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Cirurgia Vascular

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CIRURGIA VASCULAR 
CATARINA MARTINS CERONI IVO 
FMSA - 2023
13/02/2023 
ANATOMIA VASCULAR 
• Função do sistema vascular: homeostase corporal 
o Distribuição de hormônios, metabolitos, nutrientes, gases e 
outras substâncias 
• Composição 
o Sistema fechado constituído pelo coração, artérias, veias, 
capilares e vasos linfáticos 
 
• Integração do organismo 
 
o Diafragma na expiração e inspiração leva sangue das 
extremidades para o coração quando estamos deitados 
S ISTEMA ARTERIAL 
 
• Artérias: vasos sanguíneos que conduzem sangue para fora do coração 
o Arteríolas: pequenos vasos provenientes de progressivas 
ramificações das artérias 
▪ Sangue realiza suas funções de nutrição e 
absorção atravessando um os capilares (rede de 
canais microscópicos), que permite troca de 
substâncias com os tecidos 
• Embriologia: origina-se do folheto mesodérmico nas primeiras semanas do 
desenvolvimento 
o Aorta se desenvolve de um tronco comum (truncus 
arteriosus), se origina do coração primitivo e se divide em 6 
pares de arcos 
o 3ª semana já possui circulação sanguínea 
▪ Segmento descendente e regressão do 1º, 2º e 
5º arcos 
▪ Formação das carótidas pelo 3º arco 
▪ 4º arco forma o arco aórtico 
▪ Fusão do arco aórtico, aorta descendente e 
truncus arteriosus -> origina-se aorta ascendente 
e tronco pulmonar que, junto ao 6º arco, forma as 
artérias pulmonares 
• Estrutura das artérias 
 
o Mais fortes que as veias por causa da presença de músculo 
o Túnica externa: tecido conjuntivo; onde encontra-se pequenos 
filetes nervosos e vasculares destinados à inervação e 
irrigação das artérias; encontradas nas grandes artérias; 
contêm macrófagos, fibroblastos, células nervosas, tecido 
adiposo e matriz extracelular rica em colágeno; tem vasa 
vasorum que nutre artérias de grande e médio calibre 
o Túnica média: camada intermediária composta por fibras 
musculares lisas e pequena quantidade de tecido conjuntivo 
elástico; encontrada na maioria das artérias 
o Túnica íntima: forra internamente e sem interrupções as 
artérias, inclusive capilares; constituídas por células endoteliais; 
responsável pela manutenção da homeostase 
S ISTEMA VENOSO 
• Dos capilares, o sangue é coletado em vênulas, em seguida através das 
veias de diâmetro maior, alcança de novo o coração 
• Embriologia: 3 principais pares de veias drenam para o coração tubular 
(vitelínicas, umbilicais e cardinais comuns) -> drenam para o seio venoso 
(extremidade venosa do coração primitivo) 
▪ V. vitelínicas: participam do desenvolvimento das 
veias hepáticas (vitelínica direita) e da veia porta 
(vitelínica ao redor do duodeno) 
▪ V. umbilicais: transportam sangue oxigenado da 
placenta para o embrião; correm em cada lado do 
fígado, que ao se desenvolver faz com que 
percam o contato direto com o coração 
▪ V. cardinais: constituem o sistema de drenagem 
venoso do embrião 
o VCI possui 4 segmentos 
▪ Hepático: v. vitelínica direita 
▪ Pré-renal: v. subcardinal direita 
▪ Renal: vv. subcardinais e supracardinais 
▪ Pós-renal: v. supracardinal 
• Estrutura das veias 
 
o Tem parede mais delgada, diâmetro externo maior e luz mais 
ampla 
o Vasa vasorum: existe em maior quantidade que nas artérias; 
em vasos calibrosos existem na túnica adventícia e média 
o Valvas: comum em vv. de médio calibre; previnem o refluxo de 
sangue; especialmente abundantes nos MMII, atuando contra 
força da gravidade; composta por 2 folhetos, contendo uma 
prega delgada da túnica íntima se projetando da parede para 
o lúmen, que estão reforçados por fibras colágenas e 
elásticas contínuas com as da parede 
o Túnica intima: presença de válvulas que impede que o sangue 
volte -> fluxo unidirecional 
o Tecido conjuntivo 
o Túnica média: células musculares lisas em menor quantidade 
o Túnica adventícia: na maioria dos casos é mais espessa que a 
túnica média; maior quantidade de vasa vasorum que as 
artérias 
• Tem maior quantidade de sangue nas veias que nas artérias 
• Retorno venoso: contração muscular, diafragma na expiração e inspiração 
faz com que o sangue volte ao coração 
• Sistema com mais quantidade de variação anatômica 
S ISTEMA LINFÁTICO 
• Drena o líquido intersticial que não é recuperado pelas veias 
• Tem diâmetro de capilar (capilares linfáticos) que surgem em fundo cego, 
se unem e confluem para vasos de calibre cada vez maior 
• Todo líquido recuperado é devolvido ao sistema venoso profundo 
• Estrutura dos vasos linfáticos: 
o 3 camadas, semelhante as pequenas veias, mas com lúmen 
maior 
o Túnica íntima consiste em um endotélio e uma fina camada 
subendotelial de tecido conjuntivo 
o Túnica média contém poucas células musculares lisas em 
disposição concêntrica separadas por fibras colágenas 
o Túnica adventícia é formada por tecido conjuntivo frouxo com 
fibras colágenas e elásticas; possuem maior número de valvas 
• Vasos linfáticos apresentam-se dilatados e exibem aspecto nodular ou em 
colar de contas 
REGIÃO CERVICAL 
• Arco aórtico: 3 ramos da aorta 
o Tronco braquiocefálico, composto por subclávia direita e 
carótida comum direita 
o Carótida comum esquerda 
▪ 25% das pessoas ela sai do tronco braquiocefálico 
= tronco bovinus -> aortografia antes de operar 
tronco braquiocefálico 
o Subclávia esquerda 
 
• Principais artérias: 
o Carótidas comum esquerda e direita 
o Primeiro ramo da artéria carótida interna -> artéria 
oftálmica* 
o Artéria subclávia -> artérias vertebrais -> artéria basilar -> 
polígono de willis 
o Artéria torácica interna (mamária interna) -> ponte de 
mamária -> revascularização do miocárdio 
• Exame físico carotídeo 
o Sentidas no ângulo da mandíbula, de cada lado da traqueia, ou 
na borda interna do esternocleidomastoideo 
o Palpação recomendada em casos de parada ou pacientes 
hipotensos sem pulsação radial 
▪ Carótida possui o seio carotídeo, que funciona 
como barorreceptor, sendo sensível a mudanças 
na pressão sanguínea arterial -> massageá-lo = 
diferença de pressão = desmaio do paciente 
▪ Focos de formação de placas ateroscleróticas 
(idosos!) -> cuidado ao manuseá-las para não 
desprender fragmentos que possam parar no 
cérebro = possível AVC 
• Artéria carótida externa 
o Principais ramos: aa. tireóidea superior, faríngea ascendente, 
lingular, facial, occipital, auricular posterior, maxilar e temporal 
superficial 
o Palpação unilateral da a. temporal = carótida externa do lado 
não palpável está ocluída 
• Drenagem venosa 
o Tronco braquiocefálico venoso que recebe jugular e subclávia 
dos dois lados 
▪ Jugular: externa passa na frente do m. 
esternocleidomastoideo e interna atrás 
▪ Ideal é passar acesso venoso central na veia 
jugular interna direta, mesmo que na subclávia seja 
mais fácil -> taxa de complicação na subclávia é 
maior que na jugular 
 
 
CRÂNIO 
• Irrigação: polígono de willis 
o Localiza-se no centro da base do crânio e constitui uma 
anastomose entre as 4 aa. que irrigam o encéfalo (2 aa. 
vertebrais e 2 aa. carótidas internas) -> sistema carotídeo e 
sistema vertebrobasilar 
o Círculo arterial do polígono: a. comunicante anterior, aa. 
cerebrais anteriores, aa. cerebrais médias, aa. carótidas 
internas, aa. comunicantes posteriores e aa. cerebrais 
posteriores 
o Carótidas internas sobem anteriormente: irrigam dois terços 
anteriores 
o Vertebrais sobem posteriormente: irrigam o terço posterior 
o Vertebrais se juntam na altura do bulbo -> a. basilar -> 
superfície anterior da ponte -> a. cerebral posterior -> 
comunicante posterior -> comunicação com a. carótida interna 
o Cerebral média: a que mais rompe na presença de um 
aneurisma 
▪ Ramo da carótida interna que é ramo do arco da 
aorta 
o Artérias cerebrais vem da subclávia 
 
• Drenagem venosa: seio cavernoso, seio sagital, jugulares 
REGIÃO AXILAR 
 
• Cada artéria vertebral parte de uma subclávia -> cada subclávia irriga os 
MMSS 
oExaminar subclávia: palpação por cima da clavícula encontra-se 
a parte mais proximal e por baixo a parte mais distal 
o Subclávia direita vem do tronco braquiocefálico 
o Subclávia esquerda vem do arco da aorta 
• Abaixo da axila transformam-se axilar 
MEMEBRO SUPERIOR 
 
• Axilar torna-se braquial quando passa pela cabeça do úmero, podendo ser 
palpada no sulco entre o tríceps e o bíceps (fossa cubital) 
• Braquial torna-se radial e ulnar ao passar pela fossa cubital, sendo 
palpadas no pulso lateral (radial) e medial (ulnar), e entre elas passa a a. 
interóssea 
• Prova de Allen: realizada quando há dificuldade para palpar a. ulnar; 
consiste em comprimir aa. ulnar e radial com a mão do paciente fechada 
e, quando abre a mão (que deve estar pálida), solta a artéria ulnar e 
verifica se será reperfundida por ela; serve para verificar a artéria que 
domina o arco palmar superficial e profundo 
o Evita complicações antes de se realizar punção 
 
• Veias do MS: digitais -> basílica -> braquial direita -> axilar direita -> 
subclávia direita -> cefálica 
TÓRAX E ABDOME 
 
• Aorta descendente torácica -> todas as aa. intercostais e a. de 
Adamkiewicz 
o Toracocentese: agulha deve ser aplicada posteriormente na 
borda superior da costela inferior do arco intercostal -> região 
com menos vasos e nervos -> evita hemotórax 
o A. Adamkiewicz: nutre a medula espinhal -> aterosclerose 
nessa artéria pode causar paraplegia 
• Aa. que nutrem o diafragma: frênica superior (acima) e frênica inferior 
(abaixo) 
o A partir do diafragma -> aorta abdominal 
o Primeiro ramo da aorta abdominal -> artéria frênica inferior 
o A. abdominal: tronco celíaco -> 3 ramos 
▪ Gástrica esquerda: vai para o estômago 
▪ Hepática comum -> hepática própria -> hepática 
direita e esquerda 
• Direita -> a. cística -> vesícula e 
precisa ser ligada durante uma 
colecistectomia 
▪ Esplênica 
 
• Abaixo está mesentérica superior, duas reais e mesentérica inferior 
o Mesentérica superior -> cólica média e cólica direita: irrigação 
do cólon transverso e cólon direito 
o Mesentérica inferior: cólon sigmoide e reto 
o Arcada de Riolan: vascularizações colaterais, faz com que 
aterosclerose nas mesentéricas não cause repercussões 
• Aorta abdominal 
o Pode ser palpada em paciente jovens emagrecidos 
▪ Se palpada muitas vezes pode causar aneurisma 
palpável 
o Se bifurca em ilíaca comum esquerda e direita 
• Artérias lombras são ramos diretos da aorta 
• Drenagem: 
o Sistema porta: vv. mesentérica superior e esplênica -> se 
juntam -> v. porta -> entra no fígado 
 
