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04 03 (Lista - Classes Gramaticais IV)

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Prof. Gustavo 
Gramática 
 
Página 1 de 3 
Lista de Exercícios – Classes Gramaticais IV 
 
(MACKENZIE/SP - 2019) Leia o texto e responda às 
questões 01 e 02. 
 
É importante notar que o esforço para a produção dos 
sentidos ocorre em virtude de os homens desejarem 
estabelecer cadeias comunicativas, seja para informar, 
convencer, emocionar, seja para explicar, determinar, 
aconselhar. Mas, para que isto acontecesse, foi necessária 
aos diversos grupos humanos a criação de códigos 
linguísticos próprios, acordos que conhecemos pelo nome de 
línguas e que expressam maneiras particulares de conceber 
os significados, as formas de uso, os mecanismos de 
elaboração do universo das palavras. Sem isto, as 
expressões linguísticas cairiam no vazio e as sentenças 
resultariam incompreensíveis. Imaginem como ficaria um 
alemão que não sabe português diante da frase “A lição está 
difícil”. 
Em nosso caso, o código comum é a língua portuguesa: 
graças a ela produzimos, verbalmente, os efeitos de sentido. 
No entanto, não se deve considerar o código comum como 
uma referência padrão que se mantém inalterada. Ao 
contrário, a língua possui variabilidades, usos diferenciados 
conforme a situação cultural, econômica, etária, regional do 
usuário. 
Adilson Citelli, O texto argumentativo 
 
1. Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Em virtude (linha 01) equivale, semanticamente, aos 
mesmos sentidos denotados pela expressão “por causa de”. 
b) O uso de seja... seja... (linha 02) indica que se está diante 
de atos que são comparativamente alternativos entre si. 
c) A função adjetiva da palavra humanos (linha 03) tem por 
função delimitar o tipo de grupos a que se faz referência no 
texto. 
d) A palavra particulares (linha 04) pode ser substituída pelo 
seu sinônimo “peculiares”. 
e) O significado denotado pelo verbo conceber (linha 05) é 
equivalente ao sentido denotado pelo verbo “enaltecer”. 
 
2. Assinale a alternativa correta. 
a) A expressão verbal desejarem estabelecer (linhas 01 e 
02), sem prejuízo para a norma culta da língua, pode também 
ser empregada da seguinte forma: “desejarem 
estabelecerem”. 
b) No uso da norma culta escrita da língua portuguesa, a 
forma foi necessária (linha 04) poderia ser também escrita 
como “foi necessário”. 
c) A expressão “sem isso” poderia ser empregada 
corretamente no lugar de sem isto (linha 05), efetivamente 
utilizada no texto. 
d) É opcional o uso do acento indicador da crase na 
expressão graças a ela (linha 08). 
e) A forma verbal mantém (linha 09) poderia ser reescrita, 
sem prejuízo para o uso da norma culta, pela sua variante 
“mantêm”. 
 
3. (UNICAMP/SP – 2019 – 2ª FASE) O texto abaixo encontra-
se no livro “A teus pés”, de Ana Cristina Cesar. Leia-o 
atentamente e responda às questões. 
 
 
 
Atrás dos olhos das meninas sérias 
 
Mas poderei dizer-vos que elas ousam? Ou vão, por 
injunções muito mais sérias, lustrar pecados que jamais 
repousam? 
 
a) Indique a quem se referem, no texto, a segunda pessoa do 
plural (“vos”) e a terceira pessoa do plural (“elas”). 
b) Por meio da partícula “Ou”, o poema estabelece uma 
alternativa entre duas situações: a ousadia e a ação de 
“lustrar pecados”. Explique de que maneira a primeira 
situação é diferente da segunda, levando em consideração o 
título do poema. 
 
(UFPR/PR - 2019) Leia o excerto abaixo: 
 
As bombas que os aliados lançaram sobre a Alemanha 
durante a Segunda Guerra Mundial conseguiram atingir a 
borda inferior do espaço: a ionosfera se enfraqueceu sob a 
influência da onda expansiva de tantos explosivos. 
__________ o efeito tenha sido temporário, chegou a ser 
sentido nos céus da Inglaterra. __________, os bombardeios 
alemães, primeiro os da Luftwaffe (a aviação nazista) e, 
depois, com os foguetes V1 e V2, mal deixaram vestígios na 
atmosfera. 
 
4. Assinale a alternativa que preenche corretamente as 
lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto. 
a) Embora – No entanto. 
b) Ainda que – Por isso. 
c) Consoante – Não obstante. 
d) Posto que – Logo. 
e) Porquanto – Contudo. 
 
