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Profª. Cristiane Literatura Página 1 de 6 Revisão 1ª fase – FUVEST – Literatura - 2019 1. (FATEC) Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Lua se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. Sobre as características barrocas desse soneto, considere as afirmações a seguir: I. Há nele um jogo simétrico de contrastes, expresso por pares antagônicos como Sol/Lua, dia/noite, luz/sombra, tristeza/alegria; etc., que compõe a figura da antítese. II. Este é um soneto oitocentista, que cumpre os padrões da forma fixa, quais sejam, rimas ricas, interpoladas nas quadras ("A-B-A-B") e alternadas nos tercetos ("A-B-B-A"). III. O tema do eterno combate entre elementos mundanos e forças sagradas é indicado ali, por "ignorância do mundo" e "qualquer dos bens", por um lado, e por "constância", "alegria" e "firmeza", de outro. A respeito de tais afirmações, deve-se dizer que: a) somente I está correta. b) somente II está correta. c) somente III está correta. d) somente I e III estão corretas. e) todas estão corretas. 2. (FUVEST - adaptada) Leia o seguinte texto. O autor pensava estar romanceando o processo brasileiro de guerra e acomodação entre as raças, em conformidade com as teorias racistas da época, mas, na verdade, conduzido pela lógica da ficção, mostrava um processo primitivo de exploração econômica e formação de classes, que se encaminhava de um modo passavelmente bárbaro e desmentia as ilusões do romancista. Roberto Schwarz. Adaptado. Esse texto crítico refere-se ao livro a) Minha vida de menina b) Quincas Borba c) O cortiço d) Angústia e) Sagarana 3. (FUVEST) O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se* discussões e rezingas**; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra. Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vinham como formigas; fazendo compras. Duas janelas do Miranda abriram-se. Apareceu numa a Isaura, que se dispunha a começar a limpeza da casa. - Nhá Dunga! gritou ela para baixo, a sacudir um pano de mesa; se você tem cuscuz de milho hoje, bata na porta, ouviu? Aluísio Azevedo, O cortiço. * ensarilhar-se: emaranhar-se. ** rezinga: resmungo. Uma característica do Naturalismo presente no texto é: a) forte apelo aos sentidos. b) idealização do espaço. c) exaltação da natureza. d) realce de aspectos raciais. e) ênfase nas individualidades 4. (UEL-PR) “Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.” ASSIS, Joaquim Maria Machado de. Quincas Borba. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997. p. 648-649. Nessa passagem, quem fala é Quincas Borba, o filósofo. Suas palavras são dirigidas a Rubião, ex- professor, futuro capitalista, mas, no momento, apenas enfermeiro de Quincas Borba. É correto afirmar que a maneira como constrói esse discurso revela preocupação com: Profª. Cristiane Literatura Página 2 de 6 a) A clareza e a objetividade, uma vez que visa à compreensão de Rubião da filosofia por ele criada, o Humanitismo. b) A emotividade de suas palavras, dado objetivar despertar em Rubião piedade pelos vencidos e ódio pelos vencedores. c) A informação a ser transmitida, pois Rubião, sendo seu herdeiro universal, deverá aperfeiçoar o Humanitismo. d) O envolvimento de Rubião com a filosofia por ele criada, o Humanitismo, dada a urgência em arregimentar novos adeptos. e) O estabelecimento de contato com Rubião, uma vez que o mesmo possui carisma para perpetuar as novas ideias. 5. (FUVEST) Atente para as seguintes afirmações relativas ao desfecho do romance A Relíquia, de Eça de Queirós: I. O autor revela, por meio de Teodorico, sua descrença num Jesus divinizado, imagem que é substituída pela ideia de Consciência. II. Ao ser sincero com Crispim, Teodorico conquista a vida de burguês que sempre almejou. III. Teodorico dá ouvidos à mensagem de Cristo, arrepende‐se de sua hipocrisia beata e abraça a fé católica. Está correto o que se afirma apenas em a) I. b) II. c) I e II. d) II e III. e) I e III. 6. (FUVEST) Dentre os contos de Sagarana existe um em que o narrador sustenta um duelo literário com outro poeta, chamado Quem Será, e no qual se fazem várias considerações sobre a natureza da poesia. Numa metáfora do condicionamento do homem, resistente à aceitação do novo e diferente, o autor leva a personagem a passar por um período de cegueira. A partir daí a personagem descobre a mutilação dos sentidos, que agora se abrem a outras vertentes da realidade. Em qual dos contos abaixo se discute essa questão? a) "A hora e a vez de Augusto Matraga". b) "Duelo". c) "Conversa de bois". d) "São Marcos". e) "Corpo fechado". 