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Recursos Públicos (2) SEM GRAFICO

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9
GESTÃO DE RECURSOS PÚBLICOS
Acadêmicos¹
Tutor Externo²
	
RESUMO
Esse trabalho tem como objetivo expor conceitos e definições sobre a gestão dos recursos públicos do país, perpassando os principais conceitos envolvidos nas finanças e orçamentos públicos, além de apresentar uma breve discussão acerca do tema “gestão dos recursos públicos”. Para tanto, a metodologia desse trabalho é classificada, quanto ao seu objetivo, como exploratória e, quanto ao seu método, como bibliográfica e documental, pois se utilizou de recursos como livros, manuais, revistas e leis para realizar a fundamentação teórica do assunto, possibilitando assim a interpretação dos dados que foram levantados no desenvolvimento da pesquisa. Concluiu-se que a gestão dos recursos públicos tem como propósitos básicos contribuir para maior eficiência, eficácia e efetividade da Gestão Pública como um todo, visto que os recursos e dispêndios influenciam diretamente na visão da sociedade sobre o governo e, consequentemente, sobre a gestão pública.
Palavras-chave: gestão; recursos; administração
1. INTRODUÇÃO
A asseguração das necessidades públicas e coletivas se dá através da Administração Pública, definida, conforme será apresentado nas discussões seguintes, como um aparelhamento ordenado destinado a realizar ações para promover resultados sustentáveis nos diversos graus de necessidades da sociedade, tais como segurança, cultura, saúde e bem-estar. Para que essa administração seja efetiva é imprescindível que se disponha de recursos suficientes para tal fim, uma vez que os serviços prestados pelo Estado demandam uma aplicação das despesas (SOUZA, 2008).
A gestão dos recursos financeiros constitui como um dos principais elementos da efetividade das ações organizacionais. É um fator crítico que impacta a qualidade dos gastos e garante a sustentabilidade das ações e serviços. Em vista disso, a correta gestão dos recursos tem se tornado, cada vez mais, uma posição estratégica junto às demais funções básicas da administração pública, como o planejamento. 
No que tange as organizações públicas, o uso adequado dos recursos advindos de contribuintes ou gerados pelo Estado, representa um aspecto relevante da avaliação e aprovação da ação governamental. De acordo com a Escola Nacional de Administração Pública (2014):
A gestão financeira tem como objetivo mais geral prover e gerenciar os recursos necessários à consecução das atividades organizacionais e, em se tratando do setor público, tais atividades geralmente estão atreladas à execução de políticas que afetam diretamente demandas sociais, ou seja, têm implicações no processo de criação de valor público (ENAP, 2014).
Por essa razão, é fundamental entender os principais conceitos e temas abordados no que tange o tema “gestão dos recursos públicos”. Entende-se que, compreender a importância e o impacto da correta gestão das atividades e serviços públicos, bem como as informações pertinentes à Administração Pública na condição de provedora do bem-estar comum, é essencial para a efetivação das políticas públicas no sentido de oferecer retorno à sociedade.
Dentre desse trabalho serão abordados três temas, de forma clara e sucinta, que se considerou essenciais para atingir o objetivo deste: O estado e as finanças públicas; o orçamento público e a gestão dos recursos públicos. Embora seja suficiente a bibliografia acerca da "Administração Pública" e “Gestão dos Recursos Públicos” sabe-se que há certo desconhecimento, na prática, sobre temas como Controle e Gestão no planejamento da Administração Pública. Para tanto, foram utilizados como recursos o livros, manuais, revistas e leis para realizar a fundamentação teórica do assunto, possibilitando assim a interpretação dos dados que serão levantados no desenvolvimento da pesquisa.
Assim como concluiu Santos (2019) tratar da gestão dos recursos públicos é relevante e atual “à medida que há uma proliferação de escândalos com que a sociedade se defronta diariamente ocupando a maior parte dos noticiários e dos mais variados meios de comunicação”. 
Assim, cada vez se exige mais dos governantes uma maior transparência com relação à gestão dos recursos e dos atos governamentais, o que se tem tornado um desafio, principalmente nos pequenos municípios. Garantir o acesso e retorno para a população de direitos básicos, como saúde, educação, lazer, cultural e entre outros, é dever da administração pública e fruto da correta e inteligente da gestão dos recursos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo segue-se a apresentação da fundamentação teórica de acordo com os seguintes temas: o Estado e as finanças públicas; o orçamento público e a gestão dos recursos públicos.
