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AULA 4 TENDENCIAS EM PERSONALIZACAO E MANUFATURA ADITIVA

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AULA 4 
TENDÊNCIAS EM 
PERSONALIZAÇÃO E 
MANUFATURA 
ADITIVA 
INTRODUÇÃO 
Devido ao surgimento da prototipagem rápida, diferentes 
funcionalidades estão aparecendo e, entre elas, podemos destacar 
o uso de máquinas de baixo custo para produção de objetos 
funcionais. Cada vez mais são empregados diferentes métodos e 
ferramentas para apoiar ações referentes ao levantamento de 
soluções e à análise de viabilidade técnica para o desenvolvimento 
de máquinas de prototipagem rápida, baseando-se em projetos 
como de replicating rapid prototyping (RepRap). A tecnologia que 
vem ganhando destaque é a fused deposition modeling (FDM), que 
é uma solução de baixo custo, utilizada para efetivar sistemas. 
Entre as vantagens de se utilizar máquinas oriundas desse tipo de 
tecnologia, o que as define como produtos de inovação, está a 
capacidade de levar às casas de pessoas comuns um ferramental 
com potencial de efetuar a fabricação de uma imensidão de 
produtos essencialmente úteis, derivados de poucos cliques, 
restrita apenas à imaginação dos usuários, compreendendo 
inclusive as peças necessárias para a fabricação de outra máquina 
RepRap. 
TEMA 1 – ENTENDENDO O PROCESSO DE 
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO 
Nos últimos anos, a utilização de tecnologias de manufatura aditiva 
(additive manufacturing – AM) tem crescido, ampliando seus 
benefícios para inúmeras áreas, como engenharia e saúde, 
encurtando também o tempo de desenvolvimento de produtos. A 
AM vem transformando os processos produtivos, as cadeias de 
suprimento, conservação, desenvolvimento de diferentes produtos 
e a globalidade do modelo de economia produtiva como um todo. 
Existem, no mercado atual, inúmeras tecnologias de AM e 
diferentes ferramentas para sua utilização; porém, não existem 
procedimentos, benchmarking ou aplicações que suportem a 
tomada de decisão em relação à escolha apropriada. 
Na atualidade, devido a exigência de clientes e consumidores, as 
organizações veem-se pressionadas a aumentar a complexidade 
de seus produtos. Por outro lado, de maneira a se manterem 
competitivas, precisam encurtar os prazos de desenvolvimento 
desses produtos. De modo geral, as tecnologias de AM apresentam 
a produção de objetos tridimensionais (3D), tendo o processo de 
adição de material camada por camada como sendo seu princípio 
2 
básico de funcionamento. Na Figura 1, ilustra-se um esquema 
simplificado de funcionamento por meio da imagem de impressão. 
Figura 1 – Esquema simplificado de funcionamento de tecnologias 
de AM por meio de imagem de impressão 
Crédito: Zern Liew/Shutterstock. 
A prototipagem rápida (rapid prototyping – RP) pode ser entendida 
como sendo um processo de fabricação fundamentado na adição 
de material, camada a camada, em um plano de segunda 
dimensão (2D), criado na segunda metade dos anos 1980 por 
conta da crescente imposição, à indústria, de metas de redução de 
custos no processo de desenvolvimento de produtos. Em um 
primeiro momento, buscou-se integrar design e processamento na 
primeira etapa ou etapa de desenvolvimento do produto; contudo, 
de forma mais abrangente, o 
 
3 
mecanismo é ampliado à avaliação do mercado e à área de 
comercialização. A Figura 2 ilustra essas etapas. 
Figura 2 – Ciclo de vida de um produto 
Crédito: Ashalatha/Shutterstock. 
As modificações aplicadas à programação visual ou mesmo à 
funcionalidade de um produto, após este já estar nas etapas de 
produção e comercialização, demandam, de maneira geral, uma 
elevação dos custos. Estima- se que essas modificações elevem 
em aproximadamente uma ordem de grandeza duas etapas 
relevantes do ciclo de um produto. 
Os processos aditivos, ao contrário dos processos subtrativos, 
operam pela adição de material para se produzir o produto. Os 
tipos de processos aditivos variam conforme a matéria-prima e o 
método empregados, conforme apresentado na Figura 3. 
