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AULA 00: ANTIGUIDADE 
 
 
 
 
 
 
Profe Alê Lopes 
AULA 07 
Sociologia 
Exasiu 
Exasiu 
EXTENSIVO 
Indústria Cultural e Consumo 
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Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 07 – Indústria Cultural e Sociedade de Consumo 
 
 
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 AULA 07: Indústria Cultural e Sociedade de Consumo 
Sumário 
 
Introdução ................................................................................................................... 2 
1. Imagem e Cultura de massas ................................................................................... 3 
2. Escola de Frankfurt e a Teoria Crítica ....................................................................... 7 
2.1- Indústria cultural ............................................................................................................................. 8 
2.2- Industria Cultural e Consumo ....................................................................................................... 14 
2.3- Indústria cultural e a política ........................................................................................................ 22 
2.4- Estudos culturais e a crítica à escola de Frankfurt ....................................................................... 23 
3. Lista de Questões ................................................................................................... 25 
3.1 Questões desafio: discursivas ........................................................................................................ 47 
4. Gabarito ................................................................................................................. 49 
5. Questões comentadas ........................................................................................... 50 
5.1 Questões desafio: discursivas ........................................................................................................ 90 
6. Considerações Finais .............................................................................................. 93 
 
Queridas e Queridos Alunos, 
Sejam bem-vindos e bem-vindas a mais uma aula. É sempre um grande prazer compartilhar 
com vocês nosso trabalho e participar dessa batalha dura e constante na luta pela conquista da 
sua vaga na Universidade. 
Nesta aula trataremos sobre o assunto das relações humanas mediadas pela imagem e pela 
mídia. Os pensadores que pensaram isso criaram alguns conceitos como: cultura de massa, 
indústria cultural e sociedade do espetáculo. 
Vamos começar. Pega seu café e vem comigo! 
INTRODUÇÃO 
Nesta aula, vamos estudar o assunto sobre a Sociedade Midiática. Este é um assunto 
bastante repertoriado pelos vestibulares na disciplina de Sociologia ou Ciências Sociais. Também 
é tema de amplíssima repercussão nas provas de redação, pois é comum referências a esse 
debate. 
Apesar de o debate ser relativamente complexo, as questões costumam cobrar 
praticamente a mesma ideia dentro dos conceito de “indústria cultural”, “sociedade de massas” 
e “sociedade de consumo”. Além disso, trata-se de discutir o mundo atual e, portanto, as 
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Estratégia Vestibulares – Aula 07 – Indústria Cultural e Sociedade de Consumo 
 
 
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 AULA 07: Indústria Cultural e Sociedade de Consumo 
influências dos elementos midiáticos nas nossas próprias relações. Portanto, falamos de uma 
reflexão sobre os nossos tempos! 
Ao falarmos em “sociedade midiática” estamos nos referindo à ideia de sociedade que tem 
a imagem como o centro das relações sociais. Isso ocorre mais na atualidade (século XX em diante) 
que em qualquer outro momento da história, já que a mídia – como conjunto de meios de 
comunicação - tem papel fundamental nas interações sociais. 
Necessariamente, sociedade midiática envolve refletir sobre temas como tecnologia, artes, 
comunicação, consumo, bem como, as relações sociais que se desenvolvem a partir do modo 
como esses setores da vida social estão articulados. 
Assim, veremos o desenvolvimento dessa problemática, os conceitos que foram elaborados 
e que constituíram um verdadeiro campo teórico e intelectual. São nossos interlocutores, 
sobretudo, os pensadores: Walter Benjamin, Theodor Adorno, Max Horkheimer e Guy Debord. 
Eles são os criadores de conceitos como indústria cultural e sociedade do espetáculo. 
1. IMAGEM E CULTURA DE MASSAS 
Nas Ciências Sociais, os estudos sobre os impactos da tecnologia nas artes, comunicação, 
consumo e seus efeitos no comportamento humano se desenvolveram a partir do começo do 
século XX. 
Os estudiosos começaram a refletir sobre as transformações na sociedade do final do 
século XIX, impulsionadas pelos avanços das tecnologias da comunicação e seus impactos na vida 
social e coletiva. 
Na Europa, do final do século XIX, ocorriam a expansão e a mundialização do capitalismo – 
ou a 2ª Revolução Industrial. Essas transformações marcaram o tempo da Belle Époque 
caracterizado por aumento do letramento da sociedade que passava a consumir imagens, ideias, 
informações e mercadorias, por meio da fotografia, do rádio e do cinema. Também faziam parte 
desse cenário os grandes espetáculos de teatro, música. A indústria editorial crescia e começava 
a se desenvolver um “mercado editorial” dos bestsellers. 
Assim, segundo os especialistas sobre o assunto, essas inovações nos campos da arte e da 
comunicação tiveram impactos reais nas formas de sociabilidade por terem o poder de 
influenciar as formas de os seres humanos perceberem a realidade, as outras pessoas e a si 
mesmos. Guarde com carinho essa noção geral, porque, tendo-a em mente, você consegue 
responder muitas questões interpretativas sobre este assunto. 😉 
 
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Estratégia Vestibulares – Aula 07 – Indústria Cultural e Sociedade de Consumo 
 
 
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 AULA 07: Indústria Cultural e Sociedade de Consumo 
Para os analistas desse contexto histórico, a grande questão passou a ser a imagem, ou 
melhor, a disseminação da imagem por meio das novas tecnologias. A máquina fotográfica 
possibilitou uma forma inusitada de “eternizar” o que os olhos viam e o cinema passou a construir 
histórias que misturavam a realidade e a ficção!! Mais tarde, a televisão também contribuiu para a 
formação de uma “cultura da imagem”. 
Mas como Profe ocorre essa influência? 
Veja queridos e queridas, as mídias contemporâneas estão 
centradas na imagem dos indivíduos e das coisas, anote isso! 
Para as relações sociais, em qualquer que seja o tempo 
histórico, a imagem é um meio que pode conduzir a percepção 
humana. Assim, ela é a mediação entre o ser humano e a atribuição 
de sentidos que o próprio homem tece sobre si e sobre o mundo 
em que vive. Portanto, a imagem é um elemento fundamental na 
construção da cultura como uma teia de significados e 
representações, tal como definiu Clifford Geertz. 
Ao serem transmitidas e reproduzidas imagens por meios amplos e 
ilimitados – como o cinema e a televisão – para um público também amplo e 
indiferenciado, promoveu-se a formação de um repertório homogêneo de 
identidades, percepções, desejos, sonhos, mitos. Essas foram as bases da 
chamada “cultura de massa” – relacionada com a ideia de padronização da 
cultura. 
Com a fotografia e o cinema, a arte saía dos palácios e museus para atingir um 
número infinito de pessoas. Estabeleceu-se então uma nova forma de interação entre 
o público e a produção artística, o que gerou uma grande transformação nas relações 
da arte com seu público consumidor.1 
Agora atenção, o conceito de “cultura de massas” não é só a ideia de uma homogeneização 
dos padrões culturais, veja: 
Um dos autores a desenvolver essa ideia foi Walter Benjamin, em 1927, no seu livro 
Passagens. Ao analisar a capital mais cultural da Europa do século XIX, Paris, ele 
identifica uma aproximação entre cultura, entretenimento e consumo. 
Na verdade, Benjaminestava analisando o momento de expansão e mundialização do 
capitalismo – ou os efeitos da 2ª Revolução Industrial – que é, também, o momento da criação da 
propaganda comercial. Nesse sentido, segundo o autor, as tecnologias da imagem, comunicação 
 
