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PORTUGUÊS
C3_3ANO_CONV_LILAS_TEORIA_EXERC_2020_PORT_GK 03/03/2020 16:21 Página I
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1. (UNIV. EST. DE GOIÁS) – Reescreva os textos abai xo, retirados
de obras indicadas para leitura, subs tituindo as formas verbais
destacadas pelas que são apresentadas entre parênteses, fazendo as
adaptações necessárias:
a) “Se fosse agora, ainda pegaria o seriado, mas per deria metade do
filme.” (pegará)
(Luiz Vilela)
RESOLUÇÃO: 
Se for agora... pegará... perderá... 
b) “Eu sabia que ele esperava que eu olhasse pra ele e dissesse
alguma coisa.” (espera)
(Luiz Vilela)
RESOLUÇÃO: 
Eu sei que espera que eu olhe para ele e diga alguma coisa.
c) “Não se passa um só dia em que se não tenha de lamentar alguma
travessura desse moço.” (passava)
(Martins Pena)
RESOLUÇÃO: 
Não se passava... tivesse de lamentar...
d) “A perda de consciência era instantânea e, se o aço penetrasse os
oito centímetros apropriados, a morte ocorreria em dois
segundos.” (é)
(Rubem Fonseca)
RESOLUÇÃO: 
A perda de consciência é.... penetrar... ocorrerá.
Na construção de períodos compostos por subor dinação com orações
subordinadas adverbiais condi cionais, finais e concessivas, é preciso
observar a correlação correta dos tempos verbais.
Examine os quadros seguintes.
Observação:
As conjunções finais ainda permi tem, dependendo do contexto, correla -
cionar o pre térito perfeito do indicativo com o presente do subjuntivo.
Exemplo:
Enviamos a correspondência ontem para que (a fim de que) ele a
receba amanhã.
oração principal
oração iniciada com as conjunções 
condicionais se, salvo se
presente do indicativo (vou) –
usado na lin guagem co loquial
futuro do subjuntivo (for)
futuro do presente do 
indi cativo (irei)
futuro do subjuntivo (for)
futuro do pretérito do 
indi cativo (iria)
imperfeito do subjun ti vo (fosse)
oração principal
oração iniciada com 
as conjunções condicionais 
caso, contanto que, 
des de que, a menos que
presente do indicativo (vou) –
usado na lin guagem co loquial
presente do subjuntivo (vá)
futuro do presente do indi cativo (irei) presente do subjuntivo (vá)
futuro do pretérito 
do indi cativo (iria)
imperfeito do 
subjun ti vo (fosse)
oração principal
oração iniciada com as
conjunções concessivas
embora, ainda que, se bem
que, conquanto e com as 
conjunções finais
presente do indicativo (vou) presente do subjuntivo (vá)
pretérito perfeito do indi cativo (fui) presente do subjuntivo (vá)
pretérito imperfeito do indi cativo
(ia)
imperfeito do subjun ti vo
(fosse)
futuro do presente do indi cativo (irei) presente do subjuntivo (vá)
futuro do pretérito do indi cativo
(iria)
imperfeito do subjunti vo
(fosse)
MÓDULO 19 Correlação verbal nas orações subordinadas
FRENTE 1Gramática
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Examine este anúncio de uma instituição financeira, cujo nome foi
substituído por X, para responder às questões 2 e 3.
(Valor Setorial, junho de 2014. Adaptado.)
2. (FUVEST) – Compare os diversos elementos que compõem o
anúncio e atenda ao que se pede.
a) Considerando o contexto do anúncio, existe alguma relação de
sentido entre a imagem e o slogan “É DIFERENTE QUANDO VOCÊ
CONHECE”? Explique.
RESOLUÇÃO:
Sim, existe. A relação de sentido encontra-se no fato de que a
pegada do sapato indica que a instituição bancária está presente
no campo de soja e assim conhece o negócio do seu cliente. Daí o
slogan: “É diferente quando você conhece”.
b) A inclusão, no anúncio, dos ícones e algarismos que prece dem o
texto escrito tem alguma finalidade comunicativa? Explique.
RESOLUÇÃO:
Sim. Tais ícones e algarismos indicam latitude e longitude,
referentes à localização exata onde o cliente está estabelecido.
Com isso, a instituição financeira demonstra ter ciência das
atividades comerciais de seus clientes.
3. (FUVEST) – Com base na parte escrita do anúncio, responda.
a) Qual é a relação temporal que se estabelece entre os ver bos
“conhecer”, “oferecer”, “proporcionar” e “alcançar”? Explique.
RESOLUÇÃO:
O verbo “conhecer” indica tempo anterior aos outros verbos,
porque é imprescindível que “o primeiro passo” seja “conhecer”
os clientes.
“Oferecer” e “proporcionar” indicam tempo simultâneo e
posterior a “conhecer”, visto que ambos se referem ao serviço a
ser proporcionado pela empresa. O verbo “alcançar” se refere aos
resultados que serão obtidos pelo cliente que utilizar a instituição
do anúncio.
b) Complete a frase impressa na página de resposta, flexionando de
forma adequada os verbos “oferecer”, “proporcionar” e
“alcançar”.
RESOLUÇÃO:
Conhecer pronfundamente os negócios de nossos clientes é só o
primeiro passo que permite que ofereçamos sempre respostas
mais rápidas, proporcionemos decisões mais assertivas e
alcancemos melhores resultados.
Para manter a correlação verbal, é necessário que os verbos das
lacunas estejam no presente do subjuntivo, indicando
possibilidade, em função da forma verbal “permite” (presente do
indicativo) da oração anterior.
Conhecer profundamente os negócios de nossos clientes é só
o primeiro passo que permite que ___________________________
sempre respostas mais rápidas, ___________________________
decisões mais assertivas e _______________________________
melhores resultados.
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4. (Santa Casa-2018)
a) “Temos dúvidas, ficamos cheios de perplexidade e somos tomados
pela insegurança.”
Reescreva o trecho, selecionando uma conjunção adequada, de
modo que, no período resultante, a última oração expresse uma
consequência. Faça ajustes, se necessário.
RESOLUÇÃO:
Temos dúvidas, ficamos tão cheios de perplexidade que somos
tomados pela insegurança.
b) “O espanto e a admiração nos fazem querer saber o que não
sabemos e criam o desejo de superar a incerteza.”
Reescreva o trecho, selecionando uma conjunção adequada, de
modo que, no período resultante, a oração centrada no verbo
“criar” expresse uma finalidade. Faça ajustes, se necessário.
RESOLUÇÃO:
O espanto e a admiração nos fazem saber o que não sabemos, a
fim de criarmos o desejo de superar a incerteza.
Ou:
O espanto e a admiração nos fazem saber o que não sabemos,
para que criemos o desejo de superar a incerteza.
Ou:
O espanto e a admiração nos fazem saber o que não sabemos,
para criar o desejo de superar a incerteza.
5. (ESPM) – Em sua coluna diária no jornal Folha de S.Paulo, o escritor
e ensaísta Carlos Heitor Cony comenta sobre o fato de a ci da de do Rio
de Janeiro possuir duas datas de aniversário: 20 de janeiro e 1.o de
março. E afirma:
A forma verbal destacada
a) traduz ideia de condição e equivale ao pretérito mais-que-perfeito
composto tinha havido.
b) traduz ideia de condição e equivale ao pretérito imperfeito do
subjuntivo houvesse.
c) traduz ideia de desejo e equivale ao presente do subjuntivo haja.
d) traduz ideia de concessão e equivale ao futuro do subjuntivo
houver.
e) traduz ideia de concessão e equivale ao pretérito imperfeito do
subjuntivo houvesse.
Resposta: B
6. (FUVEST) – Considerando a necessidade de cor relação entre
tempos e modos verbais, assinale a alternativa em que ela foge às
normas da língua escrita padrão.
a) A redação de um documento exige que a pessoa conheça uma
fraseologia complexa e arcaizante. 
b) Para alguns professores, o ensino de língua portu guesa será sem -
pre melhor, se houver o domínio das regras de sintaxe.
c) O ensino de Português tornou-se mais dinâmico depois que textos
de autores modernos foram introduzidos no currículo.
d) O ensino de Português já sofrera profundas modi ficações, quando
se organizou um Simpósio Nacio nal para discutir o assunto.
e) Não fora coerção exercida pelos defensores do purismo lin guístico,
todos teremos liberdade de expressão.
RESOLUÇÃO: Observar que fora foi empregado no lugar de fosse,
o que está correto. Essa correlação é clássicae pode ser
encontrada em Camões. Resposta: E (teríamos)
Como carioca radical e livre (estão em moda os radicais livres),
gosto de comemorar as duas datas como se fossem uma só – e
mais houvera pretexto, mais comemoraria.
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Aplicações
1. (FUVEST) – A única frase em que as formas verbais estão cor -
retamente empregadas é:
a) Especialistas temem que órgãos de outras espécies podem trans -
mitir vírus perigosos.
b) Além disso, mesmo que for adotado algum tipo de ajuste fiscal
imediato, o Brasil ainda estará muito longe de tornar-se um par -
ticipante ativo do jogo mundial.
c) O primeiro-ministro e o presidente devem ser do mesmo partido,
embora nenhum fará a sociedade em que eu acredito.
d) A inteligência é como um tigre solto pela casa e só não causará
problema se o suprir de carne e o manter na jaula.
e) O nome secreto de Deus era o princípio ativo da criação, mas dizê-lo
por completo equivalia a um sacrilégio, ao pecado de saber mais
do que nos convinha.
RESOLUÇÃO
Os erros são: em a, podem por possam; em b, for por seja; em c, fará
por faça ou venha a fazer; em d, manter por mantiver. Resposta: E 
2. (FUVEST) – A única frase em que a correlação de tempos e
modos não foi corretamente observada é:
a) Segundo os Correios, se a greve terminar amanhã, as entregas
serão normalizadas em 13 dias. 
b) Para que o agricultor não se limitasse aos recursos oficiais, as fá -
bricas também criaram suas próprias linhas de crédito.
c) Um dos seus projetos de lei exigia que os profes sores e servidores
das universidades fizes sem exa mes antidoping.
d) Na discussão do projeto, o deputado duvidou que o colega era o
autor da emenda.
e) A Câmara Municipal aprovou a lei que concede descontos a multas
e juros que estão em atraso.
