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UNIDADE 1 - Bens públicos e licitações - e-book - apostila

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E-Book	-	Apostila
Esse	arquivo	é	uma	versão	estática.	Para	melhor	experiência,	acesse	esse	conteúdo	pela	mídia	interativa.
Unidade	1	-	Bens	públicos	e	licitações,	o	que
devo	saber	sobre	isso?
E-Book	-	Apostila
E-Book	-	Apostila
2	-	36
Introdução	da	disciplina
MESTRE	EM	CIÊNCIA
JURÍDICA
Thiago	Cesar	Giazzi
DOUTORANDA	EM
DIREITO
Gabriela	Giaqueto	Gomes
Olá,	estudante!	Tudo	bem?	Para	darmos	início	ao	nosso	conteúdo,	assista	ao	vídeo
de	apresentação	a	seguir.
Recurso	Externo
Recurso	é	melhor	visualizado	no	formato	interativo
Agora,	vamos	dar	início	à	nossa	unidade!	
Introdução	da	unidade
E-Book	-	Apostila
3	-	36
Neste	material,	estudante,	será	trabalhado	o	conteúdo	relativo	aos	bens	públicos	e
modalidades	 licitatórias,	 ambos	 aspectos	 do	 Direito	 Administrativo.	 Para
compreensão	 de	 quaisquer	 dos	 aspectos	 do	 Direito	 Administrativo,	 é	 necessário
basear-se	 nos	 princípios	 constitucionais	 da	 Administração	 Pública,	 constantes	 no
primeiro	 tópico	 de	 abordagem.	 São	 os	 princípios	 constitucionais	 os	 marcos	 para
interpretação	 correta	 da	 aplicação	 do	 direito	 administrativo	 e	 de	 suas	 normas,
representando	 o	 arcabouço	 fundamental	 do	 regime	 jurídico	 da	 administração
pública.	Em	segundo	momento,	 serão	apresentados	os	pontos	 relativos	ao	objeto
das	relações	públicas	administrativas,	ou	seja,	os	bens	públicos.	Estudaremos	seu
conceito,	suas	classificações	e	especificações	e	o	regime	jurídico	de	utilização.	
Logo	 após,	 e	 como	 decorrência	 dos	 princípios	 do	 direito	 administrativo,
principalmente	 dos	 princípios	 da	 legalidade,	 da	 eficiência	 e	 da	 impessoalidade,
abordaremos	os	aspectos	teóricos	sobre	as	licitações	públicas	e	suas	modalidades
e	procedimentos.	É	o	sistema	de	licitação	pública	o	responsável	pelo	fornecimento
à	 Administração	 Pública	 de	 todos	 os	 insumos	 necessários	 para	 a	 prestação	 dos
serviços	públicos	e	da	manutenção	das	atividades	das	repartições	públicas.	É	pelo
procedimento	licitatório	que	o	ente	público	terá	autorização	de	empregar	recursos
financeiros	dos	caixas	públicos	na	compra	de	insumos	ou	contratação	de	terceiros
para	 execução	 de	 suas	 atividades,	 garantindo,	 assim,	 a	 lisura	 e	 a	 adequação	 ao
interesse	público,	constitucionalmente,	expresso.	Vamos	lá,	então?	Acompanhe!
Bens	 públicos	 e	 licitações:	 o	 que	 devo	 saber
sobre	isso?
O	 Direito,	 como	 um	 todo,	 segue	 uma	 estrutura	 lógica	 de	 estudos.	 Com	 raras
exceções	produzidas	pelas	especificidades	sobre	 fatos	 jurídicos	que	são	possíveis
de	ocorrer,	 o	Direito	normatizará	um	 fato	que	ocorre,	 interferindo	em	um	objeto,
sendo	 este	 vinculado	 a	 alguma	 pessoa.	 Assim	 são	 os	 negócios	 jurídicos,	 a	 mais
abundante	classe	de	operações	jurídicas	ocorridas	em	nossa	sociedade.
E-Book	-	Apostila
4	-	36
EXEMPLO
Em	 uma	 compra	 e	 venda	 regida	 pelo	 direito
privado,	 por	 exemplo,	 uma	 pessoa	 vendedora,
proprietária	 de	 algum	 bem	 que	 esteja	 sob	 sua
esfera	 patrimonial,	 dirige	 sua	 vontade	 perante
outra	 pessoa	 que	 entrega	 valores,	 valores	 estes
pertencentes	 à	 esfera	 patrimonial	 da	 compradora,
em	 troca	 de	 alteração	 de	 titularidade	 do	 objeto
vendido.
Neste	 exemplo,	 é	 possível	 identificar	 um	 fato
jurídico	 —	alteração	 de	 propriedade	 —	 que
relacionou	 pessoas	 —	compradora	 e	 vendedora
—	em	torno	de	bens	jurídicos	—	o	objeto	vendido
e	o	dinheiro	pago.
Fonte:	FREEPIK	/	FREEPIK.
E-Book	-	Apostila
5	-	36
Nesse	aspecto,	a	lógica	jurídica	permanece	nos	fatos	jurídicos	regidos	pelo	direito
administrativo,	 em	 que	 existem	pessoas	e	agentes	 administrativos	 (sujeitos),
bens	 públicos	 (objetos)	 e	institutos	 jurídicos	 (fato	 jurídico)	 —	 neste	 estudo,
veremos	 o	 instituto	 da	 licitação.	 Consequentemente,	 nosso	 estudo	 será	 pautado
nos	 aspectos	 teóricos	 sobre	 esses	 elementos	 regidos	 pelo	 direito	 administrativo,
apresentando	 o	 conteúdo	 necessário	 para	 conhecimento	 do	 regime	 jurídico	 de
direito	público	delimitado	pelos	princípios	constitucionais	da	administração	pública
e,	também,	pelos	objetos	vinculados	aos	fatos	jurídicos	administrativos,	ou	seja,	os
bens	públicos,	negociados,	via	de	regra,	pelos	procedimentos	licitatórios.
Noções	preliminares
Iniciaremos	 tratando	 do	 regime	 jurídico	 da	 administração	 pública,	 também,
chamado	de	regime	 jurídico	de	direito	público,	pois	é	sob	seus	 limites	que	toda	a
teoria	dos	bens	públicos	e	dos	procedimentos	licitatórios	são	construídos.
Quando	estamos	diante	de	fatos	jurídicos	regulados	pelo	regime	jurídico	de	direito
privado,	 mais,	 comumente,	 dispostos	 nas	 normas	 do	 Código	 Civil,	 o	 núcleo	 de
proteção	jurídica	está	na	autonomia	de	vontade,	ou	seja,	na	garantia	de	liberdade
e	 igualdade	entre	 os	 contratantes,	 para	que	decidam	as	normas	que	 regularão	a
contratação	e	a	circulação	das	riquezas	pertencentes	aos	seus	patrimônios,	com	a
mínima	 intervenção	 possível	 do	 ente	 público	 (ALVES,	 2021).	 Em	 nosso	 regime
constitucional,	a	 intervenção	do	ente	público	é	existente	mesmo	nas	negociações
privadas,	 pois	 elas	 devem	 respeitar	 limites	 gerais,	 como	 o	 respeito	 aos	 direitos
fundamentais,	à	boa-fé	e	à	função	socioambiental.
O	Estado,	nas	contratações	privadas,	 surge	como	um	garantidor	de	um	ambiente
de	 discussão	 e	 igualdade	 entre	 os	 contratantes,	 para	 que	 eles	 manifestem,
livremente,	as	decisões	sobre	suas	vontades	e	seus	patrimônios.
Para	 fins	 didáticos,	 neste	 primeiro	 momento,	 vamos	 usar	 analogias	 com	 o
regime	 jurídico	 de	 direito	 privado,	 tão	 logo	 possível,	 demonstrando	 a
diferenciação	e	o	afastamento	entre	os	institutos.
E-Book	-	Apostila
6	-	36
	 Não	 por	 acaso,	 os	 principais	 princípios	 norteadores	 do	 regime	 jurídico
privado	 são	 o	 princípio	 da	 liberdade,	 da	 autonomia	 privada,	 da	 mínima
intervenção,	da	boa-fé,	da	pacta	sunt	servanda.
A	necessidade	do	regime	jurídico	de	direito	público,	incidente	para	os	atos	em	que
o	 ente	 público	 seja	 participante,	 encontra-se	 em	outra	 localização	 constitucional.
Além	de	 ser	 necessária	 a	 atenção	para	normas	que	prevejam	a	estruturação	das
instituições	 públicas,	 também,	 faz-se	 basilar	 que	 existam	 normas	 que	 impessam
que	a	vontade	privada	daquele	sujeito	que	esteja	investido	de	uma	função	pública
prevaleça	sobre	o	patrimônio	público.	Uma	coisa	é	o	Estado	garantir	a	liberdade	de
negociação	do	patrimônio	privado	de	seus	cidadãos,	outra	é	 impedir	que	pessoas
negociem	 patrimônio	 público	 como	 se	 privado	 fosse,	 pois	 toda	 a	 estrutura	 da
administração	 pública	 deve	 ser	 direcionada	 ao	 atendimento	 da	 função	 pública	 e
para	o	interesse	público.
