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AULA 6 TENDENCIAS EM PERSONALIZACAO E MANUFATURA ADITIVA

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AULA 6 
TENDÊNCIAS EM 
PERSONALIZAÇÃO E 
MANUFATURA 
ADITIVA 
CONVERSA INICIAL 
Essencialmente, os processos de fabricação apresentam princípios 
fundamentados na moldagem, conformação, união ou divisão de 
um componente ou também a remoção (ou subtração) de material 
para alcançar a forma desejada, destacando-se como sendo o 
mais usado amplamente na indústria. Ao final da década de 1980, 
surge um novo modelo de fabricação apoiado na tecnologia de 
adição de material, nomeado hoje de Manufatura Aditiva (AM-
Addict Manufacturing) ou simplesmente impressão 3D. 
A AM se constitui em um processo de fabricação em que são 
introduzidas consecutivas camadas de material de maneira a 
viabilizar um objeto de formato tridimensional. Dentro de um 
contexto de produção de peças metálicas, por exemplo, 
encontramos variadas formas de fabricação, possuindo atributos 
que diferem sobretudo na intensidade de energia disponibilizada no 
instante da deposição do material. Os atributos fundamentais da 
manufatura aditiva são a diminuição do número de etapas e 
processos empregados na fabricação de um objeto, a possibilidade 
de construção de geometrias complexa e a utilização menor de 
material gerando economia. Isso demonstra de maneira geral a sua 
importância nas questões referentes à integração da tecnologia na 
cadeia de produção. 
A prototipagem rápida (Rapid Prototyping – RP) pode ser entendida 
como sendo um processo de fabricação operando por meio da 
adição de material em camadas planas sequenciais, originando-se 
de um modelo virtual de três dimensões (3D), derivando na 
confecção de uma peça física. 
Figura 1 – Processo de Prototipagem Rápida (Rapid Prototyping – 
RP) 
2 
 
 
Processo de prototipagem rápida 
Baseado em sólido 
A tecnologia de RP está cada vez mais tendo sua adoção de forma 
global, essencialmente depois de expirada a patente de 
modelagem por fusão e deposição (fused deposition modeling – 
FDM) no ano de 2005. Logo após este fato, ocorreu a criação do 
projeto de prototipagem rápida replicável (Replicating Rapid 
Prototyper - RepRap), o qual consiste na impressão de peças de 
uma impressora 3D em outra, efetuando sua reprodução, 
fortalecendo a manufatura aditiva. 
Os fatores limitadores do processo de manufatura aditiva estão 
relacionados aos diversos materiais processados por métodos 
fundamentais quanto as suas propriedades finais, precisão 
dimensional, velocidade de fabricação, ciclo de repetição de 
construção, da mesma forma que os custos e capacidades de 
diversificação de fornecedores das matérias prima. O potencial 
produtivo de peças ou objetos com geometrias especiais, 
personalização de produção e capacidade de se operar por meio 
de diferentes tipos de materiais, derivam em um esforço da 
comunidade cientifica mundial visando romper essas barreiras e 
que a manufatura aditiva seja ampliada e venha a se destacar na 
forma de processo de fabricação. 
Estereolitografia (SLA) 
Cura sólida (SGC) 
Baseado em líquido 
Cura laser ultravioleta (SOUP) 
Fotopolímero jateado (JPS) 
Impressão em três dimensões (3DP) 
 
Baseado em pó 
Sinterização seletiva a laser 
Sinterização direta de metais a laser (DMLS) 
Laminado 
Fundido 
manufatura de objeto laminado (LOM) 
 
modelagem por fusão e deposição (FDM) 
Impressão por mudança de fase 
3 
TEMA 1 – PROCESSOS DE AM POR EXTRUSÃO DE 
MATERIAL 
Existem diversas tecnologias disponíveis no mercado para a 
produção de peças ou objetos fabricados por meio de extrusão de 
material; entre elas, destacam-se as tecnologias de baixo custo 
recentemente criadas e que se baseiam no princípio de extrusão 
de material, particularmente em tecnologia FDM (de Fused 
Deposition Modeling). Essa tecnologia tem característica de possuir 
um fornecimento por filamentos, construindo o protótipo por 
deposição de um material que sofreu extrusão. O cabeçote de 
extrusão se movimenta nos eixos X-Y, posicionado em uma mesa 
com movimento no eixo Z, recebendo continuamente o material no 
formato de um fio, esquentando esse fio até um ponto semilíquido 
ou pastoso. Durante o processo de extrusão, acontece o 
abastecimento do material termoplástico para o cabeçote injetor 
aquecido, sendo, na sequência, disposto em uma plataforma cuja 
função é de servir de base para o objeto que se pretende produzir. 