1 BOMENY, Helena [et al.]. Tempos Modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Ed. Do Brasil, 2016,p. 
183. 
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e artes passaram a ser adaptadas para o mercado a fim de massificar o consumo das mercadorias 
que passavam a ser produzidas em larga escala. 
 
O mesmo momento histórico no qual o capitalismo avança em tecnologia de comunicação 
é o momento em que o sistema se expande comercialmente, logo, a arte, a comunicação, a cultura 
e o entretenimento, segundo W. Benjamin, passaram a estar submetidos a mesma lógica de 
reprodução técnica e em larga escala que define a produção de mercadorias. A esse processo ele 
deu o nome de “reprodutibilidade técnica da arte”. 
Vou sintetizar a ideia para você, veja: para Walter Benjamin, a arte está envolta em uma 
“aura”. “Aura” nos remete a uma ideia de originalidade e autenticidade. As obras de arte são 
únicas, portanto. Entendeu? 
Agora, com a introdução das tecnologias produtivas no mundo das artes, isso alterou a 
forma como as artes foram produzidas e contempladas. Benjamin fala em “perda da aura”. Na 
verdade, elas deixariam de ser catárticas e contempladas para serem consumidas da mesma forma 
como se consome um bem de consumo. Veja abaixo a obra Abaporu, de Tarsila do Amaral, em 3 
situações e imagine a “perda da aura” da obra de arte. 
 
 
1-Abaporu - Tarsila do Amaral - MASP-
SP, 2019. 
2- Pessoas se aglomeram para tirar fotos 
e selfies da obra Abaporu, de Tarsila do 
Amaral. MASP-SP, 2019. 
3-A imagem da obra Abaporu, vira 
desenho de capa de lápis de cor. 
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2Vamos problematizar? 
Veja, nesse quadro, o autor usou uma obra de arte e 
agregou 3 elementos de consumo e tecnologia que usamos 
atualmente. São dados da cultura de massas. 
 
Seria a obra uma crítica ou uma peça de 
decoração para a casa de uma pessoa “cult”?? 
 
Portanto, queridas e queridos, a ideia de cultura de massas 
está associada ao consumo de massas. ANOTE ISSO, BIXO! 
Para o pensador alemão, a fotografia e, sobretudo, o 
cinema – com suas técnicas de produção, filmagem e edição – apresentam um “mundo em 
pedaços”, um mundo de fantasias, simulações, reconstrução e ressignificação. Assim, esses meios 
artísticos alteram a percepção do indivíduo sobre a realidade. 
Basta-nos refletr sobre os modos e os impactos dessa interferência! 
 
 Por meio do conceito de “cultura de massas”, os críticos da sociedade capitalista definiram 
uma série de consequências desse processo: 
 
As observações e as críticas sobre essas relações descritas acima se desenvolveram, 
especialmente com as experiências do século XX, depois da experiência do nazifascismo e das 
guerras mundiais. Vejamos na próxima seção a história dos pesquisadores da “Escola de 
 
2 Gláucio Henrique Moro. https://www.urbanarts.com.br/allstarporu-abaporu-remastered-68085/p. 
Acesso em 01-11-2019. 
Submissão da arte e da comunicação aos interesses 
comerciais;
Submissão do público às interpretações e 
significados transmitidos;
Apagamento das diferenças culturais, falta de diálogo 
e diversidade; 
A imagem supera a realidade no que se refere à 
legitimidade do real; 
Confusão entre o real e o ficcional.
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Frankfurt”, os principais empreendedores das explicações sobre esse assunto, e os conceitos que 
marcam esse campo teórico. 
2. ESCOLA DE FRANKFURT E A TEORIA CRÍTICA 
Na Alemanha, na década de 1920, em Frankfurt, reuniram-se um conjunto de cientistas 
sociais com o objetivo de aprofundar as investigações acerca da mídia, da arte, linguagem e 
comunicação. Esses investigadores desenvolveram uma série de estudos e conceitos que ficaram 
conhecidos como “Teoria Crítica”. A “Escola de Frankfurt”, como ficou conhecida essa 
perspectiva teórica, era associada ao Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt 
na Alemanha, o qual foi fundado em 1923. 
Grande parte de seus pesquisadores tinha origem intelectual marxista, mas, compreendiam 
que as teses do marxismo continham lacunas que não explicavam os problemas da complexa 
sociedade urbano-industrial e as novas formas de organização da produção capitalista. 
Essa percepção se aprofundou, sobretudo, depois da experiência nazista na Alemanha. 
Nesse sentido buscaram em outras abordagens teóricas, elementos que os ajudassem a explicar 
as duras experiências humanas que, inclusive, levaram à morte um dos seus principais precursores, 
Walter Benjamin (morreu fugindo dos nazistas). Assim, foram se aprofundando em uma 
perspectiva interdisciplinar usando Kant, Hegel, Karl Marx, Sigmund Freud, Georg Simmel, Georg 
Lukács e, sobretudo, Max Weber. 
Então, veja, na prática, os frankturtianos desenvolveram estudos que envolveram elementos 
da política, dialética, psicanálise, comunicação, linguagem e ação social. 
 
