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Profª Fernanda Morais História Profª Fernanda Morais História Página 1 de 3 Lista Extra de História do Brasil – Período Regencial 1. (Espcex (Aman) 2019) Em 1834, numa tentativa de harmonizar as diversas forças em conflito no País, grupos políticos, como o dos moderados, promoveram uma reforma na Constituição do Império, mediante a promulgação do Ato Adicional. Observe os enunciados abaixo. I. Criação do Conselho de Estado. II. Criação das Assembleias Legislativas provinciais. III. A regência deixava de ser trina para se tornar una. IV. Fundação do Clube da Maioridade. Assinale a opção em as afirmativas estão relacionadas ao Ato Adicional. a) I e II b) II e IV c) II e III d) I e IV e) III e IV 2. (Pucsp 2018) Considere os fragmentos abaixo. “Lei de 18 de Agosto de 1831” "Cria as Guardas Nacionais e extingue os corpos de milícias, guardas municipais e ordenanças. [...]” Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei_sn/1824-1899/ lei-37497-18-agosto-1831-56430 publicacaooriginal-88297-pl.html (texto adaptado) “De tão conservadora, e atuante, ela criou uma tradição, estendendo a sua atuação até a Primeira República, sobretudo nas áreas rurais do país.” SCHWARCZ, Lilia e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Cia Das Letras, 2015, p. 248. Assinale a alternativa que situa CORRETAMENTE a criação da Guarda Nacional e as razões de sua permanência até a Primeira República. a) Em meio às disputas entre Moderados, Exaltados e Restauradores no Rio de Janeiro pelo governo central da Regência, e da ocorrência de revoltas nas províncias, a Guarda Nacional foi constituída pelas elites locais como força repressiva confiável, tornando-se uma das bases do poder local até a chamada República Oligárquica. b) Para garantir a ordem e conter as revoltas dos Restauradores partidários do retorno de D. Pedro I, a Guarda Nacional foi constituída para enfrentar as Guardas Municipais formadas por portugueses aliados aos proprietários rurais, o que garantiu um instrumento de repressão eficiente até a Primeira República. c) Com o objetivo de substituir as Ordenanças de origem portuguesa, responsáveis pela guarda pessoal do imperador, a Guarda Nacional foi criada de acordo com o modelo francês das milícias de cidadãos, e eram forças responsáveis por proteger pessoalmente os regentes e, posteriormente, os presidentes da República. d) De acordo com os interesses dos Moderados, Exaltados e Restauradores, aliados durante todo o Período Regencial para garantir a unidade territorial do país, a Guarda Nacional foi criada para apoiar o Exército na tarefa de garantir a segurança das fronteiras, o que explica a sua atuação durante a República da Espada. 3. (Uece 2018) Entre 7 de abril de 1831 e 24 de julho de 1840, o Brasil foi governado por regentes. Isso deveu-se à abdicação de D. Pedro I ao trono brasileiro em favor de seu filho que tinha então cinco anos e quatro meses de idade. Esse Período regencial, de pouco mais de 9 anos, teve inicialmente duas regências trinas, e após um ato adicional, em 1834, que alterou o modelo de regência previsto na Constituição Imperial de 1824, teve, também, duas regências unas. Essa época da história brasileira foi marcada por a) várias rebeliões em províncias do norte, nordeste e sul do país, algumas delas com objetivos separatistas e outras com caráter de defesa da monarquia. b) grandes avanços nos direitos sociais e uma maior unificação e pacificação interna, se comparada aos períodos de governo dos dois imperadores. c) acentuar o espírito republicano do povo brasileiro, o que levou à crise e queda imediata da monarquia e à adoção da república como forma de governo. d) efetivar o consenso entre restauradores e trabalhistas que se mantiveram no poder alternadamente, mas não realizaram nenhuma inovação federalista no modelo monárquico brasileiro. 