PELVE 
• L5 -> aorta se divide em 2 -> artéria ilíaca comum esquerda e direita 
o Esquerda -> interna e externa 
▪ Interna: pelve 
▪ Externa: perna 
o Ligamento inguinal: ilíaca vira femoral (comum) 
• Drenagem: 
o Veia ilíaca interna e externa -> veia cava inferior 
o Veia gonodal direita -> veia cava inferior 
o Veia gonodal esquerda -> veia renal esquerda 
MEMBROS INFERIORES 
• Passou o ligamento inguinal -> artéria femoral comum -> profunda (mm. da 
coxa) e superficial (continua para restante da perna) 
o Pulso deve ser avaliado comprimindo a cabeça do fêmur sobre 
a região inguinal, mesmo em pacientes chocados 
• Femoral superficial -> poplítea 
o Não é pulso fácil de pegar: se pegar fácil, pensar em 
aneurisma de poplítea 
• No joelho a. poplítea ramifica-se em 
o A. tibial posterior -> vai até o pé -> a. pediosa (ou dorsal do pé) 
-> avalia pulso pedioso -> palpável = há pulso poplíteo, femoral, 
ilíaco e aórtico 
• Artéria fibular: não tem como palpar (meio dos ossos) 
• Drenagem 
o Mecanismos para facilitar o fluxo contra a gravidade 
▪ 2 veias/artéria 
▪ Válvulas nas paredes para evitar refluxo 
▪ Veias entremeadas nos músculos 
▪ Sistema de superficial a profundo e de baixo para 
cima 
 
o MMII -> veia cava inferior -> atras do fígado -> pequenas 
veias dentro do fígado -> veia cava inferior 
o Para cada artéria -> 2 veias 
o Safena magna (superficial) sai do maléolo medial e vai para 
veia femoral 
o Safena parva sai do maléolo lateral e vai para poplítea 
o Pés: único lugar em que as válvulas não são unidirecionais 
▪ Região plantar: tem muita veia (infecção se 
espalha muito rápido; ex: pé diabético) 
27/02/2023 
PROPEDÊUTICA ARTERIAL 
ANATOMIA ARTERIAL 
 
• Conhecimento anatômico da distribuição do suprimento arterial é 
importante tanto pelo aspecto do diagnóstico clínico e instrumental como 
pela possibilidade de intervenção cirurgia 
• Situais especiais, a perspectiva clínica, domínio da técnica e conhecimento 
anatômico forma uma tríade indispensável para adequada ação e 
tentativa de salvar o membro 
• Arterias do membro superior 
 
o Da arteria axilar até arco palmar 
• Arterias de membro inferior 
 
o Da arteria femoral comum até arco plantar 
o Trigono femoral 
 
▪ Encontra-se na porção proximal e anteromedial da 
coxa 
▪ Limites: 
• Lateral: m. sartório (borda medial) 
• Medial: m. adutor longo (borda lateral) 
• Superior: lig. Inguinal 
▪ Assoalho 
• M. iliopsoas 
• Pectíneo 
• Adutor curto 
▪ Teto 
• Fáscia lata 
▪ Conteúdo 
• Vasos e nervos femorais 
▪ Trigono de scarpa: principal via de acesso ao 
sistema arterial do corpo humano 
PROPEDÊUTICA DAS DOENÇAS ARTERIAIS PERIFÉRICAS 
• Doença arterial periférica refere-se a qualquer processo patológico que 
atinja as artérias o corpo com exceção das artérias coronárias e vasos 
cerebrais 
• Boa anamnese: 90% de acerto do diagnóstico arterial antes mesmo do 
exame físico 
ANAMNESE 
• Identificação: sexo e idade 
o Tromboangeíte obliterante: homens <40 anos 
o DAOP: homens 50-70 anos 
o Arterite de Takayasu: mulheres <40 anos 
o Vasculites e fenômeno de Raynaud: mulheres 
• Profissão: alterações vasculares profissionais, por traumatismo ou 
fenômenos vasoespásticos 
o Digitadores, frigoríficos etc. 
• HMA 
o Verificar tempo de aparecimento, forma como apareceram 
sintomas (abrupto ou progressivo), se foi espontâneo ou por 
alguma causa 
o Alterações das extremidades secundárias a patologias 
arteriais tem causa primária isquêmica ou aneurismática e 
secundária por processos degenerativos ou infecciosos 
o Sintomas vasculares tem íntima relação com topografia/altura 
da lesão 
o Dor isquêmica depende de vários fatores: altura da lesão, grau 
da lesão (oclusão x estenose), necessidade metabólica do 
tecido e grau de colateralização 
• Sintomas mais comuns 
o Dor: devido a alteração local do vaso 
▪ Devido a isquemia dos tecidos 
o Claudicação intermitente 
▪ Dor em forma de aperto ou câimbra em 
topografia muscular, nos MMII, pode ser coxa, 
glúteo ou panturrilha, desencadeada por atividade 
física que melhora subitamente com repouso 
▪ Ocorre por acúmulo de ácido lático e respiração 
anaeróbica da musculatura 
▪ Insidiosa, pela progressão da doença, ou súbita, por 
instalação aguda de oclusão de um ramo 
importante 
o Dor em repouso 
▪ Agravamento da claudicação intermitente onde os 
valores pressóricos são tao baixos que 
desencadeiam sintomas com o paciente parado 
▪ Intensificam em decúbito e com frio, e aliviam com 
o “pé pendente” 
o Esfriamento das extremidades 
▪ Diminuição de sangue circulante do membro reduz 
entrega de temperatura na extremidade 
▪ Vasoespasmo é ao memso tempo causa e 
consequência 
▪ Gradiente térmico: linha onde muda a temperatura 
o Alterações na coloração da pele 
▪ Cor é reflexo da circulação superficial 
▪ Sugere alteração na macro circulação 
▪ Palidez (branco): vasoconstrição ou ausência 
▪ Rubor (vermelho): vasodilatação 
▪ Cianose (azul): congestão/lentidão da circulação 
colateral 
o Sintomas de origem neurológica 
o Disfunção erétil 
▪ Pacientes com doença aterosclerótica grave do 
território ilíaco 
▪ Baixo fluxo pélvico pode causar ausência de ereção 
ou dificuldade de mantê-la 
▪ Se associada a claudicação glútea e ausência de 
pulso femoral -> Síndrome deLeriche 
o Alterações tróficas 
▪ Último estágio da doença aterosclerótica 
▪ Aporte sanguíneo tão baixo que não permite a 
cicatrização de feridas ou ocasiona a abertura 
espontânea de lesões 
o Cianose 
▪ Não fixa: desaparece à digito pressão -> reversível 
▪ Fixa: não desaparece à digito pressão -> 
irreversível 
• Antecedentes pessoais 
o Tabagismo* 
o DM 
o Outras doenças: IAM, AVE, HAS, angina pectoris, AIT 
o Dislipidemias 
o Traumas 
o Reumáticas 
o Trombofilias (SAF) 
o Aneurismas arteriais 
o Tromboses 
o História familiar 
EXAME FÍS ICO 
• Inspeção: inspeção do trajeto arterial 
o Alterações de cor na extremidade 
o Palidez à elevação das extremidades: MMII elevar 45-50º 
(teste de Buerguer) 
 
o Colocação do membro em posição pendente 
o Lesões: trófica, gangrena, úlcera isquêmica, edema 
o Livedo reticular: alternância de coloração na circulação 
superficial ocasionando aspecto arboriforme ou de mármores; 
espasmos arteriolar da pele desencadeada por frio, medicação 
(vasoconstritor) ou alteração neuronal (arteriopatias 
funcionais) 
o Fenômeno de Raynaud 
 
o Abaulamento pulsátil: em região abdominal -> aneurisma de 
aorta 
o Pé de Charcot: neuro-osteo Artropatia -> pé diabético 
 
• Palpação 
o Temperatura cutânea 
o Consistência e umidade da pele 
o Palpação de frêmitos palpação das artérias -> TODAS 
 
o Angiossomas 
 
o Manobra de Allen 
▪ Testa a perviedade da artéria ulnar e do arco 
palmar 
▪ Alterado: sem retorno da coloração, a. radial supre 
a irrigação da mão (dominante) 
• Ausculta arterial 
o Deve incluir ausculta cardíaca 
o Avaliar aterias carótidas, subclávias, aorta e seus ramos 
abdominais, femorais e poplíteas 
o Aferição da PA em ortostase, sentado e decúbito, MMSS e 
MMII 
o Índice tornozelo-braqueal 
ITB Interpretação 
>1,3 Não compressível 
0,91-1,29 
Normal 
O,41-0,90 DAOP leve a moderada 
0-0,40 
DAOP grave 
▪ Diabético e renal crônico utiliza a artéria do hálux 
(índice hálux-braqueal) 
CLASSIF ICAÇÃO DE DOENÇAS ARTERIAL PERIFÉRICA 
• Classificação de Fontaine e de Rutherford 
Classificação de Fontaine Classificação de Rutherford 
Estágio Manifestação clínica Grau Categoria 
Manifestação 
clínica 
I Assintomático 0 0 Assintomático 
IIa Claudicação leve I 1 Claudicação leve 
IIb 
Claudicação de moderada 
a grave 
I 2 
Claudicação 
moderada 
III 
Dor isquêmica de 
repouso 
I 3 Claudicação grave 
IV Úlcera gangrena II 4 
Dor isquêmica de 
repouso 
 III 5 
Lesão tecidual 
menor 
 III 6 
Lesão tecidual 
maior 
• Classificação wifi 
 
o Pode ser usada em qualquer paciente com DAOP, diabéticos ou 
não 
o Pode ser usada em IVC, OAA, trumas e vasculites 
EMBOLIA ARTERIAL X TROMBOSE ARTERIAL 
 
• Coágulo no sítio de formação (vasos ou coração) = trombo 
• Coágulo arrastado pela corrente sanguínea = êmbolo 
• Trombose e embolia -> obstrução do fluxo sanguíneo 
• Origem de êmbolos periféricos 
Origem Porcentagem 
Cardiogênica 
80 
Fibrilação atrial 50 
Infarto do miocárdio 
25 
Outras 5 
Não cardíaca 
10 
Doença aneurismática 6 
Artéria proximal 
3 
Êmbolos paradoxais 1 
Outras ou idiopática 
10 
• Para onde vão os êmbolos? 
Local Porcentagem 
Bifurcação aórtica 10-15 
Bifurcação ilíaca 15 
Bifurcação femoral 40 
Poplíteo 10 
MMSS 10 
Cerebral 10-15 
Mesentérico, visceral 5 
o Maiores: artéria dos membros 
o Menores (microembolos): artérias cerebrais e viscerais (a. 
mesentérica -> infarto intestinal; a. renal -> insuficiência renal 
progressiva) 
 
• Regra dos 6Ps -> embolia aguda -> quando no pré direito indica isquemia e 
se não tratada rapidamente pode levar a amputação 
o Paresthesia 
o Perishing Cold 
o Pulselesness 
o Pain 
o Paralysis 
o Pallor 
• Trombose arterial 
o Locais acometidos: vasos afetados por aterosclerose 
preexistente 
o Há circulação colateral adjacente 
o Isquemia menos grave que a embolia aguda 
o Artéria femoral superficial -> vaso periférico mais acometido 
o Trombose de a aneurisma da artéria poplítea -> causa comum 
e grave de isquemia aguda do membro 
• Oclusão aguda x DAOP 
o Diferenças 
Características Embolia Trombose 
Início Agudo Agudo e gradual 
Dor Súbita e intensa Súbita e intensa a 
moderada 
Antecedentes de 
claudicação 
Ausentes Presentes 
Doença cardíaca Frequentes Ocasionais 
Pulsos no membro 
colateral 
Geralmente 
presentes 
Geralmente ausentes 
• Causa da obstrução arterial aguda 
 Embólica Trombótica 
Dor Aparecimento súbito 
Assintomático prévio 
Intensa 
Claudicação anterior 
Vários graus de dor 
Palidez Intensa 
Sem sinais de fluxo 
cutâneo 
Menos intensa 
Com algum sinal de 
fluxo (colaterais) 
Pulso Normal acima da 
oclusão 
Ausente abaixo da 
oclusão 
Alteração unilateral 
Alterados acima da 
oclusão 
Alteração bilateral 
DESFILADEIRO TORÁCICO 
• Manobra de Adson: testa espaço intercosto-escalênico
 