RESOLUÇÃO
Não ocorre a necessária correlação modo-temporal em "...o deputado
duvidou que o colega era o autor da emenda." O pretérito perfeito do
indicativo na oração principal deve correlacionar-se com o pretérito
imperfeito do subjuntivo: em lugar de era, deveria usar-se fosse.
Resposta: D
Texto para a questão 3.
3. (FUVEST) – A correlação de tempos que, nesse texto, se verifica
entre as formas verbais existia, descortinassem e comentasse,
mantém-se apenas em:
a) não existe; não descortinem; não comente.
b) não existiu; não teriam descortinado; não teria comentado.
c) não existira; não tinham descortinado; não tinha comen tado.
d) não existirá; não tiverem descortinado; não tiver comen tado.
e) não existiria; não descortinavam; não comentava.
RESOLUÇÃO
Os verbos estão todos no tempo imperfeito, alternando-se os modos
indicativo (existia) e subjuntivo (descortina s sem, comen tasse). Por -
tanto, os tempos são conco mitantes e a alter nância de modos
exprime ou reali da de (indicativo) ou possibilidade, supo sição
(subjuntivo). Se transpuséssemos o relato em questão para o
presente, os modos se alternariam da mesma maneira, como ocorre
na alternativa a. Resposta: A
4. (UFSCar-virtual) – Assinale a alternativa que completa
corretamente a frase – A lei demorará para ser implementada
a) se medidas urgentes não serem tomadas e a comunidade não
inter vier rapidamente.
b) se medidas urgentes não forem tomadas e a comunidade não
inter vier rapidamente.
c) se medidas urgentes não serem tomadas e a comunidade não
inter vir rapidamente.
d) se medidas urgentes não forem tomadas e a comunidade não
inter vierem rapidamente.
e) se medidas urgentes não forem tomadas e a comunidade não
inter visse rapidamente. Resposta: B
5. (FUVEST) – Assinale a alternativa em que a cor relação de tempos
e modos verbais não é adequada ao contexto.
a) Ainda aparecerá no Congresso alguém disposto a apresentar um
projeto que fixe consequências para aqueles que enganem a
sociedade.
b) Tudo leva a crer que, nesses cruzamentos de culturas, a situação
das áreas coloniais apresente um convívio de extremos.
c) Não há dúvida de que, nos traumas sociais, os sujeitos da cultura
popular sofrem abalos graves.
d) More alguém nos bairros pobres da periferia de uma cidade grande
e verá no que resultou essa condição do migrante.
e) A sua conduta será de inconformismo e violência, até que um dia
certas condições poderiam reconstituir sua vida familiar.
RESOLUÇÃO
(possam) Resposta: E
Texto para a questão 6.
6. (FUVEST-transferência) – Alterando-se os tempos verbais do
parágrafo acima, estará correta a seguinte articulação entre eles:
a) quando eu fosse chamado – que podia afirmar – talvez me ocorrerá
b) quando eu vier a ser chamado – que pudesse afirmar – talvez me
ocorra
c) se eu fora chamado – que posso afirmar – talvez me ocorra
d) quando eu fosse chamado – que poderia afirmar – talvez me
ocorresse
e) se eu fora chamado – que poderei afirmar – talvez me ocorre
Resposta: D
As duas manas Lousadas! Secas, escuras e gárrulas como
cigarras, desde longos anos, em Oliveira, eram elas as esqua dri nha -
doras de todas as vidas, as espalhadoras de todas as male di cências,
as tecedeiras de todas as intrigas. E na desditosa cidade, não existia
nódoa, pecha, bule rachado, coração dorido, algibeira arrasada,
janela entreaberta, poeira a um canto, vulto a uma esquina, bolo
encomendado nas Matildes, que seus olhinhos fu rantes de
azeviche sujo não descortinassem e que sua solta língua, entre os
dentes ralos, não comentasse com malícia estridente.
(Eça de Queirós, A Ilustre Casa de Ramires)
Um dia, quando eu for chamado a dar testemunho sobre a
minha jornada na face da terra, que poderei afirmar sobre os
homens e as coisas do meu tempo? Talvez me ocorra apenas isto,
no meio de tantas fatigadas lembranças: “cascas de barba timão
secando ao sol”.
(Rubem Braga)
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1. As orações a seguir são reduzidas de infinitivo, gerúndio ou par ti -
cí pio. Desenvolva-as e, para tanto, utilize as conjunções ou os prono -
mes relativos ade qua dos, conjugando os verbos no modo indicativo ou
no subjuntivo.
a) Convém abrir todas as janelas. 
b) Tenho a impressão de estarmos sendo enganados.
c) Sinto uma grande felicidade invadir meu coração.
d) “Responsabilizando qualquer deles, meu pai me esqueceria.”
(Graciliano Ramos)
Resumindo:
RESOLUÇÃO:
Convém que se abram todas as janelas.
(O. S. S. Subjetiva)
RESOLUÇÃO:
Tenho a impressão de que estamos sendo enganados.
(O. S. S. Completiva Nominal)
RESOLUÇÃO:
Sinto que uma grande felicidade invade meu coração.
(O. S. S. Objetiva Direta)
RESOLUÇÃO:
Se (ou caso) responsabilizasse qualquer deles, meu pai me es -
que ceria.
(O. S. Adverbial Condicional)
Orações Desenvolvidas Orações Reduzidas
são iniciadas por con -
junção ou pronome re -
la tivo (conectivos);
não são iniciadas por
conjunção ou pronome
relativo;
apresentam verbo 
fle xio nado.
apresentam verbo nu ma 
forma nominal.
ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA REDUZIDA
apresenta verbo no infinitivo pessoal ou impessoal.
ORAÇÃO SUBORDINADA
ADJETIVA REDUZIDA
apresenta verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio.
ORAÇÃO SUBORDINADA
ADVERBIAL REDUZIDA
apresenta verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio.
O indicativo, o subjuntivo e o imperativo cons tituem as
formas modais do verbo, isto é, indicam os diferentes modos
de um fato reali zar-se.
As formas nominais do verbo – infinitivo (pes soal e impes -
soal), gerúndio e particípio –, como o próprio nome indica,
além de terem valor verbal, podem ter a função de nomes
(subs tantivo ou adjetivo).
Exemplos:
É proibido entrar.
É proibida a entrada.
(O infinitivo entrar tem a mesma função do subs tantivo “a
entrada”, ou seja, de sujeito de “é proibido”.)
Ela desenhou um mapa abrangendo tudo.
Ela desenhou um mapa abrangente de tudo.
(O gerúndio abrangendo tem a mesma função do adjetivo
“abrangente”, ou seja, de adjunto adnominal de “mapa”.)
Concluída a tarefa, dedicou-se a outras atividades.
Pronta a tarefa, dedicou-se a outras atividades.(O particípio concluída tem a mesma função do adje tivo
“pronta”.)
As formas nominais, sozinhas, não exprimem nem o tempo
nem o modo. Seu valor temporal e modal sem pre depende
da frase em que aparecem.
MÓDULO 20 Orações reduzidas
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2. Reduza as orações sublinhadas, empregando infi ni tivo (pessoal
ou impessoal), gerúndio ou particípio. Em alguns casos, mais de uma
construção é possível. Consulte os quadros, se necessário.
a) Quando concluiu o mestrado, o professor passou a lecionar em
universidades.
b) Como queria reconhecimento, abandonou o cargo.
3. (UNIFESP-2018) – “De acordo com essa teoria, não cabia aos
homens modificar a ordem social.” (1.° parágrafo)
O trecho destacado exerce a função sintática de
a) objeto indireto.
b) objeto direto.
c) adjunto adnominal.
d) sujeito.
e) adjunto adverbial.
RESOLUÇÃO:
A oração “modificar a ordem social” funciona como sujeito
(oração subordinada substantiva subjetiva) da principal. Assim o
trecho poderia ser reescrito da seguinte forma: “De acordo com
essa teoria, modificar a ordem social não cabia aos homens”.
Resposta: D
Texto para a questão 4.
4. (2016) – A coesão textual é responsável por
estabelecer relações entre as partes do texto.
Analisando o trecho “Acontecendo de o cientista
provocar um dano em um local específico no cérebro”, verifica-se que
ele estabelece com a oração seguinte uma relação de
a) finalidade, porque os danos causados ao cérebro têm por finalidade
provocar a falta de vocalização dos ratos.
b) oposição, visto que o dano causado em um local específico no
cérebro é contrário à vocalização dos ratos.
c) condição, pois é preciso que se tenha lesão específica no cérebro
para que não haja vocalização dos ratos.
d) consequência, uma vez que o motivo de não haver mais vocalização
dos ratos é o dano causado no cérebro.
e) proporção, já que a medida que se lesiona o cérebro não é mais
possível que haja vocalização dos ratos.
RESOLUÇÃO: 
A oração reduzida de gerúndio indica condição: Se o cientista
provocar um dano no cérebro de um rato, ele deixará de produzir
vocalizações ultrassônicas.
Resposta: C
RESOLUÇÃO:
Concluindo o mestrado, ...
Concluído o mestrado, ...
Ao concluir o mestrado, ...
(O. S. Adverbial Temporal)
RESOLUÇÃO:
Querendo reconhecimento, abandonou o cargo.
(O. Subordinada Adverbial Causal Reduzida de Gerúndio)
Por querer reconhecimento, abandonou o cargo.
(O. Subordinada Adverbial Causal Reduzida de Infinitivo)
O senso comum é que só os seres humanos são capazes de rir.
Isso não é verdade?
Não. O riso básico – o da brincadeira, da diversão, da expressão
física do riso, do movimento da face e da vocalização – nós
compartilhamos com diversos animais. Em ratos, já foram
observadas vocalizações ultrassôni cas – que nós não somos
capazes de perceber – e que eles emitem quando estão brincando
de “rolar no chão”. Acontecendo de o cientista provocar um dano
em um local específico no cérebro, o rato deixa de fazer essa
vocalização e a brincadeira vira briga séria. Sem o riso, o outro pensa
que está sendo atacado. O que nos diferencia dos animais é que não
temos apenas esse mecanismo básico. Temos um outro mais
evoluído. Os animais têm o senso de brincadeira, como nós, mas
não têm senso de humor. O córtex, a parte superficial do cérebro
deles, não é tão evoluído como o nosso. Temos mecanismos
corticais que nos permitem, por exemplo, interpretar uma piada.
Disponível em: http://globonews.globo.com. 
Acesso em: 31 maio 2012 (adaptado).