Esse cabeçote, então, efetua a fusão do material pelo qual ocorre o 
processo de extrusão, formando cada camada do objeto de 
maneira individual. Para esclarecer esse funcionamento do 
processo de manufatura aditiva por extrusão de material, temos 
atualmente uma divisão básica segmentando em duas tecnologias: 
FDM e FFF. 
1.1Modelagem por Deposição de Material Fundido (FDM - 
Fused Deposition Modeling) 
Por meio da tecnologia FDM, são utilizados filamentos de resinas 
termoplástica que são aquecidas e extrudadas com base em uma 
matriz em formato de ponta que efetua movimentos em um plano 
X-Y. Efetuando uma analogia, podemos exemplificar como o modo 
em que um confeiteiro realiza a ação de enfeitar um bolo utilizando 
um saco de confeitar. Dessa forma, a matriz de extrusão controlada 
realiza o depósito de filetes de materiais finos em cima da 
plataforma de fabricação, gerando a primeira camada do objeto. 
Essa plataforma é sustentada sob uma temperatura menor que a 
do material, de modo que a resina termoplástica venha a sofrer um 
rápido endurecimento. Na sequência ao endurecimento, a 
plataforma é abaixada e a matriz de extrusão efetua o depósito de 
uma segunda camada que se sobrepõe a primeira. Esse processo 
sofre uma repetição continua até o momento da elaboração total do 
protótipo. Desse modo, são fabricados suportes ao protótipo 
durante o processo de fabricação de modo a evitar movimentação 
do protótipo durante a sua produção. Esses suportes são 
4 
fixados no protótipo com uso de um segundo material, que é mais 
frágil, ou uma junção perfurada. Como material para o 
equipamento, as resinas termoplásticas apropriadas para esse 
processo compreendem o poliéster, polipropileno, elastômeros e 
ABS. 
Figura 2 – Princípio de funcionamento do processo FDM da 
Stratasys 
Fonte: Volpat, 2017. 
O processo FDM foi originalmente patenteado pela empresa 
Stratasys, diferencia-se de outros processos por extrusão de 
material de impressoras de custo reduzido em diferentes 
características. A característica que mais se destaca está na 
presença de dois bicos extrusores, sendo um com finalidade de 
operar com o material da peça e o outro com a função de operar 
com o material de base e com as estruturas de suporte. 
Um dispositivo eleva e abaixa o bico de extrusão do suporte, 
possibilitando interpolar os dois bicos; dessa maneira, impede-se 
que, no momento que o bico de suporte não esteja sendo utilizado, 
colida com a última camada já impressa da peça. 
5 
Modelagem de deposição fundida (FDM): 
• Vantagens: 
• Baixo custo; 
• Alta velocidade; 
• Simplicidade. 
• Desvantagens: 
• Propriedades mecânicas fracas; 
• Materiais limitados (apenas termoplásticos). 
1.2 Fabricação por Filamento Fundido (FFF – Fused 
Filament Fabrication) 
O processo FFF opera por extrusão de uma maneira diferente 
do FDM. Nesse processo, o objeto é construído por meio de 
um cabeçote extrusor que efetua a fundição de um filamento 
plástico e realiza seu depósito em camadas sobre uma mesa 
de impressão. O equipamento que opera nesse processo 
possui um cabeçote que se movimenta no plano horizontal XY 
em tempo que a mesa se desloca verticalmente para baixo no 
eixo Z no momento que uma camada é finalizada. O processo 
é repetido enquanto a peça não esteja completamente 
construída. 