• Manobra costoclavicular 
 
• Manobra de Wright 
 
• Teste de Ross 
 
• Teste de Elvey 
 
 
PROPEDÊUTICA DO SISTEMA VENOSO 
• Função das veias é trazer o sangue de volta ao coração após trocas 
metabólicas e térmicas nos tecidos 
• Rede venosa superficial 80% drenagem MMSS e 20% MMII 
• Alterações do sistema venoso superficial são vistas pelo próprio paciente 
e do sistema venoso profundo muitas vezes não apresentam sinais e 
sintomas em fases iniciais do desenvolvimento 
ANATOMIA VENOSA 
 
 
• Funções 
o MMSS: 80-90% drenagem por veias superficiais 
o MMII: 80-90% drenagem por veias profundas 
o Veias profundas: drenam do SVS para o SVP 
o Válvulas: orientam o sentido do fluxo, quebram a coluna de 
sangue e diminuem a pressão hidrostática 
ANAMNESE 
• Identificação 
o Gênero: mais comuns em mulheres que homens 
o Etnia e procedência 
o Idade: aumenta com a idade; >40 anos 
o Profissão 
• HPMA 
o Aparecimento agudo: no trajeto superficial, profundo, 
muscular, em todo membro, na pele e no TCSC -> suspeita de 
tromboflebite ou trombose venosa 
o Aparecimento progressivo: piora em pé ou sentado, alivia ao 
repouso e trendelemburg -> sugestivo de doença venosa 
crônica 
▪ Manobra de Brodie-Trendelemburg; testa 
incompetência do óstio da veia safena magna; 
dilatação súbita da veia safena magna quando o 
garrote é retirado 
 
o Edema: vespertino, piora no calor e no final do dia; se não 
melhora ao repouso -> investigar outras causas 
o Hemorragia: varicorragia; veias bem frágeis palpáveis em cima 
da pele, no banho com vapor quente vasodilata e sangra 
o Prurido: coça por sangue parado na região 
o Alterações trófica: pele ficando descamada e endurecida 
devido a inflamação intensa; atrofia branca 
o Sintomas respiratórios e circulatórios: dor associada com 
dispneia -> TVP com embolia pulmonar 
• ISDA 
o Sempre questionar sintomas sugestivos de neoplasia no caso 
de uma TVP espontânea 
o Alterações menstruais: gestação -> influência hormonal 
▪ Veias tem receptores de estrógeno e 
progesterona 
• Antecedentes pessoais e hábitos de vida 
o Profissões que exigem a ficar muito tempo em pé 
o Neoplasia: fator trombogênico 
o Gestação: a partir da segunda o risco aumenta 
o Anticoncepcional 
o Fraturas ou lesões ortopédicas: lesão de estruturas ao redor 
e risco de trombose 
o Drogas injetáveis 
• Antecedentes familiares 
o Tem componente multifatorial e poligênico 
o TEV: componente genético -> antitrombina III, fator V de 
Leidein, proteína C e S, mutação da protrombina, hiper-
homocisteinemia 
o Mae com varizes: aumenta risco em 30-40% 
▪ Mae e pai: 70% 
EXAME FÍS ICO 
• Posição do exame quando há queixas de varizes -> em pé 
o Em tromboflebite superficial -> não há posição preferencial 
• Pacientes com TVP de MMII -> deitado é mais conveniente 
• TVP em MMSS -> posição melhor ao paciente 
• Manobras venosas 
o Testar retorno venoso superficial, profundo e competência 
valvar 
o Garroteamento do membro não tem força para excluir o SVP, 
somente SVSo Garroteamento é feito e avaliado na posição de ortostase, 
decúbito e deambulação 
o Atualmente pouco utilizadas pela baixa acurácia 
• Inspeção 
o Veias vericosas 
o Alterações da cor: rubor, cianose, palidez, pigmentação, 
manchas 
o Edema 
o Alterações tróficas: eczema e úlcera venosa 
o Veias por diâmetro 
▪ Telangiectasisas: <1mm 
▪ Veias reticulares 1-3mm 
▪ Veias vericosas >3mm 
▪ Veias visíveis, podem normais 
• Queixa de varizes 
 
o Doença venosa crônica: C1-C6 
o Insuficiente venosa crônica: C3-C6 
▪ Síndrome pós trombótica 
▪ Varizes primárias ou secundárias 
▪ Síndrome compressiva 
▪ FAV 
▪ Falha bomba muscular 
• Palpação 
o Temperatura 
o Edema: sinal de Godet 
 
o Frêmitos: em casos de FAV 
• Intensidade dos sintomas não está diretamente relacionado com a 
gravidade da doença 
• Percussão 
o Útil para avaliar a continuidade de uma veia superficial ou a 
comunicação entre uma veia e o botão varicoso 
o Teste de Schwartz 
• Manobra de Perthes 
o Confirma perviedade do SVP e perfurantes 
 
• Manobra de Linton 
o Testa oclusão do SVP 
 
• Ausculta 
o Com esteto comum 
o FAV ou insuficiência valvar 
o Manobra do Alípio Correa Neto 
▪ Sopro em JSF ao comprimir distalmente a veia -> 
sinal de refluxo de VSM 
• Testes para diagnósticos de TVP 
o Sinal de Homans: dor na panturrilha à dorsoflexão do pé 
 
o Sinal da bandeia: menor mobilidade à palpação da panturrilha 
acometida (“empastamento”) 
 
o Sinal de Bancroft: dor à palpação da musculatura da 
panturrilha contra a estrutura óssea 
 
• Necrose (flegmasia cerúlea) 
o TVP maciça cujo comprometimento do retorno venoso 
compromete o sistema arterial 
 
TRATAMENTO 
• Com espuma densa 
• Cirúrgico 
o Safenectomia tradicional x laser 
• Clínico 
o Elastocompressão 
06/03/2023 
EXAMES COMPLEMENTARES VENOSOS 
• Pletismografia: avalia a parte funcional 
• Fleboscopia e realidade aumentada 
• USG vascular com doppler 
• Flebografia: diagnóstico e tratamento na mesma intervenção 
• IVUS: USG intravascular; realizado muito com angioplastia 
• Angiotomografia e angioressonancia 
PLET ISMOGRAFIA 
• Registra a variação de volume do membro em função do movimento 
circulatório do membro 
• Método não invasivo, qualitativo 
• Registra a variação de volume do membro, e, com ela, interpreta 
refluxo/obstrução 
• Tipos 
o Pletismografia a ar 
o Pletismografia por impedância (Strain-Gouge) 
o Pletismografia por deslocamento de volume (volumetria) 
▪ 20 movimentos com o pé em intervalos de 1 seg 
▪ Volume de água deslocado para a outra câmara 
mede a variação de volume de sangue no membro 
o Fotoplestimografia -> mais utilizado 
▪ Avaliação da intensidade da luz vermelha refletida 
no sensor pelas células sanguíneas 
 
▪ Quanto maior concentração de hemoglobina menor 
a reflexão 
▪ Parâmetro: tempo de enchimento venoso ou TRV -
> quanto mais curto, pior 
▪ Flexão plantar 5 segs após repouso 
▪ Limitações 
• Proximidade com veia varicosa ou 
perfurantes (falso +) 
• Impossibilidade de fazer dorsoflexão do 
pé (falso -) 
• Hipercromia de pele (falso -) 
• Úlcera venosa ativa (falto -) 
FLEBOSCOPIA E REALIDADE AUMENTADA 
 
USG VASCULAR COM DOPPLER 
• Unidade de oscilação da onda em cada segundo é denominado Hertz (Hz) 
• Som audível tem frequência a abaixo de 20.000 Hz ou 20KHz 
• Ondas acima de 20kHz as ultrassom 
• Transdutor linear opera em 8-10MHz ou 8-10 milhões de Hz 
 
• Maior penetração da onda quanto menor for a frequência 
o Probe linear: 5-10 MHz; baixa penetração; estruturas até 8cm 
 
o Probe convexo: 2,5-5MHz; alta penetração; estruturas 
profundas (abdominais) 
 
o Probe setorial: 2-8MHz; alta penetração; uso cardíaco 
 
• Gerador de sinal é associado a um transdutor; cristais piezoelétricos, no 
gerador de sinais, convertem eletricidade em ondas de som de alta 
frequência que são enviadas aos tecidos; tecidos dispersam, refratam e 
atenuam as ondas de som em vários graus 
• Ondas são capturas e interpretados pelo software, e transformadas em 
som audível, cor, imagem e onda espectral 
• Ondas contínuas ≠ ondas pulsáteis 
• Intercorrências 
o Refração 
o Reflexão 
o Difração 
o Atenuação 
o Recepção 
• Eco 
o Ecoluscente/hipoecoico 
 
o Ecogênico/hiperecoico 
 
o Anecoico 
 
• MODO B ou escada de cinzas: anatômica 
• MODO CORES: movimento do sangue 
o Padronização: vermelho = arterial e azul = venoso 
• MODO DOPPLER: onda espectral e avaliação de velocidades 
 
• TVP 
o Método de escolha para diagnóstico: TVP/TVS 
o Veias normais: paredes delgadas, sem trabéculas e paredes 
compressíveis 
▪ No TVP: incompatibilidade de veia total ou parcial; 
dilatação venosa por possível trombo; trombo 
agudo luminal ecoluscente ou ecogenicidade 
intermediária; ausência de fluxo ao pulsado ou 
color, na ausência de fasicidade 
o Fluxo normal espontâneo e fásico com a respiração 
o Na trombose 
▪ Identificação material intrabdominal parcial ou total 
▪ Incompressibilidade: maior acurácia 
▪ Ausência de fluxo modo cores 
▪ Ausência de fasicidade 
Veia femoral dilatada; veia não compressível com material hipoecoico 
 
• Varizes 
o Direcionamento do fluxo venoso ascendente depende de 
▪ Pressão arterial residual arteriolar (vis a tergo) 
▪ Integridade das cúspides valvares, adequado 
funcionamento das válvulas com fechamento das 
cúspides 
▪ Bombeamento de sangue pela panturrilha 
▪ Movimentos respiratórios (diafragma) (vis a front) 
o Exame de escolha para SVP e SVS: doppler -> avaliação 
anatômica e funcional 
o Feito com paciente em pé, ligeira flexão e rotação lateral; 
transdutor frequencia 7-13 MHz, preset para LEV (low 
extremity venous), examinador em frente ao paciente; inicia 
em inguinal indo até perimaleolar 
o Verificar SVS, SVP e perfurantes: diâmetro e variações, fluxo 
e refluxo, compressibilidade 
o Veia femoral/poplítea 40% de duplicação 
o Veias safenas sempre dentro do compartimento safênico 
(olho egípcio) 
o Junção safeno-femoral 5 tributárias principais 
▪ Safena acessória anterior: trajeto lateral e 
sempre sobre o feixe femoral da coxa 
▪ Safena acessória posterior: trajeto medial e pode 
se juntar com a veia Giacomini 
▪ Epigástrica superficial 
▪ Pudenda externa 
▪ Circunflexa ilíaca superficial 
o Arco posterior da perna, veia de Leonardo, tem trajeto 
paralelo à VSM distal 
o JSF localiza-se na prega cutânea poplítea até 7cm 
o Perfurantes: Dodd, Boyde, Sherman, Cockett 
o Diâmetros normais 
▪ JSF <7mm 
▪ VSM coxa <4mm 
▪ VSM perna <3mm 
▪ VSP <3mm 
▪ Perfurantes <3mm 
 