 Os dois grandes conceitos que os teóricos da Escola de Frankfurt vão utilizar para 
estabelecer suas análises é o de ideologia e alienação. 
A principal implicação da submissão da arte e das comunicações à lógica do lucro capitalista 
e da produção cultural programada e midiatizada seria a perda dos seres humanos em se 
reconhecer como tal, ou seja, tornar-se alienado. 
Logo, a alienação da sociedade permitiria maior e mais eficiente controle social porque gera, 
sobretudo, adesão às ideologias do mercado e, até mesmo do governo. 
Governos, Alê, você poderia me perguntar, não poderia? 
É, meus caros, há um momento em que governos descobrem o poder da imagem midiatizada 
e constroem grandes regimes.......... T O T A L I T Á R I O S! Veremos isso daqui a pouco. 
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Assim, de um conjunto extenso, amplo e complexo desenvolvido no âmbito da Escola de 
Frankfurt, para efeitos da sua prova de Vestibular, precisamos focar na explicação sobre o 
processo de alienação humana causado pelo avanço das técnicas sobre o campo das artes e da 
comunicação. 
Nesse sentido, vamos tratar sobre o conceito de “indústria cultural”. 
2.1- INDÚSTRIA CULTURAL 
Indústria cultural foi um conceito criado por Theodor Adorno e Max Horkheimer em seu 
livro “A dialética do esclarecimento”, de 1947. Contextualmente, foi escrito sob o impacto das 
consequências que o nazismo produziu no mundo. 
 Esse conceito foi mais preciso e desenvolvido que o de “cultura de massas”. Uma 
especificidade importante da ideia de indústria cultural é revelar a dimensão econômica dos meios 
de comunicação, bem como dos conteúdos artísticos-culturais. Ou seja, a produção da arte, da 
cultura e da comunicação passaram a visar o lucro. Para tanto, foram assimiladas como 
entretenimento. 
Tal como qualquer indústria, a indústria-cultural produz mercadorias. Contudo trata-se de 
uma mercadoria específica: bens simbólicos no qual a imagem é o principal elemento 
comunicador. Produzidos de forma seriada e tecnológica têm a finalidade de satisfazer as 
necessidades de entretenimento, ilusão e 
emoção. 
Assim, se a arte perde sua aura com a 
indústria cultural, os homens perdem sua 
capacidade racional de estabelecer 
diferençasentre a realidade e a imagem 
permanentemente veiculada pelos meios de 
comunicação e pela propaganda. Assim, os 
chamados “bens simbólicos” penetram de tal 
maneira no imaginário social e individual que, 
muitas vezes, a imagem parece mais real do 
que o mundo que se pretender representar. 
Veja a charge ao lado. 
A lógica explicativa utilizada pelos frankfurtianos é de que a racionalidade crítica iluminista, 
que conduziu o projeto da modernidade do século XIX, foi, aos poucos e com o desenvolvimento 
do capitalismo, sendo substituída por uma racionalidade instrumental. Dessa forma, a autonomia 
racional dos indivíduos de perceber e criticar a realidade foi submetida à lógica da informação 
pronta e interpretada dos grandes meios de comunicação. 
Assim, a razão deu lugar ao mar de emoções. Intencionalmente, a indústria cultural produz 
exaustivamente imagens que provocam emoções. São elas que conduzem, ao final, o 
comportamento e as decisões dos indivíduos. 
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Nesse fluxo próximo de imagens, o discurso se torna mero 
acessório, cada vez mais redundante e dispensável. É dessa 
maneira que os meios de comunicação, liderados pela televisão, 
tornam-se modelos de comportamento e acabam criando 
realidades. Aquilo que propõem como realidade acaba por existir 
do outro lado da tela, na medida em que seu poder de 
manipulação atua sobre o público. Para isso, valem-se de repetição 
e da estereotipia criadas de acordo com a maneira de pensar o 
mundo dos patrocinadores. Os interesses do capital engendram a realidade criada 
com os meios de comunicação. (grifos nossos)3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 COSTA, Cristina. Sociologia. Introdução à Ciência da Sociedade. P. 367 
Vocês já ouviram uma 
conversa assim, como essa 
de baixo: 
Você viu 
aquele filme? 
SIM! Chorei 
tanto... 
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Segundo os teóricos, há uma mercantilização das manifestações culturais, das 
artes e da comunicação. Ou seja, elas se tornam coisas, produzidas, distribuídas 
e consumidas como bens simbólicos. A propaganda é o instrumento essencial 
para vender os sonhos e promoter ilusões. 
Se o mundo do trabalho, na produção fordista capitalista, aliena os seres 
humanos, como vimos na aula passada, Adorno e Horkheimer dizem que a 
indústria-cultural participa do fortalecimento dessa alienação porque, no espaço público e 
privado, as relações estão mediadas por comunicações e imagens que se reproduzem na 
mesma lógica das fábricas. 
 
(UNESP 2014) 
Os reality shows são hoje para a classe mais abastada e intelectualizada da sociedade o que 
as novelas eram assim que se popularizaram como produto de cultura massificada: sinônimo 
de mau gosto. Com uma maior aceitação das novelas na esfera dos críticos da mídia, o reality 
show segue agora como gênero televisivo mundial, transmitido em horário nobre, e principal 
símbolo da perda de qualidade do conteúdo televisivo na sociedade pós-moderna. Os reality 
shows personificam as novas formas de identificação dos sujeitos nas sociedades pós-
modernas. Programas como o BBB são movidos pelas engrenagens de uma sociedade 
Razão 
Crítica
questionamento
autonomia 
individual
Razão
Razão 
Instrument
al
reprodução do 
lucro
submissão do 
indivíduo
Emoção
 