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Leia a crônica de Clarice Lispector, publicada no Jornal do Brasil em 29 de
março de 1969, para responder às questões 5 e 6.
5. (FAMERP-2019) – “A sugestão “seja você mesma” deixou a
autora “perplexa e desamparada” porque
a) mostrou que seus leitores não eram capazes de compreender o que
ela queria expressar em seus textos.
b) fez com que ela percebesse que não sabia como ser, no jornal, uma
escritora tão boa quanto nos livros. 
c) provocou questionamentos de ordem existencial, para os quais não
encontrou resposta.
d) levou-a a se perguntar se seria capaz de evitar as temidas concessões
ao escrever para o jornal.
e) gerou dúvidas quanto à sua identidade, pois se viu dividida em duas
escritoras com estilos antagônicos.
6. (FAMERP-2019) – “Os trechos “por estar escrevendo em jornal”
(1o parágrafo) e “ao ouvir um ‘seja você mesma’” (2o parágrafo) expri -
mem, respectivamente, circunstância de
a) consequência e tempo.
b) causa e condição.
c) causa e tempo.
d) finalidade e condição.
e) consequência e finalidade.
Texto para a questão 7.
7. (FUVEST)
a) Considerando o que o texto conceitua, explique bre vemente qual a
diferença essencial entre a percepção do contrário e o sen ti mento
do contrário.
b) Ao se perceber que aquela senhora velha é o oposto do que uma
respeitável velha senhora deveria ser, produz-se o riso (...).
Sem prejuízo para o sentido do trecho acima, rees creva-o, substi -
tuindo se perceber e produz-se por formas verbais cujo sujeito seja
nós e é o oposto por não corresponde. Faça as adaptações neces -
sárias.
Para Pirandello, o cômico nasce de uma “percepção do con trá -
 rio”, como no famoso exemplo de uma velha já decrépita que se
cobre de maquiagem, veste-se como uma moça e pinta os cabelos.
Ao se perceber que aquela senhora velha é o oposto do que uma
respeitável velha senhora deveria ser, produz-se o riso, que nasce da
ruptura das expectativas, mas sobretudo do sentimento de
superioridade. A “per cep ção do contrário” pode, porém, transfor -
mar-se num “sentimento do contrário” — quando aquele que ri pro -
cura entender as razões pelas quais a velha se mascara, na ilusão de
reconquistar a juventude perdida. Nesse passo, a velha da anedota
não mais está distante do sujeito que percebe, porque este pensa
que também poderia estar no lugar da velha — e seu riso se mistura
com a compreensão piedosa e se transforma num sorriso. Para
passar da atitude cômica para a atitude humorística, é pre ci so
renunciar ao distanciamento e ao sentimento de superioridade.
(Adaptado de Elias Thomé Saliba, Raízes do riso)
RESOLUÇÃO: 
A diferença essencial entre percepção do contrário e sentimento
do contrário é que a primeira expres são sugere a ideia de
distanciamento e superioridade do observador da ce na cômica, e
a segunda remete à identificação e à com paixão do observador,
que ge ram humor e não pro pria mente comicidade.
RESOLUÇÃO: 
Ao percebermos que aquela senhora velha não cor responde ao
que uma respeitável velha senhora deveria ser, produzimos o riso
(rimos).
Perguntas grandes
Pessoas que são leitoras de meus livros parecem ter receio de
que eu, por estar escrevendo em jornal, faça o que se chama de
concessões. E muitas disseram: “Seja você mesma.”
Um dia desses, ao ouvir um “seja você mesma”, de repente
senti-me entre perplexa e desamparada. É que também de repente
me vieram então perguntas terríveis: quem sou eu? como sou? o
que ser? quem sou realmente? e eu sou?
Mas eram perguntas maiores do que eu.
(A descoberta do mundo, 1999.)
RESOLUÇÃO: 
Clarice Lispector começou a questionar a própria existência, não
encontrando resposta satisfatória, depois que seus leitores
pediram para que essa autora fosse ela mesma, sem fazer
concessões literárias ao escrever para a imprensa.
Resposta: C
RESOLUÇÃO: 
A oração “por estar escrevendo em jornal” é subordinada
adverbial reduzida de infinito e exprime circunstância de causa
em relação à principal “o que se chama”. No segundo parágrafo,
há circunstância de tempo na oração subordinada adverbial
reduzida de infinito.
Resposta: C
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Aplicações
Texto para o teste 1.
1. O texto acima possui elementos coesivos que
promo vem sua manutenção temática. A partir
dessa perspectiva, conclui-se quea) a palavra mas, na linha 3, contradiz a afirmação inicial do texto:
linhas 1, 2 e 3.
b) a palavra embora, na linha 5, introduz uma explicação que não
encontra complemento no restante do texto.
c) as expressões: consequências calamitosas, na linhas 2 e 3, e
efeitos incalculáveis, na linha 8, reforçam a ideia que perpassa o
texto sobre o perigo do efeito estufa.
d) o uso da palavra cientistas, na linha 4, é desnecessário para dar
cre di bilidade ao texto, uma vez que se fala em estudo no título do
texto.
e) a palavra gás, na linha 7, refere-se a combustíveis fósseis e quei -
madas, na linha 2, reforçando a ideia de catástrofe.
Resposta: C
Texto para os testes 2 e 3.
2. (UFSCar) – No texto apresentado, Saint-Exupéry defende
a) o esclarecimento das tarefas a serem realizadas.
b) a posição de que aquele que manda não precisa saber fazer.
c) a delegação de tarefas, sem demasiadas expli ca ções.
d) a motivação das pessoas para fazer seu trabalho.
e) o planejamento estratégico na elaboração de um trabalho.
RESOLUÇÃO
Ao falar antes sobre a grandeza e a imensidão do mar, procura-se
estimular as pessoas a se inte ressarem pe la cons trução do navio.
Resposta: D
3. (UFSCar) – Uma outra versão do início do texto, mantendo seu
sentido original, é:
a) Querendo construir um navio...
b) Construído um navio...
c) À medida que construir um navio...
d) Por querer construir um navio...
e) Ainda que queira construir um navio...
RESOLUÇÃO
Em “querendo construir um navio...”, ocorre circuns tância de
condição, idêntica à oração subordinada ad verbial condicional: “Se
você quer construir um navio...”.
Resposta: A
4. (PUC) – Assinale a opção em que a oração sublinhada é uma ora -
ção adverbial com valor de consequência.
a) A psiquiatria tem repensado a noção de cura, sem que obtenha
resultados mais eficazes.
b) A psiquiatria tem repensado a noção de cura, para obter re sul tados
mais eficazes.
c) A psiquiatria tem repensado a noção de cura, obtendo, assim,
resultados mais eficazes.
d) Como a psiquiatria tem repensado a noção de cura, tem obtido
melhores resultados.
e) Sempre que a psiquiatria repensa a noção de cura, obtém re sul -
tados mais eficazes. 
Resposta: C
Texto para a questão 5.
5. A primeira oração aparece modificada, sem prejuízo do sentido,
em:
a) Ao ser cada homem uma redução de Humanitas [...].
b) A fim de ser cada homem uma redução de Humanitas [...].
c) Por ser cada homem uma redução de Humanitas [...].
d) Mesmo sendo cada homem uma redução de Humanitas [...].
e) Se for cada homem uma redução de Humanitas [...].
RESOLUÇÃO
A primeira oração indica circunstância de causa, como a oração da
alternativa c. Em a, a circunstância é de tempo; em b, finalidade;
em d, concessão; em e, condição.
Resposta: C
Se você quer construir um navio, não peça às pessoas que
consigam madeira, não dê a elas tarefas e trabalhos. Fale, antes, a
elas, longamente, sobre a grandeza e a imensidão do mar.
(Saint-Exupéry)
Aumento do efeito estufa ameaça plantas, diz estudo
O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante do
uso de combustíveis fósseis e das queimadas, pode ter conse -
quên cias calamitosas para o clima mundial, mas também pode
afetar diretamente o crescimento das plantas. Cientistas da
Universidade de Basel, na Suíça, mostram que, embora o
dióxido de carbono seja essencial para o crescimento dos
vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde
das plantas e têm efeitos incalculáveis na agricultura de vários
países. 
(O Estado de S. Paulo, 20/9/1992)
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Sendo cada homem uma redução de Humanitas, é claro que
nenhum homem é fundamentalmente oposto a outro homem,
quaisquer que sejam as aparências contrárias.
(Machado de Assis, 
Memórias Póstumas de Brás Cubas)
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Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem as
poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas não
forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que prejudique a
eufonia da frase.
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia
da frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso
do pronome antes do verbo – próclise. No entanto, há
casos em que a norma culta prescreve o emprego do
pronome no meio – mesó clise – ou após o verbo – ênclise.
De acordo com a norma culta, no português escrito não se
inicia um período com pronome oblíquo átono. Assim,
se na linguagem falada diz-se Me encontrei com ele, na
linguagem escrita, formal, usa-se Encontrei-me com ele.
CASOS DE PRÓCLISE
Palavra de sentido negativo
Não me falou a verdade.
Advérbios sem pausa em relação ao verbo
Aqui te espero pacientemente.
Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise.
Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
Pronomes indefinidos
Ninguém o chamou aqui.
Pronomes demonstrativos
Aquilo lhe desagrada.
Orações interrogativas
Quem lhe disse tal coisa?
Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito
anteposto ao verbo
Deus lhe pague, Senhor!
Orações exclamativas
Quanta honra nos dá sua visita!
Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde
que não sejam reduzidas.
Percebia que o observavam.
Este é o homem que te procura.
Caso me ausente, cuide dos nossos negócios.
Verbo no gerúndio, regido de preposição em.
Em se plantando, tudo dá.
Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição.
Seus intentos são para nos prejudicarem.
CASOS DE ÊNCLISE
Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro
do indicativo.
Trago-te flores.
CASOS DE MESÓCLISE
É obrigatória somente com verbos no futuro do presente
ou no futuro do pretérito que iniciam a oração.
Dir-lhe-ei toda a verdade.
Far-me-ias um favor?
Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de
qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
Eu lhe direi toda a verdade.
Tu me farias um favor?
Verbo no imperativo afirmativo
Amigos, digam-me a verdade!
Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela
preposição em. 
Saí, deixando-a aflita.
Verbo no infinitivo impessoal regido da prepo sição a. Com
outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise.
Apressei-me a convidá-los.
Estava para dizer-lhe a verdade. /
Estava para lhe dizer a verdade.