2.1 O estado e as finanças públicas
A administração Pública corresponde a todo o aparato do Estado pré-ordenado dedicado à realização das atividades públicas, ou seja, um conjunto de agentes, pessoas físicas e jurídicas, destinados legalmente a gerir todo o patrimônio público com o intuito de atender às necessidades do coletivo e em prol do bem-estar da população (SOUZA, 2008).
O homem, sendo um animal social e membro do coletivo, necessita de um membro superior capaz de criar regras e satisfazer as demandas coletivas. Dessa forma, o Estado surge dessa necessidade e consiste na “pessoa jurídica soberana, constituída de um povo organizado sobre um território, sob o comando de um poder supremo, para fins de defesa, ordem, bem-estar e progresso social” (GROPPALI, 1962).
No que tange a gestão dos recursos públicos, os preceitos legais que devem ser observados para a condução do trabalho do administrador público e para a elaboração de novas normas devem ser amparados pela Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988. No intuito de garantir a probidade e transparência na gestão dos recursos pública, essa Constituição, em seu art. 37, consagra e proclama os princípios constitucionais essenciais, a saber: princípio da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência. 
De fato, princípios da Administração Pública visam justamente pautar, com base em preceitos de ordem ética e moral, a ação do Administrador Público na gestão dos recursos públicos. De acordo com Meirelles (2005): 
A Administração Pública, em todas as suas manifestações, deve atuar com legitimidade, ou seja, segundo as normas pertinentes a cada ato e de acordo com a finalidade e o interesse coletivo na sua realização. Até mesmo nos atos discricionários a conduta de quem os pratica há de ser legítima, isto é, conforme as opções permitidas em lei e as exigências do bem comum (MEIRELLES, 2005).
A atividade financeira do Estado se concentra em quatro áreas: receita pública (obter); despesa pública (despender); orçamento público (gerir); e crédito público (criar) ”. De acordo com Pereira (2003) o termo finanças públicas se refere a totalidade recursos que o Estado dispõe para atender às necessidades públicas; corresponde também ao conjunto de normas técnicas e jurídicas aplicáveis à consecução desse objetivo.
O melhor sistema de finanças públicas é aquele que Dalton (1960) intitulou como o que propicia máximo benefício social ou princípio do benefício social e que justificaria a ação do poder público sobre as famílias. Ou seja, se o Estado retira renda e riqueza da sociedade, deve devolvê-la em forma de bens e serviços de grande alcance social. No que tange o conceito de receitas públicas Bastos (2002) afirma que “caracterizam-se por serem ingressos definitivos de dinheiro nos cofres públicos. Em outras palavras, trata-se daqueles ingressos que têm como finalidade permanecerem definitivamente nos cofres públicos”.
Assim sendo, a despesa pública se refere ao conjunto de despesas do Estado aplicado à obtenção de bens e serviços com o intuito de atingir os objetivos da administração pública, representando essencialmente uma saída imediata de recursos financeiros, com redução de disponibilidades, ou de uma saída mediata, por meio do reconhecimento da obrigação.
2.2 Orçamento público
Atualmente existemdiversas definições de orçamento, mas o conceito que será abordado neste trabalho é o adotado pela Escola Nacional de Administração Pública (2014), que diz que:
O orçamento possui muitas conceituações, todas bem completas e abrangentes. A seguir, apresenta-se uma dessas conceituações: A ação planejada do Estado, quer na manutenção de suas atividades quer na execução de seus projetos, se materializa através do orçamento, que é o instrumento de que dispõe o poder público para expressar, em determinado período de tempo, o seu programa de ação, discriminando a origem e o montante de recursos a serem arrecadados, bem como os dispêndios a serem efetuados (ENAP, 2014).
