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LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA AGENTE ETIOLÓGICO – protozoário intracelular obrigatório (Leishmania sp. (L. chagasi em cães)) nos hospedeiros vertebras e nos vetores estão no intestino. • Forma promastigota (flagelada) – encontrada no tubo digestivo do inseto vetor ou em meios de cultura; • Forma amastigota (aflagelada) – presente nas células do sistema fagocitário mononuclear (SFM) dos hospedeiros vertebrados. TRANSMISSÃO – picada do inseto fêmea dos mosquitos flebotomíneos (p. ex., mosquito-palha) infectadas com promastigotas. (Hipótese) – via transplacentária e transmissão venérea? CICLO EVOLUTIVO – necessário dois hospedeiros, um deles vertebrado. Vetor → picada hospedeiro vertebrado infectado → ingestão de macrófagos (amastigotas → divisão binária → promastigotas → paramastigotas → intestino médio e anterior (cranial) do vetor. A formas promastigotas são fagocitadas por células de defesa do Sistema Mononuclear Fagocitário (SMF) e transportados até os linfonodos regionais. Macrófagos → amastigotas → rompimento do macrófago → liberação de parasitos → processo contínuo → disseminação via hematógena*. *SMF, como linfonodos, fígado, baço e medula óssea. Quando os linfócitos Th1 estão em maior quantidade, ocorre uma resposta celular protetora e o animal é assintomático. Quando os linfócitos Th2 estão em maior quantidade, ocorre uma resposta imune humoral e o cão apresenta sinais clínicos. SINAIS CLÍNCOS – definição de caso canino suspeito de LV: Cão que apresente pelo menos UM dos três seguintes sinais Associado(s) a DOIS ou MAIS dos seguintes sintomas Descamação (região periocular e bordas da orelha); Úlceras de pele (geralmente nas extremidades); Onicogrifose (alongamento das unhas). Ceratoconjuntivite; Coriza; Apatia; Emagrecimento/caquexia; Diarreia; Hemorragia intestinal; Vômitos; Edema de patas; Paresia das patas posteriores. − Linfonodos – linfadenopatia periférica; − Medula óssea – hipertrofia e aplasia medular → anemia + trombocitopenia; − Baço (esplenomegalia) – proliferação e infiltração de células imunes e hiperplasia da polpa branca e vermelha; − Olhos – ceratoconjuntivite, blefarite, edema de córnea; − TGI – diarreia crônica e melena (ulceração); − Rins – glomerulonefrite (deposição de imunocomplexos) → lesões → proteinúria → hipertensão → síndrome nefrótica → IRC. − Sistema nervoso – letargia, convulsões, mioclonias, nistagmo, tremores, andar em círculos – associados a inflamação meningial crônica com infiltrado linfoplasmocitário. DIAGNÓSTICO – associação dos dados clínicos, laboratoriais e epidemiológicos. Exame físico – febre, lesões cutâneas, ulcerações de pele, alopecia (localizada ou generalizada), perda de peso progressiva, atrofia muscular, linfadenopatia periférica generalizada, conjuntivite, onicogrifose. Laboratorial – Teste imunocromatográficos (TR DPP ® e ELISA, sendo o primeiro um teste rápido para triagem e o segundo confirmatório. Realizados no laboratório central do estado (LACEN). Quando realizados em laboratórios privados, devem ser repetidos no LACEN. a. ELISA – reação de anticorpos presentes no soro com antígenos solúveis e purificados de Leishmania. Reação cruzada – falso-positivo, como |Trypanossoma cruzi ou outras espécies de Leishmania. b. Parasitológico – presença de amastigotas de Leishmania em tecidos infectados (dependente do grau de parasitemia, tipo de material coletado). c. PCR – detecção do DNA específico do parasita – invasivo. TRIAGEM DIANTE DE UM CASO CANINO SUSPEITO – notificar a Gerência Regional de Saúde (GERSA); − Ficha de notificação e investigação do Cão suspeito de LV; − Coleta de material para diagnóstico sorológico com Termo de Consentimento de Coleta e Análise da Amostra Canina. − Encaminhamento do material para LACEN. Até a conclusão diagnóstico, o animal deverá permanecer no seu local de moradia, se possível isolado em ambiente telado e fazendo