COLOCAÇÃO DO PRONOME ÁTONO NAS
LOCUÇÕES VERBAIS
Verbo principal no infinitivo ou gerúndio
Se a locução verbal não vier precedida de um fator de
próclise, o pronome átono deverá ficar depois do auxiliar
ou depois do verbo principal.
Devo-lhe dizer a verdade.
Devo dizer-lhe a verdade.
Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar
antes do auxiliar ou depois do principal.
Não lhe devo dizer a verdade.
Não devo dizer-lhe a verdade.
Verbo principal no particípio
Se não houver fator de próclise, o pronome átono ficará
depois do auxiliar.
Havia-lhe dito a verdade.
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes
do auxiliar.
Não lhe havia dito a verdade.
Haver de e ter de + infinitivo
Pronome átono deve ficar depois do infinitivo.
Hei de dizer-lhe a verdade.
Tenho de dizer-lhe a verdade.
Observação
Não se deve omitir o hífen nas seguintes cons truções:
Devo-lhe dizer tudo.
Estava-lhe dizendo tudo.
Havia-lhe dito tudo.
MÓDULO 21 Sintaxe de colocação – Colocação pronominal
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1. (UNISAL) – A gramática normativa determina que os pronomes
oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, se, nos, vos) apareçam antes do
verbo quando houver palavras negativas, advérbios, conjunções
subordi nativas, prono mes relativos, indefinidos ou demons tra tivos
antes dele. Verifique a aplicação dessa regra nas frases seguintes:
I. Luís jamais me olhou de novo.
II. Nós esperávamos que nos dissessem toda a ver dade. 
III. Agora escute-me, por favor.
IV. Avisaram-me sobre o acidente.
Estão corretas, segundo a gramática normativa, as frases:
a) I e IV. b) I, II, III e IV. c) I, II e IV.
d) I,II e III. e) III e IV.
2. (FGV) – Assinale a alternativa em que a posição dos pro nomes áto -
nos, na frase, está de acordo com a norma-padrão do português escrito.
a) A respeitosa atitude de todos e a deferência universal que cerca vam-no...
b) As obscuras determinações das coisas acertadamente o haviam
erguido até ali.
c) Ele julgava-se e só o que parecia-lhe grande entrava nesse julga mento.
d) ... uma chusma de sentimentos atinentes a si mesmo que quase
falavam-lhe.
e) As obscuras determinações das coisas, acertadamente, mais alto
levariam-no.
RESOLUÇÃO:
Nas demais alternativas há ênclises indevidas: em a e c porque os
verbos são antecedidos por pronomes relativos; em d porque
antes vem um advérbio; em e porque se trata de futuro do
pretérito. 
Resposta: B
3. (FGV) – Assinale a alternativa correta quanto à colocação pro no -
minal e à pontuação.
a) Falou-lhe com bondade, minha mãe, mas ele não atendia a coisa
nenhuma, repetindo: “Já disse que mato-me!”
b) Falou-lhe, com bondade, minha mãe, mas ele não atendia a coisa
nenhuma, repetindo: “Já disse que me mato!”
c) Falou-lhe, com bondade, minha mãe, mas ele não atendia a coisa
nenhuma, repetindo: “Já disse que mato-me!”
d) Lhe falou, com bondade minha mãe, mas ele não atendia a coisa
nenhuma, repetindo: “Já disse que mato-me!”
e) Lhe falou com bondade minha mãe, mas ele não atendia a coisa
nenhuma, repetindo: “Já disse que me mato!” 
RESOLUÇÃO: 
De acordo com a norma culta, não se inicia período com pronome
oblíquo átono, daí “Falou-lhe”. Em “Já disse que me mato”, o
pronome “me” proclítico está corretamente colo ca do. Na
alternativa b, as vírgulas foram empregadas corretamente para:
(1) destacar o adjunto adverbial (“com bondade”) no meio da
primeira oração; (2) separar a oração coordenada assindética
(“Falou-lhe... minha mãe”) da coordenada sindética adversativa
(“mas ele não atendia...”); (3) separar a oração reduzida de
gerúndio (“repetindo...”). 
Resposta: B
4. (ESPM) – A colocação pronominal foge ao que se recomenda para
o padrão culto em: 
a) Não se sabia ao certo, sem os resultados da pesquisa, quantos
beneficiariam-se com a distribuição de alimentos. 
b) Tratava-se de um procedimento normal, informou a secretária, pois
a dispensa de funcionários decorria da queda de arrecadação. 
c) Quem se dispuser a trabalhar em benefício das pessoas carentes
da comunidade deve apresentar-se ao coordenador, amanhã cedo,
no Centro de Solidariedade.
d) Não houve quebradeira de empresas e de bancos, porque já se
sabia dos riscos de uma desvalorização e as companhias se
protegeram, comprando dólares.
e) Presumo que o erro foi causado pelo fato de muitos economistas
terem deduzido que a história se repete, e não foi o que se
observou, nesse caso.
5. (CEFET-MG) – A posição do pronome oblíquo destacado na frase
está de acordo com o que preconiza a norma padrão em:
a) “A velhice nos lembra da proximidade do fim (...)”
b) “Me sentirei honrada com o reconhecimento da minha força.”
c) “Quando chegar a minha hora, por favor, me chamem de velha.”
d) “(...) em um programa de TV, o entrevistador me perguntou sobre
a morte.”
e) “(...) se alguém me disser (...) que estou na ‘melhor idade’, vou
romper meu pacto pessoal de não violência.”
Resposta: E
6. (TOLEDO) – Para as questões seguintes, assinale:
A) quando somente a I estiver correta;
B) quando I e II estiverem corretas.
a) I. O gado ia finar-se, até os espinhos secariam.
II. O gado ia-se finar, até os espinhos secariam.
b) I. Compadre, eu não lhe quero dizer coisa alguma.
II. Compadre, eu não quero dizer-lhe coisa algu ma.
c) I. Preciso contar, senhor delegado, como se foi formando entre
nós esse espírito de briga.
II. Preciso contar, senhor delegado, como foi for mando-se entre
nós esse espírito de briga.
d) I. As visões da caatinga tinham-se dissipado.
II. As visões da caatinga tinham dissipado-se.
(Graciliano Ramos. Vidas secas. Ed. Martins, pp. 30, 36.)
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) B / B / A / A b) A / B / A / B c) B / B / B / A
d) A / A / A / B e) B / A / A / A 
RESOLUÇÃO: No item III, o correto é: Agora me escute...
Resposta: C
RESOLUÇÃO: Na passagem ...quantos beneficiariam-se... existe
um erro de colocação pronominal, porque o pronome interroga -
tivo quantos atrai o pronome se para antes do verbo, havendo
assim próclise: “...quantos se beneficiariam com...” 
Resposta: A
RESOLUÇÃO: A frase As visões da caatinga tinham dissipado-se
está er rada porque não se prende pronome oblíquo átono ao
parti cípio. Resposta: C
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7. (FGV) – O emprego e a colocação do prono me estão de acordo
com a norma culta na alternativa:
a) Trata-se, evidentemente, de material muito simples, mas muitos dos
que são alfabetizados não conse guem lê-lo, nem compreendê-lo.
b) Pensemos na desobediência, na heresia e nas seitas e em como o
conhecimento lhes introduziu no mundo.
c) Lembre-se das rodas dentadas da pobreza, da igno rância, da falta
de esperança e da baixa autoestima e de como usam-as para criar
um tipo de máquina do fracasso perpétuo.
d) Temos dilemas que nos perseguem e inteligências brilhantes, que
poderiam ajudar a solucionar eles rapida mente.
e) Existe a ideia de que a capacidade de ler, o conheci mento, os livros
e os jornais são potencialmente peri go sos; os tiranos e os
autocratas sempre compreenderam-na.
RESOLUÇÃO: Em lê-lo, compreendê-lo, houve fusão do pronome
oblí quo o, na função de objeto direto, com a terminação verbal (ler
+ o = lê-lo; compreender + o = compreendê-lo); em b, a forma
pronominal lhes deve ser trocada por as (introduziu-as); em c e e,
deve haver próclise (como as usam), (sempre a com preenderam);
em d, solucionar eles é variante popular; deveria ser regis trada a
forma solucioná-los. Resposta: A
8. (CEFET-MG) – A alteração na ordem da palavra em desta que
promoveu um desvio da norma-padrão, exceto em:
a) Já não se encolhe...
Já não encolhe-se...
b) ...as pessoas nunca se comunicaram tanto quanto na internet...
...as pessoas nunca comunicaram-se tanto quanto na internet...
c) ...que se abre de par em par, passando para o outro lado, e se
entregando...
...que se abre de par em par, passando para o outro lado, e en -
tregando-se...
d) ...a não ser por medo de sair à noite, pela insegurança que se alastra...
...a não ser por medo de sair à noite, pela insegurança que alastra-se...
e) Encontram-se, em bibliotecas monumentais como a do Congresso
americano...
Se encontram, em bibliotecas monumentais como a do Congresso
americano...
Resposta: C
9. (FGV) – Reescreva os trechos a seguir, extraídos e adaptados da
matéria Fabrique você mesmo (Época, 14.04.2014), adequando-os à
norma-padrão da língua portuguesa, considerando as informações
entre parênteses.
a) A evolução que trouxe-nos das cavernas para o mundo conectado
pela internet foi uma sequência de eventos complexos, os quais se
valeram de um conserto de novas tecnologias e ideias. (Ortografia
e colocação pronominal)
RESOLUÇÃO:
A evolução que nos trouxe das cavernas para o mundo conectado
pela internet foi uma sequência de eventos complexos, os quais
se valeram de um concerto de novas tecnologias e ideias.
b) Com as tecnologias e ideias abriu-se um universo de possibilidades
foi assim com o arado que aumentou a produção agrícola gerou
excedentes e permitiu a criação de Estados e impérios (Pontuação)
RESOLUÇÃO:
Com as tecnologias e ideias, abriu-se um universo de
possibilidades. Foi assim com o arado, que aumentou a produção
agrícola, gerou excedentes e permitiu a criação de Estados e
impérios.
10. (FGV-2018-adaptado) – Com base na passagem “Alguns me
olham com um sor riso irônico, outros com ar respeitoso; pouco me
importa. Justifique a colocação dos pronomes destacados nas duas
primeiras ocorrências.
RESOLUÇÃO:
Os pronomes destacados estão em próclise devido à presença de
fatores de atração. Na primeira oração, o pronome indefinido“alguns” atrai o pronome oblíquo, assim como o advérbio de
intensidade “pouco” na segunda oração.