 
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 AULA 07: Indústria Cultural e Sociedade de Consumo 
exibicionista e consumista, que se mantém vendendo ao mesmo tempo a proposta de que 
cada um pode sair do anonimato e conquistar facilmente fama e dinheiro. 
(Sávia Lorena B. C. de Sousa. O reality show como objeto de reflexão cultural. 
observatoriodaimprensa.com.br) 
Sobre a relação entre os meios de comunicação de massa e o público consumidor, é correto 
afirmar que: 
a) a qualidade da programação da tv não é condicionada pelas demandas e desejos dos 
consumidores culturais. 
b) o reality show é uma mercadoria cultural relacionada com processos emocionais de seu 
público. 
c) os critérios estéticos independem do nível de autonomia intelectual dos consumidores. 
d) no caso dos reality shows, a televisão estimula a capacidade de fruição estética do público 
consumidor. 
e) os programadores priorizam aspectos formativos relegando o entretenimento a uma 
condição secundária. 
Comentários 
a) Falso, pois o texto deixa claro que há uma identidade entro aquilo que é produzido e os 
consumidores do produto. 
b) Correto, é nosso gabarito. Pode-se dizer que os reality shows são um produto da indústria 
cultural: são uma mercadoria pasteurizada e padronizada que cria nos indivíduos um prazer 
alienante e conformista com a estrutura social vigente, não contribuindo para a 
transformação social, tampouco para a capacidade crítica da população. É sob essa 
perspectiva que esta alternativa é considerada como correta. Além disso, o trecho abaixo 
evidencia o que é afirmado: “Programas como o BBB são movidos pelas engrenagens de 
uma sociedade exibicionista e consumista, que se mantém vendendo ao mesmo tempo a 
proposta de que cada um pode sair do anonimato e conquistar facilmente fama e dinheiro”; 
c) Pelo contrário, o tipo de estética do programa é escolhido levando em consideração o tipo 
e consumidor. 
d) Não, o autor do texto deixa claro que esse tipo de programa expressa um “símbolo da 
perda de qualidade do conteúdo”. 
e) Errado, a lógica dos realitys é o consumo, depois pensa-se em aspectos como capacidade 
informativa. 
Gabarito: B 
(UEG 2019) 
Leia a letra da música a seguir. 
A melhor banda de todos os tempos da última semana 
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Quinze minutos de fama 
Mais uns pros comerciais 
Quinze minutos de fama 
Depois descanse em paz 
O gênio da última hora 
É o idiota do ano seguinte 
O último novo-rico 
É o mais novo pedinte 
A melhor banda de todos os tempos da última semana 
O melhor disco brasileiro de música americana 
O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado 
O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos 
Não importa a contradição 
O que importa é televisão 
Dizem que não há nada a que você não se acostume 
Cala a boca e aumenta o volume então 
As músicas mais pedidas 
Os discos que vendem mais 
As novidades antigas 
Nas páginas dos jornais 
Um idiota em inglês 
Se é idiota, é bem menos que nós 
Um idiota em inglês 
É bem melhor que eu e vocês 
A melhor banda de todos os tempos da última semana 
O melhor disco brasileiro de música americana 
O melhor disco dos últimos anos de sucesso do passado 
O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos 
Não importa a contradição 
O que importa é televisão 
Dizem que não há nada a que você não se acostume 
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Cala a boca e aumenta o volume então 
Os bons meninos de hoje 
Eram os rebeldes da outra estação 
O ilustre desconhecido 
É o novo ídolo do próximo verão. 
TITÃS. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/titas/40320>. Acesso em: 21 mar. 2019. 
A mensagem transmitida pela música aponta para um dos temas fundamentais da sociologia, 
que foi desenvolvido por vários pensadores, entre eles Theodor Adorno e Max Horkheimer. 
Nesse sentido, a mensagem remetea) ao caráter passageiro dos produtos culturais elaborados pela indústria cultural. 
b) à globalização do gosto musical a partir da popularização da televisão nos anos 1970. 
c) à influência da língua inglesa nas composições musicais dos artistas brasileiros. 
d) à modernização da produção musical a partir da reestruturação produtiva. 
e) ao caráter competitivo das relações sociais na sociedade moderna. 
Comentários 
a) A partir de alguns trechos da música, como “não há nada a que você não se acostume”, 
combinando com a ideia geral de transformação da música (e da cultura) em mercadoria, é 
possível perceber que, tal como um produto comum, há certa dinâmica de mercado na 
divulgação (venda) dos produtos culturais. É o nosso gabarito. 
b) A música não fala em gosto musical globalizado. Errado. 
c) Também não há esse elemento nos trechos da música. 
d) Até existe reestruturação produtiva na indústria fonoaudiológica, mas não é um tema 
abordado nesta música dos Titãs. 
e) É possível inferir que alguns trechos da música remetem à competitividade, mas de forma 
específica, no mercado cultural. A alternativa fala de algo mais genérico, competitividade nas 
relações sociais. Além disso, o comando da questão é bem específico ao perguntar sobre 
uma ideia conceitual de autores da Escola de Frankfurt. 
Gabarito: A 
(UEG 2016) 
Para alguns sociólogos e filósofos, a cultura possuiria um valor intrínseco e poderia nos ajudar 
não apenas na fruição de nossa sensibilidade, mas nos levar a uma nova compreensão da 
realidade e de nosso ser e estar no mundo. Com a indústria cultural verifica-se que a cultura 
a) recupera seu valor simbólico, contribuindo para uma nova compreensão da realidade e 
para a emancipação humana. 
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b) perde sua força simbólica e crítica, transformando-se em mero entretenimento que elimina 
a reflexão crítica. 
c) perde seu valor de mercado para tornar-se, graças à tecnologia, um entretenimento 
acessível a toda a população. 
d) deixa de ser um produto de elite e passa a ser acessível a todos os cidadãos, contribuindo 
com sua autonomia. 
e) torna-se mais sofisticada, na medida em que os meios de criação cultural passam a ser 
submetidos ao desenvolvimento tecnológico. 
Comentários 
Essa é uma boa questão para mostrar a importância de você ficar por dentro dos debates 
conceituais e teóricos dos autores. Do contrário, você pode ter dificuldades para resolver. 
Lembre-se de que Benjamin nos fala da “aura” da cultura, da arte. Para Walter Benjamin, a 
arte está envolta em uma “aura”. “Aura” nos remete a uma ideia de originalidade e 
autenticidade. Trata-se de uma ideia próxima ao que está no enunciado da questão: “a 
cultura possuiria um valor intrínseco e poderia nos ajudar não apenas na fruição de nossa 
sensibilidade, mas nos levar a uma nova compreensão da realidade e de nosso ser e estar no 
mundo”. Dessa forma, a pergunta quer que saibamos identificar o oposto dessa 
compreensão mais plena e liberta da arte, ou seja, quer que identificamos o que é indústria 
cultural? Sabemos que o conceito de “indústria cultural” está relacionado à capacidade de 
tornar as pessoas alienadas, portanto, menos crítica. Veja, então que nosso gabarito é a 
alternativa B. Todas as demais alternativas fazem afirmação no sentido oposto. 
Gabarito: B 
 