FLEBOGRAFIA 
• Luminografia do sistema venoso 
• Não avalia parede nem diâmetro -> avalia fluxo, refluxo e colaterização 
• Usada para diagnóstico no mesmo momento do tratamento -> flobografia 
armada 
• Realizada por punção periférica (anterógrada) quanto punção central 
(retrógrada) 
o Anterógrada 
▪ Sentido do retorno venoso 
▪ Punção superficial distal (mão e pé) 
▪ Injeção do contraste em bolus ou lento 
▪ Avaliação da drenagem do membro quanto 
anatomia e fisiologia 
o Retrógrada 
▪ Contrária do retorno venoso 
▪ Punção central (femoral comum) 
▪ Injeção de contraste lento 
▪ Avaliação da drenagem do membro e fluxo distal 
• Injeção de contraste iodado e escopia/subtração 
• Não pode ser usado CO2 como contraste (embolia gasosa) 
• Complicações 
o Reação ao contraste 
o Hematoma no sítio de punção 
o Trombose no sítio de punção 
• Indicações 
o Avaliação de IVC (refluxo e perfurantes), SVS e SVP 
o Avaliação das MAVs 
o Diagnóstico diferencial de edema/estenose venosa central 
o Diagnóstico de TVP e TVS 
o Diagnóstico e programação terapêutica de síndromes 
compressivas pélvicas 
• Critérios de Herman (IVC) 
o Grau 0: válvulas competentes 
o Grau 1: refluxo até meio da coxa 
o Grau 2: refluxo até joelho 
o Grau 3: refluxo até abaixo do joelho 
o Grau 4: refluxo até o tornozelo 
IVUS - ULTRASSOM INTRAVASCULAR• Método de imagem que possibilita visualização da artéria de dentro para 
fora 
• Feito por meio de um cateter com um mini transdutor fixado à 
extremidade, atuando como câmera, o que possibilita uma visão 
transversal da artéria e mostra camadas circulares distintas usando tons 
de cinza ou cores 
• Avaliação de estenose e redução de área 
• Não mede velocidade de fluxo, mas possui método cores 
• Fundamental na avaliação da porcentagem de estenose e, na escolha do 
dispositivo que será usado como tratamento 
• Diferente das artérias, veias podem colabar com a compressão e dar a 
falsa impressão de ausência de estenose quando em incidência única na 
flebografia 
 
ANGIOTOMOGRAFIA 
• Exame que combina técnicas de TC e angiografia, permitindo estudo 
detalhado de veias e artérias -> não invasivo 
• Paciente recebe injeção de contraste EV que permite melhor visualização 
de artérias e veias; depois encaminhado para TC 
• TC: maca + tubo; paciente deita-se na maca, que se move para o interior 
do tubo, que realiza movimentos circulares captando imagens 
 
Síndrome de May Thurner 
ANGIORRESSONÂNCIA VENOSA 
• Angiografia por ressonância magnética 
• Observar artérias e veias de forma não invasiva, avaliando as estruturas 
por emissão de ondas magnéticas 
• Combina ondas de rádio e campo magnético potente para obter imagens 
internas de vasos sanguíneos 
• Presença de fluxo no interior de um vaso que está sujeito a campo 
magnético e ondas de radiofrequência 
o Produz alterações de sinal que possibilitam a distinção entre 
vasos e tecidos estacionários 
 
RESUMÃO 
Exame Objetivo Invasivo? Valor de 
corte no 
exame 
alterado 
Limitação 
FPG Função: 
variação 
de volume 
do 
membro 
Não TRV <20s 
(maffei) 
TRV <18s 
(brito) 
Não localiza o 
sistema 
alterado 
USV Anatomia 
e função 
Não SVS >0,5s 
SVP >1s 
Perf>0,35s/
>0,5s 
TVP = não 
comprime 
Lesões de pele 
Flebografia Anatomia, 
luminograf
ia e 
função 
Sim Refluxo, 
oclusão, 
colaterais, 
ruptura 
Luminografia 
invasivo 
Angiotomografia 
venosa 
Anatomia Não Oclusão, 
colaterais, 
ruptura 
Exame estativo, 
nefrotoxicidade 
Angiorressonância 
venosa 
Anatomia Não Oclusão, 
colaterais, 
ruptura 
Exame estativo, 
claustrofobia, 
custo 
EXAMES COMPLEMENTARES L INFÁTICOS 
• Perimetria ou cirtometria 
o Medida da circunferência do membro 
o Método de maior utilização no diagnóstico de linfedema 
o Mensuração da circunferência em tuberosidades ósseas ou 
medida de segmentos equidistantes do braço ou perna 
o Membro contralateral usado como controle 
• Perimetria 
o Presença de linfedema quando houver a diferença de 2cm ou 
mais na circunferência de um membro em relação ao outro 
• Linfangiografia indireta 
o Visualiza o local do sistema linfático superficial e troncos 
linfáticos 
o Pode ser útil na avaliação da anatomia linfática anterior a 
cirurgia reconstrutora, assim como em pacientes com 
alterações localizadas 
o Auxílio na apresentação de linfedemas complexos 
• Linfocintilografia 
o Exame de escolha para avaliar o sistema linfático 
o Avalia a função e anatomia 
o Método pouco invasivo, facil realização e pode ser repetido 
sem causar dano ao vaso 
o Confirma suspeitas clínicas de linfedema 
o Pode ser usada para acompanhar a evolução de tratamento 
▪ Ex.: avaliar medidas terapêuticas que reduzam o 
volume do membro com linfedema 
o Realizada pela injeção intradérmica de radiofármaco 
(macromoléculas proteicas marcadas com material radioativo) 
na extremidade dos membros e aquisição de imagnes através 
de uma gama-câmara 
▪ Emissões são detectadas por uma câmera ou um 
dispositivo especial que produz imagem e fornece 
informações moleculares 
• Gama câmera e TC por emissão de 
fóton único (SPECT) 
o Radioisótopo mais usado: tecnécio-99 metaestável (Tc-99m) -> 
administrado mais frequentemente como marcador da solução 
de Dextran 5005-7 
o Indicações 
▪ Identificar linfonodo sentinela, ou o 1º gânglio a 
receber drenagem linfática de um tumor 
▪ Planejar biopsia ou cirurgia que vai ajudar a avaliar 
o estágio do câncer e criar plano de tratamento 
▪ Identificar os pontos de bloqueio no sistema 
linfático, como o fluxo de linfa em um braço ou 
perna (linfedema) 
o Interpretações 
▪ Quantitativa: transporte do radiofármaco em 
relação ao tempo 
▪ Qualitativa: analisa visualmente as imagens 
▪ Semiquantitativa: associa dados da dinâmica do 
transporte do radiofármaco com o tempo de 
aparecimento da radioatividade 
 
• Tonometria 
o Método simples, não invasivo 
o Mede quantitativamente o líquido nos tecidos através de uma 
compressão 
o Tonometro baseia-se na medida de uma deformidade 
produzida 
o Peso do medidos produz no tecido uma depressão (cm3) que 
desloca o líquido do local 
• Bioimpedância elétrica 
o Avaliação da composição corporal baseado na mensuração das 
propriedades elétricas do corpo humano 
o Impedância do corpo varia o fluxo na corrente elétrica 
o Principal material: água 
o Procedimento não invasivo 
o Mede a corrente elétrica que é passada em um segmento 
corporal 
• Ressonância magnética 
o Diagnóstico diferencial do edema 
o Identificação dos linfonodos -> amplia os troncos linfáticos 
o Diferenciação das várias causas de obstrução nos linfedemas 
secundários 
o Não é primeira escolha para avaliação de linfedema -> 
completo e oneroso 
o Aspecto em “favo de mel” = linfedema 
• Tomografia computadorizada 
o Utiliza radiação para obtenção de imagens 
o Definição anatômica da localização do linfedema 
o Pode identificar o espessamento da pele em mm 
o Não é imprescindível para avaliação dos pacientes com 
linfedema, mesmo que mais rotineiro que ressonância 
• Ultrassom 
o Não invasivo 
o Complementar para avaliação do membro 
o Linfedema: espessamento cutâneo e presença de líquido e 
fibrose no tecido subcutâneo 
EXAMES COMPLEMENTARES ARTERIAIS 
ÍNDICE TORNOZELO-BRAÇO 
• IP tornozelo/braço = PA tibial/PA braquial 
• Decúbito dorsal horizontal 
• Repouso 10-15 minutos 
• Medir PA a. pediosa e a. tibial posterior 
Normal 1,11 +/- 0,10 
Claudicação 0,6 +/- 0,15 
Dor de repouso 0,26 +/- 0,13 
Gangrena 0,05 +/- 0,08 
• Cuidado com diabéticos -> fazer o índice pododáctilo-braço 
o Indicado também para pacientes renais crônicos 
o Manguitos 2,0-2,5cm de largura 
o Valores do índice de pressão encontrados em diferentes 
graus de isquemia dos MMII 
Normal 0,86 +/- 0,12 (jovens) 
0,91 +/- 0,13 (idosos) 
Claudicação 0,35 +/- 0,15 
Dor em repouso 0,11 +/- 0,10 
PROVA DE ESFORÇO 
• Esteira ergométrica, velocidade 3,2km/h, inclinação 10-12º 
• Paciente deve 
o Referir quando dor muscular: claudicação útil 
o Interromper quando dor insuportável ou 5 minutos de exame: 
claudicação máxima 
• Obter PA a. tibial minuto a minuto até voltar à PA de repouso 
previamente determinada 
• Determinar: claudicação máxima, claudicação útil, queda da pressão após 
esforço e tempo de recuperação 
TESTE DA HIPEREMIA 
• Oclusão temporária do tronco arterial na raiz da coxa com manguito de 
pressão 
• Insuflar 50mmHg acima da pressão sistólica por 5 minutos 
• Hiperemia reativa: após desinsuflação do manguito 
• Medição minuto/minuto para restabelecer pressão de repouso 
EXAMES DO TERRITÓRIO CERVICAL E TÓRAX 
DOPPLER DAS CARÓTIDAS E VERTEBRAIS 
• Paciente em DDH, rotação e extensão do pescoço contralateral 
• Transdutor linear 7-12 MHz 
• Não utilizar harmônica, nem zoom 
• Foco único 
• Eixo longitudinal, parede posterior da carótida comum 
• Medidas automáticas e semiautomáticas: extensão 10mm 
• Acoplar ECG 3-5 ciclos R-R, final da diástole 
• Características das placas 
o Ecogenicidade 
▪ Hipoecoica ou ecolucente: escura, alto teor lipídico, 
ecogenicidade próxima ao sangue 
▪ Hiperecoida ou ecogênica: cor clara, sem sombra 
acústica, associada a material fibroso 
▪ Calcificada: placa ecogênica associada a sombra 
acústica 
o Estrutura▪ Homogênea: mesma ecogenicidade 
▪ Heterogêneas: ecolucentes e ecogênicos 
o Superfície 
▪ Regular: inteiramente lisa e uniforme 
▪ Irregular: visivelmente disforme 
▪ Ulcerada: placa escavada, representando perda da 
cobertura superficial, em continuidade com o 
lúmen 
• Quantificação espectral 
o Painel de consenso para graduação da estenose carotídea ela 
USV 
Estenoses (%) Parâmetros primários Parâmetros adicionais 
VPS ACI 
(cm/s) 
Estenose 
anatômica 
(%) 
VPS 
ACI/VPS 
ACC 
VDF ACI (cm/s) 
Normal <125 Ausente <2,0 <40 
<50 <125 <50 <2,0 <40 
50-69 125-230 ≥50 2,0-4,0 40-100 
>70 >230 ≥50 >4,0 >100 
Suboclusão Alto, baixo 
ou 
indetectá
vel 
Visível Variável Variável 
Oclusão 
Ausência 
de fluxo 
Visível, 
lúmen não 
detectável 
Não se 
aplica 
Não se aplica 
• String sign ou sinal do barbante = estenose longa 
 