FIGURA	1	-	Constituição	Federal	e	Direitos	Fundamentais
Fonte:	FABRIKASIMF	/	FREEPIK
E-Book	-	Apostila
7	-	36
A	Constituição	 Federal	 enumera	vários	Direitos	 Fundamentais,	 sejam	oriundos	de
internalização	 de	 normas	 e	 diretrizes	 de	 Direitos	 Humanos,	 internacionalmente,
discutidos	 ou	 da	 vontade	 do	 constituinte	 validada	 pelo	 procedimento	 normativo.
Esses	 direitos	 fundamentais	 geram	 efeitos	 tanto	 no	 regime	 de	 direito	 privado
(chamada	 de	 eficácia	 horizontal),	 quanto	 no	 regime	 jurídico	 de	 direito	 público
(eficácia	 vertical).	 Por	 esse	motivo,	 todos	 os	 fatos	 jurídicos	 existentes	 em	ambos
os	 regimes	 jurídicos	 devem	 respeitar	 os	 Direitos	 Fundamentais,	 sejam	 em	 suas
esferas	 de	 liberdade,	 igualdade	 ou	 solidariedade,	 sejam	 em	 suas	 funções
socioambientais,	de	defesa	da	democracia	e	da	dignidade	da	pessoa	humana.
Da	mesma	forma	que	não	se	permite,	no	regime	de	direito	privado,	a	proibição	ao
acesso	a	oferta	de	produtos	vendidos	em	comércio	em	detrimento	de	raça,	credo
ou	sexualidade,	não	se	permite	a	proibição	de	participação	de	contratos	públicos,
concursos	 ou	 licitações	 em	 razão	 de	 motivos	 que	 desrespeitem	 os	 Direitos
Humanos	(DI	PIETRO,	2018).	
Além	 da	 coincidente	 limitação	 à	 ambos	 os	 regimes	 jurídicos	 (privado	 e	 público)
realizada	 pela	 ConstituiçãoFederal,	 como	 explicado	 acima,	 nossa	 norma
fundamental,	 também,	 faz	 expressa	 a	 previsão	 de	 princípios	 específicos	 para	 o
regime	jurídico	de	direito	público,	sobretudo	no	Artigo	37.
Passe	o	mouse	sobre	o	card	a	seguir	para	saber	mais:
O	 Artigo	 37	 (BRASIL,	 1988)	 elenca	 os	 princípios	 da	LEGALIDADE,
IMPESSOALIDADE,	 MORALIDADE,	 PUBLICIDADE	 e	 EFICIÊNCIA	 —
comumente	 chamado	 pela	 doutrina	 pela	 palavra	 formada	 por	 suas
iniciais:	LIMPE,	 como	 normas	 direcionadoras	 de	 toda	 a	 Administração
Pública.	 Portanto	 todo	 ato	 jurídico	 realizado	 sob	 o	 regime	 de	 direito
administrativo	 deve	 cumprir,	 estritamente,	 o	 alcance	 de	 todos	 esses
princípios	 constitucionais,	 sob	 pena	 de	 nulidade,	 abuso	 de	 poder,
arbitrariedade	e,	consequentemente,	ilegalidade.
E-Book	-	Apostila
8	-	36
Em	 se	 tratando	 do	princípio	 da	 legalidade,	 para	 o	 direito	 administrativo,	 ele
deve	 ser	 analisado	 sob	 o	 aspecto	 da	 estrita	 legalidade,	 ou	 seja,	 a	 legislação	 vai
prever	 estritamente	 os	 atos	 dos	 agentes	 públicos.	 Caso	 esteja	 prevista	 na	 lei,
interpretada	em	sentido	amplo	(leis	ou	demais	atos	normativos),	a	possibilidade	de
realização	do	ato	jurídico	pelo	agente	público	será	revestido	de	legalidade.	Caso	o
agente	 público	 pratique	 ato	 jurídico	 que	 não	 tenha	 previsão	 expressa	 na
legislação,	 o	 ato	 será	 ilícito.	 Portanto,	 para	 o	 regime	 jurídico	 de	 direito	 público,
todos	os	atos	praticados	devem	 ter	 fundamentação	prévia	em	ato	normativo	que
preveja	a	conduta	e	autorize	sua	realização.
REFLITA
Repare	 que	 essa	 é	 uma	 lógica	 diferente	 do
princípio	 da	 legalidade	 geral,	 que	 aceita	 como
lícito	 todos	 os	 atos	 que	 não	 sejam	 proibidos	 pela
legislação.	 Para	 o	 regime	 administrativo,	 somente
é	 lícito	 o	 ato	 que	 já	 tenha	 sua	 conduta	 prevista,
anteriormente,	pela	legislação.	
	
E-Book	-	Apostila
9	-	36
O	 princípio	 da	 impessoalidade,	 por	 sua	 vez,	 dispõe	 sobre	 a	 limitação
direcionada	ao	agente	público	 investido	da	 função	ou	 cargo	público.	 Esse	agente
não	 poderá	 deixar	 suas	 relações	 pessoais,	 sejam	 relações	 de	 amizade	 ou	 de
inimizade,	 interferirem	nos	atos	públicos	a	serem	realizados	 (DI	PIETRO,	2018).	É
inerente	 à	 condição	 humana	 que	 aqueles	 que	 tenham	 uma	 maior	 proximidade
afetiva	 sejam	 privilegiados	 em	 detrimento	 de	 pessoas	 neutras,	 assim	 como
aqueles	 que	 despertam	 uma	maior	 animosidade	 de	 repulsa	 sejam	 preteridos	 em
relação	à	neutralidade.
Clique	na	imagem	a	seguir	para	entender	melhor:
Como	 os	 agentes	 públicos	 sempre	 serão	 pessoas	 humanas,	 a	 legislação
administrativa	cria	meios	de	proibir,	sob	pena	de	nulidade	e	 ilicitude,	atos
que	 sejam	 praticados	 levando	 em	 consideração	 as	 condições	 e	 ligações
afetivas	 de	 seus	 agentes,	 buscando,	 com	 isso,	 um	 contexto	 de
neutralidade,	 para	 que	 o	 interesse	 público	 seja	 alcançado,	 e	 não	 o
interesse	 particular	 do	 agente	 público.	 Como	 exemplos,	 desrespeitam	 o
princípio	 da	 impessoalidade,	 tornando	 ilícitos	 o	 ato	 de	 nomeação	 de	 um
parente	 para	 cargo	 comissionado	 ou	 a	 criação	 de	 edital	 de	 licitação	 que
atenda,	 especificamente,	 uma	 empresa	 que	 despertou	 o	 interesse	 do
administrador	 em	 detrimento	 das	 demais	 (ex.	 compra	 de	 carros	 de	 luxo
para	 utilização	 do	 prefeito	 de	 empresa	 que	 tenha	 sede	 no	município,	 em
local	que	existe	apenas	uma	concessionária	de	veículos).
E-Book	-	Apostila
10	-	36
A	moralidade	administrativa,	por	sua	vez,	sinaliza	para	a	necessidade	de	o	ato	da
administração	 pública	 ser	 revestido	 de	 probidade	 (OLIVEIRA,	 2019).	 Em	 uma
sociedade	 heterogênea,	 como	 é	 a	 brasileira,	 não	 seria	 adequado	 pensar	 na
moralidade	 administrativa	 como	 uma	 norma	 de	 padronização	 de	 valores	 que
atendessem,	 por	 exemplo,	 apenas	 à	 interesses	 conservadores	 majoritários.	 É
importante	destacar	que	a	função	do	Estado	é	a	promoção	de	igualdade	e	direitos.
Garantir	 o	 conservadorismo,	 também,	 é	 implicar	 a	 manutenção	 da	 exclusão	 de
interesses	 de	 classes	 minoritárias	 e	 excluídas	 historicamente,	 divergindo	 da
própria	razão	de	existência	do	Estado.
Agora,	 clique	nas	 setas	a	 seguir	para	 interagir	 com	o	conteúdo	e	descobrir	 como
poderíamos	conceituar	o	princípio	da	moralidade:
Assim	como	a	moral	filosófica	é	o	conjunto	normativo	que	se	cria	em	razão	da
adequação	 dos	membros	 de	 uma	 sociedade,	 seja	 adequação	 aos	 valores,	 ao
contexto	 sociogeográfico,	 ou	 ao	 contexto	 histórico,	 a	 moralidade
administrativa	diz	respeito	à	adequação	do	ato	administrativo	ao	fim	a	que	se
destina,	previsto	no	conjunto	jurídico	de	normas	administrativas.
