRJ) pelo auxílio recebido para viabilizar este projeto. • À Associação dos Amigos do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento do Hospital dos Servidores do Estado na pessoa do Dr. Francisco Sales pelo importante apoio • À Clínica da Dor do Hospital dos Servidores do Estado - R.J. na pessoa do Dr. Marcos Henrique Manzoni pela valiosa colaboração • Ao Instituto de Patologia Clínica e ao Dr. Aloysio Leal Rebello pela dosagem das catecolaminas • À Preciso Ltda pela doação dos reagentes para gasometria e suporte técnico • Aos meus filhos Gilberto, Sunny e Carolina e a minha mãe Anamaria pelo valioso incentivo iii SUMÁRIO Página LISTA DE TABELAS................................................. LISTA DE FIGURAS................................................. LISTA DE QUADROS............................................... LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍMBOLOS LISTA DE ANEXOS................................................... LISTA DE APÊNDICES............................................. DEFINIÇÕES DE TERMOS ADOTADOS................. RESUMO................................................................... ABSTRACT................................................................ INTRODUÇÃO........................................................... OBJETIVO.................................................................. JUSTIFICATIVA......................................................... QUESTÕES A INVESTIGAR................................... DELIMITAÇÕES......................................................... LIMITAÇÕES.............................................................. HIPÓTESES............................................................... Hipótese substantiva................................................. 7.2 Hipóteses estatísticas................................................ REVISÃO DA LITERATURA..................................... 8.1 Introdução.................................................................. 8.2 Degradação e síntese da adenosina trifosfato........ 8.2.1 Etapa extramitocondrial............................................ 8.2.1.1 Glicólise e glicogenólise.......................................... 8.2.2 Etapa intramitocondrial............................................ 8.3 Metabolismo hepático............................................... 8.4 Regulação do metabolismo de carboidratos........... vi x XIII XIV XVII XVIII XIX XXI XXIII 11 42 63 74 85 96 97 97.1 9 118 11 12 12 15 16 28 31 IV 408.5 Tipo de fibra muscular e metabolismo.......................................... 8.6 Tampões fisiológicos e equilíbrio ácido-base............................... 8.7 Transporte do lactato pela membrana plasmática....................... 8.8 Fatores que influenciam a lactacidemia no pós-esforço............. 8.9 Modelos teóricos de limiar anaeróbio........................................... 8.9.1 Limiar anaeróbio de WASSERMAN et aiii (1964)........................ 8.9.2 Limiar anaeróbio de MADER et alii (1976)................................... 8.9.3 Limiar anaeróbio de STEGMANN & KINDERMANN (1982)........ 8.10 Adaptações ao treinamento de endurance.................................. 8.11 Métodos indiretos de inferência dos limiares metabólicos......... 8.12 As principais variáveis metodológicas envolvidas..................... 8.13 Implicações no treinamento aeróbio............................................. MATERIAL E MÉTODOS.............................................................. 9.1 Critério de inclusão e exclusão dos sujeitos............................... 9.2 Testes de esforço......................................................................... 9.2.1 Procedimentos gerais................................................................... 9.2.2 Teste de potência aeróbia máxima............................................. 9.2.3 Protocolo de WASSERMAN et alii (1973).................................... 9.2.4 Protocolo de MADER et alii (1976)............................................... 9.2.5 Protocolo de STEGMANN & KINDERMANN (1982).................... 9.2.6 Cálculo da eficiência mecânica.................................................... 9.2.7 Consumo extra de oxigênio no segundo minuto de pós-esforço 9.2.8 Máximo steady state do lactato.................................................... 9.3 Coleta e análise dos gases.......................................................... 9.4 Coleta de sangue e análise de metabólitos e de hormônios .... 9.5 Delineamento do estudo............................................................. 10 RESULTADOS............................................................................. 11 DISCUSSÃO................................................................................ 11.1 Teste de esforço máximo........................................................... 11.2 Limiares metabólicos................................................................. 11.3 Máximo steady state do lactato.................................................. 44 48 51 60 61 75 84 91 95 104 105 1089 108 109 109 109 111 113 113 114 115 115 115 116 118 120 135 135 141 143 V 14311.3.1 Modelo do AT.................................. 11.3.2 Modelo do/AT................................. 11.3.3 Modelo de 4mM.............................. 11.4 Controle da ventilação.................... 11.5 Controle neuro-endócrino............... 12 CONCLUSÕES................................ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS.......................................... APÊNDICES..................................... 145 147 149 151 153 155 185 242 VI LISTA DE TABELAS Página TABELA 1 - Conversão entre os tipos de fibras no músculo soleus de ratos TABELA 2 - Matriz de correlação entre a porcentagem de fibras de contração lenta e variáveis cardiorrespiratórias............................................ TABELA 3 - Concentração arterial do lactato no pós-esforço (Y) e concentração muscular (X)............................................................ 43 44 59 TABELA 4 - Matriz de correlação entre parâmetros marcadores do limiar anaeróbio........................................................................................ 69 TABELA 5 - Comparação entre métodos de determinação do limiar anaeróbio........................................................................................ 72 TABELA 6 - Confiabilidade eobjetividade dos parâmetros para detecção do limiar anaeróbio.............................................................................. TABELA 7 - Coeficientes de correlação de Pearson entre a velocidade na maratona, velocidade no limiar anaeróbio e quilometragem semanal de treino, com a porcentagem de fibras de contração lenta e com a densidade capilar ................................................... TABELA 8 - Correlações significativas entre atividade enzimática, percentual de fibras lentas, densidade capilar com a velocidade de corrida no limiar anaeróbio (!/«), velocidade de corrida na maratona (VM) e quilometragem semanal de treino....................................... 72 80 80 Erro padrão da medida a 95% de probabilidade (EPM • 1,96) e coeficiente de determinação (R2) calculados para o teste e reteste de diferentes limiares metabólicos....................................................................... TABELA 10- Predição do Vo2 e velocidade de corrida em concentrações específicas do lactato no sangue para 29 (grupo de validação) e 13 (grupo de validação cruzada) corredores de fundo do sexo masculino......................... TABELA 11 - Predição do Vo2 e velocidade de corrida em concentrações específicas do lactato no sangue para 44 (grupo de validação) e 13 (grupo de validação cruzada) mulheres sedentárias..................................................... TABELA 12- Equações de regressão múltipla para a previsão da velocidade de corrida nos 5 km em pista a partir de testes de lactacidemia e de variáveis antropométricas ... TABELA 13 - Medidas e cálculos realizados nos testes escalonados e de carga fixa (retangular)............................................... TABELAM- Delineamento experimental em dois blocos (teste escalonado e teste retangular); três tratamentos (MADER et alii, 1976; STEGMAN et alii, 1981; WASSERMAN et alii, 1973) com 10 repetições (reps) ao acaso............................................................................. TABELA 15- Parâmetros observado durante o teste de esforço máximo............................................................................... TABELA 16- Matriz de correlação entre a carga máxima e a pico observadas nos testes de detecção dos limiares metabólicos....................................................................... TABELA 17 - Matriz de correlação entre o Vo2méx e o pico observadas nos testes de detecção dos limiares metabólicos........ TABELA 9 - 91 101 102 103 118 119 120 121 121 viii TABELA 18- Matriz de correlação entre a freqüência cardíaca máxima e a de pico observadas nos testes de detecção dos limiares metabólicos............................................... Potência aeróbia (L«min'1) e porcentagem do Vo2pico nos limiares metabólicos...................................................... Relação entre o V02 nos limiares metabólicos e o V02máx, eficiência mecânica (E.M.) e consumo de oxigênio no 2o minuto do pós-esforço (EPOC2min), como marcadores da aptidão aeróbia (n = 10)................................................. Potências físicas (watt) médias nos limiares metabólicos observadas retangulares Previsão da potência em watt de um limiar metabólico a partir de outro................................................................ Potências metabólicas (V02) médias em litros por minuto nos limiares anaeróbios observadas nos testes escalonados e retangulares........................................ Previsão da potência metabólica em L*min'1 de um limiar a partir de outro................................................... Freqüências cardíacas (FC) médias em batimentos por minuto nos limiares anaeróbios observadas nos testes escalonados e retangulares............................................ Parâmetros medidos durante os testes retangulares na intensidade correspondente ao AT................................. Matriz de correlação das variáveis metabólicas e funcionais observadas durante o teste retangular no AT. Parâmetros medidos durante os testes retangulares na intensidade correspondente ao IAT................................ 122 TABELA 19- 122 TABELA 20 - 123 TABELA 21 - escalonadostestesnos e 124 TABELA 22 - 124 TABELA 23 - 125 TABELA 24 - 125 TABELA 25 - 126 TABELA 26 - 126 TABELA 27 - 127 TABELA 28 - 128 IX TABELA 29 - Matriz de correlação das variáveis metabólicas e funcionais observadas durante o teste retangular no IAT TABELA 30 - Parâmetros medidos durante os testes retangulares na intensidade correspondente ao 4mM............................... TABELA 31 - Matriz de correlação das variáveis metabólicas e funcionais observadas durante o teste retangular no 4mM.................................................................................... TABELA 32 - Coeficiente de determinação (R), intercepto e coeficiente angular da relação do consumo de oxigênio e quociente respirtáorio com o tempo nos três modelos de limiar metabólico........................................................ TABELA 33 - Parâmetros medidos durante os testes retangulares na intensidade correspondente aos limiares AT, IAT e 4mM.................................................................................... TABELA 34 - Matriz de correlação das variáveis metabólicas e funcionais observadas durante os testes retangulares ... TABELA 35 - Matriz de correlação das variáveis metabólicas e funcionais observadas antes e ao final do testes retangulares, divido pela duração do mesmo................. TABELA 36 - Matriz de correlação entre parâmetros metabólicos, funcionais e hormonais observados nos testes retangulares em variação por minuto................................ TABELA 37 - Correlação produto momento de Pearson obsen/ada para as medidas antropométricas e parâmetros esforço 128 129 129 131 132 133 133 134 medidos 138no máximo X LISTA DE FIGURAS Página Contribuição percentual no total energético liberado dos carboidratos, ácidos graxos livres no plasma sangüíneo e triglicerídios intramuscular, para o exercício no ciclo ergômetro de uma hora, antes e após 12 semanas de treino.................................................................................. Pontos de modulação enzimática...................................... Variação entre indivíduos no transporte do lactato através do sarcolema...................................................................... Estrutura do modelo de distribuição do lactato de ZOULOUMIAM & FREUND (1981a).................................... Fases do tamponamento metabólico e respiratório durante o exercício escalonado segundo o modelo teórico do limiar anaeróbio de WASSERMAN et alii (1990)....................... Limiar anaeróbio individual (IAT) de STEGMANN et alii (1981)................................................................................. Limiar anaeróbio pela deflexão da FC. O ponto assinalado é o momento no teste ergométrico no ciclo, com incrementos de 15 watts por minuto, em que um adulto jovem do sexo masculino atingiu a deflexão da frequência cardíaca.............................................................................. FIGURA 1 - 26 39FIGURA 2- FIGURA 3 - 51 FIGURA 4- 59 FIGURA 5- 65 FIGURA 6- 84 FIGURA 7- 95 XI Diagrama de dispersão, das velocidade obtidas a 4,0 mmol»L'1 de lactato sangüíneo no laboratório (a) e no campo (b) e a velocidade no teste dos 5.000 metros.......... Relação entre intensidade do treinamento e porcentagem do volume total nesta intensidade....................................... FIGURA 8 - 104 FIGURA 9 - 107 Limiar anaeróbio determinado pela técnica do V-Slope (a) e pelo aumento do equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio (WV02), sem 0 aumento do equivalente ventilatório para excreção de gás carbônico (VeA/co2'), Valores observados de um adolescente do sexo feminino submetido ao teste de WASSERMANet alii, 1973................................................................................... Limar anaeróbio de MADER et alii (1976) determinado no teste remo ergométrico de cargas escalonadas com estágios de cinco minutos e pausas de um minuto para coleta de sangue do lóbulo da orelha FIGURA 10- 112 FIGURA 11 - 113 Limiar anaeróbio individual de STEGMANN et alii (1981)... Lactacidemia em função do tempo para 0 indivíduo A.B. nos esforços com intensidade correspondente ao AT, IAT e 4mM................................................................................... Médias e desvios padrões da (a) concentração do lactato no sangue; (b) do pH (c); ventilação e (d) do quociente respiratório em uma hora de pedalagem na intensidade correspondente ao AT.......................................................... Médias e desvios padrões da (a) concentração do lactato no sangue; (b) do pH ; (c) ventilação e (d) do quociente respiratório em uma hora de pedalagem na intensidade correspondente ao IAT.......................................................... 114FIGURA 12- FIGURA 13 - 130 FIGURA 14- 144 FIGURA 15- 146 FIGURA 16 - Médias e desvios padrões (a) da concentração do lactato no sangue; (b) do pH ;(c) da ventilação e (d) do quociente respiratório em uma hora de pedalagem na intensidade correspondente ao 4mM....................................................... FIGURA 17 - Média e desvio padrão da lactacidemia durante o esforço de 60 minutos segundo os limiares AT, IAT e 4mM....................................................................................... FIGURA 18 - Diagrama de dispersão entre a contração de potássio e a ventilação para um indivíduo (D. A.) submetido ao teste de carga retangular na intensidade correspondente ao AT..... 148 149 151 Xlll LISTA DE QUADROS Página Correlação entre limiares lácticos ou cargas em concentrações fixas de lactato com o desempenho em diferentes distâncias........................................................... Reações de degradação extra e intramitocondrial da giicose e seus intermediários............................................ Reações produtoras de ATPs na degradação completa da glicose............................................................................. /?-oxidação de ácidos graxos.............................................. Substratos produzidos pelo metabolismo dos aminoácidos....................................................................... Função do fígado no metabolismo de glicídios, lipídios e protídios................................................................................ QUADRO 1 - 5 QUADRO 2 - 18 QUADRO 3 - 20 24QUADRO 4 - QUADRO 5 - 28 QUADRO 6 - 29 38Moduladores da glicólise................................................... Correlação entre variáveis antropométricas e funcionais de fibras musculares de contração QUADRO 7- QUADRO 8 - e a área rápida......... Conceitos de limiares metabólicos e referências fisiológicas para determina-los........................................... QUADRO 10- Fatores internos e externos que afetam a eficiência na corrida.................................................................................. 42 QUADRO 9 - 61 141 XIV LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS E SÍMBOLOS Ácido graxo livre Análise de variância Limiar anaeróbio Batimentos por minuto Coeficiente de variação Concentração de Dopamina em pg.mL Eletromiograma Erro padrão da estimativa Concentração de epinefrina em pg.mL'1 Limiar de epinefrina Consumo extra de oxigênio no pós-esforço Freqüência respiratória em incursões por minuto Frequência cardíaca em batimentos por minuto Fração de oxigênio no ar exalado Limiar anaeróbio individual Eletromiograma integrado Constante de Michaelis-Menten Concentração do lactato Limiar láctico Máximo steady State do lactato Limiar de norepinefrina Concentração de norepinefrina em pg.mL'1 Não significativo Nível de significância estatística Pressão parcial do gás carbônico em mmHg no sangue arterial AGL ANOVA AT bpm C.V. -1[Dopa] EMG EPE [Epi] EpiT EPOC f FC Fe02 IAT IEMG Km [lac] LT Mssl NepiT [Nepi] n.s. P PaC02 XV Pressão parcial do oxigênio em mmHg no ar alveolar Pressão parcial em mmHg do gás carbônico Pressão parcial do gás carbônico no volume corrente expirado Pressão parcial do oxigênio no volume corrente expirado Negativo do logaritmo decimal da concentração de hidrogênio Pressão parcial do oxigênio no ar inspirado Medida da intensidade em porcentagem da potência aeróbia máxima (V02máx) Débito cardíaco em litros por minuto Coeficiente de correlação produto momento de Pearson Coeficiente de correlação produto momento de Person ao quadrado; coeficiente de determinação Coeficiente de trocas respiratórias Correlação múltipla ao quadrado Coeficiente de correlação múltipla Porcentagem de fibras de contração lenta Porcentagem de área ocupada pela fibras de contração lenta Sistema de transporte de elétrons Erro padrão da diferença entre médias Ciclo do ácido tricarboxílico Volume de gás carbônico exalado em STPD (L«min1) Volume de ar ventilado por minuto medido na exalação (L«min1) Equivalente ventilatório para o gás carbônico Equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio Velocidade máxima de uma reação enzimática Volume de oxigênio consumido em STPD (L.min'1 ou mL.kg'1.min'1) Potência aeróbia máxima ou o mais elevado volume de oxigênio consumido em STPD (L.min1 ou mL.kg'1.min'1), durante o teste de esforço máximo no ciclo ergômetro. Pa02 Pc02 PETC02 PET02 pH Pl02 °/o Vo2máx Q r r2 R R2 Rm % ST % ST área STE Sxy TCAc Vc02 Ve Ve/VC02 Vz/Vo2 Vmáx V02 V02máx XVI Potência aeróbia de pico ou o mais elevado volume de oxigênio consumido em STPD (L.min1 ou mL.kg'1.min'1), durante o teste de esforço escalonado no ciclo ergômetro, para a determinação dos limiares metabólicos. Volume de oxigênio consumido em STPD durante o esforço em steady state Limiar ventilatório Nível de significância menor ou igual à 0,05 Nível de significância menor ou igual à 0,01 Nível de significância menor ou igual à 0,001 VO2pico Vq2SS VT •kk kkk LISTA DE ANEXOS Página ANEXO I - Termo de consentimento e parecer da Comissão de Ética para Pesquisa com Humanos............................................. ANEXO II - Questionário de Stanford para atividade física usual....... ANEXO III - Informações aos avaliados............................................... ANEXO IV - Ficha para avaliação antropométrica ................................ ANEXO V - Ficha para o teste de V02mix................................................ ANEXO VI - Ficha para o protocolo escalonado de Mader................... ANEXO VII - Ficha para o protocolo escalonado de Wasserman......... ANEXO VIII - Ficha para o protocolo escalonado de Stegmann............. 185 187 188 190 191 192 193 194 195ANEXO IX - Ficha para o protocolo de carga retangular ANEXO X - Resultados................................................... ANEXO XI - Tabelas de análise de variância (ANOVA). 196 241 LISTA DE APÊNDICES Página 242APÊNDICE 1 - A validade do monitor de freqüência cardíaca................. APÊNDICE 2 - O método eletro enzimático para análise da lactacidemia APÊNDICE 3 - Pneumotacógrafo e método de análise dos gases......... APÊNDICE 4 - Tratamento estatístico dos dados................................... APÊNDICES- Equilíbrio ácido-base........................................................ APÊNDICE 6 - Arterialização do sangue venoso..................................... 247 253 257 262 267 \1A DEFINIÇÕES DE TERMOS ADOTADOS Durante o teste ergométrico escalonado, é o momento no qual o metabolismo muscular deixa de ser compietamente aeróbio, e passa ser uma mistura aeróbia e anaeróbia. Limiar anaeróbio: Durante o teste ergométrico de cargas progressivas, é o momento ondea taxa de aparecimento e a de desaparecimento do lactato no sangue se eqüivalem. Limiar anaeróbio individual: Durante o teste ergométrico de cargas progressivas, é o momento onde o lactato começa a acumular-se no sangue ou no plasma, em uma função curvelinear. Limiar láctico: Limiar determinado durante o teste esgométrico de cargas escalonadas, por parâmetros ventilátrórios e/ou de trocas gasosas. Limiar ventilatório: Intensidade no teste ergométrico de carga fixa onde a variação na concentração do lactato sangüíneo do 15° ao 60° minuto é menor ou igual a ± 0,5 mmol*L'1. Máximo steady State do lactato: 1o Limiar metabólico: Intensidade no teste ergométrico de cargas progressivas, correspondente ao limiar anaeróbio proposto por Wasserman et alii (1973). 2o Limiar metabólico: Intensidade no teste ergométrico de cargas progressivas, correspondente ao limiar anaeróbio proposto por Mader et alii (1976). XXI RESUMO A ESPECIFICIDADE DO PROTOCOLO ERGOMÉTRICO NA DETERMINAÇÃO DOS LIMIARES METABÓLICOS Autor: FERNANDO AUGUSTO MONTEIRO SABOIA POMPEU Orientador: PROF. DR. PAULO SÉRGIO CHAGAS GOMES Foram sugeridos muitos pontos de referência na curva de lactacidemia como limiares metabólicos. Já que a cinética do lactato é um fenômeno dependente do protocolo, o objetivo deste estudo foi estabelecer o quanto os procedimentos adotados para determinação do limiar anaeróbio {AT), limiar anaeróbio individual {IAT) e ponto fixo de 4 mmol.L'1 (4mM), afetam os marcadores específicos dos metabolismo energético e do equilíbrio ácido-base. Método: Dez sujeitos(3ç e 7 ^ - 23 ± 3 anos, 61,2 ± 15,4 kg, 16,5 ± 8,2 %G e V02máx = 2,8 ± 0,9 L.min1) foram submetidos a três testes no ciclo ergômetro para determinação dos limiares (esc.), e a três nas intensidades fixas e equivalentes aos limiares (ref.). No esc. mediu-se a lactacidemia, a FC, e as trocas gasosas. Estas variáveis e as catecolaminas. pH, pressão parcial do gás carbônico e concentração de bicarbonato padrão, foram medidas em ret.. A ANOVA com duas classificações, com o teste post hoc de Tukey, foi empregada para o confronto entre AT, IAT e 4mM, esc e ret. e interações. O nível de significância aceito neste estudo foi de p <0,05. Resultados: Não houve diferença significativa para a potência em unidades físicas (w) e metabólicas {V02) entre os blocos (esc = 108 ± 44 w ; 1,64 ± 0,95 L.min1 e ret. = 107 ± 43 w; 1.61 ± 0,60 L.min'1), O limiar de 4mM (141 ±48 w; 2,16 ± 1,09 L.mmin'1) ocorreu em XXI1 intensidade mais elevada {AT = 1,28 ± 0,41 e IAT = 1,43 ±.0,41 L.min'1 e AT = 86 ± 33 e IAT = 95 ± 24 w). O modelo do AT apresentou menor quadrado médio dos resíduos, maior relação com outros marcadores da aptidão aeróbia, e menores distúrbios no equilíbrio ácido-base na carga em steady State. Conclui-se que o método do AT apresenta superioridade sobre os demais. Palavras chaves: Limiar anaeróbio, Lactato, equilíbrio ácido-base. xxm ABSTRACT THE SPECIFICITY OF ERGOMETRIC PROTOCOL FOR DETERMINATION OF THE METABOUC THRESHOLD Author: FERNANDO AUGUSTO MONTEIRO SABOIA POMPEU Adviser: DR. PAULO SÉRGIO CHAGAS GOMES Different referenee points have been suggested to determine lactate production as a metabolic threshold. It is well known that laetate production is protocol dependent. Thus, the goal of the present study was to estabiish whether different protocols adopted to determine anaerobic threshold (AT), individual anaerobic threshold (/AT) and fixed 4mM- blood concentration (4mM) affect the metabolic kinetics observed using specific markers of energetic metabolism and acid-base balance. Ten healthy subjects, 3 females and 7 males (mean age = 23 ± 3 years), were submitted to six different ergometric cycle tests (i.e., three Progressive (esc.) and three constant (ret.) workload). A two-way ANOVA with repeated measures were applied to evaluate the differences among the protocols and the metabolic thresholds. Tukey post hoc test was used to distinguish the specific group differences [p < 0.05). The main results showed that 4mM threshold (141 ± 44 w; 2.16 ± 1.09 L»min'1) presented the highest intensities values among the other two protocols, respectively, AT (86 ± 33w; 1.28 ± 0.41 L»min'1) and IAT (95 ± 24w; 1.43 ± 0.41 L*min'1). The AT model presented the lowest mean square residual among the models and the lowest disturbs in acid-base balance. In summary, the AT was super than another metabolics thresholds. Key words: anaerobic threshold, lactate, and acid-base balance. 1 INTRODUÇÃO1 O desempenho humano envolve aspectos psicológicos biomecânicos e fisiológicos. Mesmo com a interdependência de diversas variáveis, é responsabilidade do pesquisador tentar explicar o desempenho atlético. Essa relação entre a performance e suas causas, acaba por ser a informação mais valiosa para preparação e controle do treinamento desportivo, e de programas de exercício para grupos especiais. Exercícios têm sido empregados como parte da terapêutica de cardiopatas, diabéticos e pneumopatas. Por consequência, elevou-se substancialmente a produção de pesquisas na área médica objetivando o condicionamento destes grupos especiais. Com isso, muitos enganos estão sendo cometidos na transposição destes resultados para o treinamento desportivo. Esta distorção poderá ocorrer pelo fato das características metabólicas, fisiológicas e técnicas do atleta diferirem acentuadamente das observadas no sedentário, especialmente naqueles portadores de patologias. Espera-se assim, que sejam desenvolvidos protocolos específicos para avaliação de desportistas. Para avaliação de atletas, JACOBS (1986) recomenda que o teste a ser empregado, deva ter capacidade discriminatória do nível de aptidão, estar relacionado ao desempenho e oferecer informações que sirvam para orientação e controle do treinamento. Hoje podem ser utilizados, testes precisos para avaliação do desempenho de atletas engajados em modalidades esportivas com movimentos cíclicos, e de dominância do metabolismo da fosforilação oxidativa. Esta avaliação geralmente realiza-se segmentando-se o rendimento em potência aeróbia máxima, economia de movimento e curvas de lactacidemia (SJÒDIN & SVEDENHAG, 1985). A potência aeróbia máxima explica até 49 % (r < 0,70) do desempenho em provas de endurance. Porém, segundo SHEPHARD (1992a, p.4), este é um importante parâmetro para a quantificação do potencial atlético. Este autor relata que jovens corredores de provas de longa distância devam ter o V02máx acima de 86 ml_.kg'1.min para possibilitar o sucesso em futuras competições de classe 2 internacional. Em modalidades esportivas como ciclismo ou remo, onde o equipamento apoia o peso do corpo, o V02máx expresso em unidades absolutas tem o papel fundamental na triagem de talentos. No caso dos remadores de alto nível, esta variável atinge valores de 6 a 7 L.min'1. HAGERMAN (1984) relata que o critério de corte para a seleção norte americana de remo é o V, de 4,0 L.min para categoria feminina, e de 6,0 L.min1 para a masculina. O V02máx relativo ao peso 02máx corporal, geralmente é inferior ao observado para atletas de outras modalidades de predomínio aeróbio (= 60 mL.kg"1.min'1), devido a elevada massa corporal destes atletas. Para avaliação dos atletas de endurance, também realiza-se o cálculo da eficiência mecânica. Contudo, este cálculo não leva em consideração o trabalho contra o atrito interno do corpo, o que gera imprecisão nos resultados obtidos (FREDERICK 1992, p.179). A economia de movimento, quantificada pelo V02 em esforços submáximos de intensidades conhecidas, é uma alternativa aceitável ao cálculo da eficiência mecânica. Quando o organismo torna-se mais econômico este consome uma menor quantidade de oxigênio para a produção de ATP em uma determinada carga de trabalho. Este menor desperdício do estoque energético do músculo deve-se ao aprimoramento dacoordenação motora (intra e entre grupos musculares). O cálculo da eficiência mecânica acompanha esta variação. No emprego das curvas de lactato sangüíneo, como terceiro segmento da avaliação funcional, consideram-se as intensidades relacionadas às concentrações fixas de lactacidemia e aos limiares lácticos. Estas variáveis são estreitamente associadas ao desempenho (QUADRO 1). A vantagem destes parâmetros é que podem estar relacionados ao V02máx e à eficiência mecânica. No primeiro caso, como intensidade relativa (%V02máx) e no segundo pela diferença da eficiência mecânica das fibras musculares do tipo I e do tipo II (SJÕDIN & SVEDENHAG, 1985). Esta relação com os outros marcadores da aptidão aeróbia coloca os limiares metabólicos como a melhor opção, no caso da escolha de um único teste para previsão da capacidade atlética. Apesar da facilidade do emprego desta técnica no campo, geralmente as informações provenientes de testes de lactacidemia não são inteligíveis para técnicos e treinadores de equipes. Isto porque existe uma grande 3 variedade de conceitos e protocolos associados à avaliação do lactato sangüíneo e dos limiares metabóiicos (FARRELL, WILMORE, COYLE, BILINC & COSTILL, 1979; 1979; LAFONTAINE, LONDERREE & SPATH,KINDERMANN, SIMON & KEUL, 1981; MADER, LISEN, HECK, PHILIPPI, ROST, SCHURCH & HOLLMANN, 1976; SJÕDIN & JACOBS, 1981; STEGMANN, KINDERMANN & SCHNABEL, 1981; WASSERMAN & McLROY, 1964). Estes diversos marcadores, apontam para diferentes intensidades de esforço como será visto adiante (QUADRO 9). Muitos dos limiares lácticos foram validados empiricamente por sua relação com o mais elevado steady State do lactato, ou com o desempenho em diversas provas de média e longa distância, falta assim, a fundamentação teórica estes conceitos (FARRELL et alii, 1979; KINDERMANN et alii, 1979;para LAFONTAINE et alii, 1981; SJÕDIN & JACOBS, 1981). Para cada novo modelo desenvolvido, foi proposto um teste específico para sua população alvo. Este grande número de protocolos ergométricos impossibilitou o confronto entre os modelos teóricos. Isto porque as curvas de lactacidemia deslocam-se em resposta ao protocolo para o teste de esforço e à medologia empregada para coleta e análise das amostras de sangue (HECK, MADER, HESS, MUCKE, MULLER & HOLLMAN, 1985; YOSHIDA, 1984). Conclui-se portanto, que a determinação de um limiar láctico (LT) obtido por um protocolo ergométrico desenvolvido para outro, pode desloca-lo de sua intensidade característica (POMPEU & GOMES, 1998). A forma de aplicação da sobrecarga, em cada protocolo escalonado, levará ao recrutamento das fibras musculares num padrão específico. Com isso, o momento em que o limiar anaeróbio é alcançado, estarão sendo recrutadas fibras de contração do tipo II, que apresentam predominância do metabolismo anaeróbio. Logo, a norma de recrutamento motor é uma importante variável no deslocamento do limiar anaeróbio de um modelo teórico para outro (KINDERMANN, et alii, 1979; KOMI, ITO, SJÕDIN, WALLENSTEIN & KARLSSON, 1981; SKINER & MCLELLAN, 1980; TESCH, 1980; TESCH & LINDEBERG, 1984). Os limiares metabóiicos com melhor fundamentação matemática e fisiológica (vide revisão da literatura) são; a) limiar anaeróbio de WASSERMAN, 4 WHIPP, KOYAL & BEAVER (1973); b) limiar anaeróbio de MADER et alii (1976) e c) limiar anaeróbio individual de STEGMANN & KINDERMANN (1982). OBJETIVO2 O objetivo do presente estudo, foi determinar se os paradigmas dos limiares anaeróbios propostos por WASSERMANN et alii (1973); MADER et alii (1976) e STEGMANN & KINDERMANN (1982), são predições válidas e precisas do steady State ácido-básico e metabólico durante o esforço contínuo de uma hora, e se O apresentam coincidências em suas intensidades quando determinados através dos seus métodos e protocolos ergométricos. 5 QUADRO 1 - Correlação entre limiares lácticos ou cargas em concentrações fixas de lactato com o desempenho em diferentes distâncias em provas atléticas. Parâmetros Provas Referênciar AT (veI) 5.000 m (t) 10.000 m (t) MATSUURA. MATUSUZAKA, HIRAKOBA & ASANO, 1983 -0,83 -0,85 TANAKA, KUMAGAI, LT(vel) LT(V02) OBLA (vel) OBLA (vel) 10.000 m (vel) 800 m (vel) 1.500 m (vel) 5.000 m (vel) 0,70 YOSHIDA, UDO, IWAI, CHIDA, ICHIOKA, NAKADOMO, & YAMAGUCHI, 1990 0,77 0,85 0,88 SJÕDIN & JACOBS, 19810,96Maratona (vel)OBLA (vel) FÕHRENBACH, MADER, & HOLLMANN, 1987 0,982,5 mM (vel) 3.0 mM (vel) 4.0 mM (vel) 4,0 mM (%vel) Maratona (vel) Maratona (vel) Maratona (vel) Maratona (vel) 0,98 0,98 0,86 SJÕDIN & SVEDENHAG, 19850,65OBLA (vel) OBLA (vel) OBLA (vel) Maratona (t < 2 hs 30 min) Maratona (t < 3 hs) Maratona (t < 4 hs) 0,91 0,96 TANAKA & MATSUURA, 19840,78Maratona (vel) Maratona (vel) LT (ve!) OBLA (vel) 0,68 KUMAGAI, MATSSURA, HIRABOKA, & ASANO, 1982 TAMAKA, MATSUZAKA, -0,95 -0,84 -0,84 AT (Vo2) AT (Vo2) AT (Vo2) 5.000 m (t) 10.000 m (t) 10 milhas (t) HAGBERG &COYLE.19830,95Marcha 20 km (vel)LT (vel) FARRELL et alii, 19790,98OPLA (vel) OPLA (vel) OPLA (vel) OPLA (vel) OPLA (vel) OPLA (Vo2) OPLA (Vo2) OPLA (Vo2) OPLA (Vo?) OPLA (Vo?) Maratona (vel) 19.300 m (vel) 15.000 m (vel) 9.700 m (vel) 3.200 m (vel) Maratona (vel) 19.300 m (vel) 15.000 m (vel) 9.700 m (vel) 3.200 m (ve!) 0,97 0,97 0,96 0,91 0,89 0,91 0,91 0,89 0,85 LAFONTAINE et alii, 19810,84Mssl Mssl Mssl Mssl Mssl 402,3 m (vel) 3.220 m (vel) 8.050 m (vel) 16.090 m (vel) 20,000 m (vel) 0.99 0,99 0,98 0,92 POMPEU, FLEGNER, SANTOS & GOMES, 1997 0,772,0mM (vel-lab) 4,0mM (vel-lab) 8,0mM (vel-lab) 2,0mM (vel-ca) 4,0mM (vel-ca) 8,0mM (vel-ca) 5.000 m (vel) 5.000 m (vel) 5.000 m (vel) 5.000 m (vel) 5.000 m (vel) 5.000 m (vel) 0,79 0,77 0,83 0,90 0.85 Sendo: r- coeficiente de correlação de Pearson, vel = velocidade, t = tempo, AT = limiar anaeróbio. LT = limiar lactico. OBLA = início do acúmulo do lactato no sangue, OPLA = inicio do acúmulo do lactato no plasma, e Mssl = máximo estado de equilibno do lactato, Lab = teste de corrida na esteira ergométrico, ca = teste de corrida no campo, % vel = porcentagem da velocidade e V02 = consumo de oxigênio. 6 JUSTIFICATIVA3 A hipótese da hipoxia tecidual é a explicação mais aceita para a produção do lactato (LEHNINGER, 1991, p.296). Segundo esta, a falha na oferta de oxigênio pelos sistemas cardiovascular e respiratório para o metabolismo celular, levaria ao incremento da formação de ácido láctico e ATP citoplasmático. Porém, até o momento, não há evidências de queda na P02 intramitocondrial. Na verdade, sabe- se que até a intensidade equivalente ao V02máx, onde a lactacidemia atinge concentrações acima de oito vezes a de repouso, a Pq2 capilar é aproximadamente dez vezes a pressão parcial crítica na mitocôndria (STAINSBY, 1986). Desta forma, só uma grande resistência à difusfo do oxigênio tornaria possível aceitar a teoria da anaerobiose. Outro importante argumento contrário à teoria da hipoxia celular é a associação entre a taxa de renovação do lactato (turnover) e o consumo de oxigênio. Estas duas variáveis apresentam incrementos de maneira diretamente proporcional (BROOKS, 1985). O ácido láctico podería ser produzido em conseqüência da maior velocidade das reações metabólicas citoplasmáticas, o que acarretaria no acúmulo de piruvato e de nicotinamina adenina dinueleotídeo reduzida. O acúmulo destes elementos resultaria, pela lei de ação de massas, na formação de ácido láctico (STAINSBY, 1986). Outra explicação possível relaciona-se ao padrão de recrutamento motor uma vez que, as fibras musculares são um continuus de perfis metabólicos e contráteis. As fibras predominantemente oxidativas são recrutadas primeiro durante o esforço de intensidades escalonadas. Depois, somam-se a estas, as fibras de as fibras glicolíticas purastransição oxidativa-glicolítica e posteriormente (HENRIKSSON, 1992a, p.54). É possível que na intensidade onde as fibras de transiçãoiniciem a sua atuação, ocorra o primeiro limiar metabólico, e o segundo aconteça no momento do recrutamento das fibras glicolíticas (SKINNER & MCLELLAN, 1980). Assim, o aumento da atividade do sistema nervoso autônomo simpático poderia ser o elo de ligação entre os limiares lácticos e ventilátorios. O drive ventilatório pode não ocorrer prioritariamente pelo tamponamento dos 7 hidrogênios liberados a partir do ácido láctico. Espera-se portanto, que a alteração da forma de aplicação da sobrecarga, gere um deslocamento dos limiares metabólicos. Este deslocamento já foi observado por HECK et alii (1985) e por YOSHIDA (1984). Uma das formas de estudar a atividade simpática é utilizando-se as catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) como marcadoras. Enquanto que o equilíbrio ácido-base pode ser monitorado pela concentração de bicarbonato. Cabe portanto, estudar a variação intra-individuo da ventilação, da concentração sangüínea do lactato, da epinefrina, da norepinefrina e do equilíbrio ácido-base, aos protocolos e modelos de limiares metabólicos que possuem demonstração matemática e/ou evidências de seus mecanismos fisiológicos. Do ponto de vista prático, o modelo de limiar metabólico a ser empregado deve ser o de menor erro metodológico (menor soma do quadro dos resíduos) e o que melhor represente outros marcadores fisiológicos do condicionamento aeróbio. QUESTÕES A INVESTIGAR4 O presente estudo pretende investigar qual a diferença na potência absoluta e relativa, nos perfis hormonais e metabólicos e na estimativa do máximo steady state do lactato, entre os limiares metabólicos (AT, 4 mmoUL'1, IAJ) quando tratados em seus procedimentos específicos para determinação. Considerando-se os três limiares metabólicos estudados (AT, 4mM, IAT), serão investigadas as questões complementares listadas abaixo: a) Qual a diferença no V02 (L.min1 e %Vo2mix) entre os limiares’ metabólicos quando tratados em seus procedimentos específicos ? b) Qual dos modelos de limiar metabólico que apresenta o menor erro metodológico determinado pela menor soma dos quadrados dos resíduos ? c) Como comporta-se o equilíbrio ácido-base nos três modelos teóricos ? 8 d) Qual a relação entre a potência aeróbia máxima e os limiares metabólicos determinadas pelos três modelos ? e) Qual a relação entre a eficiência mecânica e os limiares metabólicos determinadas pelos três modelos ? f) Qual a relação entre o consumo de oxigênio no pós-esforço (EPOC) e os limiares metabólicos determinados nos três modelos estudados ? g) Existe diferença no nível inicial e na taxa aumento do consumo de oxigênio durante o esforço prolongado nos três modelos teóricos ? h) Existe diferença no nível inicial e na taxa redução do quociente respiratório durante o esforço prolongado nos três modelos teóricos ? i) Como a concentração de catecolaminas no sangue venoso, durante o exercício prolongado relaciona-se com a ventilação e com duração total do esforço ? j) Qual dos três limiares metabólicos que melhor representa o condicionamento aeróbio avaliados por indicadores estatísticos da análise de regressão múltipla (R2 e EPE), considerando-se como variáveis independentes o Vo2máx, eficiência mecânica e EPOC ? k) Qual dos três modelos de limiar metabólico que melhor estima o máximo stedy State do lactato ? DELIMITAÇÕES5 Os resultados deste estudo terão validade para adultos jovens hígidos e não tabagistas, quando testados no ciclo ergômetro e submetidos aos protocolos aqui considerados. Os sujeitos deverão estar adaptados ao ciclo, descansados e no período pós-prandial de pelo menos duas horas, e ainda, não devem fazer uso de medicamentos ou suplementos alimentares. 9 LIMITAÇÕES6 Não foram realizados estudos biomecânicos da perícia técnica dos indivíduos no ciclo ergômetro, sendo empregada apenas o cálculo matemático referente a estimativa da eficiência mecânica. Não foram empregados estudos com biópsia muscular para a determinação da concentração do lactato e outros metabólitos, e da composição de fibras musculares. HIPÓTESES7 As hipóteses substantiva e estatísticas foram apresentadas abaixo, sendo as últimas nas suas formas nulas. 7.1 Hipótese substantiva A hipótese substativa do presente estudo adianta que há coincidências na potência absoluta e relativa, nos perfis hormonais e metabólicos e na estimativa do máximo steady State do lactato, entre os limiares metabólicos (AT, 4 mmoUL'1, IAT) quando tratados em seus procedimentos específicos para determinação. 7.2 Hipótese estatísticas H0i: Não há diferença significativa entre o V02OU % V02máX determinadas para os três modelos de limiares metabólicos. Ho2: Não há diferença significativa entre a soma do quadrado dos resíduos dos métodos que empregam os pontos fixos de 4mM, AT e IAT quando testados em seus protocolos ergométricos. 