 
4 
Processos aditivos 
Pó 
Líquida 
Sólido 
Material + aglomerante 
MJM – Multi-Jet Modeling (impressão 3D) 
Material + Laser SLS – Selective Laser Sintering (Sintetização Seletiva a 
Laser) 
Material + laser MJM – Multi-Jet Modeling (impressão 3D) 
Material SGC – Solid Ground Curing (Cura Sólida na Base) 
Material + aglomerante + laser 
LOM – Laminated Object Manufacturing (Manufatura de Objetos em 
Lâminas) 
Material + laser MJM – Multi-Jet Modeling (impressão 3D) 
Material SLA – Stereolithography (Estereolitografia) 
Material Lends – Laser Engineered NetShaping (Fabricação da Forma 
Final Via Laser) 
Material FDM – Fused Deposition Modeling (Modelagem por Deposição 
de Material Fundido) 
Processos aditivos 
Matéria-prima 
Figura 3 – Distribuição de processos aditivos 
Quanto à composição dos materiais, a maioria dos processos 
aditivos não exige a utilização de produto químico nocivo, e 
também não libera fumaça tóxica ao meio ambiente. 
1.1 Tecnologias de rapid prototyping (RP) 
As tecnologias baseadas no conceito de RP encontram-se 
segmentadas em duas classes principais: os métodos com adição 
de material e os com remoção de material. A classe com remoção 
de material, denominada de prototipagem rápida subtrativa 
(subtractive rapid prototyping – SRP), constitui-se em aparar blocos 
de diversos materiais, usualmente madeira ou espumas. A 
diferença 
5 
fundamental entre elas está no preceito de construção do protótipo; 
contudo, conforme o aspecto computacional, as etapas do 
processo de preparação e planejamento apresentam pontos que 
são comuns a ambas. Assim, encontram- se divididas em três 
estágios: pré-processamento, processamento rápido e pós- 
processamento do modelo. 
Figura 4 – Modelo sendo impresso em 3D 
Crédito: Sergi Lopez Roig/Shutterstock. 
As ações referentes ao estágio de pré-processamento iniciam-se 
com a criação de um arquétipo da peça em software de projeto 
assistido por computador (computer-aided design – CAD) 3D ou 
captura de dados digitalizados por meio de um escaneamento. 
Logo após isso, o arquivo produzido é convertido em um modelo 
aceito pelo equipamento de RP. O modelo de formatação stereo 
lithography (STL) é amplamente empregado e é composto da 
representação geométrica da face plana superior do modelo em 
malha triangular, sem que existam detalhamentos de cores ou 
mesmo texturas habituais em sistemas CAD, o que é supérfluo 
para a prototipagem. Assim, os triângulos definem um vetor normal 
singular, assistido pelas coordenadas de um sistema cartesiano, de 
modo tridimensional. 
A etapa de processamento das informações inseridas no arquivo 
STL é realizada por meio da elaboração do modelo, imprescindível 
para as próximas fases. Ela sofre uma sequência de ajustes 
referentes ao validamento e reparação 
 
6 
do modelo. É realizada a elucidação da orientação do objeto, o que 
impacta as propriedades do protótipo final, a exemplo do total de 
fatias produzidas no slicing e da porção de suporte obrigatória (no 
caso de haver disponibilidade no equipamento). O suporte é 
fundamental a todo momento em que a ação da gravidade venha a 
impactar alguma extensão do sólido, acarretando sua caída ou 
instabilidade. É usualmente composto por um material diferenciado 
do que realmente será empregado na elaboração do protótipo. 
Depois desse processo, é factível sua remoção de forma mecânica 
ou química. Na Figura 4, existem furos internos de impressão, no 
formato horizontal, que carecem de um suporte para uma 
impressão perfeita. Ademais, para o uso desse suporte, em alguns 
tipos de tecnologia, é necessário que haja uma camada de 
sustentação, na base, como forma de auxiliar a remoção do objeto, 
evitando possíveis deformações estruturais. 
Após a finalização dessa etapa, o objeto é cortado em camadas 
que serão confeccionadas em formato sequencial, na máquina de 
RP (Figura 3). As camadas correspondem a um plano de divisão 
transversal relacionado a uma densidade uniforme, e cada plano é 
lido (scan) para possibilitar a determinação exata do formato 
pretendido e a programação da trajetóriade adição. Isso contempla 
a determinação das rotas para que sejam preenchidas as bordas, o 
depósito de material e de suporte, nos casos em que isso for 
necessário. Trata- se assim de uma etapa com diversas 
configurações, alternadas de forma diferente conforme cada tipo de 
tecnologia, sendo extremamente relevante ao estipular o tempo de 
construção e a qualidade final do produto impresso. 