Se	o	ato	administrativo	praticado	pelo	agente	 for	adequado	ao	 fim	social	que
foi	esperado	pela	Constituição	e	pelo	 Interesse	Público,	pode	se	dizer	que	ele
atenderá	a	moralidade.
Se	 for	 um	 ato	 administrativo	 que	 não	 atenda	 à	 necessidade	 social	 e	 ao
interesse	constitucional,	mas	atenda,	apenas,	aos	 interesses	de	uma	pequena
parcela	que	deseja	conservar	o	 seu	domínio	econômico,	por	exemplo,	poderá
ser	vislumbrado	desrespeito	ao	princípio	da	moralidade.	
A	 interpretação	 correta	 do	 princípio	 da	 moralidade	 administrativa	 permite
entender	a	razão	de,	eventualmente,	um	baile	funk	ou	uma	mostra	de	arte	urbana
de	 grafites	 receber	 verba	 pública	 para	 a	 sua	 realização,	 por	 meio	 de	 políticas
públicas,	 demonstrar	 adequação	 à	 moralidade,	 ainda,	 que	 parcela	 mais
conservadora	da	sociedade	não	simpatize	com	tais	movimentos	sociais		e	obras	de
embelezamento	 urbano,	 eventualmente,	 consideradas	 imorais,	 incidindo	 em
improbidade	do	administrador	público.
E-Book	-	Apostila
11	-	36
No	primeiro	caso,	o	Estado	está	promovendo,	dentro	da	legalidade	prevista	para	a
disposição	 do	 orçamento	 público,	 a	 cultura,	 historicamente,	 minoritária	 e
discriminada,	promovendo,	assim,	um	avanço	da	igualdade.	No	segundo	caso,	não
muito	 raramente,	 nas	 administrações	 municipais,	 as	 verbas	 de	 embelezamento
urbano	 desviam	 orçamento	 que	 deveria	 ser	 destinado	 à	 manutenção	 de	 prédios
públicos	 já	 existentes,	 como	 escolas	 e	 unidades	 básicas	 de	 saúde	 ou	 hospitais
(pois	o	orçamento	de	embelezamento,	normalmente,	compete	com	a	manutenção
de	prédios	públicos).
FIGURA	1	-	Orçamentos	públicos	e	construções
Fonte:	HEBERHARD	/	PIXABAY.
A	 escolha	 do	 administrador	 público	 em	 embelezar	 praças	 acaba	 não	 atingindo	 o
fim	 do	 orçamento	 público,	 causando	 piora	 ou	 inviabilidade	 de	 atendimento	 de
outros	 serviços	 públicos	 mais	 urgentes	 e	 essenciais,	 ferindo	 a	 moralidade
administrativa.
E-Book	-	Apostila
12	-	36
O	 princípio	 da	publicidade,	 de	 forma	 objetiva,	 determina	 que	 os	 atos	 da
administração	pública	sejam	dispostos	em	veículos	de	publicização,	ou	seja,	que	as
informações	 relativas	 aos	 atos	 públicos	 da	 administração,	 assim	 como	 a
destinação	 do	 dinheiro	 público,	 sejam	 colocadas	 em	 editais,	 portais	 de
transparência	 e	 demais	 atos	 públicos,	 afastando	 o	 sigilo.	 Uma	 vez	 que	 o
patrimônio	é	envolvido,	os	atos	públicos,	sempre,	serão	da	coletividade,	para	que
toda	 a	 sociedade	 tenha	 condições	 de	 averiguar	 a	 destinação	 e	 utilização	 desses
recursos	públicos	pelas	instituições	públicas.	(ALVES,	2021).	Somente	é	possível	o
estabelecimento	 de	 sigilo	 aos	 atos	 públicos	 quando	 justificados	 em	 questão	 de
segurança	 nacional,	 devendo	 a	 decisão	 de	 imposição	 ser	 submetida,	 para	 sua
validade,	 aos	 demais	 princípios	 constitucionais,	 principalmente,	 a	 legalidade,	 a
impessoalidade	e	a	moralidade	administrativa.
Por	 fim,	 o	 princípio	 da	eficiência	 traz	 a	 lógica	 econômica	 ao	 ente	 público,
limitando	e	dirigindo	as	ações	dos	agentes	públicos	de	modo	a	ponderar	o	melhor
resultado	 com	 o	 menor	 custo	 possível.	 Na	 administração	 pública,	 todo	 valor
dispendido	 para	 algum	 ato	 vai,	 de	 alguma	 forma,	 impedir	 que	 outro	 atoseja
realizado	 e,	 com	 isso,	 outro	 cidadão	 tenha	 atendida	 a	 sua	 necessidade,	 pois	 a
demandas	 são	 enormes	 e	 os	 recursos	 são	 limitados	 (DI	 PIETRO,	 2018).	 Dessa
forma,	 as	 atividades	 públicas	 devem	 trabalhar	 com	 a	 lógica	 da	 economia
financeira,	 de	 modo	 a	 promover	 a	 maximização	 dos	 recursos	 públicos	 para	 o
atendimento	da	maior	quantidade	de	demandas	possíveis.	Se	no	campo	do	direito
privado	 uma	 empresa	 multimilionária	 poderia	 esbanjar	 recursos	 para	 ostentar
luxos,	 o	 Estado,	 ainda	 que	 tenha	 arrecadação	 de	 porte	 de	 enormes	 empresas,
deve	empregar	esse	recurso	com	responsabilidade,	de	modo	a	atender	o	máximo
de	 demandas	 possíveis,	 afastando,	 com	 isso,	 as	 escolhas	 ostentatórias,	 em
detrimento	ao	respeito	do	interesse	público.
	 Repare	 que	 os	 princípios	 do	 LIMPE	 não	 são,	 plenamente,	 autônomos
entre	 si,	mas	 trabalham	em	 conjunto,	 um	 auxiliando	 na	 efetivação	 do
outro.	 Uma	 decisão	 administrativa	 que	 autorize	 o	 gasto	 público	 com
luxos,	determinando	o	sigilo	das	 justificativas	do	ato,	ainda	que	 tenha
legislação	 de	 orçamento	 público	 autorizando,	 será	 ilícita,	 pois	 é
maculada	 pelo	 desrespeito	 do	 princípio	 da	 moralidade	 (em	 utilizar	 o
sigilo	para	fins	inadequados),	pelo	desrespeito	do	princípio	da	eficiência
(por	destinar	recursos	para	fins	de	luxo	em	vez	de	fins	de	atendimento
social),	pelo	princípio	da	publicidade	(uma	vez	que	impede	a	sociedade
de	ter	acesso	às	 informações	de	gasto	públicos)	e	pelo	desrespeito	ao
princípio	 da	 pessoalidade	 (fazendo	 prevalecer	 a	 vontade	 do	 agente
público	sobre	a	vontade	do	interesse	constitucional).
ATENÇÃO
E-Book	-	Apostila
13	-	36
Portanto,	 de	 forma	 inicial,	 temos	 as	 delimitações	 do	 regime	 jurídico	 de	 direito
público	aplicados	aos	entes	da	Administração	Pública,	podendo,	adiante,	entender,
corretamente,	os	bens	públicos	enquanto	objetos	das	relações	administrativas.
REFLITA
Neste	 ponto	 do	 estudo,	 é	 interessante	 realizar	 a
análise	 crítica	 do	 papel	 do	 direito	 na	 sociedade.
Sob	a	ótica	da	efetividade	da	dignidade	da	pessoa
humana,	não	é	adequado	pensar	que	a	função	das
normas	 jurídicas	 seja	 promover	 a	 manutenção,
apenas,	 de	 pensamentos	 e	 valores	 das	 classes
mais	 abastadas	 economicamente,	mas,	 sim,	 gerar
meios	 para	 efetivação	 de	 uma	 igualdade	 às
classes,	historicamente,	mais	discriminadas.
	Portanto	cabe	a	reflexão	sobre	o	jargão	jurídico	do
direito	 administrativo	 denominado	 de	 "interesse
público".	 Até	 que	 ponto	 as	 decisões	 do	 ente
administrativo	 são	 tomadas	em	 favor	do	que	 seja,
realmente,	 o	 interesse	 público,	 que	 emana	 de	 um
povo	 e	 para	 um	 povo,	 conforme	 descrito	 nas
normas	 da	 Constituição	 Federal?	 Será	 que	 em
vários	 momentos	 da	 história	 os	 interesses	 da
pessoa	 que	 exercia	 a	 função	 de	 administrador
público	 não	 foram	 aplicados	 travestidos	 de
interesse	 público?	 O	 interesse	 descrito	 no	 texto
constitucional	deve	ser	encarado	como	superior	ao
interesse	de	uma	maioria	histórica?
	
E-Book	-	Apostila
14	-	36
Na	 sequência,	 estudaremos	 o	 que	 se	 entende	 por	 bens	 públicos.	 Vamos	 lá?
Acompanhe,	caro(a)	estudante!