O material fundido é empurrado para o exterior do bocal do 
cabeçote de impressão e é depositado na peça em 
desenvolvimento. O cabeçote é movimentado, sob controle do 
computador, de maneira a definir a forma impressa. Em geral, 
o cabeçote se movimenta em camadas, direcionando-se em 
duas dimensões buscando efetuar o depósito de material emum plano horizontal de cada vez, antes de se movimentar um 
pouco para cima, em que inicia uma nova fatia. A performance 
determinada pela velocidade do cabeçote de extrusão, a qual 
pode ser controlada. Esse controle de velocidade é capaz de 
parar e iniciar a deposição e elaborar um plano interrompido 
sem impedir ou driblar entre as diferentes seções. O processo 
de fabricação de filamentos fundidos foi desenvolvido por 
membros do projeto RepRap, visando criar um nome ou sigla 
que seriam legalmente irrestritos quanto a sua utilização, em 
detrimento das patentes que cobriam a modelagem de 
deposição fundida (FDM). 
6 
TEMA 2 – PROCESSOS DE AM POR FUSÃO DE LEITO 
DE PÓ 
Esse processo basicamente faz uso de uma fonte de energia 
térmica com o objetivo de induzir uma fusão seletiva de uma 
camada de partículas. Na sequência, é inserida uma nova camada 
por meio da difusão de pó no topo do objeto e a operação é então 
refeita novamente. O material que não é fundido recebe a função 
de proporcionar um auxílio como sendo um suporte para o objeto 
que se está produzido. 
A manufatura por fusão em leito de pó́ se destaca como uma das 
primeiras técnicas que foi ofertado ao mercado. Esse processo 
teve sua primeira alteração com a SLS (fusão por sinterização 
seletiva a laser), elaborada pela Universidade do Texas, em Austin 
e constitui basicamente em um método de produção largamente 
aplicado em indústrias médicas e aeronáutica. 
A SLS, SLM (fusão seletiva a laser) e DMLS (sinterização metálica 
direta a laser) se apresentam como sendo técnicas similares de 
manufatura aditiva por fusão em leito de pó́. Nesse processo, 
apresentado na Figura 3, o material na forma de partículas é 
colocado mediante um sistema de disseminação em uma 
plataforma de construção, movimentando-se de forma controlada 
em direção do eixo Z. Em seguida, é utilizado um laser de alta 
potência, visando ao fornecimento de calor para uma determinada 
região em que será construído o objeto. Nesse contexto, o laser é 
direcionado mediante um sistema de espelhos, visando à produção 
de uma camada com a geometria que se almeja. 
7 
Figura 3 – Esquematização do processo de manufatura por fusão 
em leito em pó 
Fonte: Rombouts, 2006. 
Fusão em pó (SLS, SLM, 3DP): 
• Vantagens: 
• Resolução fina 
• Alta qualidade 
• Desvantagens: 
• Impressão lenta 
• Caro 
• Alta porosidade no método ligante (3DP). 
2.1 Processos de união 
Os processos de manufatura aditiva por fusão em leito de pó 
originaram outros processos que fazem uso dos nomes fusão, 
ou sinterização das partículas para a formação do 
componente. Existem quatro diferentes mecanismos ou 
processos para a união que acontecem no decorrer do 
processo de fabricação. Os principais processos de união que 
essa tecnologia proporciona, conforme apresentado na Figura 
4, aponta os processos (mecanismos) de ligação química 
8 
dentre os componentes, sinterização no estado sólido, fusão total 
do material e sinterização com fase líquida. O percurso seguido 
pelo processo de fabricação ocorrerá conforme as características 
do pó a ser empregado e da forma de entrada de energias no 
sistema. 
Figura 4 – Mecanismos de união em processos de manufatura por 
leito de pó 
 
Sinterização em estado sólido 
Ligação química induzida 
 
Diferentes ligantes e materiais estruturais 
Sinterização por fase líquida 
Fusão 
 
Mesmo ligante e material estrutural 
 
Fonte: Gibson; Rosen; Stucker, 2010. 