Por fim, ocorre a etapa de controle de produção do objeto, cuja 
função proporciona realmente a fabricação do modelo físico. Isso 
ocorre por meio do envio de sinais de controle que vistoriam ou 
direcionam o processo de adição de material. A partir daí, se inicia 
o pós-processamento, que abrange as tarefas de correção, 
extração da estrutura de suporte e limpeza do componente ou 
produto final quando for preciso, para se desempenhar o processo 
de acabamento final do produto. 
TEMA 2 – AM E SUA REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA 
3D 
A representação geométrica tridimensional dos produtos ou objetos 
a serem desenvolvidos resultam na AM. Mesmo com a existência e 
a utilização massiva de diversas tecnologias como common layer 
interface (CLI), additive 
7 
manufacturing format (AMF), entre outras, a mais utilizada é a STL. 
Os formatos geométricos são criados, em sua maioria, de uma 
modelagem criada em sistemas do tipo CAD. Além dessa forma, 
existe também a possibilidade de se ter essa modelagem partindo-
se de uma leitura com equipamentos como scanners 3D. Como 
exemplos desses scanners, podemos encontrar dispositivos de 
ressonância magnética, ultrassonografia 3D, entre outros. 
Independentemente da origem, em geral, ocorre na sequência um 
aperfeiçoamento em sistemas CAD 3D, onde são aprimorados e 
sofrem correções por possíveis falhas, promovendo seu uso 
mediante tecnologias de AM. Esse fato desencadeia uma 
sequência de problemas como demora ou atraso em muitos 
projetos, devido ao excesso de tempo que é despendido com 
correções de arquivos do tipo STL. Além disso, existe uma 
dificuldade com sistemas do tipo CAD 3D, cujo suporte de 
ferramentas não se apresenta de maneira apropriada para acelerar 
todo esse processo. De maneira a minimizar esses problemas e 
visando à agilização do processo como um todo, são utilizadas 
ferramentas próprias para essa finalidade. 
2.1 Caracterização de CAD 3D 
Em AM, as ações que englobam sólidos e superfícies são oriundas 
de sistemas CAD, o que resulta na criação de modelos 
geométricos 3D. A modelagem sólida (MS) se apresenta como a 
melhor forma para se conseguir gerar arquivos em 3D para a AM, 
sendo que isso reduz os problemas quanto à conversão do modelo 
primário em um formato utilizado amplamente na AM. Uma 
necessidade apresentada para as geometrias derivadas de 
modeladores de superfícies está na demarcação bem definida 
destes. Essa demarcação reforça a não existência de falhas, 
quebras, defeitos por conexões ou sobreposição de dimensões do 
modelo 3D. Dessa forma, o modelo criado precisa estar 
completamente ocluso, de modo a estabelecer o volume correto do 
produto final. Quando a modelagem ocorre de maneira incorreta, 
há como resultado o impedimento da criação de um sólido e, 
consequentemente, a geração de arquivos inadequados para 
utilização em AM. 
8 
Quadro 1 – Alguns sistemas de CAD 3D gratuitos ou pagos 
 
Sistemas CAD 3D 
NX Unigraphics SolidWorks OpenCascade 
Empresa Tipo 
Siemens PLM Software Pago Dassault Systemes Pago 
2.2 Problemas oriundos de defeitos na modelagem CAD 
– 
Gratuito 
Quando os padrões de modelagem para a criação de um modelo 
em CAD não são seguidos, acabam ocorrendo defeitos na 
geometria do sólido que impedem sua fabricação de maneira 
adequada. Diversos são esses possíveis defeitos gerados, dos 
quais relacionamos os principais, nesta sequência: 
a. Desacoplamento de superfícies: ocorre essa deficiência 
quando as camadas não se conectam. Primeiramente, se faz 
necessário constatar se essas camadas estão ou não se tocando 
de maneira completa. Caso ocorram conexões parciais, existe uma 
grande chance de a causa do desacoplamento de uma superfície 
ter sido originada pelas correias, que podem estar folgadas. 