Uma vez que o orçamento público é essencial para a existência e asseguração dos serviços públicos, faz-se necessário ressaltar que o orçamento público é matéria e garantido pela Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Na administração pública o orçamento representa, conforme Carvalho (2005) “um dos mais antigos instrumentos de planejamento e execução das finanças públicas. Mesmo que de forma rudimentar, o planejamento sempre se fez presente na história da humanidade a partir do momento em que o homem passou a viver em sociedade”.
Resumindo o pensamento de Carvalho (2005) e utilizando as conclusões de Souza (2008), o orçamento público é uma ferramenta de gestão que consolida todos os planos e programas da Administração Pública, contempla os ingressos arrecadados e as despesas necessárias à prestação de serviços à sociedade. De forma bastante clara, esse conceito destaca a importância do orçamento público no planejamento da Administração Pública, já que este pode monitorar a gestão dos gastos públicos durante a execução orçamentária.
Conforme Souza (2008):
O orçamento anual é produto de um processo de planejamento que incorpora as intenções e as prioridades da coletividade. Entretanto, é possível que durante a execução do orçamento ocorram situações, fatos novos ou mesmo problemas não previstos na fase de elaboração. Há que se criar mecanismos que venham a corrigir essas falhas de previsão e retifiquem o orçamento. Esses mecanismos são denominados de créditos adicionais. O orçamento não deve ser uma “camisa de força” que obrigue os administradores a seguirem exatamente aquilo que está estabelecido no programa de trabalho e a natureza da despesa aprovados na lei de meios (SOUZA, 2008).
Ainda nessa temática, o orçamento, em matéria pública, é um programa de trabalho do Poder Público, no qual são detalhados os planos de custeio dos serviços públicos, planos de investimentos, inversões e, também, o planejamento do ingresso de recursos para fazer face aos dispêndios incorridos na realização do programa de trabalho. Para que o controle fosse mais eficaz, era necessária a vinculação do orçamento a normas e regras que orientassem a sua elaboração e execução. A partir daí, foram criados os chamados princípios orçamentários, que visam estabelecer as regras orçamentárias, a saber: anualidade/periodicidade; unidade; universalidade; exclusividade; especificação; publicidade; equilíbrio; orçamento bruto; não afetação das riquezas; regra de ouro.
2.3 Gestão dos recursos públicos
Este tópico tem como objetivo conceituar o controle correto das despesas públicas por parte do Estado, o conceito de controle interno, apresentando, ainda, o papel da gestão dos recursos na Administração Pública do país. Pelo conceito dado pelo dicionário eletrônico Aurélio, controle é:
Ato, efeito ou poder de controlar; domínio, governo. Fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos, ou sobre produtos, etc., para que tais atividades, ou produtos, não se desviem das normas preestabelecidas. (AURÉLIO, 2002).
De acordo com Souza (2008) é muito comum, atualmente, a mídia noticiar casos de corrupção, desvio e mal-uso de recursos públicos. Dessa forma, é de extrema importância que se exerça a fiscalização sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos, ou sobre produtos, etc., para que tais atividades, ou produtos, não se desviem das normas preestabelecidas. 
Surge daí a necessidade do controle sobre os movimentos orçamentários do Estado. Conforme explica Mileski (2003), controle é o elemento essencial ao Estado, pois assegura que a Administração "[...] atue de acordo com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico".
Gasparini (2006) define controle na Administração Pública como sendo “a atribuição de vigilância, orientação e correção de certo órgão ou agente público sobre a atuação de outro ou de sua própria atuação, visando confirmá-la ou desfazê-la, conforme seja ou não legal, conveniente, oportuna e eficiente”. No primeiro caso tem-se heterocontrole; no segundo, autocontrole, ou, respectivamente, controle externo e controle interno (em itálico no original). Dos conceitos apresentados, pode se concluir que o controle pode ser tanto de um agente para outro, como aquele exercido pelo próprio agente.
Pode-se inferir que a gestão dos recursos públicos, no Brasil, se iniciou como um resultado da colonização europeia, após o país ter passado a ter obrigações coloniais com o reino de Portugal. A partir desse acontecimento histórico, a fiscalização e controle econômico e político da colônia foi ficando mais forte. Após a independência do Brasil, em 1822, o fato significativo do controle do Estado no âmbito interno foi a criação do Tribunal de Contas da União (TCU) em 1889, uma oposição ao controle e fiscalização exercido externamente pelo colonizador. 