10 Ho3: Não há diferença significativa entre as correlações múltiplas com o V02más eficiência mecânica e consumo de oxigênio no pós-esforço obtidas nos pontos de 4mM, AT e IAT quando testados em seus respectivos protocolos ergométricos. Ho4: Não há correlação significativa entre as potências obtidas no teste do máximo steady State (estado de equilíbrio) do lactato e aquelas observadas nos métodos que empregam os pontos fixos de 4mM de lactaciderríia, ATe IAT. Ho5: Não há diferença entre os limiares anaeróbios e a cinética marcador de metabolismo lipídico e glicídico (.R). Ho6: Não há diferença significativa na concentração de epinefrina e de norepinefrina durante o esforço retangular na carga equivalente a 4mM, ATe IAT. Ho7: Não há diferenças no equilíbrio ácido-base determinado pelo pH, pressão parcial do gás carbônico e concentração de bicarbonato padrão no limiares anaeróbios durante os testes de cargas fixas. 11 REVISÃO DA LITERATURA8 Introdução8.1 A degradação de carboidratos durante o exercício em condições aeróbias ocorre por reações acopladas. A oxidação de 1 moi de glicose formará 38 moles de ATP, seis de gás carbônico e seis de água, em atividades de intensidade baixa à moderada com duração superior a dois ou três minutos. No esforço de alta intensidade e de curta duração a glicose será fracionada anaerobiamente formando ácido láctico e 2 moles de ATP. A produção de lactato nas cargas submáximas, pode ocorrer pelo déficit de oxigênio decorrente ao atraso dos sistemas circulatório e respiratório em atingir o estado de equilíbrio (steady State) no início da atividade, tornando necessária a produção anaeróbia de energia (ALBERTS, BRAY, LEWIS, RAFF, ROBERTS & WATSON, 1994, p.68-71). O ácido láctico formado em decorrência ao déficit de oxigênio será logo convertido a lactato e próton para o transporte pela membrana plasmática. O próton é tamponado pelo íon bicarbonato, formando ácido carbônico e posteriormente, gás carbônico e água. O aumento da pressão parcial do gás carbônico (Pco2) pode induzir ao incremento da ventilação. Com isso, a elevação da ventilação em resposta a acidose láctica, seria um parâmetro fisiológico de anaerobiose (WASSERMAN et alii, 1973). Alguns autores, como BROOKS (1985) contestam esta teoria. Um aspecto importante a ser considerado, é 0 risco da extrapolação para humanos dos resultados de ensaios com cobaias. Isto porque, ratos apresentam diferenças nas atividades das enzimas do metabolismo da glicose (COGGAN, 1997: NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.363). Contudo, para BROOKS (1991) 0 lactato por apresentar um baixo peso molecular, é um substrato de rápida difusão entre os tecidos. Sendo portanto, transportado pela membrana plasmática por difusão facilitada, e sem a presença da insulina. Este mecanismo pode aumentar a oferta de carboidratos para oxidação em outros sítios, como no miocárdio. fígado, rim e 12 encéfalo. O aumento da produção hepática deste substrato, no início do exercício e no período pós-prandial teria a finalidade de transporte eoferta de carboidratos para o metabolismo celular. STAINSBY (1986) contesta a teoria do déficit de oxigênio pois, a P02 capilar é de oito a 15 torr acima da P02 crítica na mitocôndria durante o exercício de intensidade máxima. Portanto o músculo estará satisfatoriamente oxigenado nesta situação. A produção de lactato ocorrerá em razão da diferença entre a velocidade da via glicoiítica e o ritmo das reações do ciclo do ácido tricarboxílico (TCAc) e do sistema de transporte de elétrons (STE). Isto resultará no transiente elevado de NADH e na formação dõ lactato. Degradação e síntese de adenosina trifosfato8.2 Etapa extramitocondrial8.2.1 A energia dos alimentos é empregada na síntese de adenosina trifosfato (ATP) que posteriormente é utilizada no trabalho biológico. O ATP está presente no músculo numa concentração aproximada de 5 mmol.kg'1 de músculo úmido (GREEN. 1995, p.212). A hidrólise do ATP nas pontes cruzadas da miosina é catalisada pela Esta reação libera energia da ligação do fosfato terminal para que ocorra a tração da miofibrila actina em direção ao centro do sarcômero. O incremento desta tansferência de energia química para mecânica dependerá da intensidade do esforço (McARDLE, KATCH, & KATCH, 1994, p.35). enzima miofibrilar ATPase- > (Eq. D+ H+ADP + PiATP + H20 <6 É relativamente impossível depletar o estoque de ATP em mais de 20 a 25% com o exercício voluntário. A fosfocreatina (PC) é empregada nos primeiros quatro segundos de esforço como tampão energético (NEWSHOLME & LEECH. 1983, p.359). Como a concentração muscular de PC é em torno de 17 umoUg" e a 13 utilização do ATP no esforço máximo chega a 3 pmol.s'1.g'1, são fracionados no máximo 13 qmol.g'1 de PC em aproximadamente quatro segundos. A queda da concentração de ATP e o aumento nas concentrações de [ADP], [Pi] e [H+] estimulam a enzima creatinaquinase para catalisar a reação: CPK (Eq. 2)H+ +ADP + PC ATP + C<■ Posteriormente o acúmulo de ADP estimula a enzima adenilatoquinase que, produz ATP a partir de dois ADPs. > (Eq. 3)ATP + AMP2 ADP <■ AMP + H+ > IMP + NH4 (Eq. 4) A última reação é catalisada pela enzima AMP deaminase e, seus produtos têm papel importante na fadiga muscular (SPRIET, 1995, p.2). No estudo com 31P ressonância nuclear magnética, CHANCE, LEIGH, JUNIOR, KENT & McCULLY (1986) propuseram o aumento na concentração ADP e Pi como reguladores dos intermediários glicolíticos. Para estes autores, no esforço de intensidade baixa a moderada, o aumento do metabolismo mitocondrial compensa a produção de intermediários da degradação anaeróbia da glicose. Porém quando o esforço é intenso há o acúmulo de ADP e de Pj rompendo esse mecanismo, o que causa acidose metabólica e a fadiga. As vias anaeróbias começam a produção de ATP juntamente com o início do esforço (NEWSHOLME & LEECH. 1983, p.362; SPRIET, 1995, p.4). A depleção dos estoques dos fosfagenos é correlacionada (r = 0,88) com a concentração muscular do lactato. Assim como, o déficit aláctico de oxigênio está correlacionada a concentração muscular do mesmo substrato (r = 0,88; KARLSSON, 1971). No repouso a atividade das enzimas glicolíticas, fosfofrutoquinase (PFK) e da frutose bi-fosfatase é baixa. Com a expectativa prévia ao esforço e com o aquecimento, há o aumento da concentração das catecolaminas o que incrementa a atividade destas enzimas. No início do exercício intenso é alta a atividade da 14 provocando a diminuição dos estoques de ATP e PC, e o acúmulo de furtose bi-fosfato. Esta modificação nas concentrações destes miofibrilar ATP asei de AMP, Pi, e substratos, gera um grande aumento na taxa de fosforiiação da frutose 6-fosfato (NEWSHLME & LEECH, 1983, p.362). Na verdade, JACOBS, TESCH, BAR-OR, KARLSSON & DOTAN (1983) demonstraram um aumento na concentração do do nível normal delactato muscular, em aproximadamente cinco vezes acima repouso (4-8 mmol.kg'1), após o esforço supramáximo de 10 segundos no ciclo ergômetro. Neste estudo a concentração muscular do lactato atingiu 46,1 ± 15,2 e mmol.kg-1 após 10 segundos para os grupos masculino e feminino, indivíduos após 30 segundos de esforço 25,2 ± 14,2 respectivamente. Nos mesmos cifras foram de 73,9 ± 16,1 e 47,4 ± 16,1 mmol.kg-1. Quatro minutossupramáximo as após o esforço de 10 segundos, a lactacidemia atingiu valores de 7 a 8 mmoUL-1. MEDBO (1993) estudou o metabolismo do glicogênio em 16 estudantes submetidos aos esforços supramáximo com intensidades que levam a exaustao respectivamente em 30 segundos, um e em dois a três minutos. Observou-se que a maior parte do desaparecimento do glicogênio podia ser quantificado pelo acúmulo músculo (aproximadamente 60%). Neste estudo também pode ser pequena porção do lactato produzido, foi liberado para do lactato no observado que apenas uma corrente sanguínea. No sprint de curta duração, a redução da força é melhor relacionada ao acúmulo de [Pi] e especificamente ao [H2P04], do que ao acúmulo de [H ]. Os resultados de experimentos com músculo de gatos perfundidos, demonstram que a efeito no pico de força tetânica em fibrasacidificação (pH = 6,5) tem pouco musculares do tipo I e do tipo II. A queda do pH pode não ser o fator principal de distúrbios na função mecânica nesta forma de esforço (GREEN, 1995, p.241). 15 8.2.1.1 Glicólise e glicogenólise 0 fracionamento da glicose para geração de energia é quase universal entre os organismos vivos. A divisão da glicólise em aeróbia e anaeróbia é arbitrária, uma vez que o processo é similar diferindo apenas na extensão e no produto finai (MAYES, 1996a, P-176). As 11 reações da glicólise podem ser divididas em duas etapas. A primeira ou etapa preparatória, termina no passo da enzima aldolase e, a segunda ou fase de geração de energia, termina no passo da lactato desidrogenase (CONN & STUMPF, 1980, p.233). Nas células extra-hepáticas, a glicólise inicia-se pela fosforilação da glicose à glicose 6-fosfato. Esta reação é altamente exergônica e tem sua enzima catalítica (hexoquinase) inibida pelo seu produto. A glicoquinase é a enzima análoga no parenquima hepático e nas ilhotas pancreáticas. Porém, a função glicoquinase é a remoção da glicose sangüínea no período pós-prandial (MAYES, 1996a, p. 177). O passo da fosfofrutoquinase (QUADRO 2) é o principal na regulação da taxa glicolítica. Em condições fisiológicas esta reação é irreversível (MAYES, 1996a, p.177). Em animais com deficiência de PFK ocorre uma redução de 50% na capacidade metabólica, redução do diâmetro da fibra muscular, incapacidade de metabolisar a glicose e o glicogênio, redução do quociente respiratório e ausência do lactato. Estas modificações no metabolismo geram intolerância ao esforço (BRECHUE, GRUPP, AMEREDES, 0'DROBINSK, STAINSBY & GARVELY 1994). Numa situação inversa, algumas formas de canceres podem afetar a atividade das enzimas piruvatoquinase, fosfofrutoquinase e piruvato desidrogenase causando fadiga crônica, ou provocando acidose láctica (LEHNINGER, 1991, p.357). Em condições anaeróbias, o piruvato recebe os prótons do NADH formando o lactato. Esta reação pode ser revertida na presença das isoenzimas H- LDH em meio aeróbio. Neste caso os hidrogênios são liberados para mitocôndria pelo sistema lançadeira glicerofosfato, para posterior oxidação no STE. Já o piruvato 16 será conduzido para o interior da mitocòndria, por um transportador da membrana mitocondrial (BROOKS, FAHEY & WHITE, 1996, p.66). A LDH compete com a mitocòndria pelo piruvato, tornando o consumo mitocondrial pouco eficiente. Esta enzima apresenta uma elevada constante de equilíbrio, o que faz com que o ácido láctico seja sempre formado. As suas frações isoenzimáticas cardíaca (H) e muscular (M) diferem quanto à afinidade aos reagentes. A M-LDH apresenta alta afinidade ao piruvato, e tem a atividade biológica mais elevada do que a H-LDH. A segunda isoenzima apresenta afinidade mais baixa para omesmo substrato. A lactatodesidrogenase está distribuída nos tecidos em cinco subunidades, formadas pelos dois tipos básicos (M3H1. M2H2. M1H3. M4 e H4). Como nas fibras musculares do tipo II, a isoenzima M-LDH é preponderante, o lactato será sempre formado, mesmo em condição de normoxia. TESCH (1980) demonstrou que a fadiga observada pelo decréscimo da força é positivamente correlacionada a LDHtotai, (r = 0,96) e a M-LDH (r = 0,76). No mesmo estudo foi observado que a variação no acúmulo do lactato após o esforço, correlaciona-se com a concentração da LDHtotai (r = 0,66) e a M-LDH (r = 0,70) em indivíduos ativos e atletas de endurance. Na neoglicogênese, os passos da hexoquinase, fosfofrutoquinase e da piruvatoquinase são contornados pela glicogênio sintase. Para form&ção de- cada unidade de glicose são necessários seis fosfatos de alta energia e NADs equivalentes a 12 ATPs. 8.2.2 Etapa intramitocondrial O piruvato sofre a descarboxilização na matriz mitocondrial por uma série de reações irreversíveis. Estas reações catalisadas pelo complexo enzimático piruvato desidrogenase produzem [Acetil-CoA], [NADH] e [C02]. O complexo piruvato desidrogenase é composto por três enzimas (piruvato desidrogenase; dihidrolipoamida acetiltransferase e dihidrolipoamida redutase). Essa reação é ritmo limitante para o metabolismo de carboidratos, uma vez que é saturada pelo piruvato (NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.320). 17 A entrada do ácido pirúvico na mitocôndria é mediada por um carreador específico que transporta o ânion piruvato juntamente com um próton, para preservar a neutralidade elétrica desta membrana. Estas reações são inibidas por seus produtos, e ativadas pelo incremento das razões molares entre [Acetil-CoA]/ [CoA]; [NADH]/ [NAD] e [ATP]/[ADP] (MURRAY, 1996, p.182;NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.192). (Eq. 5)CoASH + CH3COCOO + NAD -> CH3COSCoA + NADH + C02 (acetil-CoA)(coenzima A) (piruvato) A molécula de Acetil-CoA entra em um sistema cíclico de reações enzimáticas, o ciclo do ácido tricarboxílico (TCAc). Posteriormente reage com o oxaloacetato para formar citrato. 0 produto desta reação (citrato) é um importante inibidor da enzima fosfofrutoquinase (PFK). A presença do oxaloacetato pode fazer parte do controle da formação de citrato, uma vez o Km deste substrato pela enzima citrato sintase é da mesma ordem de magnitude que a sua concentração na mitocôndria. Porém, até 0 momento, não se sabe se este mecanismo ocorre in vivo (MAYES, 1996d, p.175). Quando o carboidrato de origem for o glicogênio, a glicose 6-fosfato é formada pela reação catalisada pela enzima glicogênio fosforiiase. Neste caso o passo da hexoquinase é contornado, gerando um saldo de três ATPs para cada unidade glicosil. No músculo atividade da fosforiiase é muito mais alta do que a da hexoquinase, isto provoca a entrada na glicólise de mais unidades glicosil oriundas do glicogênio do que da glicose circulante. Na verdade o precursor básico para a produção do lactato durante 0 esforço é o glicogênio muscular, sendo insignificante 0 consumo de glicose sangüínea pelo músculo (JACOBS, 1981). 18 QUADRO 2 - Reações de degradação extra e intramitocondrial da glicose e seus intermediários. EnzimaReaçãoPasso extramttocondrial Hexoquinaseglicose + ATP -» glicose 6-fosfato + ADPD Fosfohexoisomeraseglicose 6-fosfato frutose 6-fosfato2) F osfof rutoquinasefrutose 6-fosfato + ATP -> frutose 1,6-difosfato3) frutose 1,6-difosfato o gliceraldeido 3-fosfato + dihidroxiacetona fosfato Aldolase4) Fosfotriose isomerasegliceraldeido 3 fosfato <-> dihidroxiacetona fosfato5) Gliceraldeido 3-fosfato desidrogenase NAD + Pi o 1,3gliceraldeido 3-fosfato + difosfoglicerato + NADH* + H+ 6) Fosfogliceratoquinase1,3-difosfoglicerato + ADP 3-fosfoglicerato + ATP7) Fosfoglicerato mutase3-fosfoglicerato o 2-fosfoglicerato8) Enolase2-fosfoglicerato fosfoenol piruvato + H2Q9) Piruvatoquinasefosfoenol piruvato + ADP -» piruvato + ATP10) Lactatodesidrogenasepiruvato + NADH* + H+ <-> lactato + NAD11) Intramitocondrial (TCAc) piruvato + NAD + CoA —» Acetil-CoA + NADH" + FT + Complexo piruvato desidrogenase 11) C02 Citrato sintaseAcetil-CoA + oxaloacetato + H2Q -» citrato + CoA12) Aconitasecitrato o aconitato o isocitrato13) Isocitrato desidrogenaseisocitrato + NAD o oxalossuccinato <-» cetoglutarato + C02 + NADHT + H+ a-cetoglutarato + NAD" + CoA —> succinil-CoA + C02 + NADH" + H+ _ succinil-CoA + Pj + ADP o sucinato + ATP + CoA 14) a- Complexo a-cetoglutarato Desidrogenase 15) Succinato isoquinase16) Succinato desidrogenasesuccinato + FAD+ o fumarato + FADH217) Fumarase18) fumarato + H2Q o L-malato ____________ malato + NAD+ o oxaloacetato + NADH" + H" Malato desidrogenase19) Com o intuito de aumentar a concentração de oxaloacetato foi proposto por LANCHA JUNIOR, RECCO, ABDALLA & CURI (1995) a supiementação de aspartato. Este aminoácido poderia via lançadeira aspartato-malato, incrementar a concentração de oxaloacetato. Com isso poderia ser observado um aprimoramento no catabolismo dos carboidratos. Porém, como esta lançadeira não é predominante músculo esquelético (BROOKS et alii, 1996, p.80; MAYES, 1996c, p. 132), os dados deste estudo devem ser analisados quanto à validade do delineamento experimental que os originaram. Na verdade a comparação de 60 médias duas a no 19 nível de significância de p <0,05, possibilita queduas pelo teste t de Student com o hipóteses nulas por bloco, sejam rejeitadas quando são verdadeiras (erro tipo I). O controle do TCAc ocorre nas reações não equilibradas e catalisadas três pelas enzimas piruvato desidrogenase, eitrato sintase, isoeitrato desidrogenase e a- Essas desidrogenases são ativadas pelo cálciocetoglutarato desidrogenase liberado das cisternas terminais durante a contração muscular (MAYES, 1996d, P-175). A enzima isoeitrato desidrogenase que catalisa a reação do isoeitrato para ritmo limitante. Esta tem o ADP comoa-cetoglutarato é um importante passo modulador alostérico positivo. As desidrogenases são ativadas quando a célula apresenta um baixo potencial redox e, inibidas quando este for elevado. O potencial redox é avaliado pela razão [NADH]/[NAD] (BROOKS, 1996, p.71). Os NADH e FADH2 formados no TCAe são conduzidos para o complexo membrana interna da mitocôndria, para que ocorra a fosforilaçãoF, localizado na oxidativa. Na fosforilação, o hidrogênio de alta energia e o seu elétron entram no mover-se da área eletronegativa (NAD+) para áreainício do STE. Estes então, irão eletropositiva (02‘). Ao longo desta cadeia, os elétrons serão retirados e os prótons lado da mitocôndria, onde o pH reduz-se formando umbombeados para o outro osmótico que oferece energia para a fosforilação do ADP. Estapotencial químico e reação é catalisada pela enzima ATPaSe, presente na membrana interna da mitocôndria. Estes prótons ligam-se ao oxigênio formando água. uma vez que necessita dos da disponibilidade de ADP O STE é controlado pelo TCAe, transportadores de elétrons (NADH e FADH2) e consequente à utilização do ATP (BROOKS et alii, 1996, p.89). Existem pelo menos quatro tipos de citocromos que transportam os elétrons pela conversão temporária férrico (NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.115). A seqüência dedo íon férroso à íon oxi-redução e fosoforilação equação abaixo (NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.324). do NADH pelo citocromo* pode ser resumida pela > (Eq. 6)NADH + 2 cÍtosFe3+ + 3 ADP3' + 3 Pi2' + 2 H+ NAD+ +2 citosFe2+ + 3 ATP + 3 H20 <■ 20 No QUADRO 3, pode-se observar as reações da degradação da glicose onde são produzidos ATPs. A gordura é 2,5 vezes mais eficiente, por unidade de peso para a geração de energia, do que os carboidratos. Enquanto que 60% do peso do glicogênio é composto por água, 90% do peso do tecido adiposo é composto pelo triglicerídio (NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.275). Os ácidos graxos que compõem o triglicerídio (1 gicerol e 3 ácidos graxos) possuem de 14 à 24 carbonos, emcadeia linear saturada ou insaturada. A quantidade de ATPs produzida por mol de ácido graxo é grande porque podem ser produzidas mais moléculas de açetil-CoA. O palmitato que é o ácido graxo mais abundante, pode produzir 129 ATPs por mol (BRQOKS et alii, 1996, p.113). Sendo cinco destes, formados no STE para cada um dos sete NADH e FADH2 oriundos da /?-oxidação (7 x 5 = 35 ATPs); 12 para cada um dos oito acetil-CoA oxidados no TCAce STE (8x12 = 96) e, dois são consumidos na fase de ativação (MAYiS, 1996b, P-226). QUADRO 3 - Reações produtoras de ATPs na degradação completa da glicose _ ~~ ^ãcão catalisada por __Método de produção gliceraldeido 3 fosfato desidrogenase fosfoglieerato quinase piruvato quinase " n° ATPsVia 6oxid. 2NADH no STE fosforilaçâo fosforilaçâo Glieólise 2 2 -2consumo saldo 8 TC Ac oxid. NADH no STE idem idem fosforilaçâo oxid. FADH no STE oxid. do NADH no STE saldo 6piruvato desidrogenase isocitrato desidrogenase a-cetoglutarato desidrogenase succinato isoquinase succinato desidrogenase malato desidrogenase 6 6 2 4 6 30 38total As fases do metabolismo dos lipídios sáo (BROOKS et alii, 1996, p.107): a) mobilização - caracteriza-se pela quebra do triglicerídio intramuscular e/ou do tecido adiposo; 21 b) circulação - transporte sangüíneo do ácido graxo ligado à albumina, a partir do tecido adiposo para o músculo; c) consumo - entrada do ácido graxo livre no músculo, provavelmente pelo processo de difusão; d) ativação - preparação para o catabolismo pelo aumento do nível energético do ácido graxo; e) translocação - entrada do ácido graxo ativado na mitocôndria; f) y9-oxidação - catabolismo do ácido graxo à acetil-CoA e; g) oxidação mitocondrial. O melhor marcador para o ritmo da lípólise é a liberação do glicerol. Isto porque, este substrato é apenas produto da lípólise, e não pode ser reutilizado em virtude da inexistência da enzima glicerolquinase no músculo. A concentração de ácido graxo livre não é um bom indicador do metabolismo de lipídios. Uma vez que este ácido está em equilíbrio com a taxa de esterificação do triglicerídio (BROOKS et alii, 1996, p.104; TURCOTTE, RICHTER & KIENS, 1995, p.99). A diferença artério- venosa de ácidos graxos também não pode ser empregada para monitorar a lipólise. Esta limitação deve-se ao fato da principal fonte de ácidos graxos durante o esforço ser o triglicerídio intramuscular (BROOKS et alii, 1996, p.109). A concentração de albumina no sangue determina a capacidade de transporte do ácido graxo livre. Esta taxa de transporte é dependente da razão molar sangue arterial do [AGL]/[albumina] e, da taxa de perfusão do tecido adiposo (MAYES, 1996b, p.224; TURCOTTE et alii, 1995, p. 193). Nas paredes dos vasos capilares de todos os tecidos, especialmente do coração, tecido adiposo e músculos, está presente a enzima lipoproteína lipase. Esta enzima tem a função de retirar da circulação os quilomicrons, e o colesterol de baixa e muito baixa densidade (VLDL, e LDL). Provocando, desta maneira, a síntese de triglicerídio quando ativada pelo aumento da razão [insulina]/[glucagon]. O músculo contem a lipoproteína lipase hormônio sensível (HSL) que é ativada pela queda desta razão (BROOKS et alii, 1996, p.106). No adipócito humano tireoestimulante, e os hormônios das paratireóides são estímulos para a lipólise no isolado, as catecolaminas, o hormônio 22 (TURCOTTE et alii, 1995, p.99). Em ratos a lista de hormônios iipolíticos difere ligeiramente ou sejam: catecolaminas, glucagon, hormônio do crescimento, giicocorticóides, tiroxina, hormônio tireoestimulante, hormônio adrenocorticotrópico e hormônio intestinal vasoativo. Já os hormônios antilipolíticos no homem e no rato são: insulina e as protaglandinas Ei e E2 (NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.348). O estímulo mais importante para a lipólise in vivo são as catecolaminas. No tecido adiposo os receptores ai são inibidores adrenérgicos à lipólise, enquanto que os fit são estimuladores. A insulina tem efeito sobre o primeiro receptor adrenérgico, enquanto que a epinefrina tem sobre o segundo (TURCOTTE et alii, 1995, p.100). O principal fator de controle da lipólise, independente das concentrações hormonais, pode ser a giicemia. A infusão de glicose suprime o aparecimento do glicerol, provavelmente pelo efeito conjunto da glicose, com a insulina por ela induzida. Na situação de hiperglicemia (10 mM) há uma redução aproximada de 32% na taxa de aparecimento do ácido graxo e do glicerol (TURCOTTE et alii, 1995, p. 103). Os ácidos graxos de cadeia longa após sua ativação pela enzima acil- CoA sintetase, são transportados por carreador de membrana para o interior da mitocôndria. Para isso, é necessária a formação de um éster ou ácido graxo com a carnitina, pela reação catalisada pela enzima camitina palmitoiltransferase l, presente na superfície interna da membrana mitocondrial. O transporte do acilcarnitina para matriz mitocondrial ocorre acoplado ao transporte na direção inversa da carnitina. A deficiência desta enzima costuma ser tratada pela administração oral ou intravenosa de carnitina (NEWSHOME & LEECH, 1983, p.265). Os passos do transporte do ácido graxo ativado, para o interior da mitocôndria segundo MAYES (1996b, p.225), ocorre em quatro estágios, ou sejam: 23 1o) reação da acil-CoA sintetase (extra mitocondrial) AGL + CoA + ATP —> acil-CoA + AMP + PP, (Eq. 7) 2o) reação da carnitina palmitoiltransferase I (membrana mitocondrial externa) (Eq. 8)acil-CoA + carnitina —> acilcamitina 3o) reação da carnitina-acilcarnitina translocase (membrana mitocondrial interna) transporte acoplado da carnitna e da acilcamitina 4o) reação da carnitina pamitoiltransferase II acilcamitina + CoA —> carnitina + acil-CoA (Eq. 9) A carnitina aciltransferase I parece ser um importante sítio regulador da taxa total de oxidação dos ácidos graxos. Esta enzima pode ser completamente inibida in vitro por uma enzima ritmo limitante da reesterificação (malonil-CoA). Em ratos a atividade da malonil-CoA é reduzida pelo jejum e pelo exercício submáximo. O aumento da concentração de acil-CoA faz com que a carnitina aciltansferase I tome-se menos sensível à malonil-CoA. Como o treinamento aeróbio incrementa a oferta de ácidos graxos, tanto pelo aumento da capilarização, como pela provável melhora do transporte do ácido graxo da corrente sangüínea para o interior da célula, e pelo citoplasma. Conclui-se que este processo de ativação do carreador da membrana mitocondrial é possível (KIENS, 1997). A p-oxidação (QUADRO 4) é um ciclo de quatro reações que fraciona os ácidos graxos no carbono p. O acetil-CoA produzido por estas reações, pode ser oxidado no TCAc no músculo e rim, ou pode ser usado para síntese de lipídios ou de corpos cetônicos no fígado (NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.267). 24 A potência máxima de oxidação dos ácidos graxos é cerca de 50% da obtida para os carboidratos (HENRIKSSON, 1992b, p.235). Como na via glicolítica. a oxidação de lipídios parece aumentar com o treinamento. OHKUWA. KATO. KATSUMATA, NAKAO & NAYAMURA (1984) compararam três grupos de atletas (oito velocistas, oito fundistas e sete estudantes) após um sprint de 400 m e outro de 3.000 m. A velocidade nos 400 m correlacionou-se significativamente com o pico do lactato sanguíneo nos estudantes (r = 0,76), e nos corredores de longa distância (r = 0,71). Após a prova dos 3.000 m a concentração do lactato não diferiu significativamente entre os três grupos. A concentração do glicerol mostrou-se significativamente mais elevada para os atletas de endurance, apontando para o aprimoramento do metabolismo lipídico. QUADRO 4 - ff-oxidação dos ácidos graxos. EnzimaReaçãoPasso GraxoacilCoA + FAD -> A2-trans-enolil- AcilCoA desidrogenaseD CoA + FADH2 Enoil-CoA hidrataseA2-trans-enolil-CoA + H20 -> 3 hidroxiacil-2) CoA 3 hidroxiacil CoA hidrogenase3 hidroxiacil-CoA + NAD-» 3 oxoacil-CoA3) ((3 cetoacilCoA) + NADH + H AcetilCoA aciltransferase3 oxoacilCoA + CoASH -> acil-CoA +4) acetil-CoA O acúmulo de lactato parece reduzir a mobilização dos ácidos graxos e. aumentar a taxa de reesterificação em cachorros (TURCOTTE et alii, 1995, p.105). Além disto, há uma alta correlação entre o consumo do ácido graxo e a atividade da y^-hidroxil-CoA desidrogenase [r = 0,88), e da taxa de oxidação dos ácidos graxos com a atividade da mesma enzima {r = 0,76). Estes resultados foram obtidos na comparação de uma perna treinada com a outra destreinada, durante um esforço prolongado de extensão do joelho (KIENS. 1997). ZIMMERMANN & SIMON (1997) estudaram a contribuição relativa e absoluta do metabolismo dos lipídios durante o esforço prolongado no ciclo ergômetro. O quociente respiratório foi usado como marcador do metabolismo dos 25 lipídios. A 50% da carga máxima foi observada a mais elevada taxa absoluta (233 kcal), e a 40% a maior relativa (36%), para a contribuição energética dos lipídios no esforço de uma hora realizado por 20 homens treinado. Em um estudo similar, MARTIN III (1997) submeteu um grupo de indivíduos à 12 semanas de treinamento de endurance no ciclo ergômetro. Conciliando as técnicas de radio isótopo ([13C]-palmitato) e da ergoespirometria, observou que o quociente respiratório diminuía de 0,88 ± 0,01 para 0.82 ± 0,01, para uma dada carga absoluta no ciclo ergômetro. Observou também, que não só era reduzida a contribuição dos carboidratos no custo energético do exercício, mas também a dos ácidos graxos livres com o incremento da utilização do triglicerídio intramuscuiar (FIGURA 1). Os corpos cetônicos (3-hidroxibutirato, acetoacetato, e acetona) são produzidos exclusivamente pelo fígado, quando ocorre o metabolismo incompleto dos ácidos graxos (NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.351). Em situações como no esforço prolongado, jejum, reaiimentação após o jejum e no diabetes mellitus, a oxidação dos corpos cetônicos pode ser paulatinamente mais importante em órgãos como o encéfalo, coração e músculos (NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.346). O aumento da oxidação dos corpos cetônicos parece depender apenas da sua concentração no sangue (NEWSHOLME & LEECH 1983, p.284). Durante o esforço, em conseqüência ao seqüestro sangüíneo pelos músculos, pode haver uma menor formação de corpos cetônicos. Após o esforço há o incremento da cetogênese que perdura por horas. Esta “cetose pós-exercício” pode ser parte de um mecanismo de inibição da liberação dos ácidos graxos. Os ácidos graxos em alta concentração no sangue podem ser potencialmente perigosos, pelo aumento do risco de arritmias cardíacas (NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.353). Apesar da importância do metabolismo dos corpos cetônicos no jejum prolongado e no diabetes mellitus, durante o esforço a contribuição energética deste metabolismo é menor que 1 a 2% (TURCOTTE et alii, 1995, p.120). 26 100% - 80% - 60% - 40% - 20% - □ DEPOIS ■ ANTES 0% 1 2 3 Fonte: MARTIN III (1997). FIGURA 1 - Contribuição percentual no total energético liberado do 1 = carboidratos. 2 = ácidos qraxos livres no plasma sanaüíneo e 3 = trialicerídios intramuscular. para o exercício no ciclo erqômetro de 1 hora antes e após 12 semanas de treino. A contribuição do metabolismo dos aminoácidos para produção de energia durante o esforço é de apenas 1 a 15% (GRAHAM, TURCOTTE, KIENS & RICHTER, 1995, p.131; GRAHAM, RUSH & MACLEAN, 1997). Os aminoácidos são compostos por um esqueleto de carbonos, um gurpo amino (NH3), e um grupo carboxil (COO'). Para que o amino ácido possa ser empregado para gerar energia, é necessário que o grupo amino seja removido por deaminação oxidativa ou por transaminação (CONN & STUMPF, 1980, p.384). A deaminação oxidativa é o processo mais importante e ocorre na matriz mitocondrial das células hepática. Esta reação é catalisada pela giutamato deidrogenase (NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.401): (Eq. 10)L-glutamato + NAD(P) + H20 -> a-cetoglutarato + NAD(P)H + NH4 + H A rota comumente empregada é a tansaminação, onde o grupo amino pode ser transferido para o a-cetoglutarato e formar o giutamato. A subseqüente deaminação do giutamato ocorrerá conforme a reação descrita acima. A enzima amiotransferase converte o amino ácido em seu respectivo oxiácido (GRAHAM et alii, 1997). Os aminoácidos que podem ser oxidados no músculo são, alanina, aspartato, giutamato, leucina, isoleucina e valina. Sendo que 60% dos aminoácidos liberados pelo músculo é a alanina e a glutamina. O conteúdo de alanina e 27 glutamina nas proteínas contráteis é menor que 10% (NEWSHOME & LEECH, 1983 p.418). O ciclo glicose-alanina ocorre entre o músculo e o fígado. Neste ciclo a alanina produzida pelo músculo é conduzida pela corrente sangüínea para o fígado onde é convertida em glicose. O piruvato produzido a partir da glicose no músculo é novamente convertido a alanina pela reação catalisada pela enzima glutamato piruvato transaminase (BROOKS et alii, 1996, p. 130; NEWSHOLME & LEECH. 1983, p.420). O músculo libera amônia (NH3) quando contrai. A fonte de amônia é o ciclo das purinas nucleotídeo que produz o IMP a partir do AMP, formando fumarato e amônia (BROOKS et alii, 1996, p.139; GRAHAM, et alii, 1997). A amônia será removida pelo ciclo da uréia no fígado. Porém, após uma hora de esforço o nível da uréia não se eleva, indicando uma pequena participação do fígado nesta remoção. A remoção renal também não parece ser relevante, uma vez que a intensa vasoconstricção renal reduz a produção de urina (GRAHAM et alii, 1995, p.145). Com isso a amônia pode ser removida pela reação catalisada pela glutamina sintetase, ou seja; (Eq. 11)glutamato + ATP + NH3 —> glutamina + ADP + Pi A amônia parece ser liberada de forma acentuada, pelas fibras de contração rápida. A concentração de amônia relaciona-se diretamente à lactacidemia. Isto em diversas intensidades no ciclo ergômetro, para velocistas (r = 0,78) e atletas de endurance (r= 0,82). A amônia acumula-se no sangue em função exponencial e, apresenta um break point à 40-50% do V02máx (ITOH & OHKUWA. 1990). Os intermediários do TCAc produzidos a partir do metabolismo de alguns aminoácidos (QUADRO 5) podem ser oxidados. Para tal, primeiro estes devem ser convertidos à oxaloacetato e, posteriormente a fosfoenol piruvato (fosfoenol piruvato carboxilase). Finalmente, o fosfoenol piruvato será convertido à piruvato pela 28 piruvatoquinase e este, à acetil-CoA pela piruvato desidrogenase (NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.410). O treinamento de endurance reduz a atividade das enzimas citoplasmáticas creatinaquinase, adenilatoquinase e AMP deaminase em 50 a 75%. Porém, há o incremento de três a seis vezes na atividade da glutamato desidrogenase, aspartato aminotransferase, aminoácidos de cadeia ramificada aminotransferase (GRAHAM et alii, 1997). alanina aminotransferase e QUADRO 5 - Substratos produzidos pelo metabolismo dos aminoácidos. Aminoácidos Substratos Arginina, ácido glutâmico, glutamato, histidina e prolina «-cetoglutarato ácido aspártico e asparagina Oxaloacetato Isoieucina, leucina, lisina, feniialanina, triptofano, e tirosina Acetil-CoA Leucina, metionina, tireonina, e valina Succinil-CoA Feniialanina e tirosina Fumarato Glicina Nenhum intermediário do TCAç Triptofano Nenhum intermediário do TCAc e alanina 8.3 Metabolismo hepático O fígado é composto por 50.000 a 100.000 estruturas cilíndricas de 0,8 a 2,0 mm de diâmetro, conhecidas como lóbulos hepáticos. Nesta unidade funcional, o sangue pode originar-se do intestino pela circulação porta ou, da artéria hepática. Na verdade, 29% do débito cardíaco durante o repouso é destinado ao fígado (1.450 mL.min1 - ALBERTS et alii, 1994, p. 1147; GUYTON & HALL, 1996, p.883). O QUADRO 6, resume a função hepática no metabolismo dos três nutrientes energéticos (GUYTON & HALL, 1996, p.885). 29 QUADRO 6 - Funçãodo fígado no metabolismo de glicfdios. lipídios e protídios CarDoidratos Lipídios Protídios Estoque de glicogènio Oxidação de ácidos graxos para suprimento energético Formação de lipoproteínas Deaminação Conversão de galactose e frutose em glicose Gliconeogênese Formação de uréia para remoção de NH3 Formação de proteína plasmática Síntese de grande quantidade de coiesterol e fosfoiipídios Conversão em carboidratos e proteínas Produção de intermediários para o metabolismo de carboidratos Interconversão dos aminoácidos e conversão em outros substratos Durante o esforço, ocorre o incremento da produção hepática de glicose em três a seis vezes a concentração observada no repouso. No esforço prolongado, esse aumento pode atingir de sete a 10 vezes acima do nível basal. Com o incremento da intensidade do exercício, a produção de glicose ocorre linearmente até 50-60% do V, Após esta carga, a elevação passa a ser exponencial, mesmo com a redução do fluxo sangüíneo esplâncno (KJAER, 1995, p.73; SIMÕES, CAMPBELL, KOKUBUN, DENADAI & BALDISSERA 1999). OZmáX' ■ Nas primeiras duas horas de esforço prolongado, o fígado mantêm a glicemia principalmente por meio da glicogenólise. Após este período, o estoque de glicogènio é depletado, e a gliconeogênese passa a ter um papel crucial (DONOVAN & SUMIDA, 1997). O ciclo de Cori tem importância central na gliconeogênese. Neste caso, o lactato produzido durante a atividade muscular é lançado na corrente sangüínea e, transportado ao fígado, onde é reconvertido a glicose (NEWSHOLME & LEECH, 1983, p.205). Na verdade ROWELL, KRAMING II, EVANS, KENNEDY. BLACKMAN & KUSUMI (1966) demonstraram que 46% do lactato produzido é removido pelo fígado em 60 minutos de esforço moderado. No fígado a zona periportal, é rica em enzimas da gliconeogênese e da oxidação. Esta área situa-se ao longo da camada capilar, e recebe um aporte de sangue rico em oxigênio, hormônios e substratos. A zona perivenosa. é rica em 30 enzimas glicolíticas, está localizada distalmente à camada capilar, sendo perfundida por sangue rico em gás carbônico e metabólitos. Assim, o fígado pode ser produtor ou removedor do lactato sanguíneo. Na verdade durante a primeira hora do período pós-prandial, ou quando há carga oral de glicose, a produção hepática do lactato é muito aumentada (WASSERMAN, CONNOLLY & PAGLIASSOTTI, 1991). Durante o exercício o fígado produz lactato na fase inicial, na medida que o esforço se prolonga este passa a consumi-lo. Com isso o balanço hepático do lactato pode inferido pela fórmula: ser NHLB = {(H)(At + PT)} - {(A) AT + (P)PT} (Eq. 12) sendo: NHLB = net equilíbrio hepático do lactato H = concentração na veia hepática A = concentração na artéria hepática P = concentração na veia porta At = taxa de fluxo sangüíneo arterial PT = taxa de fluxo sangüíneo na veia porta A produção hepática de glicose durante o exercício prolongado é 60% determinada pela diminuição da concentração de insulina, e pelo concomitante aumento do glucagon (KJAER, 1995, p.83). A epinefrina pode aumentar esta produção pelo incremento na formação do lactato muscular levando a conseqüente intensificação do ciclo de Cori. A norepinefrina, como marcadora da atividade do sistema nervoso simpático, parece não ter um papel relevante. Em estudos empregaram a desinervação hepática de cachorros (WASSERMAN et alii, 1991) ou, as observações em indivíduos transplantados (KJAER. 1995, p.85), não foi determinada diferença na taxa de gliconeogênese. O cortisol e o hormônio do crescimento podem apresentar um papel secundário na produção de glicose (KJAER, 1995, p.85). que Além do lactato, podem ser precursores na gliconeogênese a alanina a e a glutamina. DONOVAN & SUMIDA (1997) para testar adihidroxiacetona, 31 participação de cada um destes substratos na produção hepática da glicose, comparou dois grupos de animais, após 30 horas de jejum. Para tal, empregaram o exercício contínuo de duas a três horas com intensidade de 65% do V02máx■ No grupo de animais treinados houve o aumento na incorporação de 25% do [14C]-lactato à [14C]-giicose. Assim como neste grupo, houve um aumento no consumo de lactato, na taxa metabólica (V02) e, na produção de 14C02. Os autores observaram também, um aumento na produção de glicose (28%) via ciclo glicose-alanina. A taxa de gliconeogênese a partir do lactato foi o dobro da observada a partir da alanina. A glutamina e a dihidroxiacetona não incrementaram a produção de glicose. O treinamento de endurance não altera o perfil das isoenzimas LDH no fígado. Porém, a área total desta enzima na curva densitométrica é reduzida em 34%. Ocorre a diminuição da Vmáx da LDH em ambas as direções, e a redução do Km da reação do lactato para piruvato. Estas adaptações observadas com treinamento de ratos, apoiam a hipótese do lactato como precursor da gliconeogênese (SUMIDA, FRISEH & DONOVAN, 1995). 8.4 Regulação do metabolismo de carboidratos A taxa da glicogenólise durante o exercício é determinada pelo volume e intensidade da atividade. No esforço intenso, o ritmo de fracionamento é alto. Porém, os depósitos de glicogênio não são completamente depletados. Na medida que o exercício se estende, a glicogenólise diminui. Isto ocorre em parte, pela redução da atividade da enzima glicogênio fosforilase e/ou pelo aumento da utilização de substratos alternativos, como glicose e ácidos graxos (HARGREAVES. 1995, p.41). Em indivíduos glicogênio depletados o nível de piruvato e de lactato diminui, causando uma redução da atividade da PFK. Pode ocorrer também, a redução de intermediários do TCAc, como citrato, malato e fumarato. Isto podería provocar um acúmulo de glicose 6-fosfato (modulador positivo da PFK). Porém, não há evidências deste mecanismo de controle do metabolismo durante o exercício (HARGREAVES, 1995, p.45). 