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As questões de 1 a 4 tomam por base uma passagem de uma palestra
de Amadeu Amaral (1875-1929) proferida em São Paulo, em 1914, e
uma charge de Dum.
(www.dumilustrador.blogspot.com)
1. (UNESP) – “Ele vê a árvore sob os aspectos da beleza e sob o
ângulo antropomórfico”
A quem o autor do texto atribui tal perspectiva? Identi fique os dois
pontos de vista inerentes a esta perspectiva, explicando-os. 
RESOLUÇÃO:
O autor atribui ao poeta a capacidade de observar tanto a
natureza de maneira objetiva, a partir de valores estéticos, como
também de forma subjetiva, conside rando o que ela representa
para o observador e para a humanidade. A natureza, nesse
sentido, ganha uma dimensão que transcende quais quer outras
representações meramente descritivas, já que se torna um
arquétipo, inerente à memória coletiva, incorporando os atributos
relativos à vida.
2. (UNESP) – “O botânico estuda-lhe o nascimento, o crescimento,
a reprodução, a nutrição, a morte”
Do ponto de vista sintático, que relação os termos sublinhados
estabelecem com o verbo? Do ponto de vista semântico, a organização
dos substantivos sublinhados aparenta seguir um determinado critério;
um desses substantivos, contudo, romperia tal organização. Identifique
qual seria esse critério e o substantivo que romperia sua organização.
RESOLUÇÃO:
Em relação ao verbo estudar, os termos “o nascimento, o
crescimento, a reprodução, a nutrição, a morte” funcionam como
complemento verbal, são o objeto direto composto.
Do ponto de vista semântico, os substantivos apresen tam uma
gradação em clímax que diz respeito ao ciclo de vida vegetal
observável visualmente: “o nasci men to”, “o crescimento”, “a
reprodução” [flores, frutos] e “a morte”. O substantivo que rompe
tal sequência é “a nutrição”, cujo processo é constante, mas não
visível a olho nu.
ÁRVORES E POETAS 
Para o botânico, a árvore é um vegetal de grande altura, composto
de raiz tronco e fronde subdividindo-se cada uma dessas partes numa
certa quantidade de elementos: – reduz-se tudo a um esquema. O
botânico estuda-lhe o nascimento, o crescimento, a reprodução, a
nutrição, a morte; descreve-a; classifica-a. Não lhe liga porém maior
importância do que aquela que empresta ao mais microscópico dos
fungos ou ao mais desinteressante dos cogumelos. O carvalho, com
toda a sua corpulência e toda a sua beleza, vale tanto como a relva que
lhe cresce à sombra ou a trepadeira desprezível e teimosa que lhe
enrosca os sarmentos1 colubrinos2 pelas rugosidades do caule. Por via
de regra vale até menos, porque as grandes espécies já dificilmente
deparam qualquer novidade. Para o jurista, a árvore é um bem de raiz,
um objeto de compra e venda e de outras relações de direito, assim
como a paisagem que a enquadra – são propriedades particulares, ou
terras devolutas E há muita gente a quem a vista de uma grande
árvore sugere apenas este grito de alma: – “Quanta lenha!...” 
O poeta é mais completo. Ele vê a árvore sob os aspectos da
beleza e sob o ângulo antropomórfico3: encara-a de pontos de vista
comuns à humanidade de todos os tempos. Vê-a na sua graça, na sua
força, na sua formosura, no seu colorido; sente tudo quanto ela
lembra, tudo quanto ela sugere, tudo quanto ela evoca, desde as
impressões mais espontâneas até as mais remotas, mais vagas e
mais indefiníveis. Dá-nos, assim, uma noção “humana”, direta e viva
da árvore, – pelo menos tão verdadeira quanto qualquer outra. 
(Letras Floridas, 1976.) 
1 sarmento: ramo delgado, flexfvel. 
2 colubrino: com forma de cobra, sinuoso. 
3 antropomórfico: descrito ou concebido sob forma humana ou com
atributos humanos.
MÓDULO 22 Estudos linguísticos – VII
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3. (UNESP) – De acordo com a concepção de Amadeu Amaral, qual
seria a diferença fundamental entre o ponto de vista do botânico e o
do poeta? Justifique sua resposta.
RESOLUÇÃO:
O ponto de vista do botânico subordina-se ao método científico,
que descreve e classifica os elementos da natureza, buscando
reduzir o processo analisado a um esquema ordenado dos
fenômenos conforme determi na das leis naturais. O ponto de vista
do poeta é subje tivo, pois ele projeta na natureza atributos
humanos, personificando-a para que ela revele sua magnifi cência
e ofereça uma dimensão “tão verdadeira quanto qualquer outra”,
embora ficcional. O botânico tem uma visão relativa, não vai além
do seu campo de conhecimento, enquanto o poeta tem uma visão
ampla, incorporando à natureza múltiplos significados.
4. (UNESP) – Qual a intenção da personagem da charge ao se valer
do argumento de que a floresta invadiu suas terras? Analise tal
argumento sob os pontos de vista lógico e ético.
RESOLUÇÃO:
A intenção da personagem é promover a adesão dos membros da
bancada ruralista à ideia do desmata mento florestal. O objetivo
desse grupo, conforme a charge, é lucrar com a expansão da
produção agrícola e da pecuária nas terras preservadas pelo
código florestal vigente. Para alcançar esse intento, o grupo
deseja um novo código que atenda a seus interesses. Os argu -
mentos do personagem, portanto, ferem a lógica, são infundados
e falaciosos. Além disso, a ética da sociedade é desrespeitada,
pois atualmente há uma grande preocupação mundial com a
preservação dos ecossistemas.
5. (2018)
Entre as estratégias argumentativas utilizadas para sustentar a tese
apresentada nesse fragmento, destaca-se a recorrência de 
a) estruturas sintáticas semelhantes, para reforçar a velocidade das
mudanças da vida. 
b) marcas de interlocução, para aproximar o leitor das experiências
vividas pela autora. 
c) formas verbais no presente, para exprimir reais possibilidades de
concretização das ações. 
d) construções de oposição, para enfatizar que as expectativas são
afetadas pelo inesperado. 
e) sequências descritivas, para promover a identificação do leitor com
as situações apresentadas. 
RESOLUÇÃO:
A estratégia argumentativa usada na construção desse texto é a
da contraposição entre a expectativa da realização do desejo e a
sua não concretização.
Resposta: D
ENQUANTO ISSO, NOS BASTIDORES DO UNIVERSO 
PVocê planeja passar um longo tempo em outro país, trabalhando
e estudando, mas o universo está preparando a chegada de um amor
daqueles de tirar o chão, um amor que fará você jogar fora seu atlas e
criar raízes no quintal como se fosse uma figueira. 
Você treina para a maratona mais desafiadora de todas, mas não
chegará com as duas pernas intactas na hora da largada, e a primeira
perplexidade será esta: a experiência da frustração. 
O universo nunca entrega o que promete. Aliás, ele nunca
prometeu nada, você é que escuta vozes. 
No dia em que você pensa que não tem nada a dizer para o
analista, faz a revelação mais bombástica dos seus dois anos de
terapia. O resultado de um exame de rotina coloca sua rotina de
cabeça para baixo. Você não imaginava que iriam tantos amigos à sua
festa, e tampouco imaginou que justo sua grande paixão não iria.
Quando achou que estava bela, não arrasou corações. Quando saiu
sem maquiagem e com uma camiseta puída, chamou a atenção. E
assim seguem os dias à prova de planejamento e contrariando nossas
vontades, pois, por mais que tenhamos ensaiado nossa fala e
estejamos preparados para a melhor cena, nos bastidores do universo
alguém troca nosso papel de última hora, tornando surpreendente a
nossa vida. 
(MEDEIROS. M. O Globo. 21 jun. 2015. )
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Leia o trecho extraído do artigo “Cosmologia, 100”, de Antonio
Augusto Passos Videira e Cássio Leite Vieira, para responder às
questões de 6 a 10.
6. (UNESP) – Ao escrever a seu colegadizendo que “o que produzira
o habilitaria a ser ‘internado em um hospício’” (3.° parágrafo), Einstein
reconhece, em relação ao artigo de 1917, seu caráter
a) irracional.
b) literário.
c) divertido.
d) confuso.
e) pioneiro.
RESOLUÇÃO:
Einstein reconhece, ao afirmar que poderia ser “internado em um
hospício”, que a teoria construída por ele seria de difícil aceitação
na época por apresentar um caráter inédito e distante da tradição
científica. A cosmologia de Einstein é, como afirma o texto, “um
ponto fora da reta”.
Resposta: E
7. (UNESP) – Em “Vou conduzir o leitor por uma estrada que eu
mesmo percorri, árdua e sinuosa.” (1.° parágrafo), o termo destacado
exerce a mesma função sintática do trecho destacado em:
a) “[...] o derradeiro traço alimentaria debates e traria
arrependimento a Einstein nas décadas seguintes.” (4.° parágrafo)
b) “Ela cita, por exemplo, a teoria da deriva dos continentes [...].”
(10.° parágrafo)
c) “[...] o cientista construiu (de modo muito visual) seu castelo
usando as ferramentas que ele havia forjado pouco antes [...].” 
(5.° parágrafo)
d) “Seguiu debilitado até o final daquela década.” (9.° parágrafo)
e) “Se deslocados de sua época, Einstein e sua cosmologia podem
ser facilmente vistos como um ponto fora da reta.” (10.° parágrafo)
RESOLUÇÃO:
O pronome relativo que foi empregado como objeto direto do
verbo percorrer, mesma função sintática de “a teoria deriva dos
continentes”, que é objeto direto do verbo citar.
Resposta: B
8. (UNESP) – Em “A façanha intelectual levava as digitais de Albert
Einstein (1879-1955).” (2.° parágrafo), o termo destacado pode ser
substituído de modo mais adequado, tendo em vista o contexto, por:
a) proeza.
b) ousadia.
c) concretude.
d) debilidade.
e) petulância.
RESOLUÇÃO:
Façanha significa sucesso notável, feito heroico, ato de valor ou
proeza.
Resposta: A
“Vou conduzir o leitor por uma estrada que eu mesmo percorri,
árdua e sinuosa.” A frase – que tem algo da essência do hoje clássico
A estrada não percorrida (1916), do poeta norte-americano Robert
Frost (1874-1963) – está em um artigo científico publicado há cem
anos, cujo teor constitui um marco histórico da civilização.