 O Tribunal de Contas da União tem a responsabilidade de analisar e emitir pareceres sobre posse e uso dos recursos públicos pelos gestores em nível nacional. As responsabilidades de fiscalização do TCU foram compartilhadas com outros órgãos de controle, ou seja, outros tribunais de contas. Daí surgem os tribunais de contas municipais e estaduais, responsáveis pelo auxílio aos poderes legislativos no julgamento das contas públicas.
Todos esses órgãos influenciam diretamente na gestão pública dos recursos da União. Segundo Meirelles (2006) a gestão pública se refere ao complexo de funções estatais básicas e é a condução política dos negócios públicos. No que tange o conceito institucional, é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do governo; funcionalmente falando, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; e, por fim, no sentido operacional, é o desempenho perene e sistemático legal e técnico dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo pode ser classificado, quanto aos seus objetivos, como pesquisa do tipo exploratória, pois tem como finalidade proporcionar mais informações sobre um tema em investigação, possibilitando sua definição e delineamento. Gil (2002) define o objetivo da pesquisa exploratória como: 
Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. (GIL, 2002)
Quantos aos métodos, essa pesquisa é classificada como bibliográfica e documental, pois foi elaborada com base em materiais produzidos por diversos autores e bibliografias que versam sobre Administração Pública; Planejamento na Administração Pública; Gestão dos recursos públicos visando contextualizar o objetivo da pesquisa. De acordo com Gil (2002) a pesquisa bibliográfica:
[...]é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, hápesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. (GIL, 2002)
Foram utilizados como recursos o livros, manuais, revistas e leis para realizar a fundamentação teórica do assunto, possibilitando assim a interpretação dos dados que serão levantados no desenvolvimento da pesquisa.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 O objetivo definido para essa pesquisa foi de expor conceitos e definições sobre a gestão dos recursos públicos do país, perpassando os principais conceitos envolvidos nas finanças e orçamentos públicos, além de apresentar uma breve discussão acerca do tema “gestão dos recursos públicos”.
Foi possível verificar que uma vez que a administração pública é praticada através de um conjunto de aparelhos do Estado pré-ordenado e colocado à disposição da população para sanar necessidades públicas. Assim sendo, é imprescindível que a Administração Pública disponha de recursos, pois é através do sacrifício destes que o Estado presta os serviços à comunidade.
No setor público, o controle interno é aquele que possibilita que a entidade pública monitore o cumprimento das metas previstas no planejamento orçamentário e comprove a legalidade das ações e avalie os resultados obtidos com a utilização dos recursos. Além de servir para controlar a gestão dos recursos públicos, o controle interno serve como base para os demais controles administrativos e ao Controle Externo. Verificou-se também, no decorrer deste trabalho, que foram tratados de temas e termos voltados ao orçamento público. Diz-se que orçamento público é um instrumento da administração pública destinado a, em tese, envolver a sociedade na participação de ações do Governo.
Sendo um programa do Poder Público, no qual são detalhados os planos de custeio dos serviços públicos, planos de investimentos, inversões é também, o planejamento do ingresso de recursos para fazer face às despesas incorridas na realização do programa de trabalho. Partindo desse conceito, buscou-se verificar o processo através do qual o Poder Público, através do planejamento orçamentários e dos dispêndios incorridos da sua gestão, afeta a gestão dos recursos públicos do país. Uma importante conclusão que pode ser verificada foi a apresentada por Souza (2008). Este utiliza os conceitos do Controle Interno dos recursos para justificar a gestão dos recursos públicos:
Controle Interno tem a finalidade de monitorar o cumprimento das metas previstas no PPA, a execução dos programas de governo e dos orçamentos, servindo de elemento informativo para adoção de medidas corretivas, capaz de comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração Pública, evitando o abuso de poder e servindo, também, como apoio para o Controle Externo (SOUZA, 2008).
Para garantir o atendimento desses propósitos básicos, a Administração Pública deve prever e acompanhar todas as receitas e despesas do Estado, através da administração orçamentária e financeira dos recursos próprios do Estado e postos à sua disposição, verificando a legalidade, legitimidade, eficácia, eficiência e economicidade dos atos e procedimentos da Administração Pública, apontando as correções pertinentes e respeitando sempre os princípios da transparência e publicidade na apresentação de informações para a sociedade.