uso obrigatório da coleira impregnada com deltametrina a 4%. *Diante da recusa do responsável para não testagem dos cães: assinar o termo de responsabilidade (multa). O procedimento de eutanásia é a única medida direta recomendada no Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses. *Exceção à realização da eutanásia: assinatura do termo de responsabilidade: − MILTEFOSINA + realização sequencial de exames de seguimento regulamentado em protocolo específico; − Apresentação a cada 6 meses, de atestado de saúde do animal e manutenção da redução da carga parasitária; − Utilizar de forma ininterrupta coleira impregnada com Deltrametrina 4%, sendo trocada de 4 em 4 meses (conforme recomendação do fabricante); *Busca por cães sintomáticos e realização de pesquisa entomológica. *Caso canino autóctone – notificar o SINAN utilizando a ficha de Epizootia. Necessário a caracterização a espécie Leishmania infantum pela FIOCRUZ antes de realizar o registo no SINAN. TRATAMENTO – as decisões terapêuticas devem seguir uma avaliação da condição clínica do paciente e da gravidade da doença. Miltefosina (antineoplásico – mínimo: 4 semanas) + alopurinol (parasitostático – mínimo: seis a doze meses). *Miltefosina – estimula a atividade de células T e macrófagos e a produção de espécies reativas de nitrogênio e oxigênio que atuam como parasiticidas. Imunoestilimantes – domperidona (pró-cinético e antiemético) que age como antagonista do receptor de dopamina D2, capaz de estimular a produção de serotonina. PREVENÇÃO E CONTROLE – (1) diagnóstico precoce e tratamento de casos humanos; (2) redução da população de flebotomíneos através da aplicação de inseticidas em domicílios de áreas endêmicas; (3) eutanásia em cães soropositivos; (4) atividades de educação em saúde. Vacinação – Leish-Tec ® (3 doses com intervalo de 21 dias entre as doses e reforço anual). LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA SINAIS CLÍNICOS Descamação em região periocular e bordas da orelha; Úlceras de pele, geralmente nas extremidades; Onicogrifose (alongamento das unhas). Ceratoconjuntivite, coriza, apatia, caquexia/emagrecimento, diarreia, hemorragia intestinal, vômitos, edema das patas, paresia das patas posteriores. DIAGNÓSTICO Associação com sinais clínicos, laboratoriais e epidemiológicos. Teste imunocromatográfico (rápido) e ELISA (confirmatório); Enviados para o LACEN. Após a confirmação diagnóstica, o cão deverá permanecer no seu local de moradia, se possível ISOLADO em ambiente telado e fazendo uso obrigatório de coleira impregnada com DELTAMETRINA A 4%. TRATAMENTO Milteforan, porém também são utilizados alopurional e domperidona. PROFILAXIA Uso de coleiras impregnadas com Deltametrina a 4%, repelentes naturais a base de citronela e extrato de nem, e inseticidas tópicos na forma de spray a base de permetrina. Vacinação. RAIVA Antropozoonose caracterizada por encefalomielite viral aguda e progressiva. O vírus da raiva, do gênero Lyssavirus, família Rhabdoviridae, ordem Mononegavirales, possui diferentes genótipos que ocasionam sinais clínicos semelhantes aos da raiva. RNA de fita simples, envelopados, necessitam de uma RNA- polimerase viral para a replicação. *Composto por um envoltório formado por dupla membrana fosfolipídica na qual emergem espículas de composição glicoproteica. É no envelope que possui proteína G (chave-fechadura), responsável pela indução de anticorpos neutralizantes, pela estimulação das células T e pela adsorção entre vírus e célula. *Resposta imune específica: mediada por anticorpos e mediada por células. Além da glicoproteína (G), a nucleoproteína (N) também age na resposta imune celular. *A boa relação N/G, na suspensão antigênica destinada à vacina, é o ideal para obtenção de uma boa vacina antirrábica. Sensível:a. Aos solventes de lipídios (sabão, éter, clorofórmio, acetona), ao etanol, amônio quaternário. b. As temperaturas de pasteurização e à luz ultravioleta. O gênero