Bens	públicos
Entendem-se	 por	 bens	 aqueles	 objetos	 os	 quais	 são	 atribuídos	 valores.	 Bens
jurídicos	 são	aqueles	objetos,	ainda	que	 intangíveis,	 cujos	valores	 são	protegidos
pelo	 direito.	 Bem	 público,	 portanto,	 são	 bens	 jurídicos	 vinculados	 à	 esfera	 de
propriedade	de	um	ente	estatal.	Uma	pessoa	jurídica	de	direito	público,	dotada	da
capacidade	 de	 ser	 proprietária	 de	 algum	 bem,	 torna-se	 proprietária	 de	 bens
jurídicos	que	serão	regulamentados	pelas	normas	de	bens	públicos.
Espécies	de	bens	públicos
Dividem-se	 nas	 seguintes	 espécies:	 bens	 de	 uso	 comum	 do	 povo,	 bens	 de	 uso
especial,	 bens	 dominicais	 ou	 dominiais.	 Os	bens	 públicos	 de	 uso	 comum	 do
povo	 são	 aqueles	 que	 a	 utilização	 é	 destinada	 a	 qualquer	 pessoa	 da	 sociedade.
Todos	podem	usar	nos	limites	de	civilidade.	São	exemplos	as	ruas	e	as	praças	das
cidades.	As	pavimentações	que	são	encontradas	dentro	do	limite	das	propriedades
privadas,	 ainda	 que	 nomeadas,	 não	 são	 bens	 públicos	 por	 não	 estarem	 sob
responsabilidade	 do	 ente	 público,	 mas	 ligada	 ao	 patrimônio	 particular	 (como
exemplo,	as	ruas	dos	condomínios	fechados).
E-Book	-	Apostila
15	-	36
FIGURA	1	-	Bens	de	uso	comum	do	povo:	ruas
Fonte:	LARISA-K	/	PIXABAY.
O s	bens	 de	 uso	 especial	 não	 têm	 utilização	 livre	 para	 qualquer	 pessoa	 da
sociedade,	 pois	 são	 destinados	 às	 instalações	 dos	 prédios	 públicos	 em	 que	 são
ofertados	 serviços	 públicos	 específicos	 (OLIVEIRA,	 2019).	 São	 exemplos	 o	 prédio
da	prefeitura,	de	uma	escola	pública	e	de	uma	secretaria	pública.	Apesar	de	serem
patrimônios	públicos	e	comporem	o	acervo	de	bens	do	Estado,	estando,	portanto,
sob	 a	 égide	 dos	 princípios	 constitucionais	 da	 administração,	 podem	 ter	 o	 acesso
limitado	aos	cidadãos	daquela	sociedade,	conforme	sua	destinação	especial.	Não	é
livre	o	acesso	de	qualquer	pessoa	às	salas	de	aula	de	uma	escola	(destinadas	aos
professores	e	alunos	em	período	de	aula),	assim	como	não	é	 livre	o	acesso	a	um
gabinete	de	secretário	de	saúde	a	qualquer	pessoa	sem	ser	anunciada	ou	fora	do
expediente	de	atendimento	e	prestação	do	serviço	público.
E-Book	-	Apostila
16	-	36
	Normalmente,	 os	 bens	de	uso	 especial	 possuem	um	 inventário	 de	 outros
bens	que	os	guarnecem	(mobiliários,	equipamentos	técnicos,	documentos,
etc.)	 justificando	 que,	 apesar	 de	 públicos,	 não	 possuem	 o	 acesso	 público
ilimitado.
Estudar	os	conceitos	e	classificações	das	disciplinas	é	o	melhor	meio	para	adquirir
o	 conhecimento	 teórico,	 podendo,	 com	 o	 aprofundamento,	 ser	 aplicável	 as
questões	 práticas.	 Neste	 contexto,	 vamos	 entender	mais	 sobre	 os	 conceitos	 das
espécies	de	bens	públicos?	Segue	uma	boa	dica	para	seus	estudos:
DICA
Na	Biblioteca	Virtual	da	FMU,	é	possível	ter	acesso
à	obra	"Direito	Administrativo:	teoria	e	prática",	de
autoria	 de	 Felipe	 Dalenogare	 Alves	 (2021),	 uma
importante	leitura	para	compreensão	do	panorama
geral	dos	bens	públicos.
Leia	 das	 páginas	 367	 a	 384	 para	 aprofundar	 seus
conhecimentos	 sobre	 quadros	 sinóticos	 e
linguagem	esquematizada.	
Para	 conferir	 a	 leitura,	 cole	 o	l ink	em	 seu
navegador	 e	 acesse	 a	 biblioteca	 virtual:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicaca
o/188218/pdf/0
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/188218/pdf/0
E-Book	-	Apostila
17	-	36
Tanto	os	bens	públicos	de	uso	comum	do	povo	quanto	os	de	uso	especial	integram
a	categoria	de	bens	afetados,	pois	têm,	em	sua	escrituração	registral,	limitação	de
alienação,	não	podendo	ser	destinado	para	fins	diversos.
Os	bens	dominiais,	 por	 sua	vez,	 não	 são	destinados	aos	 serviços	públicos,	 nem
ao	 acesso	 público	 (ALVES,	 2021).	 Chamados	 de	 bens	 desafetados,	 poderiam	 ser
alienados	pelo	ente	estatal.	Eles	apenas	integram	o	patrimônio	do	ente	público	por
não	 integrar	 o	 patrimônio	 de	 nenhum	 ente	 privado.	 Podem	 ser	 bens	 que	 o	 ente
público	 adjudicou	 em	 razão	 de	 dívida	 pública	 não	 paga,	 recebeu	 em	 razão	 de
herança	 vacante	 ou	 por	 discriminação	 de	 terras	 devolutas,	 assim	 como	 por
perdimento	de	patrimônio	privado	em	razão	de	sanção	penal	ou	administrativa.	Ou
seja,	 são	bens	que,	 hipoteticamente,	 poderiam	pertencer	 à	esfera	patrimonial	 de
qualquer	 pessoa,	 mas,	 por	 fatos	 jurídicos	 e	 suas	 consequências,	 pertencem	 ao
acervo	patrimonial	de	uma	pessoa	jurídica	estatal.
No	 vídeo	 a	 seguir,	 vamos	 abordar	 dois	 temas,	 extremamente,	 importantes:	 o
regime	jurídico	e,	também,	o	uso	dos	bens	públicos.	Vamos	lá?	Aperte	o	play!
Recurso	Externo
Recurso	é	melhor	visualizado	no	formato	interativo
E-Book	-	Apostila
18	-	36
Com	 base	 no	 que	 você	 acabou	 de	 assistir,	 as	 fundamentações	 discutidas	 na
unidade	 fazem	 uma	 correlação	 melhor	 com	 o	 que,até	 então,	 havia	 sido
apresentado?	Pense	sobre	isso.
Licitações	públicas
Estudante,	 todos	os	entes	públicos	que	 compõem	a	administração	pública	direta,
fundos	 especiais,	 autarquias,	 fundações	 públicas,	 empresas	 públicas	 e	 sociedade
de	 economia	 mista,	 via	 de	 regra,	 devem	 utilizar	 a	 licitação	 como	 procedimento
obrigatório	 para	 realização	 de	 aquisições	 de	 bens,	 contratações	 de	 serviços	 ou
alienações.	É	regulamentada,	sobretudo,	pelas	leis	n.	8666,	de	1993	(que	recebeu
atualização	pela	Lei	n.	13.303,	de	2016),	n.	14.121,	de	2021,	n.	10.520,	de	2002	e
n.	12.462,	de	2011.
A	 licitação	 é	 um	 procedimento	 para	 efetivação	 dos	 princípios	 do	 LIMPE	 na
aquisição	 de	 bens	 e	 serviços	 pelos	 entes	 da	 administração	 pública,	 provimento,
ainda,	 a	 competitividade	 e	 a	 isonomia	 entre	 os	 licitantes	 e	 a	 vantajosidade	 e	 a
promoção	do	desenvolvimento	sustentável	à	sociedade.
Modalidades	e	procedimentos	licitatórios
As	modalidades	de	licitação	são	estruturadas	em	razão	dos	critérios	de	julgamento
e	tipos	de	contratação:	bens,	obras	ou	serviços.
Os	 interessados	 em	 participar	 de	 licitações,	 via	 de	 regra,	 devem
providenciar	 o	 credenciamento	 prévio	 para	 o	 procedimento	 licitatório,
preenchendo	 os	 requisitos	 para	 participação.	 Quando	 da	 ocasião	 da
licitação,	o	ente	público	buscará,	nesse	cadastro,	os	 interessados	(BRASIL,
2021).