Contudo, caso não haja conexão em todos os pontos, o defeito 
Inventor Autodesk Inc. Pago
Solid Edge Siemens PLM Software Pago
FreeCA
D – Gratuito
deve estar localizado na extrusão. Nesse caso, como o software da 
impressora solicita a utilização de linhas de 0,4 mm e na extrusão 
essas linhas não se conectam de maneira adequada por se 
encontrarem mais finas do que o necessário, para resolver pode-se 
reduzir a velocidade da impressão ou efetuar a elevação da 
temperatura. 
b. Subextrusão (subextrusion): esse defeito se caracteriza pela 
carência de material para a formação das camadas. Pode se 
apresentar como o defeito mais comum observado, ocorrendo 
quando a impressora tenta acompanhar a velocidade de extrusão 
determinada e o filamento não segue a mesma velocidade. Um fato 
relevante é que, à medida que se aumenta a velocidade de 
impressão, se reduz o tempo em que o filamento é aquecido antes 
de ser direcionado pelo bico de extrusão, isso resultando em seu 
bloqueio. Como solução, deve-se evitar adquirir filamentos 
9 
ovalizados que possuam muita variação de diâmetro e, ainda, 
manter 
sempre limpo esse filamento. 
c. Sobreposição de superfícies: esse defeito apresenta como 
resultado 
uma rede com triângulos sobrepostos, sendo gerado pelo uso de 
um modelador de superfície no processo de modelagem do objeto. 
Sua detecção é complicada e requer correção por meio da 
modelagem CAD. 
d. Impressão inclinada: esse defeito acontece pelo movimento, 
menor do que o esperado, do conjunto de extrusão. Isso ocorre 
pelo motivo da existência de uma prisão de movimento de 
impressão que exige uma força maior na movimentação da cabeça 
de impressão. Os motivos que levam a isso podem ser que a 
cabeça de impressão tenha sofrido uma colisão com algum objeto, 
como um filamento acumulado em parte da impressão; ou que a 
impressora está configurada para uma velocidade superior à que 
os motores conseguem desempenhar. 
e. Arranhões e marcas na superfície superior do objeto: esse 
defeito pode ocorrer pela movimentação do bico extrusor, ou seja, 
pela movimentação com arrasto de material já impresso. A origem 
desse problema pode estar no filamento, pois há extrusão de muito 
filamento. 
TEMA 3 – COMO OBTER O MODELO GEOMÉTRICO 
3D 
Entende-se a captura de imagens para o formato 3D como sendo 
uma forma de obtenção de imagens que contenham as 
informações relativas à sua profundidade. O processo de obtenção 
de um modelo geométrico 3D ou escaneamento possibilita adquirir 
camadas de objetos mediante a utilização de equipamentos como 
máquinas fotográficas ou scanners. Após essa obtenção e 
tratamento, é realizada a sua conversão, em arquivo, para 
utilização em modelos de arquivos padronizados para ações de 
engenharia. 
3.1 Visões de obtenção de imagem 3D 
A utilização do processo de captura de uma imagem 3D ocorre pela 
captura de cada pixel da imagem associado diretamente com uma 
grandeza relativa à sua distância de um dado ponto de observação. 
Esse processo de captura de imagem se destaca principalmente 
em aplicações como simultaneous localization and mapping (Slam), 
proporcionando a capacidade de orientação de espaços 
10 
tridimensionais para robôs. Os programas utilizados para isso em 
geral criam arquivos no formato STL. Entre esses programas, 
temos o Remake, da Autodesk Inc., com ferramentas para tratativa 
e geração de arquivos STL. 
Quadro 2 – Exemplos de tecnologias usadas em processos de 
digitalização 3D 
PROCESSO DE ESCANEAMENTO 3D 
Apalpamento Charge-coupled device (CCD) linear 
Triangulação eletromagnética Registro por fotogrametria digital 
3.2 Características da obtenção de modelos 
A integração, vinculação e avaliação sistemática do processo de 
obtenção de modelos em 3D tem como característica a capacidade 
de ser realizada por medição de coordenadas ou porapalpamento. 
Contudo, a realização da obtenção dos pontos da camada de 
superfície de um objeto qualquer é morosa e complicada de se 
efetuar onde existam áreas oclusas. 