32 Durante o esforço prolongado e/ou após a dieta hiperlipídica, há o aumento da concentração de cittrato que poderá inibir a PFK e consequentemente, reduzir a taxa glicogenolítica (JACOBS, 1981). O aumento da concentração dos ácidos oxidação destes ácidos graxos no sangue, provoca a no músculo e, reduz a utilização da glicose. Este fenômeno é conhecido como ciclo glicose/ácido graxo. Essa relação reciproca começa pelo esgotamento dos carboidratos, gerado pela redução do glicogênio hepático. Como conseqüência, os ácidos graxos são mobilizados do tecido adiposo gerando incremento na taxa de oxidação no músculo, e a concomitante queda na utilização da glicose. Quando o animal é re-alimentado, o quadro se inverte (NEWSHOLME & um LEECH, 1983, p.339). No repouso a enzima para quebra do glicogênio apresenta-se na forma inativa (glicogênio fosforilaseb). Durante o exercício, esta é ativada por uma série de mecanismos de conversão para a isoenzima glicogênio fosforilasea. O aumento na concentração de cálcio no citoplasma, durante a contração muscular, ativa a fosforilasequinase que catalisa a conversão da glicogênio fosforilase inativa para ativa. O aumento da concentração de AMP, ADP, IMP e Pi durante o exercício intenso também ativa a glicogênio fosforilaseb(HARGREAVES, 1995, p.46 ). As catecolaminas (dopamina, norepinefrina e epinefrina) são substâncias que possuem um anel catecol de seis carbonos com dois grupos hidroxilas adjacentes e um grupo amina. Estas substâncias são sintetizadas nas terminações sinápticas, e nas glândulas adrenais, a partir do aminoácido tirosina (GUYTON & HALL, 1996, p.772). As catecolaminas têm um importante papel no controle da homeostase durante o exercício. Estas aminas atuam sobre o metabolismo (mobilização e utilização de substratos), coração (efeito cardio-acelerador), e vasos de resistência e de capacitância (seqüestro sanguíneo para musculatura ativa). O papel destes hormônios depende do receptor de membrana celular (VANDER, SHERMAN & LUCIANO, 1994, p.282). A razãoentre norepinefrina e epinefrina no plasma sangüíneo não se altera com o esforço, mantendo-se respectivamente em 4:1. A norepinefrina é um 33 marcador da atividade do sistema nervoso autônomo simpático, uma vez que é liberada nas sinápses deste sistema. A epinefrina é produzida e liberada pelas medulas das glândulas adrenais sob a ação da estimulação simpática. Nestas glândulas 80% das catecolaminas são compostas pela epinefrina e, o restante pela norepinefrina. A norepinefrina tem importante papel no controle agudo do exercício de curta duração. Já a epinefrina torna-se paulatinamente mais importante para manutenção da glicemia com a continuidade do exercício. A meia vida das catecolaminas é de dois a três minutos (MAZZEO, 1991). Uma importante adaptação crônica ao exercício de endurance é a redução da concentração das catecolaminas no repouso e no esforço submáximo. Há também, um aumento na atividade da enzima tirosina hidroxilase que é catalisadora da formação de epinefrina. A concentração elevada de epinefrina produzirá o incremento da glicogenólise muscular e da produção de lactato. Isto porque a epinefrina ativa a enzima glicogênio fosforilaseb para a forma glicogênio fosforilasea, desviando o metabolismo para o carboidrato intracelular (MAZZEO, 1991). A atividade da fosforilase não parece ser afetada pelo estoque muscular de glicogênio (JACOBS, 1981). Em um estudo, MAZZEO & MARSHALL (1989) buscaram examinar a relação entre a concentração do lactato e a das catecolaminas plasmática durante um teste de esforço com intensidades escalonadas. Para tal, seis corredores de cross-country e seis ciclistas foram submetidos a dois protocolos ergométricos com estágios de três minutos, realizados no ciclo e na esteira. Para a determinação do limiar ventilatório (VT) empregou-se o equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio (Ve/V02), sem o incremento do equivalente ventilatório para a excreção de gás carbônico (l/e/VCoz) e, a quebra da linearidade do incremento da ventilação minuto (VE). Para a determinação do limiar láctico (LT) empregou-se o aumento não linear da relação entre a concentração do lactato com a potência aeróbia. A quebra da linearidade da concentração de epinefrina (Epi-T) e da norepinefrina (Nepi-T) foi empregada como critério de limiar de catecolaminas. A epinefrina apresentou em todos os testes, um ponto de inflexão na mesma intensidade que o limiar láctico. As respostas da epinefrina foram altamente correlacionadas com a do lactato (r = 0,97). 34 Para cada carga de trabalho, a norepinefrina apresentou uma concentração cinco vezes maior à da epinefrina, sendo também correlacionada ao limiar láctico (r = 0,98). Observou-se também, que os limiares de catecoiaminas e o limiar láctico deslocam-se na mesma direção e magnitude em conseqüência a especificidade do movimento. WELTMAN, WOOD, WOMACK, DAVIS, BLUMER, ALVAREZ, SAUEL & GAESSER (1994) repetiram o estudo acima com 10 remadores avaliados no remo ergômetro e na esteira. O limiar láctico foi abaixo do limiar de epinefrina e ao da norepinefrina, tanto na corrida como no remo ergômetro. A correlação entre os limiares nos dois ergômetros foi baixa (LT X NepiT, r = 0,71; LT X EpiT, r = 0.44; EpiT x NepiT, r = 0,49). Os resultados de WELTMAN et alii (1994) apoiam a hipótese que a acidose láctica causa os limiares de catecoiaminas. No estudo de CHICHARRO, LEGIDO, ALVAREZ, SERRATOSA, BANDES & CAMELLA (1994) não houve diferença significativa entre os limiares láctico, ventiiatório, de catecoiaminas e de sódio e cloro na saliva. Os autores estudaram a participação do sistema nervosos simpático nos limiares, através de sua influência na atividade das glândulas salivares. O limiar anaeróbio determinado pela concentração de eletrólitos na saliva foi bem correlacionado com o limiar láctico, tanto quando este é expresso pelo V02 relativo ao peso corporal (r = 0,82) como quando expresso em porcentagem do máximo (r = 0,77). Em relação ao limiar de catecoiaminas a correlação foi ligeiramente mais baixa ( %V02máX, r= 0,75). O limiar láctico e o limiar de catecoiaminas estavam fortemente correlacionados (r= 0,84). PODOLIN, MUNGER & MAZZEO (1991) estudaram a influência da depleção do glicogênio sobre os limiares láctico (LT), ventiiatório (VT), de epinefrina (Epi-T) e no de norepinefrina (Nepi-T). Assim, nove homens jovens foram submetidos ao teste escalonado no ciclo ergômetro na situação controle e na de depleção do glicogênio. Os autores observaram a diferença significativa do VT com o LT na situação experimental. Os LT, Epi-T e Nepi-T deslocaram-se para uma carga mais elevada com a redução do estoque do glicogênio. No esforço máximo houve a redução da concentração do lactato, da epinefrina e da norepinefrina. 35 Observou-se também, elevadas correlações significativas entre as concentrações plasmáticas do lactato e da epinefrina (r- 0,964) ou da norepinefrina (r= 0,965), Quando o sujeito é submetido a condição de hipoxia, como numa câmara hipobárica, o lactato aumenta de forma significativa com a duração do esforço (BOUISSOU, GUEGENNEC, DELER & PESQUIES, 1987). Este incremento da lactacidemia pode ser causado pelo aumento da concentração das cotecolaminas que também elevam-se com a duração do esforço. BROOKS, BUTTERFIELD, WOLFE, GROVES, MAZZEO, SUTTON, WOLFEL & REEVES (1991) submeteram 7 homens jovens ao exercício com carga retangular (50% V02miX) ao nível do mar e a 4.300 m de altitude. Os autores observaram uma alta correlação entre a taxa de aparecimento do lactato com a concentração de epinefrina (r = 0,99). Não foi observada porém, correlação significativa entre a Pco2 arterial e a concentração de lactato. Conclui-se então, que a hipoxia estimula a liberação de epinefrina que provoca uma aumento na taxa de glicogenólise e de glicólise. A aclimatação aumenta a oxigenação arterial que por sua vez, reduz a produção de epinefrina e a concomitante produção do lactato. Durante o repouso com infusão de epinefrina, há o aumento da glicogênio fosforilasea. Contudo, a glicogenólise não se intensifica, uma vez que não há alteração no estoque dos fosfagenos (HARGREAVES, 1995, p.52; KARLSSON & SALTIN, 1970). TURNER, HOWLEY, TANAKA, ASHRF, BASSET JUNIOR & KEEFER (1995) estudaram a influência da infusão de epinefrina durante o esforço de carga contínua. Neste estudo, oito sujeitos foram submetidos ao teste de carga retangular por 30 minutos e, com intensidade de 20% inferior ao V02 no limiar láctico. O grupo que recebeu infusão de epinefrina demonstrou elevada concentração do lactato sangüíneo do 5o ao 15° minuto. Após este tempo, a diferença com o grupo controle não era significativa. Foi também observado no grupo que recebeu a infusão, uma correlação mais elevada entre o lactato e a epinefrina (r = 0.72), em comparação com o grupo controle (r = 0,42). Os autores concluíram que a concentração de epinefrina provavelmente não é o único fator causai do limiar láctico. Noutro estudo. (SCHUETZ, TRAEGER, ANHAEUPL, SCHANDA. RAGER. VOGT & GEORGAFF, 1995) sete ciclistas foram submetidos, primeiro a um teste 36 escalonado para identificar o limiar anaeróbio individual (IAT) e, posteriormente a uma carga retangular de 90 minutos a 80% do IAT. Os autores observaram o aumento da frequência cardíaca, da concentração de norepinefrina, de epinefrina, de insulina, glucagon, da produção hepática de glicose e dos //-receptores nos linfócitos. Observaram também, uma redução da taxa de turnover da alanina e da leucina. O principal achado deste estudo, foi o aumento de 100% na concentração de //-receptores com o esforço prolongado. Este efeito pode explicar porque os estudos com infusão de epinefrina não obtiveram sucesso em aumentar significativamente a produção hepática de glicose. A glicólise parece ser controlada pelos receptores //2 e a lipólise pelos /// (BROOKS etalii, 1996, p.152). O aumento da secreção de epinefrina gerada pela estimulação simpática, atua nas células a do pâncreas induzindo a produção de glucagon, que conjuntamente estimulam a glicogenólise hepática e muscular em ratos (BROOKS et alii, 1996, p.191). O incremento da glicogenólise ocorre por intermédio do sistema do AMPC. Este sistema é modulado pela enzima adenilciclase a partir do ATP. A enzima adenilciclase é ativada pelas catecolaminas agindo nos receptores //-adrenérgicos da membrana plasmática. A enzima fosfodiesterase remove o AMPC, para manter o fluxo normal desta adenosina (MAYES, 1996e, p. 187). LAMONT, ROMITO, FINKELHOR & KALHRAN (1997) estudando o efeito da administração de antagonista //-adrenérgico específico (//;) e não específico (/?,, //2) sobre o metabolismo, observaram redução: do VW>x, na carga máxima, na concentração de ácidos graxos livre (apesar do R não ser alterado), na taxa metabólica em repouso e na fase lenta do EPOC. A concentração de epinefrina liberada pela glândula suprarrenal aumenta curvilineamente com a carga de trabalho (MAZZEO & MARSHALL, 1989). Este hormônio ativa a glicogênio fosforilase até em fibras musculares que não participam diretamente da atividade. Assim, há o aumento da lactacidemia. Este aumento teria o papel de fornecer substrato para oxidação e/ou para neoglicogenese. Porém, estudos com humanos usando //-bloqueadores têm demonstrado resultados 37 conflitantes, uma vez que esta droga afeta também, o metabolismo iipídico, o fluxo sangüíneo local e o débito cardíaco. O mecanismo ergogênico da cafeína é semelhante ao da suplementação de carboidrato. uma vez que reduz a degradação de glicogênio muscular. Mas neste caso, há o aumento da concentração e oxidação do AGL e do triglicerídeo intramuscular. Esta substância além de reduzir a atividade da glicogênio fosforilase, inibe a glicogenólise pelo aumento da concentração de citrato e da razão [Acetil- CoA]/[Aceitl] (HARGREAVES, 1995, p.48). Com o objetivo de examinar o efeito da ingestão de cafeína na determinação do VT e do LT, BERRY, STONEMAN, WEYRICH & BURNEY (1991) submeteram 10 homens ao teste ergométrico de esteira, segundo o protocolo de DAVIS, VODKA, WILMORE, VODKA & KURTZ (1976). Quarenta e cinco minutos antes do teste, o indivíduo ingeria uma cápsula que podería conter 7,0 mg.kg'1 de cafeína ou de placebo. No esforço máximo, não houve diferença significativa entre os grupos experimental e placebo, nos critérios de V02, VCo2, R, VE, FC e concentração sangüínea do lactato. O VT foi observado numa carga significativamente mais elevada do que o LT no grupo experimental. Os autores concluíram que a ingestão de cafeína pode retardar a cinética da ventilação. BANGSBO, JACOBSEN, NODBERG, CHRISTENSEN & GRAHAM (1992) testaram a hipótese que a ingestão habitual de cafeína combinada ao exercício, pode resultar em adaptações metabólicas que facilitem a oxidação de gorduras. Para tal, foram sujeitos deste estudo 12 corredores de longa distância, sendo uma metade no grupo experimental e a outra no controle. O grupo experimental ingeria cinco tabletes de 100 mg de cafeína, 30 minutos antes da prática diária de exercício. O consumo de cafeína perdurou seis semanas. A ingestão aguda de cafeína aumenta a concentração de epinefrina e o metabolismo de lipídios. Após o uso crônico, o aumento da concentração da epinefrina induzido pela ingestão de cafeína ou pelo exercício foi menor. Não foi observado evidência de que haja adaptações enzimáticas no músculo com o uso crônico da cafeína. Se empregada a suplementação de carboidratos durante um exercício com repetições de intensidade correspondente a 100% do V02mix, ocorrerá uma 38 redução da depieção do glicogênio muscular, pela sua provável ressíntese nas fases de recuperação. Porém, se a suplementação for empregada no exercício contínuo a 75% do V02m,íx, observa-se a poupança dos estoques do glicogênio muscular e o incremento do desempenho. Este efeito ergogênico deve associar-se à manutenção da giicemia e oxidação de carboidratos, quando o nível de glicogênio muscular for baixo. A hiperinsulinemia irá provocar uma rápida queda da giicemia durante o exercício, o que provocará um aumento da degradação do glicogênio muscular. Nesta situação, ocorrerá também a inibição da lipólise pela redução da concentração de ácidos graxos livres (AGL) no plasma (HARGREAVES, 1995, p.52). Finalmente, as condições ambientais de hipoxia e de estresse térmico afetam a glicólise e a glicogenólise. Nestas situações ocorre um incremento do transporte de glicose pela membrana celular e de seu consumo. Isto provavelmente pela liberação de epinefrina e, no segundo caso, pelo efeito Q10 sobre as enzimas giicogenolíticas (BROOKS et alii, 1996, p.17). QUADRO 7 - Moduladores da olicólise EstimuladoresEnzima Inibidores ADP, Pj, AMP,NH4, tpHFosfofrutoquinase (PFK) ATP, CP, citrato Piruvatoquinase ATP, CP Hexoquinase (HK) glicose 6-fosfato Lactatodesidrogenase (LDH) ATP A FIGURA 2 ilustra pontos de regulação da glicólise, tanto na fase citoplasmática como na mitocondrial. 39 Glicose + Pi Hexoquinase i glicose 6-B fosfoglicoisomerase i frutose 6-P fosfofrutoquinase + i rutose 1,6 diP i i PEP ATP PC piruvatoquianase + ADP Pimvato acetil-CoA i Oxaloatetato isohitatrto Ca+Malato ADP t t NAD/NADH 2-oxoglutaratoFumaráto Ca* ATP t NAD/NADH t CoASH/succinil CoA sucmato ssuc FIGURA 2 - Pontos de regulação enzimática 40 8.5 Tipo de fibra muscular e metabolismo As fibras musculares apresentam distintas propriedades mecânicas e metabólicas. Geralmente estas são classificadas em grupos relativamente homogêneos, caracterizados como de contração rápida ou lenta. As técnicas empregadas para determinação destes grupos, podem envolver procedimentos histoquímicos ou imunocitoquímicos (BROOKS et alii, 1996, p.340). As fibras de contração lenta ou do tipo I, são aquelas que demoram de 80 a 100 • 10"3 segundo para atingir a tensão máxima. Já as fibras de contração rápida, demoram apenas 40 • 10'3 s. A concentração da enzima miofibrilar ATPaSe na proteína miosina pode ser limitante para a velocidade do encurtamento. Assim, incubando-se a fibra muscular em solução com pH de 10,3 ocorrerá a perda de atividade desta enzima nas fibras tipo I. Com isso, o corante para a miofibrilar ATPase na fibra do tipo II fica intenso. Este quadro será invertido quando o músculo for incubado no pH de 4,3 (ASTRAND & RODAHL, 1992, p.34). As técnicas imunocitoquímicas são empregadas para determinar as subpopulações das fibras do tipo II (lla, llbe llc-BROOKS et alii, 1996, p. 341). Para uma estimativa da composição de fibras rápidas e lentas de um indivíduo, geralmente coleta-se uma amostra de 10 a 100 mg do músculo vasto lateral (WILMORE & COSTILL, 1994, p.33). Este grupo muscular apresenta em indivíduos não atletas, a razão de 1:1 para fibras lentas e rápidas (KOMI, 1984). As fibras musculares apresentam características metabólicas compatíveis com as mecânicas. A fibra do tipo I tem predomínio do metabolismo oxidativo. Assim apresenta: a) alta concentração e atividade das enzimas do TCAc, yS-oxidação e do STE; b) grande densidade mitocondrial e capilar; c) motoneurônio pouco calibroso a ela associado; d) gera pouca força por unidade motora; e) resiste a fadiga. Já as fibras de contração rápida do tipo llb são tipicamente glicolíticas. apresentando: a) grande atividade das enzimas deste metabolismo (como PFK, e M-LDH); b) motoneurônio de grande calibre em sua unidade motora; c) capaz de gerar muita força por unidade motora. As fibra rápidas do tipo lla são as chamadas fibras 41 glicolíticas e oxidativa, ou fibras de transição. Finalmente as do tipo llc são fibras embrionárias não diferenciadas que perfazem aproximadamente 1% do total de indivíduo normal (ASTRAND & RODAHL, 1992, p.36; WILMORE &fibras no COSTILL, 1994,p.36). A atividade das enzimas glicogênio fosforilase e da fosfofrutoquinase nas fibras do tipo I, é respectivamente de 40 e 50% da observada para as fibras do tipo II Com isso a degradação do glicogênio é significativamente mais rápida nas fibras do tipo II. Essa diferença no ritmo pode ser reduzida pela ação da epinefrina sobre as fibras de contração lenta. Este hormônio porém, tem efeito limitado sobre as fibras do tipo II (VOLLESTAD, TABATA & MEDBO, 1992). A atividade da cálcio também é maior nas vesículas isoladas do retículo sarcoplasmático das fibrasATP do tipo II. Isto ocorre em parte porque, há menos sítios de transporte do íon cálcio na ase fibra de contração lenta (RALL, 1985). A força máxima de um músculo é determinada pelo o conteúdo de actomiosina por área de corte transverso. Ou seja, o número de pontes cruzadas, ou sítios de geração de força por área. Os filamentos com mais pontes cruzadas em paralelo, são capazes de uma maior geração de força por área seccional (RALL, 1985). Apesar disto, observa-se uma ligeira correlação positiva entre o percentual de fibras rápidas e a força isométrica máxima. Em levantadores de peso, a razão entre as fibras rápidas e lentas é de 1,2 a 1,3. Esta razão em atletas de endurance é sempre menor do que 1,0. Atingindo valores de 0,45 em corredores de longa distância (KOMI, 1984). MERO, JAAKOLA & KOMI (1991) estudando dois grupos de atletas predominância de fibras rápidas ou lentas, puderam observar um grande número de variáveis associadas a área ocupada pela fibras musculares do tipo II (QUADRO 8). Neste estudo a distribuição percentual de fibras do tipo II era correlata apenas a velocidade de reação ao estímulo luminoso. Segundo TESCH (1980) o declínio do torque pico após 50 contrações é positivamente correlacionado ao percentual de fibras de contração rápida {r = 0,43 a r = 0,61) e a área percentual das fibras do tipo II (r = 0,40 a r = 0,58). A fadiga determinada pelo decréscimo da força é correlacionada a LDHtotai (f ~ 0,96) e a com 42 isoenzima M-LDH (r - 0,76). Outra importante associação entre o desempenho composição de fibras musculares, é a relação entre o tempo de contração isométrica a 50% da força voluntária máxima e o percentual de fibras lentas (r = 0,75 - KOMI, 1984). e a QUADRO 8 - Correlação entre variáveis antropométricas e funcionais e a área de fibras musculares de contração rápida. Variável r Idade cronológica Estatura Massa corpdral Testoterona no soro Tempo de reação ao som Tempo de reação a luz Força isométrica máxima Salto sem contramovimento Salto com contramovimento Lactacidemia___________ Fonte: MERO et alii (1991) 0,55 0,50 0,71 0,54 0,52 0,76 0,60 0,48 0,51 0,53 Apesar da distribuição de fibras musculares ser praticamente a mesma entre gêmeos monozigóticos (KOMI, 1984), parece haver alguma conversão entre os tipos de fibra muscular. HENRIKSON (1992a, p.48) observou que o conteúdo de 6% de fibras do tipo I, encontradas no músculo tibial anterior de coelhos, aumentava para 100% com cinco a seis semanas de contínua eletroestimulação. ESBJÕRNSSON, HELISTEN-WESTING, BALSOM, SJÕDIN & JANSSON (1993) submeteram 11 homens ao treinamento intervalado no ciclo ergômetro e, observaram após seis semanas uma redução do percentual de fibras do tipo I, e llb. Estes autores também detectaram o aumento no percentual de fibras lla e a manutenção nas fibras lic. NOMAKA, MIYAGAWA, SUKEGAWA, YAMEMOTO & KATO (1997) relataram que no músculo soleus de ratos com a atrofia gerada pela imobilização ou suspensão, ocorre a conversão de fibras do tipo I para lla por intermédio das fibras l!0, (TABELA 1). Para PETTE & SPAMER (1986) a expressão fenotípica de uma fibra muscular é determinada pelo controle neural. 43 TABELA 1 - Conversão entre os tipos de fibras no músculo soleus de ratos. Controle (n = 7) Tratamento (n - 7)Fibras Musculares Tipo I Tipo lla Tipo llc Fonte: NOMAKA, et alii (1997) 54%84% 26%6% 20%10% Sabendo-se que as fibras musculares mais oxidativa são recrutadas primeiro no teste de esforço escalonado, SKINNER & MCLELLAN (1980) sugeriram modelo hipotético para descrever as fases do ajuste fisiológico durante o esforço de cargas escalonadas. • 1a fase: Há o aumento da liberação de AGL para o sistema circulatório, gerando incremento no gradiente de difusão pela sarcolema. Assim, há o predomínio dos AGL como fonte de combustível. Com aceleração da oxidação dos AGL, produz-se uma maior concentração de citrato que por sua vez inibe a giicólise. Cabe lembrar que este substrato é modulador negativo das enzimas glicerol-3- fosfato e fosfofrutoquinase, ocasionando uma redução na produção do lactato. Com a elevação da intensidade, mais fibras musculares do tipo I são recrutadas e possivelmente, algumas do tipo lla somam-se a estas. Com o acúmulo de ADP, AMP, NH4 e Pj reduz-se a inibição do citrato à atividade da PFK. Ocorre assim, um aumento da glicogenólise e a consequente produção do ácido láctico. O pequeno aumento na concentração do lactato (até 2 mrnoUL ) ocorre pelo excesso de piruvato citoplasmático e de NADH, e não pela hipoxia tecidual. • 2a fase: Na mesma medida que a intensidade do exercício aumenta, há o aumento do recrutamento de fibras do tipo lla e possivelmente, do tipo llb- O aumento da utilização do ATP, e a queda do efeito inibitório do citrato, acelera a glicogenólise. A quebra do glicogênio é também acelerada em razão da predominância da fração isoenzimática M-LDH nas fibras de contração rápida. O aumento da acidose metabólica ativa o tampão ventilatório. A lipólise será inibida pela redução do pH e a concentração do lactato no sangue será de 2 a 4 mmoUL'1. um um 44 • 3a fase: Nesta intensidade há um grande aumento no recrutamento de fibras do tipo llb. Assim, há um acentuado incremento na produção do lactato com a concomitante inibição da lipóiise e incremento da reesterificação dos AGL. Neste nível de esforço a lactacidemia estará acima de 5 mmoUL"1. IVY, WITHERS, VAN MANDEL, ELGER & COSTIL (1980) com o objetivo de estudar a relação entre a proporção de fibras musculares de contração lenta, a capacidade respiratória do músculo e o limiar láctico, submeteram 13 indivíduos do sexo masculino ao teste no ciclo ergômetro. A matriz de correlação obtida foi apresentada na TABELA 2, sendo a regressão linear observada: Vo2LT( ml.kg'1.min'1) = 0,31 (%ST) + 1,72 r- 0,74 (Eq. 13) Matriz de correlação entre a porcentagem de fibras de contração lentaTABELA 2 - e variáveis cardiorrespiratórias. %ST %ST (área)LT (m!»kg'1«min'1)LT (%V02máx)Vo2máx (ml«kg'1«rnin'’) 0.60 0,91 0,62 LT (%V02máx) LT (ml»kg'1»mirf) %ST 0,87 0,740,70 0.970,730,620,67%ST (área) Q02 (capacidade 0,700,730,940,830,83 respiratória) Fonte: IVY, et alii (1980.) Em estudo conduzido com indivíduos que participaram da uma maratona (KOMI, ITO, SJÕDIN, WALLENSTEIN & KARLSSON, 1981), observou-se que a velocidade da prova eqüivale a 87 ± 6% da velocidade no segundo limiar metabólico Neste estudo também foi notado que a velocidade neste limiar era significativamente correlacionada com a porcentagem de fibras lentas (V4mM = -1,458 + 1,4039 %ST; r = 0,75) e com a velocidade da maratona (r = 0,93). A velocidade na maratona, também mostrou-se correlata a porcentagem de fibras do tipo I (r = 0,80) e a densidade do leito capilar (r = 0,80). Os autores concluíram que as variáveis que podem influenciar a velocidade de corrida no segundo limiar metabólico são. 45 potência aeróbia máxima; porcentagem de fibras musculares de perfil metabólico do músculo; nível de treinamento. contração lenta; norma de recrutamento motor; densidade capilar e Noutro estudo (TESCH, SHARP & SANIELS, 1981) a intensidade do segundo limiar em %V02máx apresentou uma boa correlação com a porcentagem de área da fibra de contração lenta (r = 0,75). Neste estudo a análise de regressão múltipla revelou que 92%da variância neste limiar, pode ser explicada pela porcentagem de área das fibras de contração lenta e pela densidade capilar (Rm = 0,96). Quando o V02mi,x era introduzido, o coeficiente de correlação parcial aumentava significativamente (Rm = 0,98). não 8.6 Tampões fisiológicos e equilíbrio ácido-base A taxa de bicarbonato padrão pode ser estimada por meio da pressão parcial do gás carbônico e pelo pH (vide APÊNDICE 5). Isto porque o pK’ do sistema tampão bicarbonato é de 6,1, logo segundo a equação de Henderson-Hasselbalch: pH = 6,1 + log([HC03] - (0,03 X PC02) (Eq. 14) Assume-se quando ocorre uma desordem no bicarbonato, está será designada como acidose ou alcalose metabólica. Se esta desordem for na pressão parcial do gás carbônico, está será uma acidose ou alcalose respiratória (GUYTON & HALL, 1996, p.388). O sistema tampão é mais eficiente quando o pHé próximo ao pK. Quando o pH da solução ultrapassar uma unidade do pK, a força do sistema reduz-se rapidamente. A concentração relativa dos tampões também é importante para a força do sistema. Pode-se assim especular que o sistema tampão bicarbonato não seja muito eficiente. Isto porque o pH dos fluídos extracelulares é de 7,40, e o pK deste sistema é 6,10. Além disto, a concentração de bicarbonato e de gás carbônico não é grande. Contudo este sistema tampão é o mais poderoso tampão extracelular. Uma 46 vez que o ion bicarbonato e o gás carbônico são regulados respectivamente pelo rim e pelos pulmões. Dois outros tampões que também tem relevante papel na homeostase acido-base são: o sistema tampão fosfato (importante porque o seu pK e de 6,8); e o sistema tampão das proteínas que está em alta concentração no meio intracelular (GUYTON & HALL, 1996, p.389). Segundo ROTT (1991) o pK do ácido láctico é de 3,86 à 37° C, e a do ácido pirúvico de 2,50. De fato, na faixa de pH de 6,00 a 8,00 a concentração do lactato é 200 a 20.000 vezes àquela obseivada para o ácido láctico. Segundo BEAYER & WASSERMAN (1991) o aumento na concentração arterial do lactato, acima do limiar láctico é acompanhado por uma igual redução na concentração de bicarbonato. A redução do bicarbonato é acompanhada pela produção respiratória de gás carbônico. A produção excessiva deste gás pode identificada pela ruptura da linearidade na relação entre VCo2 com o V02■ Abaixo do LT as mudanças no lfC02 seria inteiramente pelas mudanças no metabolismo aeróbio muscular, diminuída do transiente inicial das mudanças dos estoques de gases. Acima do LT, a quantidade adicionai do Vco2 decorrente à depleção do bicarbonato é igual a produção de lactato tamponado por esta base. Com o objetivo de estudar a determinação do limiar anaeróbio pelos métodos ventilatório e da medida direta da acidose metabóiica, SUE. WASSERMAN, MORICCA & CASABURI (1988) submeteram ao teste no cicio ergômetro, 22 paciente portadores de doença obstrutiva pulmonar crônica e 56 indivíduos adultos normais. Os autores observaram significativa correiação entre os métodos do "V-slope'! e o método do logaritmo do bicarbonato pelo logaritmo do Vez (r = 0,75). Porém, os autores observaram significativa diferença entre o V02 no limiar ser anaeróbio pelos dois métodos, ou seja para o primeiro, o valor obtido foi de 1,54 ± 0,32 L.min e no segundo de 1,45 ± 0,33 L.min" . A fadiga muscular por um longo período foi teorizada como conseqüência da acidose, sobre a atividade das enzimas do metabolismo aeróbio e anaeróbio, e sobre o ciclo de acoplamento da actina e miosina (FOX, BOWERS & FOSS, 1991. p.89). Porém, resultados de experimentos com músculos de gato perfundidos 47 demonstram que a acidificação (pH = 6,5) tem pouco efeito no pico de força tetânica, tanto em fibras rápidas como lentas (GREEN, 1995, p.241). SAHLIN & HENRIKSSON (1984) submeteram sete atletas de provas anaeróbia e oito sedentários, a contração isométrica com intensidade de 60% da força voluntária máxima até a fadiga. Os autores observaram que os indivíduos treinados acumulavam menos lactato e piruvato, e tinham uma menor redução do pH. A concentração do lactato foi positivamente correlacionada a ocorrência relativa de fibras de contração rápida (r = 0,65), mas não a área ocupada por estas fibras. Os sujeitos treinados tinham uma capacidade tampão intracelular significativamente maior. Sendo que esta capacidade tampão não era correlacionada a porcentagem de fibras de contração rápida. O tampão intracelular mais importante foi a proteína. Portanto, os autores sugeriram que a diferença no conteúdo protéico entre atletas e sedentários era a causa da maior capacidade de neutralizar ácidos. Neste estudo pode-se demonstrar que o músculo dos atletas era mais eficaz no tamponamento, acumulava menos lactato e assim, tinha uma menor redução do pH durante a contração isométrica até a fadiga. HOGAN, GLADDEN, KURDAK & POOLE (1995) estudaram a influência da concentração do ânion lactato tamponado, na produção de tensão do músculo isolado de cachorro in situ. Para isto estes autores infundiram lactato, sem permitir a alteração do pH, numa preparação do músculo gastrocnemos e do flexor digital superficial. Com esta infusão, estes observaram uma redução no V02; na porcentagem de extração do oxigênio; e na tensão desenvolvida. HOGAN et alii (1995) teorizaram que a queda da tensão seria pela inibição do sítio contrátil, em razão do aumento da força iônica ou pelo efeito direto do ânion lactato. SMITH, TELFORD, KOLBUCH-BRADDON & WEIDEMANN (1997) estudando a influência do lactato nas células vermelhas sangüíneas, observaram que após um minuto de esforço máximo no ciclo ergômetro há um aumento de 3% no volume destas células. Foi observado também, a redução da concentração de hemoglobina e um aumento de 20% na fragilidade osmótica das hemácias. Com isso a queda da tensão muscular poderia estar relacionada a alteração provocada no transporte de oxigênio de forma independente ao pH intracelular. 48 8.7 Transporte do lactato pela membrana plasmática A liberação do lactato dos tecidos para o sangue, sofre mudanças moduladas pela concentração muscular deste substrato; fluxo sangüíneo, gradiente de pH, volume do fluido intertiscial e resistência da membrana capilar (ROTT, 1991). O efluxo do lactato ocorre em grande parte, mediado por um transportador específico e saturável da membrana plasmática. O mecanismo envolvido na liberação do lactato pode também estar relacionado às mudanças no potencial elétrico do sarcolema. A translação do ânion lactato para fora do músculo, pode explicada pela difusão eietro neural, tanto em associação com catíons como H+, Na+, eK*ou por outros ânions como HC03\ ou Cl' (HALESTRAP, POOLE & CRAMMER 1990; ROTT, 1991). Sob condições normais de repouso o influxo do lactato satura o transportador (Km = 11 mmol.L1). Essa baixa afinidade para o lactato sugere que o transporte deste substrato é fator limitante para o músculo (MADUREIRA & HASSON-VOLOCH, 1988). ELABIDA, DUVALLET, THIEUHART, RIEU. & BEAUDRY (1992) observaram um Km para o transportador ligeiramente mais elevado (12,5 mmol.L'1). Estes autores argumentam que o tipo de cinética do consumo do lactato depende do inibidor específico adotado no ensaio experimental. ROTT & BROOKS (1990) conduziram um estudo do transporte do lactato, em vesículas purificadas de sarcolema de ratos. Neste estudo, o influxo do lactato para o interior da vesícula decrescia quando o pH interno era abaixo do externo. Sugerindo que o ânion lactato eoH* são co-transportados pelo carreador ou. o ácido láctico é transportado de forma não dissociada. Os autores concluíram que a maior parte do lactato atravessa a membrana muscular pelo processo do carreador específico. Porém, o fluxo é passivamente aumentado pelo baixo pH intracelular, produzido pelo ácido láctico. Adicionalmente o mecanismo de troca do sódio pelo hf, afeta tanto o fluxo do lactato como odo piruvato. Isto é importante como co- regulador do pH intracelular e do metabolismo. O transporte do lactato através da vesícula é também muito sensível à temperatura (ROTT, 1991). O transportador do lactato da membrana das células vermelhas do sangue causa a diferença entre as concentrações no eritrócito e no plasma. A razão ser 49 destas concentrações por litro de água, no repouso e na recuperação tardia é aproximadamente de 0,5. Esse valor reduz-se durante o esforço para até o mínimo de 0,2. Na recuperação este eleva-se novamente para o nível de pré-esforço. Parte deste mecanismo, explica-se pela redução do volume dos eritrócitos, o que aumenta a osmolaridade do plasma. Este mecanismo é acompanhado pelo aumento da concentração do lactato plasmático, aumento do [K*], e pelo movimento de água para o interior dos músculos ativos. O volume do eritrócito é normalizado na fase precoce da recuperação (JUEL, BANGSBO, GRAHAM & SALTIN, 1990). JUEL, HONIS & PILEGGARD (1991) estudaram a taxa de exchange (troca) do lactato em animais jovens e velhos; e em diferentes grupos musculares. Estes autores observaram que a taxa média de troca era significativamente mais elevada nas fibras musculares vermelhas. Observaram também que os animais jovens tinham esta taxa mais elevada (126,5 pmol.cm-2.s'1) do que os animais velhos (91,6 pmol.cm'2.s'1). PILEGAARD, BANGSBO, RICHTER & JUEL (1994) estudando a cinética do lactato em 39 indivíduos jovens (18 a 34 anos) do sexo masculino, destreinados (n =13), treinados (n = 7) e atletas (n = 19), observaram evidências da influência do treinamento no efluxo do lactato. A capacidade de transporte do lactato é significativamente mais elevada nos atletas do que nos destreinados e treinados. Estes autores porém, não observaram diferenças entre os grupos destreinado e treinado. A capacidade de efluxo do lactato foi correlacionada a quantidade relativa de fibras do tipo I (r= 0,48) e não apresentou correlação significativa com o V ou com o número de vasos capilares por fibra muscular. Esta capacidade de transporte foi negativamente relacionada ao índice percentual de fadiga no esforço de 50 segundos (r = - 0,33). Também foi observado que havia relação linear entre a capacidade de transporte do lactato e o VQ2màx no grupo de ciclistas. Desta forma concluíram que as adaptações no transportador do lactato ocorrería no treinamento muito intenso e volumoso. Consubstanciando esta conclusão, JUEL & PILEGAARD (1999, p.189) observaram uma elevação de 78% na capacidade do transporte do lactato pela membrana plasmática, após seis a sete semanas de corridas na esteira rolante, com intensidades moderada e/ou alta. Observaram também a duplicação 02màX) 50 desta capacidade de transporte freqüência. a eletroestimulação crônica de baixacom MCDERMOTT & BONEN (1993) estudaram a taxa de efluxo do lactato em ratos. Estes observaram que o treinamento de endurance causava um incremento de 59,4% na capacidade de transporte de 1 mmol.L'1 no pH de 7,40. O Km para o transporte do lactato era mais baixo no músculo treinado (12 mmol.L'1 no controle e 4 mmol.L no treinado). Desta forma é gerada uma maior afinidade do transportador pelo substrato. Mesmo sem que haja mudanças na capacidade máxima do transporte (VmáX). O treino deve alterar este transporte, na faixa de concentração do lactato habitualmente exposta à membrana piasmática ou seja, abaixo de 10 mmol.L'1. Os autores acima propuseram a existência de uma série de isoformas do transportador de lactato que provavelmente são tecido específicas. FISHBEIN (1986) descreveu uma possível alteração patológica do transportador do lactato com o excesso de treinamento. O indivíduo estudado portador de um elevado condicionamento. Apesar disto, tinha apresentado três era episódios de dor pré-cordial difusa, acentuada elevação da concentração piasmática (2.100 IU) da enzima creatinaquinase (normal < 200 IU), rabdomiólise e mioglobinúria. Afastada a possibilidade de infarto do miocárdio o indivíduo foi submetido a um teste de preensão (handgrip), onde obteve um desempenho muito acima do normal. Mas também, obteve uma concentração máxima de lactacidemia menos elevada do que os sujeitos controles e, uma lenta remoção deste substrato. Mais tarde, o mesmo autor (FISHBEIN, DAVIS, FOELLMER & CASSEY, 1988) argumenta que este defeito pode ser freqüente e, que a membrana portadora desta alteração não apresentará a difusão em hipérbole mas, numa função retilínea. POMPEU (1991) pude observar está cinética característica em um remador submetido ao teste de esforço máximo no remo ergômetro (FIGURA 3). Porém, este atleta apresentava níveis normais de creatinaquinase, apesar de realizar um volume de treinamento de duas a três vezes superior ao do restante do grupo. 51 i » 1 2 1 0 — t O M mii ■a 4 n muic in r ■! inutjs □ 12 m irul.’! Immt íl í/?§a I 8 m m mm . ■■■- Irá3K12 — 8i í’-m ©M51 ãgB 0 u m a 0 s D o Fonte: POMPEU (1991). FIGURA 3- Variação entre indivíduos no transporte do lactato através do sarcolema. O remador Gu apresenta uma concentração sanqüínea de lactato siqnificativamente mais baixa no 4° minuto de pós esforço e não apresenta remoção até o 12° minuto. 8.8 Fatores que influenciam a lactacidemia no pós-esforço As técnicas de marcação do lactato com traço isótopo ([14C]) no terceiro carbono, são empregadas para o estudo da cinética deste composto. Muitos procedimentos para o rastreamento da cinética da glicose são questionáveis quando aplicados para o lactato. Isto ocorre porque o acetil-CoA pode ser conduzido para numerosas vias, como a oxidação no TCAc, ou síntese de ácidos graxos, colesterol. e corpos cetônicos. O lactato pode ser também oxidado a oxaloacetato, ou pode ser transaminado a alanina. Este substrato é simultaneamente produzido e oxidado pelas fibras musculares. Já a contribuição do lactato na neoglicogênese é de aproximadamente 26% (KATZ, 1986). A velocidade de remoção do lactato em ratos, determinada pela técnica do traço isótopo, é bem correlacionada com a lactacidemia (r = 0,997 - FREMINET. BURSAUX &POYART, 1972). 