Lyssavirus possui, atualmente, sete espécies distintas. Quatro delas podem ser relacionadas da seguinte forma: Variante antigênica Espécie AgV1 Canis familiaris CÃO AgV2 Canis familiaris CÃO (isolado: humanos e silvestres terrestres) AgV2* Cerdocyon thous AgV3 Desmodus rotundus Morcego hematófago (isoladas morcegos /humanos e silvestres/cães/gatos/animais de produção) AgV4 Tadarida brasiliensis Morcego não-hematófago (Isoladas cães/ gatos) AgVCN Callithrix jacchus AgV6 Lasiurus spp. Morcego não hematófago (isolados morcegos insetívoros/ cães/ gatos). TRANSMISSÃO – mordedura, arranhadura e lambeduras de mucosa (via saliva – elevada carga viral). O ciclo pode ser subdividido em quatro ciclos epidemiológicos distantes: 1. Urbano – cães e gatos; 2. Rural – animais de produção; 3. Aéreo – morcegos (via inalação de aerossóis); 4. Silvestres – mamíferos silvestres terrestres. FISIOPATOGENIA – após a inoculação do vírus no tecido muscular aquele atinge os nervos periféricos e migra em direção ao sistema nervoso central (SNC) – replicação viral na massa cinzenta. SNC → massa cinzenta → massa branca → SN periférico e autônomo → glândulas salivares/serosas/pele/coração/rins, etc. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS – CÃES E GATOS Fase prodrômica Confusão, desorientação, mudança de comportamento notável – pode ocorrer vocalização em resposta a estímulos leves. Forma furiosa – cães e gatos Hiperexcitabilidade: reflexos exacerbados à estímulos – anorexia, irritação, prurido na região de penetração do vírus, ligeira elevação da temperatura. Agressividade: tendência a morder. Salivação abundante, latido rouco ou bitonal; Forma paralítica – bovinos Letargia e fraqueza paralítica ascendente com início no membro mordido e com progressão aos outros membros (faringe, respiratória); Hiperssalivação, ataxia, cessação dos movimentos respiratórios e óbito. Neurológica: convulsões, incoordenação motora e paralisia do tronco e membros. DIAGNÓSTICO EM HUMANOS – ante-mortem – IFD em amostras de saliva e decalques de células de córnea, isolamento viral com amostras de saliva e biópsia de pele (folículo piloso), PCR. DIAGNÓSTICO EM ANIMAIS – diagnóstico diferencial: alteração cerebral / histórico do animal / incidência de raiva na região e o nível de exposição. Post mortem – teste de imunofluorescência direta para identificação do antígeno viral (RIFD) – laboratórios credenciados pelos Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ruminantes Encéfalo ou fragmentos do sistema nervoso. Equídeos Encéfalo + bulbo e fragmentos da porção inicial, medial e terminal da medula espinhal. Cães Corno de Amon, hipocampo. *Exame histológico do extrato cerebral – presença de inclusões citoplasmáticas (corpúsculo de Negri – é patognomônico); Isolamento viral por meio de cultivo celular e inoculação intracerebral em camundongos. CONDUTA EM CASO DE POSSÍVEL EXPOSIÇÃO AO VÍRUS – lavagem do ferimento com água e sabão. A vacinação sistemática de cães e gatos é a melhor estratégia para prevenir e controlar a ocorrência da doença. IMUNIDADE ANTIRRÁBICA – *A ação dos anticorpos, do sistema imune e interferons são ineficazes, pois quando o vírus adentra nos neurônios adquire certa proteção pela bainha que envolve os neurônios, portanto durante a propagação viral pelos nervos não ocorre a produção de anticorpos antirrábicos. Células apresentadoras de antígenos (p. ex., macrófagos, células dendríticas) → ativação dos linfócitos Th → linfócitos B (anticorpos) – após aparecimento dos sintomas clínicos. SORONEUTRALIZAÇÃO – é definida como a perda da capacidade infectante da partícula viral pela reação com um anticorpo específico. Controle – vacinação, eliminação da fonte de infecção, isolamento e observação dos animais suspeitos e/ou agressores, bloqueio de foco; controle populacional e vigilância epidemiológica. LEPTOSPIROSE Cães são importantes reservatórios para bactérias aeróbias obrigatórias e que possui bactérias