A sinterização, quando considerada como sendo uma ação 
metalúrgica que busca a produção de componentes mediante o 
uso de pós previamente compactados, tem uma ativação térmica 
ocorrendo por conta da redução da energia livre de superfície do 
componente, visando a maior ganho de velocidade no processo 
produtivo. No caso da manufatura aditiva, a redução do tempo 
despendido para a fabricação de cada camada, deixa o processo 
mais competitivo. 
O mecanismo associado genericamente para processos em fusão 
em leito de pó é denominado de fusão total. Nele, toda a região do 
material exposta à ação térmica é fundida em uma profundidade 
maior que a espessura da camada. Para essa situação, é aceitável 
para o processo fabril de componentes de engenharia que 
necessitam de elevados requisitos de densidade e propriedades 
mecânicas, o uso de energia térmica de alta intensidade ou o uso 
de dois ou mais ciclos de escaneamento. 
Partículas separadas 
Partículas compósitas 
Revestimentos 
9 
2.2 Transferência de calor 
A comunicação que ocorre da energia transferida para o sistema 
para a matéria prima é apresentada na Figura 5. Enquanto a 
interação dos ciclos térmicos transcorrerem os fenômenos físicos 
de formação de estresses térmicos, mudanças de fase, transições 
metalúrgicas e transferência da poça de fusão, fenômenos de 
evaporação ou oxidação; poderão ocorrer impactos na qualidade 
final do objeto produzido. 
Figura 5 – Interação laser x matéria-prima em um processamento 
via fusão em leito de pó 
Fonte: Rombouts, 2006. 
TEMA 3 – PROCESSO DE AM POR ADIÇÃO DE 
LÂMINAS 
Nesse processo também conhecido como Laminação em Folha 
(Sheet Lamination), são agrupadas chapas finas do material por 
meio de diferentes métodos para gerar o objeto. Como ferramental, 
um laser ou mesmo uma faca são usados para a retirada do 
contorno do objeto produzido, efetuando uma remoção do material 
desnecessário ao processo produtivo. Nele ocorre a adição e união 
por colagem de laminados recortados e sobrepostos. Uma das 
primeiras tecnologias pelo princípio de adição de lâminas que 
surgiu no mercado é o LOM (laminated object manufacturing). 
10 
3.1 Laminated Object Manufacturing (LOM) 
A laminação em folha (sheet lamination) pode ser descrita como 
sendo uma tecnologia de manufatura aditiva que faz uso de 
lâminas de materiais, frequentemente em papel ou em metal, 
visando à criação de modelos tridimensionais. 
O processo de produção que se destaca dentro dessa tecnologia é 
o LOM (Objeto em Lâmina - Laminated Object Manufacturing), o 
qual faz uso de laser baseado em dióxido de carbono para produzir 
fatias de um objeto tridimensional mediante camadas finas de 
papel com material adesivo. O início do processo se dá por um 
sistema de alimentação do papel. Esse sistema encaminha o papel 
para uma plataforma móvel em que sofre uma fixação para que o 
laser seja capaz de delimitar o formato do produto a ser produzido; 
na sequência, o laser fatia a área que continuará na plataforma, ou 
que, neste caso, refere-se a uma borda. Isto acontece de modo 
que as laterais do papel possam ser direcionadas ao sistema de 
refugo; possui ainda um rolo aquecido para apoiar na ação de 
fixação das camadas; por fim, o objeto tridimensional estará 
envolta nas camadas de papel, que são fatiadas para que o objeto 
desejado seja retirado. O desenho do procedimento esquemático 
dessa tecnologia é apresentado na Figura 6. 
Figura 6 – Esquema básico do funcionamento da Manufatura de 
Objeto em Lâminas 
Fonte: TopMaxTechnologyMaganize, 2015. 