Outra característica de obtenção de modelos 3D se apresenta nas 
tecnologias de imagens não invasivas. Como exemplo, temos a 
tomografia computadorizada, o ultrassom 3D e a ressonância 
magnética, em que os dados relativos à anatomia de um paciente 
são tratados por softwares próprios que se destinam a essa 
tratativa e que efetuam uma segmentação e reconstrução já em 
formato 3D. A tomografia computadorizada na área médica, por 
exemplo, se traduz na emissão e captura de raios X cuja 
radiodensidade é convertida em formato de imagem, em que as 
escalas de cinza têm seus tons mais claros representando áreas 
mais densas, a exemplo de ossos e seus tons mais turvos 
demonstrando regiões com menor adensamento, como músculos e 
peles. 
TEMA 4 – SISTEMAS CAD 3D: EXPORTAÇÃO E 
PROBLEMAS EM ARQUIVOS STL 
As formas de arquivos para operacionalização são apresentadas 
em diferentes estruturas para tratamento. Contudo, o formato 
desenvolvido em 1988 pelo Albert Consulting Group, demandado 
pela 3D Systems Inc. (Estados Unidos), 
11 
denominado STL, tornou-se o padrão mais adotado. A 
característica principal desse formato está no formato de uma 
malha ou rede triangular sobre as superfícies de um determinado 
objeto. A questão que levou esse formato de arquivo a se tornar um 
padrão de utilização em AM destaca a sua concepção, que visa 
possibilitar sua interpretação por uma infinidade de sistemas de 
AM. Isso proporciona uma gama maior de utilização, uma vez que 
podem ser empregados diversos sistemas operacionais com 
capacidades computacionais variadas. 
4.1 Questões relevantes quanto a problemas do formato STL 
O portfólio de programas que utilizam o formato STL é amplo; 
contudo, deficiências no formato do arquivo resultam em problemas 
consideráveis. O formato foi criado para ser simples e, por isso, 
seus dados referentes a topologias visam à garantia da 
conectividade para além da própria estabilidade e regularidade da 
malha. Ainda, os dados referentes à direção do vetor normal não 
apresentam confiabilidade além da existência de dados 
redundantes, resultando no aumento do tamanho do arquivo, de 
forma desnecessária. 
Outras questões a serem consideradas estão na inexistência de 
dados relacionados a cor, tipos de gradação funcional de materiais 
(functionally graded materials – FGM). Mas o destaque dessas 
questões se encontra na incapacidade de armazenamento de 
Utilizando contato Sem utilização de contato
Braço 
mecânico Radar a laser
Triangulação 
ultrassônica Triangulação por laser
informações referentes à unidade de medida referenciada, 
podendo dessa forma resultar em defeitos por interpretação, a 
exemplo de centímetros ou polegadas. Nessa última questão, é 
importante ficarmos atentos à unidade correta considerada no 
momento da utilização. 
4.2 Questões de algoritmo 
Ao se considerar a questão da qualidade da malha ou rede do 
objeto impresso em formato STL, o algoritmo utilizado é um dos 
seus fatores determinantes. Essa qualidade está alinhada ao 
resultado do algoritmo gerador que opera nos módulos dos 
sistemas CAD responsáveis pela exportação. Caso esses 
algoritmos não estejam em um formato adequado, isso pode 
desencadear uma instabilidade. Reparar a falha gerada na malha 
elaborada demanda a execução de uma sequência de ações 
onerosas, que exigem o uso de ferramentas específicas, além de 
muita calma, paciência e atenção para que 
12 
sejam atingidos os níveis mínimos de lealdade e exatidão à 
geometria modelada para o objeto. 
4.2 Exportando arquivos STL 
Os programas CAD fornecem um módulo de exportação de dados 
de maneira nativa, para o STL, fato que ocorre devido a esse 
formato de arquivo ter se tornado padrão nos dispositivos de AM. 
Ao se converter modelos sólidos ou mesmo superfícies fechadas 
em uma malha STL, há uma harmonização dessas superfícies do 
modelo CAD 3D em uma malha de triângulos. A quantidade de 
triângulos integrantes dessa malha representa uma base decisiva 
para a exatidão do modelo STL gerado. Para que o arquivo não se 
torne muito grande em questão de armazenamento, é preciso 
determinar a melhor quantidade de triângulos a ser utilizada, 
existindo diversos parâmetros capazes de controlar a malha 
gerada, sendo os mais usados por sistemas do tipo CAD o 
comprimento da corda ou flecha e o ângulo de controle. 
