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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO UNESP Exasiu Profª. Gabi Garcia Aula 05 - Política e Ética - Período Contemporâneo - P1 Hegel, Marx, Schopenhauer, Nietzsche, Kierkegaard Exasiu estretegiavestibulares.com.br EXTENSIVO t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Sumário CRONOGRAMA 4 METODOLOGIA 7 TEORIA: ÉTICA E POLÍTICA - CONTEMPORÂNEA 8 Ética e Política na Contemporaneidade 8 Friedrich Hegel (1770 -1831) 9 A História e a dialética 9 O Espírito do Mundo 10 O Espírito do Mundo e O Estado 11 A Política e a Ética para Hegel 11 CURIOSIDADE 12 Monismo Dialético de Hegel e o Materialismo Dialético de Feuerbach 14 Materialismo Histórico-dialético de Marx 15 Karl Marx (1788 – 1883) 15 A Política 15 Ética Marxista 16 Infraestrutura e Superestrutura 17 A Revolução Proletária 18 Arthur Schopenhauer (1788 – 1860) 22 Mundo como Vontade e Representação 22 A dor de existir 23 Niilismo Passivo 23 Pessimismo 24 Eudaimonia (busca ética pela felicidade) 24 Se a Vontade nos levará ao sofrimento, como podemos nos livrar dele? 25 Friedrich Nietzsche (1844-1900) 27 A dor de existir 27 Niilismo Ativo 28 O super-homem 28 Racionalidade demasiado 29 A moral do Rebanho 29 Deus está morto 30 Sören Kierkegaard (1813-1855) 32 A Teologia e a Ética 32 A Existência 33 QUESTÕES 35 GABARITO 56 QUESTÕES COMENTADAS 57 01 DE JANEIRO DE 2020 t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO CONSIDERAÇÕES FINAIS 99 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 102 t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Cronograma AULAS TEMAS DATAS 1ª LEITURA REVISÃO AULA 00 NASCIMENTO DA FILOSOFIA FILOSOFIA CLÁSSICA E MEDIEVAL: Epistemologia Disponível Planejamento Execução Planejamento Execução AULA 01 FILOSOFIA MODERNA: Epistemologia Disponível Planejamento Execução Planejamento Execução AULA 02 FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA: Epistemologia Disponível Planejamento Execução Planejamento Execução AULA 03 FILOSOFIA CLÁSSICA E MEDIEVAL: Ética e Política Disponível Planejamento Execução Planejamento Execução AULA 04 FILOSOFIA MODERNA: Ética e Política Disponível Planejamento Planejamento t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Execução Execução AULA 05 FILOSOFIA CONTEMNPORÂNEA: Ética e Política PARTE 1 Disponível Planejamento Execução Planejamento Execução AULA 06 FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA: Ética e Política PARTE 2 11/04/2022 Planejamento Execução Planejamento Execução AULA 07 DOS CLÁSSICOS AOS MODERNOS: Estética 25/04/2022 Planejamento Execução Planejamento Execução AULA 08 Estética CONTEMPORÂNEA: Estética 09/05/2022 Planejamento Execução Planejamento Execução t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Para planejar o seu estudo colocamos dois itens nas linhas “primeira leitura” e “revisão”. No item “Planejamento” você inclui a data que pretende estudar a matéria. Lembre-se que na coluna datas estarão os dias de liberação das aulas no site. No item “Execução” você inclui a data que realmente realizou a tarefa e em tópicos rápidos quais foram suas principais dúvidas para incluí-las no fórum. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Metodologia A nossa metodologia é Estratégica. Primeiro olhamos todas as provas do ENEM para avaliar quais foram os assuntos mais cobrados. Sabemos que os alunos, para obterem aprovação, precisam estudar muitas matérias. Portanto, o foco é extremamente necessário para se obter sucesso na prova. Assim, essa professora que vos fala percorreu todas as provas do Exame Nacional do Ensino Médio para lhe entregar tudo aquilo que já caiu na prova. Nesse sentido, o nosso curso trará a teoria de todos os assuntos já cobrados em filosofia no ENEM. Contudo, caro vestibulando(a) usarei toda a minha experiência para complementar este material e montá-lo de maneira completa. Nesse contexto, todo o conteúdo do edital do ENEM estará de alguma forma presente em nosso curso. Só que com a nossa metodologia você estará preparado para o que já caiu na prova e para aquilo que tem grande possibilidade de cair. Você terá acesso a esse material em .pdf, o qual trará a teoria e muitas questões para treino. Isso mesmo, muitas, mas muitas questões para você ficar craque em resolver questões. Além disso, todas as nossas questões serão comentadas item a item. Neste material você saberá se acertou, o porquê acertou e quais são os erros das demais alternativas. Para complementar os seus estudos, teremos videoaulas com os conteúdos apresentados de forma objetiva e com a didática da Prof. Gabi para compreendermos todos os tópicos abordados. Por fim, teremos o fórum de dúvidas, no qual você não só pode, como deve, sanar todas as suas dificuldades. Pode ter certeza de que responderei o mais rápido possível. O meu foco é a sua aprovação!!!!!!! t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Teoria: Ética e Política - Contemporânea Ética e Política na Contemporaneidade O chamado século de ouro teve início com a filosofia de Kant. Com a Revolução Industrial, a transformação nas relações de trabalho trouxe também mudança à valorização do ser humano. Correntes como liberalismo, socialismo utópico, socialismo científico e anarquismo surgem. O liberalismo defendendo interesse dos burgueses, se colocava contra a intervenção do Estado na economia, que se autorregularia pela lógica do mercado, pela livre-concorrência. O Socialismo Utópico defendia um mundo mais justo a partir da “boa vontade” dos ricos e poderosos. O Socialismo Científico via na revolução o único modo de realizar uma transformação no capitalismo, na qual as relações de trabalho não se dessem pela exploração. Por fim, o Anarquismo proclamava pelo fim total do Estado. O século XIX foi marcado pelo movimento romântico. O Romantismo Alemão surge como crítica ao modo excessivamente racionalista e materialista de conceber o homem e o mundo, que acabava por gerar reduções positivistas. Por isso, o combate ao excessivo racionalismo e submissão ao método, dá margem para o idealismo alemão. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO No campo social, a consolidação da burguesia se faz diante um crescente empobrecimento do proletariado. Friedrich Hegel (1770 -1831) Hegel é considerado marco do início do período contemporâneo da história do pensamento filosófico. Teve forte influência no pensamento político ocidental. O filósofo nasceu em Stuttgart, no dia 27 de agosto de 1770. Aos 61 anos de idade morreu, em 13 de novembro de 1831, vítima de cólera. Responsável por publicar muitos livros de filosofia que foram um rompante com a barreira tradicional da filosofia, passou à posteridade comgrande notoriedade pública, tanto no mundo acadêmico como no mundo político. Em suas obras como A fenomenologia do espírito (1806), A ciência da lógica (1812), A filosofia da história (1818) e A filosofia do direito (1821), o filósofo dá novo sentido à conceitos como espírito, razão e pensamento. A História e a dialética A verdade para Hegel acompanha a história. A história é dinâmica, ela se transforma, mantendo o momento histórico em constante mudança e a verdade acompanha esse movimento, então ela também está transformação constante. Assim o conhecimento, a verdade, acompanha o desenvolvimento histórico, existindo de acordo com cada época. A dialética, para esse filósofo, está no movimento racional que nos permite superar uma contradição, a dialética aqui é mais que um método, ela é concepção do próprio real. Ele parte do princípio de que nenhum conceito é examinado por si mesmo, mas sempre em relação ao seu contrário. Exemplo: ser-nada; corpo-mente; liberdade-determinismo; universal-particular. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO O ser se faz na realidade em processo, por meio de uma estrutura dinâmica. A partir dessa percepção, Hegel introduziu a noção de que a razão é histórica, a verdade é construída no tempo, é a filosofia do devir, do ser como processo, movimento, do vir a ser. A história não é apenas acumulação ou justaposição de fatos ocorridos, mas é um processo que se faz na contradição dialética, que nos leva ao autoconhecimento. A verdade deve acompanhar a História. As ideias de certo e errado, de bom ou mau, de justo ou injusto, alteram-se, e as mudanças de conceitos se dá na mudança do contexto histórico. Portanto, a concepção de verdade se adequa ao contexto, pois está de acordo com valores do período. Exemplo: a escravidão. Essa ideia era tida como correta, porém, com o passar do tempo e com as transformações da história, tal ideia hoje é inconcebível. Hegel acreditava que as constantes mudanças eram acompanhadas de uma melhora progressiva, ou seja, a história encontra-se em uma dialética evolutiva, à medida que se transforma e evolui, as verdades evoluem com ela. O Espírito do Mundo O “Espírito do Mundo” é a própria realidade histórica, o que significa que a História é o sujeito. Está em constante mutação, não é estável ou substancial, ela não é algo em si mesma, mas é movimento e processo evolutivo. O idealismo hegeliano vê a história sendo composta pelo desenvolvimento dialético, onde os acontecimentos e as verdades atuais apresentam-se como antítese dos antigos, fazendo nascer uma nova realidade, uma nova verdade, mas que, cedo ou tarde, também serão contrariadas em busca de um progresso constante, um aperfeiçoamento. Este é o Espírito do Mundo, que caminha em direção de seu desenvolvimento completo. Tal Espírito do Mundo possui três momentos: Espírito subjetivo: é quando espírito toma consciência de si mesmo, refere-se ao indivíduo. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Espírito objetivo: é quando a razão (espírito), toma consciência que é um ser social, que existe dentro de uma coletividade, que seus costumes foram construídos historicamente (família, sociedade e Estado). Espírito absoluto: é quando a razão tem sua maior representação e torna-se consciente de si mesmo dentro da História e assim passa a se manifestar dentro do Estado. O Espírito do Mundo e O Estado O Espírito do Mundo, por estar a caminho do absoluto e da liberdade leva as pessoas a perceberem que o Estado é o único capaz de garantir a felicidade. Hegel via o Estado como um grande soberano, visto que fora dele o indivíduo não é nada. Entretanto, dentro dele ele faz parte do todo e encontra o sentido da existência o que o torna completo. Ao dizer que o indivíduo só existe como membro do Estado, Hegel parece abandonar a ideia da liberdade, já que enquanto membro de um Estado deve haver subordinação às suas leis. Porém, no pensamento hegeliano, a ideia de liberdade está diretamente ligada às leis, que para ele são a garantia de que o Estado sempre fará o melhor para seu povo lhes garantindo vida, paz, segurança e liberdade. O Estado, superando as contradições existentes entre o privado e o público, torna-se a síntese mais perfeita e representa assim a unidade final, que favorece a coletividade. A Política e a Ética para Hegel Em sua obra Filosofia do Direito, de Hegel, busca por um princípio racional explicar o real. A sociedade civil, por exemplo, é uma etapa que o espírito objetivo cumpre até se realizar como Estado, onde a dimensão do homem é resgatada. O Estado, segundo o pensador, evidencia o autodesenvolvimento de si na objetivação do plano da liberdade. Família e sociedade civil são particulares diante do Estado. Mas se consideradas em si t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO mesmas elas expressam o desenvolvimento da ideia de liberdade. A família, de certa maneira, surge como relação racional, espírito ético imediato. Ela demonstra superação da natureza, está para além da individualidade. Existe na família a qualidade de realizar para além do sujeito e da pessoa. A sociedade civil surge na busca de uma associação mais ampla, a fim de preservar os mesmos interesses particulares da família. Ela representa o momento em que os membros da família se libertam da condição de membros de uma unidade e passam a se perceberem como seres independentes e assim reconhecidos. Porém, Hegel via como tímida o surgimento da sociedade civil em relação à família, posto que ela continuou visando interesses particulares, então a sociedade civil estava destinada à superação. Eis que surge o Estado, a universalidade concreta, que visa o fim das particularidades tomadas como centro em busca de satisfazer aos interesses gerais. Família, sociedade civil e Estado existem como superação uma da outra, da negação de uma nasce a outra (dialética). Em busca de melhores condições de vida, de uma autopreservação e da vida ética é que nasce o Estado, o que nos leva a refletir que o Estado está para além de um aparelho político. Ele representa uma unidade urbana em que os indivíduos são livres, porém, regidos pela lei. A lei para Hegel é o direito positivo. Aceita universalmente e universalmente conhecida, ela tem a função de subordinar as partes da sociedade ao todo. A sociedade civil, anterior ao Estado, para o pensador ainda possui semelhanças ao “estado de guerra de todos contra todos” de Hobbes, visto que ainda não se realizou o espírito da história, ou seja, o espírito da liberdade. Contudo, nota-se que o filósofo viu na Constituição a materialização racional do Estado. O Estado moderno se configura na legítima existência de limites nas relações entre os homens. Diferente de outros momentos. O Estado moderno traz a Constituição, o que demonstra que o Estado é como um organismo, sendo as partes subordinadas ao todo em si. Os poderes são apenas funções específicas. CURIOSIDADE Segundo o pensador, o homem é um ser social e por isso ele se realiza no Estado, ainda que no “estado de natureza”, o homem viva em guerra de todos contra todos. O “fim” desse estado na verdade é a transição que ocorre quando os indivíduos buscam minimizar o conflito que se dá em busca de dominação. Tais conflitos vão moldando os indivíduos que constituem o Estado, portanto não há um homem anterior. Esse momento é marcado pela luta do reconhecimento. Essa é a transição da condição de dominação em busca de uma realização ética que visa liberdade, direitos, caminhos menos violentos.t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Veja como isso cai na prova OBS: Genteeeeee!!!!!!! Rodei todas as provas do ENEM e até agora não encontrei nenhuma questão do Hegel. Então, essa questão será da UEA. Quando queremos ser aprovados no vestibular temos que estar preparado para prova. Portanto, ENEM que se cuide! Nunca cobrou, mas se cobrar lembre da Prof. Gabi 😉 Questão 01 – UEA Hegel rechaça a ética kantiana porque ela não leva em conta o homem inteiro, o homem vivo, mas exclui da ética sua vida real, subjuga-a mediante leis alheias à vida e converte assim a moral em algo positivo e morto para o homem vivo. Hegel vê claramente que essa rigidez mecânica da ética kantiana está estreitamente ligada com a absolutização do conceito de dever. (Georg Lukács. O jovem Hegel e os problemas da sociedade capitalista, 1972.) A crítica hegeliana incide sobre a noção kantiana de (A) imperativo categórico. (B) coletivismo prático. (C) procedimento científico. (D) utilitarismo comportamental. (E) hedonismo ético. Comentários: Ao encontrar essa questão é fundamental conhecer a ética kantiana. O enunciado da questão já deixa claro que essa ética não agrada a Hegel por ser inflexível. O imperativo de Kant, que Hegel critica, seria uma lei moral interna, baseada na razão humana e que não possui ligação com causas transcendentais ou relacionadas a uma autoridade do Estado ou religiosa. O comando moral que faz com que nossas ações sejam moralmente boas, ou seja, justas, se expressa no imperativo categórico: “age só segundo máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal” (KANT. Metafísica dos Costumes, 2004, p. 51). t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Kant afirmava que todo sujeito é racional, por isso tem condição de sujeito moral. O imperativo categórico seria uma forma independente do útil ou prejudicial. O comando da questão pede que assinale a alternativa que apresenta a crítica hegeliana sobre a ética kantiana, que é o imperativo categórico. a) A alternativa está correta. O agir moral para Kant é um dever e o imperativo categórico diz para agir de tal forma que sua ação possa se tornar lei universal. b) A alternativa está incorreta. O agir moral é uma ação individual, do homem que saiu da menoridade, agora em seu egoísmo, trata as pessoas como gostaria de ser tratado. c) A alternativa está incorreta. O procedimento é ético, diz respeito à conduta do indivíduo, não é científico. d) A alternativa está incorreta. Para o utilitarismo, o indivíduo deve analisar a situação antes de agir e sua ação deve visar a maior quantidade de prazer (bem-estar) ao maior número de pessoas, para que seja moralmente correta. Pensamento que se opõe por completo o imperativo categórico kantiano e) A alternativa está incorreta. É uma teoria epicurista a qual dispõe que a ética está na busca pelos prazeres que geram mais prazer ao indivíduo. Gabarito letra “A” Monismo Dialético de Hegel e o Materialismo Dialético de Feuerbach O monismo dialético de Hegel diz que o desenvolvimento do Espírito do Mundo se faz quando a natureza é a concretização da ideia, ou seja, as ideias predominam sobre a realidade. Portanto, o Espírito, o absoluto, manifesta-se na história, determinando a realidade. Já o materialismo dialético de Feuerbach acreditava que o modo de pensar de um povo é resultado da História. Ou seja, as ideias e os preconceitos das pessoas são resultados da realidade concreta na qual estão envolvidos. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Materialismo Histórico-dialético de Marx Chegamos então ao materialismo histórico-dialético de Marx. Para esse pensador, além da História determinar as ideias e a consciência de um povo, ela também é construção humana, e, dessa forma, pode ser transformada. As pessoas fazem a História, portanto elas que criam os problemas sociais, instaurando o abismo que separa ricos e alienados pobres. Somente as pessoas podem mudar essa realidade Karl Marx (1788 – 1883) Nasceu em 1788 na Prússia, um dos reinos da Alemanha, que nesse período encontrava- se fragmentada. Morreu em 1883 em Londres, na Inglaterra. Foi responsável por criar as bases do comunismo ao tecer diversas críticas ao capitalismo. Escreveu importantes obras como “O manifesto Comunista” e o celebre “O Capital”. A Política Contrapondo Hegel, Marx não via o Estado como uma expressão direta da racionalidade. Pelo contrário, ele via o Estado como um meio de proteção que a burguesia encontrou para garantir seus interesses particulares. A vida social teria ocorrido a partir do antagonismo de classes. A política estaria diretamente ligada às condições materiais concretas e ao nível econômico. Seguindo assim a lógica do capital. O capitalismo desenvolve uma forma de opressão a partir da relação entre patrão e empregado. Para isso tal opressão deveria ser disfarçada, segundo o pensador. Antes a opressão vinha da relação senhor e escravo. Porém, com Estado moderno essa relação deixa de existir, os donos do capital t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO precisaram se reinventar. É nesse contexto que os indivíduos passam a ser cidadãos, sujeitos de direitos e livres. Portanto, também sujeitos à deveres. Surge assim uma nova condição política. Condição na qual os indivíduos são livres e por isso podem vender sua força de trabalho aos capitalistas e os vínculos estabelecidos nessa relação são jurídicos e não a força. Para Marx, essa é uma opressão disfarçada. Ela constrói uma ilusão de que o trabalhador é livre, já que aparentemente ele escolhe para quem trabalha. Cria-se uma perspectiva de que o Estado é uma esfera que busca o bem comum. Por ser uma autoridade pública, o Estado fica de fora da relação patrão empregado, como se ele apenas observasse a fim de garantir um bom funcionamento do mercado. Esse tipo de ideologia mascara a realidade, fazendo parecer que a Estado e a sociedade civil (que possui interesses particulares e conflituosos) fossem separados. Marx viu no aparato político do Estado uma forma de perpetuação da exploração do trabalho. Com vínculos mercadológicos, o trabalhador torna-se mercadoria e por isso pode ser vendida. A partir desse ponto de vista, Marx realizou uma análise que ligou as condições materiais concretas com a política. Na obra O Capital, escrita em 1867, o filósofo deixa claro o que foi dito até aqui. Os cidadãos acreditavam que o Estado servia para garantir o bem comum e a democracia, garantir o interesse público acima do privado. Mas essa não seria a realidade, já que que para o pensador o papel do Estado era garantir a exploração capitalista. Ao fazer uma análise crítica do capitalismo ele observou algumas contradições. Porém, essas contradições não seriam suficientes para que houvesse uma superação do capitalismo. Por isso, ele propõe uma mudança nas relações de produção. Os trabalhadores deveriam ter controle sobre sua produção sem haver interferência de uma classe dominante para explorá-los. “Trabalhadores do mundo inteiro uni-vos!” Marx, Engels – Manifesto Comunista Ética Marxista Karl Marx desenvolve uma ética que se baseia no homem com um ser social, histórico e concreto. Ele fundamenta sua teoria ética nas condições materiais da existência. A primeira condição se dá pelo fato do homem ser vivo e a segundase dá pelo fato de que além de ser vivo ele produz seus meios de existência. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO [...] Pode-se distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião e por tudo o que se queira. Mas eles próprios começam a se distinguir dos animais logo que começam a produzir seus meios de existência, e esse passo à frente é a própria consequência de sua organização corporal. (MARX; ENGELS, 2002, p. 10-11) Ou seja, para o filósofo nossa existência social determina nossa consciência. Porém, são os próprios homens que transformam as circunstâncias. É nesse ponto que a ética marxista não utiliza de conceitos abstratos ou especulativos, mas das condições materiais de vida dos seres humanos. Conceitos éticos e filosóficos como responsabilidade, liberdade e consciência, por exemplo, surgem da compreensão da base material histórica e social. Sua análise sobre a ética se baseia na economia da sociedade, é preciso se ocupar da totalidade das ações humanas. Pelo fato de a ética ter em vista a classe trabalhadora, a transformação do homem e da sociedade só pode se realizar com uma base concreta e não com aspirações e sonhos. É preciso avançar para além das determinações impostas pelos modos de produção capitalista, por isso ele sugere uma educação revolucionária da classe trabalhadora. Essa educação deveria ser baseada nos aspectos sócio-econômico-cultural em busca do desenvolvimento social. É preciso dar à classe trabalhadora a consciência de sua condição de alienação, de exploração a qual está submetida. Por isso, conhecer os mecanismos do modo de produção dominante será a forma de desconstruir tal modo. A história também é uma boa base de fundamento da ética de Marx. Posto que história se faz por meio da dialética, nas contradições e guiada pelas circunstâncias, assim também é o modo de produção capitalista. Portanto tal modo não é natural e nem eterno. Infraestrutura e Superestrutura A infraestrutura constitui a base econômica da sociedade e relaciona o ser humano com a natureza, relação essa que busca produzir a própria existência, a partir dela que se produz a vida material. É a partir das necessidades humanas para prover a vida que se constrói as infraestruturas. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO A superestrutura se dá a partir de estratégias dos grupos dominantes para a consolidação e perpetuação de seu domínio. É a estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica (Estado, Religião, Artes, meios de comunicação, etc.). Porém, aquele que tem propriedade privada dos meios de produção, por exemplo, acabam determinando, por meio de superestruturas, como se dará a divisão social do trabalho. Ou seja, coordenam a infraestrutura. Por isso, Marx propõe a revolução proletária, a fim de tomar os meios de produção. Com isso ocorreria uma mudança na coordenação da infraestrutura, que dominada por trabalhadores regularia a superestrutura de forma mais coerente em busca de combater a exploração do trabalhador. Isso se daria pela implantação do socialismo. Para compreender ainda mais, vamos entender as fases da sociedade sob o ponto de vista de Marx: 1ª fase: Os homens trabalhavam em conjunto e tudo que produziam era de todos. Não havia o conceito de propriedade privada. As relações eram fraternais de ajuda mútua e não havia Estado. 2ª fase: Poucos homens tornaram-se senhores e exploravam uma massa de escravos, que eram de sua propriedade, assim como os meio de produção e os produtos. 3ª fase: Modo de produção feudal que se realiza na relação senhor e servo. Nesse caso, os servos não eram propriedades, mas trabalhavam em troca de comida e casa. 4ª fase: Aqui surgem as relações assalariadas na produção. É onde está o capitalismo. Os meios de produção são propriedade privada da burguesia. Movido por lucros, esse modo é demarcado por duas classes sociais principais: a burguesia e o trabalhador. A Revolução Proletária Como vimos, Marx é materialista, crê que a infraestrutura (meios de produção + relação de trabalho), ou seja, a vida concreta dos homens, explicaria a superestrutura (religião, leis, política, moral, costumes e etc.). Ou seja, é a partir do contexto material de um determinado período que pode se entender sua cultura, política e religião. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO A Revolução Proletária pretende desenvolver um papel prático-político, ou seja, primeiro analisar a realidade a partir do modo de produção da mesma, depois fornecer fundamentos para sua mudança. Com isso, ele buscava alterar a infraestrutura, modo de produção, por meio da tomada dos meios de produção e posteriormente deveria haver uma divisão dos meios de produção. Como mencionado. Ele via a revolução como única saída, já que a superestrutura estava comprometida com a classe dominante. Desmistificando alguns conceitos - Professora! Comunismo e Socialismo são as mesmas coisas? -Não. -Então, quais são as diferenças? - Importante salientar que ambos são modelos teóricos. Ainda que afirmemos, por exemplo, que a China é Comunista e Cuba é socialista. Nenhuma das duas são verdades. O modelo Chinês, segue a forma de organização do Império Chinês milenar, com influencias da União Soviética. Não podemos dizer que a China segue o modelo teórico chamado Comunismo. Aliás, muitos estudiosos afirmam que o modelo Chinês se trata de um capitalismo de Estado, ainda que o poder esteja concentrado na mão do Partido Comunista. Nesse mesmo contexto, Cuba seguiu um modelo Castrista com influência da antiga União Soviética, não sendo correto afirma que Cuba é socialista do ponto de vista teórico. Portanto, ao se deparar com a forma que o Estado se organiza devemos verificar a sua formação histórica e não com que lemos nas redes sociais, tudo bem? - Para Marx, o socialismo seria o pré-estágio para o Comunismo. No socialismo ainda teríamos um Estado regulando as relações ao posto que no Comunismo esse Estado não mais existiria. -Professora! O Que o Marx falava sobre o Comunismo então? - Não muita coisa, pois se você lembrar o principal livro de Marx é “o Capital” no qual ele tem como objetivo principal apontar as falhas do sistema capitalista. Fofoca: Gente! Marx era um homem de seu tempo. Ele tinha um genro franco-cubano e os Europeus à sua época eram preconceituosos com os caribenhos. Então, dizem as más línguas, que Marx teria dito certa vez que os t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Caribenhos eram preguiçosos. Para responder a Marx, seu genro Paul Lafargue escreve o famoso livro “O Direito à Preguiça”. Revelando ideias como o ócio criativo!!!!!! Veja como é cobrado na prova 02 – ENEM 2015 Na produção social que os homens realizam, eles entram em determinadas relações indispensáveis e independentes de sua vontade; tais relações de produção correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações constitui a estrutura econômica da sociedade — fundamento real, sobre o qual se erguem as superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de consciência social. MARX, K. Prefácio à Crítica da economia política. In: MARX, K.; ENGELS, F. Textos 3. São Paulo: Edições Sociais, 1977 (adaptado). Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no sistema capitalistafaz com que a) o proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia. b) o trabalho se constitua como o fundamento real da produção material. c) a consolidação das forças produtivas seja compatível com o progresso humano. d) a autonomia da sociedade civil seja proporcional ao desenvolvimento econômico. e) a burguesia revolucione o processo social de formação da consciência de classe. Comentários: Após ler o texto do material acredito que você esteja com a resposta na ponta da língua, mas vamos esclarecer alguns conceitos para que você tenha total firmeza da sua resposta. a) Essa alternativa está incorreta. Muita gente explica mais-valia como o lucro, contudo esse conceito é um pouco mais complexo que isso, encapsulando conceitos como juros, lucros, aluguéis, entre outros. Mas para ficar fácil, pense assim, mais-valia significa aquilo que o trabalhador produz a mais que seu trabalho, logo alguém está saindo em vantagem com o trabalho de outrem. Nesse t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO contexto, o conceito de mais-valia não permite que o proletariado seja contemplado por esse processo. É exatamente o contrário b) Essa alternativa está correta. Exatamente! Na época de Marx, inclusive todos os economistas discutiam que formação economia dependia do trabalho. É claro que cada um olhando do seu ponto de vista e para esse autor específico trabalho é o fundamento real da produção material. Sem trabalho não há produção material. c) Essa alternativa está incorreta. Para Marx, a forma como as forças produtivas se consolidava não era compatível com o desenvolvimento humano. Reflita, o filósofo viveu no ápice da revolução industrial, com pessoas trabalhando até vinte horas por dia, acidentes de trabalho diários e com trabalhadores tratados como descartáveis. Crianças limpando engrenagens e motores, pois só elas eram pequenas o suficiente para entrar dentro das máquinas. Como ele poderia dizer que a sociedade caminhava para o progresso. d) Essa alternativa está incorreta. Para ele a sociedade civil não era autônoma, pois era controlada pela ideologia construída pela superestrutura e) Essa alternativa está incorreta. Para ele a Burguesia queria manter a dominação e só a classe trabalhadora por meio da revolução seria capaz de mudar a sociedade para a formação da consciência de classe. Já que a classe trabalhadora era maior parte da sociedade. Gabarito letra “B” OBS: Vocês estudarão Marx também em história e em sociologia. Ponto muito importante é que Marx não escreveu sozinho, boa parte dos seus escritos são parceria com seu colega Engels, outro grande intelectual da época. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Arthur Schopenhauer (1788 – 1860) Filósofo alemão, conhecido principalmente por sua obra O Mundo como Vontade e Representação, que escreveu aos 20 anos, em 1818. Nessa obra ele caracteriza o mundo fenomenal, aquele que vemos, como resultado de uma vontade cega e insaciável. O pensador desenvolveu um sistema metafísico ateu e ético, descrito como uma manifestação clara de pessimismo filosófico. Mas vale lembrar que Schopenhauer, que viveu no século XIX, notou a decadência que veio com o progresso tecnológico, que se dizia tão promissor. Ele tem a noção de que o ser humano sofre, a noção de que o progresso não é destino evidente de toda nossa experiência de vida, por mais científica que ela possa ser. Ele via isso na miséria proveniente da industrialização, a miséria proveniente da busca pela ciência que não se realizou como prometido. Para ilustrar o pensamento de Schopenhauer, esses versos de Fernando Pessoa caem bem: “Sei que nunca terei o que procuro E que nem sei buscar o que desejo, Mas busco, insciente, no silêncio escuro E pasmo do que sei que não almejo”. Mundo como Vontade e Representação t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO O filósofo alemão define a vontade como força da qual a vida humana é apenas uma de suas expressões. A vontade busca a realização de desejos e necessidades, ela visa a felicidade. Mas a verdade é que nenhuma felicidade duradoura pode ser alcançada na vida. A felicidade se move como um pêndulo, entre a dor e o aborrecimento. A função da vontade acaba sendo a de perpetuar uma vida essencialmente de sofrimento. A dor de existir A dor de existir está além do fato de não podermos realizar um desejo, mas reside no fato de que nós, a todo momento, experimentamos a morte. Não a morte em si, mas como prévias que nos são dadas por meio dos sofrimentos do cotidiano. Planejamos, mas o tempo todo somos surpreendidos pelo acaso, por aquilo que não calculamos e que muitas vezes independe de nós (um terremoto). Schopenhauer afirmava que nosso corpo sempre quer além. Quando realizamos aquilo que o corpo tem vontade, logo encontramos o tédio ou sofremos pela não realização do desejo. O tédio vem porque ao satisfazer nossas vontades, nossos desejos, acabamos tediosos, já almejando uma nova coisa, mais “brilhante”. Caso contrário, quando não se satisfaz à vontade, vem a frustação, o sofrimento, a impotência. Ou seja, em nenhum caso, satisfazer à vontade parece bom. Niilismo Passivo Vemos no pensador alemão o niilismo passivo. Ao afirmar que a felicidade plena não existe, que evitar o sofrimento não é possível e que refletir sobre a estrutura do mundo é ter noção de que vida t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO nunca vai ser boa, ele parece não ver saída para uma vida sem sofrimento. Porém, ele vai nos lembrar que encontrar momentos de alegria é possível, e quanto mais deles e mais prolongados forem, melhor será. Para encontrar os momentos de felicidade temos que nos esforçar e ele dizia ser esse esforço ético e não moral. A moral cuida das regras, normas, que são predefinidas, elas conduzem as ações humanas. A ética observa as ações humanas, ou seja, ela vai observando a moral e como os homens se relacionam com ela, investigando os princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano. Dizer que busca por momentos de felicidade é uma busca ética implica em reconhecer a felicidade como algo mais abstrato, subjetivo. Não há um caminho pronto, uma fórmula certa. Crescer, estudar, constituir uma família, ter um bom emprego. Nada garante a felicidade. Nos resta aceitar a vida. Pessimismo O pessimismo é um filtro ético para avaliarmos o sentido da existência. Ele seria um modo de ver o passado e o futuro sem um filtro. Encarar a realidade e não acreditar na ideia de que a felicidade absoluta existe. A vida é feita de altos e baixos, para todos. Existe um sistema voltado para nos mostrar que a felicidade plena existe, que podemos ser felizes para sempre. Para o pensador é preciso encarar a realidade tal como é. Eudaimonia (busca ética pela felicidade) A busca ética da felicidade diz que se eu busco a felicidade é porque eu me engajo na história da humanidade, no universal, com o propósito de fazer algo melhor. É minha vontade junto da minha racionalidade. A felicidade é uma categoria moral que se realiza no esforço ético. Temos felicidade como finalidade das nossas ações, por isso temos que pensar sobre nossas vontades e desejos. Projetar de forma possível, se entendo como parte da humanidade e da história e nãoseparado dela, mas ao mesmo tempo ter consciência de que a felicidade não uma obrigação do mundo, da sociedade, em relação a você. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Se a Vontade nos levará ao sofrimento, como podemos nos livrar dele? Vem uma luz no fim do túnel! A arte e a experiência estética são uma maneira de mitigarmos o sofrimento. Schopenhauer vê na música a essência da vida se expressando. Por isso, a máxima de Schopenhauer: “A música é a vitória do sentimento sobre o conhecimento”. A arte para esse filósofo teria a mesma finalidade da ciência, ou seja, explicar o mundo que se apresenta diante do sujeito. A arte habita no plano das ideias, a ciência obedece aos princípios da razão. Só a arte tem o poder de nos livrar da vontade, o que proporciona, segundo Schopenhauer, a libertação do conhecimento devido à escravidão dos desejos. Veja como esse conteúdo cai na prova Questão 03 – ENEM 2016 Sentimos que toda satisfação de nossos desejos advinda do mundo assemelha-se à esmola que mantém hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua fome. A resignação, ao contrário, assemelha-se à fortuna herdada: livra o herdeiro para sempre de todas as preocupações. SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005. O trecho destaca uma ideia remanescente de uma tradição filosófica ocidental, segundo a qual a felicidade se mostra indissociavelmente ligada à a) consagração de relacionamentos afetivos. b) administração da independência interior. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO c) fugacidade do conhecimento empírico. d) liberdade de expressão religiosa. e) busca de prazeres efêmeros. Comentários: Para responde à essa questão, é preciso levar em consideração o fato da filosofia de Schopenhauer se apoiar na vontade. Para o filósofo a alemão a vontade é o princípio ontológico da existência. Portanto, controlar a vontade implica em ter independência interior. Os desejos são cegos e a razão pode nos conduzir ao esclarecimento destes. O comando da questão pede que assinale a alternativa que deixa clara o que está associado à felicidade. a) A alternativa está incorreta. Para Schopenhauer a felicidade só existe se pudermos administrar nossos desejos, nossas vontades. Consagrar-se em relacionamentos afetivos não é o que traz a felicidade. b) A alternativa está correta. Administrar a vontade significa adquirir independência interior. c) A alternativa está incorreta. Não é pensamento empírico que permite a felicidade. A ciência é importante, mas a preocupação de Schopenhauer está na existência humana. d) A alternativa está incorreta. A liberdade religiosa não se mostra como uma questão de relevância para Schopenhauer, o importante é controlar as vontades. e) A alternativa está incorreta. Pelo contrário, os prazeres efêmeros são os que mais causam frustração. Gabarito “b” t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Friedrich Nietzsche (1844-1900) Nietzsche nasceu na Prússia (atual Alemanha). Preparado para ser pastor, aos 18 anos perdeu sua fé. Aos 24 foi lecionar filosofia e poesia grega na Universidade de Basileia. Abandonou a Universidade em 1989, aos 34 anos, quando sua visão começou a lhe faltar e era acometido por fortes dores de cabeça. Viveu assim na solidão. Anos mais trade foi internado em um manicômio, alguns diziam que era louco, outros, que atingira uma enorme sanidade. Nietzsche desenvolve uma filosofia que tece críticas à filosofia clássica e moderna que valorizou demasiadamente o uso da razão, da lógica, do conhecimento científico, ou seja, do “espírito apolíneo” – que se refere à Apolo, deus da ordem e do equilíbrio. Isso fez se perder a proximidade com a natureza e suas forças, não sabemos lidar com o acaso, ou seja, abandonamos “espírito dionisíaco” – que vem de Dionísio, o deus do vinho e das festas. Portanto, a história da filosofia só demonstra o triunfo da razão. Seria preciso, assim, resgatar o elemento dionisíaco da vida. Esse pensamento fica expresso em sua obra “O Nascimento da Tragédia”. A partir dessa breve explanação podemos explorar a filosofia de Nietzsche. A dor de existir Inspirado pela filosofia de Schopenhauer, Nietzsche nos apresenta uma filosofia menos pessimista. Vamos partir do significado da existência. Para o filósofo alemão, quem diz sim a própria vida é o indivíduo que consegue superar a doença da existência. Imagine que você pudesse viver novamente sua vida, você viveria da mesma forma ou mudaria algo? Pois bem, é aqui deveríamos dizer sim a própria existência. Não reconhecemos que aquilo que somos é resultado das nossas ações e é o que nos molda. Desejar mudar algo significa t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO não aprender com esse algo, portanto propenso a fazer novamente (ou pela 1ª vez). A consciência de nossas falhas só existe depois das consequências, só assim podemos nos lapidar. Para esse filósofo, a alegria está na própria vida. O problema do homem é não saber aproveitá-la. A dor de existir não tira o prazer de viver, pelo contrário, a dor é que nos permite reconhecer o prazer de viver. Quem se atreve a viver uma vida sem dor acaba por sofrer mais, posto que o sofrimento faz parte da condição humana. Isso não significa que devemos buscar o sofrimento. Não seria ético, mas acreditar que o sofrimento está conosco é necessário. Reconhecer que ele está dado deveria nos permitir aceitar mais, aprender a lidar com ele e não a fugir. Para o pensador não precisamos olhar o sofrimento como se ele fosse uma tragédia da qual devemos fugir. É preciso notar que é a partir do sofrimento que podemos conhecer o lado heroico e corajoso da nossa vida, diante da nossa existência buscamos ser éticos. Niilismo Ativo Enquanto Schopenhauer dizia que estamos fadados ao sofrimento. Para Nietzsche não existe o tédio do sofrimento, mas nele consiste na criação. O sentido da vida deve ser criado a todo momento, o filósofo acredita que é nele que devemos buscar ser éticos. É no sofrimento que alcançamos todos os nossos instintos e temos que aprender a lidar com nosso outro eu. Descobrimo-nos novos e ser explorados. Ele dizia que a alteridade mora também em nós. A alteridade é nossa capacidade de se colocar no lugar do outro. Nietzsche dizia que devemos pensar além do que estamos condicionados e buscar em nós esse outro eu, esse super-homem. O super-homem Nietzsche vai desconstruir tudo o que havia sido dito sobre moral e valores. Vai criar a transvaloração dos próprios valores. Ele afirmava que construímos valores de bem e mal, belo e feio a partir de valores pré-definidos por poucos, que visando a dominação criam regras e limites para que o homem não possa se expressar integralmente. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Por meio de uma racionalidade exagerada, os homens tentaram deixar o mundo de acordo com o que eles achavam ser certos. Com isso ele supervalorizou a razão abandonando as emoções, que são parte integrante da humanidade. A razão é usada como forma de proteção suprimindo as emoções. Racionalidade demasiado O homem levou a racionalidade muito a sério, o que faz com que a sociedade ocidentaltenha o homem como magnânimo perante os outros, onde ele domina a natureza e outros seres humanos. O homem inventa regras, pois não consegue viver bem com o acaso. Segundo Nietzsche, o pensamento foi construído de forma parcial. Desde os gregos, muito se valorizou somente uma parte do espírito humano e a outra parte foi deixada de lado, exatamente a parte que saberia lidar com o acaso. A razão é usada negativamente, aplicada para a dominação não só da natureza, mas para dominação da dominação. Se utilizando apenas de formas racionais apenas, o homem desrespeita as emoções. Ele afirmava que algo se perde na passagem da mitologia para a filosofia. A moral do Rebanho O homem não aceita a vida como ela se apresenta, por isso vai se tornado covarde perante a vida. O Excesso de razão tira do homem a capacidade de lidar com o acaso. A falta de controle sobre a vida faz com que o homem se feche na chamada moral do rebanho (cristianismo). Para esse pensador, o cristianismo também teve o seu papel. Isso porque os cristãos defendem o que ele chama “moral dos escravos” ou do “rebanho” contra uma “moral dos senhores” ou dos “espíritos livres”. A “moral dos escravos” é aquela que nega a vontade e o desejo, já a “moral dos senhores” se relaciona com aqueles que afirmam a vida, que dizem sim a própria vida. Vale lembrar que escravo nesse contexto tem caráter psicológico e não social. Sob a perspectiva nietzschiana, a moral cristã é contrária à vida, visto que condenam os belos, os fortes e os poderosos, enquanto os escravos receberiam o céu. Com isso, o cristianismo sufoca os instintos que pertencem ao ser humano. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Contudo, o filósofo alemão vai propor a transvaloração de todos dos valores, que se faz por meio de um método genealógico, descrito em sua obra Genealogia da Moral. Tal método consiste em investigar a origem dos valores e não simplesmente aceitá-los. Deus está morto Quando Nietzsche diz que Deus está morto não significa que ele tenha sido um anticristo. Ele pretende com isso chamar a atenção para o que ele acreditava estar errado. Era preciso abandonar a moral do rebanho, ou seja, parar de fazer da religião “muletas” para com isso deixar de viver com bases em um mundo que não é real. Podemos concluir que a ética nietzschiana se faz ao dizer sim à própria existência. Está em amar o destino – amor fate. Amor ao destino consiste no Niilismo Ativo. É buscar ser ético ante os acontecimentos da vida e com isso tornar-se senhor de si. Veja como o assunto cai na prova Questão 04 - ENEM 2015 A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um. NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pre-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999. O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos? t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO a) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades racionais. b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas. c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes. d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas. e) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real. Comentários: Para responder à questão, é necessário conhecer o que ocasionou o surgimento da filosofia. Os gregos, notaram que o que a tradição lhes ensinara, já não servia mais e com isso, passaram a buscar explicações racionais para o que os mitos explicavam de forma fabulosa. Visto que os mitos explicavam a natureza e o funcionamento do universo, os primeiros filósofos pré-socráticos (primeiros filósofos) também se ocuparam disso. O comando da questão pede que assinale a alternativa que explica o surgimento da filosofia. a) Alternativa está incorreta. A filosofia surge para explicar a natureza e as origens das coisas, a princípio, sempre mediante justificativos racionais. b) Alternativa está incorreta. A filosofia pode sim usar metáforas para elucidar suas teorias, mas ela não se limitar a explicar a origem dos seres e das coisas c) Alternativa está correta. A filosofia pré-socrática tinha como objetivo entender a natureza e o funcionamento do universo. d) Alternativa está incorreta. Não era essa função primeira da filosofia. e) Alternativa está incorreta. Nem sempre essa primeira filosofia usou do empirismo, ela se baseava também na ontologia e cosmologia. Gabarito “c” t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Sören Kierkegaard (1813-1855) Nascido em Copenhague, Kierkegaard foi filósofo, teólogo e poeta. Conhecido como um dos fundadores do pensamento existencialista. O pensador dedicou grande parte de seu trabalho às questões voltadas a existência individualista e ressaltou a importância da escolha pessoal. No contexto do Romantismo alemão, que tem como objetivo romper com a modernidade, duvidar da racionalidade pura. Valorizar os aspectos irracionais (sonhos e emoções) era comum. A Teologia e a Ética Centrado na ética cristã, o filósofo dinamarquês, trata do amor cristão. Teceu críticas à prática do cristianismo como uma religião de Estado. Desenvolveu um trabalho bem voltado para a psicologia e explorou sentimentos e emoções decorrentes das escolhas dos indivíduos. Kierkegaard é um profundo cristão, para ele o cristianismo não é uma cultura, a cultura é a cristandade. Dizia que a história tinha transformado o cristianismo em uma cultura cristã superficial. Tal cultura, inventada, serviu para facilitar as respostas sobre o sentido da existência. A cristandade é estar em constante luta interior, em temer, ter escrúpulos, se angustiar, se rebaixar e se humilhar. Visto o cristianismo como um instrumento para viver a vida em paz e serenidade. Esse tipo de cristianismo esconde e dissimula o verdadeiro aspecto do cristianismo. O de que o ser humano é finito. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO A Existência O ser humano é finito e têm que constantemente fazer escolhas, são essas escolhas que podem levar o indivíduo a uma vida ética. É parte da condição humana fazer tais escolhas e são as mesmas que nos traz a angústia. A partir dessa teoria existencialista, e de sua visão de que havia muita impessoalidade na ciência. Kierkegaard dizia que a verdade está na subjetividade, por isso era fundamental entender o resultado das escolhas individuais, posto que elas refletem na sociedade. Então, o filósofo teoriza três estádios ou modos de existência - Estádio Estético No que tange às escolhas, esse sujeito tem medo de errar em suas escolhas e por isso deixa a escolhas para outros. Ele sofre por não ser “dono” de suas escolhas, mas também se livra da responsabilidade que pode gerar angústia. - Sujeito Ético Esse sujeito assume escolhas, tem consciência do que renuncia, mesmo que se sinta infeliz comsuas escolhas, esse sujeito assume até o fim, porém sempre pensa nas possibilidades de suas renúncias, por isso, sofre. - Sujeito Religioso É o sujeito que escolhe, compra essa escolha e não se preocupa com os caminhos que renunciou, preocupa-se com suas escolhas, pois essa era a melhor escolha. Esse sujeito não se angustia. Kierkegaard pretende trazer as possibilidades que o indivíduo tem em sua existência. O sujeito sempre é levado a escolher entre esses estádios, já que eles são qualitativamente diferentes dos outros entre si. Ordenados por paixões e valores singulares. O indivíduo que está em um estádio se mantém nele enquanto optar por isso, haja visto que ele é livre para mudar de estádio. Veja como esse conteúdo cai na prova t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Ah, ENEM você está nas minhas mãos!!!!!! Gente o Kierkegaard também nunca foi cobrado em uma prova do ENEM, mas você viu em nossa aula 00 como o ENEM gosta dos contemporâneos (Se não viu, corre lá que tem um material estatístico muito bom). Então, eu não vou correr o risco de deixar esse grande autor de lado. Exista, Resista, Persista!!!!!!!! Questão 05 - ENEM Ser ou não ser — eis a questão. Morrer — dormir — Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo! Os sonhos que hão de vir no sono da morte Quando tivermos escapado ao tumulto vital Que dá à desventura uma vida tão longa. SHAKESPEARE, W. Hamlet, Porto Alegre: L&PM, 2007. Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao enfatizar a tensão entre a) consciência de si e angústia humana. b) inevitabilidade do destino e incerteza moral. c) tragicidade da personagem e ordem do mundo. d) racionalidade argumentativa e loucura iminente. e) dependência paterna e impossibilidade de ação. Comentários: Eu sei querido aluno, a questão já começa rasgando a semântica e exigindo que você saiba o que é um solilóquio. Vou colocar a definição do dicionário aqui. substantivo masculino 1. 1. ato de alguém conversar consigo próprio; monólogo. 2. 2. LITERATURA•TEATRO t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO recurso dramático ou literário que consiste em verbalizar, na primeira pessoa, aquilo que se passa na consciência de um personagem [Opõe-se ao monólogo interior, porque o personagem, no solilóquio, articula os seus pensamentos de forma lógica, coerente.] Ao se deparar com essa questão, observe o que diz a doutrina existencialista. A ideia primeira é de que a essência só pode ser vista depois da existência, visto que somos seres de ação e devemos nos tornar aquilo que somos. Fazer escolhas a arcar com as consequências das mesmas, deveria ser condição da vida humana. Porém, muitas vezes nascemos em meio a tradições e culturas que nos dão modelos a seguir, dizendo ser essa a natureza humana e assim seremos felizes. Quando nos vemos sozinhos, sem modelos referenciais que nos garanta uma vida plena, nos vemos sozinho e angustiados. É aí que passamos a ser donos das próprias escolhas e com isso construímos nossa essência genuína. a) A alternativa está correta. O existencialismo tem como princípio que sejamos responsáveis pela nossa existência e que quando nos damos conta que não temos modelos para seguir nos sentimos angustiados. b) A alternativa está incorreta. A inevitabilidade do destino é determinismo, o que se opõe ao existencialismo. c) A alternativa está incorreta. Não é possível notar a ordem do mundo no texto, mas angústia. d) A alternativa está incorreta. O texto não trata da loucura, mas da dor de existir. e) A alternativa está incorreta. Essa alternativa está equivocada, não se trata de referência paterna e nem de impossibilidade de ação. Gabarito “a“ Questões • Obs01: As cinco primeiras questões foram respondidas e comentadas ao longo da aula. • Obs02: As questões da UFU têm somente quatro alternativas, mas não as subestimem! Elas cobram a filosofia de maneira bem contundente. • Obs03: Lançamos mão de utilizar as questões do Enem e de outras universidades para que você possa treinar para além dos conhecimentos já pedidos no exame. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO 1. (UEA) Hegel rechaça a ética kantiana porque ela não leva em conta o homem inteiro, o homem vivo, mas exclui da ética sua vida real, subjuga-a mediante leis alheias à vida e converte assim a moral em algo positivo e morto para o homem vivo. Hegel vê claramente que essa rigidez mecânica da ética kantiana está estreitamente ligada com a absolutização do conceito de dever. (Georg Lukács. O jovem Hegel e os problemas da sociedade capitalista, 1972.) A crítica hegeliana incide sobre a noção kantiana de a) imperativo categórico. b) coletivismo prático. c) procedimento científico. d) utilitarismo comportamental. e) hedonismo ético. 2. Enem 2015 Na produção social que os homens realizam, eles entram em determinadas relações indispensáveis e independentes de sua vontade; tais relações de produção correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações constitui a estrutura econômica da sociedade — fundamento real, sobre o qual se erguem as superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de consciência social. MARX, K. Prefácio à Crítica da economia política. In: MARX, K.; ENGELS, F. Textos 3. São Paulo: Edições Sociais, 1977 (adaptado). Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no sistema capitalista faz com que t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO a) o proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia. b) o trabalho se constitua como o fundamento real da produção material. c) a consolidação das forças produtivas seja compatível com o progresso humano. d) a autonomia da sociedade civil seja proporcional ao desenvolvimento econômico. e) a burguesia revolucione o processo social de formação da consciência de classe. 3. ENEM - 2016 Sentimos que toda satisfação de nossos desejos advinda do mundo assemelha-se à esmola que mantém hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua fome. A resignação, ao contrário, assemelha-se à fortuna herdada: livra o herdeiro para sempre de todas as preocupações. SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005. O trecho destaca uma ideia remanescente de uma tradição filosófica ocidental, segundo a qual a felicidade se mostra indissociavelmente ligada à a) consagração de relacionamentos afetivos. b) administração da independência interior. c) fugacidade do conhecimento empírico. d) liberdade de expressão religiosa. e) busca de prazeres efêmeros. 4. ENEM 2015 t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um. NIETZSCHE, F. Críticamoderna. In: Os pre-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999. O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos? a) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades racionais. b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas. c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes. d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas. e) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real. 5. ENEM - 2016 Ser ou não ser — eis a questão. Morrer — dormir — Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo! Os sonhos que hão de vir no sono da morte Quando tivermos escapado ao tumulto vital Que dá à desventura uma vida tão longa. SHAKESPEARE, W. Hamlet, Porto Alegre: L&PM, 2007. Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao enfatizar a tensão entre t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO a) consciência de si e angústia humana. b) inevitabilidade do destino e incerteza moral. c) tragicidade da personagem e ordem do mundo. d) racionalidade argumentativa e loucura iminente. e) dependência paterna e impossibilidade de ação. 6. (Unesp 2017) A genuína e própria filosofia começa no Ocidente. Só no Ocidente se ergue a liberdade da autoconsciência. No esplendor do Oriente desaparece o indivíduo; só no Ocidente a luz se torna a lâmpada do pensamento que se ilumina a si própria, criando por si o seu mundo. Que um povo se reconheça livre, eis o que constitui o seu ser, o princípio de toda a sua vida moral e civil. Temos a noção do nosso ser essencial no sentido de que a liberdade pessoal é a sua condição fundamental, e de que nós, por conseguinte, não podemos ser escravos. O estar às ordens de outro não constitui o nosso ser essencial, mas sim o não ser escravo. Assim, no Ocidente, estamos no terreno da verdadeira e própria filosofia. (Hegel. Estética, 2000. Adaptado.) De acordo com o texto de Hegel, a filosofia a) visa ao estabelecimento de consciências servis e representações homogêneas. b) é compatível com regimes políticos baseados na censura e na opressão. c) valoriza as paixões e os sentimentos em detrimento da racionalidade. d) é inseparável da realização e expansão de potenciais de razão e de liberdade. e) fundamenta-se na inexistência de padrões universais de julgamento. 7. (UFU 2009.2) t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO A respeito do conceito de dialética, Hegel faz a seguinte afirmação: “O interesse particular da paixão é, portanto, inseparável da participação do universal, pois é também da atividade do particular e de sua negação que resulta o universal.” HEGEL, G. W. F. Filosofia da História. 2. ed. Tradução de Maria Rodrigues e Hans Harden. Brasília: Editora da UnB, 1998. p. 35. Com base no pensamento de Hegel, assinale a alternativa correta. a) O particular é irracional, por isso é a negação do universal, portanto, a História não é guiada pela Razão, mas se deixa conduzir pelo acaso cego dos acontecimentos que se sucedem sem nenhuma relação entre eles. b) O universal é a somatória dos particulares, de modo que a História é tão só o acumulado ou o agregado das partes isoladas, e assim elas estão articuladas tal como engrenagens de uma grande máquina. c) O particular da paixão é a ação dos indivíduos, sempre em oposição à finalidade da História, isto é, do universal da Razão que governa o mundo, mas esta depende da ação dos indivíduos, sem os quais ela não se manifesta. d) O universal é a vontade divina que por intermédio da sua ação providente preserva os homens de todos os perigos, evitando que se desgastem com suas paixões, assim, o humano é preservado desde o seu surgimento na Terra. 8. (UFU 2008) A expressão “astúcia da razão” foi utilizada por Hegel para explicar o desenvolvimento da História Universal. A respeito do significado dessa expressão, marque a alternativa correta. a) Essa expressão significa o irracional governando o mundo, porque as ações humanas são movidas pelos interesses mesquinhos que só encontram a sua satisfação na destruição do Estado, fazendo a humanidade regredir ao estado de natureza. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO b) Essa expressão significa a fraude característica das ações dos indivíduos históricos universais que estão empenhados na aquisição do poder, sem se envolverem com a vida cotidiana e com a esfera da moralidade subjetiva dos povos. c) Essa expressão significa a ilusão de que as coisas realmente acontecem, quando na verdade a História Universal é conduzida pela força do destino traçada pela ordem da Providência Divina, que está acima da vontade dos homens. d) Essa expressão significa a força da razão, isto é, o universal que se manifesta por intermédio das ações humanas, as quais buscam a satisfação imediata e realizam algo mais abrangente, constituindo historicamente o Estado e a vida ética dos indivíduos em sociedade civil. 9. (UFU 1998) A luta de classes para Marx, até hoje, tem sido a história dos homens. Podemos afirmar que o materialismo histórico, para ele, é dialético, porque a) é a consciência dos homens que determina o mundo material. b) a base do conhecimento histórico é a arte do diálogo que permite a compreensão da História. c) o processo histórico é linear e contínuo. d) o processo histórico é movido por contradições sociais. e) a base do mundo material é a superestrutura jurídica e política. 10. (UFU -2008) Leia o texto de K. Marx a seguir. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO “O objeto deste estudo é a produção material. Indivíduos produzindo em sociedade, portanto, a produção dos indivíduos determinada socialmente, é por certo o ponto de partida. O caçador e o pescador, individuais e isolados, de que partem Smith e Ricardo, pertencem às ficções do século XVIII.” Marx, K. Introdução à crítica da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1987. p. 3. Marque a alternativa correta. a. A produção material é entendida por Marx como um trabalho socialmente determinado. b. Para Marx, o caçador e o pescador, de que falam Smith e Ricardo, representam o trabalho socialmente determinado. c. Marx afirma que o trabalhador isolado é o fundamento da produção material. d. Marx considera seu ponto de partida equivalente ao de Smith e Ricardo. 11. (UFU 2009.1) Em Marx, o conceito de ideologia designa uma forma de consciência invertida, que distorce e encobre as formas de dominação existentes nas relações sociais. Tomando isso em consideração, marque a alternativa que apresenta corretamente a relação entre os conceitos de estrutura e superestrutura no pensamento de Marx. a. Marx afirma que a superestrutura projeta falsamente as relações sociais de produção como justas, e que uma sociedade igualitária somente poderá surgir com a revolução da estrutura econômica da sociedade. b. Marx afirma que a superestrutura jurídica é o fundamento da divisão social do trabalho, e que toda revolução deve principiar com a alteração da legislação que regulamenta a atividade econômica. c. Marx afirma que os homens retêm em sua consciência uma imagem transparente das relações sociais de produção, e que somente a alteraçãoda consciência de cada indivíduo pode conduzir à revolução dessas relações sociais de produção. d. Marx afirma que a democracia burguesa e os partidos políticos são o motor da história. Logo, toda revolução social principia no domínio político, que é a esfera em que podem se manifestar legitimamente os conflitos de interesses. 12. (UFU 2010.2) t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO Para Marx, o materialismo histórico é a aplicação do materialismo dialético ao campo da história. Conforme Aranha e Arruda (2000), “Marx inverte o processo do senso comum que pretende explicar a história pela ação dos ‘grandes homens’ ou, às vezes, até pela intervenção divina. Para o marxismo, no lugar das ideias, estão os fatos materiais; no lugar dos heróis, a luta de classes”. Assim, para compreender o homem é necessário analisar as formas pelas quais ele reproduz suas condições de existência, pois são estas que determinam a linguagem, a religião e a consciência. (ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2000, p. 241.) A partir da explicação acima e dos seus conhecimentos sobre o pensamento de Karl Marx, assinale a alternativa que indica, corretamente, os dois níveis de “condições de existência” para Marx. a. Infraestrutura (ou estrutura), caracterizada pelas relações dos homens entre si e com a natureza; e superestrutura, caracterizada pelas estruturas jurídico-políticas e ideológicas. b. Infraestrutura (ou estrutura), caracterizada pelas relações dos homens entre si e com a natureza; e materialismo dialético, que é na verdade a forma pela qual o homem produz os meios de sobrevivência. c. Modos de produção, caracterizados pelo pensamento filosófico dos socialistas utópicos; e o imperialismo, característica máxima do capitalismo industrial. d. Imperialismo, característica do capitalismo industrial; e infraestrutura (ou estrutura), caracterizada pelas relações dos homens entre si e com a natureza. 13. (Unesp 2017) Nossa felicidade depende daquilo que somos, de nossa individualidade; enquanto, na maior parte das vezes, levamos em conta apenas a nossa sorte, apenas aquilo que temos ou representamos. Pois, o que alguém é para si mesmo, o que o acompanha na solidão e ninguém lhe pode dar ou retirar, é manifestamente mais essencial para ele do que tudo quanto puder possuir ou ser aos olhos dos outros. Um homem espiritualmente rico, na mais absoluta solidão, consegue se divertir primorosamente com seus próprios pensamentos e fantasias, enquanto um obtuso, por mais que mude continuamente de sociedades, espetáculos, passeios e festas, não consegue afugentar o tédio que o martiriza. t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO (Schopenhauer. Aforismos sobre a sabedoria de vida, 2015. Adaptado.) Com base no texto, é correto afirmar que a ética de Schopenhauer a) corrobora os padrões hegemônicos de comportamento da sociedade de consumo atual. b) valoriza o aprimoramento formativo do espírito como campo mais relevante da vida humana. c) valoriza preferencialmente a simplicidade e a humildade, em vez do cultivo de qualidades intelectuais. d) prioriza a condição social e a riqueza material como as determinações mais relevantes da vida humana. e) realiza um elogio à fé religiosa e à espiritualidade em detrimento da atração pelos bens materiais. Leia o texto para responder a questão. Pensemos num cavalo diante de nós. Então perguntemos: o que é isso? Platão diria: “Esse animal não possui nenhuma existência verdadeira, mas apenas uma aparente, um constante vir-a-ser. Verdadeiramente é apenas a Ideia, que se estampa naquele cavalo, que não depende de nada, nunca veio-a-ser, sempre da mesma maneira. Enquanto reconhecemos nesse cavalo sua Ideia, é por completo indiferente se temos aqui diante de nós esse cavalo ou seu ancestral. Unicamente a Ideia do cavalo possui ser verdadeiro e é objeto do conhecimento real”. Agora, deixemos Kant falar: “Esse cavalo é um fenômeno no tempo, no espaço e na causalidade, que são as condições a priori completas da experiência possível, presentes em nossa faculdade de conhecimento, não determinações da coisa-em-si. Para saber o que ele pode ser em si, seria preciso outro modo de conhecimento além daquele que unicamente nos é possível pelos sentidos e pelo entendimento.” (Arthur Schopenhauer. “Sobre as ideias”. Metafísica do belo, 2003. Adaptado.) 14. UEA 2018 Schopenhauer compara as filosofias platônicas e kantianas, fazendo-as responder a uma mesma questão. Na perspectiva platônica, o cavalo presente “diante de nós” é t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO (A) a demonstração da inexistência do mundo inteligível. (B) absolutamente igual a todos os cavalos do mundo. (C) uma sombra da ideia do cavalo. (D) um ser imutável e eterno. (E) a essência do cavalo real. 15. (Questão inédita - Gabriela C. Garcia) A vontade em Schopenhauer é anterior ao intelecto e à vida. Ao invés de pensar na vontade como um fenômeno da vida, Schopenhauer pensa a vida como um fenômeno da vontade; não somente o que é vivo quer, mas dentre as coisas que querem estão as coisas que são vivas. Moreira, Fernando. "Sobre a relação entre vida e vontade na metafísica da natureza de Schopenhauer" Voluntas: Revista Internacional de Filosofia [Online], Volume 2 Número 2 (1 dezembro 2011) Para Schopenhauer a função da vontade seria perpetuar uma vida essencialmente de sofrimento. Sobre a vontade não é correto afirmar: a) A vontade seria o princípio ontológico do mundo. b) A vontade é a força da qual a vida humana é apenas uma de suas expressões. c) A vontade é a dimensão interna do homem, o que conecta sua essência com a essência do mundo. d) A essência última do mundo seria a vontade, seria o principal elemento constituinte do mundo. e) A vontade deseja só o que é proibido, por isso o sujeito sofre. 16. (Questão inédita - Gabriela C. Garcia) Quase sem exceção, os filósofos colocaram a essência da mente no pensamento e na consciência; o homem era o animal consciente, o “animal racional”. Porém, segundo Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX, sob o intelecto consciente está a “vontade inconsciente”, uma força vital persistente, uma t.me/CursosDesignTelegramhub ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO UNESP – PROF. GABI GARCIA AULA 05 – POLÍTICA E ÉTICA: MUNDO CONTEMPORÂNEO vontade de desejo imperioso. Às vezes, pode parecer que o intelecto dirija a vontade, mas só como um guia conduz o seu mestre. Nós não queremos uma coisa porque encontramos motivos para ela, encontramos motivos para ela porque a queremos; chegamos até a elaborar filosofias e teologias para disfarçar nossos desejos. (Will Durant. A história da filosofia, 1996. Adaptado.) A concepção do conceito de “vontade inconsciente”, proposto por Schopenhauer, manifesta-se no ser humano a partir: a) de um querer consciente do mundo. b) de um desejo de reprodução e seu instinto de preservação. c) um impulso incontrolável, cego e caótico, que não visa a um fim determinado. d) da sua autopreservação, desvinculada da espécie. e) da sua autopreservação e a morte de todos os membros de sua espécie, pois a vontade se manifesta enquanto luta de todos contra todos. 17. (ENEM 2016) Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza. Os melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se uma doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é oco, tudo é igual, tudo passou! O nosso trabalho
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