11 
3.2 CAD, Conversão e Transferência do Arquivo 
A elaboração de um modelo para ser produzido por uma tecnologia 
de manufatura aditiva (AM-Additive Manufacturing) por um 
engenheiro ou designer necessita de ações por softwares de 
criação do tipo CAD para serem capazes de efetuar uma 
representação do modelo conceituado. Para início desse processo 
por software, diferentes técnicas de engenharia reversa, como com 
utilização de laser scanning, podem ser utilizadas. Essas técnicas 
efetuam uma varredura a laser na peça, criando automaticamente 
o modelo em CAD. 
Alguns pontos relativos à geração em CAD, quando comparado 
com o modelo real, devem ser considerados, como no processo de 
adição de camadas, o qual pode ser visto como sendo uma 
principal característica da AM. Com esta característica, é normal 
que o acréscimo constante de camadas não viabilize o mesmo 
modelo projetado no software CAD, mas sim uma versão 
aproximada do mesmo; talaproximação pode variar conforme a 
espessura da camada, com o modelo previamente projetado em 
CAD. 
O arquivo gerado em cada precisa ser importado pelo equipamento 
de impressão. Para isso, é necessário que o arquivo esteja em um 
formato compreensível ao equipamento de manufatura aditiva. 
Esse formato pode ser o STL, desenvolvido pela 3D Systems e 
que, atualmente, é um formato de domínio público. Esse formato 
de arquivo armazena uma cópia do modelo projetado em vários 
triângulos, os quais sofrem variação de tamanho e quantidade 
conforme a complexidade do objeto ou resolução exigida. É 
necessário ressaltar que resoluções muito baixas inviabilizam a 
obtenção de um objeto fiel ao projetado, e resoluções altas podem 
impossibilitar que alguns determinados tipos de equipamentos 
sejam capazes de produzi-lo. 
TEMA 4 – FABRICAÇÃO FERRAMENTAL 
Com a adoção crescente de tecnologias de AM (manufatura aditiva 
– additive manufacturing), diversos países como a Alemanha, 
China, EUA e Singapura vem realizando investimentos no setor, 
impactando em uma maior expansão da tecnologia. Esse fato vem 
gerando novos nichos para aplicação de AM, a exemplo do setor 
de fundição. Uma grande maioria dos produtos fabricados por esse 
setor são elaborados por meio do processo de fundição em areia; 
para isso, são utilizados modelos para criar a cavidade onde será 
depositado o metal. 
12 
A AM apresenta diversos benefícios frente ao processo tradicional 
de fabricação no que se destaca na produção de pequenas peças, 
com geometria complexa em lotes reduzidos. O desenho utilizado 
para a manufatura convencional se diferencia muito do desenho 
para manufatura aditiva principalmente por conta das inúmeras 
possibilidades que o desenho da AM oferece, tendo como única 
limitação à capacidade do equipamento. Os programas que 
utilizam desenhos de sólidos em desenho auxiliado por computador 
(CAD – Computer Aided Design), basicamente utilizados para o 
desenvolvimento de partes mecânicas possuem limitações quanto 
às possibilidades geométricas que se podem alcançar com AM. 
Isso se deve ao fato de que não possuem a capacidade de 
representar dezenas ou mesmo centenas de diferentes 
características, superfícies ou partes. 
4.1 Desenho de peças por manufatura aditiva 
Para adaptação de um componente de fundição, devem ser 
consideradas as características referentes ao valor do ângulo de 
saída, forma de contração de metal, dimensão de espessura 
mínima de parede, sobremetal de usinagem, linha de partição, 
dados de concentração de massa, valor da solidificação direcional, 
quantidade de concentração de tensão. 
Pensando nesse sentido, um desenho de peças por manufatura 
aditiva necessita: 
• Apresentar estruturas de suporte que precisam ser projetadas 
para entalhes e partes sobressalentes; 
• Dispor a peça orientada na câmara de construção com a 
finalidade de diminuir a utilização de material para suporte; 
• Contar com estruturas internas caso se queira ampliar a 
relação peso x volume. 