• Artéria vertebral: valores de corte para velocidades nas estenoses 
proximais da artéria vertebral 
Estenose <50% 50-69% 70-99% 
VPS ≥85cm/s ≥140cm/s ≥210cm/s 
IVV 
≥1,3 ≥2,1 ≥4 
VDF ≥27cm/s ≥35cm/s ≥55cm/s 
• Síndrome do rouba da artéria subclávia 
o 90% das estenoses e oclusões da artéria subclávia 
o Tipo 1: latente 
▪ Desaceleração sistólica 
▪ Manobra de hiperemia reativa pode potencializar o 
fenômeno 
 
o Tipo 2: intermitente ou parcial 
▪ Inversão sistólica do fluxo 
▪ Estenose <70% da artéria subclávia 
 
o Tipo 3: completo 
▪ Inversão sisto-diastólica do fluxo 
▪ Estenose >70% ou oclusão da artéria subclávia 
 
 
 
ANGIOTOMOGRAFIA VASOS CERVICAIS E TÓRAX 
 
1. Anatomia 
2. Arco bovino: a. carótida comum esquerda não sai do arco aórtico 
3. Artéria vertebral direto do arco 
4. Artéria subclávia esquerda posterior ao arco aórtico e posterior ao 
esôfago (disfagia lusória) 
• Classificação do arco aórtico 
o De acordo com a altura da emergência dos troncos supra 
aórticos em relação à linha horizontal que tangencia o topo do 
arco aórtico -> preditor da dificuldade de cateterização das 
carótidas 
 
• Dissecção carótidas e vertebrais 
o Espontâneas ou traumáticas 
o 2% dos AVEs isquêmicos 
o 10-25% quando os pacientes com menos de 50 anos 
o Investigar: doenças do tecido conjuntivo, DFM, necrose cística 
da média, alterações fibroelástica da túnica íntima 
o Locais mais comuns 
▪ ACI extracraniana: segmentar superior 
▪ ACI intracraniana: segmento supra clinóide 
▪ Artérias vertebrais: V2 e V3 
• Displasia fibromuscular 
o Idiopática, segmentar, não inflamatória, não aterosclerótica, 
afeta todas as camadas das artérias de pequeno e médio 
calibre 
o Sintomas: HAS (62%), cefaleia (53%), vertigem (26%) e dor 
cervical (22%) 
o Sexo feminino: 91% 
o Artérias mais acometidas: renais (79%), carótidas (74%), 
vertebrais (36%), AMS (26%) 
▪ 65% dos pacientes com lesão renal também 
apresentam em território cervico encefálico 
 
• Dissecção de aorta 
o Angiotomografia S96% e E100% 
o Não invasivo 
o Desvantagens 
▪ Contraste 
▪ Radiação ionizante 
▪ Não detecta insuficiência aórtica 
▪ Não detecta doença coronariana 
 
• Síndrome aórtica aguda 
o Stanford A: lesão afeta aorta ascendente com ou sem 
envolvimento da descendente 
▪ DeBakey I: ascendente e descendente 
▪ DeBakey II: apenas ascendente 
o B: lesão afeta apenas aorta descendente -> DeBakey III 
 
ANGIOGRAFIA VASOS CERVICAIS E TÓRAX 
• Quantifica estenoses, aspecto das placas, presença de ulcerações, 
doenças inflamatórias e displásicas, dissecções e variações anatômicas 
• Óstio do tronco supra aórtico é estudado através da locação de um 
cateter Pigtail na a. aorta ascendente, intensificado em OAE 45º com 
bomba injetora de contraste -> 30mL (15mL/seg) 
 
Estudo angiográfico Posição do cateter Pressão Incidência 
Arco aórtico 
A. ascendente 
1200 OAE 45º 
Aorta torácica Após subclávia E 1200 AP/perfil 
A. subclávia/axilar 
carótida 
Seletivo Manual AP ASD/OA ipso 40º 
ASE/perfil 
Vertebral Seletivo Manual OA ipsi 30º 
EXAMES DAS ARTÉRIAS ABDOMINAIS 
• Angiotomografia e angiografia 
o Angiografia 
▪ Cateter pigtail 
▪ Locar entre T12 e L1 
▪ Vasos ilíacos: locar cateter ao nível de L3 
Estudo 
angiográfico 
Posição do 
cateter 
Pressão Volume (mL) Incidência 
Aorta 
abdominal 
T12-L1 
1200 35-45 AP 
Ilíacos L3 1200 35-45 AP/OA 
Ilíaca interna 
L3 1200 35-45 OAC 
aa. renais - - - OAE 20º 
TC/AMS 
- - - AP/perfil 
• Estenose da artéria renal 
o Etiologia mais comum: aterosclerose 85% dos casos 
o Angiotomografia: exame essencial; supera arteriografia 
convencional 
▪ Quantifica estenoses excêntricas 
▪ Distingue placas calcificadas e não calcificadas 
▪ Diferencia estenoses com comprometimento ostial 
ou troncular 
• Aneurisma da artéria renal 
o TC descarta doença renal, mapeia a anatomia e planeja 
procedimento cirúrgico 
o Em geral é assintomática 
o Rara 
o 2M:1H 
o Secular 87%, fusiforme 11% e bilobulado 2% 
o Cirurgia feita quando acima de 2cm ou sintomáticos 
• Isquemia da mesentérica 
o Aguda 
▪ Causa mais comum: embolia 
▪ Em geral, AMS na origem da a. cólica média 
▪ Angiotomografia sempre primeira opção 
diagnóstica 
▪ Demonstra segmento intestinal isquêmico e pode 
auxiliar na verificação da causa primária 
EXAMES DE MEMBROS INFERIORES 
• Doppler dos MMII 
o Exame versátil utilizado no pré, intra e pós op. 
o Avalia anatomia, morfologia e hemodinâmica de fluxo 
o Principal indicação: DAOP 
o Modo B 
▪ Artéria sem ateromatose 
 
▪ Artéria com ateromatose acentuada 
 
▪ Artéria com ateromatose acentuada e possível 
estenose significativa ou oclusão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Modo color 
 
o Modo doppler 
 
• Critérios de estenose 
 Grau de estenose VPS (cm/s) IS 
Moderada 50-69% >210 >2,5 
Grave 
70-99% >275 >4 
• Angiotomografia 
o Principais indicações 
▪ DAOP: S95% e E96% para estenoses maiores 
que 50% 
▪ Pré e pós op. de aneurisma 
▪ Pós enxertos e stents 
▪ Síndrome compressivas 
▪ MAVs 
• Angiografia 
o Exame padrão-ouro para diagnóstico e planejamento 
terapêutico da DAOP 
o Cada vez mais restrito: contraste, invasivo, radiação 
o Bifurcação femoral mais bem visualizada em OAI 40º 
Estudo 
angiográfico 
Posição do 
cateter 
Volume Pressão (psi) Incidência 
Femorais 
comum e 
superficial 
Ilíaca comum 
ou introdutor 
10 150 AP e obliqua 
Femoral 
profunda 
Ilíaca comum 
ou introdutor 
10 150 AP/OA ipso 
40º 
Poplítea e aa. 
tibial anterior 
e fibular 
Ilíaca comum 
ou introdutor 
10-20 150 OA ipso 40º 
TTF e TP+ Ilíaca comum 
ou introdutor 
15-20 150 OA contra 
40º 
Arco plantar Ilíaca comum 
ou introdutor 
15-20 150 OA contra 
40º 
27/03/2023 
ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL 
• Aneurisma = dilatação permanente, localizada, com pelo menos 50% de 
aumento do diâmetro maior que o esperado para a artéria 
o Ectasia: dilatação <50% 
o Arteriomegalia: dilatação difusa, envolvendo vários segmentos 
arteriais, com aumento do diâmetro >50% ao esperado 
• AAA: dilatação permanente, localizada, com aumento de pelo menos 50% 
do diâmetro comparado ao segmento não dilatado (1,5x) 
o Maior que 3cm 
 
• Fatores de risco 
o Tabagismo 
o Obesidade 
o Homem 
o Idoso 
o Gay 
o Sedentarismo 
o Aterosclerose 
CLASSIF ICAÇÃO 
• Quanto aos constituintes da parede 
o Verdadeiros -> todas as camadas 
o Falsos ou pseudoaneurismas: em geral, traumáticos; apenas 
cada adventícia e média 
• Quanto à etiologia 
o Degenerativos 
o Micóticos 
o Inflamatórios 
o Congênitos 
o Pós-estenóticos 
• Quanto à forma 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
• Anamnese 
o Grande maioria assintomático 
o Pode ser encontrado como achado de exame 
o Pode causar alguns sintomas a depender de tamanho e outros 
fatores como: compressão de ureter e duodeno, sensação de 
massa no abdome, pulsação no abdome, vômito, perda de 
peso, dor abdominal, trombose, embolia e paraplegia 
• Exame físico 
o Palpação: massa abdominal pulsátil 
▪ 3-3,9cm: 29% de acerto 
▪ 4-4,9 cm: 49% de acerto 
▪ >5cm: 76%de acerto 
o Sinal de Debakey: + quando não se consegue definir o limite 
superior do aneurisma à palpação abdominal (aneurisma 
toracoabdominal) 
o Microembolias: sd. do dedo azul 
 
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 
• Ecodoppler 
 
• Angiotomografia 
 
• Rx simples de abdome 
 
• Doppler 
INDICAÇÃO CIRÚRGICA 
 
CIRURGIA ABERTA 
 
CIRURGIA CONVENCIONAL 
 
ACESSO EXTRAPERITONEAL 
• PO mais benigno 
• Menos transfusão e cristaloides 
• Não usa SNG 
• Peristaltismo precoce 
• Menor distensão abdominal 
• Menor tempo de UTI e hospitalização 
• Vantagem em abdome hostil, grande obesidade, colostomia 
• Melhor resultado em DPOC 
 
DESCLAMPEAMENTO AÓRTICO 
• Desclampeamento: queda no débito cardíaco, redução na resistência 
vascular periférica, levando a uma profunda queda na pressão arterial 
(PA=DCxRVP) 
• Restabelece a perfusão distal: resistência vascular e pressão arterial 
estão reduzidas 
• As alterações do débito cardíaco são dependentes da pressão do 
ventrículo esquerdo, a qual frequentemente cai quando o clampe é 
retirado 
 
S ITUAÇÕES ESPECIA IS 
• Aneurisma inflamatório 
o Dor abdominal, perda de peso, febre, aumento de VHS, 
envolvimento dos ureteres (fibrose retroperitoneal) 
o TC: parede espessada e impregnada por contraste, 
geralmente pousa parede posterior 
o Risco de dissecção pelo clampeamento 
o Preferência pelo acesso extra peritoneal 
o Maior ocorrência de aneurismas para-anastomóticos 
 
• Associação com rim em ferradura 
o 1/600-800 individuos 
o 1 caso para cada 200 aneusrismas de aorta operados 
o Geralmente a fusão ocorre nos polos inferiores 
o 2/3 so suprimento arterial anômalo para o istmo com 
aneurisma 
o Istmo quase sempre parenquimatoso, não deve ser seccionado 
o Duplicação dos ureteres que passam na fase anterior do 
istmo renal 
 
• Anomalias venosas 
o Via renal esquerda anular 
o Via renal esquerda rertoaórtica 
o Duplicação veia cava inferior 
o Veia cava inferior transposta para o lado esquerdo da aorta 
RESULTADOS A LONGO PRAZO 
• Aneurismas anastomóticos 
o Complicações pouco frequentes 
▪ Infecções: mais frequentes se anastomose nas 
femorais 
▪ Fístula aorto-entérica 
▪ Isquemia do cólon 
▪ Ateroembolia 
▪ Trombose do ramo do enxerto 
CORREÇÃO ENDOLUMINAL 
• Tipos de aneurisma: planejamento 
• Leva em consideração 
o Colo 
o Acometimento das ilíacas 
o Tortuosidades 
 
MEDIANAS 
• Bem avaliada na AngioTC, em diferentes ângulos de estudo, utilizando a 
linha central de fluxo (center line)/3D MPR 
 