Pela primeira vez, cerca de 50 mil anos depois de o Homo sapiens
deixar uma mão com tinta estampada em uma pedra, a humanidade
era capaz de descrever matematicamente a maior estrutura
conhecida: o Universo. A façanha intelectual levava as digitais de
Albert Einstein (1879-1955).
Ao terminar aquele artigo de 1917, o físico de origem alemã
escreveu a um colega dizendo que o que produzira o habilitaria a ser
“internado em um hospício”. Mais tarde, referiu-se ao arcabouço
teórico que havia construído como um “castelo alto no ar”.
O Universo que saltou dos cálculos de Einstein tinha três
características básicas: era finito, sem fronteiras e estático – o
derradeiro traço alimentaria debates e traria arrependimento a Einstein
nas décadas seguintes.
Em “Considerações Cosmológicas na Teoria da Relatividade
Geral”, publicado em fevereiro de 1917 nos Anais da Academia Real
Prussiana de Ciências, o cientista construiu (de modo muito visual)
seu castelo usando as ferramentas que ele havia forjado pouco antes:
a teoria da relatividade geral, finalizada em 1915, esquema teórico já
classificado como a maior contribuição intelectual de uma só pessoa à
cultura humana.
Esse bloco matemático impenetrável (mesmo para físicos) nada
mais é do que uma teoria que explica os fenômenos gravitacionais.
Por exemplo, por que a Terra gira em torno do Sol ou por que um
buraco negro devora avidamente luz e matéria.
Com a introdução da relatividade geral, a teoria da gravitação do
físico britânico Isaac Newton (1642-1727) passou a ser um caso
específico da primeira, para situações em que massas são bem
menores do que as das estrelas e em que a velocidade dos corpos é
muito inferior à da luz no vácuo (300 mil km/s).
Entre essas duas obras de respeito (de 1915 e de 1917),
impressiona o fato de Einstein ter achado tempo para escrever uma
pequena joia, “Teoria da Relatividade Especial e Geral”, na qual
populariza suas duas teorias, incluindo a de 1905 (especial), na qual
mostrara que, em certas condições, o espaço pode encurtar, e o
tempo, dilatar.
Tamanho esforço intelectual e total entrega ao raciocínio cobraram
seu pedágio: Einstein adoeceu, com problemas no fígado, icterícia e
úlcera. Seguiu debilitado até o final daquela década.
Se deslocados de sua época, Einstein e sua cosmologia podem ser
facilmente vistos como um ponto fora da reta. Porém, a historiadora
da ciência britânica Patricia Fara lembra que aqueles eram tempos de
“cosmologias”, de visões globais sobre temas científicos. Ela cita, por
exemplo, a teoria da deriva dos continentes, do geólogo alemão Alfred
Wegener (1880-1930), marcada por uma visão cosmológica da Terra.
Fara dá a entender que várias áreas da ciência, naquele início de
século, passaram a olhar seus objetos de pesquisa por meio de um
prisma mais amplo, buscando dados e hipóteses em outros campos
do conhecimento.
(Folha de S.Paulo, 01.01.2017. Adaptado.)
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9. (UNESP)
Verifica-se a ocorrência de vírgula para indicar a elipse do verbo no
seguinte trecho:
a) “Entre essas duas obras de respeito (de 1915 e de 1917),
impressiona o fato de Einstein ter achado tempo para escrever uma
pequena joia [...]” (8.° parágrafo)
b) “[...] em certas condições, o espaço pode encurtar, e o tempo,
dilatar.” (8.° parágrafo)
c) “[...] a teoria da relatividade geral, finalizada em 1915, esquema
teórico já classificado como a maior contribuição intelectual de uma
só pessoa à cultura humana.” (5.° parágrafo)
d) “[...] Einstein adoeceu, com problemas no fígado, icterícia e
úlcera.” (9.° parágrafo)
e) “Ela cita, por exemplo, a teoria da deriva dos continentes, do
geólogo alemão Alfred Wegener [...]” (10.° parágrafo)
RESOLUÇÃO:
No enunciado, ocorre a elipse do verbo sair em “eu saio logo
mais”. Trata-se de zeugma, em que a omissão do verbo é marcada
pela vírgula. O mesmo ocorre com o verbo poder em “o tempo
pode dilatar”.
Resposta: B
10.(UNESP) – Em “O Universo que saltou dos cálculos de Einstein
tinha três características básicas [...]” (4.° parágrafo), a oração
destacada encerra sentido de
a) consequência.
b) explicação.
c) causa.
d) restrição.
e) conclusão.
RESOLUÇÃO:
O pronome relativo que introduz uma oração subordinada
adjetiva restritiva, pois ela limita o sentido de “universo”.
Resposta: D
11.(UNICAMP-2018)
(Disponível em http://www.psyche.com.br/taxonomy/term/4.
Acessado em 02/06/2017.)
No contexto deste grafite, as frases “menos presos políticos” e “mais
políticos presos” expressam
a) uma relação de contradição, uma vez que indicam sentidos
opostos.
b) uma relação de consequência, já que a diminuição de um grupo
conduz ao aumento de outro.
c) uma relação de contraste, pois reivindicam o aumento de um tipo
de presos e a redução de outro.
d) uma relação de complementaridade, porque remetem a subcon -
juntos de uma mesma categoria.
RESOLUÇÃO
A reivindicação é evidente na exigência de que haja “menos
presos políticos” e “mais políticos presos”.
Resposta: C
Emprega-se a vírgula para indicar, às vezes, a elipse do verbo:
“Ele sai agora: eu, logo mais.”
(Evanildo Bechara. Moderna gramática 
portuguesa, 2009. Adaptado.)
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As questões 1 e 2 tomam por base o “Soneto LXVII” (“Considera a
vantagem que os brutos fazem aos homens em obedecer a Deus”) de
Dom Francsco Manuel de Melo (1608-1666).
1. (UNESP) – Que contraste é explorado pelo poema como base da
argumentação? Justifique sua resposta. Considerando também outros
aspectos, em que movimento literário o poema se enquadra? 
RESOLUÇÃO:
No texto, o eu lírico opõe o comportamento do animal ao do ser
humano. O primeiro, em decorrência de sua irracionalidade, é
obediente às leis divinas, enquanto o homem, “racionale
resoluto”, questiona as determinações de Deus, desobedecendo
às leis divinas. O eu poemático, consciente de seu desrespeito ao
Senhor, pede-lhe que o transforme em animal irra cional, pois,
dessa maneira, ainda haveria possi bilidade de obediência e
respeito a Deus.
Dom Francisco Manuel de Melo, autor do Barroco português, vale-
se de recursos típicos desse movimento literário como o jogo de
oposições (“homem x fera”), a inversão sintática, a temeridade às
leis divinas, a insignificância do homem frente a Deus,
evidenciando-se, assim, o conflito desse contexto: a pressão
teocên trica da Contrarreforma sobre os valores antro po cên tricos.
2. (UNESP) – No primeiro verso, a que classe de palavras pertence
o termo “que” e qual sua função na frase? No quarto verso, a que
classe de palavras pertence o termo “que” e qual sua função na frase?
RESOLUÇÃO:
No primeiro verso, que é uma conjunção integrante que introduz
oração subordinada substantiva objetiva direta, que completa
sintaticamente o verbo ver da oração principal. No quarto verso,
que é pronome relativo, introduz oração adjetiva restritiva, refere-
se à expressão antecedente “o alto estatuto das leis” e funciona
sintaticamente como objeto direto do verbo pôr.
3. (FUVEST) – Examine este cartaz, cuja finalidade é divulgar uma
exposição de obras de Pablo Picasso.
http://institutotomieohtake.org.br
Nas expressões “Mão erudita” e “Olho selvagem”, que compõem o
texto do anúncio, os adjetivos “erudita” e “selvagem” sugerem que as
obras do referido artista conjugam, respectivamente,
a) civilização e barbárie.
b) requinte e despojamento.
c) modernidade e primitivismo.
d) liberdade e autoritarismo.
e) tradição e transgressão.
RESOLUÇÃO:
Picasso é um artista que incorpora a tradição da pintura, mas
compõe quadros que transgridem a arte acadêmica, portanto,
tem um olhar selvagem.
Resposta: E
Quando vejo, Senhor, que às alimárias1
Da terra, da água do ar, – peixe, ave, bruto –
Não lhe esquece jamais o alto estatuto 
Das leis que lhes pusestes ordinárias;
E logo vejo quantas artes2 várias 
O homem racional, próvido3 e astuto, 
Põe em obrar, ingrato e resoluto, 
Obras que a vossas leis são tão contrárias;
Ou me esquece quem sois ou quem eu era;
Pois do que me mandais tanto me esqueço, 
Como se a vós e a mi não conhecera. 
Com razão logo por favor vos peço 
Que, pois homem tal sou, me façais fera, 
A ver se assi melhor vos obedeço. 
(A Tuba de Caliope, 1988.) 
1 alimária: animal irracional.
2 arte: astúcia, ardil.
3 próvido: providente, que se previne, previdente, precavido.
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MÓDULO 23 Estudos linguísticos – VIII
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4. (FGV-Direito-2019) – Leia o título e o subtítulo de uma resenha
sobre o livro cuja capa está reproduzida na imagem.
* Frase inspirada em uma anedota bastante popular no Brasil que costuma ser
usada para amenizar, de forma jocosa, uma notícia ruim.
“cama de gato”: (por extensão de sentido) trama, armadilha.
a) Qual a relação de sentido entre o título e o subtítulo da resenha e os
elementos que compõem a capa do livro citado?
RESOLUÇÃO:
O título “Quando o mundo subiu no telhado” remete a uma
conhecida piada em que, para atenuar a notícia sobre a morte de
alguém querido, o emissor diz que a pessoa subiu ao telhado, por
extensão, caiu dele e morreu. Assim, o trecho do subtítulo
“apocalíptico fim da condição humana” refere-se ao fim da
existência humana, reiterando o título “quando o mundo subiu no
telhado”. A capa apresenta a ilustração de uma bomba em queda
livre, sugerindo que a destruição do mundo está próxima,
confirmando, portanto, o título e o subtítulo da resenha.
b) Sem alterar o sentido, reescreva o trecho do subtítulo “mesmo diante
do apocalíptico fim da condição humana”, substituindo a palavra
“mesmo” por “ainda que” e “apocalíptico” por um sinônimo. Depois
de “ainda que”, introduza um verbo que seja adequado ao contexto.