7. (PUCCAMP) Leia com atenção O seguinte fragmento de "A hora e vez de Augusto Matraga", de João Guimarães Rosa: Então eles trouxeram, uma noite, muito à escondida, o padre, que o confessou e conversou com ele, muito tempo, dando-lhe conselhos que o faziam chorar. - Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal? -Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o estribo do pé de arrependido nenhum... E por ai a fora foi, com um sermão comprido, que acabou depondo o doente num desvencido torpor. -Eu acho boa essa ideia de se mudar para longe, meu filho. Você não deve pensar mais na mulher, nem em vinganças. Entregue para Deus, e faça penitência. Sua vida foi entortada no verde, mas não fique triste, de modo nenhum, porque a tristeza é aboio de chamar o demônio, e o Reino do Céu, que é o que vale, ninguém tira de sua algibeira, desde que você esteja com a graça de Deus, que ele não regateia a nenhum coração contrito! - Fé eu tenho, fé eu peço, Padre... - Você nunca trabalhou, não é? (...) Reze e trabalhe, fazendo de conta que esta vida é um dia de capina com sol quente, que às vezes custa muito a passar, mas sempre passa. E você ainda pode ter muito pedaço bom de alegria... Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há de ter a sua. Considerando o excerto dado, identifique a afirmação INCORRETA. a) o tema doarrependimento verdadeiro, de que trata o padre, é expresso de modo muito abstrato, tal como atestam as frases "O Reino do Céu ninguém tira da sua algibeira" e "esta vida é um dia de capina com sol quente". b) Socorrido por um casal de pretos, e escapando por milagre à morte, Matraga seguirá todos os conselhos do padre, trabalhando, penitenciando-se, rezando, até que chega o momento em que emprega sua força a serviço de Deus e em defesa dos mais fracos. c) A frase "Deus mede a espora pela rédea e não tira o estribo do pé de arrependido nenhum" revela a identificação da linguagem do padre com a dos sertanejos - tal como nesta se inspirou o autor para criar o seu estilo inconfundível. d) A fala do padre é profética, pois é "um pedaço bom de alegria" o que Matraga viverá em seus instantes finais, cheio da "graça de Deus, que ele não regateia a nenhum coração contrito". e) Da conversa com o padre, Matraga retirará força e inspiração para seguir vivendo, certo de que, apesar de "entortada no verde", sua vida se acertaria e ele iria para o céu, nem que fosse "a porrete". Profª. Cristiane Literatura Página 3 de 6 8. (FUVEST – adaptada) Examine as seguintes afirmações relativas ao modo como aparece o processo de escravidão em significativas obras brasileiras e, em seguida, considere os três livros citados: I. Tão impregnado mostrava-se o Brasil de escravidão, que até o movimento abolicionista pode servir, a ela, de fachada. II. É marcante o sentimento de culpa em relação ao processo histórico e social do país. III. A estrutura escravocrata no Brasil era tão arraigada que a Lei Áurea, assinada em 1888, manteve, para o negro, a mesma função social de antes da abolição. A. Minha vida de menina. B. O Cortiço. C. Claro Enigma As afirmações I, II e III relacionam-se, de modo mais direto, respectivamente, com as obras a) B, A, C. b) C, A, B. c) A, C, B. d) B, C, A. e) A, B, C. Considere as imagens e o texto, para responder às questões 9 e 10. Fachada da igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto. Perspectiva da nave da mesma igreja. II / São Francisco de Assis* Senhor, não mereço isto. Não creio em vós para vos amar. Trouxestes-me a São Francisco e me fazeis vosso escravo. Não entrarei, senhor, no templo, seu frontispício me basta. Vossas flores e querubins são matéria de muito amar. Dai-me, senhor, a só beleza destes ornatos. E não a alma. Pressente-se dor de homem, paralela à das cinco chagas. Mas entro e, senhor, me perco na rósea nave triunfal. Por que tanto baixar o céu? por que esta nova cilada? Senhor, os púlpitos mudos entretanto me sorriem. Mais que vossa igreja, esta sabe a voz de me embalar. Perdão, senhor, por não amar-vos. Carlos Drummond de Andrade *O texto faz parte do conjunto de poemas “Estampas de Vila Rica”, que integra a edição crítica de Claro enigma. São Paulo: Cosac Naify, 2012. Profª. Cristiane Literatura Página 4 de 6 9. (FUVEST) Analise as seguintes afirmações relativas à arquitetura das igrejas sob a estética do Barroco: I. Unem-se, no edifício, diferentes artes, para assaltar de uma vez os sentidos, de modo que o público não possa escapar. II. O arquiteto procurava surpreender o observador, suscitando nele uma reação forte de maravilhamento. III. A arquitetura e a ornamentação dos templos deviam encenar, entre outras coisas, a preeminência da Igreja. A experiência que se expressa no poema de Drummond registra, em boa medida, as reações do eu lírico ao que se encontra registrado em a) I, apenas. b) II, apenas. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas. e) I, II e III. 10. (FUVEST) Um aspecto do poema em que se manifesta a persistência de um valor afirmado também no Modernismo da década de 1920 é o a) destaque dado às características regionais. b) uso da variante oral-popular da linguagem. c) elogio do sincretismo religioso. d) interesse pelo passado da arte no Brasil. e) delineamento do poema em feitio de oração. 11. Sobre a obra Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa incorreta. a) A epígrafe da obra, “Les événements m’ennuient", ou "os acontecimentos me entediam", de autoria do poeta francês Paul Valéry, prenuncia a temática predominante no livro: a melancolia e o desencanto com a vida, que se encaminha em direção à morte. b) Desenganado com a capacidade de intervir no mundo, o autor experimenta o fim da esperança engajada que conhecera em meados dos anos 40, em A Rosa do Povo. c) Do ponto de vista formal, a obra afasta-se do estilo livre e coloquial dos modernistas. Aqui, o poeta mostra- se mais atento à métrica e à forma dos versos, atitude tomada pela crítica da época como um retrocesso. d) Perpassa a obra um sentimento de culpa histórico, social e familiar, que oprime o poeta, e uma visão crepuscular que dita a noção da impossibilidade (estabelecida entre o transitório e o definitivo) e marca o fracasso do eu lírico diante do seu tempo. e) Se, em obras anteriores, o autor utilizava o legado modernista para tecer duras críticas ao capitalismo, agora se aliena da realidade social e das ideias socialistas, retornando à forma clássica como forma de crítica ao stalinismo. 12. (FUVEST – adaptada) A adesão a um socialismo revolucionário, engajado e militante perpassa, evidentemente, a visão política de mundo do seguinte autor: a) Machado de Assis em Quincas Borba. b) Graciliano Ramos, em Angústia. c) Helena Morley (pseudônimo de Alice Brant), em Minha vida de menina. d) Carlos Drummond de Andrade, em Claro enigma. e) Pepetela, em Mayombe. Textos para as próximas duas questões. Amoreira africana O Comissário apertou-lhe mais a mão, querendo transmitir-lhe o sopro de vida. Mas a vida de Sem Medo esvaía-se para o solo do Mayombe, misturando-se às folhas em decomposição. [...] Mas o Comissário não ouviu o que o Comandante disse. Os lábios já mal se moviam. A amoreira gigante à sua frente. O tronco destaca-se do sincretismo da mata, mas se eu percorrer com os olhos o tronco para cima, a folhagem dele mistura-se à folhagem geral e é de novo o sincretismo. Só o tronco se destaca, se individualiza. Tal é o Mayombe, os gigantes só o são em parte, ao nível do tronco, o resto confunde-se na massa. Tal o homem. As impressões visuais são menos nítidas e a mancha verde predominante faz esbater progressivamente a claridade do tronco da amoreira gigante. As manchas verdes são cada vez mais sobrepostas, mas, num sobressalto, o tronco da amoreira ainda se afirma, debatendo-se. Tal é a vida. [...] Os olhos de Sem Medo ficaram abertos, contemplando o tronco já invisível do gigante que para sempre desaparecera no seu elemento verde. Pepetela, Mayombe Profª. Cristiane Literatura Página 5 de 6 13. (FUVEST) Considerando-se o excerto no contexto de Mayombe, os paralelos que nele são estabelecidos entre aspectos da natureza e da vida humana podem ser interpretados como uma a) reflexão relacionada ao próprio Comandante Sem Medo e a seu dilema característico entre a valorização do indivíduo e o engajamento em um projeto eminentemente coletivo. b) caracterização flagrante da dificuldade de aceder ao plano do raciocínio abstrato, típica da atitude pragmática do militante revolucionário. c) figuração da harmonia que reina no mundo natural, em contraste com as dissensões que caracterizam as relações humanas,notadamente nas zonas urbanizadas. d) representação do juízo do Comissário a respeito da manifesta incapacidade que tem o Comandante Sem Medo de ultrapassar o dogmatismo doutrinário. e) crítica esclarecida à mentalidade animista – que tende a personificar os elementos da natureza – e ao tribalismo, ainda muito difundidos entre os guerrilheiros do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). 