4.2 Limitações de projeto 
Em qualquer modelo de geometria da peça, encontram-se 
diferentes formas de se posicionar a linha de partição. Isso 
depende dos requerimentos do cliente, especificações de 
qualidade, facilidades de manufatura e considerações 
econômicas. A linha de partição é exigida para gerar a 
cavidade do molde. Essa linha afeta e é afetada pela direção 
da peça, pela imagem do modelo, pela 
13 
quantidade de cavidades, posicionamento dos canais de 
vazamento, posicionamento dos massalotes, resfriamento e 
permeabilidade do molde. 
Nesse cenário, encontram-se algumas limitações de projeto para 
AM como: 
• A adversidade da construção de paredes finas, ângulos 
agudos e cantos vivos no plano vertical pelo motivo da 
pressão de contato nos filamentos saindo do bico, podendo 
causar deformação; 
• Anisotropia, ocorrendo por conta do processo de deposição 
em camadas, pois existe baixa resistência no sentido vertical; 
• A resistência para com a tração típica de aproximadamente 
2/3 da resistência do mesmo termoplástico moldado por 
injeção. 
TEMA 5 – APLICAÇÕES DE AM 
A indústria 4.0, de maneira geral, pode ser entendida como 
sendo a continuação da evolução do setor industrial; contudo, 
realiza um salto tecnológico, capaz de aumentar a automação 
à potência máxima, possibilitando que robôs realizem funções 
complexas que se tornam mais complicadas a cada dia. Com 
o uso da inteligência artificial, além de métodos e diretrizes 
que apresentam maior eficácia e dinamismo, a indústria 
possibilita transformar os processos industriais ampliando sua 
escalabilidade, velocidade e rentabilidade. Dessa maneira, a 
AM chega como uma das aplicações dessa nova fase 
industrial mundial, agregando os benefícios que agilizam os 
processos, tornando-os cada vez mais efetivos. 
As primeiras tecnologias de AM (manufatura aditiva – additive 
manufacturing) tornaram possível a criação de protótipos para 
visualização, com redução de exigências quanto a materiais, 
precisão dimensional, função e desempenho. O aumento da 
percepção quanto ao potencial de utilização desse tipo de 
tecnologia desencadeou um acréscimo da exigência por 
melhorias, em amplo sentido, sendo nos processos e seus 
componentes e também nos materiais e funcionalidades. 
Esses fatos fizeram com que a tecnologia de AM fosse 
amplamente difundida em diversos segmentos, em destaque 
nas pequenas produções. Os segmentos vão desde 
acessórios femininos até o segmento da indústria automotiva, 
constituído pela construção civil e medicina, além de outras 
áreas que passarem a enxergar na tecnologia de AM a 
oportunidade de produzir inovação, visto hoje como sendo 
exigido e de importante potencial competitivo. 
14 
5.1 Área de transporte (automobilismo/ aeronáutica/ 
aeroespacial) 
Na área de transporte relativa ao setor automobilístico, é factível a 
produção de carros inteiros mediante o uso de impressoras 3D. As 
peças ou objetos possuem uma alta qualidade; além de carros, 
diferentes protótipos podem ser fabricados com o objetivo de 
realização de testes que envolvem segurança. 
As peças produzidas nas impressoras 3D podem também ser 
utilizadas em indústrias do setor aeroespacial, assim como 
elementos essenciais para o funcionamento efetivo de aeronaves 
em peças funcionais como de turbinas, asas, sistemas de controle 
de combustível e palhetas guia. 
Um exemplo de utilização prático de impressão 3D aplicado ao 
setor de transporte ocorreu em Boston, onde estudantes do MIT 
elaboraram um anel com capacidade de substituir os bilhetes 
únicos que são usados nos ônibus da cidade de Boston nos EUA. 
O surgimento dessa ideia ocorreu na busca por uma solução para 
o problema enfrentado pelos estudantes, que normalmente 
esqueciam seus cartões em suas residências. Esse anel possui 
propriedade de ser à prova d’água, podendo ainda ser recarregado 
com créditos monetários e tem seu funcionamento semelhante ao 
passe convencional, bastando encostá-lo ao leitor de passe. Outro 
exemplo que ilustra o interesse do setor de transporte na indústria 
de impressão 3D está no desenvolvimento, por parte de uma 
empresa chinesa, de um carro produzido completamente com 
autopeças que foram impressas por meio do processo de 
manufatura aditiva. 