2.2- INDUSTRIA CULTURAL E CONSUMO 
Já percebemos que a questão da indústria cultural está relacionada com consumo, ou 
melhor, do consumismo, certo? Assim, é importante contextualizarmos melhor o momento e a 
forma como foi possível transformar consumo em consumismo e a relação disso com a 
mercantilização dos bens culturais e simbólicos. Há um momento na história em que esse caminho 
se tornou “sem volta”. Estamos falando do pós 1ª Guerra Mundial! 
O período que segue após a 1ª Guerra e antes da 2ª Guerra Mundial, entre 1919 e 1939, é 
conhecido por “Período entre Guerras”. Foram duas décadas muito densas e tensas. 
O mundo tentava se recuperar de uma guerra sem precedentes. O uso das tecnologias 
desenvolvidas ao longo do século XIX e início do XX causou destruição em massa. A fome nas 
cidades entre a população civil deixou cicatrizes marcadas nas relações sociais e na cultura 
europeias. As luzes da Belle Époque se apagaram, afinal, a guerra não era o lugar que os europeus 
imaginavam chegar. A ideia alimentada havia sido de um povo que chegara no topo máximo da 
civilização; a evolução e o progresso eram a ordem natural das coisas. Mas a realidade da guerra, 
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como dirá Walter Benjamim, emudeceu as antigas vozes loquazes. Leia um trecho do intelectual 
alemão: 
O “frágil e minúsculo corpo humano” se viu no campo minado 
da experiência das trincheiras, no corpo maltrapilho torturado pela fome, nas esperanças 
frustradas em face da frialdade da inflação econômica e no pessimismo diante do cinismo dos 
governantes. Destas experiências indeléveis, o frágil corpo humano ficou privado das 
experiências comunicáveis, os homens que retornavam do front viam no silêncio o virtuosismo –
porquanto a sofreguidão interna era tão profunda que o comunicar-se era inútil. 
Longe se iam, por conseguinte, os tempos nos quais os 
loquazes provérbios ensinavam-nos valores duradouros. Nos tempos sombrios que marcaram o 
início do século XX, um velho moribundo – outrora ancião sapiente – não ousaria comunicar aos 
jovens alguma experiência. O desenvolvimento da técnica, somado com a experiência 
sórdida da guerra, emudecera os homens.4 
 
Mas essa experiência não foi sentida da mesma maneira por todos os países beligerantes. 
Enquanto os países do continente europeu tentavam se reconstruir e se recuperar moral e 
economicamente – uma vez que mais de 50 % de sua capacidade produtiva havia ficado sob ruínas 
– os Estados Unidos da América (EUA) se aproveitavam justamente dessa situação europeia para 
ocupar um espaço na economia mundial e, assim, consolidar-se como nova potencial econômica. 
Nos anos da década de 1920, os EUA detinham 50% de todo ouro que circulava no 
mercado financeiro, bem como, era responsável por quase metade da produção industrial 
mundial. Assim, o pós-guerra para os EUA foi uma época conhecida como “anos felizes”. Nesse 
sentido, o mundo assistia ao início de uma mudança de eixo de poder econômico em direção à 
América. 
Culturalmente, a ousadia científica e artística da Belle Époque dava lugar à entusiasmada 
cultura consumista do “American way of life”. Carros, cigarros, roupas, arranha-céus, autoestradas, 
eletrodomésticos, festas, jogos, Wall-Street... Os EUA pareciam não caber mais no mundo! 
 
4 BENJAMIN, Walter Benjamin. Pobreza e Experiência, 1918. 
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O crescimento industrial proporcionou índices elevados de emprego e a oferta de enorme 
quantidade de mercadoria baixou os preços e elevou a demanda. 
Ainda assim, o americano poderia sonhar romanticamente com o maravilhoso dia que venderia 
suas ações comuns da Westinghouse a um preço fabuloso e viveria em uma casa grande com 
uma frota de carros e brilhando e tomaria sol à vontade nas areias de Palm Beach. E quando ele 
olhava para o futuro do seu país, podia imaginar uma América, não liberta da corrupção, nem do 
crime, nem de guerra nem de controle de Wall Street, nem do ateísmo [...] ele imaginou uma 
América libertar da pobreza e da labuta. Ele viu uma ordem mágica construída sobre a nova 
ciência e a nova prosperidade: estradas repletade milhões e milhões de automóveis, aviões 
escurecendo o céu, as linhas de fio de alta tensão, arranha-céus subindo, grandes cidades 
crescendo em grandes massas geométricas de pedra e concreto rugindo com o tráfego 
perfeitamente mecanizado, com homens e mulheres bem vestidos gastando, gastando , 
gastando o dinheiro que ganhou. 
 
O interessante a observar é que esse crescimento econômico sem precedente consolidou 
um tipo de cultura e comportamento. Estou falando do American way of life – modo de vida 
americano. E esse modo de vida está baseado na acumulação de bens de consumo, vulgo, 
consumismo. 
 
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O consumismo é bastante diferente do consumo. Consumo é absolutamente necessário ao 
ser humano – e a todas as espécies, evidentemente. O consumismo é um tipo cultural e de 
comportamento baseado no consumo desenfreado de mercadorias. Mas esse comportamento 
social foi resultante do modo como a economia se organizou naquele momento. 
E como foi isso Alê? 
A produção estava organizada por meio do FORDISMO/TAYLORISMO. Essa é uma forma 
de organização da produção caracterizada pelo parcelamento bastante específico de cada fase 
do processo produtivo. Além disso, introduz-se uma esteira rolante por onde passa um produto 
que vai aos poucos sendo montado. A velocidade dessa esteira é controlada pelo supervisor de 
produção. A esse conjunto produtivo chamamos de “linha de montagem”. A PADRONIZAÇÃO é 
palavra chave para caracterizar a linha de produção e o produto resultante. Observe nas imagens: 
 
 
 