Os	interessados	depositam	a	ata	de	registro	de	preços	junto	ao	sistema	de	registro
de	 preços,	 vinculando	 o	 registro	 formal	 de	 preços	 relativos	 à	 prestação	 de
serviços,	 obras,	 aquisição	 ou	 locação	 de	 bens	 para	 contratações	 futuras.	 Dessa
forma,	 os	 critérios	 de	 regularidade	 dos	 interessados,	 em	 participar,	 da	 licitação,
assim	 como	 os	 limites	 dos	 valores	 negociados,	 já	 estarão,	 previamente,
disponibilizados	em	banco	de	dados,	promovendo	a	eficiência	do	procedimento.
E-Book	-	Apostila
19	-	36
Dispensa	de	licitação
Nem	 sempre	 será	 possível	 a	 realização	 de	 procedimento	 licitatório	 para	 a
contratação	do	bem	ou	serviço	pelo	ente	público.	Podem	existir	situações	em	que
o	 bem	 necessário	 só	 tenha	 um	 fornecedor,	 não	 havendo	 possibilidade	 de	 outros
concorrem.	 É	 possível,	 ainda,	 que	 o	 serviço	 desejado	 pelo	 ente	 público	 só	 possa
ser	 realizado	 por	 determinada	 pessoa,	 em	 razão	 do	 caráter	 de	 especialidade	 ou
mesmo	 artístico.	 Mesmo	 nesses	 casos,	 o	 agente	 público	 deve	 agir	 adstrito	 à
legislação,	pois	a	 impossibilidade	de	realização	de	 licitação	não	afasta	o	princípio
da	 legalidade	 administrativa.	 Dessa	 forma,	 existe	 previsão	 legal	 dos	 permissivos
para	a	dispensa	ou	inexigibilidade	de	licitação.
Vamos	entender	melhor	esse	ponto,	conhecendo	algumas	particularidades	ligadas
à	dispensa	de	 licitação,	 interagindo	com	o	 infográfico	a	 seguir.	Clique	nas	 caixas
em	azul	e	confira
Recurso	Externo
Recurso	é	melhor	visualizado	no	formato	interativo
O	Brasil,	desde	1993,	utilizava	da	Lei	de	Licitações	e	Contratos	Públicos	numerada
como	 Lei	 n.	 8.666,	 de	 1993.	 O	 entendimento	 de	 seus	 artigos,	 ainda	 que
atualizados	 por	 outros	 atos	 legislativos,	 já	 estava	 consolidado	 em	 nosso	 sistema
jurídico.	Ademais,	ainda,	há	aplicação	da	lei	naquilo	que	não	conflitar	com	a	nova
legislação	dada	pela	Lei	n.	14.133,	de	2021.
Acessando	o	link	disponível	no	Saiba	Mais,	a	seguir,	você	poderá	conhecer	o	texto
da	nova	lei.	Vamos	lá?
SAIBA	MAIS
Estudante,	 indica-se	 a	 leitura	 da	 Lei	 n.	 14.133,	 de	 2021,	 especialmente,
em	 relação	 às	 previsões	 de	 dispensa	 de	 licitação	 dispostas	 no	 Artigo	 75,
IV.
Cole	 o	l i n k	a	 seguir	 em	 seu	 navegador	 e	 confira	 a	 leitura:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2021/lei/L14133.htm#art75
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm#art75
E-Book	-	Apostila
20	-	36
Modalidades
O	 legislador	 criou	 modalidades	 licitatórias	 para	 atender	 os	 diversos	 tipos	 de
necessidades	 de	 contratação	 do	 ente	 público.	 Entre	 bens,	 quando	 necessária	 a
realização	de	compra,	pode	haver	momentos	em	que	o	critério	seja	melhor	preço,
outrora	especificação	da	qualidade	do	bem.	Quanto	aos	 serviços,	pode	acontecer
do	critério	ser	o	melhor	preço	ou	a	especificidade	do	serviço	necessário.	Conforme
alteram-se	os	critérios	de	contratação,	existem	modalidades	licitatórias	adequadas
para	serem	realizadas.	Elas	serão,	agora,	estudadas.
Clique	no	 (+)	das	sanfonas	a	seguir	e	conheça	algumas	modalidades	de	 licitação
vigentes.
Concorrência
	 É	 a	 modalidade	 mais	 ampla,	 normalmente,	 destinada	 às	 contratações	 de
grandes	valores.	Exige	que	os	licitantes	interessados	realizem	comprovação	de
requisitos	 mínimos	 de	 qualificação	 exigidos	 no	 edital.	 Delimita	 os	 critérios
padrões	 para	 o	 julgamento	 da	 oferta	 vencedora	 pelo	 menor	 preço,	 melhor
técnica	ou	conteúdo	artístico,	maior	retorno	econômico	ou	maior	desconto.
Concurso
É	a	modalidade	para	a	escolha	do	trabalho	técnico,	científico	ou	artístico,	tendo
como	critério	de	julgamento	a	melhor	técnica	ou	conteúdo	artístico.
Leilão
É	a	modalidade	destinada	à	utilização	das	vendas	de	bens	públicos	desafetados
ou	apreendidos	cuja	manutenção	de	propriedade	não	interesse	ao	ente	público.
Ganhará	a	licitação	o	que	oferecer	o	maior	lance.
E-Book	-	Apostila
21	-	36
Pregão
É	 a	 modalidade	 obrigatória	 para	 aquisição	 de	 bens	 e	 serviços	 comuns.
Utilizando	de	recursos	de	tecnologia,	os	licitantes	participam	de	procedimento,
inteiramente,	 por	 sistema	 de	 informação,	 direcionados	 pelo	 pregoeiro,
realizando	 sua	 habilitação,	 propostas,	 lances	 e	 fases	 de	 adjudicação.	 Tem
critérios	de	julgamento	para	o	menor	preço	ou	para	o	maior	desconto
Diálogo	competitivo
Modalidade	para	contratação	de	obras,	serviços	e	compras	que	tenham
característica	de	inovação	tecnológica	ou	técnica,	impossibilidade	de	satisfação
da	necessidade	da	administração	sem	adequação	de	soluções	disponíveis	no
mercado	ou	impossibilidade	de	especificação	com	precisão.	A	administração
realiza	diálogos	entre	os	licitantes	previamente	selecionados	para	desenvolver
uma	ou	mais	alternativas	que	atendam	à	necessidade	da	contratação.
Agora	que	já	conhecemos	as	modalidades	de	uma	licitação,	vamos	entender	como
são	suas	fases?	Vamos	lá!	Seguimos!
Fases	da	licitação
A	 licitação	 é	 organizada	 nas	 seguintes	 fases:	 divulgação	 do	 edital;	 apresentação
das	 propostas;	 julgamento;	 habilitação;	 e	 adjudicação	 ou	 revogação.	 Vamos	 nos
aprofundar	 nessa	 temática	 e	 entendê-la	 melhor,	 assistindo	 ao	 vídeo	 a	 seguir?
Acompanhe!
Recurso	Externo
Recurso	é	melhor	visualizado	no	formato	interativo
E-Book	-	Apostila
22	-	36
É	 interessante	observar	as	 fases	da	 licitação	como	um	processo,	e	não	como	um
fim	em	si	mesmas.	Enquanto	processo	 licitatório	—	regularmente,	denominado	de
procedimento	 licitatório,	 em	 razão	 de	 sua	 natureza	 administrativa	 —,	 são
apresentadas	 fases	 sucessivas	 entre	 si	 que,	 somadas,	 garantem	 a	 lisura	 e	 a
licitude	 do	 gasto	 público	 para	 a	 contratação	 de	 bens	 e	 serviços	 de	 necessidade
pública.
A	 alteração	 do	 procedimento,	 invertendo	 ordem	 de	 fases	 ou	 ignorando-as,	 caso
não	 permitido	 em	 lei,	 tornará	 o	 procedimento	 ilícito,	 uma	 vez	 que	 foi	 alterado	 o
caminho	previsto	pelo	 legislador	para	a	validade	do	ato	administrativo.	Enquanto
processo,	também,	de	modo	dinâmico	e	 lúdico,	é	possível	pensar	em	uma	esteira
de	produção,	 sendo	 cada	 fase	análoga	à	uma	peça	acrescentada	ao	produto	que
está	em	curso	na	esteira.	A	não	colocação	de	uma	peça,	ou	a	 inversão	de	ordem
da	peça	no	produto,	pode	descaracterizar	o	produto,	ou	seja,	o	respeito	à	ordem	e
a	necessidade	de	todas	as	fases	da	licitação	é	o	que	garante	o	correto	produto	da
licitação:	a	contratação	de	compra	ou	de	serviço.