14. (FUVEST) Mayombe refere-se a uma região montanhosa em Angola, dominada por floresta pluvial densa, rica em árvores de grande porte, e localizada em área de baixa latitude (4o40’S). Levando em conta essas características geográficas e vegetacionais, é correto afirmar que a) esse tipo de vegetação predomina na maior parte do continente africano, circundando áreas de savana e deserto. b) se trata da única floresta pluvial sobre áreas montanhosas, pois esse tipo de floresta não ocorre em outras áreas do mundo. c) a vegetação da região é semelhante à da floresta encontrada, no Brasil, na mesma faixa latitudinal. d) nessa mesma faixa latitudinal, no Brasil, há regiões áridas, de altas altitudes, em que predominam ervas rasteiras. e) tais florestas pluviais só ocorrem no hemisfério sul, devido ao regime de chuvas e às altas temperaturas nesse hemisfério, onde ocupam todo tipo de relevo. Texto para as próximas duas questões. Voltada para o encanto da vida livre do pequeno núcleo aberto para o campo, a jovem Helena, familiar a todas as classes sociais daquele âmbito, estava colocada num invejável ponto de observação. (...) Sem querer forçar um conflito que, a bem dizer, apenas se esboça, podemos atribuir parte desta grande versatilidade psicológica da protagonista aos ecos de uma formação britânica, protestante, liberal, ressoando num ambiente de corte ibérico e católico, mal saído do regime de trabalho escravo. Colorindo a apaixonada esfera de independência da juventude, revestese de acentuado sabor sociológico este caso da menina ruiva que, embora inteiramente identificada com o meio de gente morena que é o seu, o único que conhece e ama, não vacila em o criticar com precisão e finura notáveis, se essa lucidez não traduzisse a coexistência íntima de dois mundos culturais divergentes, que se contemplam e se julgam no interior de um eu tornado harmonioso pelo equilíbrio mesmo de suas contradições. Alexandre Eulálio, “Livro que nasceu clássico”. In: Helena Morley, Minha vida de menina. 15. (FUVEST) O trecho do romance Minha vida de menina que ilustra de modo mais preciso o que, para o crítico Alexandre Eulálio, representa “a coexistência íntima de dois mundos culturais divergentes” é: a) “Se há uma coisa que me faz muita tristeza é gostar muito de uma pessoa, pensando que ela é boa e depois ver que é ruim”. b) “Eu tinha muita inveja de ver meus irmãos montarem no cavalo em pelo, mas agora estou curada e não montarei nunca mais na minha vida”. c) “Já refleti muito desde ontem e vi que o único meio de ter vestido é vendendo o broche. Vou dormir ainda esta noite com isto na cabeça e vou conversar com Nossa Senhora tudo direitinho”. d) “Se eu não ouvir missa no domingo, como quando estou na Boa Vista onde não há igreja e não posso ouvir no Bom Sucesso, fico o dia todo com um prego na consciência me aferroando”. e) “Este ano saiu à rua a procissão de Cinzas que há muitos anos não havia. Dizem que não saía há muito tempo por falta de santos, porque muitos já estavam quebrados”. 16. (FUVEST) De acordo com Alexandre Eulálio, a protagonista do romance Minha vida de menina a) vivencia um conflito – uma ideia fortalecida por “a bem dizer”. b) apresenta certo vínculo com o protestantismo – uma ideia sintetizada por “ecos de uma formação britânica”. c) formou-se num meio alheio ao trabalho escravo – um fato referido por “num ambiente de corte ibérico e católico”. d) rejeita as influências do meio em que vive – uma característica revelada por “precisão e finura notáveis”. e) tem a sua lucidez psicológica abalada pelas ambivalências de sua educação – um traço reiterado por “equilíbrio mesmo de suas contradições”. Profª. Cristiane Literatura Página 6 de 6 17. A respeito do narrador da obra Angústia, de Graciliano Ramos, assinale a alternativa incorreta. a) As pessoas, o ambiente e os objetos se dissolvem em uma realidade de contornos pouco nítidos: há escuridão, névoa, sons que se dispersam, imagens que se associam em um embaralhar de lembranças e sensações.. b) a subjetividade do narrador invade a narrativa, deformando a realidade a partir de uma linguagem expressionista, uma atmosfera de pesadelo e alucinação. c) por trás do ser social de Luís da Silva, preso às convenções e às aparências, há um ser subterrâneo, selvagem, preso aos instintos e desejos mais profundos. d) Luís da Silva guarda dos acontecimentos apenas fragmentos, pedaços de realidade. Em seus devaneios, há constantes alusões a bichos, que simbolizam a morbidez de seus estados anímicos. e) Luís da Silva retrata a realidade apenas de forma objetiva, por meio da descrição, em que se percebe nítidas características da prosa naturalista. ___________________________________________ Gabarito 1.A 2.C 3.A 4.A 5.C 6.D 7.A 8.D 9.E 10.D 11.E 12.E 13.A 14.C 15.C 16.B 17.E https://www.youtube.com/watch?v=mAfxWDstw-E https://www.youtube.com/watch?v=mAfxWDstw-E https://www.youtube.com/watch?v=mAfxWDstw-E https://www.youtube.com/watch?v=mAfxWDstw-E https://www.youtube.com/watch?v=mAfxWDstw-E
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