52 ELDRIDGE (1975) defende o emprego da dosagem do lactato sangüíneo como método semiquantitativo para avaliação da sua produção. A concentração deste substrato no sangue não é função da produção e sim, da eficiência dos processos de remoção. A lactacidemia portanto espelha o equilíbrio dinâmico entre as taxas de aparecimento e de desaparecimento. Na verdade, a saturação da cinética pela deficiência da remoção, ocorre numa relação curvilínear. Esta remoção é determinada pelo fígado, coração, músculos, encéfalo e rins. A excreção urinária é negligenciável quando em baixas concentrações no sangue. Em concentrações acima de 12 mmoUL'1, este meio de eliminação representa de 5 a 7% da taxa de turnover (ELDRIDGE, T’SO & CHAG, 1974). Alguns fatores como intensidade da carga de recuperação, condicionamento aeróbio, posição do corpo, taxa metabólica do miocárdio e a idade, podem regular a taxa de remoção do lactato (BONEN & BELCASTRO, 1976; BULBULIAN, DARSBOS & SAUTA, 1986; JACOBS, 1986; KAIJAER & BERGLUND, 1992). ROTOYANNIS (1988) com o propósito de testar a influência do condicionamento aeróbio na remoção do lactato estudou seis ciclistas. Estes indivíduos foram treinados por oito semanas no ciclo ergômetro com uma carga contínua de 60 minutos. A partir da quarta semana, adicionou-se 30 minutos de treino para os membros superiores. Com isso a taxa de eliminação do lactato foi 35% mais intensa do que a observada no pré-teste. Ocorreu provavelmente neste experimento, um aumento do consumo do lactato pelos músculos inativos em decorrência ao aprimoramento do metabolismo aeróbio. A posição supina pode aumentar a porção do débito cardíaco destinada à musculatura ativa. Isto porque a pressão hidrostática é anulada e o retorno venoso será incrementado. Paratestar a hipótese que a posição supina favorece a remoção do lactato, BULBULIAN et alii (1987) submeteram cinco indivíduos do sexo masculino e um do feminino, a três testes escalonados na esteira. Após o exercício foram coletadas amostras de sangue venoso, no 5o, 10° e 25° minutos da recuperação, além da coleta no pré-teste com 10 minutos de antecedência ao exercício. A recuperação poderia ser passiva na posição supina com os pés 53 elevados à 12 cm, na posição sentada, ou ainda ativa à 35% V02màx. Os autores não observaram diferença significativa entre a posição supina e a sentada. Mas notaram uma remoção significativamente mais intensa com o exercício na recuperação. A idade poderia ter algum efeito sobre a taxa de remoção do lactato sangüíneo, em virtude da alteração do perfil metabólico. RABURN & MACKINNAN (1990) estudaram o efeito da idade sobre a concentração máxima do lactato alcançada ([lac]máx), o tempo necessário para alcançar o lactato máximo (T [lac]máx) e o meio tempo para o retorno a concentração de repouso (1/2J [lac]máx), após um sprint de 100 m na natação em estilo livre. Este estudo realizou-se com 16 indivíduos 3 distribuídos igualmente em quatro categorias etárias (25-35; 36-45; 46-55 e 56 anos ou mais). Foi empregada a recuperação ativa num rítimo auto selecionado. Os autores porém, não conseguiram demonstrar o efeito da idade sobre os parâmetros estudados. O miocárdio simultaneamente produz e remove o lactato. A atividade da PFK neste tecido, é semelhante à observada no músculo esquelético porém, há também o predomínio da isoenzima H-LDH. A concentração arterial do lactato é diretamente correlacionada (r = 0,79) a diferença arterio-venosa deste substrato no miocárdio. A lactacidemia arterial é moduladora primária da taxa de consumo do lactato pelo miocárdio durante o esforço em condições fisiológicas. Porém, este consumo pode ser inibido no exercício submáximo pela concentração de AGL. O miocárdio reduz o consumo do lactato nos esforços mais prolongados do que 50 minutos. No esforço à 40% V02máx o coração responde apenas com 3 a 4% da taxa total de remoção. Porém, quando os níveis de lactato alcançam cifras de 3 a 4 este pode passar a ser o substrato o mais oxidado no miocárdiommoUL (STANLEY, 1991). KAIJAER & BERGLUND (1992) estudaram a extração do lactato sangüíneo pelo miocárdio. Para tanto submeteram 13 adultos jovens com cateterização da veia antecubital e do seio coronariano, ao estudo com traço isótopo. Durante o exercício submáximo (FC =150 bpm) a extração miocárdica do lactato aumentava em mais de 10 vezes a partir do valor de repouso. Este incremento na remoção do lactato era proporcional a concentração arterial. Isto 54 também ocorria no esforço máximo (± 50 vezes) e no pós-esforço imediato. O AGL novamente demonstrou um efeito deletério sobre a extração do lactato. A relação obtida entre esta taxa de remoção (Y) e a lactacidemia arterial acima de 4 mmoUL"1 (X) foi: Y = 138 +0,22 X r= 0,93 (Eq. 15) Com o intuito de estudar a carga ideal de esforço para a remoção ótima O do lactato, BONEN & BELCASTRO (1976) conduziram um experimento com seis corredores treinados. Estes sujeitos foram submetidos a três formas de recuperação após a corrida da milha, ou sejam: a) repouso, b) jogging de intensidade livre e c) atividade intermitente livre. A velocidade de remoção do lactato foi significativamente maior quando era empregado o jogging livre. Os mesmos autores (BELCASTRO & BONEN, 1975) realizaram estudo semelhante com sete estudantes do curso de Educação Física. Desta vez o esforço teve a duração de seis minutos e intensidade de 90% do V, 30, 45, 60 e 80% A recuperação realizou-se por 30 minutos com as intensidades de 02wéx e com a pedalagem livre. As amostras de sangue eram coletadas de cinco em cinco minutos no período de pós-esforço. Os autores observaram que a intensidade mais eficiente para a remoção do lactato ocorre próxima a 32 ± 0,55% V02wix, onde são removidos 3,2% do lactato por minuto. A relação observada entre o % V02méx (X) e a taxa de remoção (Y) foi: 02máx■ Y = 0,103 + 0,218x - 0,00464.x2 + 0,0000252x3 (EPE= 0,55%. min'1) (Eq. 16) MCLELLAN & SKINNER (1982) estudaram a taxa de remoção do lactato com intensidades do exercício na recuperação abaixo e acima do limiar láctico. Neste estudo, empregou-se 15 indivíduos do sexo masculino, que foram submetidos ao teste retangular de 10 minutos a 90% Voimàx no ciclo ergômetro. As condições de recuperação foram: repouso; LT- 30%\/02mix, LT-20%^™*; LT e LT + 10%V02mix. 55 Amostras de sangue capiiar foram coletadas a cada três minutos de recuperação. A remoção do lactato foi significativamente mais lenta, quando o sujeito permaneceu repouso. Não foi observada diferença significativa entre as taxas de remoção com intensidades igual ou abaixo do limiar láctico. Na situação de recuperação ativa intensidade acima do LT, a taxa de remoção do lactato foi significativamente mais baixa. Estes autores sugeriram que a intensidade mais eficiente para remoção do lactato ocorreu na faixa de LT- 18%V02máxà LT + 2%V02màX. As relações observadas entre as taxas de remoção (Y) com a intensidade do esforço (X) em %V02máx (Eq. 17) e LT± % Vo2máx (Eq. 18) são apresentadas abaixo: em na Y= -0,00021X2- 0,00178X-0,0923 R2 = 0,64 EPE = ± 0,477 (Eq. 17) Y = - 0,0003X2 - 0.0058X+ 0,465 R2 = 0,77 EPE = ±0,377 (Eq. 18) BANGSBO, GRAHAM, JOHANSEN & SALTIN (1994) estudaram um grupo de seis indivíduos masculinos jovens e fisicamente ativos. Estes autores empregaram o exercício com apenas uma das pernas na posição supina. O protocolo utilizado constou de aquecimento por 10 minutos com 10 watts, repouso por 10 minutos, exercício com 61 ± 5,4 watts a 60 rpm até a exaustão e, recuperação por 10 minutos que podia ser passiva (P), ou ativa com 10 watts (A). Após uma hora de repouso a perna exercitada era a contralateral e. a forma de recuperação era invertida. Catéteres foram inseridos nas artérias e veias femurais, e amostras de músculo eram coletadas no pós-esforço. Os autores observaram que a perna P apresentou um consumo de glicose significativamente mais baixo (32%). O EPOC nos primeiros sete minutos era também mais baixo (P = 32 ± 42 e A = 321 ± 173 mL). A concentração muscular de creatina fosfato aumentava rapidamente em ambas as pernas, sendo atingido o vaior de repouso em 10 minutos. No décimo minuto a concentração de ATP foi mais baixa na perna A. A concentração do lactato foi 56 significativamente mais elevada na perna P, no mesmo minuto. Neste momento o efluxo do lactato era um pouco menor para esta perna. O metabolismo duas vezes mais elevado com o exercício leve na recuperação, reduz o lactato intramuscular mas, não aumenta a taxa de liberação. Na perna P o lactato foi empregado para ressintetizar menos de 7% do glicogênio utilizado durante o exercício. Na recuperação ativa não há neoglicogênese. Os autores concluíram neste estudo que a ressíntese do glicogênio não pode ser responsável pelo aumento do EPOC durante a recuperação ativa ou passiva. STAMFORD, WELTAMAN, MOFFATT & SADY (1981) estudaram a taxa de remoção do lactato em intensidades abaixo e acima do A7 (40 e 70% V02mix) em 6 indivíduos adultos masculinos jovens, submetidos à carga de 5,5 kp no ciclo ergômetro mecânico por 40 segundos, em máxima velocidade. A recuperação foi observada por 40 minutos nas situações: a) repouso passivo; b) atividade a 40% Vo2máx; e c) atividade a 70% V02màx■ A linha de base (baseline) da lactacidemia três intensidades de recuperação foi de respectivamente de 0.9; 1,3 e 3,5 mmoUL'1. Considerando-se (Y) como lactacidemia e (X) como tempo em minutos, as relações observadas foram: • Recuperação passiva: nas -0.033XY = 14,50 e (r= 0,987) + 0,9 (Eq. 19) • 40% V02/náx- -0.073xY = 18,20 e (/-= 0,984) + 1,3 (Eq. 20) • 70% V02móx■ (Eq- 21)Y= 12,60e ‘007x + 3,5 (r= 0,984) Os autores recomendam a carga de 70% V02máx para recuperação nos três primeiros minutos. Após esta etapa inicial estes recomendam a carga de 40% por mais 30 a 40 minutos de recuperação.V02máx 57 A cinética do lactato pode ser estudada por dois modelos básicos. O mais ou sejam:amplamente empregado é aquele que considera dois compartimentos sangue e tecido. Outro modelo freqüentemente empregado considera compartimentos que são: sangue arterial, três sangue venoso e tecido. Segundo LEHAMAN (1991) no primeiro modelo, o coeficiente de transferência é definido pela taxa constante do fluxo do traço isótopo do sangue para o tecido. O fluxo eqüivale a esta constante multiplicada pela quantidade da substância no compartimento sanguíneo, ou: SAb - SAt = F7KTB.qB (Eq. 22) Sendo: SA = atividade específica F* = taxa constante do traço isótopo do sangue para o tecido Ktb = coeficiente de transferência qB = quantidade da substância no compartimento sangüíneo ZOULOUMIAN & FREUND (1981a) propuseram um modelo matemático para explicar a cinética entre dois compartimentos do lactato no pós-esforço em humanos. Este modelo foi construído a partir da aplicação da lei de conservação das massas e dos pressupostos de a) o total de espaço de distribuição do lactato é composto pelo músculo previamente exigido (M) e pelo espaço restante lactato (S); b) as taxas de liberação e utilização do lactato no (M) e (S) proporcionais ao conteúdo de lactato nestes compartimentos; c) as taxas de produção do lactato no pós-esforço são constantes em (M) e (S) e d) a concentração arterial do lactato pode representar a concentração média do lactato (S). O esquema destes foi diagramado na FIGURA 4. FREUND & ZOULOUMIAN (1981a) estudaram a cinética do lactato sangüíneo no pós-esforço ao exercício de diferentes intensidades no ciclo ergômetro. Neste estudo foi observado após a pedalagem (76 a 100% do V02máx) que a concentração pico ocorria entre o 2o e o 5o minuto do pós-esforço. A 60% do para o sao em 58 Vo2mAx, o pico da lactacidemia ocorrerá entre zero e dois minutos da recuperação. Estes autores concluíram que a concentração do lactato em função do tempo no pós-esforço, pode ser expressa por uma função biexponencial, ou seja: La(t) = A,( 1 - er1t) + A2( 1 - er2t) + La(0) (Eq. 23) Sendo: La(t) = concentração do lactato arterial no tempo (t) após o término do esforço La(0) = concentração do lactato no finai do esforço Aí e A2 = amplitudes ajustadas a curva exponencial 7i e y2 = constantes de velocidades t = tempo em minutos O primeiro termo, no lado esquerdo da equação, representa o aumento do lactato no pós-esforço (A|> 0) e o próximo termo o decréscimo (A2 < 0). A precisão das equações de regressão para as curvas de recuperação nas posições sentada e supina, foi avaliada pelo coeficiente de variação. As constantes (A, e y^ do primeiro termo para ambas as posições apresentaram C.V. de 0,5 a 4,0%, a precisão das constantes (A2e y2) do segundo termo foi de 0,2 a 2,0%. 59 Produção do Lactato (PR)m=c1 (LR)w=d12.Vm.Ln(T) (M) (S) LM(t).Vm Ls(t)-Vs<DMSO=(LR)m-(LU)m (LU)M=d21.V5.U(t) OmM(t)=C2. <DmS(t =d2. V,.U(t) T Utilização do Lactato FIGURA 4 - Modificado de ZOULQUMIAN & FREUND Í1981al Modelo de distribuição do lactato em dois compartimentos. Sendo: (M) = compartimento do músculo exercitado: (St = compartimento restante: constantes de volume para os compartimentos V» concentrações tempo dependentes e UftV coeficientes de proporcionalidade c?. d? a^, e a-^: taxa de produção no pós-exercício (PR)m = Ci e (PR)S = dii O mS(t) e OmM(t) = taxa de utilização do lactato em M e S: (LR) taxa de liberação e (LU) taxas de uptake. i A relação entre a lactacidemia arterial na recuperação no pós-esforço concentração muscular ao final do exercício pode ser observada na TABELA 3. e a TABELA 3 - Concentração arterial do lactato no pós-esforco (Y) e concentração muscular (X) __Equação Y = 0.63X + 0,57 Y = 0.79X + 0,30 Y = 0,34X + 2,28 Y = 0,68X - 2,07 Referência:r 0,983 Freund & Zouloumian, 1981 a 0,971 Karlsson et alii, 1970 0,980 Freund & Zouloumian, 1981 b 0,872 Karlsson, 1971 _______ 60 Apesar do modelo biexponencial ser muito acurado, deve ser considerado o fato do lactato arterial perfundir os tecidos pertencentes ao compartimento (S). Como isso o modelo bicompartimental é uma aproximação. O tempo de curso do lactato muscular e arterial após o esforço exibe formas distintas. Isto indica a necessidade de desmembrar o modelo ZOULOUMIAN & FREUND (1981a) argumentam em mais de dois compartimentos. Porém, que um modelo de vários compartimentos será muito complexo, produzirá informações inúteis e afirmações muito especulativas. Para estes autores (ZOULOUMIAN & FREUND, 1981b) o modelo proposto apresenta validade qualitativa para descrever o movimento do lactato durante a recuperação ao esforço. O modelo pode também suprir previsões aceitáveis quantitativas que merecem ser examinadas através de investigação experimental. 8.9 Modelos teóricos de limiar anaeróbio Muitos pesquisadores vêm propondo modelos para cinética da lactacidemia durante o esforço de intensidades progressivas. Porém, boa parte destes modelos apresentam como critérios de validade a sua relação com a mais elevada intensidade de esforço onde é mantida estável a concentração de lactato sangüíneo ou, a relação do modelo com o desempenho em provas de endurance. Falta assim, para a grande maioria das propostas, a fundamentação de um modelo fisiológico e/ou matemático que os justifiquem (QUADRO 9). 61 QUADRO 9 - Conceitos de limiares metabólicos e referências fisiológicas para determiná-los. Conceito Sigla Parâmetro Referência Limiar anaeróbio AT Inflexão da VE, da lactacidemia etc. WASSERMAN et alii, 1973 Limiar anaeróbio AT Ponto fixo de 4,0 mmol»L'1 MADER et alii, 1976 Início do acúmulo do lactato no plasma OPLA A fixo em 4,0 mmol»L'1 FARRELL et alii, 1979 Limiar aeróbio e limiar anaeróbio AeT Pontos fixos de 2,0 e 4,0 mmoUL'1 KINDERMANN et alii, 1979 AnT Máximo steady State do lactato Mssl Ponto fixo de 2,2 mmol»L'1 LAFONTAINE et alii, 1981 Início do acúmulo do lactato no sangue OBLA Ponto fixo de 4,0 mmol*L'1 SJODIN & JACOBS, 1981 Limiar anaeróbio individual IAT Tangente à curva de acúmulo traçada a partir da concentração da fadiga na curva de remoção STEGMANN et alii, 1982 Os modelos teóricos para a cinética do lactato sangüíneo que apresentam sólidas bases teóricas são os propostos por WASSERMAN et alii (1973); MADER et alii (1976) e o de STEGMANN et alii (1981), descritos abaixo. 8.9.1 Limiar anaeróbio de WASSERMAN et alii (1973) WASSERMAN & MCILORY (1964) observaram um brusco incremento da concentração do lactato no sangue arterial, e da razão de trocas respiratórias (R) assim como, a queda da concentração de bicarbonato padrão e a do pH arterial, em 37 indivíduos portadores de doenças cardiovasculares, durante o teste de esforço progressivo. Mais tarde, WASSERMAN et alii (1973), consolidaram o conceito do limiar anaeróbio (AT), observando evidências da transição do metabolismo aeróbio para o misto aeróbio-anaeróbio. Neste segundo estudo foram submetidos 85 indivíduos, com idades de 17 a 91 anos ao protocolo escalonado no ciclo ergômetro 62 (15 watts»min1), sendo o início da acidose metabólica identificada pelo incremento da lactacidemia ([lac]); aumento não linear da ventilação (\Z£); do volume de gás carbônico exalado (VC02); aumento da pressão parcial do oxigênio no volume corrente expirado (Peto2) sem o aumento na pressão parcial do gás carbônico no volume corrente expirado {Petco2) e 0 aumento da razão de trocas respiratórias (R). Wasserman e seus colaboradores definiram limiar anaeróbio (AT) como; ...as levei of exercise V02 àbove which aerobic energy production is supplemented by anaerobic mechcmisms, and is reflected by cm increase in lactate and lactate/piruvateratio in muscle or arterial blood (WASSERMAN et alii, 1987, p.33)1 As bases conceituais do A7 propostas por WASSERMAN, HANSEN, SUE & WHIPP (1987, p.11) são apresentadas a seguir: a) ocorre o aumento do requerimento de oxigênio pelo músculo para suprir as mitocôndrias; b) 0 desequilíbrio entre 0 requerimento e suprimento de oxigênio causa dispersão dos prótons pela lançadeira da membrana mitocondrial (shuttle), 0 que reduz 0 estado redox no citosol; c) 0 piruvato reage com 0 aumento da nicotinamina adenina dinucleotído reduzida formando NAD oxidado e lactato; d) 0 lactato formado é tamponado pelo bicarbonato intracelular, produzindo elevação da concentração de gás carbônico; e) ocorrem as trocas de lactato e bicarbonato pela membrana plasmática, aumentando 0 primeiro e reduzindo 0 segundo na corrente sangüínea; nível do V02 no exercício acima do qual a produção de energia aeróbia e suplementada pelo metabolismo anaeróbio, 0 que é refletido pelo aumento do lactato e da razão lactato/piruvato no sangue e no músculo. 63 f) o tamponamento gera distúrbios no equilíbrio ácido-base trocas gasosas. e produz mudanças nas A produção de gás carbônico gerada pelo tamponamento do bicarbonato, pode ser detectada pelo momento na relação do \/co2 com o l/02 onde ocorre uma abrupta mudança na inclinação da curva. O gás carbônico em excesso pode, a qualquer momento, prover uma medida indireta da depleção do bicarbonato. Sendo portanto um estimador útil do ácido láctico tamponado (BEAVER & WASSERMAN, 1991). O aumento da VE nos exercícios com cargas abaixo do A 7 não está associado ao R; PETOi; e ao PETco2. Nesta fase ocorre um incremento proporcional na VE e no débito cardíaco (Q). A tensão alveolar dos gases é mantida constante, o que repercute no R. O V02 e VC02 aumentam de acordo com a VE. Nestas intensidades abaixo do AT, a aferência dos proprioceptores dos membros determinante na ventilação, especialmente aquela movimentos. A concentração de potássio no líquido intertiscial estimula os aferentes tèm um papel associada ao início dos musculares de pequeno diâmetro (tipo III e IV). hipotalâmicas A estimulação de áreas e a ação dos quimiorreceptores podem ter um papel significativo na magnitude da hiperpnéia. Os corpos carotídeos parecem responder acentuadamente à acidose metabólica, estimulando a ventilação. Outro possível mecanismo da hiperpnéia de esforço é o mecanismo cardiodinâmico, ou seja o envio {drive) dos sinais eferentes para o coração alteram tanto a resistência periférica como o retorno venoso. A ventilação é alterada pois é altamente relacionada à magnitude tempo de curso da pressão do retorno venoso. 0 aumento da temperatura corporal também pode e ao um pequeno estímulo para o incremento da ventilação (WASSERMAN et alii, 1987, p. 14-17; WHIPP, 1983). ser O AT determinado pelo aumento sistemático da ventilação em função da potência aeróbia (Ve/Voz) sem o aumento sistemático da ventilação em função da excreção do gás carbônico (VêA/^) é fortemente correlacionado ao abrupto incremento da lactacidemia (r = 0,93- DAVIS, 1985). 64 No modelo proposto por WASSERMAN, BEAVER & WHIPP (1990) o ácido láctico é rapidamente dissociado no meio aquoso do citosol, com isso mais de 99% deste ácido será tamponado. Os primeiros 0,4 mmol»L'1 de aumento na concentração do lactato na fibra muscular são neutralizados pelos tampões intracelulares. O lactato assim começa a aumentar ligeiramente antes da redução do bicarbonato. Quando a concentração de lactato ultrapassa os 0,5 mmoUL'1 é tamponado estequiometricamente pelo bicarbonato que consequentemente eleva a concentração de gás carbônico em 22,4 mL por mmol. Isto gera um aumento mais rápido do VCo2 em relação ao V02. O aumento da concentração de lactato e a redução de bicarbonato na célula, produz um potencial eletroquímco para o movimento de ânions através de sua membrana. WASSERMAN et alii (1990) teorizam que 0 exercício de cargas progressivas apresenta três fases (FIGURA 5). A primeira fase (WASSERMAN et alii, 1990; WASSERMAN et alii, 1987, p.42) relaciona-se ao incremento do VCo2 relativo a intensidade do esforço em conseqüência ao tamponamento celular. Esta fase independe da sensibilidade dos quimiorreceptores, sendo relevante apenas a reação do bicarbonato com o ácido láctico. Abaixo do / To VC02 aumenta linearmente com 0 incremento do VQ2. Quando consumida a dieta mista normal, a regressão linear mencionada acima, apresenta coeficiente angular entre 0,87 e 1,00 (média = 0,97). Acima do limiar anaeróbio a inclinação desta relação é mais rápida (> 1,15) mantendo-se linear até o ponto de compensação respiratória. O V02 onde ocorre a aceleração do coeficiente angular eqüivale à transição do metabolismo completamente aeróbio para 0 misto aeróbio- anaeróbio. Portanto, a carga onde 0 lactato começa a acumular-se. Na segunda fase o V02 continua a aumentar linearmente. A ventilação e a Vqo2 aumentam em paralelo, como conseqüência do controle ventilatório produzido pela Paco2. Com isso 0 equivalente ventilatório para a excreção de gás carbônico (VeA/C02) não se altera ou diminui, enquanto que 0 mesmo equivalente para 0 65 consumo de oxigênio (VeA/02) continua relativamente constante enquanto que a PEro2 aumenta. a aumentar. A PEtco2 permanece A terceira fase é da acidose láctica. Gerando um excreção de gás carbônico (l/e/VCo2). fortemente influenciada pela compensação respiratória aumento da inclinação da ventilação em função da Fases T[lac] I[hco3] (I) T não linear <— 4- —»V, V02 í linearC02 I ípH V" Paco2 (não altera) <- T drive ventilatório -> T PAOi> (II) S. Tamponamento isocapnicoVe/VC02 (não altera) t VbWoí V TT drive ventilatório (III) iP t P. Compensação resp. p/ acidose metabólica AC02 A02 t VeA/02 jT Vi/v,C02 Adaptado de: WASSERMAN et alii (1990). FIGURA 5 - Fases do tamponamento metabólico e respiratório durante o exercício escalonado, seaundo o modelo teórico do limiar anaeróbio. 66 WASSERMAN & KOIKE (1992) submeteram 10 sujeitos a três protocolos ergométricos de cargas fixas com o objetivo de testar a hipótese de que as cargas acima do A 7 são realizadas em hipoxia. Os testes foram realizados em três níveis de carboxihemoglobina (COHb), ou sejam: controle de 1,5%; 10% e 20% de monóxido de carbono. Os autores observaram elevação do V02 e da concentração do lactato nos dois níveis de inalação de COHb, apenas acima AT. Estes assim listaram as evidências a seguir como suporte da anaerobiose durante o esforço submáximo. Tais evidências foram consubstanciadas por FLENLY & WARREN (1983): a) a elevação na pressão parcial do oxigênio no ar inspirado (P/02) provoca a queda da lactacidemia; b) a redução na P,02 gera 0 aumento da lactacidemia; c) a anemia isovolumétrica provoca 0 aumento da concentração do lactato redução do AT, e a d) a carboxihemoglobina provoca uma elevação da lactacidemia e a redução do A 7; e) a redução do débito cardíaco gera a elevação da lactacidemia; f) bloqueadores /Padrenérgicos elevam a concentração de lactato acima do AT: g) a elevação da lactacidemia é correlata a cinética do V02 acima do AT: h) drogas inotrópicas reduzem a concentração de lactato em pacientes com falência cardíaca; i) a redução da volemia gera a elevação da concentração sangüínea do lactato durante 0 exercício pesado; j) a elevação da concentração sangüínea e muscular do lactato é influenciada pela pressão parcial do oxigênio no músculo; 67 k) o aumento da concentração arterial do lactato ocorre em concomitância à redução do estado redox na célula, inferido pela razão da concentração do lactato pela do piruvato. A lista de evidências acima visa responder as falhas na teoria do limiar anaeróbio apontadas por BROOKS (1985). O autor (BROOKS, 1985) contra- argumenta assumindo como improvável a hipoxia tecidual muscular durante o esforço com intensidade submáximade 50 a 75% do Vo2máx. Nesta intensidade (AT) há uma significativa reserva do débito cardíaco; do fluxo de sangue muscular; da dilatação capilar; e da diferença artério venosa de oxigênio. O AT determinado pelas trocas gasosas desloca-se para uma carga significativamente mais leve quando o teste é realizado em indivíduos glicogênio-depletados, enquanto que o brusco incremento do lactato ocorre numa carga mais intensa. Há também um deslocamento dos limiares ventilatórios e lácticos de forma desigual em resposta ao treinamento, e em reposta a testes com diferentes ritmos de pedalagem. Existe correlação direta (r = 0,86) entre a taxa de turnover do lactato e o V02. CLARK, VOLTERRANI, PIEPOLI & COATS (1996) submeteram 15 sujeitos a três testes ergométricos na esteira, e observaram que a ventilação voluntária pode aumentar em 66% a inclinação do equivalente ventilatório para o gás carbônico (Ve/VCo2)■ Causando a redução dentro da faixa da normalidade na Pacoí- A alcalose produzida pela hiperventilação em repouso não ocorre durante o exercício. Esta modesta queda da PAc02, fez inferir que 0 estoque de gás carbônico para 0 tamponamento pode ser muito alto. Isto dissocia a VCo2 do papel de principal estímulo da ventilação. BHAMBAHNI, BUCKLEY & SUSAKI (1997) estudaram a possibilidade de determinar hipoxia do vasto lateral do quadríceps na intensidade do AT, por meio da espectroscopia próxima ao infravermelho (NIRS). Para tanto, foram submetidos 40 sujeitos (21 masculinos e 19 femininos) ao teste ciclo ergométrico com incrementos de 30 watts a cada dois minutos. A absorbância na carga de aquecimento (0 watt) apresentava um rápido aumento (1a fase); posteriormente com 0 incremento da 68 carga, a absorbância reduzia-se (2a fase); ocorria um nivelamento (piatô) da absorbância quando o V02m,*x era alcançado (3a fase); e no pós-esforço havia um rápido incremento desta (4a fase). As respostas na NIRS são atribuídas a hiperemia. Quando a absorbância cruzava a leitura de repouso na 2a fase. considerava-se como AT. Os autores não observaram diferenças significativas entre o método da NIRS com o do V-slope no tempo, potência, Vo2, Ve, FC, R, e no pulso de oxigênio. As correlações entre os métodos obtidas para os grupos masculino e feminino foram respectivamente para a potência de r = 0,88 e r = 0,86; V02 de r = 0,84 e r = 0,87; e FCde r- 0,84 e r = 0,91. Quanto a precisão dos parâmetros respiratórios para identificação do limiar anaeróbio, DAVIS et aiii (1976) submeteram 39 indivíduos a dois testes em três ergômetros (esteira, ciclo e ergômetro de braços) e determinaram a confiabilidade (teste-reteste) do V02n,áx e do limiar anaeróbio. O AT foi determinado por inspeção visual das curvas de VE, VCo2, R e F£02. A reprodutibilidade do V02mix foi excelente (braços, r = 0,92; ciclo, r = 0,94; esteira, r = 0,96) enquanto que a do AT foi apenas razoável (braços, r = 0,77; ciclo, r= 0,74; esteira, r= 0,72). Os autores tiveram dificuldades de empregar a razão de trocas respiratórias (R) como marcador do AT. CAIOZZO, DAVIS, ELLIS, AZUS, VANDGRIFF, PRIETTO & MCMASTER (1982) repetiram este estudo com 16 indivíduos jovens, e não observaram diferenças significativas entre os parâmetros de limiar anaeróbio. A matriz de correlação obtida para os marcadores por eles estudados foi apresentada na TABELA 4. 69 TABELA 4 - .Matriz de correlação entre parâmetros marcadores do limiar anaeróbio. Vc02 R Ve/V02 [lac] VE 0,97* 0,66* 0,88* 0,78* 0,84* 0,58* 0,88* 0,83* 0,39 (N.S.) 0,93* VC02 R Ve/V02 - significativo para p <0,05; N.S. = não significativo. Fonte: CAIOZZO et alii (1982.) CAIOZZO et alii (1982) recomendaram o emprego do equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio (V^Vo/) como marcador do limiar anaeróbio. Este parâmetro apresenta a mais elevada correlação com 0 limiar láctico, menor erro metodológico (7,4 ± 1,0%) e elevado coeficiente de correlação para a confiabilidade teste-reteste (r = 0,93; EPE = 0,15 L.min'1). SIMONTON, HIGGINBOTHAN & COBB (1988) submeteram 18 sujeitos normais e com crônica falência cardíaca a 2 testes no ciclo ergômetro: protocolo rápido (25 w.min'1) e protocolo gradual (25 w • 3min'1). Os critérios para 0 limiar anaeróbio foram: a) aumento da VE\ b) aumento do Ve/V02 sem 0 aumento do Ve/Vqoí, c) elevação da Peto2 sem 0 incremento Petcoí, e incremento do R. O limiar anaeróbio foi detectado por inspeção visual das curvas obtidas pelos parâmetros acima e, a da lactacidemia em função do tempo. O equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio (Ve/V02) plotado junto do equivalente ventilatório para a excreção do gás carbônico ( Ve/VCo2), foi 0 método mais confiável de identificação do AT em 16 dos 18 indivíduos normais e em 15 dos 18 pacientes. O AT ocorreu em indivíduos normais entre os R de 0,61 e 0,97. A variação entre observadores para 0 AT foi de 0,66 ± 0,85 (4,6%) e 1,72 ± 1,63 (12%) ml «kg'1 .min'1, respectivamente nos protocolos rápido e gradual. A confiabilidade da medida em diferentes dias foi de r = 0,914 (n = 31, EPE= 1,74 ml .kg'1 .min'1). 70 DAVIS, WHIPP, LAMARRA, HUNTSMAN, FRANK & WASSERMAN (1982) estudaram o efeito no AT e V02wilí, da inclinação dos incrementos na sobrecarga em rampa (20; 30; 50 e 100 w«min'1), em 12 indivíduos jovens exercitados no ciclo ergômetro. Os autores não observaram diferenças significativas no ATe V02máx, nos três primeiros protocolos. No último não foi possível determinar o AT em virtude da pouca duração do esforço. Porém, RIBEIRO, YANG. ADANS, KUCA & KNUTTEN (1986) observaram diferença significativa entre o AT determinado no protocolo de rampa lenta (259 ± 45 w) em comparação com a rápida (321 ± 23 w). SCOTT & BOGDANFFY (1998) estudaram diferentes respostas fisiológicas aeróbias e anaeróbias ao protocolo de rampa rápida (100 w.min1) e ao de rampa lenta (25 ou 40 w«min'1) em 12 adultos jovens. Estes autores não observaram diferenças significativas entre os protocolos no V02máx (L»min'1 e mL«kg'1«min"1), e no déficit de oxigênio (L«min1 e ml_«kg'1«min‘1). Mas, as diferenças foram significativas no tempo total de esforço, carga máxima, total de oxigênio consumido, demanda total de oxigênio, e na porcentagem do metabolismo aeróbio e anaeróbio. WHIPP, DAVIS, TORRES & WASSERMAN (1981) estudaram os protocolos ergométricos em 16 homens jovens e, concluíram que o V02 em resposta ao aumento de cargas em rampa é caracterizado pela cinética linear de primeira ordem, tanto abaixo como acima do AT. Isto permite que os parâmetros de avaliação da função aeróbia como a constante de tempo para resposta do V02, eficiência mecânica, AT e V02mííx, possam ser determinados em único teste com quatro a oito minutos de duração. BUCHFUHRER, HASEN, ROBINSON, SUE, WASSERMAN & WHIPP (1983) estudando o efeito da duração do protocolo ergométrico em 12 voluntários, observaram que o Vo2míx mais elevados ocorriam em testes com duração entre oito e 17 minutos. A FCmàx, VEmáx, e 0 pulso máximo de oxigênio {FC*V021) não se alteravam com a duração do teste. O Vco2 e o R tendiam a aumentar em testes duração. Os autores concluíram que a duração ótima para 0 teste ergométrico é de oito a 12 minutos. Com base nos achados do último estudo WASSERMAN et alii (1987, p.64) recomenda a equação a seguir para determinação dos incrementos no teste ciclo ergométrico: com menor 71 Incrementos (watts.min1) = (V02máx - V02(semcarga)) + 100 ^02 (sem carga) mL • min = 150 + (6 • kg) ) homens = (estatura em cm - idade em anos) x 20 1) mulheres = (estatura em cm - idade em anos) x 14 (Eq. 27) (Eq. 24) (Eq. 25) (Eq. 26)VO2máx (mL Vo2máx (mL • mín • min Com a finalidade de aumentar a precisão da estimativa do limiar de lactato, BEAVER, WASSERMAN & WHIPP (1985) ajustaram as duas retas o logaritmo decimal da [lac] e o logaritmo decimal do Vo2} obtidos em testes ergométricos realizados com 10 adultos jovens.A primeira reta era deduzida a partir de pontos abaixo do AT e a segunda de pontos acima. Os pontos abaixo e acima do AT eram escolhidos por inspeção visual. A intercessão entre as retas ocorreria no limiar láctico. BEAVER. WASSERMAN & WHIPP (1986) também propuseram uma técnica baseada na inclinação das curvas de volume de gases para detecção do limiar anaeróbio. A relação entre VE e VCo2 apresenta dois segmentos lineares, e o ponto de interseção é o AT. A mudança de inclinação entre os dois segmentos deverá ser maior que 15%. Os autores recomendam omitir da regressão as medidas do primeiro minuto, onde a inclinação da curva é menor que 0,6. O erro esperado para o método é em média de 0,07 mL»min'1 ou de 3,8%. Os autores observaram que o limiar láctico ocorria a 0,5 mmoUL'1 de lactacidemia abaixo do limiar ventilatório. DICKSTEIN, BARVIK, AARSLAND, SNAPINN & KARLSSON (1990) compararam a técnica convencional de inspeção visual; com a da análise de regressão do V-Slope e do log-log descritas acima; com a que emprega o ponto fixo de R = 1,00 e [lac] = 2 mmoUL1, os resultados obtidos foram os apresentados na TABELA 5. 72 TABELA 5_: ^Comparação entre métodos de determinação do limiar anaeróbio. Limiar Técnicas .... .................Diferença . . -....................................... (mL*min‘1) Ventilatório Regressão x insp. Visual 30 185 0 + 181 Ventilatório Fixo x insp. Visual Ventilatório Fixo x regressão Láctico n r 0,83 30 185,8 + 150 0,82 30 182,2 ± 144 0,87 -63,8 ± 135 0,84 29 186,0 ±98 29 25,2 ±17 Regressão x insp. Visual 30 Fixo x insp. Visual Fixo x regressão Láctico Láctico 0,89 0,70 Fonte: DICKSTEIN et alii (1990) MEYER, HAJNIC, WATBROOK, SANNEK, LEHMANN, SCKWABOLD BETZ & ROSKAMM (1996) estudaram a objetividade (entre testadores) confiabilidade teste-reteste (intertestador) dos parâmetros para detecção do limiar anaeróbio. Para tanto empregaram 27 pacientes e 69 indivíduos normais que foram submetidos aos testes de sobrecarga em rampa e escalonada no ciclo. A rampa com incrementos de 12,5 w • min'1 mostrou-se mais precisa, sendo os resultados obseivados apresentados na TABELA 6. e a TABELA 6 - Confiabilidade e objetividade dos parâmetros para deteccão dos limiar anaeróbio. % Erro entre testadores (mLTTvn’1)______ 4.8 68,0 ............. 3.9 9,8 4,6 27.7 4,8 7,6 Erro teste- reteste (mL«min‘1) %Parâmetros Sucessos Vq2 inLwntn'1) (%) 1.392 ±432 66,8 1.534 ±449* 52,2 1.468 ±492* 65,4 1.404-483 69,0 5,0V-Slope 84 0,3R 84 2,0VeA/c02 Peto? Todos Log-log 53 0,566 100 6,2 52,41.302 = 346 89,2 3,986 Fonte: MEYER, et alii (1996) Liu. STEiNACKER & STAUCFI (1995) estudaram a possibilidade de detecção do AT por meio da P?Q2, medida através de eletródio transcutâneo afixado na parte superior das costas de 11 adultos jovens. A potência física e metabólica observada no limiar anaeróbio transcutâneo (TAT) foram significativamente mais elevadas as obtidas pelo AT determinado por trocas gasosas (r - 0,72 e r - 0.81 73 para watt e V02 respectivamente). Os autores porém, não observaram diferenças significativas nestas potências das determinadas para o ponto de compensação respiratória (r- 0,93 e r = 0,83 para watt e V02 respectivamente). YAMAMOTO, MIYASHITA, HUGHSON, TAMUURA, SHINOHARA & MUTOH (1991) estudaram a relação do limiar anaeróbio ventilatório com o máximo steady State do lactato (MSsl)• Os autores consideram como M variação da lactacidemia entre o 15° e 30° minutos de esforço numa carga retangular. Os autores observaram que a carga e o V02 apresentavam alta confiabilidade (r = 0,98, EPE = 5,53 watts e r = 0,90, EPE = 0,12 ml_»min'1 respectivamente). Os autores não observaram diferença significativa da lactacidemia durante o esforço de carga fixa com intensidade correspondente ao AT, mas observaram um aumento progressivo da [lac] com a carga correspondente a 104.9% do AT. REYBROUCK, GHESGUIERE, CATTAERT, FAGARD & AMERY (1983) pesquisaram os efeitos fisiológicos em duas cargas retangulares de 40 minutos com intensidades equivalente ao AT e 20 watts acima. Os autores observaram que na carga correspondente ao AT a [lac] eleva-se até o 10° minuto e depois reduz-se, o pH, PCo2 e [HC03] não se alteram. Na carga acima do AT, o V02 e o R não mudaram do 20° ao 40° minuto. A VE, VCo2, VeA/02i Ve/VC02, f e FC apresentaram um progressivo e significativo aumento. A Petco2, [HCO3], pH tiveram um progressivo declínio enquanto que a concentração do lactato aumentava. MCLELLAN & GASS (1989) estudaram 0 efeito do elevado (51,9 ± 1,5% V02mix) e do reduzido (41,9 ± 1,8% V02mix) limiar anaeróbio na resposta cardiorrespiratória a três intensidades de esforço com duração de 20 minutos. A primeira intensidade correspondia ao AT, a segunda ao AT mais 33% da diferença entre oATeo V02mix {AT +33%), e a terceira ao AT mais 66% desta diferença (AT + 66%). A freqüência cardíaca (FC) elevou-se nos dois grupos acima do AT. A temperatura central aumentou nas três intensidades, nos dois grupos. No grupo com elevado limiar anaeróbio não foi observada diferença significativa entre a [lac], pH, Pco2, [HCO3], [Na*], [K*] e [CT\ nas duas cargas de baixa intensidade (AT, AT + 33%). Na carga mais elevada (AT + 66%) os autores observaram diferença não significativa na [lac], pH, PCo2 para 0 grupo com alto a ausência deSSL nas duas intensidades mais 74 limiar. Para o grupo com baixo limiar a carga mais intensa apresentava o aumento da [lac] e redução da PC02 e do pH. VITASALO, LUHTANEN, RAHKILA* & RUSKO (1985) estudaram a relação da atividade eletromiográfica dos grupos vasto lateral , vasto mediai, reto femural, soleus, gastrocnemos (lateral) e tibial anterior com o limiar anaeróbio. Cinco adultos do sexo masculino foram submetidos ao teste ciclo ergométrico escalonado (15 cada três minutos), e posteriormente a cinco cargas por cinco minutos (50% V02miX, 1 limiar metabólico2, 2° limiar metabólico3, V, duas últimas). Os autores observaram que as mudanças no eletromiograma integrado (IEMG) não ocorrem em função linear com os incrementos na carga. A quebra da linearidade entre o IEMG e a carga de trabalho ocorre no 1° limiar metabólico (AT). w a e a intensidade média entre as02máx BOISSOU, ESTRADE, GOUBEL, GUEZENNEC & SERVURIER (1989) objetivando determinar se existe associação entre as mudanças no pH intracelular e o deslocamento no espectro de potência do EMG, submeteram oito indivíduos do sexo masculino ao teste no ciclo ergômetro. Os sujeitos realizaram um esforço a aproximadamente 125% V02máx até a exaustão. O EMG foi coletado no vasto lateral de cada membro por meio de um eletrodo bipolar de superfície. Realizou-se biopsia do vasto lateral direito 30 a 40 segundos após o término do esforço. Amostras de sangue venoso do antebraço foram coletadas no repouso e a três minutos após o exercício. O procedimento foi realizado com o uso de placebo (CaC03) e de bicarbonato de sódio (NaHC03) administrados na dose de 0,3 g.kg'1. As investigações (substância placebo e experimental) ocorriam no intervalo máximo de duas semanas. Observou-se que a resistência a fadiga era significativamente maior com o uso do bicarbonato de sódio. No pós-esforço o pH e a lactacidemia eram significativamente mais elevados para a substância experimental. O pH intramuscular não diferiu nas duas situações, enquanto que a concentração do lactato era significativamente mais elevada com o uso do bicarbonato de sódio. A elevação da concentração do lactato estava correlacionada ao incremento da 2 Refere-se ao limiar anaeróbio de WASSERMAN et alii, 1973. 3 Refere-se ao limiar anaeróbio de MADER et alii, 1976. 75 resistência (r = 0,62). A queda da potência de freqüência média (MPF) determinada pelo EMG era significativamente maior com o uso do bicarbonato de sódio (19 ± 2% versus 10,1 ± 0,9%). A redução da MPF era linearmente relacionada com a concentração musculardo lactato, porém não as mudanças na concentração de prótons (H+). GAMET, DUCHENE, GARAPON-BAR & GOUBEL (1993) investigando um grupo de adultos jovens (25 homens e 15 mulheres) treinados e destreinados observaram que a PEMG ajustavam-se ao tempo numa função em polinômio de 3' ordem, enquanto que a MPF apresentava um pobre ajuste a esta função. O aumento curvilíneo da PEMG pode ser devido ao aumento da produção de força pelo músculo ou pela ocorrência progressiva do processo de fadiga. Os autores não recomendam a PEMG como índice do limiar anaeróbio. Limiar anaeróbio de MADER et alii (1976)8.9.1 MADER et alii (1976) identificaram a intensidade de transição aeróbia- anaeróbia. Este autor atualmente define limiar anaeróbio, como: ...Between íhese two metabolic States a transi ti on stage called “anaerobic threshold” (AT) exists. This means that there is a shiftfrom a solely oxidative to additional glycolytic energy supply. This shift is indicated by a steep nonlinear increase ofblood lactale in relation topower output and lime... (MADER. 1991 )4 cm A teoria que fundamenta este limiar anaeróbio, foi publicada por MADER & HECK (1986), e está sumariamente descrita abaixo. 8.2.1, o ritmo da glicólise é determinadaComo visto na seção principalmente pela enzima fosfofrutoquinase (PFK). A PFK é ativada em relação incremento do lactato sanguíneo em relaçáo a potência e ao tempo... 76 alostérica ao ADP. Sendo esta ação ampliada pelo AMP. O nível de AMP eqüivale ao de ADP , logo a concentração de ADP multiplicada pela a de AMP eqüivale ao ADP . A atividade em steady State da cadeia respiratória pode ser estimada usando a concentração de ADP: (Eq. 28)W = (V02máx) + (1 + k’s + [ADP]") Sendo: k’s = constante de 50% da taxa de ativação (mmoUkg'1) n = expoente 1 < n < 2 Quando n é igual a dois trata-se da cinética de uma reação alostérica, sendo k’s na faixa de 0,2 a 0,3 mmol de ADP por quilograma de músculo (kgm). Logo 0,252 dará 0,0625. Na taxa metabólica de repouso (5 a 10% V02máx), a concentração de ADP é de 0,03 rnrnol.kgm'1. A 85% V02n,áx esta concentração eleva-se para 1,00 mrnoUkgm'1. Sendo assim a formação de ácido láctico será: (Eq. 29)(dLa/dt)ss = (dLa/dt)màx^ (1 + k”s + [ADP]3) sendo: k”s = taxa de ativação de 50% da glicóiise, principalmente pela ativação da PFK (mmoUkg'1)3 (dLa/dt)màx = taxa máxima de ativação da glicóiise, expressa pela formação do ácido láctico (mmoUs1»L‘1) (dLa/dt)ss = taxa de formação do ácido láctico (piruvato) em steady State. Expressando a taxa de formação do lactato em função do consumo de oxigênio em steady State temos: [ADP]2 = (k’S • V02ss) + {V02máx- V02ss) (Eq. 30) 77 logo (Eq. 31) [ADP] - V(k’S • Vo2ss) + ( Vo2máx ~ Vo2ss) assim (dLa/dt)^ = (dLa/dt)máx - {1 + k”s h- [(\'(k’s • V02ss) + (V02máx- V02»)3]} (Eq- 32) Como são necessários 6 moles de oxigênio para oxidar um de glicose, 67.2 litros. Compara 1 mol de lactato serão necessários 3 moles de oxigênio ou isso. 1 mL de oxigênio oxida 0,014881 mmol de lactato (ou de piruvato) o que também eqüivale a 0,01576 mmol de lactato por mL de oxigênio. A faixa de incremento da oxidação do lactato (ou piruvato) é de 0,0124 a 0,0157 mmol por mL de oxigênio. Como o conteúdo de água no músculo é de 77% (0,01576 * 0,77) pode- se esperar 0,0205 mmol de lactato por quilograma de músculo. O espaço para distribuição do lactato pelo corpo da água corporal. O espaço total empregado será de 0,42 a 0,44 LH2o«kg'1 de peso é de 46.1 a 76% do total corporal. A net formação do ácido láctico pode ser estimada por: = 60 • (dLa/dt)máx * [1 + k”s + (^(k’s * Vo2ss^ + (Vo2mix- Vo2ss^ ^ - (0,01576 - vol. rei. • VW) (dLa/dt)net sendo: 1 1 (dLa/dt)„« = taxa de net formação do ácido láctico, expressa em mmol.min .L' = volume relativo de distribuição do lactato em litros por quilograma de peso vol. rei. corporal. ão do lactato eqüivale a 0,8 mmoUs‘1«L'1 ou 48 A taxa máxima de formaçao formação do lactato (piruvato) excede o V02ss A taxa máxima de combustão eqüivale a 3,3% da O ponto no qual ammol»min'1*L1. depende da taxa de combustão taxa máxima de formação ou a fosforilaçáo oxidativa rro Vo» a taxa de formação e de combustão do lactato a produção com a eliminação eqüivale a 1 6 mmol.min'1 »L'1. Se o piruvato é o único combustível para estarão em equilíbrio. Este equilíbrio entre concentração de lactato no sangue em steady State. 