Observe que todos os carros são iguais: o famoso FORD T. 
Observe a linha de montagem de rodas de carros. 
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Nesse sentido, devido à 
PADRONIZAÇÃO, o resultado foi um 
consumo também padronizado. 
O “legal” era todo mundo ser igual. 
A moda e a propaganda contribuíram para 
influenciar esse modelo de consumo 
padronizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O centro cultural está se tornando uma parte apropriada do shopping center. 
(H. Marcuse) 
Na esteira das elaborações da Escola de Frankfurt, o sociólogo e filósofo Marcuse 
reformulou a ideia marxistas de que a classe trabalhadora estaria no caminho de uma revolução. 
Para ele, o capitalismo conseguiu integrar os trabalhadores ao sistema de modo que aqueles que 
deveriam ser os agentes de uma transformação social (os trabalhadores), na verdade, acabaram 
aceitando a ideia de que é por meio do consumo que se dá a integração social. 
E isso ocorreu, em grande medida, por meio da indústria cultural, pois essa aceitação teria 
ocorrido dentro de um sistema que culturalmente valoriza a individualidade e o consumo. Qual a 
Consumo 
massa
Propaganda 
massa
Produção 
Massa
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contradição? O indivíduo consume aquilo que todos os outros igualmente consomem, ou seja, 
uma outra forma de anular a individualidade. 
Diante dessa abordagem, Marcuse afirma que a sociedade moderna silenciou os 
trabalhadores e os reduziu ao caráter de “clientes” e não mais de cidadãos. 
Ainda segundo este autor, em sociedade industriais avançadas uma espécie de liberdade 
não democrática tende a prevalecer, pois as pessoas estariam sendo manipuladas pelo consumo, 
portanto, por uma falsa liberdade. Essa situação ocorre porque o sistema cria falsas necessidades 
as quais são manipuláveis e estabelecidas por meio da publicidade. 
Essas falsas necessidades não estão baseadas nas necessidades reais (comida, bebida, 
roupas), mas em artificialidades, que são geradas exteriormente aos indivíduos e, em grande 
medida, impossíveis de serem satisfeitas plenamente. 
Conforme Marcuse, “as criaturas se reconhecem em suas mercadorias; encontram sua alma 
em automóveis, sistemas hi-fi, casa com vários andares, utensílios de cozinha”. Nesses termos, as 
coisas da vida que importam ao indivíduo são as de ordem pessoal, individual, e não as coletivas. 
Por isso, os interesses de classe necessários para o marco de uma mudança social coletiva, 
conforme a perspectiva marxista, teriam se perdido, bloqueados. Ou seja, as esperanças da 
rebelião marxista desapareceram. 
Marcuse vai além, ele chega a afirmar que a modernidade aprisionou individuo em uma bolha, 
difícil de se libertar. A cultura e a arte, que durante a história fora utilizada como válvula de 
libertação, não encontra mais seu espaço. 
As diferentes formas de manifestação artística, que davam vazam à alma humana e 
possibilitavam o despertar do sentimento de solidariedade, tornaram-se parte artificial das falsas 
necessidades. Em outras palavras, a arte perdeu a capacidade de inspirar as contestações, pois, 
ela passou a ser parte da mídia de massas ou elementos de decoração. Abordagem, próxima, ao 
que Benjamin afirmou sobre a diminuição da capacidade reflexiva da arte. 
(Estratégia Vestibulares/ 2020/profe. Alê Lopes) 
 
A charge da Mafalda, cujo criador Quino faleceu em 30 de setembro de 2020, apresenta uma 
reflexão da personagem em torno de uma característica da sociedade moderna analisada 
pela teoria crítica. Trata-se da/o 
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a) capacidade de a burguesia utilizar as mídias para controlar a “massa” de acordo com seus 
ideais e suas necessidades. 
b) descompasso entre os anseios da juventude e aquilo que é produzido enquanto cultura. 
c) falência dos meios de comunicação em virtude do crescimento de meios alternativos de 
comunicação, como as redes sociais via smartphone e outros aparelhos. 
d) individualismo exacerbado, já que os jovens se transformaram em sujeitos passivos diante 
dos meios de comunicação de massa. 
e) falta de foco dos programas televisivos, os quais, concedem mais espaço para 
propagandas do que para conteúdo. 
Comentários 
a) correto, pois por meio do processo comunicacional as classes dominantes otimizariam o 
exercício da dominação. O primeiro quadrinho e o último confirmam essa perspectiva. 
b) incorreto, porque a reflexão da Mafalda não indica que não existem programas próprios 
para a juventude, mas sim questiona o fato de, em um primeiro momento, só haver 
propagandas e, depois, o quanto a indústria cultura conhece dos cidadãos-consumidores a 
ponto de conduzir/determinas as preferências de consumo. 
c) atenção, cuidado, a afirmação está errada, pois na época da Escola de Frankfurt – meados 
do século XX – não havia celulares. 
d) incorreto, pois a charge não reflete sobre o individualismo, mas sobre a relação entre 
poder ideológico e capacidade de expansão do consumo capitalista, ou seja, os objetos de 
estudos da teoria crítica que resultaram no termo “indústria cultural”. 
e) de fato, até podemos concordar que há muito espaço dedicado à propaganda, não só nos 
programas televisivos, como, hoje em dia, na rede mundial de computadores e rede sociais. 
Contudo, não é uma preocupação da charge criticar a falta de foco dos programas de TV. 
Gabarito: A 
(UEG 2021.2) 
Leia os trechos da música a seguir. 
3ª do Plural 
(Engenheiros do Hawaii) 
Corrida pra vender cigarro 
Cigarro pra vender remédio 
Remédio pra curar a tosse 
Tossir, cuspir, jogar pra fora 
Corrida pra vender os carros 
Pneu, cerveja e gasolina 
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Cabeça pra usar boné 
E professar a fé de quem patrocina 
Eles querem te vender 
Eles querem te comprar 
Querem te matar (de rir) 
Querem te fazer chorar 
Quem são eles? 
Quem eles pensam que são? 
Quem são eles? 
Quem eles pensam que são? 
[...] 
Satisfação garantida 
Obsolescência programada 
Eles ganham a corrida 
Antes mesmo da largada 
Eles querem te vender 
Eles querem te comprar 
Querem te matar (a sede) 
Eles querem te sedar 
Quem são eles? 
Quem eles pensam que são? 
Quem são eles? 
Quem eles pensam que são? 
[...] 
Composição: Humberto Gessinger. 
Disponível em: https://www.letras.mus.br/engenheiros-do-hawaii/747530/. Acesso em: 04 nov. 2020. 
Os trechos da música “3ª do Plural”, da banda Engenheiros do Hawaii, exprimem uma crítica 
direta a um importante tema da Sociologia, qual seja: 
a) “Modernidade e modernização”, ao expressar uma crítica à velocidade com que as 
interações sociais são desenvolvidas na sociedade moderna. 
b) “Sociedade de consumo e consumismo”, ao expressar uma crítica à publicidade das 
grandes empresas que promove o consumo exacerbado. 
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c) “Ideologia”, ao expressar uma crítica ao uso de bonés de patrocinadores ao invés da 
transmissão de mensagens imparciais. 
d) “Urbanização e evolução das cidades”, ao expressar uma crítica à tecnologia presente em 
carros, pneus, cerveja e gasolina. 
e) “Desigualdade social”, ao expressar uma crítica elitista por meio da pergunta “Quem eles 
pensam que são?”. 
Comentários 
O assunto trazido por esta questão da prova está na Aula 07 - Industria Cultural e Consumo 
do meu curso. 
A letra da música abordar as relações de compra e venda em um sociedade de consumo. 
Veja que há trechos que destacam “vender”, “eles querem te vender”, dentre outros. Um 
verso que exclama a problemática levantada pela música é “Obsolescência programada”, 
que é uma estratégia das empresas para sempre garantirem o “giro” das mercadorias, a 
venda e o consumo. Então, nesse contexto, a alternativa B, que remete à “sociedade de 
consumo e consumismo” é a mais coerente com a crítica desenvolvida pela letra da música. 
Vale destacar que a canção resgata a lógica consumista da sociedade de massas, a qual 
direcionada o processo produtivo para estimular o consumo. 
a) errado, pois não há um crítica à velocidade com que as interações sociais são 
desenvolvidas, apesar de a letra remeter a um determinado tipo de relação social nas 
sociedades modernas, qual seja, as relações de consumo. 
b) é o gabarito, conforme comentado acima. 
c) errado, pois até é possível identificar certa crítica à ideologia, mas não como tema central 
da letra. Além disso, reduzir a problemática da “ideologia” a um crítica ao uso de bonés de 
patrocinadores é simplificar muito a capacidade criativa da banda Engenheiros do Hawaii. 
d) falso, pois não há esta problematização na letra. 
e) falso, pois não há esta problematização na letra. 
Gabarito: B 
2.3- INDÚSTRIA CULTURAL E A POLÍTICA 
Quando se fala em indústria cultural e política, em geral, está-se tratando do uso intenso 
de instrumentos da propaganda por meio de veículos de comunicação de massa e de elementos 
artísticos para construir a imagem de um líder ou de um partido com a finalidade de ganhar adesão 
para determinadas ideias. Essa é uma das características de Estados Totalitários e de Governos 
Populistas. Ambos são fenômenos surgidos nas primeiras décadas do século XX. 
 