gram-negativas e positivas do gênero Leptospira spp, na transmissão humana e disseminação em ambientes urbanos. A leptospirose canina é causada pelo sorovares Canicola e Icterohaemorrhaghiae, que apresentam com fontes de infecção, respectivamente, os cães e os roedores. O gênero Leptospira é bastante sensível à luz solar direta, aos desinfetantes comuns e aos antissépticos. TRANSMISSÃO – (a) direta – urina, contato venéreo, transferência placentária, mordeduras, ingestão de tecidos; (b) indireta – água, solo ou alimentos contaminados. PORTA DE ENTRADA – pele lesada ou íntegra e membranas mucosas: conjuntiva, nasofaríngea e genital. Quatro síndromes têm sido identificadas em cães: icterícia, hemorrágica, urêmica e reprodutivas (aborto e crias prematuras ou fracas). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS – variam com a espécie e o sorovar infectante. Pele lesada ou íntegra → (via hematógena) – fase leptospirêmica* → fase leptospiúrica – nefrite aguda + lesões hepáticas. *Fase leptospirêmica: inibição da ligação e ativação do sistema complemento na superfície da espiroqueta. *Fase leptospiúrica: migração dos leptospiras nos túbulos renais. FORMA SINAIS CLÍNICOS AGUDA Letargia, depressão, anorexia, vômito, febre, PU/PD, dor abdominal e/ou lombar, diarreia. Mialgia, halitose, úlceras bucais, icterícia, petéquias e sufusões em mucosas e conjuntiva. SUBAGUDA Febre, anorexia, vômitos, desidratação – associado a inflamação muscular, meningeal ou renal; Membranas mucosas hiperêmicas e hemorragias petequiais e por sufusão estão distrubuídas, conjuntivite, rinite, tosse seca e dispneia. o Sorovar icterohaemorrhagiae – evolução AGUDA Período de incubação (5-10 dias) – forma ictérica (síndrome ictero- hemorrágica) – sinais: hipertermia, prostração, icterícia, hemorragias difusas (pulmões e sistema digestóri) → IRA e óbito. o Sorovar Canicola - evolução LENTA Período de incubação (5-10 dias) – forma anictérica – sinais: gastroentéricos e urêmia (êmese, diarreia, estomatite e glossite necrótica) → IRC Sorogrupo/sorovar Reservatórios Hospedeiro acidental Icterohaemorragie Roedores sinantrópicos Animais domésticos e humanos. Copenhageni Grippotyphosa Roedores Roedores Cães; Cães, bovinos, suínos e equinos. Pomona Suínos e bovinos Cães, ovinos e equinos. Canicola Cães Bovinos, suínos, humanos. DIAGNÓSTICO – sinais clínico-epidemiológicos + exames laboratoriais. − Hematológico: leucocitose por neutrofilia e graus variáveis de anemia. − Bioquímico: ↑↑ das funções renal (ureia e creatinina) e hepática (ALT e FA) + bilirrubina; − Urinálise: densidade baixa, glicosúria, proteinúria, bilirrubinúria. Diagnóstico sorológico – MÉTODO INDIRETO – teste de soro aglutinação microscópica (SAM) – determinação dos títulos de anticorpos anti-Leptospira – alta sensibilidade e especificidade. MÉTODO DIRETO – exame microscópico em campo escuro e coloração impregnada pela prata. ELISA – IgM (primeiro anticorpo a estar aumentado) e IgG (após alguns dias). PCR – antes do desenvolvimento do título do anticorpo ou quando os títulos estão baixos e o curso clínico confuso. Exame post-mortem – sorovar icterohaemorrhagie – histopatológico a partir de fragmentos renais ou hepáticos. TRATAMENTO – dependente do diagnóstico precoce da doença. Presença de anemia ou coagulação intravascular disseminada: transfusão sanguínea. − Fase aguda/moderado: doxiciclia, ampicilina e amoxicilina; − Fase grave: penicilina G e ampicilina. CONTROLE a. Fonte de infecção – controle de roedores. Isolamento, diagnóstico e tratamentodos animais doentes. b. Via de transmissão – destino adequado das excretas, limpezas e desinfecção química das instalações (uso de derivados fenólicos). Drenagem da água das pastagens, não utilizar sêmen suspeito. c. Susceptíveis – vacinação. TUBERCULOSE Mycobacterium bovis são bastonetes álcool-ácido resistente (BARR), aeróbios, imóveis, não capsulados, não flagelados, não esporulados, gram-positivos. Possui