COLO DO ANEURISMA 
• Forma 
• Comprimento 
• Diâmetro 
• Angulação 
• Trombos 
 
LIMITAÇÕES 
• Anatômicas 
o Colo infrarrenal <15mm ou >32mm de diâmetro, angula >60º 
o Presença de trombos no local de fixação 
o Ilias aneurismáticas 
o Tortuosidade acentuada 
o Ilíacas externas e femorais de pequeno calibre 
o Obstrução bilateral do eixo ilíaco-femoral 
• DRC 
ENDOPRÓTESES 
• Stent metálico revestido com tubo de poliéster/PTFE 
• Bifurcação modular bi ou tri 
• Aorto-monoilíaco cônicas 
• Sistema bifurcado ancorado 
• Indicações para TE-AA 
o AAA com diâmetro >50mm 
o AAA com crescimento rapido 
o AAA sintomático (dor, compressão de órgãos vizinhos, 
ateroembolismo e, principalmente, ocorrência de ruptura) 
• Conforme colo proximal 
o Colo de 15mm 
▪ Endoprótese com fixação infrarretal ativa: 
anaconda, aorfix, excluder 
▪ Infrarretal passiva: AFX 
▪ Transretal ativa: alfa, braile, E tegra, ovation 
o Colo <10mm 
▪ Fixação ativa proximal: apolo, endurant, incraft, 
zenith 
o Colo 4-10mm 
▪ Sistema Helix-FX endoanchor 
o Ângulo >60º: endurant, e-tegra 
o Até 90º: amaconda e aorfix 
COMPLICAÇÕES PRECOCES 
• Relacionados ao acesso 
o Laceração artérias femorais e ilíacas, pseudoaneurisma, 
hemorragia de retroperitônio 
o Alternativas: condutos intra/exterperitoneais, reconstruções 
ilíacas, angioplastia, endarterectomia iliacofemoral, punção 
direta do segmento aortoilíaco, endoconduítes 
• IRA 
• Embolização, hipoperfusão, nefropatia por contraste 
• FR: DRC, necessidade de transfusão, extensão do aneurisma 
• Prevenção: controle da perfusão, uso de contraste não iônico isosmolar, 
BIC, N-acetilcisteína 
• Síndrome pós-implante: leucocitose moderada, febre e elevação de PCR 
COMPLICAÇÕES TARDIAS 
• Endoleak 
o IA: colo proximal 
o IB: colo distal 
o IC: oclusor de ilíaca 
o IIA: simples 1 ramo 
o IIB: complexo 2 ramos ou mais 
▪ Precoce ˂ 30 dias 
▪ Tardio ˃ 30 dias 
▪ Persistente ˃ 6 meses 
o IIIA: desconexão dos módulos 
o IIIB: defeito de fabricação 
o IV: porosidade 
o V: endotensão 
 
o Tratamento 
▪ IA 
• Cuff proximal, Stent expansível com 
balão, Stent autoexpansível 
• Embolização do saco aneurismático 
• Cerclagem do colo proximal 
▪ IB: extensão ilíaca, Stent não revestido 
▪ II: embolização transarterial, transealing ou direta 
por acesso translombar 
▪ III: implante de extensão ou Cuff coaxial 
▪ IV: conservador 
▪ V: Cuffs, extensões, cirurgia aberta 
• Migração: movimento >5mm 
o Pico de aparecimento após 19º mês 
o Pode comprometer selamento ou facilitar kinking 
• Degeneração do colo proximal: 20 a 30% apresentam degeneração em 2 
anos 
o Predisponentes: diâmetro inicial, diâmetro do aneurisma, 
presença de trombo circunferencial, oversizing ˃ 30% 
• Oclusão de extensão ilíaca 
o Fatores de risco: jovem, obesidade, pequeno diâmetro do 
ramo, extensão para ilíaca externa e calibre da aorta distal 
• Problemas estruturais: fratura de stents, quebra de sutura, erosão do 
tecido 
• Desconexão dos componentes: sobreposição inadequada, anatomia 
complexa, extensão de cobertura 
• Fístula aorto-entérica: erosão da parede, migração da endoprótese, 
endoleak 
• Infecção da prótese: explante com derivação extra-anatômica ou in situ 
com enxerto autólogo/ conservador 
• Ruptura 
ANEURISMAS ROTOS 
• Dor intensa súbita no abdome que irradia para dorso, em geral à esquerda 
(mais comum romper na parede póstero lateral esquerda) 
• TRÍADE CLÁSSICA: dor abdominal, dor lombar e massa abdominal pulsátil 
• Pode aparecer como hemorragia digestiva (HDA ou HDB), fístula aorto-
cava 
• Algoritmo de Harboview 
 
• Cirurgia aberta 
o Melhor sobrevida: creatinina ˂ 1,3, diurese intraoperatória ˃ 
200 ml, clampeamento infrarrenal, ausência de IRA ou IAM 
o Reposição volêmica 
o Uso de military-antishock-trousers: aumenta pressão intra-
abdominal 
o Equipe pronta antes da indução anestésica 
o Controle supra-celíaco: secção do ligamento do lobo E do 
fígado, dissecção através do pequeno epíplon, divulsão ou 
secção do pilar do diafragma 
o Uso de balão oclusor para controle supra-celíaco 
o Mudança do clampe para infrarrenal 
o Controle das ilíacas com cateteres luminares com balão 
o Considerar peritoniostomia: S. compartimental abdominal 
 
• Endovascular 
o Acesso femoral percutâneo 
▪ Anestesia local, acesso bilateral 
▪ Se paciente acordado e estável: prostar 
(proglide/perclose) em cada artéria 
▪ Troca bainha pela 12 no contraleteral 
▪ Coda, esqualizer: insuflar T12 se instável (se 
estável não insuflar) 
▪ Angiografia pelo pigtail pela ipsilateral/*IVUS para 
auxiliar nas medidas 
▪ Tratamento do aneurisma 
▪ Caso de anatomia desfavorável ou incerteza: 
conversão para cirurgia aberta 
o Prosseguir com anesteria e reposição volêmica 
o Correção semelhante à eletiva: preferência por prótese aoro-
monoilíaca 
 
o Complicações 
▪ Síndrome Compartimental Abdominal: 18-25% dos 
casos 
▪ Pressão vesical ˃ 25 mmHg 
▪ Tratamento com diuréticos, LE exploradora, 
peritoniostomia 
▪ Drenagem percutânea com r-TPA 
ANEURISMAS PERIFÉRICOS 
• Aneurisma: artéria tem diâmetro 50% maior que a artéria nativa 
• Aneurismas periféricos são raros 
• Quando aparecem, deve procurar outros aneurismas 
• Causas 
o Degenerativas 
o DFM 
o Aterosclerose 
o Esclerose da camada média 
o Colangenoses 
o Pseudoaneurisma: intervenções 
o Infecção• Presença de calcificação e trombo mural não protege o aneurisma da 
ruptura 
 
• Diagnóstico 
o Ecografia vascular com doppler 
▪ Excelente rastreio 
▪ Não invasivo 
▪ Avalia anatomia e desague distal 
▪ Dificuldade: obesos, gestantes e interposição de 
alças 
 
 
▪ Pseudoaneurisma 
 
• Angiotomografia 
o Localização, tamanho, presença de trombo mural 
o Reconstrução MPR 
o Colo distal e proximal: RUN OFF (escoamento distal) 
o Identifica aneurismas sincrônicos 
o Utiliza contraste não-iônico 
 
• Angiografia 
o Luminografia: não avalia parede nem trombo mural 
o Avaliar fluxo e escoamento distal 
o Invasivo: pode levar a dissecção/embolia 
 
ANEURISMA ARTÉRIA CARÓTIDA 
• Muito raro 
• Cuidado: bulho carotídeo possui dilatação fisiológica 
• Dilatação de 200% do diâmetro da a. carótida interna ou 150% da comum 
ipsilateral 
• Topografia mais comum: a. carótida comum e bifurcação carotídea 
• Fusiforme mais prevalente 
• Sintomas são raros 
o Tumorações pulsáteis no pescoço ou orofaringe 
o Compressão: s. horner (miose, ptose e anidrose) 
• Sem consenso para tto cirúrgico 
• Saculares e sintomático: operar 
• Classificação morfológica de Attigah 
 
• Cirurgias 
o Convencional: aneurismectomia e anastomose primária ou 
enxertia 
o Endovascular 
ANEURISMA TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO 
• Muito raro 
• Relacionado com aterosclerose 
• Se sintomas: embolização distal ou compressão 
• Classificação 
o Tipo 1: proximal 
o Tipo 2: acomete óstio 
o Tipo 3: acomete aorta ascendente 
 
ANEURISMA ARTÉRIA SUBCLÁVIA 
• Síndrome do desfiladeiro torácico* 
o Outras causas: aterosclerose, s. marfan, DFM, traumas, 
doença de behçet 
• 1ª e 2ª porção: aterosclerose 
• 3ª porção: s. do desfiladeiro torácico e trauma 
• Todo paciente com este diagnóstico deve ser pesquisado para a s. do 
desfiladeiro torácico 
• Clínica 
o Assintomáticos 
o Quando sintomáticos: compressão, embolização e claudicação 
• Cirurgia: para todos os tipos, sintomáticos ou não 
o Convencional 
▪ 1ª porção: esternotomia 
▪ 2ª e 3ª porção: supraclavicular 
 
o Endovascular 
▪ Técnica da gaiola 
▪ Stent revestidos: cuidado com ramos, 
principalmente vertebral 
 
DIVERT ICULO DE KOMMERELL 
• A. subclávia aberrante 
• Emergência da a. subclávia D no arco aórtico ou na a. aorta descendente 
• Pode causar sintomas isquêmico distal ou compressivos (a. lusória = 
disfagia lusória) 
• Topografia mais comum retroesofágica (entre esôfago e traqueia) 
 
ANEURISMA ARTÉRIA AXILAR 
• Trauma de repetição (usos de muletas), vasculites 
• Clínica: embolização distal, claudicação e compressivos 
• Sem consenso sobre diâmetro para tratamento 
 
ANEURISMA ARTÉRIA BRAQUIAL 
• Trauma por manipulação (medicinal ou drogadição) 
• Cínica: principalmente em magros; tumoração pulsátil, embolização distal 
• Raramente ruptura 
• Não existe consenso de diâmetro para tratamento 
• Tratamento 
o Cirurgia aberta é mandatória 
o Aneurismectomia 
o Aneurismorrafia 
o Ressecção e anastomose T-T ou enxerto 
ANEURISMA ARTÉRIA ULNAR 
• Traumas de repetição em trabalhadores braçais -> síndrome do martelo 
hipotenar 
• Local mais acometido: porção distal da a. ulnar após emergência do canal 
de Guyton 
 
• Clínica: tumoração pulsátil, isquemia 
• Cirurgia: todos diagnosticados (aberta) 
ANEURISMA ARTÉRIA ILÍACA COMUM 
• Aterosclerose, degenerativo 
• Isolado -> extremamente raro 
• Geralmente associado ao aneurisma de a. aorta abdominal 
• Sempre que diagnosticada, pesquisar sincrônicos 
• Clínica: assintomáticos 
o Quando sintomáticos: claudicação glútea, sintomas 
compressivos urinários 
• Ruptura: gravíssimo! 
 