RESOLUÇÃO:
Livro de Kurt Vonnegut é a prova literária de como o humor se faz
presente ainda que seja diante do catastrófico (aterrorizante) fim
da condição humana.
Leia o poema de Manuel Bandeira para responder às questões de 5 a 7.
5. (FAMEMA) – O poema faz referência
a) à pobreza do campo, quando comparada à riqueza das cidades.
b) à possibilidade de as cidades se expandirem em direção ao campo.
c) à beleza que surge do crescimento e da modernização dos
ambientes urbanos.
d) à importância do jovem na construção de uma sociedade melhor.
e) à desumanização dos indivíduos no processo de homogeneização
das cidades.
RESOLUÇÃO:
Os versos que confirmam a “homogeneização” dos indivíduos
nas cidades são os seguintes: “Nas cidades todas as pessoas se
parecem/ Todo mundo é igual. Todo mundo é toda a gente” .
Resposta: E
6. (FAMEMA) – O poema se desenvolve em acordo com uma carac -
terís tica típica da poesia de Manuel Bandeira:
a) a reflexão sobre questões abrangentes, por vezes abstratas, a partir
de elementos pontuais, simples e cotidianos.
b) o elogio à contenção das emoções e ao regramento, o que é
adequado a uma vida disciplinada, sem lugar para ações
intempestivas.
c) a defesa de uma atitude humana libertária em face das questões do
mundo, o que tem paralelo na utilização de métrica variada e versos
livres.
d) a visão positiva a respeito dos homens, como indiví duos, e de suas
organizações sociais.
e) a crítica aos avanços da modernidade em uma visão saudosista que
se consolida na recuperação dos forma tos clássicos da poesia.
RESOLUÇÃO:
A poética de Manuel Bandeira faz abordagem de pequenos fatos
da vida cotidiana e os transpõe para o geral. A descrição que o
poeta faz de uma cidade de interior abrange todas as pequenas
povoações rurais e ganha maior dimensão. 
Resposta: A
Quando o mundo subiu no telhado*
Livro de Kurt Vonnegut é a prova literária de como o humor se faz
presente mesmo diante do apocalíptico fim da condição humana.
Galileu, 01.2018
A estrada
Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,
Interessa mais que uma avenida urbana.
Nas cidades todas as pessoas se parecem.
Todo o mundo é igual. Todo o mundo é toda a gente.
Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.
Cada criatura é única.
Até os cães.
Estes cães da roça parecem homens de negócios:
Andam sempre preocupados.
E quanta gente vem e vai!
E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:
Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um
[bodezinho manhoso.
Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz
[dos símbolos,
Que a vida passa! que a vida passa!
E que a mocidade vai acabar.
(Estrela da vida inteira, 2009.)
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7. (FAMEMA) – “Estes cães da roça parecem homens de
negócios”.
A função sintática do termo destacado no excerto é a mesma do termo
destacado em:
a) “cada um traz a sua alma.”
b) “E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:”
c) “Cada criatura é única.”
d) “Nem falta o murmúrio da água,”
e) “Nas cidades todas as pessoas se parecem.”
RESOLUÇÃO:
No enunciado, “homens de negócios” funciona sintaticamente
como predicativo do sujeito “Estes cães da roça”. A mesma
função, predicativo do sujeito, ocorre em “única”, como
característica de “Cada criatura”. 
Resposta: C
Texto para as questões de 8 a 10.
8. (FUVEST) – Depreende-se do texto que uma determinada língua
é um
a) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança
maior valor social e passa a ser consi de rada exemplar.
b) sistema de signos estruturado segundo as normas instituídas pelo
grupo de maior prestígio social.
c) conjunto de variedades linguísticas cuja proliferação é vedada pela
norma culta.
d) complexo de sistemas e subsistemas cujo funciona mento é pre -
judicado pela heterogeneidade social.
e) conjunto de modalidades linguísticas, dentre as quais algumas são
dotadas de normas e outras não o são.
RESOLUÇÃO:
A alternativa de resposta coincidecom o que se afirma no terceiro
período do texto: “A língua padrão... embora seja uma entre as
muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa,
porque atua como modelo...”
Resposta: A
9. (FUVEST) – De acordo com o texto, em relação às demais
variedades do idioma, a língua padrão se comporta de modo
a) inovador. b) restritivo. c) transigente.
d) neutro. e) aleatório.
RESOLUÇÃO:
O último período do texto se refere à “função coer ci tiva” da
linguagem padrão, pois ela restringiria a tendência da língua à
variação.
Resposta: B
10. (FUVEST) – Considere as seguintes afirmações sobre os quatro
perío dos que compõem o texto:
Está correto apenas o que se afirma em
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
RESOLUÇÃO:
O erro da afirmação I está em que não há relação causal entre os
dois primeiros períodos do texto, pois o segundo introduz um
aspecto ausente do primeiro.
A escolha da alternativa e para resposta deste teste resul ta da
anulação das demais, em razão do erro evi dente da afirmação I,
que torna erradas as alter nativas a, b e d, e da correção
indiscutível da afir mação II, que torna errada a alternativa c.
Ocorre, porém, que a afirmação III, dada como correta na
alternativa e, só pode ser aceita com muita concessão. Com
efeito, o segundo período do texto não constitui propriamente
desenvolvimento do primeiro, ao qual formula, na verdade, uma
restrição, acrescentando um novo aspecto da questão tratada,
aspecto de que o período seguinte fornece um exemplo
confirmador. O último período, por sua vez, acrescenta uma infor -
mação nova, que não decorre, como conclusão, do que foi
formulado nos períodos anteriores. Portanto, trata-se de teste de
formulação defeituosa, muito de lamentar numa prova criteriosa
e bem feita como esta.
Resposta: E
Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspon -
dem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus
usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à estru tu ra
social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma ava -
liação distinta das características das suas diversas modalidades
regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo,
embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é
sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma,
como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo
decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o
que se torna uma ponderável força contrária à variação.
(Celso Cunha. Nova Gramática do 
Português Contemporâneo. Adaptado.)
I. Tendo em vista as relações de sentido constituídas no texto, o
primeiro período estabelece uma causa cuja consequência
aparece no segundo período.
II. O uso de orações subordinadas, tal como ocorre no terceiro
perío do, é muito comum em textos disserta tivos.
III. Por formarem um parágrafo tipicamente dissertativo, os quatro
períodos se organizam em uma sequência constituída de in -
trodu ção, desenvolvimento e con clusão.
IV. O procedimento argumentativo do texto é dedutivo, isto é, vai
do geral para o particular.
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Cartum as questões 11 e 12.
Robert Mankoff, New Yorker/Veja.
11. (FUVEST) – Para obter o efeito de humor presente no cartum, o
autor se vale, entre outros, do seguinte recurso: 
a) utilização paródica de um provérbio de uso corrente. 
b) emprego de linguagem formal em circunstâncias informais. 
c) representação inverossímil de um convívio pacífico de cães e gatos. 
d) uso do grotesco na caracterização de seres humanos e de animais. 
e) inversão do sentido de um pensamento bastante repetido. 
RESOLUÇÃO:
O discurso da personagem emite um juízo de valor contrário ao
seguinte pensamento contemporâneo: os bichos não passam de
substitutos patéticos para as pessoas que não podem ter
crianças.
Resposta: E
12. (FUVEST) – No contexto do cartum, a presença de numerosos
animais de estimação permite que o juízo emitido pela persona gem
seja considerado 
a) incoerente. 
b) parcial. 
c) anacrônico.
d) hipotético. 
e) enigmático. 
RESOLUÇÃO:
A personagem que profere a frase foi parcial ao manifestar uma
opinião que vai ao encontro da situação que ela vivencia, cercada
de animais.
Resposta: B
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MÓDULO 24 Concordância nominal
Há casos especiais, que não obedecem à regra geral. Eles são apresentados no quadro seguinte. Observe que, em
sua maioria, são casos que admitem mais de uma possibilidade de concordância: uma que obedece à regra geral (espe -
ci ficada geralmente na coluna do meio) e outra que contraria essa regra ou foge ao uso corrente (especificada na última
coluna).
Concordância nominal é a concordância, em gênero
e número, entre o substantivo e seus determinantes –
adjetivos, artigos, pronomes adjetivos e numerais.
Exemplos:
Cidade morta.
Quinhentos gramas de café.
Regra geral: O adjetivo, ou palavra com valor de adje -
tivo – adjunto adnominal ou predicativo –, con cor da em
gênero e número com o substantivo a que se refere.
A inclusão de preposição entre o substantivo e o
adjetivo não impede a concordância.
Exemplos:
Pobres dos homens.
Desgraçadas das mulheres.
ADJETIVO POSPOSTO 
A DOIS OU MAIS 
SUBSTANTIVOS
Adjetivo no plural e no gênero dos
substantivos (facultativo).
No caso de gêneros diferentes, preva lece o
mas cu lino.
Consciência e dignidade humanas.
Dor e prazer intensos.
Adjetivo concorda com o subs tantivo
mais próximo (facul tativo).
Talento e disciplina rara.
Com substantivos sinônimos, o adje tivo
con cor da com o mais pró ximo.
Povo e gente brasileira.
ADJETIVO ANTEPOSTO 
A DOIS OU MAIS 
SUBSTANTIVOS
Adjetivo fica no plural quando ele fun cio -
nar como predicativo do ob jeto.
Encontrei tristonhos a mulher e o jovem.
Adjetivo, funcionando como adjunto ad -
no mi nal, concorda com o subs tan tivo
mais próxi mo.
Rara disciplina e talento.
Adequado lugar e momento.
SUBSTANTIVO 
MODIFICADO 
POR DOIS OU MAIS 
ADJETIVOS NO 
SINGULAR
O substantivo vai para o plural e não se
repete o artigo antes de cada ad je tivo.
As bandeiras italiana e brasileira.
O substantivo fica no singular e repe te-se
o artigo antes de cada adjetivo.
A bandeira italiana e a brasileira.
O substantivo fica no singular e não se
repete o artigo antes de cada adjetivo.
A bandeira italiana e brasileira.
ADJETIVO 
COMPOSTO
Normalmente se flexiona só o último
elemento.
Problemas político-econômicos.
Guerra sino-nipo-soviética.
Exceções: 
a) Flexionam-se os dois ele mentos:
surdas-mudas.
b) Não se flexiona nenhum elemento:
azul-marinho, azul-celeste e verde-gaio.