78 A taxa de eliminação depende da concentração do piruvato (lactato) na reação de entrada no ciclo do ácido tricarboxílico ou reação do complexo da piruvato desidrogenase (PDH). No limiar anaeróbio o piruvato satura a oxidação. A eliminação do lactato ocorre por uma reação substrato-enzima determinante, ou: (dLa/dt)ei = {(0,01576 + vol. rei.) * 1 + (k*, 4- [CLacss]2} (Eq. 34) sendo: (dLa/dt)ei = taxa de eliminação do lactato através da oxidação kei= 50% da taxa de atividade da PDH (mmol.L'1)2 CLacss = concentração sangüínea de lactato no esforço em steady State. (mmol.L'1.min'1) O lactato está sempre em equilíbrio com o piruvato. A PDH é regulada pelos Inibidores alostéricos (ATP, NADH" e Acetil-CoA), e pelos estimuladores (NAD, ADP, AMP e CoA). A saturação da cinética da PDH ocorre numa concentração de 4 a 6 mmol.L"1 de lactato sangüíneo, quando em steady State. A velocidade da reação é regulada por feedback negativo à razão [Acetil-CoA]/[CoA] e pelo estado redox no interior da célula ([NADH]/[NAD]). A taxa de turnover do lactato apresenta saturação entre 3 e 5 mmol.L'1 de lactacidemia em steady State. A produção do ácido láctico (dCia/dt) em mmol.min'1.L'1, pode ser determinada por: (Eq. 35)(dcia/dt) = 60 • (dLa/dt)máx {1 + k”s + [V(k's • 702ss) (V02máx - \/o2ss)3]} - {(0,01576) - (vol. rei. • V02ss) + 1 + (K>i - [CLacss]2} Abaixo do limiar anaeróbio, mesmo com uma concentração de lactato acima de zero, não ocorrerá o net acúmulo no esforço em steady State, logo: 60 • (dLa/dt)máx- {1 + k”s + [(V(k’s • V02ss) - {V02máx- l/02ss)3]} - {(0,01576) - (vol. rei. • VW) * 1 + (kei - [CLacss]2} = 0 (Eq. 36) Deduz-se que a concentração do lactato em steady State é: 79 C|_ass {(dLa/dtmáx* kei)} -s- {[ (0,01576 vol. rei.) • \/o2ss] • [1 + k"s + ((k’s . v02ss) + (V02méx- Vo2ss))f2 - [dLa/dWO Existem duas principais situações metabólicas explicadas por este (Eq. 37) modelo ou: a) Verdadeiro steady state: Nesta situação o suprimento de energia é mantido completamente pela oxidação, o que sustenta um ambiente interno constante. No steady state metabólico, até certa potência, a concentração do lactato é mantida. Isto resulta do equilíbrio entre a taxa de formação e a taxa de eliminação oxidativa do piruvato. Sendo a taxa de formação do piruvato abaixo da taxa de saturação da oxidação do mesmo. O piruvato atua como substrato regulador da PDH. Como a concentração do piruvato e do lactato estão em equilíbrio, a relação entre o piruvato e a atividade da PDH pode ser expressa como relação entre o lactato e a atividade da mesma enzima. O aumento da taxa de formação do piruvato (ou lactato) intensifica a saturação da atividade da PDH. Com isso a concentração do lactato em steady state aumenta para valores infinitos, cruzando o limiar anaeróbio. O limiar anaeróbio é portanto o equilíbrio entre a formação do lactato, e a máxima eliminação do piruvato por combustão ponto de saturação completa da PDH. Em virtude das características da saturação não linear da PDH pelo piruvato, ocorre o acúmulo do lactato em função do tempo. b) Não steady state: nesta situação há formação e acúmulo do lactato gerando a acidose metabólica. Ocorre a saturação da oxidação do piruvato, o que equivale a incapacidade de aumentar a taxa de eliminação. A eliminação por outras fontes, especialmente pela neoglicogênese hepática, também não ocorre. SJÕDIN & JACOBS (1981) determinaram a relação entre o 4mM (Onset of blood íactate accumulation - OBLA) e a porcentagem de fibras lentas em maratonistas(n = 19). Amostras do músculo vasto lateral foram empregadas para determinar esta porcentagem (%ST), área percentual das fibras de contração lenta (%STârea), e densidade capilar. Os resultados obtidos foram apresentados na TABELA 7. no 80 TABELA 7- Çoeficientes de correlação de Pearson entre a velocidade na maratona, velocidade no limiar anaeróbio e quilometragem semanal de treino, com a porcentagem de fibras de contração lenta e com a densidade capilar. Velo. Maratona V^m ..........................0,96" km por semana "0794 ’ 0,88 0,69 Velo. Maratona V4mM %ST 0,64 0,63 %STérea 0,66 Capilares por p.m2 0,63 0,65 0,70 0,59 0,62 Fonte: SJÔDIN & JACOBS (1981) SJÕDIN et alii (1981) estudaram a relação do 4mM com a atividade enzimática no músculo vasto lateral após a maratona em 19 corredores. As correlações obtidas foram apresentadas na TABELA 8. TABELA 8 - Correlações significativas entre atividade enzimática, percentual de fibras lentas, densidade capilar com a velocidade de corrida no limiar anaeróbio (V^m). velocidade de corrida na maratona (VM) e quilometragem semanal de treino. Densidade Capilar VímM Vol. treino%ST %STàrea 0,62 0,64 0,55 0,57 0,68 0.63 - 0,46 - 0,46 - 0,54 - 0,45 0,69%ST 0,65%STá Densidade Capilar LDH PFK rea 0.58 -0,52- 0,60 - 0,63 - 0,47 - 0,50 n.s. n.s. n.s. 0,51 n.s.n.s. n.s. n.s.CS n.s. - 0,68 - 0,65 -0,54 -0,58 -0,57 -0,57 -0,76 -0,77 -0.45 n.s.-0,68 -0,72 PFK/CS LDH/CS LDH/CS n.s. n.s.n.s. n.s. n.s.n.s. Fonte: SJÕDIN et alii (1981) Posteriormente, SJÕDIN, JACOBS & SVEDENHAG (1982) estudaram o efeito do treinamento na velocidade correspondente ao 4mM por 20 minutos, oito corredores de meio fundo e fundo. Os autoresuma vez por semana, em 81 observaram que na V.4mM, a concentração de lactato no sangue aumentava de 4,1 ± 0,3 para 5,9 ± 1,0 mmol.L'1 do 5o ao 20° minuto. Esta velocidade foi negativamente correlacionada a taxa de acúmulo do lactato (r = - 0,81) e positivamente à %ST (r = 0,83). A atividade média da PFK decresceu significativamente, enquanto que a da LDH e da CS mostraram-se imutáveis. Considerando-se apenas o grupo de atletas de fundo a atividade da CS aumentou em 22%. Enquanto que os corredores de 800 metros demostraram uma redução da atividade desta enzima em 13%. Houve uma redução da atividade da PFK nos corredores de longa distância (21%) fundo (50%). Porém em ambos grupos observou-se uma redução da razão PFK/CS. A isoenzima H-LDH aumentou em todos os atletas, tanto em termos absolutos e nos de meio , como As mudanças na V4mM não covariavam com as mudanças na atividade enzimática. A mudança na velocidade de corrida a 15 km.h'1 foi correlacionada com o aumento da atividade enzimática relativa da H-LDH o treinamento no limiar anaeróbio (r = - 0,75). em relação a isoenzima M-LDH. após JACOBS (1981) observou que a velocidade no limiar anaeróbio (V^m) era correlacionada a %ST (r = 0,62), %STárea (r = 0,55), densidade capilar (r = 0,55), a atividade da PFK (r = - 0,54), da LDH (r = - 0,46), a razão PFK/CS (r = - 0,68), e a LDH/CS (r= - 0,54) e a velocidade na maratona (r= 0,96). O autor observou que na situação de depleção do estoque de glicogênio a 55% do estoque normal, ocorre um aumento na atividade da lipoproteína lipase (LPL) em 21%. Na situação inversa, ou com o estoque de glicogênio supercompensado, a LPL apresentou uma redução de 51% em sua atividade. Este pesquisador também observou uma alta correlação entre a atividade desta enzima com a %ST. A conclusão deste estudo foi que com o aumento do metabolismo lipídico há um aumento do nível de citrato, tanto após o esforço prolongado como após uma dieta hiperlipídica, o que pode inibir a PFK e reduzir a concentração do lactato. Para MCLELLAN & JACOBS (1991) o grau de depleção do glicogênio entre sujeitos de diferentes sexos e variado nível de condicionamento, não pode ser previsto acuradamente pela intensidade relativa do exercício. KOMI et alii (1981) observaram em nove sujeitos ativos que a velocidade no limiar anaeróbio era significativamente correlacionado a porcentagem de fibras 82 de contração lenta (r - 0,78), a velocidade na maratona (r = 0,93), e a densidade capilar (r = 0,77). Os autores concluíram que as influências sobre a 17. /oST, perfil metabólico muscular, norma de recrutamento motor, densidade capilar status de treinamento. TESCH et alii (1981) empregando a análise de regressão múltipla, relatou que 92% da variância na carga do limiar anaeróbio pode ser explicada pela %STárea, e densidade capilar (n = 16, Rm = 0,96), não há melhora na predição quando o V02miX é incluído. Mader e seu grupo (HECK et alii, 1985; MADER, 1991), interpolam o limiar anaeróbio na curva exponencial plotada entre as intensidades e as concentrações de lactato medidas de amostras sangüíneas do lóbulo da orelha. Desde 1929 com o trabalho de Jervill que os estudos matemáticos apontam para uma relação exponencial da lactacidemia com a carga de trabalho. Atualmente, alguns estudos confirmaram esta relação (DENNIS, NOAKES & BOSCH, 1992; HUGHSON, WEISIGER & SWANSON, 1987; POWERS, DODD & GARNER, 1984; YEH, GARDNER, ADAMS, YANOWITZ & CRAPO, 1983). DENNIS et alii (1992) comparando os limiares metabólicos com o modelo exponencial. Os autores observaram que não só a concentração sangüínea de lactato é melhor ajustada a essa função como também, a VE, e o V^- HUGHSON et alii (1987) demonstraram que o erro metodológico do modelo com um ponto de inflexão e de 3,5 vezes o do modelo exponencial. HECK et alii (1985) obtiveram excelentes ajustes a função exponencial, teste ergométricos com corredores de fundo e meio fundo (r = 0,994 ± 0,004). POMPEU, FLEGNER, SANTOS & GOMES (1997) observaram valores muito próximos para testes no mesmo ergômetros realizados por corredores da mesma modalidade ( r = 0,985 ± 0,220). MADER (1991) adota o protocolo escalonado com estágios de cinco a oito minutos, com pausas de 30 a 60 segundos para coleta de sangue do lóbulo da orelha. A carga obtida neste protocolo para concentração de lactato correspondente 4,05 mmol.L'1 em média (3 a 5 mmol.L'1) deverá ser empregada como referência para o esforço caracterizado pela elevação máxima SãO. Vo2máxj4mM e em de intensidade fixa. O steady State no protocolo retangular será do lactato de 1 mmoUL'1 entre o 10° e o 30° 83 minutos (HECK et alii, 1985). A confiabilidade teste-reteste do 4mM é elevada (r = 0,97), com erro metodológico de 9,0 watts e C.V. = 4,9% (MCLELLAN & JACOBS, 1991). Apesar disto, AUNOLA & RUSKO (1992) demonstraram que o máximo steady state do lactato é correlacionado (r- 0,83) ao primeiro limiar metabóiico de WASSERMAN et alii (1973) e não ao ponto fixo de 4,0 mmoUL'1 de lactacidemia (r = 0,57, n.s.J. Contudo estes autores empregaram um protocolo com incrementos de 50 watts em estágios de dois minutos. E, há (HECK et alii, 1985) um nítido deslocamento para esquerda da curva de lactacidemia no protocolo com estágios de três minutos. No estudo de HECK et alii (1985) foi observado que a concentração de referência para o máximo steady state do lactato é de 3,5 mmoW_'1 para testes com estágios de três minutos. O sangue venoso e o plasma como meio de análise da concentração do lactato, empregados no estudo de ANULA & RUSKO (1992) também levam a supra-estimativa do 4mM (FOXDAL, SJÓDIN, SJÓDIN & OSTMAN, 1994). KINDERMANN et alii (1979) sugeriram que o primeiro limiar metabóiico correspondería ao início da anaerobiose ou a carga de trabalho onde o exercício deixaria de ser completamente aeróbio. Para estes autores, o primeiro limiar metabóiico poderia ser identificado pela inflexão da ventilação minuto (Ve), ou do quociente respiratório (R), em relação à potência aeróbia (V02), ou a uma concentração média de 2,0 mmol»L1 de lactacidemia. No entanto, 0 segundo limiar correspondería ao momento onde a via aeróbia deixaria de ser a fonte prioritária de geraçãode energia, passando então a haver uma contribuição significativa do metabolismo anaeróbio. O segundo limiar ocorrería a uma concentração de lactato próxima a 4,0 mmoi.L'1 ou ao momento de quebra da linearidade da VE em relação a excreção de gás carbônico (REINHARD, MÜLLER & SCHMÜLLING, 1979). Da carga do repouso até o primeiro limiar, seriam recrutadas apenas as fibras do tipo I (lentas). Entre os dois limiares somariam-se a estas as fibras do tipo lla e, após 0 segundo limiar seriam MCLELLAN, 1980). também recrutadas as fibras do tipo llb (SKINNER & 84 8.9.3 Limiar anaeróbio de STEGMANN & KINDERMANN (1982) STEGMANN & KINDERMANN (1982) descreveram anaeróbio individual. Estes definem limiar anaeróbio como: as bases do limiar ...The individual anaerobic threshold (IAT) was defined as the work load corresponding to the steady State between diffusion of lactate into the blood compartment and maximal elimination from the blood and muscle compartments... (STEGMANN & KINDERMANN, 1982)5 O modelo teórico descrito por STEGMANN et alii (1981) foi sumariamente descrito a seguir (FIGURA 6). A difusão do lactato pela membrana celular no teste escalonado pode ser descrita por: [dn(t)/dt] = Mc • AC (Eq. 38) sendo: [dn(t)/dt] = taxa de difusão em mmol.L'1.min'1 Mc = constante de membrana em minutos AC = aumento no gradiente do lactato 18 T 16 - 14 -- 5 1?-10 -- 8 - 6 -■ 4 -■ 2 - 0 0 minutos Adaptado de STEGMANN et aliii (1981). Limiar anaeróbio individual (IAT). FIGURA 6 - 5 O limiar anaeróbio individual (IAT) foi definido como a carga de trabalho correspondente ao estado de equilíbrio entre a difusão do lactato para dentro do Compartimento sangüfneo e máxima eliminação a partir dos compartimentos sangüíneo e muscular... 85 A taxa de eliminação eqüivale a: (Eq. 39)- dn(t)/dt = E (t) Em = constante se t-> ta Sendo: Em = taxa máxima de eliminação (mmoUL'1tmin'1) E = taxa de eliminação No pós-esforço há inicialmente um aumento da concentração sangüínea do lactato em consequência ao incremento excessivo na taxa de difusão (t > ta). O limiar anaeróbio individual (IAT) ocorre quando a eliminação acontece na sua taxa máxima e está em equilíbrio com a taxa de difusão. Assim, se t = tEm então: (Eq. 40)Db(t)/dt = Em = Mc • ACEm Sendo: zlCEm = gradiente de lactato no IAT (mmoUL'1) Na cinética acima do limiar anaeróbio individual, t > tEm, logo: (Eq. 41)dn(t)/dt = Em + Mc • (zlC - ^CEm) e (Eq. 42) [dn(t)/dt]máx = Em + Mc • (ACmàx - ziCEm) No momento tA o esforço será interrompido e a taxa de difusão será (FIGURA 6) No pós-esforço o gradiente de lactato e a taxa de difusão serãomáxima reduzidos. Num dado momento na curva de remoção será atingido o ponto tB, ou o ponto de concentração igual a de tA. O intervalo entre os dois pontos (tB - U) terá a Qomc na recuperação a eliminação será máxima, haverá uma redução danotação t lactacidemia em função do tempo (Em = dC/dt). 86 Quando o exercício é realizado com intensidade acima do IAT, o produto pós-esforço para atingir a concentração igual a 3 determinado pelo volume de sangue (Vb). Isto da eliminação máxima pelo tempo no do momento da fadiga (Em • tn) refletirá na ACmáx- AC , sera Em, no volume muscular (Vm) exercitado. Para determinar o ponto no tempo que apresenta uma dada difusão, ponto de interseção da linha reta Em(t - tA) com a curva de diferentes quantidades de difusão e eliminação, ou: observa-se o J>tA dn(t)/dt. dt (Eq. 43) Como concentração é a quantidade (A) dividida peio volume (V), deduz- se: Em • tn (Vm + Vb) = [AC - /tCEm) • Vm (1 + VbA/m) Em • tn = [AC - <dCEm) (Eq. 44) (Eq. 45)se t = tA [dn(tA)/dt] = Em + Mc • Em • tn (1 + VbA/m) (Eq. 46) e Em • tn = iaT dn(t)/dt • dt = AC - ACEm [dn(tA)/dt] = Em + Mc • Em • tn (Eq. 47) (Eq. 48) Sendo: Mc = ao aumento na taxa de difusão para o incremento no gradiente de 1 mmol»L'1 Assim: (Eq. 49)[dn(tA0/dt] = Em + 1/dt • Em • tn tEmT dn(tA)/dt • dt = tEmT Em • dt + ieJ^ Em • tA/dt • dt /(tA) = Em (tA - tEm) + Em • tn (Eq. 50) (Eq. 51) Todo Em • tn é definido pela curva de concentração do lactato [/(tA)] e pela linha reta formada a partir de Em (tA - tEm) que é uma tangente à curva de acúmulo do lactato, com origem no ponto B. 87 (Eq. 52) /(tA) - Em (tA - tEm) + Em (tB - tA) = Em (tB - tEm) Em (tB — tEm) — /(tA) - Em (tA — tEm) (Eq. 53) 0 ponto de contato da tangente com a curva de acúmulo do lactato eqüivale ao momento de máxima eliminação ou ao IAT. Os autores (STEGMANN et alii, 1981) observaram a ocorrência do IAT em 62 indivíduos, avaliados no ciclo ou na esteira. As coletas de sangue ocorreram do lóbulo da orelha em hiperemia ao final de cada estágio de três minutos, no repouso e nos 1, 2, 5 e 10 minutos de recuperação. No grupo dos corredores de fundo (n = 7) o IAT ocorreu a uma concentração média de 2,1 ± 0,5 (1,4 - 3,0) mmol.L'1 de lactacidemia. Para os jogadores de handball (n = 16), estudantes de Educação Física (n = 14), patinadores de velocidade (n = 7), nadadores masculinos (n = 9) e nadadores femininos (n = 8) as concentrações médias foram respectivamente de 3,9 ± 1,1 (2,0-5,7); 4,6 ± 1,2 (3,0 - 7,5); 3,6 ± 0,8 (2,5 - 4,6); 3,9 ± 0,8 (2,7 - 6,6) e 3,2 + 0,6 (2,4-4,3) mmol.L'1. STEGMANN & KINDERMANN (1982) submeteram nove indivíduos do sexo masculino e 10 do feminino ao protocolo ciclo ergométrico progressivo até a exaustão. As mulheres empregaram a carga inicial de 50 watts e os homens de 100 watts. A partir do primeiro estágio a intensidade foi incrementada em 20 watts a cada dois minutos. O IAT era determinado assim como, a carga equivalente a lactacidemia de 4 mmol.L'1 (w4mM). Os indivíduos foram submetidos também ao esforço contínuo na intensidade correspondente ao IAT e ao w4mM. O IAT ocorreu a 64,8 ± 5,4 (55 - 77)% V02mix enquanto que a w4mM ocorreu a 77,0 ± 10,7 (50 - 88)% Todos os sujeitos avaliados conseguiram suportar a carga do IAT por 50 minutos em steady State, com exceção de apenas um. Na carga equivalente a w4mM, nenhum destes conseguiu manter a carga em steady State com exceção de três remadores. Vo2máx- SCHNABEL, KINDERMANN, SCHMITT, BIRO & STEGMANN (1982) estudaram as respostas metabólicas na carga equivalente ao IAT em 12 estudantes 88 de Educação Física. Estes indivíduos foram submetidos ao teste em esteira com km»h'1, e incrementos de 2 km»h'1 em estágios de très minutos, entremeados por intervalos de 30 segundos. Posteriormente, empregou-se uma carga retangular de 50 minutos com intensidade equivalente ao IAT. A cada cinco minutos coletou-se amostras de sangue venoso para análise da concentração do lactato. Amostras de sangue foram coletadas também no repouso, 25* e 50’ minutos para determinação da concentração dos ácidos graxos livres, glicerol, epinefrina, norepinefrina, insulina, hormônio do crescimento, cortisol, hemoglobina e hematócrito. As catecolamninas tiveram amostras adicionais no 15° e 30’ minutos. A hemoconcentração foi estimada indiretamente pela medida da concentração da hemoglobina e do hematócrito. O IAT foi observado a 75,0 ± 2,6% Vomx- A FC aumentou linearmente do 15’ ao 50* minuto. A lactacidemia do 25' ao 50’ minutos manteve-se estável na faixa de 2,7 a 6,0 mmoUL'1. A glicemia não foi significativamente diferente da concentração de repouso, porém esta elevou-se no pós-esforço. O glicerol aumentou em 103% entre o 25’ e 50’ minutos. Os ácidos graxos livres tiveram um incremento de 27% no mesmo intervalo de tempo. A insulina reduziu-se do início até o 25* minuto, porém não alterou-se posteriormente até o final do exercício. O hormônio do crescimento aumentou em oito vezes a sua concentração de pré-esforço até o 25’ minuto, depois não demostrou aumento adicional. O cortisol não diferiu significativamente do início do esforço até o seu término. A norepinefrina aumentou em sete vezes do início aos 15 minutos, posteriormente o incremento ocorreu de forma contínua numataxa reduzida. A epinefrina no 15° minuto era 2,8 vezes o valor de repouso, aos 50 minutos esta concentração era 4,3 vezes a do pré-exercício. A volemia reduziu-se em 11,7 ± 3,6%. O conceito de percepção de esforço aumentou continuamente do 10’ minuto até o final do exercício. Os autores observam que todos os avaliados poderíam continuar a exercitar-se após os 50 minutos de corrida. URHAUSEN, COEN, WEITLER & KINDERMANN (1993) submeteram um grupo de 30 atletas aos testes no ciclo ergômetro (n = 16) e de esteira (n = 14), para determinação do IAT e da w4mM. Posteriormente os indivíduos exercitaram-se em cargas retangulares a 85, 95, 100, 105% do IAT e a 100% W4mM para determinação inclinação de 5%, velocidade inicial de 6 89 do máximo steady State do lactato (Mssl)■ No ciclo o IAT ocorreu na concentração de 3,46 ± 0,66 mmoUL'1 de lactato. A w4mM foi observada a 104 ± 7% do IAT. O M ocorreu a 85, 95, e 100% do IAT com exceção apenas para um dos indivíduos na última intensidade de trabalho. A 105% do IAT e na w4mM, dois indivíduos interromperam o esforço em decorrência a fadiga e cinco atletas não demonstraram o Mssl■ Em quatro casos o w4mM foi medida abaixo do IAT. A FC aumentou significativamente em todas as cargas de trabalho. Na esteira o IAT ocorreu na concentração média de 2,44 ± 0,49 mmol.L'1 de lactacidemia. Novamente observou- se o Mssl em todos os sujeitos nas cargas de 85, 95, e 100% do IAT. Somente um atleta parou prematuramente na última intensidade. Em dois casos não foi observado o MSSL a 100% IAT. Não ocorreu steady State do lactato a 105% do IAT e cinco atletas pararam antes do término do tempo. A FC novamente aumentou continuamente até o final do esforço. Os autores puderam concluir que o IAT é uma referência confiável para orientar a carga do MSsl■ Apesar de alguns indivíduos apresentarem esta intensidade abaixo do IAT. URHAUSEN et alii (1994) repetiram este estudo em 14 atletas masculinos de resistência. A FC e as catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) aumentaram continuamente em todas as intensidades de esforço na carga retangular. A 105% do IAT as catecolaminas demonstraram um intenso incremento, quando comparada as intensidade no IAT ou abaixo deste. O steady state do lactato foi novamente observado a 85, 95 e 100% do IAT. Novamente os autores concluíram que o IAT parece representar o ponto da real transição entre o metabolismo aeróbio-anaeróbio. Em estudo semelhante no remo ergômetro BENEKE (1995) observou boa correlação entre a carga no máximo steady State do lactato e a no IAT(r = 0,81) e a w^m (r = 0,82). Porém em ambos os casos a intensidade estava a 30 watts acima da observada no MSsl- COEN, SCHWARZ, URHAUSE & KINDERMANN (1998) estudaram a relação entre a inclinação da curva de lactacidemia acima do IAT e a performance em 147 corredores do sexo masculino e 115 do feminino. A inclinação foi determinada pela fórmula: SSí. 90 INC (mmoULWV1) = [La(Dmn) - La (IAT) + 0,75 = Tana (Eq. 54)run Sendo: INC = inclinação La (IAT) = concentração do lactato no IAT La (Dnjn) = concentração do lactato no IAT + 0,75 m«s’’ Os autores observaram (COEN et alii, 1998) que uma menor inclinação pode ser vantajosa para o desempenho em corridas de fundo. MCLELLAN & JACOBS (1989) estudaram a influência da recuperação ativa e do treinamento sobre o IAT. Participaram deste estudo seis indivíduos masculinos e três femininos. Estes indivíduos foram submetidos a dois testes no ciclo ergômetro antes e após o treinamento. Em um destes a recuperação era passiva, enquanto que no outro era ativa (30% V02mix). O treinamento teve a duração de 30 minutos por sessão, com dois dias por semana no início, e quatro dias por semana no término. A duração total do experimento foi de oito semanas. A recuperação ativa influencia no cálculo do IAT e era diretamente relacionada a %V02max no último estágio e ao IAT (%V02™x) determinado com a recuperação passiva {r = 0,90). O treinamento elevou o IAT determinado pelas duas formas de recuperação. Não houve diferença na FC observada no IAT com recuperação passiva e ativa após o treinamento. A TABELA 9 apresenta o erro padrão da medida para o intervalo de coeficiente de determinação para diferentes limiaresconfiança de 95% e o metabóiicos inferidos a partir da aplicação do teste em dois momentos próximos (teste-reteste). 91 Erro padrão da medida a 95% de probabilidade (EPM • 1.96) eTABELA 9 - coeficiente de determinação (R2) calculados para o teste e reteste de diferentes limiares metabólicos. R5 EPM EPM %Limiar Medida ErgômetroReferência: 9,0919,60,792 0,562 0,828 0,757 0,903 0,689 0,903 0,518 0,548 0,757 0,828 LT Velocidade Vo2 2 mM Velocidade 2 mM 4 mM Velocidade 4 mM V02 Esteira Esteira Esteira Esteira Esteira Esteira Ciclo Esteira Ciclo Pista Pista Ciclo Ciclo Esteira Esteira Esteira Esteira Esteira WELTMAN etalii, 1990 10,44 16,33 11,39 21,25 11,06 0,314 15,29 LT 0,33V02 12,74 0,37 3,390,08V02ATRUSKO etalii, 1980 DAVIS et alii, 1976 16,80 13,87 0,41Vo2 %Vo2 2 mM Velocidade 4 mM Velocidade V-slope Log-log LT Velocidade AT Velocidade Epi-T Velocidade Nepi-T Velocidade RCP Velocidade AT 0,34AT 2,917,59POMPEU etalii, 1997 1,674,73 9,420,130 0,175 18,59 22,63 53,66 31,21 14,61 V02 Vo2 MEYER etalii, 1996 12,27 10,830,810 0,774 0,240 0,212 0,903 DICKHUTH etalii, 1999 12,81 34,62 19,92 7,13 Sendo: LT = limiar láctico; 2mM= intensidade correspondente a lactacidemia de 2 mmol.L \4mM- intensidade correspondente a lactacidemia de 4 mmoUL'1; AT = limiar anaeróbio; V-slope - limiar anaeróbio determinado pela técnica do v-slope; Log-log = limiar láctico determinado pela técnica do logaritmo do consumo de oxigênio pelo logaritmo da concentração do lactato; Epi-T - limiar de epinefrina; Nepi-T = limiar de norepinefrina; RCP= ponto de compensação respiratória. Adaptações ao treinamento de endurance8.10 O treinamento aeróbio afeta o mecanismo de replicação e destruição das mitocôndrias. O treino volumoso, ou de longa duração, aumenta o retículo mitocondrial porém, não aumenta a atividade enzimática específica por unidade de proteína mitocondrial. Já o treinamento intenso aumenta a degradação mitocondrial medida pela excreção urinária de proteína desta organela (MADER, 1991). O treinamento de endurance não afeta a atividade da enzima glicolítica fosfofrutoquinase (PFK), mas eleva a atividade da hexoquinase (HK). O aumento da atividade desta enzima objetiva facilitar a entrada de açucares oriundos da corrente 92 sanguínea na via glicolítica. Há também, uma redução da atividade da lactatodesidrogenase (LDH) especificamente das frações isoenzimáticas M-LDH, com o concomitante aumento das isoenzimas H-LDH. Isto provoca uma redução do aparecimento de lactato, com uma elevação da oxidação do piruvato. No STE há um aumento da atividade da citocromo oxidase diretamente proporcional ao aprimoramento do desempenho (r = 0,92). A correlação da atividade desta enzima é mais baixa com o V02màx (r - 0,70), uma vez que esta variável fisiológica é determinada principalmente pelo débito cardíaco. Holloszy (HOLLOSZY, 1975; HOLLOSZY & COYLE, 1984) sugere que o treinamento de endurance leva a uma redução da produção do lactato e ao aumento da resistência principalmente pelas adaptações bioquímicas no músculo e, secundariamente pela melhora da oferta de oxigênio. Pode-se assim observar o incremento da atividade em 100% por grama de músculo das enzimas succinato desidrogenase, citocromo-c redutase, e citocromo oxidase. A concentração de citocromo-c dobra, enquanto o conteúdo total de proteína mitocondrial eleva-se em 60% com o treinamento de curta duração. Estas adaptações levam a uma maior capacidade de oxidar ácidos graxos, cetonas e piruvato. Este autor não observa mudanças nas enzimas creatinaquinase, adenilatoquinase, e a-glicerofosfato desidrogenase. O conteúdo de mitocôndrias nas fibrasmusculares do tipo II tende a aumentar na mesma magnitude observada para as fibras do tipo I. Assim a diferença no nível enzimático mitocondrial entre os tipos de fibra musculares é amplamente reduzida, ou até completamente eliminada em indivíduos altamente treinados. O acentuado aumento no conteúdo mitocondrial não apresenta correlação com o incremento do V02méx■ Indivíduos com a mesma potência aeróbia podem apresentar diferenças de 20% no conteúdo mitocondrial. A única enzima glicolítica que aumenta de atividade com o treinamento aeróbio é a hexoquinase. Observa-se na glicólise a redução da atividade total da lactato desidrogenase com o aumento da atividade da fração cardíaca (H-LDH). O treinamento aeróbio também altera a velocidade do transporte do lactato pela membrana plasmática. PILEGAARD et alii (1994) estudaram 39 indivíduos do sexo masculino, classificados como destreinados, treinados e atletas. 93 Estes indivíduos foram submetidos a um teste de esteira para identificação do Vo2max e a um teste de potência anaeróbia de extensão do joelho por 50 segundos. Estes autores observaram uma capacidade de transporte significativamente maior para o grupo de atletas, mas não demonstraram diferenças entre destreinados e treinados. A capacidade de transporte não apresenta correlação com o V02máx, e com a densidade capilar, mas é tenuamente correlacionada com a quantidade relativa de fibras do tipo I (r = 0,48). Os autores concluem que para haver o incremento na capacidade de transporte do lactato é necessário que o treinamento seja de alta intensidade e volume. MCLELLAN & GASS (1989) estudaram o efeito da variação no primeiro limiar metabólico com o treinamento em dois grupos com similar V02máx. Neste estudo foram comparadas as respostas cardiorrespiratórias e metabólicas durante o esforço de 10 minutos no ciclo com intensidades correspondentes ao limiar anaeróbio. Neste exercício não foram observadas diferenças no V02, % V02, VCo2, R, temperatura central, FC, [Na*], [K*], e [Cl], LONDEREE (1997) realizou uma meta análise de 34 estudos sobre o efeito do condicionamento no VT e LT. Neste caso o autor observou a significativa interação entre a aptidão e intensidade do treino, aptidão e intensidades dos limiares e da aptidão, intensidade do treino e intensidade dos limiares. Este conclui ainda que o treino de endurance com intensidades próximas ao VT e LT são necessárias para o condicionamento. Intensidades acima destas não apresentam efeito significativo para sedentários, porém são eficazes para sujeitos condicionados. As variações no condicionamento podem ser observadas em oito a 12 semanas. Quanto a especificidade do treinamento PIECE, WELTMAN, SEIP & SENAD (1990) estudaram o efeito do treinamento de corrida e ciclo em corredores e ciclistas. Os autores puderam observar que o V02 no LT para 0 grupo de corredores aumentou em 58,5% determinado na esteira ergométrica e, em 20,3% no ciclo. O mesmo índice para 0 grupo de ciclistas aumentou em 38,7% quando determinado no ciclo e não apresentou mudanças significativas quando determinado na esteira. O treinamento elevou o l/c2max para ambos os grupos tanto em testes de esteira 94 quanto de ciclo. Neste trabalho conclui-se que o treinamento pode ser mais especifico para o V02 LT do que para o V02máx- FOSTER, FITZGERALD & SPATZ (1999) obsen/aram resultados semelhantes quando compararam os efeitos do treinamento da primavera ao outono. Houve diferença significativa na carga de trabalho no ciclo ergômetro correspondente a intensidade do primeiro e segundo limiares metabólicos e a carga máxima. Porém, a FC nestas intensídades de esforço não apresentaram diferenças significativas, assim como o conceito de percepção subjetiva do esforço. O treinamento excessivo que leva ao overtraining afeta a curva de lactacidemia. JEUKENDRUP & HASELINK (1994) observaram em um estudo de caso de um ciclista amador de 19 anos com diagnóstico de overtraining, um nítido deslocamento para a direita da curva de lactacidemia durante o esforço escalonado. Além de uma redução de 50% na concentração máxima de lactato no pós-esforço. A redução do lactato sanguíneo ocorre mesmo que a concentração de glicogênio esteja no nível satisfatório. Neste caso uma possível explicação para este fenômeno seria a redução da atividade simpática e ou uma menor sensibilidade as catecolaminas. Métodos indiretos de inferência dos limiares metabólicos8.11 CONCONI, FERRARI, ZIGLIO, DROGHETTI & CODECA (1982) estudando 210 corredores do sexo masculino, de 15 a 65 anos e especialistas em provas de meio fundo e fundo, sugeriram um método indireto para predição do limiar anaeróbio, segundo o modelo de WASSERMAN et alii, (1973). Estes autores empregaram um protocolo escalonado com distância fixa em 200 metros. Nos últimos 50 metros de cada estágio era registrado o eletrocardiograma por telemetria. A velocidade inicial de 12 a 14 km*h'; era incrementada em 0,5 km»h'\ sendo atingida no último estágio velocidades de 18 a 25 km«h'’. A relação linear entre a velocidade de corrida e a frequência cardíaca, a partir de uma determinada intensidade deixava de existir. Um exemplo pode ser observado na FIGURA 7, onde um atleta integrante da Seleção Brasileira Adulta Masculina de Voleibol de 1990 apresentou a deflexão da FC a 180 bpm. CONCONI et alii (1982) posteriormente, submeteram 10 atletas a três deflexão dadavelocidades abaixo acimaae 95 freqüência cardíaca (FCd). As distâncias empregadas para estes estágios foi de 1.200 m, entremeadas por 15 minutos de corrida de baixa intensidade. Durante os intervalos era coletada uma amostra de sangue venoso para determinação da concentração do lactato pelo método enzimático. Os autores traçaram duas retas que relacionavam a velocidade de corrida com a concentração do lactato. Tais retas eram traçadas empregando-se para cada, os três pontos acima e os três pontos abaixo da FCd• O limiar anaeróbio era a interseção entre as duas retas. A correlação encontrada entre a FCd e o AT era excelente (r = 0,99). O mesmo coeficiente de correlação foi obtido para confiabilidade intrateste (n = 26, r = 0,99). Foram obtidas também, excelentes correlações entre a velocidade da FCd e o desempenho na maratona (n - 55, r - 0,95), nos 5.000 m (n = 19, r = 0,93) e com a velocidade em uma corrida que leva a fadiga em uma hora (n = 31, r- 0,99). Estes resultados foram reproduzidos para natação (CELLINI, VITIELLO, NAGLIATI, ZIGLIO, MARTINELLI, BALLARIN & CONCONI, 1986) e outras modalidades esportivas com movimentação cíclica (DROGHETTI, BORSETTO, CASONI, CELLINI, FERRARI, PAOLINI, ZIGLIO & CONCONI, 1985). 190 - 180 - 170 - 160 - 150 - 120 - 110 - 100 - 90 - 80 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 1 4 15 16 17 18 19 20 21 Tempo (min) Limiar anaeróbio pela deflexão da FC. O ponto assinalado é o momento noFIGURA 7 - teste ergométrico no ciclo, com incrementos de 15 watts por minuto, em que um adulto jovem do sexo masculino atingiu a deflexão da freqüência cardíaca. 96 RIBEIRO, FRELDING, HUGHES, BLACK, COCHESE & KNUTTGEN (1985) estudando a relação da FCd com o primeiro e segundo limiares metabólicos, submeteram dois grupos (16 atletas e 11 sedentários) a um teste escalonado no ciclo ergòmetro. Os autores observaram não haver diferença significativa entre o limiar metabólico sugerido por MADER alii (1976) e a FCa (4mM = 240,0 ± 67.1 e FCa = 234,5 ± 69,5 w, r- 0,97). Observaram também, que a reprodutibilidade deste método {FCa) era muito baixa, uma vez que apenas 50% dos testes e dos retestes apontavam este fenômeno. FRANCIS, MCCLATCHEY, SUMSION & HANSEN (1989) não observaram a FCd em nove sujeitos do sexo masculino, submetidos ao teste no ciclo ergòmetro com incrementos de 11,1 watts a cada 30 segundos. Neste estudo o incremento da sobrecarga foi pelo aumento de cinco rotações por minuto (rpm) na freqüência de pedalagema cada estágio. A carga inicial empregada foi de 100 watts à 50 rpm no primeiro estágio. Na verdade, no protocolo sugerido por CONCONI et alii (1982), os estágios tinham duração inferior a um minuto, que era progressivamente mais curta pois empregou-se a distância fixa em 200 m, não havendo portanto tempo para as adaptações circulatórias à intensidade do esforço. Assim, a FCa obsen/ada é um artefato que apresenta uma alta correlação com o 2° limiar metabólico. A excelente correlação com o limiar anaeróbio pode ser explicada pelo fato de ambos os critérios ocorrem a 80-95% da velocidade (carga) máxima (JEUKENDRUP, HASELINK, KUIPERS & KEiZER, 1997). Nem sempre observa-se alta correlação entre a FCa e o segundo limiar metabóiico. KUIPERS, KEIZER, DE VIRES. VAN REYTHOVEN & WYTS (1988) estudando os fenômenos da FCa e do limiar de 4 mmol«L': em seus respectivos protocolos ergometricos obseivaram um correlação não signficativa entre estes fenômenos. Neste estudo, apenas seis dos 13 sujeitos avaliados apresentavam FCa e, a carga neste caso sempre foi significanvamente superior a do segundo limiar metabólico. Os estudos de validação do protocolo de CONCONI et alii (1982) não empregavam um protocolo convencional como referência de determinação do Li. O protocoio para validação empregado pelo grupo que defende a FCd, forçou a alta correiação do AT com a FCa. Uma alta correlação poaeria ser esperada já que três 97 cargas acima e três abaixo da intensidade da FCd eram escolhidas de forma arbitrária. Outro importante argumento contra esta metodologia é o fato de não ter havido randomização para a escolha da sequência dos testes. Foi também empregado um modelo matemático inadequado para detectar o limiar anaeróbio (interseção entre as retas formadas pelos três pontos acima com a formada pelos três pontos abaixo da FCd). Por causa deste ajuste matemático, o limiar sempre aparecia entre o 3o e o 4o estágio (LÉGER & TOKMAKIDIS, 1988). Com o objetivo de comparar a FCd observada em seu protocolo original, com o limiar anaeróbio determinando por um protocolo estágios em steady State, TOKMAKIDIS & LÉGER (1992) empregaram um grupo de 17 corredores de elite. Nas curvas que relacionavam a FC ou o lactato com a intensidade, foram utilizados dois modelos matemáticos. No modelo exponencial, uma tangente à 45° era traçada para representar toda a curva de velocidade contra o lactato. Na curva da FC com a velocidade, esta tangente era traçada a 75°. Empregou-se também o modelo log-log, sendo a interseção determinada pela fórmula: (Eq. 55)log (x) = (a! - a2) - (b, - b2) sendo: a! e a2 = interceptos das retas bi e b2 = coeficientes angulares das retas x = velocidade Os autores observaram que nem o modelo exponencial, nem o modelo log-log suportam a hipótese que o LT è igual a FCd. A correlação observada entre os dois índices foi baixa (r = 0,50), e a velocidade observada na FCd (18,5 ± 1,1 km.h'1) foi 13% mais elevada do que a observada no LT (16,3 ± 0,8 km.h 1). O LT tendeu a uma correlação melhor com o desempenho. O modelo exponencial apresentou um melhor ajuste dos dados, já que neste era menor a soma dos quadrados dos resíduos e o quadrado médio dos erros. POMPEU & GOMES (1998) observaram que a FCd ocorria acima do LT e abaixo do segundos limiar, num protocolo ciclo 98 ergométrico com estágios de três minutos para jogadores da Seleção Brasileira masculina adulta de voleibol. HOFMANN, BUNC, LATNER, POKAN & GAISL (1994) também observaram que a FCa ocorrería na intensidade do 2o limiar metabólico. Na realidade as correlações entre os dois parâmetros para diversas variáveis, foi de boa a excelente (FC, r- 0,857; potência, r= 0,923; lactato, r- 0,898; VE, r= 0,855; V02, r = 0,974, EMG, r = 0,972). Posteriormente, este grupo (HOFMANN, POKAN, VON DUVILLARD, SEIBERT, ZWEITER & SCHMID, 1997a) estudando 227 adultos jovens do sexo masculino, observaram que a deflexão da FC ocorria segundo o modelo descrito por CONCONI et alii (1982) em 85,6% dos sujeitos. O restante não apresentava deflexão (6,2%) ou apresentava deflexão na direção inversa (7,9%). Mais uma vez foi demonstrada uma alta correlação entre a FCa e o 2o limiar metabólico, expresso para potência em watts (r = 0,905), como para FC (r = 0,89). Estes autores argumentam que o grau de variação da curva da FC com a potência, relaciona-se à fração de ejeção sistólica do ventricuio esquerdo (HOFMANN, POKAN, VON DUVILLARD & SCHMID, 1997b). Dados semelhantes foram obtidos por BUNC et alii (1995) que não observaram diferença significativa entre o VT, LT, FCae limiar de EMG quando expressos em V02, %Vo2 concentração de lactato emax, FC. POKAN, HOFMANN, LEMANN, LEITNER, EBER, GASSER, SCHWABERGER, SCHMID, KEUL, & KLEIN (1995) estudaram as curvas de FC, lactato e catecolaminas em função da intensidade do esforço. Neste estudo, 13 estudantes de Educação Física foram selecionados para o grupo que apresentavam o fenômeno da FCd e, oito estudantes fizeram parte do grupo que não apresentava este fenômeno ou, que o apresentava de forma invertida (uma quebra para cima da linearidade). O protocolo empregado neste estudo teve a carga inicial de 40 watts, que era incrementada em 20 watts a cada minuto. Os dados de FC e intensidade entre o 1o limiar e a carga máxima eram ajustados a uma regressão em polinômio de 2o grau, pela técnica dos mínimos quadrados, para determinação da FCd. Este estudo concluiu não haver relação significativa entre o grau e direção do desvio da 99 FC, com a inclinação da curva de lactato norepinefrina. ou com as curvas de epinefrina ou DE WIT, DERWEDURVE, COOLFHAGEN & HOLLANDER (1997), estudando a possibilidade de previsão do V02 por meio da FCd para 29 homens jovens, propuseram a equação: V02m,tx = 7,7538 + 0,0199 DpW - 0,0506 DpFC r= 0,87, SEE= 0,292 L.min'(6,4%), n = 15 (Eq. 56) sendo: DpW = carga no ponto de deflexão DpFC = freqüência cardíaca no ponto de deflexão Os autores argumentam que a equação tem maior acurácia do que o teste submáximo de Astrand no ciclo. Porém, pela baixa reprodutibilidade da FCd, esta fórmula só poderá ser empregada em apenas 57% dos testes. CONCONI, GRAZZI, CASONI, GAGLIELMINI, BORSETTO, BALLARIM, MAZZONI, PATRICCHIMI & MANFREDINI (1996) propuseram uma alteração no protocolo ergométrico, com incrementos da velocidade realizados na forma de rampa. A FC não deve ultrapassar oito batimentos em um minuto. Os autores recomendaram que os registros fossem feitos a cada 100 m para adultos e 50 m para crianças. A velocidade inicial passou a ser de 4 a 5 km.h'1 para crianças e sedentários, de 5 a 7 km.h'1 para velocistas e equipes de jogos; e de 8 a 12 km.h-1 para meio fundistas e fundistas. Os 27 primeiros pontos deverão ser ajustados a linha reta por regressão, e posteriormente calcula-se novas retas acrescentando um ponto no final e retirando-se um ponto no início. Seria considerado que a deflexão da FC ocorrería no valor mais baixo do intercepto, no mais alto do coeficiente angular e, quando o coeficiente de correlação deixar de aumentar com incremento de mais um ponto para as sucessivas novas retas. A diferença entre a FCd e a FCmix pode ser usada como critério de aptidão aeróbia. Em velocistas, esta diferença atinge valores superiores a 25 bpm, e em fundistas esta fica abaixo de 10 bpm. Os autores sugerem que as velocidades aeróbias são aquelas até a FCm« (próximo ao 100 Voímix) que é determinada por extrapolação da reta. A velocidade anaeróbia é um índice da potência anaeróbia, obtido pela diferença entre a velocidade máxima no último estágio, desta velocidade aeróbia. Para estes autores, 5% dos sedentários e 1% dos atletas poderão ter seus testes invalidados quando a) a deflexão não é identificada; b) a equação da reta apresenta r < 0,98; c) o aumento da FC por minuto é maior que oito batimentos e d) o sujeito inicia o tiro final na velocidadede deflexão ao invés de inicia-lo acima desta. BALLARIN, SUDHUES, BORSETTO, CASONI, GRAZZI, GUGLIEMINI, MANFREDINI, MAZZONI & CONCONI (1996) estudando a confiabilidade intrateste deste protocolo, empregou 63 indivíduos dos sexo masculino em dois momentos próximos. Nestes estudo, não observaram diferença significativa entre os valores de velocidade e FC, no teste e no reteste. RILEY, MAEHARA, ENGELEN, BARISTOW, TANAKA & WASSERMAN (1997) estudando a possibilidade do emprego do ponto de quebra do duplo produto6 como preditor do AT, recrutaram 10 indivíduos portadores de doenças cardiovascular e metabólica. Este estudo foi realizado no ciclo ergômetro sob condições de hipoxia e normoxia. O ponto de quebra do duplo produto foi identificado em 74% dos testes. Quanto à confiabilidade (teste-reteste) este parâmetro apresentou correlação intraclasse de 0,76. momento de Pearson com o AT foi boa (r = 0,865, p > 0,0001, n = 25), e a diferença na intensidade do esforço foi pequena (+0,137 L»min'1). A simulação da altitude provocou o deslocamento do ponto de quebra do duplo produto. TANAKA, NAKAGAWA, HAZAMA, MATSSURA, ASANO & ISEKI (1985) propuseram um método para previsão do consumo de oxigênio no limiar anaeróbio (V02AT) para atletas. Estes autores observaram que 0 V02AT apresenta uma correlação razoável com 0 \i02mix relativo (r = 0,753); e com 0 tempo nos 1.500 m (r = - 0,728). Assim, a equação proposta foi: A correlação produto 6 Duplo produto é a multiplicação da pressão arterial sistólica pela frequência cardíaca, menos 100. É um importante parâmetro do consumo de oxigênio do miocárdio. 