(UFPR/PR - 2019) Leia o excerto abaixo: 
 
Era uma vez um lobo vegano que não engolia a 
vovozinha, três porquinhos que se dedicavam _____ 
especulação imobiliária e uma estilista chamada Gretel que 
trabalhava de garçonete em Berlim. Não deveria nos 
surpreender que os contos tradicionais se adaptem aos 
tempos. Eles foram submetidos _____ alterações no 
processo de transmissão, oral ou escrita, ao longo dos 
séculos para adaptá-los aos gostos de cada momento. 
Vejamos, por exemplo, Chapeuzinho Vermelho. Em 1697 – 
quando a história foi colocada no papel –, Charles Perrault 
acrescentou _____ ela uma moral, com o objetivo de alertar 
as meninas quanto _____ intenções perversas dos 
desconhecidos. 
Pouco mais de um século depois, os irmãos Grimm 
abrandaram o enredo do conto e o coroaram com um final 
feliz. Se a Chapeuzinho Vermelho do século XVII era 
devorada pelo lobo, não seria de surpreender que a atual 
repreendesse a fera por sua atitude sexista quando a 
abordasse no bosque. A força do conto, no entanto, está no 
fato de que ele fala por meio de uma linguagem simbólica e 
nos convida a explorar a escuridão do mundo, a cartografia 
dos medos, tanto ancestrais como íntimos. Por isso ele 
desafia todos nós, incluindo os adultos. [...] 
A poetisa Wislawa Szymborska falou sobre um amigo 
escritor que propôs a algumas editoras uma peça infantil 
protagonizada por uma bruxa. As editoras rejeitaram a ideia. 
 
 
Prof. Gustavo 
Gramática 
 
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Motivo? É proibido assustar as crianças. A ganhadora do 
prêmio Nobel, admiradora de Andersen – cuja coragem se 
destacava por ter criado finais tristes –, ressalta a importância 
de se assustar, porque as crianças sentem uma necessidade 
natural de viver grandes emoções: “A figura que aparece [em 
seus contos] com mais frequência é a morte, um 
personagem implacável que penetra no âmago da felicidade 
e arranca o melhor, o mais amado. Andersen tratava as 
crianças com seriedade. Não lhes falava apenas da alegre 
aventura que é a vida, mas também dos infortúnios, das 
tristezas e de suas nem sempre merecidas calamidades”. C. 
S. Lewis dizia que fazer as crianças acreditar que vivem em 
um mundo sem violência, morte ou covardia só daria asas ao 
escapismo, no sentido negativo da palavra. 
Depois de passar dois anos mergulhado em relatos 
compilados durante dois séculos, Italo Calvino selecionou e 
editou os 200 melhores contos da tradição popular italiana. 
Após essa investigação literária, sentenciou: “Le fiabe sono 
vere [os contos de fadas são verdadeiros]”. O autor de O 
Barão nas Árvores tinha confirmado sua intuição de que os 
contos, em sua “infinita variedade e infinita repetição”, não só 
encapsulam os mitos duradouros de uma cultura, como 
também “contêm uma explicação geral do mundo, onde cabe 
todo o mal e todo o bem, e onde sempre se encontra o 
caminho para romper os mais terríveis feitiços”. Com sua 
extrema concisão, os contos de fadas nos falam do medo, da 
pobreza, da desigualdade, da inveja, da crueldade, da 
avareza... Por isso são verdadeiros. Os animais falantes e as 
fadas madrinhas não procuram confortar as crianças, e sim 
dotá-las de ferramentas para viver, em vez de incutir rígidos 
patrões de conduta, e estimular seu raciocínio moral. Se 
eliminarmos as partes escuras e incômodas, os contos de 
fadas deixarão de ser essas surpreendentes árvores sonoras 
que crescem na memória humana, como definiu o poeta 
Robert Bly. 
(Marta Rebón.) 
 
5. (UFPR/PR - 2019) Assinale a alternativa que preenche 
corretamente as lacunas do primeiro parágrafo, na ordem em 
que aparecem no texto: 
a) a – a – à – às. 
b) à – à – a – as. 
c) à – a – a – às. 
d) a – à – à – as. 
e) à – à – à – as. 
 
6. (UFPR/PR - 2019) Considere as seguintes afirmativas 
sobre os termos em negrito e sublinhados no texto: 
 
1. Na 3ª linha do segundo parágrafo, “a” refere-se a “fera”. 
2. Na 3ª linha do terceiro parágrafo,“cuja” refere-se a 
“Wislawa Szymborska”. 
3. Na 4ª linha do terceiro parágrafo, “seus” refere-se a 
“Andersen”. 
4. Na 7ª linha do quarto parágrafo, “las” refere-se a “crianças”. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira. 
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
 
(UNIFESP/SP - 2019) Leia o poema “Sou um evadido”, do 
escritor português Fernando Pessoa, para responder às 
questões 07 e 08. 
 