resistência a maioria dos desinfetantes, antibacterianos, e ao sistema imune do hospedeiro devido a alta concentração de lipídeos na parede celular, sendo o principal o ácido micólico. Sensível a luz solar direta e alguns desinfetantes como fenóis a 5% por três horas, formol a 3% e hipoclorito de sódio a 5%. *pH, ação enzimática, acúmulo de oxigênio (O2), gás carbônico (CO2) e presença de nutrientes. − M. tuberculosis – humanos, primatas e cães. A disseminação ocorre principalmente por aerossóis provenientes de um portador de micobactérias. − M. bovis – possui afinidade com o M. tuberculosis, podendo assim os seres humanos serem contaminados através de leite proveniente de animais contaminados. É transmitido entre os animais de rebanho, a partir de um portador, além dos bezerros que adquirem por via leite ou in útero. Acomete carneiros, cabras, cães, gatos, cavalos, porcos e alguns pássaros, como papagaios. FONTE DE INFECÇÃO – bacilos eliminados pela tosse, espirro, corrimento nasal, leite, urina, fezes, sêmen, secreções vaginais e uterinas. VIA DE TRANSMISSÃO – forma direta – via aérea, oral e aerossóis; forma indireta – ingestão de alimentos, água, leite e fômites contaminados. Bovinos – inalação de aerossóis. PATOGENIA – (M. bovis) – Coleção de neutrófilos que cercam os bacilos invasores (resposta imune inicial) → granuloma. Aderência das células epitelóides → células de Langerhans → necrose caseosa com calcificação no centro caseoso do tubérculo. *Os macrófagos se assemelham as células epiteliais – células epitelóides; a aderência/junção/coalescência dessas células leva ao surgimento das células de Langerhans. VIA PRIMÁRIA – via aerógena (gotículas e aerossóis). COMPLEXO PRIMÁRIO Resposta eficaz: Alvéolos → macrófagos (fagocitose) → Mycobaterium sobrevive e multiplica-se no interior do macrófago → destruição do macrófago → processo inicial – lesão tecidual (inflamação) → linfonodo regional. ↓ RESPOSTA ADAPTATIVA ↓ Atração dos macrófagos + linfócitos T → formação do granuloma → resposta celular eficaz (centro caseoso + calcificação → não há excreção da bactéria). Típico + fechado + centro caseoso + calcificação. Resposta ineficaz: Atípico + aberto + centro liquefeito → multiplicação. Localizada: pulmão → excreção da bactéria por secreções: gotículas e aerossóis. VIA SECUNDÁRIA – fezes / água e alimentos contaminados (comedouro, ração, bebedouro, pastagem, leite. *O TGI segue o mesmo processo de resposta da via primária. − Via sanguínea (generalizada); − Via glândula mamária → leite → bezerro; − Via geniturinária → urina. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS – caquexia progressiva, hiperplasia de linfonodos superficiais e/ou profundos, dispneia, tosse persistente, mastite, endometrite, infertilidade e entre outros. Fraqueza, perda de apetite, debilidade, febre intermitente. Atenção – sistema linfoide, tórax, pulmão, fígado, baço e serosas. DIAGNÓSTICO – teste cervical simples, teste da prega ano-caudal (triagem) e o teste cervical comparativo (confirmatório). Método indireto – analisar a resposta imunocelular dos animais à tuberculina, no local de inoculação, ocorrendo uma reação de hipersensibilidade (baixa praticidade, sensibilidade). TCS – pecuária de leite ou corte. − Avaliar antes da aplicação e depois de 72 horas. TPC – apenas em estabelecimento de pecuária de corte. − Avaliação visual e palpação (qualquer aumento na prega inoculada). TCC – permitido em estabelecimento de pecuária de leite ou corte. Histopatológico (coloração de Ziehl-Neelson) – infiltrado de células epitelioides, células gigantes tipo Langerhans, linfócitos e plasmócitos. ELISA – exame complementar // PCR – boa sensibilidade. CONTROLE E PREVENÇÃO – via aerógena: evitar aglomeração, boa ventilação, local aberto. Ambiente – desinfecção: formol a 3%, fenol a 5% e hipoclorito a 5% (exposição de pelo menos 3 horas); Leite – fervura/pasteurização.
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