• Cirurgia: tratar todos os aneurismas saculares e sintomáticos 
o Fusiformes >30mm de diâmetro 
o Aberta 
▪ Aneurismectomia e enxertia com prótese de 
DACRON ou e-PTFE 
▪ Pode exigir revascularização da hipogástrica 
▪ Caso ligadura da a. hipogástrica -> avaliar potência 
da hipogástrica contralateral 
▪ Complicações são ejaculação retrograda, lesão 
ilíaca e do ureter 
o Endovascular 
▪ Cobertura do aneurisma com ou sem tratamento 
da a. abdominal 
▪ Avaliar zonas de ancoragem proximal e distal 
▪ Avaliar possibilidade de revascularização da a. 
hipogástrica, opções são 
• Próteses ramificadas 
• Próteses em paralelo (sanduiche) 
• Stent modelador de fluxo (multilayer) 
PERSISTÊNCIA DA ARTÉRIA ISQU IÁT ICA 
• Degeneração da a. isquiática persistente 
• Raro 
• Involução da a. axial do embrião -> supre a irrigação do MMII do feto antes 
da formação da artéria femoral 
• Apresentações: 
o Completa: comunica a. ilíaca interna com poplítea, e femoral 
superficial está hipoplásica 
o Incompleta: termina em ramos da coxa, femoral superficial é 
normal 
• Pesquisar aneurismas sincrônicos 
• Clínica: tumoração pulsátil glútea, claudicação glútea, embolização distal 
o Sinal de Cowie: pulso femoral ausente e poplíteo presente 
• Cirurgia: todos os casos diagnosticados 
o Completa: revascularização ilíaco ou femuro-poplítea 
o Incompleta: exclusão do aneurisma, aneurismorrafia ou 
embolização 
ANEURISMA ARTÉRIA FEMORAL COMUM 
• 2º aneurisma periférico mais comum 
• Aterosclerose e pseudoaneurismas 
• Altamente associada ao AAA 
• Bilateralidade é comum 
• Pseudoaneurismas: relacionados com procedimentos (aneurismas de 
anastomose e pseudoaneurismas de punção) 
 
• Clínica: assintomáticos 
o Quando sintomáticos: embolização distal, claudicação de 
membro, compressivos 
• Tipos 
o I: exclusivo da a. femoral comum 
o II: envolve bifurcação femoral 
 
• Cirurgia: todos os tipos de sintomáticos e assintomáticos >25mm 
o Não existe indicação de endovacular 
o Tipo 1 
▪ Aneurismectomia e anastomose término-terminal 
▪ Aneurismectomia e enxertia término-terminal com 
prótese 
▪ Veias devem ser reservadas para abordagens 
futuras 
o Tipo II 
▪ Aneurismectomia e enxertia término-terminal com 
prótese e reimplante 
▪ Veias devem ser reservadas para abordagens 
futuras 
o Pseudoaneurisma 
▪ Aberta: arteriorrafia; interposição de patch; 
enxerto 
 
▪ Compressão e cola: compresso ecoguiada; cola de 
fibrina ecoguiada 
 
ANEURISMA ARTÉRIA FEMORAL PROFUNDA 
• Arterites, colagenoses, traumas 
• Raros 
• Clínica: assintomáticos 
o Quando sintomáticos: oclusão e ruptura 
• Não há consenso de diâmetro para cirurgia 
• Cirurgia: ligadura/embolização 
ANEURISMA ARTÉRIA FEMORAL SUPERFIC IAL 
• Arterites, colagenoses, traumas 
• Raros 
• Clínica: assintomáticos 
o Quando sintomáticos: tumoração pulsátil, embolização distal e 
compressivos 
• Cirurgia: todos com aneurismas saculares, pseudoaneurismas ou 
sintomáticos e assintomáticos >25mm 
24/04/2023 
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA DOS MEMBROS INFERIORES 
• TVP de MMII se caracteriza pela formação aguda de trombos em veias 
profundas dos membros 
• Apesar do desconforto, o que é mais temido é a complicação: Embolia 
Pulmonar (EP) 
o 10% causa morte imediata em indivíduos internados 
o Brasil: 19% das necropsias, sendo 3,7% como causa mortis 
o 60 casos/100.000 hab./ano 
• Uma complicação não-mortal é a Insuficiência Venosa Crônica (IVC) 
o Síndrome Pós-Trombótica (SPT) 
▪ 60% dos 1,5% de úlceras de estase da população 
são devido a SPT 
o Evolução de 20% dos casos de TVP em 20 anos 
• Dividida em TVP proximal e distal 
o Proximal: vv. poplítea, femoral e ilíaca 
o Distal: vv. da perna 
▪ 25% podem evoluir para proximal 
• TVP provocada: existe fator de risco definido 
• TVP não provocada: não se identifica fator de risco 
o Possibilidade de doença oculta e maior índice de recorrência 
• Multifatorial/multicausal 
• Fatores genéticos + fatores ambientais 
• Existe clara existência de alterações genéticas, com famílias com maior 
tendência à trombose 
• A maioria se iniciam em vias musculares ou tronculares da perna, mas 
alguns podem se formar e veias proximais 
 
• Predição de TVP 
 
FATORES DE RISCO• Idade: aumenta exponencial com a idade 
o Rico importante após os 40 
• Imobilização: 15% em acamados até 1 semana, até 80% após esse tempo; 
em AVE mais comum no membro paralisado 
• TEV prévio: aumento de 3-4x quando submetidos a cirurgia; história com 
EP, incidência sobe para 100% 
• Infecção: estudos apontam associação entre processo inflamatório e TEV 
• Câncer: 20% das causas de TEV; aumentam risco em 4x; pode ser a 
primeira manifestação de um câncer 
o QT aumenta risco em 6x 
• Obesidade: quando acamados ou submetidos à cirurgia 
• Varizes: ainda há dúvidas 
• Grupo sanguíneo: A, B e AB 
• Duração e porte da cirurgia: quando maior, maior risco; cirurgias 
associadas (prótese de quadril e joelho, abdominais e pélvicas) 
• Tipo de anestesia: geral > peridural e raqui 
• ICC: 2-3x maior risco 
• Viagem prolongada 
• Trauma grave e lesão medular 
• Gravidade de doença: UTI 29%, enfermaria 10% 
• Gravidez e puerpério: compressão uterina e alterações de reologia e 
hemostasia (hiperfibrinogenemia); pós-parto 3% 
o Cesária > parto normal 
• ACHO: associadas ao estrógeno; principalmente nos 4 primeiros meses 
o 1ª geração: 50mg 
o 2ª geração: 30mg + progestina 
o 3ª geração: 30mg + progestina diferente 
• TRH: estudos recentes revelaram aumento em mulheres que faziam TRH; 
principalmente nos 4 primeiros meses 
• Doenças associadas: Policitemia vera, trombocitemia, LCM 
TRÍADE DE V IRCHOW 
 
F IS IOPATOLOGIA 
 
• Estase 
• Principal fator de TVP 
• Diminuição do fluxo venoso e da velocidade 
• Aumento do fluxo venoso em colaterais 
• Não acionamento da bomba venosa periférica 
• Acúmulo local de hemácias/leucócitos/plaquetas 
• Desaparecimento da oscilação normal da velocidade com respiração 
• Fluxo arterial diminui nas tromboses graves 
• Aumento da pressão venosa -> acúmulo de líquido no interstício/distensão 
da parede -> edema -> dor 
 
QUADRO CLÍNICO 
• 30-50% dos sinais e sintomas não se confirmam 
• Anamnese: pode aparecer no HMA ou ISDA 
o Deve avaliar condições em que os sintomas apareceram 
(espontâneo, secundário) 
• Dor aparece em 87% dos casos, edema 87%, aumento da consistência 
muscular 87%, dor à palpação muscular 69%, dor no trajeto da veia 
63%, Sinal de Homans 61%, dilatação de veias superficiais 48% e cianose 
17% 
• Febre, taquicardia, mal-estar 
• Pesquisar sinais e sintomas de EP 
o Dor torácica, tosse, hemoptise, dispneia 
• Antecedentes pessoais: episódios anteriores de TEV, doenças 
cardiovasculares, infecções, traumas/fraturas, cirurgia recente, viagens 
longas, medicações (ACHO, TRH) 
• Antecedentes familiares: trombofilia 
EXAME FÍS ICO 
• Edemas assimétricos: >3cm 
• Empastamento de panturrilha 
• Inspeção 
o Trajetos venosos superficiais visíveis -> Sinal de Pratt 
▪ Ingurgitamento venoso superficial por oclusão do 
SVP 
o Cianose 
o Palidez 
o Edema 
• Palpação 
o Edema muscular 
o Dor a palpação dos trajetos venosos 
o Dor à palpação da panturrilha 
o Sinal da Bandeira 
o Sinal de Moses: dor à palpação da panturrilha contra o plano 
ósseo 
o Sinal de Homans: dor à dorsiflexão passiva do pé 
PROPEDÊUTICA ARMADA 
• Testes sanguíneos: D-dímero 
o >500 -> pode ser 
o <500 -> não é TVP 
• Quando associado com doppler -> <1% de falso negativo 
• Mapeamento duplex ou eco-doppler 
Doppler venoso 
o Incompressibilidade total ou parcial (maior acurácia) 
o Visualização do trombo agudo intraluminal ecoluscente ou com 
ecogenicidade intermediária 
o Dilatação venosa com possível oclusãopelo trombo 
o Alteração do fluxo ao doppler pulsado ou color, ausência de 
fluxo, perda da fasicidade respiratória 
 
• Pletismografia 
• TC e RMN 
• Flebografia 
• Métodos radioisotópicos 
RESUMÃO 
 
EVOLUÇÃO 
• Veias da perna: 5-30% evoluem, 29% apresentam recorrência se não 
tratadas e 5% possibilidade de EP 
• Veias proximais: 46% podem evoluir para EP se não tratadas, sendo 4% 
fatais, há recorrência de 49% se não tratadas e 80% de SPT 
TRATAMENTO 
• Objetivo 
o Alívio dos sintomas 
o Impedir a extensão do trombo para perfurantes e SVP 
o Impedir a progressão para complicações (TEP) 
o Evitar recorrência e diminuir a chance de Síndrome pós 
trombótica 
o Em nenhuma forma a anticoagulação visa a remoção do 
trombo ou a fibrinólise 
• Tratamento 
o Meia elástica/ deambulação regular 
o Anticoagulação: 
▪ TVP proximal: todos 
▪ TVP distal: alguns 
 
• Ambulatorial ou hospitalar 
o Depende da clínica do paciente, comorbidades do paciente, 
condição econômica, escolha do anticoagulante 
• Candidatos a regime ambulatorial 
o TVP não complicada e sem evento embólico 
o Estável clinicamente/IRC com clcr> 15 ml/min 
o Baixo risco de sangramento domiciliar 
o Nível e condição social adequada para uso e seguimento 
• Candidatos para internação 
o TVP extensa (iliacofemoral) ou complicada (flegmasia) 
o TEP associado 
o Alto risco de sangramento 
o Necessidade de ponte com anticoagulante parenteral 
(marevan, marcoumar, dabigatrana, edoxabana) 
 