Sou um evadido. 
Logo que nasci 
Fecharam-me em mim, 
Ah, mas eu fugi. 
 
Se a gente se cansa 
Do mesmo lugar, 
Do mesmo ser 
Por que não se cansar? 
 
Minha alma procura-me 
Mas eu ando a monte1, 
Oxalá que ela 
Nunca me encontre. 
 
Ser um é cadeia, 
Ser eu é não ser. 
Viverei fugindo 
Mas vivo a valer. 
(Obra poética, 1997.) 
________________________________________________ 
 
1. “andar a monte”: andar fugido das autoridades. 
 
7. “Rima rica” é aquela que ocorre entre palavras de classes 
gramaticais diferentes, a exemplo do que se verifica 
a) na primeira estrofe (“nasci”/“fugi”) e na segunda estrofe 
(“lugar”/“cansar”). 
b) na terceira estrofe (“monte”/“encontre”), apenas. 
c) na segunda estrofe (“lugar”/“cansar”), apenas. 
d) na primeira estrofe (“nasci”/“fugi”) e na terceira estrofe 
(“monte”/“encontre”). 
e) na segunda estrofe (“lugar”/“cansar”) e na terceira estrofe 
(“monte”/“encontre”). 
 
8. Leia a estrofe abaixo e responda à questão. 
 
“Se a gente se cansa 
Do mesmo lugar, 
Do mesmo ser 
Por que não se cansar?” (2a . estrofe) 
 
Os termos sublinhados constituem 
a) pronomes, somente. 
b) conjunção, pronome e pronome, respectivamente. 
c) conjunções, somente. 
d) pronome, conjunção e conjunção, respectivamente. 
e) conjunção, conjunção e pronome, respectivamente. 
 
 
 
 
Prof. Gustavo 
Gramática 
 
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(FAMERP/SP – 2019) Leia a crônica de Clarice Lispector, 
publicada no Jornal do Brasil em 29 de março de 1969, para 
responder às questões 04 e 05. 
 
Perguntas grandes 
 
Pessoas que são leitoras de meus livros parecem ter 
receio de que eu, por estar escrevendo em jornal, faça o que 
se chama de concessões. E muitas disseram: “Seja você 
mesma.” 
Um dia desses, ao ouvir um “seja você mesma”, de 
repente senti-me entre perplexa e desamparada. É que 
também de repente me vieram então perguntas terríveis: 
quem sou eu? como sou? o que ser? quem sou realmente? 
e eu sou? Mas eram perguntas maiores do que eu. 
(A descoberta do mundo, 1999.) 
 
10. Os trechos “por estar escrevendo em jornal” (1o 
parágrafo) e “ao ouvir um ‘seja você mesma’” (2o parágrafo) 
exprimem, respectivamente, circunstância de 
a) consequência e tempo. 
b) causa e condição. 
c) causa e tempo. 
d) finalidade e condição. 
e) consequência e finalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
________________________________________________ 
 
Gabarito 
 
1. e) 2. c) 
 
3. 
a) O pronome de segunda pessoa do plural “vos” refere-se 
ao leitor do texto. O pronome de terceira pessoa do plural 
“elas” retoma o substantivo “meninas”, que consta do título 
do poema. 
b) No poema, a primeira situação que se estabelece por meio 
da partícula “ou” é a de ousadia, reveladora de um desejo de 
transgressão, de ruptura com as convenções de toda a 
ordem (sociais, morais, religiosas, de gênero). A segunda 
situação, a de “lustrar pecados”, pode ser entendida como 
uma contenção desse desejo ousado. No título (“Atrás dos 
olhos das meninas sérias”), há essa ambiguidade entre o 
desejo escondido, reprimido de ousadia e a aparência séria, 
conivente com o estereótipo presumido pela moral 
conservadora. 
 
4. a) 
 
5. 
No primeiro caso, há crase, pois, temos a presença da 
preposição exigida pelo verbo “dedicar-se” (dedica-se a algo) 
e a presença do artigo feminino diante de “especulação”. No 
segundo, temos a preposição (submete-se a algo), porém 
não há artigo. Se houvesse seria no plural “as”, gerando “às”. 
A terceira lacuna deve ser preenchida também apenas por 
uma preposição, uma vez que diante de um pronome pessoal 
não é possível incluir um artigo. Já na última lacuna, há a 
locução prepositiva “quanto a” + o artigo “as” diante de 
intenções. 
 
6. c) 7. e) 
 
8. b) 9. c) 
 
10. c)

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