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UM E OUTRO, UM
OU OUTRO, NEM UM
NEM OUTRO
SEGUIDOS
DE SUBSTANTIVO
O substantivo fica no singular.
Nem um nem outro caso.
Um ou outro caso.
Nem uma nem outra coisa.
Se em seguida vier um adjetivo, este ficará no
plural.
Um e outro caso paralelos.
No caso de um ou outro, o adjetivo
ficará no singular.
Um ou outro caso paralelo..
SUJEITO EM GRAU
ABSOLUTO
Se houver artigo ou pronome demons tra ti vo, o
adjetivo concorda em gênero com o sujeito.
É proibida a entrada.
Esta cerveja é boa. 
Se não houver artigo ou pronome de -
mons tra tivo, o adjetivo fica no mascu lino.
É proibido entrada.
Cerveja é bom.
SUBSTITUIÇÃO DO
PREDICATIVO
DO SUJEITO POR
UM PRONOME
PESSOAL ÁTONO
Se houver artigo ou pronome demons trativo, o
pronome concorda em gênero com o
predicativo.
És a enfermeira daqui? Sou-a.
Se não houver artigo ou pronome de -
mons trativo, emprega-se o pronome
mas culino.
És enfermeira? Sou-o.
POSSÍVEL
Vai para o plural no emprego de “os mais”,
“os menos”, “os piores”, “os melhores”.
Visitei praias as mais tentadoras possíveis.
Fiz os maiores esforços possíveis.
Escolhi os melhores aposentospos síveis.
Mantém-se invariável no emprego de
“o mais”, “o pior”, “o melhor”.
Visitei praias o mais possível tentadoras.
Fiz os esforços o mais pesados possível.
Escolhi aposentos o melhor possível.
SÓ, MEIO,
BASTANTE
Se adjetivos, concordam com o subs tan tivo a
que se referem.
Não fale com meios termos.
Não suporto meias palavras.
Há problemas bastantes. (suficientes)
Estamos sós.
Se advérbios (significando somente, um
tanto, um pouco e muito), ficam
invariáveis.
Compramos só duas entradas.
As portas estavam meio abertas.
Estão bastante cansados.
LESO, PRÓPRIO, 
MESMO, 
JUNTO, ANEXO,
INCLUSO, 
QUITE, OBRIGADO
Concordam com o nome a que se referem.
Crime de lesa-pátria. 
Crime de lesos-direitos.
Nós próprios faremos o trabalho.
Elas mesmas escreveram as cartas.
Os recibos seguem juntos.
As crianças voltaram juntas.
O comprovante segue anexo.
As declarações seguem anexas.
Estão inclusas as taxas e impostos.
Já estou quite com o clube.
Muito obrigada, disse Maria.
Mesmo como advérbio:
Eles escreveram mesmo as cartas?
Junto com e junto de e
em anexo são invariáveis.
MENOS E ALERTA
São invariáveis.
Havia menos alunas naquela sala.
Os soldados caminhavam alerta.
Alerta como adjetivo é variável.
Os soldados alertas caminhavam.
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1. Complete os espaços, efetuando a concordância ou concordâncias
possíveis:
a) Talento e disciplina ___________________ caracterizavam aquele
artista. (rara / raros)
b) ___________________ dor e prazer acompanharam-no a vida toda.
(Intensa / intensos)
c) Encontrei ___________________ o pai e a filha. (abatido / abatidos).
d) ___________________ pessoas visitaram o museu. (bastante /
bastantes)
RESOLUÇÃO:
a) rara ou raros b) Intensa c) abatidos
d) bastantes
2. Como no exercício anterior:
a) Minha irmã estava ___________________ chateada com o noivo.
(meio / meia)
b) É ___________________ a entrada de estranhos. (proibido / proibida)
c) Visitei praias o mais tentadoras ___________________ (possível /
possíveis)
d) Muito ___________________, disseram as irmãs de caridade.
(obrigado / obrigadas)
RESOLUÇÃO:
a) meio b) proibida c) possível
d) obrigadas
Texto para a questão 3.
3. (FUVEST) – Comparando o segmento sublinhado, no texto I, com
a informação de natureza gramatical do texto II:
a) reescreva esse segmento, substituindo causas por processos;
RESOLUÇÃO:
... se perdesse os dois milhões de processos que tramitam contra
ela e tivesse de pagá-los.
b) explique por que, em relação à norma culta, a concordância no
segmento destacado deve ser considerada incorreta.
RESOLUÇÃO:
A concordância é incorreta, pois o sujeito tem como núcleo o
substantivo masculino plural milhões. Logo, o artigo (os), o
numeral (dois) que o determinam devem concordar com ele em
gênero (masculino) e número (plural). O pronome (los) que
substitui milhões também deve ser masculino plural.
Texto para a questão 4.
4. (INSPER) – O diálogo acima foi construído com base nas regras
de concordância nominal, opondo as variantes linguísticas. A
incredulidade da personagem diante da correção feita pelo seu
interlocutor decorre do fato de que ela não reconhece, nesse contexto,
que o termo “meio” fica invariável por ser uma)
a) numeral. b) adjetivo. c) pronome.
d) conjunção. e) advérbio.
RESOLUÇÃO:
“Meio”, com sentido de “um pouco”, “um tanto”, é advérbio de
intensidade, portanto invariável. Já “meio”, com sentido de
“metade”, é adjetivo e deve concordar com o substantivo a que
se refere. Resposta: E
Texto para a questão 5.
5. (UNIFOR-adaptado) – Como no exemplo acima, em qual das
alternativas abaixo foram observadas adequadamente as regras de
concordância?
a) Ficaram muitos felizes com o casamento.
b) Quero menas tristeza.
c) Houve vários problemas comigo.
d) Não se poupou esforços para mudar de vida.
e) Houve passeatas-monstro este ano.
RESOLUÇÃO:
Houve: verbo impessoal (sentido de existir); logo, oração sem
sujeito.
I. Segundo levantamento feito, se perdesse as duas milhões de
causas que tramitam contra ela e tivesse de pagá-las, a União
seria obrigada a desembolsar a bagatela de US$ 68 bilhões.
II. Milhão, bilhão, trilhão etc. comportam-se como substantivos e
variam em número: dois milhões, vinte trilhões.
– Você acha que estou meia gordinha?
– Não é meia, é meio.
– Como é que é?
– Não é meia gordinha que se diz. É meio gordinha.
– MEIO gordinha? Imagina. Meio gordinha... Não acre dito.
– Se você fosse meia gordinha, significaria que você é só meia,
só metade, entende? Só metade gordinha. A outra metade magrinha.
– Qual parte? A de cima ou a de baixo?
(PRATA, Mario. Diário de um magro. 
Rio de Janeiro: Editora Globo, 1997.)
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Texto para a questão 6.
6. (BARRO BRANCO) – De acordo com a norma-padrão, as lacunas
do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
a) Menos discutida – cidadões – prioritários
b) Menas discutida – cidadães – prioritário
c) Menos discutido – cidadões – prioritária
d) Menas discutido – cidadãos – prioritárias
e) Menos discutida – cidadãos – prioritárias
Resposta: E
7. (FATEC) – Assinale a alternativa que preenche cor retamente as
lacunas da frase, na sequência.
a) meia; à; as; anexo; às; meia.
b) meia; à; as; anexas; as; meia.
c) meio; a; às; anexo; às; meio.
d) meia; a; às; em anexo; as; meio.
e) meio; a; as; anexas; às; meia.
RESOLUÇÃO: 
“Meio indecisa”: meio é invariável, pois é usado como advér bio;
“a mandar”: a é apenas preposição, não ocorrendo cra se, porque
o regido mandar (verbo) não admite artigo; “as faturas anexas”:
as, artigo, e anexas, adjetivo, concordam em gênero e número
com o substantivo faturas, a que se re fe rem; “às notas fiscais”:
crase da preposição a, regida por ane xas, e do artigo as,
determinante do substantivo feminino notas; “meia folha”: meia,
adjetivo, concorda em gênero e número com o substantivo fatura,
a que se refere. Resposta: E
8. (CÁSPER LÍBERO) – Qual das alternativas abaixo não apre senta
incorreções gramaticais?
a) Compramos duzentas e cinquenta gramas de con dimentos e espe -
ciarias importados.
b) Se for para mim fazer, eu me nego.
c) Hoje, a reunião começará ao meio-dia e meio, du rando até as três
horas.
d) Entre mim e você não existirão acordos.
e) Devem fazer cinco anos que não a vejo...
RESOLUÇÃO: 
Em a, duzentos e cinquenta gramas; em b, eu fazer; em c, meio-
dia e meia; em e, deve fazer. Resposta: D
9. (MACKENZIE)
Há uma concordância inaceitável de acordo com a gramática nor ma -
tiva:
a) em I e II. b) em II, III e V. c) apenas em II.
d) apenas em III. e) apenas em IV.
RESOLUÇÃO: 
No item I, ocorre silepse, que é considerada uma concor dância
excepcional, porém aceitável. Resposta: E
10. (INSPER) – Assinale a alternativa que preenche corretamente as
lacunas do texto abaixo:
a) Proibido, haja, bastantes, necessária, inclusos.
b) Proibida, haja, bastante, necessário, inclusas.
c) Proibida, hajam, bastantes, necessário, inclusas.
d) Proibido, haja, bastantes, necessário, inclusas.
e) Proibida, haja, bastante, necessária, inclusas.
Resposta: D
Texto para a questão 11.
11. (UNIFOR) – Em relação aos vícios textuais, o fenômeno
evidenciado na placa acima é
a) o estrangeirismo. b) a tautologia.
c) a verbosidade. d) a ambiguidade.
e) a cacofonia.
RESOLUÇÃO:
Tautologia/redundância/pleonasmo: uso de unidades idênticas
do ponto de vista semântico. Expressamente repete a ideia de
proibida que já está no texto, o que implica uma tautologia.
Resposta: B
12. (VUNESP-BARRO BRANCO) – Assinale a alternativa em que os
termos preenchem corretamente as lacunas do texto:
a) milhão – há – cujo. b) milhões – a – que o
c) milhão – fazem – de que o d) milhões – faz – que o
e) milhão – à – cujo o
Resposta: A
O combate à corrupção entrou na agenda pública ocupando boa
parte dos noticiários e das discussões políticas nas redes sociais.
____________________ e cidadãs na gestão pública para monitorar

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