 
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Além disso, nos últimos anos, inclusive, fala-se do uso das novas tecnologias e novos meios de 
comunicação, como as redes sociais, como elemento fundamental para definir eleições, ganhar 
adesão da população para programas e ideias políticas, bem como, construir a imagem de novas 
lideranças. Isso está sendo chamado de neopopulismo. Caso exemplar é o do recém-eleito 
Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump. 
No primeiro caso, da construção dos regimes totalitário, a Alemanha Nazista é o principal 
exemplo, porque utilizou profundamente os mecanismos da propaganda de massas para garantir 
disseminar as ideias nazistas e, assim, ganhar a adesão da sociedade ao programa do partido 
nazista. 
 A “sacada”, nos anos de 1920 e 1930, foi descobrir o potencial da propaganda, 
utilizada para vender sonhos de consumo, em mecanismo político de controle das massas. A 
propaganda exerce influência na ordem dos sentimentos e emoções e isso tem grande eficácia. 
Leia esse trecho de Wagner Pinheiro Pereira, especialista em estudos sobre cultura e poder: 
A referência básica da propaganda é a sedução, elemento de ordem emocional de grande 
eficácia na conquista de adesões políticas. Em qualquer governo, a propaganda é 
estratégica para o exercício do poder, mas adquire uma força muito maior naqueles em 
que o Estado, graças à censura ou monopólio dos meios de comunicação, exerce controle 
rigoroso sobre o conteúdo das mensagens, procurando bloquear toda atividade 
espontânea ou contrária à ideologia oficial. Em governos dessa natureza, a propaganda 
política se torna onipresente, atua no sentido de aquecer as sensibilidades e tende a 
provocar paixões, visando assegurar o domínio sobre os corações e mentes das massas5. 
Apesar de a Alemanha ser um modelo icônico, outros governos centralizadores ou 
autoritários também fizeram isso. Em história, vocês estudam nazismo, fascismo, salazarismo, o 
varguismo no Brasil, peronismo na Argentina. Os regimes militares na América Latina, dos anos 
de 1960 e 1970, também usaram profundamente essas estratégias propagandísticas para 
combater seus opositores e garantir apoio da população. 
No Brasil há dois momentos interessantes para entendermos isso: durante o Estado Novo 
de Vargas (1937-1945)” e durante o “Milagre Econômico” do Governo Médici (1968-1973). Nos 
dois casos, o discurso nacionalista foi utilizado como conteúdo fundamental das propagandas de 
manipulação da população. 
2.4- ESTUDOS CULTURAIS E A CRÍTICA À ESCOLA DE FRANKFURT 
Os Estudos culturais começaram a surgir na década de 1960, na Inglaterra. Entre seus 
precursores estavam Raymond Willians, Richard Hoggart e Edward Thompson. 
Esses estudos também foram buscar compreender as relações entre os meios de 
comunicação e a cultura. Além disso, procuraram desenvolver análises e explicações mais 
 
5 ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Londrina, 2005. 
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abrangentes ao relacionar cultura e elementos do poder político, a esfera econômica e os bens 
simbólicos. 
Contudo, há uma diferença que é a base de onde partem para analisar tudo isso: para esses 
estudiosos, a cultura é uma arena de contraposição, tensão, disputas e não apenas de dominação. 
Por isso, seu foco de análise será a cultura popular. Repare, então, que já temos uma diferença 
com a Escola de Frankfurt. 
Nesse sentido, eles diferenciam cultura de massa de cultura popular e erudita, sendo que 
a cultura popular tem um caráter emancipatório porque, de certa maneira, apresenta um sentido 
dotado de resistência às múltiplas formas de dominação econômica e cultural. 
Outra diferença é que os pesquisadores ingleses percebem um papel positivo dos meios 
de comunicação de massas quando estes se ocupam ou se aproximam dos símbolos culturais 
populares: acabam por divulgar a origem popular da cultura. 
Percebe que é uma elaboraçãoque incorpora mais camadas de análise e, assim, podem 
encontrar potencialidades nas relações entre esses 3 tipos culturais? 
Jesús Martin Barbero e Néstor Garcia Canclini, dois intelectuais e grande repercussão na 
América Latina, propõem a ideia de circularidade: uma integração no espaço e no tempo na qual 
ocorrem trocas de influência e padrão estético 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção, esses autores pensaram dessa maneira em contextos 
democráticos, de amplas liberdades civil, liberdade de criação sem a intervenção de medidas 
políticas de censura. 
 