101 Vo2AT= 0,386(VW) - 0.128(t(s) p/1500 m) + 57,11 Rm = 0,927 EPE = 1,98 ml.kg'1.min'1 (Eq. 57) WELTMAN SNEAD, SEIP, SCHUMER, LEVINE, RUTT, RELLY, WELTMAN & ROGOL (1987) sugeriram a predição de pontos na curva de lactacidemia por meio do tempo nos 3.200 m (TABELA 10). Posteriormente, estes autores (WELTMAN, SEIP, BORGADUS, SNEAD, DOWING, LEVINE, WELTMAN & ROGOL, 1990) adaptaram este método para mulheres não atletas (WELTMANN, 1989-TABELA 11). TABELA 10 - Predição do Vo? e da velocidade de corrida em concentrações específicas do lactato no sangue para 29 (grupo de validação) e 13 (grupo de validação cruzada) corredores de fundo do sexo masculino. EPEEquação r 0,77 4,38V02LT (ml.kg Lmin1) = 111,5- 5,200 (min. p/ 3200m) 0,75 4,34Vo2-2.omM (ml.kg1.min1) = 111,8 - 4,86 (min. p/ 3200m) Vo2-2,smM (ml.kg '«min1) = 108,5 - 4,432 (min. p/ 3200m) VO2-4,0mM (ml.kg 1.min1) = 122,0 - 5,310 (min/ p/ 3200m) V02máx (ml.kg'1.min‘1) = 118,4-4,770 (min. p/ 3200m) Vlt (m.min'1) = 493,0 - 22,78 (min. p/ 3200m) (m.min'1) = 497,3 - 21,56 (min. p/ 3200m) V2,5mM (m.min1) = 504,4 21,54 (min. p/ 3200m) (m.min'1) = 509,5 - 20,82 (min. p/ 3200m) Vmáx (m.min'1) = 498,0 -18,84 (min, p/ 3200m)_______ Sendo: V = velocidade e EPE= erro padrão da estimativa em (ml»kg'1.min'1) para estimativa do V02, e em (m.min'1) para velocidade. Fonte: WELTMAN et alii (1987). 0,75 3,93 0,79 4,17 0,73 4,51 0,85 14,51 0,85 13,33 0,86 12,85 0,88 11,40 0,87 11,12 V2,0mM V-í.OmM 102 TABELA 11 - Prediçao_do Vo, e velocidade de corrida em concentrações específicas do lactato no sangue para 44 (grupo de validação) e 13 (grupo de validação cruzada) mulheres sedentárias. Equação EPEr V02 LT(mi.kg 1.min1) = 99,35 - 5,67 (t) + 0,10 (t)2 V02 2,omM (mkkg'1«min'1) = 98,61 - 5,00 (t) +0,08 (t)2 V02 2,5mM (mkkg1.min1) = 99,98 - 4,88 (t) + 0,08 (t)2 V02 4,omM (mi-kg'1.min'1) = 103,18-4,99 (t) 0,08 (t)2 Vo2máx (mi.kg-1.min1) =90,70 - 3,24 (t) + 0,04 (t)2 V LT (m.mm 1) =434,45 - 24,45 (t) + 0,43 (t)2 V2,omM (m.min-1) = 469,45 - 25,17 (t) + 0,43 (t)2 V2,5mM (m.min-1) = 480,84 - 25,5 (t) + 0,43 (t)2 V4,omM (m»min'1) = 507,67 - 26,50 (t) + 0,45 (t)2 Vméx (m»min1) =486,09 - 21,98 (t) + 0,33 (t)2 0,95 3,49 0,96 2,85 0,96 2,78 0,96 2,93 0,94 3,58 0,96 13,07 0,97 12,10 0,97 11,40 0,98 10,56 0,99 9,01 Sendo: V = velocidade e EPE = erro padrão da estimativa em (ml«kg~1»min') para estimativa do V02 , e em (m»min'1) para velocidade. Fonte: WELTMAN et alii (1990). Apesar do método proposto por WELTMAN (1989) ser de fácil execução e portanto, de grande valia para a prescrição e controle do treinamento, este apresentou falhas metodológicas. O método mistura várias referências para o primeiro limiar metabólico (WELTMAN, 1995, p.3); emprega sangue venoso, e análise do lactato plasmático. Além destas falhas, o protocolo de validação utilizado foi diferente daqueles que deram origem às referências previstas. Todas essas alterações podem desviar acentuadamente a curva de lactacidemia (BISHOP, MAY, SMITH, KIME, MAYO & TEN, 1992a; BISHOP, SMITH, KIME, MAYO, & TEN, 1992b; HECK et alii, 1985; ROBERGS, MONETA, MITCHELL, PASCOE, HOUMARD & COSTILL, 1990; YOSHIDA, 1984; YOSHIDA, TAKEUCHI & SUDA, 1982). POMPEU et alii (1997) estudando um protocolo de campo para determinação da curva de lactacidemia, confrontaram o teste de laboratório e o de campo com o desempenho no "tiro” de 5.000 m. Como critério único, a porcentagem do tempo na prova dos 5.000 m (91 a 94%) pode ser empregada como índice de máximo steady State do lactato (FOSTER, CROWE, HOLUM, SANDIWIG, SCHRAGER, SNYDER & ZAJAKOWSKI, 1995). No estudo de POMPEU et alii. (1997) foram utilizadas concentrações fixas de lactato no sangue total como 103 referência para o primeiro (2,0 mmol«L") e segundo (4,0 mmoUL") limiares metabólicos e do Vo2máx (8,0 mmoUL'1). Estas concentrações de lactacidemia foram boas preditoras do desempenho de corredores de fundo e meio fundo (FIGURA 8), especialmente quando a idade era incluída como variável independente (TABELA 13). TANAKA et aiii (1985) também observaram que a idade era correlacionada ao V02AT (r = - 0,484). Com isso as equações deduzidas por POMPEU et alii (1997) podem ser reorganizadas algebricamente para se fazer a predição das velocidades em concentrações determinadas de lactato, por meio do tiro’ de 5.000 m e da idade (POMPEU, 1994). A generalização deste método deve ser feita com cautela uma vez que até o momento não foi feito o estudo de validação cruzada. TABELA 12 - Equações de regressão múltipla para a previsão da velocidade de corrida nos 5km em pista a partir de testes de lactacidemia e de variáveis antropométricas. Equação de RegressãoEPE LAB/5km 10,00 Vskm 3 149,72 + 0,67(V2.omM) -1,30(1) 9,41 V5km= 172,50 + O,54(V4,0mM) -1,33(1) 9.93 V5lOT = 202,80 +O,4O(V8,0mM) -1,38(l) 11.93 Vskm = 211,04 + 0,36(V8,omM) ■ 0,77(2DC) 0,75 0,77 0,75 0,88 CAMP/5km 9,28 Vskm = 85,50 + 0,93(V2,omM) - 1.00(1) 9,62 V5[OT= 13,42 +(V4.omM) ....__ _____12,23 VSkm = 22,78 + Sendo: R* - coeficiente de determinação, EPE = erro padrão da estimativa, velocidade em m.min', I = idade em anos, somatório da dobras cutâneas = 2 DC em mm. Fonte: POMPEU et alii (1997). 0,85 0,81 0,73 8.0mM, 104 V4MMOL (a) V4MMOL (b) FIGURA 8 - Fonte: POMPEU et alii (1997). Diagrama de dispersão, das velocidade obtidas a 4.0 mmoUL'1 de lactato sanaüíneo no laboratório (a) e no campo (b) e a velocidade no teste dos 5.000 metros. 8.12 As principais variáveis metodológicas O locai da coleta da amostra sangüínea tem grande importância na comparação entre os métodos de determinação dos limiares de lactato. Nos testes que empregam amostras de sangue venoso, deve-se considerar o fato de que há um atraso aproximado de dois minutos em comparação com a concentração arterial, durante o exercício escalonado (YEH et alii, 1983; YOSHIDA et alii, 1982). Assim, 105 haverá uma supra-estimativa dos resultados quando for empregado o sangue venoso (ROBERGS et alii, 1990). O sangue capilar arterializado apresenta uma boa concordância com a concentração arterial, além de apresentar vantagens operacionais (FORSTER, DEMPSEY, THOMSON, VIDRUK & DUPICO, 1972; JACOBS, 1986; ROBERGS et alii, 1990). BISHOP et alii (1992b) observaram que a concentração plasmática do lactato determinada pelo método eletroenzimático,é 19% inferior àquela obtida no sangue total pelo método fotoenzimático. Os protocolos ergométricos que utilizam pequenos incrementos na carga em curtos intervalos de tempo (sobrecarga em rampa), costumam deslocar a curva de lactato para a esquerda (HECK et alii, 1985; YOSHIDA, 1984). Outros fatores também envolvidos no deslocamento da curva de lactacidemia são: a duração dos estágios e dos intervalos (BALDISSERA, 1992; HECK et alii, 1985; POMPEU, 1994; POMPEU, FLEGNER, SANTOS & SANTOS, 1994), a inclinação e, a rigidez da superfície de contato (HECK et alii, 1985). Contudo, SANTOS & GOMES (1998) confrontaram dois protocolos ergométricos na esteira, sendo; um sem inclinação e com incrementos na velocidade, e o outro com velocidade fixa e incrementos na inclinação e, não observaram diferenças significativas nos marcadores ventilatórios e de lactacidemia para o primeiro e segundo limiares metabóiicos. Curvas de lactacidemia no treinamento aeróbio8.13 A dosagem do lactato sanguíneo para o treinamento desportivo possui, segundo JACOBS (1986) as seguintes finalidades: a) avaliação da capacidade funcional; b) previsão do desempenho aeróbio e c) servir como ferramenta para o controle da intensidade dos estímulos ou da duração dos intervalos de recuperação nos programas de treinamento. Quanto à primeira aplicação, é de domínio comum o fato de atletas possuírem limiares metabóiicos em intensidades mais elevadas. Quanto mais apto 106 for o indivíduo mais elevados serão os seus limiares metabólicos, expresso pelo Vo2 em L«min'1 ou em porcentagem do máximo. Quanto à segunda aplicação, muitos autores têm apontado uma boa correlação (QUADRO 1) entre as variáveis de lactato e o desempenho (FARRELL et alii, 1979; FÕHRENBACH, MADER & HOLLMANN, 1987; HAGBERG & COYLE, 1983; KUMAGAI, TAMAKA, MATSSURA, MATSUZAKA, HIRABOKA & ASANO, 1982; POMPEU, 1994; SVEDENHAG & SJODIN, 1984; TANAKA & MATSUURA, 1984). Atendendo ao terceiro objetivo foram sugeridos esquemas de treinamentos (FIGURA 9) que empregam áreas da curva de acúmulo do lactato (HARTMANN, MADER & HOLLMANN, 1990; JANSSEN, 1989, p.58; NEUMANN, 1988, p.97) ou as cargas correspondentes aos limiares para orientação do treino (COEN, SCHWARZ, URHAUSE & KINDERMANN, 1991; HOUMARD, COSTILL, MITCHELL, PARK, HICKNER & ROEMMICH, 1990). 107 14 T 12 S 10" 8 Seqüêndal —1 1 Expon. (Seqüênclal)2 6 $ 2 4 - 2 - 0 + + + + 0 50 100 150 200 250 300 350 velocidade (m/min) Mmol»L'1 Fase Básica Preparatória Competitiva Categoria Fase Fase I 1 - 3 %>8 1 - 0 % 2% II 4% 6%4-8 1 % 5 - 9 % 86 - 88 % 15-22% 70 - 77 % III 2-4 5 - 8 % 90 - 94 %IV <2 FIGURA 9 - Fonte: HARTMANN et alii (1990). Relação entre intensidade do treinamento e porcentagem do volume total nesta intensidade Observamos desta maneira, que a dosagem do lactato sanguíneo, ou dos limiares ventilatórios, são de grande importância na prescrição dos exercícios nos programas de treinamento aeróbio. 108 MATERIAL E MÉTODOS9 Após as avaliações clínica e antropométrica, os indivíduos foram encaminhados ao laboratório para que habituem-se aos procedimentos inerentes a este estudo. 9.1 Critério de inclusão e exclusão dos sujeitos Os sujeitos selecionados para este estudo receberam informações por escrito das rotinas adotadas. Após o esclarecimento das dúvidas, sobre os procedimentos e possíveis riscos, estes sujeitos assinaram um termo de consentimento onde consta claramente a possibilidade de abandono ao compromisso em qualquer momento do estudo. Antes do início dos testes os sujeitos responderam ao Stanford Usual Activity Questionnaire (PEREIRA, FITZGERALD, GREGG, JOSWIAK, RYAN, SUMINSKI, UTTER & ZMUDA, 1997 - ANEXO II). Este experimento foi aprovado pela Comissão de Ética e Pesquisa em Seres Humanos do Hospital dos Servidores do Estado, de acordo com as normas do American College ofSports Medicine (ANEXO I). Fizeram parte desta investigação 10 indivíduos hígidos, com idades entre 19 a 29 anos, do sexo masculino ou do feminino. Todos os participantes apresentaram valores de gordura percentual inferior à 30%. O percentual de gordura foi estimado pela equação de SIRI (1961), a partir da densidade corporal inferida pela fórmula de JACKSON & POLLOCK (1978) e JACKSON, POLLOCK & WARD (1980) para homens e mulheres respectivamente. As medidas de peso e estatura foram realizados conforme GORDON, CHUMLEA & ROCHE (1988, p.1-8). 109 9.2 Testes de esforço Procedimentos gerais9.2.1 Todos os voluntários foram encaminhados ao clínico geral para identificação dos riscos potenciais quando submetidos aos procedimentos aqui adotados. Os testes realizaram-se sempre no mesmo período do dia, e os indivíduos permaneceram no laboratório por aproximadamente três horas. Aconselhou-se a abstinência de alimentos nas três horas precedentes ao teste e de esforços extenuantes nas 24 horas previas ao exame. Os indivíduos realizaram sete testes ergométricos no cicio ergômetro mecânico (Monarch Ind. Brasileira), que estavam afastados em no mínimo um e no máximo 14 dias. Os testes escalonados foram realizados antes dos retangulares, uma vez que ofereceram as referências de intensidade (AT, IAT e 4 mmoUL’1) para aplicação da carga fixa. A seqüência dos testes dentro das categorias de protocolos escalonados ou de carga fixa, foi estabelecida por meio de uma tabeia de números aleatórios. As medidas e os cálculos para os testes de cargas progressivas ou de carga fixas foram apresentadas na TABELA 14. Teste de potência aeróbia máxima9.2.2 No primeiro dia de testes aplicou-se duas cargas no ciclo ergômetro, sendo a primeira submáxima e a segunda máxima. A primeira carga teve a duração de quatro a seis minutos e a FC encontrou-se entre 120 e 140 bpm, enquanto que o conceito de percepção de esforço (escala de Borg) esteve próximo a 13. Posteriormente, o indivíduo descansou por 10 minutos, sentado no ciclo e ainda conectado ao ergoespirômetro. O Vo2max foi estimado pelas equações 58 a 61, e acrescido em 10%. 110 Homens: (Eq. 58)Vo2esi =134-s- (FC - 61) t Vo2carga Corrigida por: CV02máx = 0,348(l/O2ss() - 0,035(idade) + 3,011 r- 0,86; EPE = 0,359 L»min' (Eq. 59) 1 Mulheres: (Eq. 60)V02est ~ 126 -T- (FC — 72) • Vo2carga Corrigida por: (Eq. 61)CVo2máx = 0,302(W) - 0,035(idade) + 1,593 r- 0,97; EPE= 0,199 L.min1 Sendo: V02c = Consumo de oxigênio na carga de trabalho; Vo2est = Consumo máximo de oxigênio estimado pelas equação 60 e 61; CVo2màx — Correção das estimativas das equações 60 e 61. arga A segunda carga foi determinada pela fórmula: (Eq. 62)Watt = -6,8155 + 72,1605(Ct/o2máx) (r= 0,99) Após a última carga de trabalho, o sangue foi coletado no 1o, 3o, 6o e 10° minutos de recuperação. Se após o primeiro minuto da segunda carga houvesse hiperventiiação e/ou dificuldade de manutenção do ritmo em 60 rpm, esta era levemente reduzida para permitir a conclusão de 3 minutos de esforço. Por outro lado, se após um a dois minutos o indivíduo apresentava mais força (escaia de 111 Borga <17), a intensidade era ligeiramente incrementada (ASTRAND & RODHAL, 1992, p.280-283). Aceitou-se como 1/, quando foram atingidos pelo menos três dos critérios os sugeridos por BROOKS et aiii (1996, p.290), ou sejam: a) R > 1,00; b) concentração de lactato de pelo menos 8,0 mmoUL’1; c) freqüência cardíaca próxima 02méx (> 85% FCmix) a prevista para idade (FC = 220 - idade); d) platô do V02 (< 200 mL) com o incremento da carga de trabalho e e) percepção subjetiva de esforço de pelo menos 18 na escala de seis a 20. Protocolo de WASSERMAN et alii (1973)9.2.3 Após o aquecimento de quatro minutos com o V02 entre 0.24 e 0,36 L.min'1 (15 a 30 watts), os indivíduos realizaram de oito a 12 estágios de um minuto, sendo a carga incrementada em aproximadamente 10% do V02méx determinado anteriormente, a cada minuto até a exaustão (FIGURA 10). O limiar anaeróbio foi identificado pelo menorvalor antes do incremento do equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio (Ve/V02), sem o concomitante aumento do equivalente ventilatório para a excreção do gás carbônico (Ve/Vco2). Tabém empregou-se a técnica do v-slope e do do log (Vo2) - log ([lac]) (BEAVER et alii, 1985, 1986; vide P-70). 112 1800 / 1500 - £ 1200 - E3, 900 04O u 600 -> 300 - 0^7 0 300 600 900 1200 1500 1800 V02 (mL/min) (a) 40 1 35 l J5 25 - VE/V02 VE/VC02 20 - t15 - 10 - AT 5 - 0 T (b) 012345678 9101112 Minutos FIGURA 10 - Limiar anaeróbio determinado pela técnica do V-Slope (a) e pelo aumento do equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio (Vp/Vm). sem o aumento do equivalente ventilatório para excreção de gás carbônico [V^Vçoil Valores observados de um adolescente do sexo feminino submetido ao teste de WASSERMANN et alii. 1973. 113 Protocolo de MADER et alii (1976)9.2.4 Após o aquecimento de 10 minutos com V02entre 0,60 e 1,20 L#min': (50 a 100 watts), a carga do cicloergômetro foi incrementada a cada estágio de cinco minutos em 0,36 L»min ' (50 watts) até a fadiga. Empregou-se no último minuto de cada estágio e no primeiro, segundo, terceiro, quinto e sétimo minutos do pós- esforço (MADER, 1991), a coieta de sangue do lóbuío hiperemiado da oreiha. O ponto fixo de 4,0 mmoUL''de lactacidemia, foi interpolado (FIGURA 11) na curva lactato sangüíneo versus potência determinada durante 0 esforço. Uma linha de regressão exponencial foi deduzida a partir dos dados (y = aeox + U). M.VV. Teste Escalonado (6/4/98) y = 0.0791e°,011x P2 = 0.9519 'J -r s - i-.E 5 _ —*— Lactato |---------Expon (Lactato) |lo S 3- CO 0 _L * 350 400 450300200 250:52 Watts FIGURA 11 - Limiar anaeróbio (4mM) de MADER et alii (19/6) determinado no teste escalonado no remo erqòmetro com estágios de cinco minutos e pausas de um minuto para coleta de sangue do ióbuio da oreiha. 9.2.5 Protocolo de STEGMANN & KINDERMANN (1982) Após a carga inicial de V02 entre 0:60 e 1,20 L«min (50 a 100 watts), a sobrecarga foi incrementada em 0,36 L»min ' (30 watts) a cada estágio de très minutos até a exaustão. No último minuto de cada estagio realizou-se coleta de 114 sangue do ióbulo hiperemiado da orelha, assim como, no momento da exaustão e no primeiro, segundo, quinto e décimo minutos da recuperação passiva. Traçando-se uma reta horizontal em direção à curva de remoção, a partir da concentração obtida no momento da exaustão, determinou-se o ponto de referência para uma tangente a curva de acúmulo do lactato (FIGURA 12). O ponto onde tal tangente toca a curva de acúmulo foi considerado como limiar anaeróbio individual (MT). 18 T 16 T 14- E 121 o 10-1 £ 8- £ 0.. 4+ * 21 0 0 3 6 9 12151821212730 ntiiõB Mínütõs FIGURA 12 - Fonte: POMPEU & GOMES H998). Determinação do limiar anaeróbio individual de STEGMANN et alii ('i981). 9.2.6 Cáiculo da eticiência mecânica A eficiência mecânica (E.M.) foi calculada para a primeira carga do teste de Vo2máx peia porcentagem de energia empregada no trabaiho em função do dispêndio. (Eq. 63) E.M. (%) = [(kp»m‘1) 4= (426,8 kp.m’1 • kcal)] » 100 115 sendo: E.M. = Eficiência Mecânica em porcentagem; kp»m'' = Trabaiho em quiopounds por metro; kcai = Dispêndio energético em quilocaiorias; 426,8 kp»m = Trabalho em quilopounds por metro produzido por quiiocaloria em uma máquina perfeita. Onde foi medido o consumo de oxigênio expresso em unidades absolutas (L*min'1) numa carga retangular de intensidade máxima. 9.2.7 Consumo extra de oxigênio no segundo minuto de pós-esforço (EPOC2min) Consumo de oxigênio medido em litros no segundo minuto de pós- esforço máximo, expresso em porcentagem do Vo2máx- Máximo steady State (estado de equilíbrio) do lactato (MSsl)9.2.8 O critério para a carga no ciclo ergômetro de Mssl, será a maior potência em que a concentração de lactato não altere em mais de 0,5 mmoUL" do 15° ao 60° minuto de esforço (AUNOLA & RUSKO, 1992), durante os testes retangulares. 9.3 Coleta e análise dos gases A análise dos gases ocorreu em circuito aberto. Os gases respiratórios eram exalados através de um penumotacógrafo e uma microamostra proporcional ao fluxo expirado era introduzida no equipamento (Aerosport TEEM 100® - USA). A microamostra do fluxo total dos gases era recebida pela unidade por uma válvula de amostragem de alta frequência. Uma taxa fixa e proporcional às amostras, ou pulso, era introduzido na câmara de mistura (10 cc). Para cada puiso coletado, um pulso 116 de idêntico volume era enviado da câmara de mistura para os sensores de oxigênio e de gás carbônico. Ao longo de um período de tempo fixo a amostragem eletrônica variável ou EVS, permitia que o pulso transitasse reduzindo-o a uma constante de volume, resultando em um tempo similar de equilíbrio para as variadas taxas de fluxo. Após a análise dos gases e integração do fluxo, o gás era expirado de volta ao ar ambiente. Todo o sistema estava sob o controle de um microprocessador. O quociente respiratório, o consumo de oxigênio e excreção do gás carbônico eram calculados segundo os procedimentos padronizados. Utiiizou-se uma mistura de gases conhecida (02 = 17%; C02 = 5% balanceado com N2) e uma seringa de três litros para a caiibragem composição e fluxo dos gases iiaos pelo sistema. Este aparelho realizou as medidas pelo sistema de amostragem média a cada 20 ou 60 segundos. O procedimento de caiibragem foi repetido antes de cada teste, segundo as recomendações do fabricante (APÊNDICE 3). Coieta de sangue e análise de metabóiitos e hormônios9.4 Coietou-se o sangue por punção do lóbulo da orelha, segundo a técnica descrita por SHEPHARD (1S92a, p.217). O lóbulo da orelha foi hiperemiado por meio de massagem com gaze umedeciaa com álcool (RODRIGUES, BANGUELLS, PONS, BROBNiC & GALILEA, 1S92). A punção reaiizou-se posteriormente a assepsia local com álcool iodado. Após o descarte da primeira gota de sangue, a amostra foi coletada com tubos capilares heparinizados de 25 pL. Foram tomados cuidados para que não houvesse contaminação das amostras. Não foram feitas líquido intersticial no conteúdocompressões exageradas para não incluir o amostrado. Para coleta das amostras sangüíneas mais volumosas, uma veia do dorso da mão foi canulada por um técnico experiente. Para tanto empregou-se cateteres Jelco® (Johnson-Johnson, USA) calibre 20 ou 22 de acordo com as características dos sujeitos. O cateter foi ligado a um tubo poiifix por onde foram realizadas as coietas. As coletas de 1 mL de sangue foram feitas por meio de 117 seringas heparinizadas. Antes e após das coletas o cateter e o polifix foram lavados com uma solução contendo 0,7 mL de heparina diluída em 500 mL de soro fisiológico. A mão foi aquecida por imersão em água a 41-42 °C. Um aparato com resistência elétrica era empregado para aquecer a água de um vasilhame. Um termômetro de mercúrio dentro d’água foi empregado para monitorar a temperatura. Após 15 minutos de imersão considerou-se o sangue arterializado. O aquecimento da mão perdurou até o final do exame, conforme o proposto por FOSTER et alii (1972). Como observado no estudo piloto (APÊNDICE 6) com o aquecimento para ârterialização do sangue venoso, há um aumento significativa no pH, P02 e %S02 e, uma redução significativa na PCo2, bicarbonato padrão e na lactacidemia. Observou- se também que não houve diferença significativa entre a lactacidemia coletada em amostras do lóbulo de orelha hiperemiada e no dorso da mão aquecido (r = 0,988; p <0,001). Os procedimentos acima foram também realizados para coletas de 5 mL após o aquecimento da mão, aos 15 minutos de esforço e no momento da interrupção do teste de carga fixa. Estas amostras foram estocadas em tubos Vaccutainer® contendo fluorido/ácido etildiaminatetraacético (Becton Dickinson - USA) na temperatura ambiente por duas horas. Posteriormente, estas amostras foram centrifugadas porcinco minutos a 3.000g, separando-se o plasma estocado-o em freezerde nitrogênio (-70 °C) por até dois meses. A concentração do iactato foi analisada pelo método eietro enzimático conforme o descrito no APÊNDICE 3. A concentração de bicarbonato foi calculada indiretamente por meio da gasometria de eletródio (Pcoi) e do o pH (AVL - Compact III® - USA - APÊNDICE 5). As catecolaminas foram quantificadas por cromatografia líquida de alta performance (HPLC - SHIMADZY® mod. LÊCD6A - Japan), em repouso e no 15° minuto de esforço na carga retangular e quando completos 60 minutos. 118 TABELA 13 — Medidas e cálculos realizados nos testes escalonados e de carga fixa (retangular) Testes escalonados Calculado Testes_ retang li Ia re s CalculadoMedido Medido V02 Vco2 V02 AT R VC02 IAT [HCO:] Ve 4 mM VE FC R FC [lacl CPE7 Ve/Vo2 Vej Vc02 [íac] CPE lEpi1 [Nepí] [Dopa] pH Pc02 Sendo: V02 = potência aeróbia em L*min'1: AT - limiar aneróbio em watt ou V02 (L«min"''); R = quociente respiratório; Vco2 = volume de gás carbônico exalado (L*min'1); IAT = limiar anaeróbio individual em watt ou V02 (L-min1); [HCOJ = concentração sangüínea de bicarbonato padrão em mmol«L'1; VE = ventilação minuto ((.•min'1); 4 mM = Concentração fixa de 4 mmoUl' ; FC = freqüência cardíaca em bpm; [lacj = concentração sangüínea de lactato {mmol*L''); VE A/02 - equivalente ventilatório para o consumo de oxigênio; CPE = conceito de percepção de esforço (Borg); [Epi] = concentração plasmátic2 de epinefrina em pg^mL'1; [Nepi] = concentração plasmática de norepinefrina em pg»mL'1; [Dopa] - concentração de dopamina plasmática em pg«mL ", pH = potencial hidrogenionico; e Pcõ2 = pressão parcial do gás carbônico em mmHg. 9.5 Dêiineamentò do estudo Este estudo foi organizado em dois blocos com três tratamentos ao acaso (COCHRAN & COX, 1957, p. 106-117; GOMES, 1990, p.56-61; ViEiRA & HOFFMAN, 1989, p.94-99). O controie foi reaiizaao peio confronto dos dados dos indivíduos coletados nas mesmas situações de teste e condicionamento físico, aiteranao-se apenas os tratamentos. Os tratamentos aqui adotados foram aqueies para identificação dos limiares anaeróbios de WAS^tRíViANN et aiii (1973); iviADER et aiii (1976) e STEGMANN et aiii (1981). Foram considerados blocos os testes escalonados e retangulares (TABELA 15). A seqüência de reaiização dos testes foi estabelecida de forma ranaomizada considerando-se porém, que os testes 7 CPE. Conceito òe percepção suoienva ce esrorçc escaia ce Ecrc ce seis a 20 119 escalonados foram empregados como referência para os de carga fixa, em cada tratamento. TABELA 14- Delineamento experimental em dois blocos (teste escalonado e teste retangular); três tratamentos (WASSERMAN etalii, 1973: MADER et alii, 1976; STEGMAN et alii, 1981) com 10 repetições freps) ao acaso. Blocos Tratamentos WASSERMAN et alii MADER et alii (1976) (1973) 10 reps 10 reps STEGMAN et alii (1981) 10 reps 10 reps Teste escalonado Teste retangular 10 reps 10 reps Empregou-se a análise de variância com duas classificações para confrontar os métodos em cada bloco, os dois blocos por método e as interações. O teste post hoc de Tukey foi empregado em todas comparações. O número de graus de liberdade serão de dois para os tratamentos, um para os blocos, dois para a interação, 54 para o resíduo e 59 no total. A análise de regressão foi realizada para o confronto dos resultados de cada tratamento para a predição do tempo de esforço. Esta análise também foi empregada para o estudo dos ajustes matemáticos entre as variáveis de lactato consideradas em cada tratamento com o quociente respiratório. A múltipla análise de variância (MANOVA) e a análise de regressão múltipla, foram empregadas para o confronto dos limiares metabóiicos (AT, IAT e 4mMf) com os parâmetros de aptidão aeróbia (Vo2máx,\ E.M.; e EPOC). O nível de signifícância aceito neste estudo foi de p <. 0,05. Os cálculos foram realizados com auxílio do aplicativo SPSS for Windowss, versão 8.0. 120 RESULTADOS10 Foram sujeitos deste estudo três indivíduos do sexo feminino e sete do masculino com 23 ± 3 anos; 61,2 ± 15,4 kg; 176 ± 10 cm; e 16,5 ± 8,2% de gordura corporal. Os dados observados durante o teste de esforço máximo para a determinação do V02mix foram apresentados na TABELA 15. TABELA 15 - Parâmetros observado durante o teste de esforço máximo n Mínimo Máximo Média D. P.Parâmetros Vo2míx(t-»min'' V02mi (mL«kg 1«min‘1) 10 FCmtx (bpm) Wattmix (watt;) EPOC2mm (%) Ef. Mecânica (%) 10 1,71 4,79 2,82 0,95 29,2 58,6 37,6 8,9 10 174 200 185 8 10 147 10 9,9 10 16,32 34,84 309 202,9 48,4 56,3 26,5 14,9 22,0 5,3 Considerando-se o nível de significância aceito neste estudo (p < 0,05) observou-se que a estatura estava correlacionada em r = 0,893 com a massa corporal magra; em r = 0,817 com a massa corporal total e em r = 0,650 com o consumo de oxigênio em unidade absoluta. A massa corporal apresentou correlação de r = 0,934 com a massa corporal magra e de r = 0,896 com a potência aeróbia em unidade absoluta. A carga máxima estava correlacionada em r = 0,940 com o Vo2m*x (L.min1), emr = 0,746 com a massa corporal magra e em r = 0,777 com a potência aeróbia relativa a massa corporal total. O consumo máximo de oxigênio em unidade relativa ao peso correlacionou-se com o percentual de gordura (r = -0,745). A potência aeróbia máxima relativa e absoluta estavam correlacionadas em r = 0,802. A freqüência cardíaca máxima mostrou-se correlata apenas ao consumo de oxigênio no 2o minuto do pós-esforço (r = 0,677). A eficiência mecânica apresentou-se correlacionada ao V02míx (r = -0,734), ao V024mM (r = -0,643) e ao V02AT (r = - 0,643). Este parâmetro não apresentou correlação significativa com o V02 relativo ao peso corporal ou em porcentagem do máximo. 121 No confronto entre os resultados do teste de esforço máximo com os picos nos protocolos de determinação dos limiares metabóiicos observou-se as seguintes potências físicas: a) teste máximo = 202,9 ± 48,36; b) AT = 178,5 ± 57,54; c) IAT = 152,5 ± 27,51 e d) 4 mM = 176,0 ± 45,26 watt. As médias foram confrontadas pela ANOVA com uma classificação onde foi obtido F não significativo de 2,008. Foi apresentada na TABELA 16 a matriz de correlação entre a potência máxima e a de pico observadas nos protocolos escalonados para detecção dos limiares metabóiicos. TABELA 16 - Matriz de conrelacáo entre a carga máxima e a pico observadas nos testes de detecção dos limiares metabóiicos. Máxima AT^ IAT*,* ATpco 0,838** IAT pico 0,867** 0,897** 4mMakú 0,859** 0,691* 0,745* Sendo: n= 10, *p^0,05e"ps0,01. Comparando-se os resultados médios das potências metabólicas (V02) no pico do esforço observou-se os seguintes resultados: a) teste máximo V02mix= 2,825 ± 0,952; b) AT V02pico = 2,633 ± 1,098; c) IAT \Z0**o = 2,582 ± 0,986 e d) 4mM V02píco = 2,895 ± 1,306 L.min'1. A ANOVA apresentou F não significativo de 0,188. A TABELA 17 apresenta a matriz de correlação observada para estes parâmetros. TABELA 17 - Matriz de correlação entre o &anfe e o pico observadas nos testes de detecção dos limiares metabóiicos. IAT picoMáxima AT pico AT pão 0,916** IAT pico 0,905** 0,897** 4mMaco 0,921** 0,901** 0,915** Sendo: n = 10, *ps0,05 e"ps0,01. Para a frequência cardíaca de pico observou-se as médias de: a) testes máximo = 185 ± 8; b) AT= 174 ± 15; c) IAT= 172 ± 19 e d) 4mM =180 + 12 bpm. A 122 ANOVA novamente apresentou F não significativo de 1,727. A TABELA 18 apresenta a matriz de correlação observada para os resultados. TABELA 18 - Matriz de correlação entre a freaüência cardíaca máxima e a de pico observadas nos testes de detecção dos limiares metabólicos. ________ Máxima AT^ lAT^ A Tpiçp 0,399 lATpico 0,655* 0,769** 4mMDiC0 0,296 0,769** 0.385 Sendo: n= 10, *p < 0,05 e**p< 0,01. Nos testes escalonados o AT ocorreu a 48,3 ± 8,4; IAT a 56,1 ± 9,5 4mM a 77,3 ± 12,5% Vo2p«x> (TABELA 19). Em média, os três modelosapresentaram limiares a 60,6 ± 16% V02pico- Na ANOVA observou-se o F significativo de 21,398, com o teste post hoc de Tukey confirmando que o modelo de 4mM foi 29,12 ± 4,6% acima do modelo do AT e 21,33 ± 4,6% acima do modelo do IAT. Não houve diferença significativa entre os modelos do AT e IAT. Não foi observada correlação significativa entre os modelos quando expressos em %Vo2*co- e TABELA 19 - Potência aeróbia (L.min'1) e porcentaqem do V, nos limiares02díco metabólicos. Sujeito AT %Vo2Btco IAT %Vq2díco 4mM % Vq2uco J.S. 1,221 40,81,230 0,690 1,076 1,495 1,472 2,330 1,408 0,820 1,110 0,760 1,239 0,482 32,8 2,740 1,140 1,552 2,500 2,130 5,590 1,890 1,280 2,690 1,180 2,269 1,316 68,7 M.M. 1,172 77,137,9 69,5 D.A. 1,325 1,360 55,948,7 61,1 64,5A.B. 59,1 91,9 G.T. 50,21,18950,9 70,1 L.W. 2,710 55,246,9 99,5 50,6R.J. 1,498 78,146,5 57,61,180V.C. 92,160,3 55,3L.S. 1,664 69,748,5 53,60,82 72,4D.C. 51,4 56,1Média 1,414 77,348,3 0,507 9,4 12,5D.P. 8,4 123 A análise de regressão múltipla foi empregada para estudar a relação entre o V0z nos limiares metabólicos com o V eficiência mecânica e consumo de oxigênio no segundo minuto do pós-esforço. As variáveis correlacionadas foram o VozAT e Vo2mtx (i* = 0,853, EPE = 0,196 L.min'1), V02iAt e V02mix (r2 = 0,731, EPE = 0,279 L.min'1 ) e, VW* com o V02mtx (r2 = 0,840, EPE = 0,526 L.min'1). Observa-se que o modelo do AT é o mais associado ao V02miXx pois apresenta maior coeficiente de determinação e menor erro padrão da estimativa. Na TABELA 20 encontram-se as equações de regressão entre os limiares e os outros marcadores de aptidão. A inclusão das variáveis eficiência mecânica (E.M.) e V02 no 2o minuto de pós-esforço (EPOC2mm) não aprimoram a previsão em 02máxi nenhum dos casos. No IAT não foi observada correlação entre o V02 e a E.M.. O modelo do AT parece estar mais associado aos outros marcadores do desempenho aeróbio pois estes explicam aproximadamente 86% de sua variação total e, observa- se também o menor erro padrão da estimativa para este modelo. TABELA 20 - Relação entre o Vm nos limiares metabólicos e o Vn^. eficiência mecânica (E.M.) e consumo de oxigênio no 2° minuto do pós-esforço (EPOC?min). como marcadores da aptidão aeróbia (n = 10). W EPEEquação Vozat = -0,102 + 0,485(VW*) + 0,0046(E.M.) + 0,00258 (EPOCa^) V02i<AT = 0,721 + 0,459(14,2™*) - 0,01210 (EPOCimtn) Vo2-4mM = -0,434 + 1,298(1/02»*) + 0,002172(E.M.) + 0,01985 (EPOC^ 0,857 0,223 0,785 0,267 0,875 0,575 Sendo: V02^7, V0211x1* Vo2xmM ©t/o2máx®rn L.min , E.M. e EPOC2mm em %. Na TABELA 21 podem ser observadas as médias das potências físicas dos blocos e tratamentos envolvidos neste estudo. 124 Potências físicas (watt) médias nos limiares metabólicos observadasTABELA 21 - nos testes escalonados e retangulares. AT IAT 4mM Total Escalonado 85,9 ± 34,7 n = 10 85,6 ± 34,2 n = 10 85,8 ± 33,5 n = 20 95,4 ±26,0 n = 10 94,3 ±23,2 n = 10 94,9 ±24,0 n = 20 141.9 ±49,0 n = 10 140.9 ±49,2 n = 10 141,4 ±47,8 n = 20 107,7 ±44,1 n = 30 106,9 ±43,5 n = 30 107,3 ±43,4 n = 60 Retangular Total Na ANOVA com duas classificações observou-se que houve diferenças significativas entre os tratamentos para a potência física (ANEXO X). No teste post hoc de Tukey notou-se que o modelo 4mM foi 56,66 ±11,84 watt acima do modelo ATe 46,56 ±11,84 watt maior do que o IAT. A potência dos limiares nos testes escalonados apresentaram-se correlacionadas, possibilitando a previsão da carga em um modelo a partir de outro (TABELA 22). TABELA 22 - Previsão da potência em watt de um limiar metabólico a partir de outro. ? ÊPÊEquação n 10 0,683 20,75AT= 2,735+ 0,586 (4mM) IAT= 28,862 + 0,469 {4mM) 10 0,778 13,01 AT-- 31,988 + 1,236 (IAT) 10 0,858 13,89 Na TABELA 23 podem ser observadas as médias das potências metabólicas (\Z02) dos blocos e tratamentos envolvidos neste estudo. 125 TABELA 23 - Potências metabólicas (Vn,) médias em litros por minuto nos limiares anaeróbios observadas nos testes escalonados e retangulares. AT IAT 4mM Total Escalonado 1,239 ±0,482 n = 10 1,330 ±0,333 n = 10 1,285 ± 0,406 n = 20 1,414 ±0,507 n = 10 1,455 ±0,312 n = 10 1,435 ±0,410 n = 20 2,269 ±1,316 n = 10 2,049 ± 0,798 n = 10 2,159 ±1,086 n = 20 1,641 ±0,948 n = 30 1,612 ±0,603 n = 30 1,626 ±0,788 n = 60 Retangular Total Na ANOVA com duas classificações observou-se que houve diferenças significativas nos tratamentos para a potência metabólica (ANEXO X). No teste post hoc de Tukey nota-se que o modelo 4mM é 0,875 ± 0,226 L.min'1 acima do modelo ATe 0,725 ± 0,226 L.min1 maior do que o IAT. O \/o2 estimado para os limiares nos testes escalonados apresentaram-se correlacionados, possibilitando a previsão deste parâmetro a partir de outro modelo (TABELA 24). TABELA 24 - Previsão da potência metabólica em L.min 1 de um limiar a partir de outro. 7ÊPEEquação n 10 0,811 0,611 10 0,721 0,284 10 0,850 0,208 4mM = -0,781 +2,478 (AT) IAT = 0,308 + 0,894 (AT) IAT = 0,608 + 0,353 (4mM) Os modelos do AT e IAT apresentaram quadrado médio dos resíduos respectivamente de 13,4 e 14,8% do observado para o modelo de 4mM. Considerou- se portanto o primeiro como o de maior precisão. No confronto das freqüências cardíacas obtidas nos tratamentos e blocos, um dos sujeitos foi excluído uma vez que houve falha no sistema de monitorização deste parâmetro em um dos testes escalonados. Na TABELA 25 observa-se as médias das freqüências cardíacas (FC) dos blocos e tratamentos envolvidos neste estudo. 126 TABELA 25 - Freqüências cardíacas (FC) médias em batimentos por minuto nos limiares anaeróbios observadas nos testes escalonados e retangulares. AT IAT 4mM Total Escalonado 122 ±13 127 ±13 160 ±12 n = 9 140 ±29 n = 9 150 ±24 n = 18 136 ±21 n = 27 125 ±26 n = 27 130 ±24 n = 54 n = 9 n — 9 Retangular 112 ±24 122 ±21 n = 9 n = 9 Total 117 ±19 n = 18 125 ±17 n = 18 Na ANOVA com duas classificações observou-se que houve diferenças significativas nos tratamentos e blocos para frequência cardíaca (ANEXO X). No teste post hoc de Tukey nota-se que o modelo 4mM é 33 ± 7 bpm acima do modelo ATe 26 ±7 bpm maior que o IAT. Todos os testes retangulares na intensidade correspondente ao AT e ao IAT perduraram por 60 minutos, enquanto que os na carga de 4mM duraram em média 38,4 ± 23,37 minutos. A duração média de todos os testes retangulares foi de 52,6 ± 16,63 minutos. A ANOVA com o teste post hoc de Tukey demonstraram uma diferença significativa na duração do esforço sendo o limiar de 4mM 21,60 ± 6,03 minutos mais curto do que oATeo IAT. Na TABELA 26 foram apresentados os parâmetros medidos no teste retangular para a intensidade correspondente ao AT. TABELA 26 - Parâmetros medidos durante os testes retangulares na intensidade correspondente ao AT. n Mínimo Máximo Média D.P. 70 7,27 70 17,60 27,00 70 0,82 70 26,70 49,20 70 0,70 70 0,53 70 13,90 52,70 Variáveis 7,395 0.042 23,85 1,97 7,45pH [HCOsH mmol.L'1) [,lac] (mmol»L'1) Pco2 (mmHg) VCo2 (L«min‘1) VE (L^min1) 0,613,53 1,21 38,56 4,19 1,15 0,833 0,083 1,87 1,13 0,348 31,42 8,73 R 127 Na TABELA 27 observou-se a matriz de correlação entre os parâmetros medidos no esforço constante na carga do AT. TABELA 27 - Matriz de correlação das variáveis metabólicas e funcionais observadas durante o teste retangular no AT. pH [HCOJ Min. FC [Jacl Pc02 R Vc02 VE [HCOJ Min. 0,306** 0,191 -0,400** -0,076 -0,711** -0,030 -0,235 -0,456** -0,247* 0,143 -0,063 -0,219 0,416** 0,206 0,080 -0,196 0,011 FC 0,196 -0,366** -0,037 -0,541** -0,045 0,125 0,156 [lac] 0,338** 0,357** -0,066 0,228 0,466** 0,259* Pc02 -0,087 0,071 0,185 0,180 0,288* 0,584** 0,308** 0,283* 0,174 0,783** 0,191 0,249* 0,302* 0,945** 0,857** R Vc02 VE Vq2 Sendo: * p < 0,05 e ** p < 0,01. Subtraindo-se a concentração do lactato do 60° minuto da observada no 15° obteve-se em média -0,62 ± 0,81 (-2,65 a 0,18) mmoLL'1, sendo caracterizado osetady State do lactato em seis dos 10 testes realizados. A cinética do consumo de oxigênio determinada pela diferença no V02 entre o 6o e o 3* minutos de esforço na carga do AT foi em média de 0,08 ±0,10 (-0,03 a 0,33) L.min'1. A lactacidemia tendeu a aumentar linearmente em relação ao tempo (r2 = 0,134**), enquanto que a ventilação tendeu a uma função sigmóide (r = 0,058*) e o quociente respiratório a uma função cúbica (t2 - 0,299**) neste modelo de limiar metabóiico. Na TABELA 28 foram apresentados os parâmetros medidos no teste retangular para a intensidade correspondente ao IAT. 128 TABELA 28 - Parâmetros medidos durante os testes retangulares na intensidade correspondente ao IAT Variáveis N Mínimo Máximo Média D.P. 69 T26 TÃ5 7^37 ÕÕ46 69 13,5 27,2 22,8 2,3 70 0,55 4,49 1,46 0,88 69 21,9 46,0 40,0 5,3 70 0,72 1,22 0,86 0,10 70 0,80 2,15 1,30 0,32 70 20,0 49,7 32,6 5,5 pH [hiC03] (mmol»L'1) [lac] (mmoUL'1) Pco2 (mmHg) i VCo2 (L#min1) Ve (L»min~1) R Na TABELA 29 observa-se a matriz de correlação entre os parâmetros medidos no esforço de carga fixa correspondente ao IAT. TABELA 29 - Matriz de correlação das variáveis metabólicas e funcionais observadas durante o teste retangular no IAT. pH [HCOJ Min. FC [lac] Pçp2 R VçQ2 VE [HCOJ Min. 0,188 0,127 0,371** 0,208 -0,691** -0,061 0,144 0,491** 0,249* 0,098 -0,294* -0,257* 0,551** -0,036 0,302* 0,253* 0,325** FC 0,156 -0,294* -0,020 -0,512** -0,011 0,210 0,183 Pac] 0,765** -0,521** -0,389** -0,604** 0,042 -0,373** Pc02 -0,379** 0,045 0,023 -0,460** 0,120 0,506** 073 -0,202 -0,198 0,503** -0,413** 0,085 0,111 0,777** 0,795** R Vc02 VE Vq2 Sendo: *p< 0,05 e**p< 0,01. Subtraindo-se a concentração do lactato do 60° minuto da observada no 15° obteve-se em média 0,74 ± 0,60 (-1,85 a 0,04) mmoUL'1. Sendo caracterizado o setady state do lactato em cinco dos 10 testes realizados. A cinética do consumo de oxigênio determinada pela diferença no VQ2 entre o 6o e 0 3° minutos de esforço na carga do IAT foi em média de 0,09 ± 0,13 (-0,06 a 0,37) L.min1. A lactacidemia tendeu a aumentar em uma função quadrática em relação ao tempo {r2- 0,095*), enquanto que 0 quociente respiratório em uma função cúbica (r*= 0,265**) e a ventilação em função sigmóide (r*= 0,083*) neste modelo de limiar metabólico. 129 Na TABELA 30 foram apresentados os parâmetros medidos no teste retangular para a intensidade correspondente ao 4mM. TABELA 30 - Parâmetros medidos durante os testes retangulares na intensidade correspondente ao 4mM. N Mínimo Máximo Média D.P.Variáveis 46 7,25 7,45 7,38 0,04 12,7 28,5 22,2 3,5 0,97 9,15 3,42 1,70 46 26,6 46,4 37,9 5,0 45 0,70 1,03 0,86 0,08 46 0,79 4,27 1,51 0,62 46 24,7 97,6 44,4 14,8 pH [HC03]{mmokL'1) 46 [lac] (mmoi«L'1) 46 Pcoz (mmHg) i Vc02 (L*min1) VE (L*min1) R Na TABELA 31 observa-se a matriz de correlação entre os parâmetros correspondente ao esforço prolongado com a carga do 4mM. TABELA 31 - Matriz de correlação das variáveis metabólicas e funcionais observadas durante o teste retangular no_4mhA,_________________ [HCOJ veVcQ2PCQ2 RPaçLFCMin.PH [HCOJ 0,632** 0,509** 0,296* -0,147 -0,594** 0,001 -0,819** -0,826** -0,499** 0,006 0,758** 0,006 -0,592** -0,200 -0,845** -0,452** -0,464** -0,345* 0,499** -0,541** -0,252 -0,382** -0,493** -0,159 Min. FC 0,483** -0,701** -0,056 0,486** 0,506** 0,560** [lac] -0,436** 0,401** 0,593** 0,692** 0,572** PcQ2 0,225 -0,235 0,485** -0,328* 0,297* 0,925** -0,331* 0,280 0,966** 0,945** R Vc02 Vp2 Sendo: * p < 0,05 e ** p £0,01. Subtraindo-se a concentração do lactato do 60° minuto da observada no 15° obteve-se em média -1,59 ± 0,25 (-1,83 a -1,30) mmoUL . caracterizado o setady State do lactato nos cinco testes onde completou-se uma Não sendo hora de esforço. A cinética do consumo de oxigênio determinada pela diferença no V02 entre o 6o e o 3' minutos de esforço na carga do 4mM foi em média de 0,20 ±0,13 (-0,05 a 0,37) L.min1. 