Via	 de	 regra,	 com	 algumas	 exceções	 previstas	 na	 legislação	 (como	 a	 habilitação
prévia	no	sistema	de	pregão),	o	procedimento	licitatório	éprecedido	por	uma	fase
política	de	preparação	em	que	são	criadas	as	 leis	orçamentárias	e	de	autorização
de	contratação,	 criação	de	edital	e	organização	de	custeios.	 Logo	após	essa	 fase
política,	há	a	publicação	do	edital,	que	delimitará	as	primordiais	normas,	critérios
e	 determinações	 a	 serem	 seguidas	 na	 licitação.	 É	 o	 edital	 que	 vinculará	 o	 ente
público	 e	 os	 participantes	 da	 licitação	 às	 características	 descritivas	 do	 bem	 ou
serviço	 desejado,	 ao	 preço	 pago,	 às	 condições	 de	 pagamento,	 aos	 prazos	 de
execução	 ou	 à	 entrega	 e	 a	 todos	 os	 demais	 pontos	 necessários	 sobre	 o	 negócio
que	será	realizado	com	o	término	do	procedimento	licitatório.
Após	 a	 divulgação	 do	 edital	 e	 no	 prazo	 nele	 previsto,	 os	 interessados
apresentarão	 suas	 propostas,	 contendo	 o	 preço	 cobrado,	 prazo	 de
entrega	 e	 característica	 do	 produto	 ou	 serviço.	 Caso	 seja	 utilizado	 a
modalidade	 pregão	 e	 apresentarão	 lances,	 reduzindo	 o	 valor	 da
proposta	até	seu	limite	de	viabilidade,	proporcionando,	ao	ente	público,
a	garantia	do	melhor	preço	entre	os	licitantes.
ATENÇÃO
E-Book	-	Apostila
23	-	36
Encerrada	 a	 fase	 da	 apresentação	 das	 propostas,	 elas	 serão	 julgadas.	 O	 ente
público	 ou	 o	 pregoeiro	 realizará	 análise,	 conforme	 os	 termos	 do	 edital,	 para
averiguar	 se	 todos	 os	 requisitos	 previstos	 para	 o	 produto	 ou	 serviço	 foram
obedecidos	 pela	 proposta,	 declarando	 a	 ordem	 de	 julgamento,	 do	 primeiro	 ao
último.	Após	o	 julgamento,	 será	aberto	ao	vencedor	um	prazo	para	demonstrar	a
documentação	 necessária	 que	 demonstre	 a	 capacidade	 técnica	 de	 realização	 do
contrato	 e	 a	 ausência	 de	 impedimentos	 para	 contratação	 com	 o	 ente	 público.
Algumas	 vezes	 a	 habilitação	 de	 parte	 dessa	 documentação	 é	 realizada,
previamente,	 ao	 início	 do	 procedimento	 licitatório,	 quando	 do	 cadastramento	 no
sistema	 eletrônico	 de	 licitação.	 A	 documentação	 colocada	 no	 cadastramento	 não
se	 confunde	 com	 a	 fase	 de	 habilitação,	 mas	 pode	 ser	 aproveitada	 nela.	 Caso	 o
primeiro	 colocado	 no	 julgamento	 não	 cumpra	 a	 habilitação,	 será	 chamado	 o
segundo	colocado	para	realizar	a	habilitação,	e,	assim,	sucessivamente.
Apenas	após	o	julgamento	e	a	habilitação	encerrados,	a	licitação	vai	para	fase	de
encerramento,	 quando	 o	 ente	 público	 exercerá	 sua	 decisão	 de	 homologar	 a
licitação,	adjudicando	para	si	o	direito	de	contratação	com	o	licitante	vencedor,	ou,
ainda,	revogará	o	procedimento	licitatório,	deixando	de	realizar	a	contratação	com
qualquer	dos	licitantes.
Estudante,	 após	 assistir	 ao	 vídeo	 e	 conhecer	 as	 fases	 que	 compreendem	 um
processo	 de	 licitação,	 vamos	 visualizar	 as	 fases	 de	 uma	 forma	 esquematizada,
para	melhor	fixação.
(Clique	no	(+)	das	sanfonas	para	visualizar	o	conteúdo)
Fase	preparatória
Consiste	 na	 elaboração	 inicial	 do	 planejamento	 público,	 da	 viabilização	 de
orçamento	 e	 da	 legislação	 que	 garanta	 a	 legalidade	 estrita	 necessária	 que
autorize	o	ente	público	a	realizar	a	licitação.
Divulgação	do	edital
Garante	a	publicidade	e	a	legalidade	do	certame.	O	edital	deve	trazer	todos	os
aspectos	da	licitação,	assim	como	os	termos	da	contratação.
Apresentação	de	propostas	e	lances
E-Book	-	Apostila
24	-	36
Compra	de	bens:	8	dias	—	menor	preço	ou	maior	desconto;	15	dias	para	o
restante.
Contratação	de	serviços:	10	dias	—	serviços	comuns	por	menor	preço	ou	maior
desconto;	25	dias	—	serviços	especiais;	60	dias	—	contratação	integrada;	35
dias	—	contratação	semi-integrada	ou	não	previstas	nos	anteriores.
Julgamento
Inexequíveis	—	abaixo	de	75%	do	valor	de	orçamento	pela	Administração.
Artigo	33	—	I	-	menor	preço;	II	—	maior	desconto;	III	—	melhor	técnica	ou
conteúdo	artístico;	IV	—	técnica	e	preço;	V	—	maior	lance,	no	caso	de	leilão;	VI
—	maior	retorno	econômico	(BRASIL,	2021).
Habilitação
I	—	jurídica;	II	—	técnica;	III	—	fiscal,	social	e	trabalhista;	IV	—	econômico-
financeira.
Encerramento
Adjudica;	revoga;	e	anula.
E-Book	-	Apostila
25	-	36
Somente	 atravessando	 uma	 a	 uma	 as	 fases	 da	 licitação	 será	 garantida	 a
legalidade	 do	 procedimento.	 É	 importante	 sempre	 relembrar	 que,	 ainda	 que	 a
legalidade	 seja	 respeitada,	 eventualmente,	 o	 procedimento	 licitatório	 não	 será
lícito,	 por	 exemplo,	 por	 desrespeito	 à	 moralidade	 ou	 publicidade	 administrativa.
Imagine	 uma	 contratação	 artística	 cujo	 orçamento	 destinado	 seja	 superior	 ao
orçamento	para	serviços	essenciais	de	um	município.	Ainda	que	haja	legalidade	do
procedimento	 licitatório,	 por	 exemplo,	 com	 permissivo	 legal	 de	 dispensa	 de
licitação,	 existe	 quebra	 da	 moralidade	 administrativa.	 Via	 de	 regra,	 o	 momento
para	o	agente	administrativo	realizar	a	última	análise	sobre	a	licitude	será	na	fase
de	 encerramento	 da	 licitação,	 não	 afastando	 a	 sindicabilidade	 do	 controle
administrativo,	nem	a	possibilidade	de	controle	judicial	do	ato	administrativo.
Considerações	finais
Nesta	unidade,	você	teve	a	oportunidade	de:
compreender	sobre	o	regime	jurídico	de	direito	público;
compreender	os	bens	públicos;
reconhecer	as	modalidades	de	licitação;
reconhecer	as	fases	do	procedimento	de	licitação.
Com	isso,	chegamos	ao	fim	desta	unidade.	Em	sua	construção,	foram	abordados	os
princípios	 da	 administração	 pública,	 demonstrando	 serem	 corolários	 na	 definição
do	 regime	 jurídico	 de	 direito	 público,	 aplicado	 aos	 fatos	 jurídicos	 que	 ocorrem
quando	 agentes	 da	 administração	 pública,	 direta	 ou	 indireta,	 estão	 presentes.	
Como	 a	 unidade	 tratou	 sobre	 os	 bens	 públicos	 e	 o	 procedimento	 de	 licitação,
houve	 a	 necessidade	 de	 entender,	 primeiro,	 como	 o	 procedimento	 licitatório	 é
construído	 de	 modo	 a	 efetivar	 todos	 os	 princípios	 previstos	 no	 Artigo	 37	 da
Constituição	 Federal,	 assim	 como	a	utilização	dos	bens	públicos	que	estão	 sob	a
égide	 patrimonial	 do	 Estado,	 também,	 devem	 responder	 ao	 interesse	 público.
Passou-se	 a	 trabalhar	 os	 aspectos	 teóricos	 sobre	 os	 bens	 públicos,	 como	 seu
conceito,	 classificação	 e	 formas	 de	 uso.	 Demonstrou-se	 que	 pode	 o	 particular
utilizar	dos	bens	públicos	de	uso	comum	a	todos,	ou	por	força	autorizativa	de	ato
administrativo.	 De	 mesmo	 modo,	 existem	 situações	 em	 que	 o	 particular	 tem
limitada	 a	 sua	 utilização,	 em	 razão	 de	 serem	 bens	 especiais	 de	 utilização	 das
repartições	públicas	para	oferta	de	serviços.
E-Book	-	Apostila
26	-	36
Quanto	ao	procedimento	licitatório,	vislumbrou-se	a	normatização	conforme	a	nova
lei	de	licitações	implementada	em	2021,	apresentando	as	modalidades	licitatórias
e	suas	fases	e	sob	quais	meios	o	administrador	público	pode	tanto	adquirir	bens	e
serviços	quanto	alienar	seus	bens	desafetados.