O controle interno tem a função de verificar o atingimento de metas da lei de diretrizes orçamentárias, a observância de limites estabelecidos de crédito e inscrição em despesas a pagar e a receber, observância com os limites de despesas com pessoal, dívidas consolidadas e mobiliária, destinação de recursos públicos e limites de gastos totais dos municípios.
Por fim, verificou-se que para atingir o cumprimento desse propósito, a Administração Pública deve prever e acompanhar todas as receitas e despesas do Estado, através da administração orçamentária e financeira dos recursos próprios do Estado e postos à sua disposição, verificando a legalidade, legitimidade, eficácia, eficiência e economicidade dos atos e procedimentos da Administração Pública, apontando as correções pertinentes e respeitando sempre os princípios da transparência e publicidade na apresentação de informações para a sociedade (SOUZA, 2008).
5. CONCLUSÃO
Conforme evidenciado no presente estudo, é possível observar, através dos conceitos e temas abordados aqui, que existem diversas impeditivos que dificultam a gestão correta dos recursos públicos como a falta de iniciativa do administrador, planejamento orçamentário inadequado, estrutura organizacional desatualizada, ausência de recursos humanos e controle correto das unidades administrativas, remuneração não condizente com as responsabilidades, ausência de procedimentos e rotinas, resistência às mudanças por parte dos servidores, e entre outros.
Estudar e avaliar os temas, conceitos e propostas que abordam o assunto “gestão dos recursos públicos” é essencial para alcançar os propósitos básicos da gestão criados desde os tempos de colonização e que perpetuam e se modificam até os tempos atuais, onde os recursos e a administração pública estão destinados às “mãos” de tribunais de conta e controladoria.
Com esse trabalho, pode-se verificar que a gestão dos recursos públicos tem como propósitos básicos contribuir para maior eficiência, eficácia e efetividade da Gestão Pública como um todo, visto que os recursos e dispêndios influenciam diretamente na visão da sociedade sobre o governo e, consequentemente, sobre a gestão pública. Além disso, uma correta gestão dos recursos fornece à sociedade informações que permitam o acompanhamento e avaliação do desempenho da Gestão Pública.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AURELIO. O minidicionário da língua portuguesa. 4ª edição revista ampliada do minidicionário Aurélio. 7ª impressão. Rio de Janeiro, 2002.
CARVALHO, D. Orçamento e contabilidade pública: teoria e prática. Campo Grande: Ruy Barbosa, 2005.
DALTON, H. Princípios de Finanças Públicas. Fundação Getúlio Vargas – FGV, Rio de Janeiro, 1960.
Escola Nacional de Administração Pública. Módulo 4 Gestão de Recursos. Apostila. 2014. Disponível em: https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2262/1/Apostila%20-%20M%C3%B3dulo%204%20-%20Gest%C3%A3o%20de%20Recursos.pdf. Acesso em 20 nov 2020.
GASPARINI, D. Direito administrativo. 11.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo. Atlas, 2002.
GROPPALI, A. Doutrina do Estado. São Paulo: Saraiva, 1962.
MEIRELLES, H. L. Direito administrativo brasileiro. 31.ed. São Paulo: Malheiros, 2005.
MEIRELLES, H. L. Direito municipal brasileiro. 15.ed. São Paulo: Malheiros, 2006.
MILESKI, H. S. O controle da gestão pública. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.
PEREIRA, J. R.T. Gestão e controle de recursos públicos – um estudo sobre a rejeição de prestação de contas nos governos municipais do estado da Bahia. Dissertação de mestrado. Universidade federal da Bahia: Faculdade de Ciências Contábeis. Salvador, 2010.
SANTOS, J. E. A qualidade da gestão pública no uso de recursos federais a partir da análise dos repasses do ministério da saúde para os municípios alagoanos. Revista Para. 2019.
SOUZA, C. S. de. O papel do controle interno na gestão dos gastos públicos municipais. 2008. 88 f. Monografia (Ciências Contábeis) - FAE - Centro Universitário. Curitiba, 2008.
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I – dd/mm/aa

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