ANTICOAGULAÇÃO 
• Marevan: varfarina sódica 
o Mecanismo de ação: fatores II, VII, IX, X, proteína C e S 
o Interação medicamentosa: muitas 
o Gestantes: contraindicada 
o IRC e hepatopatia: ajustar dose conforme INR 
o Trombofilias: uso permitido 
o Antagonista: Vitamina K e PFC 
o Modo de uso: exige ponte com heparina 
• Dabigatrana: dose profilática 220mg 1x/dia 
o Mecanismo de ação: inibe fator II (trombina) 
o Meia-vida: 12-17 horas 
o Dose fixa 
o Interação medicamentosa: cetoconazol sistêmico 
o Gestantes: contraindicado 
o IRC e hepatopatia: CI se Clcr< 30 ml 
o Trombofilias: sem estudo 
o Antagonista: idarucizumab5 mg EV 
o Modo de uso: exige ponte com heparina 
• Rivaroxabana: dose profilática 10mg/dia 
o Mecanismo de ação: fator Xa 
o Meia vida: 7-13 horas 
o Dose fixa 
o Gestantes: contraindicado 
o IRC e hepatopata: CI em Clcr< 15, se < 50 –reduzir a dose de 
manutenção para 15 mg ao dia 
o Trombofilias: sem estudo 
o Antagonista: andexanetalfa 
o Modo de uso: não exige ponte com heparina 
• Apixabana: dose profilática 2,5mg 2x/dia 
o Ação: fator Xa 
o Meia-vida: 8-15 horas 
o Dose fixa 
o Gestantes: contraindicado 
o IRC e hepatopata: CI em Clcr< 15 
o Trombofilias: sem estudo 
o Antagonista: andexanetalfa 
o Modo de uso: não exige ponte com heparina 
• Edoxabana: 
o Ação: fator Xa 
o Meia-vida: 12 horas 
o Dose fixa 60 ou 30 mg 
o Gestantes: contraindicado 
o IRC e hepatopatia: Clcr< 50 adequar dose para 30 mg ao dia 
o Trombofilias: sem estudo 
o Antagonista: não informado 
o Modo de uso: exige ponte com heparina 
MEDICAMENTO 
• Aumento INR 
o Alopurinol 
o AAS 
o AINES 
o Azitromicina 
o Ciprofloxacina 
o Corticoides 
o Estatinas 
o Omeprazol 
o Paracetamol 
o Vacina da gripe 
• Diminuem INR 
o ACO 
o Carbamazepina 
o Fenintoína 
o Fenobarbital 
o Haloperidol 
o Hidróxido de alumínio 
o Sucralfato 
o Rifampicina 
o Vitamina K 
ALIMENTOS 
• Aumentam o efeito INR 
o Alho 
o Cranberry 
o Camomila 
o Castanha da Índia 
o Boldo, Maconha 
o Ervas chinesas (várias delas agem, na dúvida não use) 
o Gengibre, Ginkgobiloba 
o Óleo de peixe (ômega 3) 
o Quitosana (Swertiachirayita) 
• Diminuem o efeito INR 
o Alface, Ameixa seca, Aspargos, Atum em lata 
o Azeite de oliva, Beterraba 
o Brócolis, Cebolinha 
o Chucrute, Coleslaw 
o Costeleta de porco 
o Couve, Couve-de-Bruxelas 
o Couve-flor, Couve-galega 
o Endívia, Ervilha, Espinafre 
o Feijão-verde, Fígado 
o Folhas de amaranto 
SUBSTÂNCIAS NATURAIS 
• Diminuem o efeito da Varfarina 
o Chá-verde (camelliasinensis) 
o Danshen (Salviamiltiorrhiza) 
o Erva de São João (Hypericum perforatum) 
o Flor-de-cone (Echinaceapurpurea) 
o Ginseng (panaxginseng) 
INTERAÇÃO COM ALCOOL 
• Bebidas alcoolicas interferem no efeito da varfarina, conto para mais 
como para menos 
• Consumo agudo em pessoas que não bebem frequentemente pode causar 
aumento agudo do INR, mas o consumo moderado pode levar à 
resistência, sendo necessário doses mais elevadas paraatingir o INR 
terapêutico 
TEMPO DE COAGULAÇÃO 
• O tratamento tem como objetivo evitar a retrombose 
• O tempo de coagulação deve levar em conta: 
o Localização e extensão da trombose 
o Etiologia da trombose 
o Fatores de risco associados 
• Modelo de predição de VIENNA (recorrência de TEV idiopática) gênero, 
localização e d-dímero 
• Escore DASH para recorrência de TVP: D-dímero, age, sex, hormone 
• Avaliação seriada recanalização por Doppler: ruim 
• Candidatos à anticoagulação perene: 
o Fatores de risco irreversíveis 
o TEV recorrente sem etiologia definida 
PROFILAXIA 
• Físicos ou mecânicos: reduzem a estase 
o Fisioterapia/deambulação precoce 
o Compressão elástica/pneumática externa 
o Bloqueio de veia cava inferior com “filtros” 
• Químicos ou farmacológicos (menor coagulação ou maior fibrilólise) 
o Heparina não fracionada 
o Heparina de baixo peso molecular (HBPM) 
o Warfarina 
o Dextran ou hemodiluição intencional 
SCORE DE PÁDUA 
 
SCORE DE CAPRINI 
 
SCORE KHORANA 
 
SCORE RECOG 
 
RESUMINDO 
 
TROMBOSE VENOSA SUPERFIC IAL 
• Acomete sistema venoso superficial e perfurantes 
• 44% associada com TVP e 33% com TEP 
• Mesma fisiopatologia das outras tromboses 
• Qualquer veia do corpo 
o 80% em MMII 
o MMSS relaciona-se com cateter 
• Tromboflebite: termo desaconselhável 
• Varicotromboflebite: não acomete eixo safênico 
F IS IOPATOLOGIA 
• Mecânica: cateter plástico está no interior da veia 
• Química: utilização de substância hiperosmolar em contato com endotélio 
• Biológica: estase venosa em veia varicosa 
S INDROMES ASSOCIADAS 
• Síndrome de Trousseau: tromboflebite migratória superficial em MMSS e 
MMII associada a adenocarcinoma produtor de mucina 
 
• Síndrome de Mondor: tromboflebite de parede de tórax por trauma local 
ou neoplasia de mama 
 
• Síndrome de Lemierre: tromboflebite séptica da veia jugular interna 
direita por infecção de orofaringe 
• Doença de Buerguer: tromboflebite migratória associada à tromboangeite 
obliterante 
• Doenças de Mondor: tromboflebite de veia dorsal do pênis 
 
QUADRO CLÍNICO 
• Pode apresentar diversas formas, depende do local acometido 
• Habitualmente 
o Cordão endurecido e palpável no trajeto da veia 
o Dor, hiperemia e aumento de temperatura 
o Visual ectoscopia 
o Ausência de edema em MMII/geralmente simétricos 
• Diagnósticos predominantemente clínico, mas USG é mandatório 
 
 
FATORES DE RISCO 
• Varizes em MMII presentes em 66% 
• Hipercoagulabilidade: trombofilias, desidratação 
• Estase venosa: restrição no leito, cirurgia 
• Lesão endotelial: uso de substâncias polidocanol, glicose hipertônica
 
TRATAMENTO 
• Objetivos: alívio dos sintomas, impedir progresso para perfurantes e SVP 
e impedir evolução para complicações (TVP e EP) 
• Meia elástica: média compressão que cubra área da trombose (20-30 
mmHg) 
• Deambulação regular 
• Calor local com compressa úmida 
• AINE: diminui inflamação e sintoma, mas, não evita progressão 
• Pomada com heparina/heparinóide (sem estudos) 
o Todos com TVS extensa de coxa 
o Anti-inflamatório (heparinas) 
o Sem muita definição de tratamento 
• Anticoagulação 
o 9º ACCP 
 
▪ TVS > 5 cm: dose profilática fondaparinux ou 
HBPM por 45 dias 
▪ MAFFEI: 
• Tratamento sintomático: varicoflebite, 
1/3 distal coxa e TVS perna 
• Anticoagular 6 semanas: 1/3 proximal 
de coxa ou em progressão 
o 8ºACCP 
▪ TVP extensa: fondaparinux ou HBPM dose 
profilática 4 semanas 
▪ TVP extensa alternativa: AVK INR 2-3 por 4 
semanas 
▪ TVP menos extensa e longe de JSF: não 
anticoagular 
▪ Não existe indicação de antiagregante plaquetário 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
• Objetivo: ligar a veia e evita progressão para SVP 
• Opções 
o Ligadura de croça 
o Trombectomia venosa superficial 
o Safenectomai 
• Em desuso: não evita progressão distal/perfurantes e soma fatores de 
risco 
• Não existe indicação de rotina para ligadura em JSF ou JSP 
o Indicação exceção: trombos a menos de 3cm do sistema 
venoso profundo 
▪ Varicotromboflebite e IVC: cirurgia 
▪ Implante de veia cava inferior: contraindicação 
08/05/2023 
TRAUMA VASCULAR CERVICAL 
• Mortalidade chega a 60% em lesões de a. carótida 
• Cervicais são 22% dos traumas vasculares 
• 46% de óbito envolvendo traumas vasculares 
• Incidência de 5-10% de todos os tipos de traumas 
• 86% são homens jovens (20-40 anos) 
• Vaso mais cometido no trauma cervical: v. jugular interna 
• Artéria mais acometida: a. carótida 
o Trauma contuso pode levar a déficit neurológico em 15-30% 
dos casos 
• Tipo de trauma mais prevalente: penetrante (97%) 
o 80% das lesões isoladas de a. carótida 
• Zona mais atingida: zona II (50-80%) 
• Lesões por FAF (50% dos casos) 
• FAV e pseudoaneurismas podem ser consequências de trauma 
penetrante ou contuso 
S INAIS E S INTOMAS 
• Denotam lesão vascular: hematoma expansivo, pulsátil, volumoso, 
sangramento externo, hemotórax, choque, disparidade de pulsos e/ou PA 
em MMSS, diminuição ou ausência de pulso, trombose venosa 
• Compressão: dispneia, disfagia, deficit de pares cranianos 
• Trombose/embolia: déficit neurológico 
ZONAS CERVICAIS 
• Zona I: fúrcula e clavícula -> cartilagem cricóide 
• Zona II: intermediária (pescoço) 
• Zona III: ângulo da mandíbula -> base do crânio 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Rx de tórax AP, rx cervical AP e perfil: sempre que houver ferimento 
penetrante cervical profundo 
• Doppler: sensibilidade 91-100% e especificidade 85-98%; em traumas 
venosos serve como acompanhamento 
• Angiotomografia: padrão-ouro para lesões cervicais em pacientes estáveis 
• Angiografia: reservada para lesões de zona I e III, trauma contuso, trauma 
penetrante em trajetos de vasos sem indicação imediata de exploração 
cirúrgica 
ZONA I 
• Investigar quando lesão de base de crânio e fratura e primeira costela 
• Tratamento 
o 1º ATLS 
o Esternotomia mediana 
o Controle vascular inicial 
o Controle proximal e distal imperativo 
o Quando não se consegue controle proximal -> sonda de Foley 
ou cateter de Foley 
• 50% são corrigidas com ressecção e anastomse T-T 
• 25% são corrigidas com interposição de veia autógena 
• 12,5% são corrigidas com remendo de veia 
• Prótese reservada para casos em que não haja conduto adequado para 
reconstrução 
• Lesões de veia: pode realizar ligadura; reparo quando possível, mantendo 
50% da luz da veia 
• Lesões na a. vertebral 
o Envolvem sua origem e segmento proximal 
o Lesões variáveis, geralmente oclusão e benigna 
o Acesso via incisão supraclavicular 
o Tratamento: ligadura ou reparo 
▪ Mais realizado: ligadura -> baixo risco de déficit 
neurológico associado (1,8 a 3,1%) 
ZONA I I 
• Conduta destas são dependentes da penetração ou não do músculo 
platisma 
• Quando há penetração -> cuidados locais 
• Quando há penetração e paciente estável: exploração seletiva, baseada na 
apresentação clínica e estudos de imagem 
• Pacientes instáveis: exploração cirúrgica imperativa 
• Incisão: paralela ao músculo esternocleidomastoideo 
• Lesões de veia jugular: ligadura, rafia ou remendo 
• Importante manter sempre uma das veias jugulares pérvias (evitar 
edema cerebral) 
• Lesões de a. carótida externa: rafia simples ou ligadura 
• Lesões de a. vertebral: acesso difícil, pode ser feita ligadura ou clipagem 
• Lesões de a. carótida comum e interna 
o Se artérias pérvias e sem déficit neurológico: rafia simples, 
anastomose T-T, interposição de enxerto 
o Sempre realizar desbridamento das bordas 
o Com trombose extensa e sem dano neurológico = ligadura 
o Com trombose limitada e acessível = Trombectomia e correção 
padronizada 
o Com dano neurológico, mesmo extenso = proceder o reparo 
o Utilizar shunt sempre que possível 
o Glasgow < 8 = pior prognóstico, independentemente do tipo de 
correção 
ZONA I I I 
• Associado à trauma de base do crânio, muitas vezes 
• Hematomas retroauriculares (sinal de Battle),

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