Agora	 que	 finalizamos	 este	 conteúdo,	 vamos	 testar	 seus	 conhecimentos
com	o	quiz	a	seguir.	
QUIZ
O	Artigo	37	da	Constituição	Federal
dispõe	sobre	os	princípios	da
administração	pública,	revelando
verdadeiro	norte	para	estipulação
daquilo	que	é	considerado	o	regime
jurídico	de	direito	público.	Dentre	os
princípios,	destacam-se	o	princípio	da
legalidade	e	o	princípio	da
moralidade,	necessários	para	a
manutenção	do	Estado	Democrático	de
Direito	por	manter	controlada	a
vontade	do	administrador	perante	a
vontade	da	própria	Constituição.
E-Book	-	Apostila
27	-	36
Dessa	forma,	levando	em	consideração	os	princípios
da	legalidade	e	da	moralidade	administrativa,
assinale	a	alternativa	correta.
Resposta	Correta:
Diferente	da	legalidade	geral,	que	implica	ser
permitido	tudo	o	que	não	é	proibido,	para	o	ente
administrativo,	só	pode	ser	realizado	o	ato	que	exista
previsão	em	lei,	ou	seja,	a	legalidade	específica,	em
que	o	agente	público	só	pode	fazer	aquilo	que	a	lei
preveja	e	permita.
Resposta	Incorreta:
Alternativa	Incorreta.	A	legalidade	administrativa	é
diferente	do	princípio	da	legalidade	aplicado	aos
particulares,	que	permite	fazer	o	que	não	esteja
proibido	em	lei.	Tanto	a	legalidadeadministrativa
quanto	a	moralidade	são	princípios	que	se
complementam,	um	sendo	necessário	ao	outro.
Enquanto	a	legalidade	prevê	o	ato	administrativo,	a
moralidade	demonstra	que	o	ato	deve	ser	adequado
ao	seu	fim.	O	Estado	é	laico,	não	podendo	normatizar
valores	religiosos.
A	legalidade	estrita	diz	respeito,	somente,	a	ser
autorizado	o	agente	administrativo	a	fazer	um	ato
administrativo	se	houver,	previamente,	autorização
da	lei.
a
A	legalidade	administrativa	é	traduzida	pelo	direito
fundamental,	que	enuncia	que	ninguém	será	privado
de	fazer	algo	senão	defeso	em	lei.
b
E-Book	-	Apostila
28	-	36
Resposta	Incorreta:
Alternativa	Incorreta.	A	legalidade	administrativa	é
diferente	do	princípio	da	legalidade	aplicado	aos
particulares,	que	permite	fazer	o	que	não	esteja
proibido	em	lei.	Tanto	a	legalidade	administrativa
quanto	a	moralidade	são	princípios	que	se
complementam,	um	sendo	necessário	ao	outro.
Enquanto	a	legalidade	prevê	o	ato	administrativo,	a
moralidade	demonstra	que	o	ato	deve	ser	adequado
ao	seu	fim.	O	Estado	é	laico,	não	podendo	normatizar
valores	religiosos.
Resposta	Incorreta:
Alternativa	Incorreta.	A	legalidade	administrativa	é
diferente	do	princípio	da	legalidade	aplicado	aos
particulares,	que	permite	fazer	o	que	não	esteja
proibido	em	lei.	Tanto	a	legalidade	administrativa
quanto	a	moralidade	são	princípios	que	se
complementam,	um	sendo	necessário	ao	outro.
Enquanto	a	legalidade	prevê	o	ato	administrativo,	a
moralidade	demonstra	que	o	ato	deve	ser	adequado
ao	seu	fim.	O	Estado	é	laico,	não	podendo	normatizar
valores	religiosos.
A	moralidade	administrativa	implica	que	o	ato	do
administrador	deve,	sempre,	traduzir	os	valores
conservadores	da	população.
c
A	moralidade	administrativa	é	a	legalidade	somada	à
religião.d
E-Book	-	Apostila
29	-	36
Resposta	Incorreta:
Alternativa	Incorreta.	A	legalidade	administrativa	é
diferente	do	princípio	da	legalidade	aplicado	aos
particulares,	que	permite	fazer	o	que	não	esteja
proibido	em	lei.	Tanto	a	legalidade	administrativa
quanto	a	moralidade	são	princípios	que	se
complementam,	um	sendo	necessário	ao	outro.
Enquanto	a	legalidade	prevê	o	ato	administrativo,	a
moralidade	demonstra	que	o	ato	deve	ser	adequado
ao	seu	fim.	O	Estado	é	laico,	não	podendo	normatizar
valores	religiosos.
A	prescrição	é	o	instituto	que
determina	a	perda,	em	razão	de	haver
transcorrido	um	prazo,	e	uma
pretensão	jurídica	de	pedir	um	direito.
Quando	o	proprietário	de	um	bem
deixa	de	exercer	suas
responsabilidades	sobre	o	bem
perante	outrem,	que	o	passe	a	utilizar
com	ânimo	de	dono,	perpassando	o
prazo	da	lei,	esse	antigo	proprietário
A	legalidade	estrita	pode	ser	afastada	se	for
considerada	imoral,	em	desacordo	com	os	valores
dos	bons	costumes.
e
E-Book	-	Apostila
30	-	36
perde	o	direito	de	reaver	a
propriedade,	perdendo,	com	isso,
também	a	própria	propriedade.
Sobre	a	aplicação	da	usucapião	nas	relações
patrimoniais	do	ente	público,	assinale	a	alternativa
correta.
Resposta	Incorreta:
Alternativa	Incorreta.	Nenhum	bem	público	pode
sofrer	usucapião,	pois	o	ente	público	não	pode	vir	a
sofrer	sanção	de	perda	de	propriedade	em	razão	de
inércia	do	agente	público.	Caso	seja	de	interesse
público	que	o	patrimônio	deixe	a	propriedade	pública
para	passar	a	outrem,	deve	haver	edição	de	lei
específica	para	essa	doação.
Resposta	Correta:
Alternativa	Correta.	Nenhum	bem	público	é	passível
de	usucapião,	ainda	que	o	ente	público	não	utilize	o
bem	segundo	a	sua	função	social.	Essa	é	uma
prerrogativa	do	ente	público	em	razão	de	o	bem
público	integrar	o	patrimônio	público,	não	podendo
este	ser	perdido	pela	inércia	do	administrador.
É	possível	que	o	ente	público	possa	usucapir	uma
propriedade	e	ser	usucapido	de	uma	propriedade	não
afetada.
a
O	ente	público,	apenas,	pode	usucapir	propriedades
de	particulares,	já	que	os	bens	públicos	não	são
passíveis	de	usucapião.
b
E-Book	-	Apostila
31	-	36
Resposta	Incorreta:
Alternativa	Incorreta.	Nenhum	bem	público	pode
sofrer	usucapião,	pois	o	ente	público	não	pode	vir	a
sofrer	sanção	de	perda	de	propriedade	em	razão	de
inércia	do	agente	público.	Caso	seja	de	interesse
público	que	o	patrimônio	deixe	a	propriedade	pública
para	passar	a	outrem,	deve	haver	edição	de	lei
específica	para	essa	doação.
Resposta	Incorreta:
Alternativa	Incorreta.	Nenhum	bem	público	pode
sofrer	usucapião,	pois	o	ente	público	não	pode	vir	a
sofrer	sanção	de	perda	de	propriedade	em	razão	de
inércia	do	agente	público.	Caso	seja	de	interesse
público	que	o	patrimônio	deixe	a	propriedade	pública
para	passar	a	outrem,	deve	haver	edição	de	lei
específica	para	essa	doação.
São	passíveis	de	usucapião	os	bens	dominicais,
entretanto	os	de	uso	comum	do	povo	e	os	bens	de
uso	especial	não	são	possíveis	de	serem	usucapidos.
c
Para	um	bem	público	ser	usucapido,	existe,
anteriormente,	a	necessidade	de	passar	pelo
processo	de	desafetação,	transformando-o	em	um
bem	dominial.
d
O	ente	público	adquirirá	bens	por	usucapião	quando
a	herança	de	um	particular	não	encontrar	herdeiro.e
E-Book	-	Apostila
32	-	36
Resposta	Incorreta:
Alternativa	Incorreta.	Nenhum	bem	público	pode
sofrer	usucapião,	pois	o	ente	público	não	pode	vir	a
sofrer	sanção	de	perda	de	propriedade	em	razão	de
inércia	do	agente	público.	Caso	seja	de	interesse
público	que	o	patrimônio	deixe	a	propriedade	pública
para	passar	a	outrem,	deve	haver	edição	de	lei
específica	para	essa	doação.
