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Universidade Nove de Julho Maria Lívia Introdução: • Feita em situações de doença da artéria coronária (isquemia); • O tratamento objetiva prevenir o IAM - tratar a angina, melhora a capacidade física e prolongar a vida. 1. Tipos de Revascularização: • Clínica - prevenção e otimização; Prevenção da aterosclerose - profilaxia e exames prévios para diminuir fator de risco • ICP - Intervenção Coronária Percutânea: Restabelece o fluxo sanguíneo coronário atuando diretamente na placa de ateroma; Desobstrução das estenoses com balão de alta pressão (angioplastia), esmagando a placa e amplificando o “stent” para evitar a reobstrução. • RM - Cirurgia Revascularização Miocárdio: Levar sangue até as áreas isquêmicas através de condutos autógeno, biológicos ou sintéticos, (enxertos) que desviam o sangue das obstruções (bypass graft). Revascularização do miocárdio: 1. Enxertos Venosos - Pontes: • Veia safena magna autógena - ponte de safena; • Necessário fazer uma anastomose da ponte de safena na aorta coronária ascendente - ponte aorto-coronária de veia safena; Anastomose proximal e distal • Evolução: Arterialização da veia safena; Aterosclerose precoce e acelerada quando os fatores de risco não são tratados (HAS, DM, dislipidemia); Baixa perviabilidade a longo prazo; Alta recorrência de sintomas. • Melhores Resultados: Dissecção em bloco - técnica “no touch”; Previnir hiperdistensão da veia; Preservação do endotélio; Ausência de dilatações varicosas; Uso de aspirinas e estatinas. 2. Enxertos Artérias - Ponte: • ATIE (mamária), ATID, radial ou gastro- epiplóicas; • Há superioridade da artéria mamária em relação à veia safena; Melhor perviabilidade a longo prazo; Menor incidência de eventos cardiológicos Menor mortalidade; Atualmente a artéria mamária é o tipo de enxerto mais utilizado (obrigatório) em processos de revascularização - padrão ouro. • Artéria Mamária Interna Esquerda: Ramo da artéria subclávia esquerda; Revascularização Miocárdica Revascularizacao Miocardica Universidade Nove de Julho Maria Lívia Artéria somática; Predomínio de fibras elásticas; Lâmina interna contínua; Grande resistência à aterosclerose; Preparo do Enxerto: esqueletizada; Anastomose: AMIE-DA (padrão ouro da cirurgia de revascularização do miocárdio); Perviabilidade: 96 a 100% imediato (30 dias); mantém-se em no mínimo 85% após. 20 anos; Tipo I (Somática): fibra elástica predomina, lâmina elástica interna conrínua, menor resposta à vasoconstritores e menor índice de espasmos e aterosclerose. • ATI Bilateral - Inconvenientes: Extensão restrita do enxerto pediculado; Perviabilidade incerta do enxerto livre; Desvascularização do esterno; Maior incidência de mediastinite; Maior perda sanguínea; Maior tempo de entubação. • Enxerto Arterial Alternativos - artéria radial, gastroepiplóica direita, epigástrica inferior e circunflexa femoral; • Condições para Utilização: Obstrução proximal > 70%; Coronária alvo de bom calibre; Bom leito distal; Ausência placas no local da anastomose; Uso de vasodilatadores e bloqueadores de canal de cálcio pós-operatório; AMIE e AMID -> fluxo normal pela artéria subclávia esquerda ou direita; Artéria radial -> teste de Allen negativo; Artéria gastroepipóica -> ausência de cirurgia gástrica ou cirurgia abdominal prévia; Enxertos arteriais exclusivos (pacientes jovens). 3. Circulação Extracorpórea - CEC: • Com CEC: Coração parado com proteção miocárdica. • Sem CEC: Coração batendo, em normotermia; Dificuldades técnicas e instabilidade para ramos da artéria circunflexa; Uso obrigatório quando há calcificação da aorta ascendente; Evita efeitos lesivos da CEC; Reduzir resposta inflamatória; Reduzir morbimortalidade; Alta precoce da UTI e hospital; Reduzir custos; Necessidade de estabilizadores de sutura; Não reduz resposta inflamatória; Não reduz custos significativamente; Resultados indefinidos a longo prazo; Instabilidade hemodinâmica nos ramos posteriores; Apesar da artéria mamária ser o padrão ouro pra revascularização de miocárdio, o uso de duas artérias mamárias gera maior morbidade, mortalidade e menor perviabilidade. Não houve superioridade significativa da artéria radial sobre a veia safena a curto prazo (menos de 1 ano), mas houve a médio e longo prazo (de 1 a 5 anos). Universidade Nove de Julho Maria Lívia Não necessita de proteção miocárdica. 4. Indicação Cirúrgica: • Sintax Score - grau de compromentimento da DAC: Discreto (Baixa Complexidade) - < 22; Moderado (Intermediário) - entre 22 e 33; Severo (Alta Complexidade) - > 33. 5. Considerações Finais: • A RM é o tratamento de escolha para pacientes com lesão proximal da artéria, DA, DAC intermediária e severa, multi-arterial e em pacientes diabéticos; • O uso da ATIE ou de ambas as ATI propicia ótimos resultados a longo prazo; • O uso de enxertos arteriais deve ser estimulado em pacientes jovens, com boa expectativa de vida; • A RM com CEC mostrou melhores resultados tardios em relação a RM sem CEC; • O uso da veia safena ainda não pode ser descartado. Estudos Sintax - Após 5 Anos: Pacientes com Sintax Score 22 (intermediária e severa) têm elevado benefício para sobrevida e redução acentuada na incidência de IAM e reintervenções invasivas. Ocorre em maior frequência em pacientes diabéticos e com DAC multi-arterial.