TEMA 5 – OUTROS FORMATOS DE ARQUIVOS 
UTILIZADOS EM AM 
Pensando nos diversos formatos de arquivos que podem ser 
utilizados em AM, uma análise de padrões e exceções se 
apresenta como uma boa oportunidade para obtenção de melhores 
resultados. O STL vem se apresentando como sendo o padrão 
adotado pela indústria com a finalidade de guardar e transmitir 
informações entre diferentes programas CAD e ferramentas da AM. 
Devido ao crescimento do uso de impressão do tipo 3D, cresce 
também a exigência por formatos mais eficientes na questão de 
armazenamento e transferência de todos os dados imprescindíveis 
aos objetos 3D a serem impressos no formato. 
5.1 Formato AMF 
Buscando atender às insuficiências apresentadas pelo formato STL 
para AM é que foi criado o AMF. Nesse formato, existe a 
possibilidade de se efetuar a inclusão de dados referentes a 
materiais, gradientes, cores, unidades, entre outros. O AMF foi 
inicialmente padronizado pela American Society for Testing and 
Materials (ASTM) e designado por F2915-11, constituindo em 2013 
a padronização internacional ISO/ASTM 52915. 
13 
Esse formato armazena seus dados no padrão extensible markup 
language (XML), sendo composto por texto simples editável e 
amplamente usado em sítios web. A inovação que apresenta em 
comparação ao formato STL está na capacidade da representação 
por meio de triângulos de lados curvos ou também por superfícies 
que são curvas triangulares, diferentemente do uso de apenas uma 
malha de triângulos planos, pelo STL. Esse fato, além de reduzir a 
quantidade de triângulos necessários, diminui o tamanho do 
arquivo e incrementa a exatidão da representação do objeto. 
5.2 Formato VRML 
A primeira versão do formato virtual reality modeling language 
(VRML) foi apresentada em 1994 destacando três requisitos: 
independência relativa ao tipo de plataforma; extensibilidade; e 
eficiência mesmo em situações de conexão por internet de baixa 
velocidade. O objetivo da criação desse formato foca a capacidade 
de leitura e visualização mediante o uso de navegadores de 
internet. O VRML armazena as coordenadas da rede de pontos da 
superfície 3D, além das cores empregadas. Contudo, traz consigo 
dados pouco relevantes para AM, a exemplo de animação, luzes, 
transparência, sons e links para navegação web. 
5.3 Formato CLI 
O formato CLI foi desenvolvido para o atendimento das tecnologias 
de AM, oferecendo-lhes maior qualidade. Sua geometria é 
estruturada por contornos 2D, de forma fechada, nas camadas 
dispostas e em sequência ascendente, cuja primeira camada, 
denominada blind slice, contém apenas os dados do ponto extremo 
inferior da peça. As suas camadas têm início pelo conteúdo do 
valor de sua altura, sendo sua representação dada por meio de 
linhas poligonais denominadas polylines, em sentido horário, 
estruturando os contornos internos, com os contornos externos 
sendo, por sua vez, orientados no sentido anti-horário, com 
capacidade de eclipsarem outros contornos ou a si próprios. 
5.4 Formato OBJ 
O formato object file Wavefront 3D (OBJ) teve sua implementação 
inicial voltada para a visualização das animações realizadas pelos 
aplicativos do próprio desenvolvedor, a empresa americana 
Wavefront Technologies, e posteriormente 
14 
foi empregado em outros programas gráficos devido a sua 
simplicidade e por possuir seu código de desenvolvimento em 
formato aberto. O seu armazenamento da geometria ocorre por 
meio das coordenadas dos vértices das entidades geométricas,posicionadas em sentido anti-horário, sendo dispensável o 
armazenamento do vetor normal. Esse formato proporciona a 
reprodução de objetos poligonais usando-se pontos, linhas e lados. 
Uma quarta coordenada, chamada de peso, pode ser utilizada 
quando existem formas livres ou free forms, com curvas racionais e 
superfícies. Ainda, o formato OBJ é capaz de armazenar dados 
complementares como material e textura do objeto. 
15

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