Na	licitação,	existem	fases
procedimentais	em	que,	na	última,
poderá	o	administrador	público
adjudicar,	confirmando	todo	o
procedimento,	revogar	a	licitação	por
sua	discricionariedade	ou,	ainda,
anular	o	procedimento	em	razão	de
ilicitude.
Sobre	as	fases	que	compreendem	a	licitação,
assinale	a	alternativa	correta.
Na	fase	de	habilitação,	sempre	realizada
previamente,	poderá	o	interessado,	apenas,
apresentar	certidões	negativas	fiscais	para	ser
habilitado.
a
E-Book	-	Apostila
33	-	36
Resposta	Incorreta:
Alternativa	Incorreta.	Na	fase	de	habilitação,	prevista
para	ser	realizada	após	o	julgamento	das	propostas,
deve	ser	demonstrada	a	capacidade	técnica	e	a
ausência	de	impedimentos	para	contratação	com	o
ente	público,	seguindo	as	definições	do	edital,
conforme	Artigo	65	da	Lei	de	Licitações.	Caso	o
vencedor	não	consiga	realizar	a	habilitação,	será
desclassificado,	sendo	chamado	o	segundo	colocado
para	se	habilitar.
Resposta	Incorreta:
Alternativa	Incorreta.	Na	fase	de	habilitação,	prevista
para	ser	realizada	após	o	julgamento	das	propostas,
deve	ser	demonstrada	a	capacidade	técnica	e	a
ausência	de	impedimentos	para	contratação	com	o
ente	público,	seguindo	as	definições	do	edital,
conforme	Artigo	65	da	Lei	de	Licitações.	Caso	o
vencedor	não	consiga	realizar	a	habilitação,	será
desclassificado,	sendo	chamado	o	segundo	colocado
para	se	habilitar.
A	habilitação	deve	ser	jurídica,	técnica,	fiscal,	social,
trabalhista,	econômico,	política	e	informacional.b
Caso	ocorra	divergência	na	documentação	de
habilitação,	sendo	sanável,	deverá	abrir	prazo	para	a
correção	do	interessado.
c
E-Book	-	Apostila
34	-	36
Resposta	Correta:
Alternativa	Correta.	Conforme	Artigo	64	da	Lei	de
licitações,	não	há	interesse	da	administração	pública
que	o	vencedor	seja	desclassificado	se	o	defeito	da
habilitação	for,	facilmente,	sanável.
Resposta	Incorreta:
Alternativa	Incorreta.	Na	fase	de	habilitação,	prevista
para	ser	realizada	após	o	julgamento	das	propostas,
deve	ser	demonstrada	a	capacidade	técnica	e	a
ausência	de	impedimentos	para	contratação	com	o
ente	público,	seguindo	as	definições	do	edital,
conforme	Artigo	65	da	Lei	de	Licitações.	Caso	o
vencedor	não	consiga	realizar	a	habilitação,	será
desclassificado,	sendo	chamado	o	segundo	colocado
para	se	habilitar.
As	condições	de	habilitação	serão	definidas	pelo
pregoeiro	do	certame.d
Caso	haja	negativa	da	habilitação	de	licitante
vencedor	do	certame,	a	licitação	será	anulada.e
E-Book	-	Apostila
35	-	36
Resposta	Incorreta:
Alternativa	Incorreta.	Na	fase	de	habilitação,	prevista
para	ser	realizada	após	o	julgamento	das	propostas,
deve	ser	demonstrada	a	capacidade	técnica	e	aausência	de	impedimentos	para	contratação	com	o
ente	público,	seguindo	as	definições	do	edital,
conforme	Artigo	65	da	Lei	de	Licitações.	Caso	o
vencedor	não	consiga	realizar	a	habilitação,	será
desclassificado,	sendo	chamado	o	segundo	colocado
para	se	habilitar.
Referências
	
ALVES,	F.	D.	Direito	Administrativo:	teoria	e	prática.	1ª	e	2ª	fases	da	OAB.	3.ed.
São	Paulo:	Rideel,	2021.	
BRASIL.	[Constituição	(1988)].	Constituição	da	República	Federativa	do	Brasil
de	 1988.	 Brasília,	 DF:	 Presidência	 da	 República,	 [2022].	 Disponível	 em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.	 Acesso	 em:	 10
maio	2022.
BRASIL.	Lei	 nº	10.520,	de	17	de	 julho	de	2002.	 Institui,	 no	 âmbito	 da	 União,
Estados,	 Distrito	 Federal	 e	 Municípios,	 nos	 termos	 do	 art.	 37,	 inciso	 XXI,	 da
Constituição	Federal,	modalidade	de	 licitação	denominada	pregão,	para	aquisição
de	bens	e	serviços	comuns,	e	dá	outras	providências.	Brasília,	DF:	Presidência	da
República,	 [2021].	 Disponível	 em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10520.htm.	 Acesso	 em:	 25	 ago.
2022.
BRASIL.	Lei	 nº	 13.303,	 de	 30	 de	 junho	 de	 2006.	 Dispõe	 sobre	 o	 estatuto
jurídico	 da	 empresa	 pública,	 da	 sociedade	 de	 economia	 mista	 e	 de	 suas
subsidiárias,	no	âmbito	da	União,	dos	Estados,	do	Distrito	Federal	e	dos	Municípios.
Brasília,	 DF:	 Presidência	 da	 República,	 [2021].	 Disponível	 em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13303.htm.	 Acesso
em:	25	ago.	2022.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10520.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13303.htm
E-Book	-	Apostila
36	-	36
BRASIL.	Lei	 nº	 14.121,	 de	 11	 de	março	 de	 2021.	 Autoriza	 o	 Poder	 Executivo
federal	 a	 aderir	 ao	 Instrumento	 de	 Acesso	 Global	 de	 Vacinas	 Covid-19	 (	 Covax
Facility	 )	 e	 estabelece	 diretrizes	 para	 a	 imunização	 da	 população.	 Brasília,	 DF:
Presidência	 da	 República,	 2021.	 Disponível	 em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14121.htm.	 Acesso
em:	25	ago.	2022.
BRASIL.	Lei	 nº	14.133,	de	01	de	abril	 de	2021.	 Lei	 de	 Licitações	 e	 Contratos
Administrativos.	 Brasília,	 DF:	 Presidência	 da	 República,	 2021.	 Disponível	 em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm.	 Acesso
em:	10	maio	2022.
BRASIL.	Lei	nº	2.462,	de	4	de	agosto	de	2011.	 Institui	 o	Regime	Diferenciado
de	Contratações	 Públicas	 -	 RDC;	 altera	 a	 Lei	 nº	 10.683,	 de	 28	 de	maio	 de	 2003,
que	 dispõe	 sobre	 a	 organização	 da	 Presidência	 da	República	 e	 dos	Ministérios,	 a
legislação	da	Agência	Nacional	de	Aviação	Civil	 (Anac)	e	a	 legislação	da	Empresa
Brasileira	 de	 Infraestrutura	 Aeroportuária	 (Infraero);	 cria	 a	 Secretaria	 de	 Aviação
Civil,	 cargos	de	Ministro	 de	Estado,	 cargos	 em	comissão	e	 cargos	de	Controlador
de	 Tráfego	 Aéreo;	 autoriza	 a	 contratação	 de	 controladores	 de	 tráfego	 aéreo
temporários;	altera	as	Leis	nºs	11.182,	de	27	de	setembro	de	2005,	5.862,	de	12
de	dezembro	de	1972,	8.399,	de	7	de	janeiro	de	1992,	11.526,	de	4	de	outubro	de
2007,	11.458,	de	19	de	março	de	2007,	e	12.350,	de	20	de	dezembro	de	2010,	e	a
Medida	Provisória	nº	2.185-35,	de	24	de	agosto	de	2001;	e	revoga	dispositivos	da
Lei	 nº	 9.649,	 de	 27	 de	 maio	 de	 1998.	 Brasília,	 DF:	 Presidência	 da	 República,
[2021].	 Disponível	 em:	http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/lei/l12462compilado.htm.	Acesso	em:	25	ago.	2022.
BRASIL.	Lei	nº	8.666,	de	21	de	 junho	de	1993.	 Regulamenta	 o	 art.	 37,	 inciso
XXI,	 da	 Constituição	 Federal,	 institui	 normas	 para	 licitações	 e	 contratos	 da
Administração	 Pública	 e	 dá	 outras	 providências.	 Brasília,	 DF:	 Presidência	 da
República,	 [2022].	 Disponível	 em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm.	Acesso	em:	10	maio	2022.
DI	 PIETRO,	 M.	 S.	 Z.	 D.	Direito	administrativo.	 31.	 ed.	 Rio	 de	 Janeiro:	 Forense,
2018.	
OLIVEIRA,	 R.	 C.	 R.	Licitações	e	 contratos	administrativos:	 teoria	 e	 prática.	 8.
ed.	Rio	de	Janeiro:	Forense;	São	Paulo:	Método,	2019.	
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14121.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12462compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm

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