130 Neste modelo de limiar metabólico a lactacidemia tendeu a aumentar em uma função cúbica em relação ao tempo (r2 = 0,369**), assim como o quociente respiratório (r2 = 0,765***) e o pH reduz-se na mesma função (r2 = 0,277**). O bicarbonato padrão tendeu a elevar-se em uma função linear (r2 = 0,087*) e a excreção de gás carbônico tendeu a reduzir-se em função quadrática com o tempo (r2= 0,136*). Na FIGURA 13, observa-se um exemplo da lactacidemia em função do tempo durante os testes retangulares, nas intensidades correspondentes aos três modelos. Testes Retangulares (fndivfduo A.B.) 5,5 5 - A 4,5 O A4E 3,5 - ATAE 3 - IAT O 2>5 a 4mM2 - 3 □ 1,5 □ í g go g ooCB 0,5 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 M inutos o FIGURA 13 - Lactacidemia em função do tempo para o indivíduo A.B. nos esforços com intensidade correspondente ao AT, IATe 4mM. 131 Na TABELA 32 confronta-se o coeficiente de determinação, coeficiente angular e intercepto para a variação do R e do V02 em função do tempo nos três modelos. Dos três modelos estudados, 0 único que apresentou correlação entre a variação do lactato (A[lac]) com a cinética do consumo de oxigênio {A V02) (r = 0,642*) foi 0 IAT. A ANOVA com 0 teste post hoc de Tukey aponta para um variação significativamente maior no A[lacj do 4mM do que o IAT. O AT e IAT ou AT e 4mM não diferem quanto a esta variável (A[lac]). Não foi apresentado pelo mesmo tratamento estatístico diferenças na AV02 entre os modelos de limiares metabólicos. Coeficiente de determinação (r2). intercepto e coeficiente angular da relação do consumo de oxigênio e quociente respiratório com 0 tenTgonosJrêsmodejo^dejimia^metabójjço^ Intercepto "" TABELA 32 - C. angular Consumo de oxigênio 0,0038 ± 0,0063 0,0042 ± 0,0022 0,025 ± 0,049 AT 1,60 ±0,530 1,119 ±0,445 1,135 ±0,704 0,3571± 0,257 0,262 ±0,16 0,360 ± 0,297 IAT 4mM Quociente Respiratório -0,002 ± 0,00073 -0,003 ± 0,00075 0,0082 ± 0,028 0,899 ± 0,0755 0,941 ±0,105 0,526 ±0,462* AT 0,574 ±0,150 0,635 ±0,117 0,424 ±0,392 IAT 4mM Sendo: *p <0,05 para diferença entre médias. Os dados de todos os testes retangulares foram tratados em conjunto e apresentados nas TABELAS 33 e 34. Na TABELA 34 observa-se a matriz de correlação entre os parâmetros apresentados acima. A variação total no tempo em minutos dos testes retangulares pode ser explicada em 41,6% pela variação do lactato e do quociente respiratório (EPE = 14,75 min). A inclusão de outras variáveis não aprimoraram a predição. Porém, como observado na equação 64, a variação da ventilação pode ser explicada em 87,6% pela variação no V02, na concentração do lactato no sangue e da frequência 132 cardíaca. A inclusão das variáveis 1/C02 e concentração do bicarbonato padrão não aprimoraram a predição da ventilação. TABELA 33 - Parâmetros medidos durante os testes retangulares na intensidade correspondente aos limiares AT. IATe 4mM. Variáveis N Mínimo Máximo Média D.P. pH 185 7,25 185 12,7 7,45 7,38 0,04 28.5 23,0 2,6 122 26 9,15 1,85 1,37 49,2 38,9 4,9 1,22 0,85 0,09 4,27 1,29 0,45 97.6 35,1 11,1 209,3 78,9 28,2 1578,4 1134,7 282,9 36,0 23,8 4,7 [HC03] (mmol.L'1) FC (bpm) [lac] (mmol.L'1) Pco2 (mmHg) R Vco2 (L.min'1) VE (L.min'1) [Epi]( pg.mL'1); [Nepi] (pg.mL'1) [Dopa]( pg.mL'1) 50186 189 186 0,52 185 21,9 185 0,70 186 0,53 186 13,9 56,831 31 732,20 31 10,0 VE = 0,483 + 17,992(V02) + 2,318(/7aç/) + 0,02974(FC) (E^- 64) R*= 0,876 EPE = 3,89 L.min'1 sendo: VE = ventilação em L.min1 Vq2 = consumo de oxigênio em L.min1 [lac] = concentração sangüínea de lactato mmol.L1 FC = freqüência cardíaca em bpm Com o objetivo de estudar a associação destas variáveis por unidade de tempo, empregou-se a diferença entre as medida obtidas no momento da interrupção do esforço daquela realizada no inicio do mesmo e dividiu-se este delta pela duração total do teste. Desta forma obteve-se a variação por minuto. 133 TABELA 34 - Matriz de correlação das variáveis metabólicas e funcionais observadas durante ostestes retangulares. pH [HCO3] Min. FC [lacj Pc02 R Vco2 VE V02 [Nepi] [Epi] [HCO3] 0,39** Min. 0,24** 0,19** FC -0,12 -0,42** 0,06 llacJ -0,26** -0,53** -0,36** 0,58** Pco2 -0,52** 0,56** 0,00 -0,30** -0,31** -0,19* -0,05 -0.59** -0,11 0,18* 0,12 -0,23** -0,20** -0,17* 0,26** 0,38** 0,01 0,49** VE -0,25** -0,34** -0,08 0,49** 0,62** -0,13 0,13 0,81** V02 -0,17* -0,21** 0,00 0,34** 0,39** -0,05 0,23** 0,92** 0,89** [Nepi] 0,08 -0,41* 0,12 -0,20 0,12 -0,41* 0,40* 0,17 0,22 -0,24 [Epi -0,16 -0,04 0,04 -0,10 -0,17 0,05 -0,21 -0,22 -0,18 -0,03 -0,00 [Dopa] -0,15 0,01 0,10 0,00 0,04 0,13 -0,21 0,18 0,08 0,11 -0,39* -0,44* R Vc02 Sendo: * p<, 0,05 e ** p £ 0,01. Esta maneira de análise dos dados aprimorou de modo acentuado a magnitude das correlações entre as variáveis aqui consideradas, como pode ser visto na TABELA 35. TABELA 35 - Matriz de correlacáo das variáveis metabólicas e funcionais observadas antes e ao final do testes retangulares, divido pela duracáo do mesmo. AR____ AVçq2____ AVeAPçQ2AFC A[1ac]Min.ApH A(HCOJ AÍHCOJ 0,853** Min. 0,892** -0,796** 0,839** -0,392** -0,451** 0,085 -0,648** -0,619** 0,828** -0,976** -0,509** -0,562** -0,925** -0,917** -0,953** -0,703** -0,935** -0,666** AFC 0,507** 0,630** 0,316 0,960** 0,505** 0,752** 0,962** 0,485** 0,800 0,977** 0,987** 0,510** 0,730** 0,978** 0,992** 0,978** 0,497** 0,760** 0,977** 0,997** 0,998** A[1ac] -0,199 -0,739** -0,695** -0,765** -0,739** APc02 AR AVc02 AVe AVq,2 Sendo: * p ^ 0,05 e ** p < 0,01. As variáveis que melhor explicam a variação no tempo total de esforço são a carga de trabalho em watt e a variação da concentração de bicarbonato por minuto, como pode ser visto na equação 65 apresentada abaixo: 134 (Eq. 65)Duração = 71,663 - 0,114 (watt) + 85,066 ([AHC03]) N = 30; R2 = 0,872; EPE = 6,16 minutos Estudando-se a diferença dos parâmetros medidos do repouso até o 15o minuto, observou-se que é possível predizer 49% (EPE = 8,90 min; Min = 72,168 - 0,09628 Watt - 3,692 A[lac]) da variação do tempo de esforço, a partir da carga em watt e do lactato sanguíneo. Esta predição não é aprimorada com a inclusão de outras variáveis. Nos primeiros cinco minutos estas duas variáveis (watt e incremento da lactacidemia) explicam o tempo total do esforço em 73,1% (EPE = 9,07 min; Min = 73,901 - 0,09486 Watt - 8,962 A[lac]). Novamente a inclusão de outras variáveis não aprimoraram a predição. Aplicando-se as equações derivadas nos primeiros cinco (n = 11, r= 0,68; p <0,05) ou 15 (n = 8, r = 0,70; p <0,05) minutos iniciais na carga retangular observada no estudo piloto, conclui-se que a diferença entre os valores medidos e preditos era significativa, sugerindo uma fraca validade externa. Em virtude de problemas técnicos que levaram ao descarte de amostras, a variação na concentração das catecolaminas por minuto foi analisada em separado. Nota-se na TABELA 36, que os marcadores do equilíbrio ácido-base apresentam correlação com a norepinefrina e com a dopamina. TABELA 36 - Matriz de correlação entre parâmetros metabólicos, funcionais e hormonais observados nos testes retangulares em variação por minuto. A[Nepi] AíEpil [Popa] -0,034 -0,400* 0,069 A[HC03] -0,686** -0,279 0,489** 0,112 0,389* -0,106 0,107 0,477* 0,011 0,169 0,068 -0,065 -0,879** -0,166 1,000 ApH AFC -0,027 0,463* -0,685** -0,150 0,003 0,060 0,036 0,288 0,072 0,308 0,117 0,194 1,000 0,017 0,017 1,000 Aflac] APq02 AR AVco2 AVe AVq2 A[Nepi] A[Epi] AlDopal -0,879** -0,166 * p <; 0,05 e ** p <; 0,001 135 DISCUSSÃO11 11.1 Teste de esforço máximo A potência aeróbía máxima é limitada por fatores cardiovasculares (BROOKS, FAHEY, WHITE & BALDWIN, 2000, p.6). A elevação do trabalho cardíaco depende do incremento da pressão sangüínea, do enchimento diastóiico e da maior contractilidade do miocárdio (SHEPARD, 1984). Os sinais e sintomas da fadiga centrai são: cianose, sudorese profusa, ataxia e desorientação. Os sinais objetivos de esforço máximo são: platô do V02 com o incremento da carga (< 150 mL.min'1 ou < 2,1 mL.kgLmin'), FC de pelo menos 85% daquela prevista para a idade; quociente respiratório acima de 1,1 e pico de iactaciaemia de ou maior que 8,0 mmol.L"' (BROOKS etalii, 2000, p.330; DAVIS, 1995, p.14; DUCAN, HOWLEY & JOHSON, 1997; SHEPHARD, 1984). No estudo originai de TAYLOR, BUSKIRK & HENSCEL (1955) preconizou-se o platô do consumo de oxigênio como o principal critério de esforço máximo. Neste trabaino, (TAYLOR et aiii,1955) o piatô foi observado em 108 dos 115 indivíduos avaliados e, a expiicação do fenômeno apoiou-se na hipótese do déficit de oxigênio e da anaerobiose. O platô do consumo de oxigênio parece não ocorrer em todos os testes ergométricos. STCLAIR, LAMBER, HAWLEY, BROOMHEAD & NOAKES (1999) observaram o platô do V02 em 50% dos testes por eles realizados. DUCAN et aiii (1997) demonstraram este fenômeno em 60% dos testes descontínuos e em 50% dos testes contínuos. NOAKES (1998) argumenta que o modelo do déficit de oxigênio apresenta um conflito lógico, ou seja: a) a presença de platô do V02 na carga máxima indica que a anaerobiose neste momento; b) a ausência do piatô do V02 indica que há uma adequada oxigenação muscuiar durante 0 exercício máximo; c) muitos autores demonstraram haver um piatô do V02 durante o exercício máximo; ocorre 136 d) portanto a anaerobiose muscular limita o desempenho no esforço máximo; e) entretanto o platô nem sempre está presente no esforço máximo assim; f) a anaerobiose muscular não limita o desempenho máximo em todos os sujeitos; ou g) a anaerobiose muscular sempre limita o desempenho no esforço máximo como ou sem platô do V02. Com isso o autor sugere (NOAKES, 1998) que a atividade contrátil do músculo esquelético é regulada por uma série de fatores centrais (predominantemente neurais) e periféricos (predominantemente químicos) que agem para prevenir o dano ao organismo ou, eventual morte durante o exercício, tanto em indivíduos saudáveis como em doentes, sob as exigências das condições ambientais. BERGH, EKBLOM & ASTRAND (2000) apontam algumas falhas no trabalho de NOAKES (1998), ou sejam: a) o autor não identificou quais observações são compatíveis e incompatíveis com os diferentes modelos e teorias; b) não avaliou os modelos sob a mesma situação, como na mais elevada carga; c) não incluiu dados; e d) não aceita ou rejeita o paradigma definitivamente. BERGH et alii (2000) rejeitam as propostas de NOAKES (1998) uma vez que observaram que em cinco de seis indivíduos testados na esteira ergométrica com a velocidade correspondente ao V02màX, reduzindo-se a intensidade em 20 a 25% não houve diferença significativa no consumo de oxigênio. Observaram também que o suprimento de oxigênio para o miocárdio provavelmente é mantido pois não há redução no volume sistólico no esforço máximo. Aspectos metodológicos também podem estar envolvidos pois, a identificação do platô parece estar sujeita ao tempo da amostragem dos gases. ASTORINO, ROBERGS, GHIASVAND, MARKS & BURNS (2000) observaram este fenômeno em todos os testes ergométricos por eles realizados, quando a medida o V02 foi integrada em 11 incursões ventilatórias. 137 Contudo, RICHARDSON (2000) combinando estudos com cobaias e humanos, observou que a P02 crítica para a velocidade mitocondrial máxima é de 0,1 a 0,5 mmHg e que a P02 intracelular cai de 9 mmHg a 50% V02máx para 5,5 mmHg a 100% Vo2màx■ Estes dados suportam a idéia de que a oferta de oxigênio não limita o esforço máximo, mesmo sob hipoxia. Em razão das dificuldades na determinação do platô do V02, sugere-se 0 emprego prioritário dos demais critérios para interrupção do teste de esforço, especialmente o da iactacidemía e 0 R (DAVIS, 1995, p.14; DUCAN et alii, 1997). Esta estratégia é especiaimente importante quando é empregado o ciclo ergõmetro de frenagem mecânica. Neste equipamento o avaliado pode reduzir a potência física atravésdo ritmo da pedalagem. Dos 10 testes máximos realizados neste estudo, oito tiveram as mais elevadas medidas de V02 antes dos últimos 20 segundos de observação. A Iactacidemía após 0 esforço foi de 10,81 ± 1,97 mmol.L'1 e o Rfoi de 1,19 ± 0,11. A potência aeróbia máxima esteve em média (37,6 ± 8,9) na faixa de 20 a 40 mL.kg^.min'1, como a esperada para medida direta do consumo de oxigênio em população brasileira adulta jovem e hígida (YAZBEK CARVALHO, SABBAG & BATTISTELLA, 1998). Somente dois indivíduos ultrapassaram 0 valor máximo da faixa relatada acima. Sendo que um sujeito estava envolvido no treinamento de remo e, 0 outro fazia jogging regularmente. Excluindo-se o remador, os dados de Vo2máx absolutos (2,59 ± 0,70 L.min'1) estão próximos ao previsto para uma população de não atletas (2,45 ± 0,53 L.min'1 - HSI, LAN & LAI, 1998) e apresentam uma boa correlação entre os valores preditos e medidos (r = 0,97). Estes resultados sugerem haver validade externa para as equações propostas por HSI et alii (1998). Não foi observada diferença entre o valor de potência aeróbia obtida no teste de esforço máximo, dos valores picos encontrados nos protocolos de determinação dos limiares metabólicos. Os autores do protocolo empregado para determinação do l/02máx (SALTIN & ASTRAND, 1967) quantificaram o erro padrão do método em 3%. Assim para o intervalo de confiança de 95%, pode-se esperar uma variação de até 5,9%. SHEPHARD (1984) argumenta que a variação diária intra- 138 indivíduo é de 4 a 6% para o V02máx. Este autor lista as principais dificuldades encontradas nos testes de esforço máximo como: a) a continuação depende da motivação do avaliado e/ou incentivo do técnico; b) no exercício até a exaustão há maior risco de arritmias; c) um pequeno aumento na potência aeróbia implica em aumentar o tempo de endurance em uma carga fixa; d) o escore atingido depende da calibragem acurada do ergômetro e de uma eficiência mecânica constante; e e) aceita-se que todos os indivíduos suportam o mesmo acúmulo de metabólitos anaeróbios. Outro aspecto que também pode ter importância é a duração do esforço nos testes progressivos. Esta deve oscilar entre 10 (DAVIS, 1995, p.14) e 20 minutos (SHEPHARD, 1984). BUCHFUHRER et aiii (1983) recomendam que o esforço dure de oito a 12 minutos, porém, não observaram diferenças significativas de testes que perduravam até 17 minutos. Os testes escalonados mais longos neste estudo foram de 25 minutos. O V02máx parece não ser afetado pelo fato do protocolo ser contínuo ou não (WISLOFF & HELGERUD, 1998). Na TABELA 37, confrontou-se as correlações obtidas no teste de esforço máximo com as descritas na literatura. TABELA 37 - Correlação produto momento de Pearson observada para as medidas antropométricas e parâmetros medidos no esforço máximo. HSI et alii, 1998 (n = 105) ROSEN et alii, 1998 (n = 276) Atual (n = 10)Referência: Variáveis Idade x LBM Idade x massa Idade x estatura LBM x massa LBM x estatura LBM x V Massa x estatura Idade x V Massa x V Estatura x V02max WmáX X V02máx Wmáx x idade Wmáx x estatura Wmáx x peso Sendo: LBM = massa corporal magra; e Wmáx = carga máxima atingida. Todas as correlação acima são significativas para p <0,05, n.s. = não significativo. f -0,40n.s. -0,29n.s. -0,24n.s. 0,430,93 0,650,89 0,390,8402máx 0,250,82 -0,61-0,38 -0,19 n.s.02máx 0,630,9002máx 0,340,65 0,94 -0,61n.s. 0,74n.s. 0,60n.s. 139 Os sujeitos testados por ROSEN, SORKIN, GOLDBERG, HAGBERG & KATZEL (1998) apresentavam idades entre 45 e 80 anos, assim mais suscetíveis as alterações de estatura, peso e da composição corporal. A idade parece afetar a potência aeróbia máxima assim como, a resposta ventilatória acima e abaixo do limiar anaeróbio (PRIOX, RAMONATXO, HAYOT, MUCA & PREFAUT, 2000). Outra diferença do estudo de ROSEN et alii, (1998) é o fato de ter sido empregado um teste de corrida na esteira. Assim, a capacidade de deslocamento do próprio peso, a amplitude das passadas e a composição corporal deveríam influenciar mais o resultado do que os obtidos no ciclo ergômetro. No outro estudo apresentado na TABELA 37, (HSI et alii, 1998) apesar de se ter empregado um ciclo ergômetro, novamente a média de idades era mais elevada da aqui observada (homens = 50 ± 15 e mulheres = 51 ±17 anos). Em ambas investigações o número de casos era maior, o que pode levar a coeficientes de correlação menores. A eficiência mecânica como os limiares metabólicos, associa-se ao desempenho (CONLEY & KRAHENBUHL, 1980; CÜNNINGHAM, 1990). Contudo existem dificuldades para a transposição da medida desta variável na corrida em esteira para o campo (PUGH, 1970, 1971). A eficiência mecânica observada neste estudo foi de 22,0 ± 5,3% medida na carga submáxima inicial (« 50% Vozmix)• Estes valores estão próximos £ • sugeridos por JONES (1997, p. 10) como normais (« 20%). Estão acima dos 15% esperados por FREDERICK (1992, p.179) e abaixo dos 30% sugeridos por BROOKS et alii. (2000, p.330). A eficiência mecânica parece ser afetada por fatores internos e externos (QUADRO 10). Esta é reduzida pela duração do esforço, tanto nos indivíduos mais eficiente como nos menos. A magnitude desta deterioração aumenta em intensidade mais elevada (SPROULE, 1998). A eficiência mecânica apresenta variação de 4 a 5% entre sujeitos (SHEPHARD, 1984). Para estudar tal variação RODAS, CALVO, ESTRHCH, GARRIOLO, ERALLA, ARCAS, SEGURA & VENTURA (1998) submeteram 16 pares de gêmeos, sendo oito mono e oito dizigóticos, ao teste de economia de corrida na 140 esteira. Apesar do estudo ter concluído não haver um componente genético na economia de movimento estes observaram diferenças no componente do metabolismo anaeróbio. Na verdade, a eficiência não pode ser acuradamente calculada quando há o incremento da glicólise (BROOKS et alii, 2000, p.330), isto em parte explicaria a divergência nos resultados observados na literatura. SUZUKI (1979) concluiu que as fibras musculares rápidas (tipo II) e lentas (tipo I) diferem quanto à eficiência mecânica e características metabólicas. Este autor admite a hipótese de que esta diferença pode estar relacionada à variação na utilização do glicogênio, onde a depleção deste substrato ocorre inicialmente nas fibras do tipo I e, posteriormente nas fibras do tipo II em cargas mais elevadas. No estudo atual observou-se a correlação da eficiência mecânica com o V02 no AT(r= - 0,64), com 0 V02 no 4mM (r = -0,64) com 0 V02máx absoluto (r = -0,73), com a carga máxima (r= -0,71), com a massa corporal (r= -0,69) e com a massa corporal magra (r= -0,80). Parece que para este grupo, os indivíduos mais corpulentos são menos eficientes. Esta conclusão é reforçada pelo fato de não haver correlação significativa entre a eficiência mecânica e 0 V02 relativo ao peso corporal ou a intensidade máxima (%V02máx). 141 QUADRO 10 - Fatores internos e externos que afetam a eficiência na corrida. Fatores internos Fatores externos Cineantropométricos • Massa corporal • Comprimento dos membros Psicológicos • Relaxamento • Sugestão hipnótica Ambiente • Temperatura • Vento Superfície • Inclinação • Absorção da superfície • Resistência Equipamentos • Ortóticos • Sola dos calçados • Peso dos calçados • Peso sobre a cabeça e tronco Ritmos biológicos • Ciclo circaaiano • Ciclo circanuai Cinéticos e cinemáticos • Excursão do centro de massa • Transferência de energia mecânica • Diferença na taxa de trabalho positivo e negativo • Força do impacto • Batida do pé • Tempo de contato do pé com o solo • Extrema movimentação dos braços • Ângulo de inclinação do terreno • Ângulo de inclinação da perna • Inclinação do tronco • Amplitude da passada « Velocidade do movimento articular Fonte: Frederick, (1992). Limiares metabóiicos11.2 Quando os limiares são expressos em porcentagem do Vo2pico, observa-se valores próximos aos encontrados na literatura: a) AT a 48 vs 55% \/o2picopara os dados BEAVER et alii, 1986; b) IAT a 56% vs 55-77% para os de STEGMAN & KINDERMANN, (1982) e c) 4mM a 77 vs 77% para os observados por MADER (1991). O limiar de 4mM foi significativamente mais elevado. Mas não houve diferença significativa entre o AT e o IAi. Não observou-se correlação entre os limiares quando expressos em %Vo2pico■ 142 Como no estudo de POMPEU & GOMES (1998) o limiar AT não diferiu do IAT mas ambos estão abaixo do 4mM, quando expressos em unidades físicas (watt) como metabólicas (V02). Parece que 0 deslocamento das curvas de lactacidemia em função do protocolo (HECK et alii, 1985, YOSHIDA, 1984) não ocorre em magnitude suficiente para alterar as diferenças entre os limiares metabólicos observadas em um único protocolo ergométrico de cargas escalonadas (MCLELLAN, 1985; POMPEU & GOMES, 1998). Porém, no estudo de POMPEU & GOMES (1998), não se observou correlação significativa entre os modelos de limiares metabólicos. A correlação aqui determinada para a relação entre o AT e 4mM (r = 0,90) está próxima a de 0,91 encontrada por TOKMAKIDIS, LÉGER & PILIANDS (1998). A FC foi a única variável que diferiu entre os valores obtidos nos testes escalonados para os de carga fixa. Isto provavelmente deve-se ao incremento compensatório à redução do volume sistólico em função do tempo, já bem descrito na literatura (FOX et alii, 1991, p. 181; HOLLMANN & HETTINGER, 1989, p. 340). Os dados atuais não confirmaram os estudos que sugerem uma maior precisão da função exponencial para descrever a cinética do lactato no sangue durante o esforço (DENNIS et alii, 1992; YEH et alii, 1983). Na verdade, aproximam- se dos dados de MYERS, WALSH, BUCHAMAN, MCAULEY, BOWES & FROELISHER (1994) que sugerem não haver grandes diferenças entre os modelos avaliados pelo quadrado médio dos resíduos. SULLIVAN, CASABURI, STORER & WASSERMAN (1995) também demonstraram que o ajuste exponencial não reduz significativa mente este parâmetro estatístico. No atual estudo observou-se que o quadrado médio dos resíduos era igual nos modelos do AT e IAT e maior no de 4mM. O coeficiente de correlação teste-reteste para o modelo do AT é de r- 0,88 a 0,96 (AUNOLA & RUSKO, 1984; CAIOZZO et alii, 1982; DiCKHUTH, YIN, NIESS, RÕCKER, MAYER, HEITKAMP & HORSTMANN, 1999; PFITZINGER & FREEDSON, 1998), do IAT è de 0,97 (DICKHUTH et alii, 1999) e de 0,96 para 4mM (AUNOLA & RUSKO, 1984). Contudo, sugere-se cautela com as conclusões baseadas no coeficiente de correlação pois, este pode não ser o melhor índice de associação entre os resultados de um teste em dois momentos. O coeficiente de correlação 143 pode ser influenciado pelo tamanho da amostra e, não é capaz de discriminar a ocorrência do erro sistemático (BLAND & ALTMAN, 1986). As medidas dos parâmetros ventilatórios e metabólicos também podem afetar a precisão dos modelos. BECQUE, KATCH, MARKS & DYN (1993) observaram na intensidade de 55% V02mtx que a variação dos resultados em dois momentos distintos era de 6% para VE, 10% para V02 e 26% para FC. 11.3 Máximo steady State do lactato 11.3.1 Modelo do AT COSTILL (1970) observou que em esforços de aproximadamente 30% V02máx não ocorrem incrementos na lactacidemia. Em intensidades (48 a 70% V02mix) há um pico do lactato sanguíneo em tomo dos 10 minutos, posteriormente, a 27,5 minutos de esforço contínuo, este decai para 50% da concentração de pico. O quociente respiratório no estudo de COSTILL (1970) decresceu de 0,88 no 10° minuto para 0,80 no 20°. O equilíbrio entre a concentração do lactato no músculo e no sangue ocorre entre 10 e 15 minutos. Com intensidades acima de 60-80% V02mix a eliminação do lactato parece reduzir-se e, por consequência, o acúmulo no sangue não pode ser evitado (RUSKO, LUHTANEN, RAHKILA, VITASALO, HEUNEN & HEHIDRKÒNEN, 1986). Em estudos que compararam a resposta da lactacidemia em esforços de cargas fixas abaixo e acima do AT (SMITH, SKELTON, KREMER, PASCOE & GLADDEN, 1998; YAMAMOTO et alii, 1991), a concentração do lactato caiu na primeira situação após 15 minutos e, aumentou na segunda. Com dois minutos de esforço, há uma elevação na concentração de hidrogênio para a intensidade de apenas 4,9% acima do AT. Esta acidose é mantida até o final do esforço em 30 minutos. Abaixo do limiar AT não ocorre redução do pH (SMITH et alii, 1998). No atual estudo empregaram-se os valores propostos por MAUGHAN, GLEESON & GREENHAFF (2000, p.234-5) como referência de normalidade para o sangue arterial (pH = 7,35 a 7,45; PCo2 = 35 a 45 mmHg e [HC03] = 23 a 28 144 1 mmoUL ). Constatou-se que no modelo do AT não houve acidose metabólica quatro dos testes reaiizados, a acidose metabólica foi compensada em 23 ± 8,4 (15 a 35) minutos em cinco testes e, em um caso apresentou-se acidose metabólica não compensada até os 60 minutos. No último caso, a queda do pH ocorreu bruscamente nos primeiros cinco minutos, observando-se depois uma tendência ao retomo da normalidade (indivíduo G.T., vide ANEXO X). O Mssl caracterizou-se em 60% dos testes reaiizados. Os valores médios da lactacidemia, pH, ventilação e quociente respiratório para o modelo do ATforam apresentados na FIGURA 14. em ba 2A 7.44, 20 7.42 7.4D 11 7481 III"O 7.38S 7.34, í 4 O * * * 8 7-«i?4o nsK yux *s<o koq kjk * * 52» 15.00 252* 352» *2* 552» 50.00 rranUos m4ot c d 14 T40 .8 30 t£ _L£ zo, £ £C õÕ # o> 10 * t343 1340 «40'.340 2340 1340'40i - <a to « «a <a n 340 1340 2340 3340 4340 3340 0040 ffinUes minutos FIGURA 14 - Médias e desvios padrões da fa) concentração do lactato no sangue; (b) do pH (c); ventilação e íd) do quociente respiratório em 60 minutos de pedalaqem na intensidade correspondente ao AT. 145 11.3.2 Modelo do IAT STEGMANN & KINDERMANN (1982) compararam os modelos do IAT com o 4mM. Para tanto, empregaram um grupo de 19 remadores avaliados no ciclo ergômetro. A resposta ao teste de 50 minutos com a carga fixa nos dois modelos foi classificada em três grupos. No grupo I estavam 15 indivíduos do total da amostra, sendo que a carga no ergômetro e a concentração do lactato eram mais baixas no IAT. Neste modelo todos os indivíduos completaram os 50 minutos e, a lactacidemia estabilizou-se após um incremento inicial. Neste grupo (I), nenhum dos indivíduos completou a prova com a intensidade correspondendo ao 4mM, sendo observado um incremento contínuo na lactacidemia quando exercitavam-se nesta intensidade. No grupo II, três remadores apresentaram carga e lactacidemia iguais nos modelos do IAT e 4 mM, sendo o exercício suportado por 50 minutos. No grupo III, apenas um dos sujeitos apresentou a carga em watt e a concentração sangüínea do lactato mais elevada para o IAT. Neste último grupo a intensidade era suportada até o final da prova (50 min). No estudo de STEGMANN & KINDERMANN (1982) o IAT ocorreu em média a 64,8 ± 5,4 (55 - 77) e o 4mM a 77,0 ± 10, 7 (50 - 88)% Vo2pico■ A concentração média do lactato no IAT foi de 1,8 a 6,1 mmol.L'1. URHAUSEN et alii (1993) submeteram 30 atletas de endurance as cargas contínuas de 45 minutos. As intensidades foram de 85, 95, 100 e 105% do IAT e a 100% do 4mM. A intensidade do 4mM ocorreu a 104,7 ± 7% do IAT. Quinze sujeitos interromperam o esforço prematuramente quando na carga correspondente ao 4mM. Os autores concluíram que o IAT é uma boa estimativa do máximo steady state do lactato. BENEKE (1995) não observou diferenças entre o IAT e o 4mM mas, constatou que ambos estão aproximadamente 30 watt acima do Mssl■ A carga em watt para os dois limiares estavam fortemente correlacionados (r = 0,80) e permitiam a previsão no MSSl com aproximadamente 66% de confiança. A correlação observada no atual estudo, entre estes limiares (IAT e o 4mM) foi de r = 0,88. 146 Seguindo-se as referências propostas para estudo do equilíbrio ácido- base (MAUGHAN et alii, 2000, p.234-5) não observou-se acidose metabólica em três dos testesrealizados. Nos demais testes a acidose era compensada em 23,6 ±12,1 (15 a 45) minutos. O MSsl foi caracterizado em 50% dos testes realizados. Na FIGURA 15 nota-se que a dispersão dos dados parece maior do que para o modelo discutido anteriormente apesar de não haver diferença significativa entre as médias. ba jh ho 25 ’X 25 7Xr IX S ,*o i 5 7X «no 56 GO 60 £325®6®S® 15® 60®25® 25® 45® a® dc i.i« 28 15 24 522 II 2 O x » a O I ,I 24 T ■ «a o 00®25® 46® 56®26®6® 15®5® 66®15® 25® 25® e® FIGURA 15- Médias e desvios padrões da (a) concentração do lactato no sangue; fbl do dH: (c) ventilação e (d) do quociente respiratório em 60 minutos de pedalaaem na intensidade correspondente ao IAT. 147 11.3.3 Modelo de 4mM O limiar de 4mM neste estudo ocorreu em intensidade significativamente mais elevada do que as dos outros modelos. Somente 50% dos testes foram interrompidos com uma hora de duração, em média os testes levaram 38,4 ± 23,4 minutos. Estes resultados aproximam-se dos observados por MOGNONI, SIRTORI, LORENZELLI & CAVETELLI (1990). Estes autores constataram que para um grupo 34 homens, 20 interromperam o teste retangular na intensidade do 4mM antes dos 60 minutos (38,1 ± 5,3 min) e 14 conseguiram completar pelo menos uma hora. Resultados semelhantes também foram observados por DENADAI & DENADAI (1998) com indivíduos brasileiros. Neste caso, os autores observaram que na intensidade de 10% abaixo do 4mM, a fadiga ocorria em 32,4 ± 14,8 minutos. O tempo para levar a fadiga nesta situação foi significativamente aumentada com a administração de cafeína. AUNOLA & RUSKO (1992) estudando o modelo de 4mM observaram que em esforços abaixo do MSsl há o incremento da lactacidemia até o 15° minuto posteriormente, esta variável cai em pelo menos 1 mmol.L'1 até o final do esforço. No estudo citado acima (AUNOLA & RUSKO, 1992) os autores observaram correlação de 0,83 entre o V02 no MSsl e o V02 no 4mM, ou muito próximo ao aqui observado para o V02 na carga retangular (r = 0,82). Estes também observaram que 85% da variação no MSsl pode ser explicada pelo V02awm e pela idade. O MSsl também pode estar relacionado a massa muscular especificamente envolvida na atividade e, com o nível de esforço habitualmente realizado. Isto pode gerar padrões específicos de perfusão sanguínea pelos músculos requisitados (BENEKE & VONDUVILLARD, 1996). O emprego do critério da variação para a lactacidemia menor que 1 mmol.L'1 entre o 5o e o 25° minutos de esforço, como MSSl, só toma possível aceitar este fenômeno em três dos 10 testes realizados. Na verdade no estudo onde esta referência é recomendada (HECK et alii, 1985) os autores sugerem que a lactacidemia no teste escalonado pode estar na faixa de 3,05 a 5,5 mmol.L'1. 148 Em nenhum dos testes realizados observou-se steady State do lactato. A acidose metabólica ocorreu em todos os exames. Porém, esta foi compensada em 33,8 ± 22,5 minutos por quatro indivíduos. Pode-se assim, aceitar a conclusão do estudo de OYONO-ENGUELLE, HEITZ, MARBACH, OTT, GARTNER, POPE, VOLLMER & FREUND (1990) de não ser possível observar a manutenção da taxa de aparecimento e de desaparecimento do lactato no sangue durante o exercício prolongado por meio da concentração fixa a 4 mmol.L lactacidemia, pH, V^e R para o modelo de 4mM e, na FIGURA 17 pode-se observar a variação da lactacidemia nos três modelos aqui estudados. -1 no teste escalonado. Na FIGURA 16 observa-se as médias da ba v o 9 Hi I •□s05I" T I aTJoo m %2 a □ oU pH L 0 aT ■ ísj o ao «ao xao uno zoo xao «ao «ao «aoixn «ao «ao soo tido zoo xao «ao os no mao Tampo am mrttronTampo am minutoi dc 1.1 T2D 1.0- IOO O I . D JT50 .905 □% flOCl J-Ii3r‘ VE (U Iml Bn) .7CC Õa * «-> a O» ",SJD 1300 «00 ZOO 2100 ZOO X0O «00 «00 «00 «* » 1I Tampo am minutos 5.00 T3D0 WDO XCO 2100 2800 2500 «00 «500 «000 MNUTOS FIGURA 16- Médias e desvios padrões fa) da concentração do lactato no san.que; íb) do pH\(c) da ventilação e (d) do quociente respiratório em 60 minutos de pedalaoem na intensidade correspondente ao 4mM. 149 8 5 (i 4. __I Iti 3. ti i!2. [![) I TH1 1* r i ■ AT - [Lac] rrrncí/LV-1 -"iT I □ 1AT - [Lac] rrma/L95 o % i ci .1 0 4mM - [Lac] H ■ ««10 888 868 886 868 444 668 5,00 15,00 25,00 35,00 45,00 55,00 60,00 DURAÇÃO FiGÜRA 17 - Média e desvio padrão da lactacidemia durante o esforço de 60 minutos segundo os limiares AT, ÍATe 4mM. 11.4 Controle da ventilação O aumento da ventilação durante o esforço parece ser constante e associado à carga de trabalho. Estes ajustes da VE podem ser divididos em duas fases. Na primeira fase ocorre o incremento da VE de forma proporcionai ao débito cardíaco. Assim a tensão aiveolar dos gases e o R permanecem constantes e o consumo de oxigênio e a excreção do gás carbônico mudam de acordo com a ventilação. Na segunda fase ocorre alteração na composição do sangue venoso misto, o que gera um aumento da velocidade das trocas gasosas. O controle da ventilação pode estar relacionado à resposta aos quimiorreceptores; aos proprioceptores periféricos; e a impulsos (drives) oriundos do coração ou do hipoiáiamo. A elevação da temperatura central parece não ter um papel crucial no 150 exercício em humanos (COAST, HAVERKAMP, FINKBONE, ANDERSON, GEORGE & HERB, 1999; ELDRIDGE, MILLHORN & WALDROP, 1981; WHIPP, 1983). A hipótese do drive da ventilação pelo aumento da P, decorrente ao tamponamento ventilatório é em parte, sustentado pela forte correlação entre a VE e a VCo2 (r = 0,96 - FLENLEY & WARREN, 1983). No estudo atual observou-se a correlação de 0,99 entre estes parâmetros. Porém, a ventilação voluntária durante o esforço pode dissociar estas variáveis em aproximadamente 66% (CLARK et alii, 1996). BROOKS et alii. (2000, p.218) acreditam que a VE apresenta alta correlação com a taxa metabólica pois os controles neurais são de importância primária, e os periféricos são secundários. No estudo atual observou-se a correlação de r = 0,998 entre o AV02 e a AVE. A AFC apresentou também uma forte correlação com a AVE (r = 0,987, n = 185), sustentando a hipótese de que comandos superiores do encéfalo são cruciais no ajuste destas variáveis. Outro importante estímulo para os quiomiorreceptores arteriais é a concentração plasmática de potássio. Este ion é liberado durante a contração C02 muscular para o meio intertiscial e, posteriormente, para o sangue (JUEL et alii 1990). BUSSE, MAASSEN & KONRAD (1991) estudaram a relação entre o potássio plasmático e o equilíbrio acido-base em sujeitos normais e glicogênio- depletados. Os autores observaram que o melhor preditor para o AT era a concentração do potássio plasmático. Este ion eleva-se exponencialmente durante o esforço e, é rapidamente consumido na fase de recuperação. Os autores (BUSSE et alii, 1991) concluíram que: a) é improvável que ácidos sejam o estímulo da ventilação durante o exercício escalonado; b) o conceito de AT deve ser revisado uma vez que o aumento não linear da ventilação não é afetada pela acidose láctica; c) a estreita relação entre o [hC] e a VE durante o exercício nas situações de variados estoques de glicogènio muscular, suportam a hipótese deste ion como potente estimulante da ventilação durante o esforço. Em um estudo com ratos HARDARSON, SKARPHEDIWSON SVEINSSON (1998) observaram que a ventilação apresentava r = 0,80 com a tax= de infusão do potássio no sangue. No estudo de HARDARSON et alii (1998) ( 151 lactato explicava 34,7 ± 8,8% do aumento no volume corrente pulmonar e o potássio 19,7 ± 7,3%. Estes autores concluíram que possivelmente nem ratos nem humanos dependem de uma significativa acidose metabólica como estímulo crítico para a hiperventilação. No atual estudo foi possível medir a concentração plasmática de potássio em apenas um sujeito, este parâmetro apresentou a correlação de r= 0,77 com a ventilação (FIGURA 18) durante o teste retangular no AT. A [Kr] de4,66 - 0,74 mmol.L1 esteve próxima a observada por MCLELLAN & GASS (1989, 4,50 ± 0,09 mmol.L1). 50] I 1 30-j lu 20-1 %- ♦ M>rtil3çáo • • Linear (Vytteção) I> 104’ 0 5 5.5 6«53 3.5 4 [K] mmoi/L Diagrama de dispersão entre a contração de potássio e a ventilação para um indivíduo (D.A.-) submetido ao teste de carga retangular na FIGURA 18- intensidade correspondente ao AT. Controle neuro-endócrino11.5 Com o aumento da carga no teste de esforço ocorre um aumento na freqüência e amplitude dos sinais para o sistema nervoso central. A resposta de "luta ou fuga9 é ativada produzindo sinais dos nervos autônomos simpáticos para vários leitos vasculares nos músculos, fígado, rins, tecido adiposo e glândula adrenal. A estimulação simpática para a medula da glândula adrenal gera a liberação de epinefrina que por sua vez, estimula as células a do pâncreas gerando um aumento na liberação do glucagon. Estes hormônios irão estimular a 152 giicogenólise no músculo e no fígado, respectivamente (BROOKS et alii, 2000 p.217). As catecolaminas (epinefrina, norepinefrina e dopamina) são produzidas pelas células cromafins localizadas na medula da glândula adrenal. Estas células também são encontradas no coração, fígado, rim, gônadas, neurônios adrenérgicos do sistema nervoso autônomo simpática e sistema nervoso central. As catecolaminas não atravessam a barreira hemato-encefálica (GRANNER, 1996, p.560-61). A epinefrina é parcialmente envolvida na elevação da lactacidemia produzindo acidose. Esta acidose pode afetar a concentração das outras catecolaminas (WELTMAN et alii, 1994). Esta hipótese é apoiada em parte, pela correlação aqui observada entre a lactacidemia e a concentração plasmática de epinefrina (r = 0,46), que foi próxima a de r = 0,42 observada por TURNER et alii (1995) durante um teste de carga contínua; e pela relação direta observada entre a dopamina, e inversa entre norepinefrina, com a concentração de bicarbonato padrão e com a pressão parcial do gás carbônico. No modelo do IAT a concentração de dopamina apresentou correlação negativa com o pH (r = -0,77) e positiva com a pressão parcial do gás carbônico. A epinefrina apresentou-se inversamente relacionada ao quociente respiratório -0,61) indicando um aumento na mobilização dos lipídios. A norepinefrina no entanto, apresentou forte associação direta com o R (r = 0,81) indicando um incremento na utilização metabólica de carboidratos. No modelo do 4mM a epinefrina esteve bem associada com a lactacidemia (r= 0,80), inversamente associada ao pH (r= -0,695) e à excreção de gás carbônico. Neste modeio a norepinefrina apresentou-se inversamente associada à concentração de bicarbonato (r = -0,68) e à pressão parcial do gás carbônico (r= -0,70). A variação das correlações entre as variáveis do sistema tampão bicarbonato e as concentrações das catecolaminas parece depender da intensidade do esforço, sendo mais forte em cargas mais elevadas. (r = 153 CONCLUSÕES12 As conclusões relativas as questões levantadas no primeiro capítulo, são: a) Os modelos do AT e IAT ocorrem na mesma intensidade, enquanto o de 4mM aparece em uma carga mais elevada. b) O modelo do ATé o que apresenta menor erro metodológico. c) A aciaose metabólica ocorre no modelo do 4mM, sendo que este fenômeno não ocorre, ou é compensado nos modelos do ATe IAT. d) Existe uma forte associação entre o modelo do ATe a potência aeróbia máxima. e) Não há uma forte associação entre a eficiência mecânica e os limiares metabólicos. f) Não há uma forte associação entre o consumo de oxigênio extra no segundo minuto do pós-esforço e os limiares metabólicos. g) Não há diferença significativa entre os três modelos de limiares metabólicos no valor inicial (intercepto), e na taxa de aumento (coeficiente angular) do \J02 em relação ao tempo durante o esforço prolongado. h) O modelo de 4mM apresenta um quociente respiratório mais elevado no início do esforço prolongado. Sendo que não há diferença significativa na taxa de declínio deste parâmetro entre os três modelos de limiares metabólicos. i) As concentrações de catecolaminas estão mais intensamente associadas ao equilíbrio ácido-base em cargas mais elevadas. j) O modelo do AT é o modelo que melhor representa outros marcadores de condicionamento aeróbio. k) O modelo do ATé o que melhor estima o máximo steady staie do lactato. Os modelos de limiar anaeróbios foram tratados sob as mesmas condições ou, respeitando-se os protocolos escalonados originais propostos pelos autores; avaliando-se o mesmo grupo de indivíduos e empregando-se a mesma rotina e equipamentos. As observações que podem ser entendidas como compatíveis com o paradigma do limiar anaeróbio durante um teste de carga fixa são: o lactato 154 sangüíneo deve permanecer constante; os testes de uma hora devem ser concluídos; não deve haver acidose durante o esforço; não deve haver alteração nas catecolaminas; deve haver um aumento progressivo no metabolismo de lipídios; a estimativa da intensidade do limiar anaeróbio a partir do teste escalonado deve ser feita com uma pequena margem de erro e o modelo deve associar-se com outros marcadores da aptidão aeróbia tais como: V02máx, eficiência mecânica e consumo extra de oxigênio no pós-esforço. Com isto pode-se rejeitar o modelo de 4mM como uma boa inferência do limiar anaeróbio. Aceita-se parcialmente o modelo do AT, uma vez que não atende em todos os testes, as condições listadas acima. Como sugestão para futuras investigações deve-se: a) buscar uma nova abordagem de inferência das cargas para o desempenho de longa duração; b) aprofundar as investigações sobre a relação das catecolaminas com o equilíbrio ácido-base; c) explorar a relação entre a ventilação e a concentração de potássio no plasma e d) propor estudos sobre a atividade neural central e periférica e sua integração com o metabolismo durante esforços de cargas fixas. 155 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBERTS, B.; BRAY, D.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WATSON, J.D. Molecular biology of the cell. 3.ed. New York, Garland 1994. ASTORINO, T.A.; ROBERGS, R. A.; GHIASVAND, F.; MARKS, D.; BURNS, S. Incidence of the oxygen plateau at V02max during exercise testing to voiitional fatigue. Journal of Exercise Physiology [Online], v.3, n.4, 2000. Texto disponível na Internet via http://www.css.edu/users/tboones2/asep/fldr.htm. [out. 2000], ASTRAND.P.O.; RODAHL,K. 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Consentimento para Participação no Experimento Eu, ____________________ consinto em participar do estudo conduzido pelo professor Fernando A.M.S.Pompeu que consta de testes ergométricos realizados no laboratório, segundo os termos a seguir. Realizarei exercícios no ciclo ergômetro, com intensidades progressivas até a minha capacidade máxima de esforço e/ou esforços de intensidades moderadas de longa duraçáo. Durante tais exercícios serão coletados periodicamente amostras do arque exalo por meio de um bocal, micro amostras (uma gota) de sangue do lóbulo de minha orelha e/ou do dorso da minha mão. A minha freqüência cardíaca será registrada por um método não invasivo (externo) como o cardiotacómetro e/ou ECG. Serão também realizadas as medidas antropométricas do meu peso. estatura e dobras cutâneas. Cada visita ao laboratório tera a duração estimada de 3 horas. Sei que todos os procedimentos adotados foram aprovados pelo Comitê de Ética para Estudos com Humanos do Hospital dos Servidores do Estado. Estou ciente que ocasionalmente é possível a ocorrência de arritmias, respostas atípicas da pressão arterial e até, em casos raros, ataques cardíacos. Portanto será montado um esquema médico para atender as urgências que possam surgir. A instituição ou o pesquisador não serão responsabilizados por acidentes não previsíveis. Terei a vantagem de receber as informações sigilosas que serão exclusivamente passadas a mim ou a quem eu autorizar, que oferecerão subsídios para a elaboração de meu programa de treinamento. Assim como a avaliação do meu estado de saúde. Após terem sido esclarecidas verbalmente todas as minhas dúvidas e de estar ciente da possibilidade de abandono do experimento em qualquer momento, sem que para isso eu esteja obrigado a informar previamente ou tenha qualquer ônus, desejo participar deste estudo. de 2000Rio de Janeiro,___ de Assinatura do participante Pesquisador Testemunha 186 ANEXO I - Termo de consentimento e parecer da comissão de ética. (Cont.) SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA SAÚDE HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO Comissão de Ética e Pesquisa em Seres Humanos A CEP - HSE em sessão realizada em 12/04/99, analizou e considerou aprovado o protocolo de pesquisa número 000.021/99, intitulado “ A especificidade do protocolo ergométrico na determinação dos limiares metabólicos” havendo necessidade de envio da folha de rosto do projeto. Fica desta forma o executor do projeto Dr. Fernando Augusto Monteiro Saboia Pompeu capacitado a iniciar a pesquisa, devendo cumprir a exigência o mais rápido possível. Atenciosamente >- Oi. Dn Marcos Henrique Manzoni Coordenador da Comissão de Etica e Pesquisa em Seres Humanos I 187 ANEXO II - Questionário de Stanford para atividade física usual. Nome: Data: /____ / Você usualmente pratica algumas das atividades abaixo. Sim Não a) Sobe escadas para exercitar-se em vez de tomar o elevador. b) Caminha em vez de dirigir pequenas distâncias. c) Estaciona longe do seu destino para caminhar mais. d) Caminha na hora do seu almoço, ou após o jantar. e) Salta do ônibus no ponto mais distante para caminhar. f) Outras Pelo menos nos últimos 3 meses, quais das atividades você realiza regularmente ? a) Faço jogging ou corrida pelo menos 16 km por semana. b) Pratico esportes extenuante com raquetes (tênis, squash, etc.), por pelo menos 5 horas por semana. c) Pratico jogos esportivos extenuantes (basquete, futebol e etc.) pelo menos 5 horas por semana. d) Pedalo uma bicicleta pelo menos 80 km por semana. e) Nado pelo menos 3.2 km por semana. Avaliador Instruções: As respostas para a primeira pergunta, eqüivalem a atividade moderada (3-5 METs) e para Segunda, a atividade vigorosa (> 6 METs). Para quantificação dos resultados, conta-se diretamente o número de respostas em cada categoria. Confiabilidade (r= 0,67 a 0,83). 