4. (Usf 2018) A carta de despedida de D. Pedro I é um dos documentos que assinalam o triunfo do Partido Brasileiro sobre o Partido Português e a passagem do Primeiro Reinado ao Período Regencial. Em 1834, foi promulgado um Ato Adicional à Constituição, que tentava conciliar os interesses das facções políticas. Esse período conturbado de nossa história, caracterizado por lutas entre restauradores, exaltados e moderados, assim como pelas rebeliões provinciais que colocaram em risco a integridade territorial e política do país, encerrou-se em 1840, com o golpe da maioridade e o início do Segundo Reinado. COSTA, Luís César Amad & MELLO, Leonel Itaussu de Almeida. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 2007, p.169. (Adaptado). Ao ler o texto, percebemos que surge, após o Primeiro Reinado, uma nova fase para a história política brasileira. Durante essa fase ou período, a) ocorreu a manutenção do Conselho de Estado, órgão que assessorava o imperador no exercício do poder Moderador. http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei_sn/1824-1899/ Profª Fernanda Morais História Profª Fernanda Morais História Página 2 de 3 b) a Revolução Farroupilha, que apresentava caráter separatista e republicano, foi motivada pelo descontentamento com a política tributária aplicada à província, entre outros fatores. c) o Golpe da Maioridade, desfechado pelo Partido Conservador, trouxe harmonia política às próximas quatro décadas, evitando confrontos ideológicos entre os partidos da época. d) o Brasil experimentou pela primeira vez o sistema parlamentarista, que ficou conhecido como “parlamentarismo às avessas”, visto que o Primeiro- Ministro tinha poderes reduzidos. e) foi marcado por grandes conflitos externos, como foi o caso da Guerra do Paraguai, que, ao seu final, elevou o prestígio do exército brasileiro no contexto da política nacional. 5. (Mackenzie 2018) “Em agosto de 1791, passados dois anos da Revolução Francesa e dos seus reflexos em São Domingos, os escravos se revoltaram. Em uma luta que se estendeu por doze anos, eles derrotaram, por sua vez, os brancos locais e os soldados da monarquia francesa. Debelaram também uma invasão espanhola, uma expedição britânica com algo em torno de sessenta mil homens e uma expedição francesa de semelhantes dimensões comandada pelo cunhado de Bonaparte. A derrota da expedição de Bonaparte, em 1803, resultou no estabelecimento do Estado negro do Haiti, que permanece até os dias de hoje”. C. L. R. James. Os jacobinos negros: Toussaint L’Ouverture e a revolução de São Domingos. São Paulo: Bomtempo, 2000, p.15 Acerca da independência do Haiti e de seus reflexos em outras regiões da América, assinale a alternativa correta. a) O movimento foi realizado sob a égide dos ideais liberais e nacionalistas, defendidos, por sua vez, pelo Iluminismo francês. Seu sucesso foi determinante para a realização de importantes transformações estruturais nas sociedades das novas nações latino-americanas. b) Trata-se de uma articulação escrava que, sob influência direta dos interesses geopolíticos estadunidenses e dos ideais iluministas, colocou em xeque o controle francês sobre a ilha. Seu sucesso incentivou o surgimento do movimento zapatista, em 1994. c) Resultado de insatisfações sociais e políticas da população escrava, demonstrou a força popular no contexto do surgimento dos Estados nacionais na América Latina. Seu sucesso influenciou Simon Bolívar e San Martín a iniciarem as lutas pelas independências na América do Sul. d) Apesar de seu sucesso, o movimento resultou na ascensão de governantes corruptos que, longe de resolverem as desigualdades sociais, contribuíram para a consolidação de grupos oligárquicos no poder. Esses aspectos determinaram o surgimento do caudilhismo no contexto da América Latina independente. e) Foi a única revolta escrava bem-sucedida daHistória americana e as dificuldades que tiveram que superar coloca em evidência a magnitude dos interesses envolvidos. No Brasil, sua influência pôde ser sentida na articulação que levaria à Revolta dos Malês, em 1835. Dissertativas 1. (Ufpr 2017) A primeira metade do século XIX foi um período que se caracterizou, entre outras coisas, pelo despoletar de uma série de rebeliões escravas no Brasil. A “revolta dos malês”, em 1835, em Salvador, na Bahia, pode ser contabilizada como uma das mais significativas. Caracterize o contexto político e social da Salvador da época abolicionista, assim como os participantes da revolta, justificando por que essa revolta pode ser contabilizada como “uma das mais significativas”. 