5.2 Área de alimentação 
A impressão de alimentos por meio do processo de fabricação 
aditiva já é uma realidade vivenciada. Com o uso de matéria-prima 
comestível, podemos produzir diversos pratos. Essa produção 
pode ser realizada por processos de sobreposição de camadas ou 
mesmo métodos mais complexos. 
5.3 Área médica (saúde) 
A evolução tecnológica na indústria incorpora também a área da 
saúde, requerendo uma discussão sobre o futuro da produção de 
equipamentos e insumos. A área da saúde vem se beneficiando 
das vantagens que a manufatura aditiva traz com guias cirúrgicos e 
biomodelos realistas. 
15 
A AM abrange um conjunto de tecnologias que possibilita a 
fabricação de dispositivos médicosque possibilitam o atendimento 
das necessidades individuais, a exemplo de peças implantáveis, 
sendo possível adequar o produto a cada paciente, proporcionando 
resultados mais adequados em uma intervenção cirúrgica. São 
inúmeras as aplicações da manufatura aditiva para a da 
comunidade médica. A tecnologia de AM possibilita o 
desenvolvimento acelerado e rentável de novos dispositivos 
médicos, da mesma forma que produtos de uso final 
personalizados mais efetivos quanto a entrega e resultados no 
atendimento a pacientes. Esses benefícios, conforme a economia 
gerada e resultados de maior qualidade, são estendidos à 
comunidade médica, percorrendo o trajeto desde os fabricantes de 
dispositivos chegando até os pacientes. 
Até os dias atuais, treinamento, educação e teste de dispositivos 
clínicos exigem a utilização de manequins, modelos animais ou 
mesmo cadáveres humanos para experimentos práticos na 
realização de simulação clínica. Essas questões apresentam 
muitas deficiências, além da limitação de suprimentos, as despesas 
com manuseio e armazenagem, a carência de patologia nos 
modelos, incoerências com a anatomia humana e a incapacidade 
de representar, com refinada precisão, as especificidades dos 
tecidos de seres humanos vivos. 
Figura 5 – Peças produzidas para a área de saúde com tecnologia 
de manufatura aditiva 
Créditos: Iaremenko Sergii/shutterstock. 
16 
Em se tratando de cuidados de pacientes de forma individual, 
análise e planejamento pré-cirúrgico com uso de Tomografia 
Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM) até hoje 
apresentam imagens com certas limitações em duas dimensões. 
Os modelos produzidos com tecnologias de AM podem ser criados 
com base na anatomia real do paciente de modo a capturar a 
complexidade e o realismo no tratamento relativo ao corpo 
humano. A corrida pela inovação em AM tem ganhado destaque 
nesse setor. Empresas pioneiros que venham a adotar a 
manufatura aditiva no intuito de aplicar em aplicações ortopédicas, 
por exemplo, beneficiam-se da construção de geometrias 
complexas e estruturas em materiais de alta especificidade como é 
o caso do titânio. 
5.4 Área de Engenharia 
O destaque de AM para o setor de engenharia de produção está 
nas impressões em 3D utilizando metal e polímeros, sendo este 
último o mais utilizado até o momento. No âmbito da engenharia 
mecânica, destacam-se a produção de diversas peças de 
reposição para linha de produção por meio de impressoras 3D. No 
campo da engenharia de manufatura, os polímeros se destacam 
por meio dos filamentos, termoplásticos, resinas, fibra de vidro e 
carga de fibra de carbono. 
5.5 Área de Educação 
A utilização da tecnologia da manufatura aditiva vem ajudando 
também nas escolas e universidades no aprimoramento do ensino. 
As impressões realizadas em 3D oferecem um suporte didático aos 
professores para apresentar aos seus alunos, representações 
realistas do conteúdo que é estudado. 
17 
REFERÊNCIAS 
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CyberGIS for Geospatial Discovery and Innovation. Springer, 
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