188 ANEXO III - Informações aos avaliados PROJETO: A especificidade do protocolo ergométrico para a determinação de limiares metabólicos. AUTOR: Fernando A. M. S. Pompeu (prof. Assistente da EEFD/UFRJ - Especialista em Fisiologia do Exercício) ORIENTADOR: Paulo Sérgio Chagas Gomes, PhD Durante o exercício de intensidades escalonadas observam-se alterações fisiológicas agudas de natureza cardiovascular, respiratória e metabólica. O estudo de tais alterações destina-se a compreensão do impacto de diversas intensidades de cargas sobre o organismo, e sua relação com o esforço contínuo. Os limiares metabólicos são inferências teóricas da intensidade máxima para o steady State de inúmeras funções fisiológicas. Neste projeto, serão estudados os modelos teóricos de determinação dos limiares metabólicos. Para tanto, farão parte desta amostra indivíduos adultos jovens e hígidos que deverão realizar pelo menos 7 (sete) testes ergométricos no ciclo ergômetro. Quatro destes testes serão de intensidades progressivas e 3 com cargas fixas nos limiares metabólicos. Durante o esforço serão coletadas amostra de ar para análise do consumo de oxigênio e excreção de gás carbônico, amostras de sangue venoso do dorso da mão aquecida (arterializado) para análise da concentração do lactato, de norepinefrina, epinefrina, PC02, P02, pH, sódio, cloro e potássio. Adicionalmente, serão coletadas micro amostras de sangue do lóbulo da orelha. Os testes serão realizados no ambulatório de pneumologiado Hospital dos Servidores do Estado. Local completamente aparelhado para suprir urgências médicas. A equipe de trabalho é composta por um pneumologista, um anestesista, uma enfermeira, e por um fisiologista do exercício. 189 ANEXO III - Informações aos avaliados (Conti.) Cuidados antes dos testes: O avaliado não deverá realizar exercício nas 24 horas precedentes aos testes. Deverá manter uma dieta mista sem restrição calórica. Evitar a ingestão de álcool neste período e, comunicar ao médico se fizer uso de medicamentos. Vestuário O avaliado deverá trajar tênis, calção e camiseta e, se do sexo feminino, deve usar por baixo da camiseta um sutiã de biquini. Deve levar toalha e uma muda de roupa para após o tsste. Local e horário Os testes serão realizados no prédio do ambulatório, segundo andar, sala 206, do Hospital dos Servidores do Estado na rua Sacadura Cabral. Os dias de trabalho serão na segundas, quartas e sextas-feiras das 9 hs as 17 hs. As visitas serão marcadas semanalmente, e o aluno deverá permanecer por 3 horas para conclusão dos experimentos. Informações Para mais informações procure o Departamento de Biociências da Atividade Física na Escola de Educação Física e Desportos - UFRJ, ou tente o contato pelos telefones 562 6824; 562 6826; 562 6825 e 9618 0439. 190 ANEXO IV - Ficha para avaliação antropométrica / cod./Nome: Data: Pb:TBS: TBU:Hora: EstaturaData de Nasc. Peso:Idade: MEDIAMedida - 4Medida - 3Medida - 2Variável Medida -1 D.C. Triceps (mm) D.C. Peito (mm) D.C. Subes (mm) D.C. Supraili (mm) D.C. Abd (mm) D.C. Coxa (mm) Somatório S 3 D.C. (Pollock) LBM:%G = 191 ANEXO V - Ficha para o teste de Vn9mà* Cod/_____/Data:Nome: Pb:URA:TBU:TBS:Hora: mmoi*L'1LactatoFC:Peso: [Lac] 2[Lac] 1CPEFCRV02WattTEEM minMinuto Rep 1 2 3 4 5 6 7 Intervalo: [Lac]:J FC:Min. ; Carga +10 %:Vo2màx ©St.:CARGA MAXIMA: [Lac] 2[Lac] 1CPEFCRV02WattTEEM minMinuto 1 2 3 4 PÓS-ESFORÇO [Lac] 2[Lac] 1FCRV02WattTEEM minMin. 1 3 6 10 192 ANEXO VI - Ficha para o protocolo escalonado de Mader Cod/ /Data:Nome: Pb:URA:TBS: TBU:Hora: L«min'1mmol»L'1 V02mâx prev:FC: LactatoPeso: mMmM 15 mMCheck de linearidade do YSI 5 mM. [Lac] 2[Lac] 1FC CEPRVqíTEEM min. WattsMin Rep. 10 15 20 25 30 35 40 Recuperação [Lac]2[Lac]1CEPFCV02wattTEEM minmin 1 3 6 10 Resultados 4,5 mM4.0 mM3,5 mM3,0 mMEquaçãoParâmetro r Vq2 Watts FC 193 ANEXO VII - Ficha para o protocolo escalonado de Wasserman. Nome: Data: /___ / Cod TBS: FC:Hora: TBU: Pb: Peso:URA: mmol»L'' V02mas prev: Check YSI 5 mMLactato 15 mM fLac] 2FC CEP [Lac]1Min Vq2 RTEEM min. Watts Rep. -4 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Recuperação [Lac]2[Lac]1CEPFCVQ2WattMin TEEM min 1 3 6 10 194 ANEXO VIII - Ficha para o protocolo escalonado de Steqmann. / / CodData:Nome: FC rep:Peso:Pb:URA:TBU:TBS:Hora: 15 mMCheck YSI 5 mMV02mas prev:Lactato [Lac]2[Lac]1CEPFCRV02WattsTEEM min.Min Rep 3 6 9 12 15 18 21 Pós-Esforço [Lacl 2[Lac]1CEPFCRVq2WattsTEEM min.Min 1 2 5 10 15 OBS: 195 ANEXO IX — Ficha para o protocolo de carga retangular. Nome: Data: /____ / Cod Hora: TBS: TBU: URA: Pb: Peso: FC: Lactato Check YSI 5 mM 15 mM Referência: 4,0 mM = w ;AT = w; IAT = w Min Tempo TEEM Watts Vq2 FC CEP [Lac] 1 [Lac] 2 [Lac]3 Rep. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 OBS: 196 ANEXO X - Resultados; perfil do grupo. 10 co o) cn m in10 oo CNCO Tf 1^. CO CNO) CO COo in io CO TfCN N- Tf CNTf COCO CDCN Tf co ioco Tfh- CD Oio oLO coLO CD coCN< CNO OQ LL. < CDOm o CD CN Tf CN TfCD CD r^CD CN O h-co co LOco co CNTf LO O LOCDTfCDLOO) CNOCN CN CDO OCOO Tf of- CDCN COO)CT5 CD CO CNCOO) 00 coN-< CO < CO CN O co Tf LO O CDCN CO O CD00 Tf CN CO CN COO TfOTfCO h-co TfCN CNH CDCO COOCDCN CDLOCDCD< CO CO CNCN CNCD OTf TfcocoLO CN coTfo H > < LL CO O CD CN CO O Tj00O) 00 co O CO CN CN ‘OOCD(J)- CO CN CO h- TfCOCD COCOCO CN C0CNf- CDOCOOr^-CN CDCOCDLOTf< TfTfCN CNCDCOO LO 1^-co(D COr--Tf CN ”3 h- <a: coCD COI''-NU) N CO CN CD Tf COLOCD CN O COCOCDCDCOLO C0CD CO CD LOH CNf"- LOCOCO LO cocoLO CN< coco TfCNTfr^- cnCD coLOTfr-co r- Tf§ h*(/) <jO COCD LO O CO CN LOCD h»00 h- TfCD CN CO OCDO COCOCDLOCDCO C0“O COCN CO COr- 00LO Ooocu CN LO TfLOLO< CNTfCN CNCDCNLO OocoCNCDO Tf CNCO I- f—0 <O coCO CD CD CD CD O LO LOLO LO (O LO LO CO CD cooTfLOCDCDCDC0CD LO LOLOO COcoTf r^.co CNCOCN■O LOCD TfCD CN CNOH CNLOCDCOCOCOoCD <-C CD f— < 5c < o r^ LO co CD io r"- CN CN CD COco o CN CO 00 CDTJ CNCDOTfCOCD00LOCOLO CDCN r- LOh-H CNCOQ_ LO TfCDCN LO coco or^< CNOCNCO CDTfCNCD H< < 2Q LU Tf TJCO LO CN LO CN LOCNh- CNO CNLO 00CD OOCNCNLOOLOo r--r^CD CNCDh- Tf Tf cor^-CD LOCN CDLO coco< cooTfCNCNTfCNLO CNH <5 n LLTf CD CD CD COCD OCN LOCO LO LO LO 1'-CN CO N CD qCOCOCDoLOcocoLOTfLOo r^- CNCNCDTf CDco CDTfCN CNCDCO CNCO r^ CN CNcoh— LOLOr^-cococooo< h-cO <CD"3 r* r*TJ* cc cc c EEr1 EE EEc EEEE O(/) E aE CLCD-J CLO CDCDO CL nCDCL £ n£ £ -QC CD£ O-Q O £-QEX HxO)CD £ OCD j?hC0 OH«0 (N OCD < h O™ < £ oo% > ü. s C? X O£ SS-8X O CL OO CN _J Q-õh£ a< O o ^ > Li. > cn E13 'CO 'CD H CN00 OO CLO CN E0 E 2 í O O 5 > U- oTD CL0 (/) OT3 OX(/) 0-O0 5O'51 o CG 50 (/) > Ü-00 £ LULUTD > ULUQ íCOo Ico 197 ANEXO X - Resultados; perfil do grupo. (Cont.) \ oo o)o oo CO O)cd n- oCO CN o CO COCNN- COO)COCN00 CO COIO CDCN O)OCO CNCNCOLi co r-.coLO< oo h- àtQ LL < COO N CNco oh- O)o>o coTf co cd LJCO co03 o on- co coO)O) cocoo 00co N" O) oh-h- ^rCN CON- CN< CN CO h- 5< COCDO 00O)co CJoh- co co««Ho CDOCDO00 CNCOh- CO CNCOCOn- tncococoCNCN r^- CDO)< o CN oco O h- > < II co LOCOtO CN N- O 00O CJo) co CDCDo CN^rco CD Tf CNCO r^-CDcocoo ^rco00 ^rO) N*< CN N"N"CN COCNCO CNN- \— <cr y tocoN O) OoCD N- CD N"COCNOCD CN00O IOr^-cor- CDCOCOCOtOIO N-o■a o< co N-CN totoN- coCNCNco N" CN§13 HC <J “0 COooCDtO OCD 00 CO tO ° ™ Oc N"OCDCOCO COCDCDO O 1^- h-ION" O CON"< COo CDOCOCNCN CN (D h- h-O <O■o CDCNOr^-o CN03 to r^coCDo CNLOCN co CNCOCNCOocoN- lO r^to o oLO coD CN LO COH CN 00CNcn co co<0 CQ f-(D <<o coh-CNCDCDOh- LO CO l_>r-N""O OCNCNCD COLOcoCNOcoLO h-O LOLOLO CO CO03 < LOCN OIO CDCN_C H<C <03 Q LU N- tO OCL COCOCNCN CJ To(OCN00CNON- r- 00 coLO CDOOcoh- CN CNCDCO ooco CNco" 00 o< co co00to00 oh- <5 Q II co oLOcoCN CD O CD O COLOOCO00 ooCDON" CO CON-CO ^rcoCDN- CN CNO03O COr^ ooo CNCN o coCNCNf- h-tocoCNCO CN< CO < 2CD"i r* rj" £ Ec c c E CL cEE EE 03E E nc ECL £E 03a ça ti n03 E03 £d d 2n 03 HE E£ £ 52d£2 < Ho EH< H • v (N C< o o5 > U. rr cr cn H2 EE CN .EO E o <E r—O CN <<O CO oE ^rQJ o < OO O0 £Eo §> • tricr cCN 5 CCN c0 a. > LLT3 X CLCD OO O'd oo 0 5 2 cr0 crcr5 >> ucooco 198 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) Sujeito: A.B.AT - RETANGULAR HC03PC02PHLac]RVEFC V02 VC02min 26.742.67,4050,940,840,27 10,20.3262 0,9312,50,380 59 0,41 0,7816,30,69 0,541 51 26,4 0,741,39 1,032 60 0,821,22 31,13 58 1.49 29,3 0,8650 1.33 1,144 2535.47,420,84 1,045 1,45 1,22 31,558 1,47 1,26 32 0,866 75 33,2 0,887 75 1,51 1,33 35,6 0,868 79 1.62 1,4 39,2 0,91,76 1,589 75 40,5 0,921.79 1,6510 79 0,941,66 40,879 1,7611 1,72 42,4 0,911,8812 88 40,6 0,911,621,7913 75 41,3 0,921,61,7414 80 21,97,413 34.31,950,939,51,551,7315 66 0,8934,11,31,4616 59 0,8730,81,171,3517 49 0,83331,261.515618 0,8634,11,261.4619 53 33,5 0,841,271,5120 45 32,3 0,831,21.454521 31,8 0,831,191,4322 42 0,79311,161,4623 66 33,6 0,831,31,5724 55 36.87,4290,980.833,11,251,5625 50 34,3 0,831,31.5726 55 0.82311,161.4227 54 35,6 0,821,321,6128 54 0,832,71,251,5629 42 0,8135,31,321,6330 34,7 0,851,271,531 0,834,31,261,5732 0,8130,51,121,3933 0.8332.71,161.48234 25.536.8I7,4260.9533 0,781,191,5235 100 I33.7 0.811.21.499736 0,8131,31,111,3710637 0,79!32,61,191.5110638 0,8!32.11.21.510839 34.510811.261.577940 Continua 199 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 0,836.31,62 1,295141 0.7533,21,63 1,225642 0,836,81,3176 1,6443 0,761,27 36.11,678644 2335.47,4210,980,791,22 33,81,5445 94 0,7834.61,251,646 103 0,7735,31,291,6747 100 0,7733,91,241,648 111 0,7734,71,271,6449 110 0,7434,61,251,6950 112 0,7935,21,281,6251 107 0,7533,71,21,6152 1040,7533,81,58 1,1853 98 0,76341,2188 1,654 23.735.47,4330,970.7634,11,231,629055 35.4 0,761,231,6156 81 0,7731,71,071,3957 102 0,7132.61,1496 1,6158 0,7532,91,16112 1,5459 21.6337.4251,0131,3 0.731,061,4560 101 Sujeito: A.B.IAT - RETANGULAR HC03PC02pH[Lac]RVEV02 V C02FCMin 24.945.17,3641,30,8612.90,380,4478 0,849.70,360,43750 0,812,90,490,61811 0,7622,60,851,091052 0,7832.51,281,641153 0.8733,51.321,521134 23.845,27,3431.970,8935.71,411.595 113 36,3 0,91,451,621146 36.8 0,91,461,627 116 39,5 0,891,61,791198 4Õ4| 0,831,611,741209 40.6 0,911,61,7611810 39,4| 0,891,541,7312011 0,939.11,491,6611912 38.6 0,871,511,7312113 0,8739,31,521,7412314 24.244.77,3551,430,88381,48119 1,6915 0,8936,61,421,5911816 0,8735.41,36133) 1,57 148 1,63 144 1,53 17 0,8736.81,4118 0.87351,3319 Continua r 200 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 0,8636,81,69 1,4615420 0,8636.81,62 1,415321 0,8736,11,371,5822 120 0,8637,91,421,6513123 0,8736.61,361,5711824 24,644,77,3621,120,8437,61,441,7111725 0,8637,61,421,6512126 0,8637,91,481,712427 0,8436,21,361,6228 123 0,8637,91,431,6729 118 0,8137.51,39157 1,7130 0,8637,91,4124 1,6231 0,8437,91,4432 119 1,71 0,8436,81,3833 119 1,65 0,8135.41,3234 119 1,62 25.145,27.3651,010,8436,81,37118 1,6435 0,8337,51,39118 1,6736 39,2 0,841,46120 1,7337 37,3 0,831,36116 1,6338 37 0,831,34116 1,6239 38,5 0,841,41,8611740 0,8138,51,41,7211941 0,8439,31.431,711642 0,8137,9‘,421,7512843 0,8139,61,461,8111844 44,37,3561,030,83391,421,7111845 0,8339,71,461,7511746 0,8140.61,481,8312247 0,8541,21,451,7112048 0,8239,71,39114 1,6949 36,6 0,781,1117 1,6750 35,5 0,781,241,5812151 39,8 0,811,421,7511752 0,838,31,33114 1,6753 0,7834,81,211,5654 115 24,945,17,3641,120,7838.91,331,711755 0,7836.21,241,5856 117 0,836,91,261,5757 117 0,7935,51,181,4958 119 0,7833,21,131,4459 117 24,744,77,3651,1439.4 0,791,391,7560 117 Continua 201 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 4mM - RETANGULAR Sujeito: A.B. HC03Min FC i PC02V 02 VC02 [Lac] PHVE R 24.3Rep. ; 30 40.20,37 7,390,31 9,4 0.84 0.86 0 87 0,43 0,37 11,1 0,86 20,7 0,791 115 0,98 0.77 2 121 351,78 0,791.4 3 125 1,88 1.71 40,1 0.91 46,2 0,994 127 2,03 2.01 1.02 7.38 22.55 131 47,3 3,381,93 1,96 38 6 49,6 1134 2,01 2,01 49,3 1,017 128 1,961,94 55,2 0,988 137 2,282,33 0,99549 142 2,16 2,14 0,965410 2,16143 22,4 0,975411 2,15 2,09141 0,9852.92,0512 144 2,1 0,9454,42,0713 2,2142 0,9253,11,9714 142 2,15 7,372 26.64.360,9251,91,9215 1421 2.09 0,9652,61,9616 1421 2,04 0,9451,91441 2,05 1,9317 0,9355,31451 2,28 2,1218 0,9154,22,119 2,31150 0,9353,62,042,220 152 20,134,97.3684.770,955,52,09150[ 2.3321 Sujeito: D.C.AT - RETANGULAR [HCQ3]PC02PH[Lac]RVEVC02V02Min FC 23,641.47.3640,790,754.70,90,12Rep. 66 0,7610,50,250,33820 0.812,20,320,41 91 0.7213,30,380,53872 0,7216.30,470,65933 0.7919,10.590.75984 467,3361,020,8218.90.530,65975 0,8120,10,620,77983 0.8120,30,620,77987 0.8298| 0,72 20,10,598 0,81001 0,75 20,20,69 0,821,10,610,7610010 0,760,58 20,611l 100 121 IO3 0,76 0,790.64 22,40,81 0,78]0.62 22,60,79131 1°2 0,790,64 22,90,81 25,114 105 49.2|7.3151.360.7815 1061 0,83 0.65 23 Continua 202 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 16 107 0,87 0,68 24,3 0,78 17 108 0,85 0,68 24,5 0,8 18 114 0,92 0,74 26,4 0,8 19 122 1,1 0,91 31,6 0,83 20 124 1,2 1,01 34,2 0,84 21 122 1,19 1,02 34,7 0,86 22 120 1,1 0,94 31,8 0,85 23 117 0,9 0,75 27,5 0,83 24 115 0,83 0,65 25,1 0,78 25 113 0,84 0,61 23,9 0,74 2,58 7,376 34,4 20,2 26 111 0,84 0,61 23,4 0,73 27 113 0,83 0,6 23 0,72 28 115 0,84 0,62 23,7 0,74 29 114 0,9 0,65 23,9 0,72 30 116 0,84 0,62 23,7 0,74 31 115 0,82 0,6 23,1 0,73 32 113 0,81 0,58 22,4 0,72 33 114 0,87 0,62 23,2 0,71 34 115 0,83 0,61 23,2 0,73 35 113 0,79 0,57 22 0,72 1,29 7,394 36 22 36 0,71112 0,87 0,62 23,4 0,7237 23,7113 0,85 0,6 24 0,730,89 0,6538 117 23,8 0,7339 117 0,84 0,61 0,722,60,59114 0,8440 0,7121,80,76 0,5441 113 0,7222,70,580,8142 113 0,722,20,570,8243 112 0,69230,570,8344 113 21,935,87,3941,060,722,20,570,82111 0,723,90,620,8946 114 0,723,40,580,8411547 0,722,70,580,8411248 0,722,30,85 0,5911249 0,7122,90,84 0,611150 0,722,90,590,8451 113 0,7221,60,580.811052 0.7122,30,590,8311253 0,721,80,580,8210954 21,635,27,3970,860,722,60,60,8611655 0.723,70,640,9111256 0,7122,30,610,8611157 0.7121,60,590,8310958 0.722,10,62 22,30,89 35,8110 7.40259 0,920,70.60.8611560 Continua 203 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) IAT - RETANGULAR Sujeito: D.C. Min FC V 02 VC02 VE R [Lac] [HC03]PH PC02 Rep. 60 0,43 0,35 9,8 0,81 0,71 7,638 26.144.3 0 90 0,44 0,35 9,5 0,8 1 87 0,68 0,54 14,3 0,79 2 81 0,89 0,74 18,5 0,83 3 93 0,91 0,84 18,2 0,92 4 102 0,99 0,91 19,7 0,92 5 99 0.96 0,91 20 0,95 1,3 7,319 43,8 21.8 1,02| 1,016 90 21,6 0,99 7 117 0,97 0,97 21,9 1 8 102 1,08 1,06 23,1 0,98 9 105 1,1 1,06 25,4 0,96 10 105 1,2 1,17 26,1 0,97 11 111 1,06 1 25,7 0,94 12 120 1,14 1,11 26,9 0,97 13 123 1,06 1,01 24,2 0,95 14 117 1,31 1,22 27,4 0,93 15 123 1,13 1,09 25,7 0,96 2,6 7,341 44.7 23.4 16 129 1,2 1,15 27,9 0,96 17 27,4 0,93118 1,19 1,11 0,9518 29,1138 1,23 1,17 0,9430,219 138 1,241,32 33,5 0,9720 138 1,46 1,41 0,9834,121 153 1,391,42 0,9633,41,3322 147 1,39 0,963723 1,41156 1,47 0,9538.21,5924 159 1,67 23.1467,3234.490,9639,41,5625 159 1,62 133,326 1,34141 1,34 0,93271.0227 135 1,1 0,8926,41,0628 129 1.19 0,8327,5129 123 1,21 0,88260,9930 129 1,17 0.8325,40.9831 132 1,18 0,9925,90,9932 132 1,18 0,8725,19633 129 1,1 0.8125,40,92 24.634 129 45.21,13 7,3562,960,78250,9335 132 1,19 0,824.40.936 132 1,13 0,8226,81,0337 138 1,25 0,8426,6 T1,0238 138 1.22 0,8324,10,9639 132 1,15 0.83250,9513240 1,15! Continua 204 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 41 135 1,14 0,93 24,5 0,82 42 135 1,23 0,97 26,4 0,79 43 132 1,21 0,96 25,7 0,79 44 138 1,27 1,03 25,4 0,81 45 138 1,3 1,06 26,1 0,82 1,75 7,379 45.2 25,9 46 141 1,37 1,09 28,2 0,8 47 141 1,32 1,05 27,7 0,8 48 138 1,3 1.05 25,9 0,81 49 138 1,13 0,89 24,4 0,79 50 141 1,27 1,01 26,6 0,8 51 138 1,3 1,03 26,9 0,79 52 138 1,27 1 25,6 0,79 53 141 1,32 27 0,81,06 54 0,8141 1,31 1,05 26,1 55 26,5 0,79 1,26144 1,39 1,1 7.361 45,1 24,7 56 26,5 0,77141 1,28 0,99 57 28,3 0,79147 1,35 1,06 27,2 0,7958 138 1,39 1,1 25,5 0,7759 0,99135 1,29 1,2 7,3820,95 25,3 0,8 45.2 26,160 1,19132 Sujeito: D.C.4mM - RETANGULAR PH PC02 [HCQ3][Lac]VE Rmin VCG2FC V02 23,70,45 7,419 36,53,7 0,73Rep. 0,110,1561 8,5 0,790,270 79 0,34 11,2 0,830,3890 0,461 16,7 0,732 107 3 114 0,88 0,64 22,2 0,820,881,07 23,4 0,860,871,014 115 25,1387,3922,1424,7 0,890,961,085 117 24,3 0,910,931,026 118 27,8 0,911,071,177 124 27,9 0,91,071,198 128 29,7 0,931,111,199 129 29,3 0,91,091,2110 118 0,911,15 31,11,2713311 0,91,13 32,41,2513712 0,8831,11,06134 1,2113 0,871,03 30,31,1914 138 21,534,77,4013,530,861,1 30,91,2815 139 0,851,06 30,11,2516 138 1,15 0,8633,21,3414517 1,07 32,1 0,881,2214618 1,09 32.4 0,861,2714319 0,8611,141,32 3414520 Continua 205 ANEXO X - Resultados dos testes , etangulares. (Cont.) 0,8432,51,08149 1,2821 0,8633,81,181,3822 150 0,8836,41,291,4623 152 0,8632,61,081,2514824 20,534,57,3824,010,8532,51,11,325 146 0,8433,21,081,2926 148 0,8334,11,11,3315027 0,8134,61,1328 154 1,39 0,8436,41,2157 1,4329 0,8438,61,28160 1,5230 1611 1,52 0,8338,81,2631 0,8336,31,171,4115632 33,8 0,791,061,3433 151 33,8 0,791,071,3615334 337,3984,10,7833,11,031,3235 152 34,2 0,771,051,3615236 33,8 0,761,041,3615437 0,7734,21,081,415638 0,7935,21,14155 1,4539 0,7735,31,1156 1,4340 0,7635,41,12155 1,4741 0,7734,51,09152 1,4242 0,7533,21,02152 1,3643 0,73331,03150 1,4144 21,733,57,4193,1832,7 0,741,3545 148 32,6 0,731,031,4146 147 0,7432,11,021,3847 150 32,8 0,721,021,4248 148 33,5 0,731,021,3949 152 34,2 0,751,071,4350 143 0,7435,11,08139 1,4551 34 0,741,0352 139 1,39 32,7 0,741,03147 1,3953 33 0,731,051,4414154 33,57.4262,6831 0.710,96136 1.35 134 1,33 55 31,60.9656 29,2 0,70,881,2357 134 0,728,40,851,2313558 0,729,20,891,2713059 21,37.428 32.21,8429 0,70,941,3413260 Continua 206 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares.(Cont.) Sujeito: D.A.AT - RETANGULAR PC02 |HC03PHR [Lac]FC V02 VC02 VEmin 26,440.27,4250,750,787,266 0,27 0,21Rep. 0,7711.40,370 91 0,48 0,7720,40,98 0,751181 0,7928,61,52 1,22 125 0,8730,81,5 1,313 130 0,9133,61,52 1,394 133 26,146,37,3592,040,9435,71,55 134 1,6 0,9235,31,481,616 139 0,9337,41,591,717 144 0,92391,671,828 147 0,9338,81,63149 1,769 0,9240,81,76153 1,9110 0,9241,21,7154 1,8411 0,940,61,68154 1,8612 41,4 0,921,741,9156 42,6 0,911,78158 1,9514 2442,77,3583,5344,3 0,921,84159 2,0115 45,5 0,921,88162 2,0416 47,4 0.922163 2,1817 46.5 0,92 51.5 0.92 1,892,0516418 2,082,2616519 50,8 0,9322,1420 166 42,5 0,951,61,6821 153 36,1 0,891,411,5914722 35,7 0,831,231,4823 147 34,9 0,811,231,5124 146 22.938.27,3853,3431,3 0,791,191,525 143 32 0.791,191,5126 145 31,2 0,791,181,527 144 31,5 0,781,181,5128 145 0,7831,41,21,5329 145 0,7832,11,221,5730 144 0,7831,81,211,5514731 0,79321,191,532 147 0,7932,11,181,514433 0,7831,31,141,4614434 25,97,423!1,58 39.70,78331,18146 1,5235 31,3 0,79146 1,51 1,1936 31,9 0,76147 1,57 1,237 33,4 0,781,261,6214838 32,5 0.781,24147 1,5939 32,3 0,771,241,614640 Continua 207 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 0,791,56 1,24 3314841 0,771,44 1.11 29,742 145 0,781,39 1,09 3043 140 0,7529140 1,3 0,9844 2335,47,4211.130,7728,81,28 0,9945 141 0,7527,40,98142 1,3146 0,7628,11,021,3447 141 0,7527,20,971.348 141 0,7328,81,03141 1.4149 0,7527,61.3 0,9850 141 0,7426,50,981,3251 139 28,7 0,771,031,3452 141 28,6 0,7653 142 1,35 1,02 28 0,761,0354 143 1,36 25,138,57,4220,8229,3 0,751,0355 143 1,37 28,3 0,751,0356 142 1,37 27,2 0,750,991,3257 141 27,3 0,730,991,3658 141 26,8 0,760,981,2959 141 23.936,97,4180,8727,9 0,7460 140 1,32 0,98 Sujeito: D.A.IAT - RETANGULAR HC03PC02PH[Lac]RVEFC V02 VC02 21,744,77,3071.30,810,670,220,2788Rep. 0,8612,60,430,5930 0,915,10,620,691091 0,8210,91,122 111 0,8723,61,081,241153 0,8924,31,081,221174 1,50,9328,11,241,345 118 27,6 0,91,091,211206 27,9 0,911,181,297 121 0,9229,11,3125 1.418 29,6 0,931,28124 1.389 29 0,931,28128 1,3810 31,5 0,941,33122 1,4111 26,5 0,921,071,1612 122 27,7 0,91,141,2713 121 28,3 0,911,131,2414 123 44,97,3251,391,03 25,8 0,911,1315 119 25,6 0,881,031,1716 120 1,09 27,4 0,891,2317 119 1,06 26,6 0,871,2218 119 99 26,6j 0,88 26,11 Q,89| 1,1319 118 1,051,1820 119 Continua 208 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 26,1 0,891,061,1911721 0,8727,41.27 1,122 120 27,9 0,891,151,2923 123 0,8828,31,121,2824 122 22,644,77,3251,060,8730,11.121,2925 122 0,8829,51,211,3826 125 0,8930,81,241,427 122 0,8827,41,11,2528 120 0,8627,61,031,229 121 0,87271,091,2611930 0,8626,91,071,2531 118 0,8528,81,111,332 122 0,86281,111,2933 120 0,8529,51,21,4134 123 22,644,77,3250,790,8630,31,21,435 123 0,8530,91,21,4136 124 0,8729,61,181,3637 123 28,6 0,841,091,2938 122 28 0,841,091,339 120 29,6 0,831,141,3712240 29,7 0,851,131,3312341 30,6 0,831,211,4512742 30,6 0,851.161,3712143 0,8330,11,161,412244 22,344,77,320,9130,9 0,831,18123 1,4245 31,4 0,841,19123 1,4246 30,8 0,831,22125 1,4747 30 0,821,12124 1,3648 30 0,831,14125 1,3749 29,3 0,81,11125 1,3850 29.5 0,811,131,412351 29,9 0,821,16124 1,4152 29,2 0,791,14126 1,4453 30,9 0,821,13124 1,3854 22.67.325 44,70,7428,7 0,81,11,3755 122 29,4 0,791.081,3656 123 30,5 0,81,111,3857 126 0,7930,51,121,4158 125 0,829,61,071,3459 124 0,7 7.325 22,40,78 44,329,21.131,4460 123 Continua 209 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 4mM - RETANGULAR Sujeito: D.A. min FC V02 PC02VC02 PHVE R [Lac] [HCQ3j Rep. 0,14 0,11 5,9 0,79 7,4021,11 43,5 27 0 90 0,2 0,15 6,7 0,75 1 77 0,65 0,54 21,6 0,83 2 83 1,09 0,88 31,6 0,81 3 68 1,07 0,97 36,3 0,91 4 98 1,07 0,95 35 0,89 5 71 1,15 1,02 36,3 0,89 2,34 7,39 43,7 26,4 6 101 1,18 1,04 37,2 0,88 7 107 1,17 1,05 38,3 0,9 8 128 1,12 0,98 36,5 0,88 9| 122 1,06 0,94 34,9 0,89 10 119 1,19 1,02 36,6 0,86 11 113 1,21 1,03 37,5 0,85 12 125 1,24 1,07 39,6 0,86 13 116 1,16 1 37,3 0,86 14 104 1,08 0,94 36 0,87 15 98 1,02 0,86 33,7 0,84 2,3 7,433 39,1 16 119 0,99 0,82 33 0,83 17 107 1,05 0,86 32,6 0,82 18 116 0,99 0,82 32,8 0,83 19 101 0,92 0,75 30,6 0,82 20 32,6 0,7895 1,1 0,86 21 34 0,83104 1,07 0,89 0,843522 110 1,05 0,88 0,8636,323 0,8»110 1,04 0,8234,924 0,85119 1,05 1,3 7,442 40,8 27,80,8135,325 0,88110 1,08 0,8134,426 119 1,05 0,85 0,8134,90,8927 125 1,1 0,8135,90,9228 89 1,14 0,82310,8729 116 1,06 0,8134,50,8430 110 1,04 0,8135,331 110 1,11 0,9 0,834,10,86107 1,0732 0,835,50,8814033 1,1 0,81380,95125 1,1734 27,37,435 40,61,180,8135,8Q,9111635 1,13 0,81370,87128 1,0836 0,836,80,89125 1,1137 0,8135,90,88119 1,0938 0,8136,50,9122 1,1139 0.8390,9]40|__ 92 1,13 Continua 210 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 0,79!110 1,09 35.941 0,86 0,7942 131 1.2 0,95 37,4 0,79137 1,13 0,89 37,643 0,9 37,4 0,79143 1,1444 28,51,25 7,449 41,20,79125 0,9 37,245 1,14 37,4 0,78143 1,09 0,8546 38,4 0,78122 0,947 1,16 36,5 0,848 146 1,39 1,11 39,2 0,8116 1,1749 1,47 0,79149 1,15 38,350 1,45 36,8 0,78140 1,1151 1,41 0,781,12 36,952 146 1,43 36 0,781,153 140 1,41 0,7837,7149 1,2554 1,6 22,733,41,08 7,4438 0,791,1655 140 1,47 38,1 0,7856 149 1,43 1,11 37,6 0,7857 122 1,34 1,04 0,7633,81,29 0,9858 101 0,7535,80,9759 1,3125 40.2 2'7,4420,9733,7 0,740,9160 122 1,23 Sujeito: G.T.AT - RETANGULAR [HC03]PH PC02[Lac]RVEV02 VC02min FC 27,27,445 39.60,820,866,20,1876 0,24 0,8211,10,360 0,4498 0,8123,30,790,971 109 0,8831,61,11,252 107 0,9230,31,11,193 109 0,9335,61,42 1,324 112 7,4141,82 39,10,9535,81,37 1,35 114 0,9538,81,52 1,456 117 0,9539,21,527 1,44118 0,9640,41,5 1,448 116 0,9339,91,57 1,469 118 0,9341,81,59 1,4810 120 0,9239,51,57 1,4511 120 0,9339,81,57 1,46119 0,93421,67 1,5513 119 0,9240,41,53 1,4114 122 7,4232,6 36,40,9 23,838,71,48 1,3315 118 0,9421,516 124 0,911,7 43,91,5412517 0,921,68 43,11,5518 126 122 1-63 431,519 0.94451,5320 132 Continua 211 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares, (Cont.) 0,943,21,431,5912521 0,9141,61,431,5812622 0,8741,71,391,5912823 0,8843,71.471,6712624 23,836,97,4172,570,8841,81,371,5512425 0,8742,31,441,6612926 0,8843,71,491,712827 41,3 0,861,4128 130 1,64 42 0,851,441,729 129 41,6 0,851,44130 1,6930 0,8841,11,37128 1,5531 42 0,881,45125 1,6832 41,4 0,861,4127 1,6233 42,7 0,871,411,6212934 2435,87,4341,9842,7 0,881,481,6912735 0,8541,41,351,5836 128 0,8542,81,441,6937 130 0,8643,61,491,7438 130 0,8643,11,421,6539 130 0,8641,31,391.6240 129' 0,8441,21,341,5912941 0,8241,41,371,6742 129 0,8540,21,341,5712943 42,5 0,821,391,6913544 36,87,4221,8542,5 0,851,45130 1,7145 42,6 0,841,42126 1,6946 42,3 0,841,37132 1,6447 42,4 0,831,37133 1,6748 43,5 0,821,421,7313149 0,8244,11,481,7812950 0,8241,41,331,6313051 0,8141,71,361,6712752 0,8142,21,351,6712853 0,839,71,291,6154 131 24.837,27.4321,610,7941,21,341,755 130 0,840,61,331.6656 133 0,8411,41,7457 134 0,842,11,361,6958 134 0,7942,11,441.8259 133 35.8) 24.37,4391,6941,8 0,821,351,6460 131 Continua 212 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares., (Cont.) Sujeito: G.T.IAT - RETANGULAR HC03PC02PH[Lac]VE RFC V02 VC02min 24,17,397 39,11,020,829,60,320,39Rep. 83 12,5 0,880,450,510 88 0,8617,10,6599 0,761 27,6 0,871,072 106 1,23 0,9330,51,18110 1,273 0,9330,81,22108 1,314 25.57,4 41,3,2,140,96311,23104 1,285 0,9230,5107 1,28 1,186 31,7 0,911,187 107 1,3 0,9232,11,35 1,241078 0,921,29 32,91109 1,4 0,933,91,28112 1,4210 0,933,91,351,511 110 0,9331,331,4711312 0,8835,71,371,5611613 0,89351,35115 1,5114 2540,47,41,980,937,91,471,6311615 0,934,41,321,4711616 0,8938,71,521,711817 0,9142,41,631,818 123 0,940.51,5619 124 1,74 0,8943,21,6520 126 1,85 0,9540,91,55119 1,6421 0,8837,51,34117 1,5222 0,8736,91,39117 1,59 118 1,58 23 0,8536,11,3424 7,406! 37,91,6 23.80,8834,81,27114 1,4425 0,8735,81,27117 1,4626 0,8635,21,27114 1,4727 0,8436,31,291,5328 0,8637,41,42117 1,6529 0,85361,281,5115 0,8636,41.31116 1,5331 0,8733,41,22113 1,4132 0,8337,31,351,6233 117 0,8437,11,351,634 117 7,3871,23 40,90,87 24,634,81,28114 1,4735 0,83351,251,5114 0.8636,31,27115 1,4837 0.8433,71,19H5 1,42380,8633,41,19112 1.3939 0,8534,81.25114 1,4740 Continua 213 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 34,9 0,81117 1,5 1,2241 1,27 36 0,8542 1,5114 1,18 33,3 0,83114 1,4243 35,2 0,821,2244 116 1,49 24,737,935,5 0,84 0,99 7,4231,2645 1,5115 34,8 0,821,246 115 1,47 37,3 0,8147 115 1,62 1,32 35,9 0,8348 1,21117 1,46 36 0,811,2249 116 1,5 0,8136,51,2550 117 1,54 0.8237,2117 1,58 1,3151 0,8337,71,2752 121 1,53 0,82;35,61,1953 118 1,45 0,8134,91,5 1,2154 117 1,03 7,411 36,1 230,8137,81,3255 118 1,62 0,835,21,2756 119 1,59 0,837,51,26120 1,5857 0,8137,41,31122 1,6258 0,8239,81,43124 1,7559 1,28 7,398 37,7 23.20,8439,21,3660 120 1,61 Sujeito: G.T.4mM - RETANGULAR PH PC02 [HC03][Lac]RVEVC02V02min FC 0,65 7,411 34,10,776,40,170,22Rep. 73 0,710,10,290,420 20,5 0,70,630,931 0,7738,11,321,722 0,8848,51,681,93 0,9351,61,831,974 80 4.44 7,311 38,40,94 16,956,41,982,115 96 61,4 0,922,072,246 139 0,966,62,242.487 143 0,972,22,332,588 151 0.979,52,532,819 156 0,986,32,682,9710 166 0,995,12,733,0311 170 0,8688,32,63,0212 167 9,15 7,2480,84962,653,15 29,8 12,713 172 Continua 214 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) Sujieto: J.S.AT - RETANGULAR PC02 [HC03]pHMg]RVC02 VEV02FC 27,77,404 44,20,710,838,10,375 0,36 0,8412,50,460,55820 0,8915,30,590,661 88 0,8918,20,752 82 0,84 0,90,77 19,40,863 88 0,9220,30,810,884 91 1,18 23,60,9 7,395 38,620,60,855 0,9488 0,9120,30,850,936 88 0,9121,50,867 92 0,94 0,921,20,8689 0,968 0,920,88 21,193 0,969 0,9121,20.8910 93 0,98 0,9223,10,9411 1,0296 0,922,50,941,0412 94 0,9222,50,890,9713 96 0,9121,80,91114 90 1,06 7,394 40,5 24,70,9121,20,860,9515 88 0,88220,891,0116 92 0,8721,80,860,9917 89 0,8924,10,961,0818 96 0,924,20,961,079819 0,9123,40,971,0720 101 0,8924,40,9798 1,0921 0,8723,80,9699 1,122 0,8826,11,08102 1,2323 0,8824,20,9597 1,0824 0,99 7,407 39,40,9 24,9240,9398 1,0325 0,8823,60,8494 0,9526 0,8822,90,8597 0,9727 0,86250,87102 1,0128 0,88230,7598 0,8529 0,8623,10,83100 0.9630 0,8724,70.981,1331 101 0,860,88 24,1100 1,0232 0,860,9 24,497 1,0533 0,870,91 24,4100 1,0534 1 7,4050,860,95 25,399 1,11 38 23,835 0,880,9 24,5102 1,0236 0,87 0,8624,199 1,0137 0,95 0,8624,7105 1,138 0,91 0,8824,499 1,0439 0,97 0,87105 1,12 25,240 Continua 215 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 0,87109 0,97 25,441 1,11 0,926,3105 1,11 142 0,860,91 24,8105 1,0643 0,860,98 25,31,1444 102 25,640,77,4060,86 0,8924,90,9345 104 1,08 0,8524,40,8846 102 1,03 0,8324,20,8947 102 1,07 0,8424,30,8848 104 1,05 0,8626,20,9749 107 1,13 0,8525,41,07 0,8150 105 0,8725,10,951 102 1,04 0,8425,51,08 0,9152 107 0,8525,40,9253 105 1,08 0,8625,80,9554 105 1,1 25,47,413 39,90,85 0,860,82 24,40,9755 102 0,8324,30,891,0756 104 0,8426,61,18 0,9957 103 0,8424,10,861,0258 103 0,8125,30,96102 1,1859 2742.60,9 7,410,8325,20,851,0360 101 Sujeito: J.S.IAT - RETANGULAR [HC03]PC02[Lac] PHRVC02V02VEMin FC 1,17 47,1 25,60,83 7,3420,330,48,9Rep. 63 0,850,530,6278 14,10 0,80,660,8217,71 90 0,780,750,9619,72 96 0,841,071,2727,13 99 0,860,951,1122,64 99 0,88 1 7,3490,99 451,1325,1 24,85 96 0,860,760,8825,7996 0,850,790,8925,91057 0,860,670,7823,98 105 0,860,7624,7 0,889 102 0,80,9427,4 1,1810510 1,02 0,8627,3 1,1811 105 1,05 0,861,2228,710812 1,07 0,881,2126,110813 1,08 0,8630,1 1,2614 108 0,83 1,1427,2 1,2 1105 7,36515 42,4 24,2 0,99 0,8225,8 1,2110216 30,7 1,13 0,821,3711117 27,3 1,07 0,861,2510518 0,98 0,8326,2108 1,1819 26,5 0,93 0,8520 108 1,1 Continua 216 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares, (Cont.) 0,841,091,2927,421 105 0,831,151,3929,622 108 0,851,121,3127,110223 0,811,161,4330,111124 22,541,47,3430,80,821,021,2427,510225 0,821,161,4129,310526 0,841,091,2928,311127 0,811,081,3327,911128 0,831,241,49114 31,129 0,811,061,31111 30,130 0,821,211,47111 30,231 0,831,151,3830,211132 0,861,211,4108 30,833 0,81,081,3528,811134 23,141,77,3510,880,811,091,35117 28,935 0,811,011,24108 27,936 0,81,151,44108 31,137 0,780,961,232711138 0,770,951,23108 25,739 0,80,981,22108 26,340 0,771,21,5533,911741 0,791,241,5632,842 111 0,781,34 1,0429,143 108 0,7811,292744 108 40 22,77,3630,740,741,33 0,9928,545 114 0,791,42 1,1230,446 117 0,81,35 1,0830,547 114 0,831,23 1,0248 29,2105 0,771,39 1,0749 29,5108 0,711,98 1,4150 34,8111 0,811,42 1,1551 114 31,8 0,820,91,152 27,3111 0,771,11,4253 114 29,8 0,811,5 1,2254 114 31,1 0,770,78 7,3541,47 1,15 42,3 23.655 30,8120 0,791,48 1,1756 117 33,3 0,761,64 1,2557 34,4117 0,771,0858 1,4114 31,4 0,781,17 0,9159 114 27,7 0,74 0,81 7,3731,1760 1,58 40,631,5 23.6117 Continua 217 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) Sujeito: J.S.4mM - RETANGULAR PC02 [HCQ3]PH[Lac]VC02 VE RV02Min FC 43,2 28.87,4320,6819,70,31 0.31Rep. 76 0,52 15,5 0,90,580 107 0,881,03 26,2120 1,171 0,941,44 34,52 131 1,54 1,011,62 38,61,613 144 1,0339,81,651,64 147 39,3' 22.87,3722,99143,41,85 148 1,8 0,9843,91,86 153 1,84 0.961,76 44,17 151 1,84 0,93441.81,938 154 0,9144,11,789 1,96154 0,931,87 46,710 2,01161 0,9146,51,8811 162 2,07 0,9145,71,8412 2,02159 0,9148,81,912,1113 158 0,945,11,71,8914 165 39,6 22,67,3654,050,8748,21,915 2,18164 0.8945.91,741,9616 161 0,8749,91,892,1717 162 0,8746,81,8218 157 2,09 0,8646,81,812,1119 159 0.8647,81,8120 165 2,1 0,8644,21,742,0321 168 0,8546,71.852,1722 171 0.8542,71.61,8823 165 0,86501,962,2824 168 7,375 35.23,54 20,60.8743,91,631,8825 168 0,8347,11,772,1226 163 0,8245,81,682,0427 174 0,8849,21,842.128 170 0,83431,61,9229 176 0.8750.91,922,2130 176 0,8648.91,792,0917631 0.8447,91,82,1517532 0.8447,31,742,0817033 0.811,66 44.92,0634 175 3,17 7,3850.81 31.148,1 18,61,742,1617435 0.8148,11,732,1317536 0.8250,22,17 1,7937 179 0.8347,52,06 1,7117538 0.846.72,23 1,7917739 0.7947,81,722,1717540 Continua 218 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares, (Cont.) 0,7948,91,822,2917641 0,8147,91,692,0917742 0,7648,61,822,317543 0,7946,51,652,117644 21,534,37,4052,650,7943,71,551,9617445 0,7946,31,682,1446 173 0,7947,41,662.1317247 0,7844,71,61172 2,0648 0,7947,51.72,249 175 0,7845,41,622,0950 171 0,7545,61,64179 2,1951 0,7847,81,67174 2,1352 0,7745,11,5773 2,0353 0,7645,41,62177 2,1354 23,436,47,4152.110,7948,41,73179 2,255 0,8150,41,792,2256 181 0,850,81,81179 2,2757 0,7947,51,65178 2.0658 0,7746,91,63175 2.1159 25.Í42,17.3962.230,76461,58179 2,0760 Sujeito: L.W.AT - RETANGULAR [HCQ3]PC02PH[Lac]RVETfc VC02V02Min. 20,144.17,2811,10,98,60,180,262Rep 0,8311,70,30,38750 0,8123,60,740,911081 0,79381,281,631172 0,88391,361,551163 0,940,21,411,571174 43,4 19,27,2681,290,9140,51,471.615 122 0,9242,51,451,581236 0,9344,91,541,661277 0,9448,11,681,781313 0,9448,11,71,811349 0.95491,661,7513510 0,9647,81,611 j 137 1,67 12 137 1,68 0,9347,51.57 0,944,61,48136 1,6513 0,9247,31,53133 1,6614 7,2911,07 44,50.93 20,848,81,56140 1,6715 0,9248,71,58135 1,7116 0,9346,61,49139 1,6117 0,945,51,4138 1.5518 0.945,41,48137 1,64'9 0.9148.41,541,713820 Continua 219 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 0.925121 1,78 1,64139 0,91,53 48,522 1,7141 0,91,54 49,723 1,72143 0,949.91,74 1.5724 143 51.67,302 451,070,8948,125 1.69 1,51144 0,8947,61,4826 143 1,66 0,8949,927 1,76 1,57146 0,948,71,63 1,4628 142 0,8848,4145 1,72 1,5229 0,8949,11,67 1,4930 145 0,8949,21,531 146 1,69 0,947,31,47146 1,6432 0,89481.4433 146 1,62 0,8748,91,82 1,5834 149 45.2 21,91,03 7,3060,8849,31,4735 1,67148 0,8850152 1,71 1,536 0,8851,81 r2 1,5237 156 0,8950,91,5238 151 0,8851,71,541,7539 152 0,88481,431,6340 150 0,8750,51,53152 1,7541 0,8951,91,52155 1,7142 0,8651,71,5143 155 1,75 0,8851,11,481,6844 156 0,87 1,15 7,308 45.2 2252,71,6145 152 1,86 0,8852.41,5446 156 1,76 0,8752,61,571,8147 155 0,8751,51,621,8648 157 0,8852,31,762,0149 155 0,8755,41,7250 158 1,88 0,8852,91,8251 158 2,06 0,8955,32,0452 159 2,28 0.871,93 51,853 158 2,21 0,88 i53,51,9154 157 2,18 0,85 1,06 45.2I7.3141,87 51,455 2,2156 22.3 0,861,89 54,1 T56 2,2158 0.851,78 50,457 2,09158 0,8753,11,82,0658 158 0,841,82 50,52,1659 154 0,84 1,031,85 51,1 7.30560 2,2|153 44.9! 21,7 Continua 220 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares.(Cont.) Sujeito: L.W.IAT - RETANGULAR [HCQ3]>[Lac] PC02PHRVEVC02V02FCMin. 25.438,97,4230,740,827,70,230,2854Rep. 0,7417,20,580,78660 0,7626,11,021,341081 0,7734,61,4693 1,892 0,81371,481,82993 0,8337,51,591,921084 21.4347,4060,910,8341,31,762,135 114 0,8245,21,952,386 123 0,8544,21,922,277 123 0,8552,82,362,791298 0,948,72,12,331209 0,8543,81,752,0511710 0,8745,61,892,1711711 0,8539,91,61,8812 117 0,8743,41,762,0312013 0.8241,71,64120 2,0114 27."40.67,4540,690.8240,91,662,0311115 0.7946.41,97114 2,4816 0,8546.41,89123 2,2317 0,8444,91,78126 2,1118 0,81451,72120 2,1319 0,8242,11,61123 1,9620 0,8139,91,55120 1,9121 0.7942,21,62120 2,0422 0,7944,51,73120 2,1823 0.7940,71,57126 1,9824 26.139.67,4280,810.844.41,76120 2,2125 0,7846,31,76120 2,2526 0.7842,11,62120 2,0927 0,7841,31,57123 2,0228 0,7744,71,75120 2,2729 0,76431,722,2511130 0,7942,71,66123 2,1131 0.7838,41,45117 1,8632 0.7537,71,45120 1,9433 0.7640,7117 2,05 1,5634 0,72 7,4240,79 21.132,2120 1,94 1,53 40,135 0,751,89 40,41,4111136 0,751,95 1,46 38,911137 0.75120 1,99 1,5 39,238 0.75123 2,01 1,51 4039 ÕJ6f120 2,09 1,58 42,440 Continua 221 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 0,751.53 402.0541 123 0,7340,71,4942 126 2,04 0,761,64 442,1643 123 0,791,65 41,744 126 2,1 20,939,17.430,750.761,57 40,545 2,07123 0,721.73 45,846 123 2,39 0,764347 2,1 1.6111 0,751.55 40,748 126 2.08 0,741,55 42,149 2,09117 0,741,57 43,550 126 2,12 39,2 0,7451 1,94 1,44129 0,721,46 40,252 2,02123 45.9 0,711,652,3153 132 0,7141,81,5754 2,21114 26,67,446 38,60,830,751.89 49,755 108 2,53; 43,4 0,741,652,2256 126 0,7441,81,48257 123 0,73441,6558 2,25114 0,731,58 42,82,1559 111 27,139.17.4480,730,72431.44126 260 Sujeito: L. W.4mM - RETANGULAR [HCQ3]PC02PH[Lac]RVEVC02FC V 02Min. 24,837,67,4270,60,898,50,240,27Rep. 63 0,815,70.550,690 90 0.732,91,311,881201 0.861,22,753,432 147 0.9482.13:623,853 156 1,01924,14165 4,094 22,7437,3315,351,0397,64.274,135 168 Sujeito: L.S.AT - RETANGULAR [HC03]PC02PH[Lac]RTfc VEVC02V02Min 40.57,370,760,8910,10,3965 0.44Rep. 0,8112,20,4872 0,590 0,7916,10,6485 0,811 0,741,05 25,895 1.412 0,8230,11.2797 1,543 0.8631,71,31100 1.534 23,243.57.3341.590,8633,31,45101 1,685 0.8430,41,28106 1,536 0.9130,81,141,25987 0.8828,41,171,338 98 0,87291.0797 1,239 0,8728.61,1110 97 1,28 Continua 222 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 0,8697 1,33 29,111 1,14 0,8629,412 98 1,32 1,13 0,8529,713 98 1.4 1,19 0,8630,897 1,35 1,1614 23,641,70,86 0,85 7.3611,13 30,115 1,3299 30,7 0,851,37 1,1616 99 0,861,18 30,81,3717 99 30,7 0,871,2218 96 1,41 0,84291,0919 1,2999 0,8130,31,220 101 1,49 0,8432,11,48 1,2421 98 0,8429,91,1422 97 1,36 0,84311,1723 96 1,39 0,8230,824 96 1,34 1,1 7.366 35,8 20,50,83 0,8632,11,45 1,2125 98 0,8230,41,0826 97 1,31 0,8330,827 1,1999 1,44 0,8231,51,228 97 1,46 0,8232,21,229 101 1,46 0,8133,11,5 1,2230 102 0,833,11,331 102 1,63 0,8132,11,2232 101 1.5 0,83341,57 1,333 101 0,811,17 32,134 1,45101 0,83 0,75 7,363 39,3 22,432,41,1935 100 1,44 0,831,91,1936 99 1,48 0,8132,31,237 101 1,49 0,7933,61,2338 102 1,55 0,832,11,1939 101 1,48 0,831,61,1440 99 1,42 31,4 0,81,1341 100 1,42 0,7931,11,1242 99 1,42 32 0,791,1443 100 1,45 0,771,03 30,898 1,3344 0,77311,07 0,7445 98 1,39 7.368 42,4 24.4 31,3 0,781,1146 98 1,42 31,5 0,771,1147 99 1,45 0,81.12 30,79848 1,4 30,2 0,7849 98 1,091,39 98 30,2 0,7750 1,11,43 0,7751 99 31,21,43 1,1 0,7752 99 1,46 1,12 31,1 53 100 1,05 29,7 0,791,33 54 100 31,8 0,761,5 1,14 55 97 1,03 30.6 0,741,39 0.74 7.37 42,2 24,3Continua 223 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 0.751,45 1,09 31,856 99 0,741,1 31,657 100 1,49 0,7532,91,1358 102 1,51 0,7432,559 1,5 1,11103 23.239.70,79 7,3740.7431,31,08100 1,4660 Sujeito: L.S.IAT - RETANGULAR [HC03][Lac] PC02PHRVEVCQ2Min FC V02 23.30,88 38.51,05 7,3999,40,46Rep. 63 0,47 0,98130,70,680 68 1,0316,30,91 81 0,83 1,0822,62 1,35 1,4888 1,1251,43 1,573 89 1,125,71,45 1,64894 7,382 37,3 21,61,161,1325,71,731,475 91 1,1828,61,971,646 93 1,22,07 30,21,677 95 1,2430,22,061,678 98 1,2331,61,73 2,179 100 1,2532,71,79 2,1910 100 1,2231,52,141,729811 1,2432,32,161,7712 99 1,2232,52,141,7913 98 1,231,41,73 2,119914 24,61,24 7,391 41,61,2232,82,151,8215 99 1,18332,16100 1,816 1,2332,181,8117 98 1,233,12,111,818 98 1,1730,81,72 2,0719 98 1,232,42,111,820 99 1,1732,82,131,821 100 1,18311,67 1,9422 96 1,1631,61,75 2,0423 99 1,1732,31,81 2,1224 100 7,3891.17 1.0133,1 39.32,125 1,8 23.2102 1.1733,91,85 2,1426 102 1.1633,21,84 2,1427 101 1,162,07 33,11,828 101 1,151,79 2,09 3329 100 1,171,75 2 31,830 101 1,86 2,14 34 1,1410131 1,87 2,13 1,1533,732 102 1,9 2,12 1,14103 34,733 88 1,76 1,96 1,1234 31,9 1,7835] 101 1,94 0,811,1132,3 7,4 34.8 21 Continua 224 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) 36 99 1,76 1,92 31,7 1,09 1,97 33,237 1,84101 1,09 1,97 33,31,8438 103 1,07 32,41,77 1,88 1,0639 101 31,8 1.0740 1,78 1,999 1,87 31,5 1,07100 1,7541 31,6 1,071,79 1,9242 97 TÕÕÍ 1,76 31,2 1,061,8743 1Õ2| T9 1,0732,82,0444 22,537,41,06 0,75 7,39832,545 1,8 1,9101 1,0532,71,9646 101 1,86 1,0532,847 103 1.85 1,94 1,041,97 33,448 1.89104 1,062,03 3349 104 1,91 1,05331,9750 102 1,88 1,0233,31,9 1,9451 102 1,03341,9952 102 1,93 1,0234,11,96 1,9953 102 1,0333.41,991,9454 100 7,403 23,71,01 0,83 3834,51,9555 103 1,93 1,01341,951,9356 103 1.0132,91,911,8957 102 1,0333,92,031,9858 103 1,0435,21,99 2,0659 102 0,820,99 7,397 36,4 21,934,61,94 1,9360 102 Sujeito: L.S.RETANGULAR4mM - [Lac] PC02 [HCQ3]PHVE RVC02V02Min FC 0,87 0,66 7,3966,7 38.9 23,90,266 0,23Rep. 0,8313,30,440,53780 0,8717,80,7 0,61951 0,7730,81,231,62 107 0,881,43 36,71,633 112 0,931,58 39,41,694 113 44.710.96 3 7,3581,63 41,81,69 25,15 113 0,951,77 43,81.876 119 1,82 46,5 0,941,937 122 1,89 47,2 0,95125 1,998 1,97 48,6 0,962,051319 2,132,13 51,6 113410 2,092,16 52,8 0,9711 133 2,17 2,14 55,5 0,9912 133 1,972,09 52,1 0,9413 131 2,06 1,87 49,114 131 0,91 2,05 1,8515 132 49,9 4.760,9 7.342 36.9| 20 Continua 225 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares, (Cont.) 0,911,92 51,62,1213316 0,881,89 49,92,1413317 0,871,82 49,62,113118 0,881,78 48,92,0213119 0,8646,31,752,0413220 0,881,94 51,52,214021 ÕM1,84 50,5135 2,08 136 2,16 22 0,891,92 50,723 0,911,89 49,22,0713524 21,537,73,79 7,3650,8747,81,711,9613225 0,861,74 47,7 1,76 46,8 1,74 45,8 2,0213326 0,911,9413227 0,87213528 0,861,7 47,51,9713529 0,891,79 47,42,0130 134 0,881,78 49,1134 2,0331 0,88491,75213732 0,891,83 50,6136 2,0533 0,86481,71,9713134 22,738,22,87 7,3820,831,65 48,1129 1,9935 0,81,591,9813036 0,8i1,56 45,7134 1,9437 0,811,6 45,91,9738 0,831,67 48,2138 2,02 136 1,99 39 0,8246,91,6440 0,8145,61,57134 1,9341 0,851,65 46,8137 1,9542 0,8348,21,712,0613843 0,8447,21,621,9413644 21,636,27,3842,520,846,51,561,9413845 0,7947,61,62136 2,0646 0,849,31,662,0813847 0,791,58 46,2214248 0,811,83 52,32,2614149 0,8150,71,712,1150 139 0,850,31,66139 2,0751 0,78481,592,0314152 0.850,31,692,1253 0.7950,31,652,114154 21,836,67,3842,980,791,76 51,7144 2,2255 0,851,76 50,72,0856 0,851,86 52,657 143 2,19 0,851,78 51,52,158 0,781,72 52,32,259 145 21,936,27,392,90,771,611 50,72,0914460 Continua 226 ANEXO X - Resultados dos testes retangulares. (Cont.) AT - RETANGULAR Sujeito: M.M. PC02 [HCQ3]Min VE R [Lac] PHFC V 02 VC02 42,6 26,87,407Rep. 0,25 10,4 1,19 0,7389 0,21 1.170,21 9,40 104 0,18 8,8 0,830,15116 0,181 15,5 0,870,462 116 0,69 15,4 0,710,53 0,7112 0,85210,74 117 0,82 24,17,411 37,91,040,840,81 18,15 0.73118 0,860,69 21,96 113 0,8 0,87210,877 0,77126 0,8720,40,718 0,82119 0,9224,40,89 123 0,87 0,8422,40,7110 0,85125 0,8821,10,6811 0,77128 0,850,71 21,80,8412 127 0,86240,710,8313 131 0,8521,60,580,6814 122 35,31,06 7,4220.8422,20,630,7515 118 0,8322,60,690,8312616 0,8422,20,640,7617 124 0,8322,60,70,8412618 0,8523,40,70,8212019 0,8322,40,67123 0,8120 0,8122,90,680,8421 124 0,83230,680,8222 121 0,8424,70,74128 0,8823 0,821,30,610,7624 123 23,336,70,95 7,410,7923,20,690,8712525 0,8323,30,710,8612426 0,840,7 23,80,8313027 0,81250,740,9113228 0.840,76 25,6125