2. (Pucrj 2015) Após a abdicação do primeiro imperador, diversas províncias do Império do Brasil foram sacudidas por uma série de movimentos de contestação política e social, dos quais o mais longo foi a Guerra dos Farrapos (1835-1845). A respeito de tais movimentos, em geral, e da Revolução Farroupilha, em particular: a) Explique duas reivindicações do movimento ocorrido no Rio Grande do Sul. b) Cite dois outros movimentos ocorridos nesse mesmo contexto, indicando as províncias em que ocorreram. 3. (Ufg 2013) Leia o texto e analise a imagem apresentados a seguir. Pela linha paterna, o príncipe imperial descendia de reis e antepassados ilustres. D. Pedro II era o oitavo duque de Bragança, cuja família estava entrelaçada com os Capetos da França. Pela linhagem materna, D. Pedro era ligado ao imperador Francisco I, da Alemanha, da Áustria, da Hungria e da Boêmia, ele mesmo filho de Leopoldo II, imperador da Alemanha e irmão de Maria Antonieta, mulher de Luís XVI. Ao mesmo tempo, isolado no Paço, esquecido em consequência das conturbações políticas e da doença da mãe, D. Pedro II se tornava o “órfão da nação”. SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 47-49. (Adaptado). Profª Fernanda Morais História Profª Fernanda Morais História Página 3 de 3 O texto descreve a linhagem familiar de D. Pedro II, que descende de portugueses e austríacos, enquanto a imagem representa D. Pedro II criança, que seria considerado órfão da nação, desde a Abdicação de seu pai. Diante do exposto e com base nos documentos, explique a associação entre a) a linhagem familiar e as relações internacionais, no Império; b) a orfandade de D. Pedro II e a construção de um projeto de nação para o Brasil, no Segundo Império. 4. (Ufmg 2013) Leia o trecho: O sete de abril de 1831, mais do que o sete de setembro de 1822, representou a verdadeira independência nacional, o início do governo do país por si mesmo, a Coroa agora representada apenas pela figura quase simbólica de uma criança de cinco anos. O governo do país por si mesmo [...] revelou-se difícil e conturbado. Rebeliões e revoltas pipocaram por todo o país, algumas lideradas por grupos de elite, outras pela população tanto urbana como rural, outras ainda por escravos. CARVALHO, J. Murilo et al. Documentação política, 1808-1840. Brasiliana da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional/Nova Fronteira, 2011, s/p. a) EXPLIQUE o sentido da frase considerando o seu contexto histórico: “a Coroa agora representada apenas pela figura quase simbólica de uma criança de cinco anos”. b) APRESENTE dois fatores que contribuíram para as conturbações políticas e sociais que levaram às rebeliões e às revoltas do período. 5. (Ufu 2012) A fatalidade das revoluções é que sem os exaltados não é possível fazê-las e com eles é impossível governar. Cada revolução subentende uma luta posterior e aliança de um dos aliados, quase sempre os exaltados, com os vencidos. A irritação dos exaltados [trouxe] a agitação federalista extrema, o perigo separatista, que durante a Regência [ameaçou] o país de norte a sul, a anarquização das províncias. [...] durante este prazo, que é o da madureza de uma geração, se o governo do país tivesse funcionado de modo satisfatório – bastava não produzir abalos insuportáveis –, a desnecessidade do elemento dinástico teria ficado amplamente demonstrada. NABUCO, Joaquim. Um Estadista do Império: Nabuco de Araújo, sua vida, suas opiniões, sua época. 2ed. São Paulo: Editora Nacional, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1936, p.21. Na obra Um Estadista do Império, escrita entre os anos de 1893 e 1894, Joaquim Nabuco faz uma análise da história do Brasil Imperial. O trecho acima remete ao período regencial (1831-1840) do país. Com base no texto e em seus conhecimentos, faça o que se pede. a) Explique como Joaquim Nabuco interpretou o período regencial no Brasil. b) O período da Regência é citado por diversos autores, incluindo Nabuco, como o de uma experiência republicana federalista. Aponte duas razões pelas quais a Regência no Brasil ganhou essa interpretação. _____________________________________________ Gabarito: 1. C 2. A 3. A 4. B 5. E