Bem, queridas e queridos alunos, chegamos ao final da nossa aula 
Como em todo assunto de sociologia, leve os conceitos e contextos com você para iluminar a 
interpretação de alguma situação problema colocada na sua prova. 
Cultura
Erudita
MassaPopular
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É isso, fico por aqui. Você segue até a última questão. Aproveita TODAS as QUESTÕES, pois 
fizemos observando cada detalhe para fazer você mentalizar, aprender a responder a questão sem 
escorregar nas artimanhas do examinador. 
Gabaritar Ciências Sociais não é só saber o conteúdo é ser safo para adotar as melhores 
ESTRATEGIAS para responder cada questão! 
Um beijo, um abraço apertado e um suspiro dobrado de amor sem fim! Alê 
 
3. LISTA DE QUESTÕES 
 (ENEM 2018) 
De certo modo o toxicômano diz a verdade sobre nossa condição social atual, quer dizer, 
temos a tendência de tornarmo-nos todos adictos em relação a determinados objetos, cuja 
presença se tornou para nós indispensável. Todas as nossas referências éticas ou morais não 
têm nada de sério diante do toxicômano, porque fundamentalmente somos viciados como 
ele. 
MELMAN, C. Novas formas clínicas no início do terceiro milênio. Porto Alegre: CMC, 2003. 
No trecho, o autor propõe uma analogia entre o vício individual e as práticas de consumo 
sustentada no argumento da 
a) exposição da vida privada. 
b) reinvenção dos valores tradicionais. 
c) dependência das novas tecnologias. 
d) recorrência de transtornos mentais. 
e) banalização de substâncias psicotrópicas. 
 (ENEM 2016) 
 
 
A tirinha compara dois veículos de comunicação, atribuindo destaque à 
a) resistência do campo virtual à adulteração de dados. 
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b) interatividade dos programas de entretenimento abertos. 
c) confiança do telespectador nas notícias veiculadas. 
d) credibilidade das fontes na esfera computacional. 
e) autonomia do internauta na busca de informações. 
 (ENEM 2016) 
 
Analisar o processo atual de circulação e de armazenamento de determinados bens culturais 
diante da transformação decorrente do impacto de novas tecnologias indica que hoje 
a) as músicas e os textos têm privilegiado um formato digital, tornando inadmissível sua 
acumulação. 
b) a rede mundial de computadores acaba com o chamado direito autoral, que é inaplicável 
em relações virtuais. 
c) a segurança e a inclusão digital são problemas, expondo a impossibilidade de realizar um 
comércio feito on-line. 
d) as mídias digitais e a internet permitiram maior fluxo desses produtos, pois seu acúmulo 
independe de grandes bases materiais. 
e) a pirataria é o recurso utilizado pelos consumidores, visto que são impedidos de adquirir 
legalmente algo desprovido de suporte físico. 
 (ENEM 2016) 
Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e 
empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. 
Todos são livres para dançar e para se divertir do mesmo modo que, desde a neutralização 
histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a 
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liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos 
os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa. 
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de 
Janeiro; Zahar, 1985 
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a) 
a) legado social. 
b) patrimônio político. 
c) produto da moralidade. 
d) conquista da humanidade. 
e) ilusão da contemporaneidade 
 (ENEM 2015) 
Falava-se, antes, de autonomia da produção significar que uma empresa, ao assegurar uma 
produção, buscava também manipular a opinião pela via da publicidade. Nesse caso, o fato 
gerador do consumo seria a produção. Mas, atualmente, as empresas hegemônicas 
produzem o consumidor antes mesmo de produzirem os produtos. Um dado essencial do 
entendimento do consumo é que a produção do consumidor, hoje, precede a produção dos 
bens e dos serviços. 
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio 
de Janeiro: Record, 2000 (adaptado). 
O tipo de relação entre produção e consumo discutido no texto pressupõe o(a) 
a) aumento do poder aquisitivo. 
b) estímulo à livre concorrência. 
c) criação de novas necessidades. 
d) formação de grandes estoques. 
e) implantação de linhas de montagem. 
 (ENEM 2014) 
Para o sociólogo Don Slater, as pessoas compram a versão mais cara de um produto não 
porque tem maior valor de uso do que a versão mais barata, mas porque significa status e 
exclusividade; e, claro, esse status provavelmente será indicado pela etiqueta de um designer 
ou de uma loja de departamentos. 
BITTENCOURT, R. Sedução para o consumo. Revista Filosofia, n. 66, ano VI, dez. 2011. 
Os meios de comunicação, utilizados pelas empresas como forma de vender seus produtos, 
fazem parte do cotidiano social e têm por um de seus objetivos induzir as pessoas a um(a) 
a) vida livre de ideologias. 
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 b) pensamento reflexivo e crítico. 
 c) consumo desprovido de modismos. 
 d) atitude consumista massificadora. 
 e) postura despreocupada com estilos. 
 (ENEM 2014) 
 
Alternativas ao tipo de consumo cultural apresentado nas tiras resultariam de 
 a) democratização do acesso a outras esferas de produção cultural. 
 b) emissoras comprometidas com princípios cívicos. 
c) censura moralista diante das informações veiculadas. 
 d) acesso da população aos canais de sinal fechado. 
 e) movimento das Igrejas cristãs em defesa da família. 
 (ENEM 2013) 
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A charge revela uma crítica aos meios de comunicação, em especial à internet, porque 
a) questiona a integração das pessoas nas redes virtuais de relacionamento. 
b) considera as relações sociais como menos importantes que as virtuais. 
c) enaltece a pretensão do homem de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. 
d) descreve com precisão as sociedades humanas no mundo globalizado. 
e) concebe a rede de computadores como o espaço mais eficaz para a construção de relações 
sociais 
 (ENEM 2010) 
A chegada da televisão 
A caixa de pandora tecnológica penetra nos lares e libera suas cabeças falantes, astros, 
novelas, noticiários e as fabulosas, irresistíveis garotas-propaganda, versões modernizadas 
do tradicional homem-sanduíche. 
SEVCENKO, N.(Org). História da Vida Privada no Brasil 3. República: da Belle Époque à Era 
do Rádio. São Paulo: Cia das Letras, 1998. 
A TV, a partir da década de 1950, entrou nos lares brasileiros provocando mudanças 
consideráveis nos hábitos da população. Certos episódios da história brasileira revelaram que 
a TV, especialmente como espaço de ação da imprensa, tornou-se também veículo de 
utilidade pública, a favor da democracia, na medida em que 
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a) amplificou os discursos nacionalistas e autoritários durante o governo Vargas. 
b) revelou para o país casos de corrupção na esfera política de vários governos. 
c) maquiou indicadores sociais negativos durante as décadas de 1970 e 1980. 
d) apoiou, no governo Castelo Branco, as iniciativas de fechamento do parlamento. 
e) corroborou a construção de obras faraônicas durante os governos militares. 
 (ENEM 2010) 
Eu não tenho hoje em dia muito orgulho do Tropicalismo. Foi sem dúvida um modo de 
arrombar a festa, mas arrombar a festa no Brasil é fácil. O Brasil é uma pequena sociedade 
colonial, muito mesquinha, muito fraca. 
VELOSO, C. In: HOLLANDA, H. B.; GONÇALVES, M. A. Cultura e participação nos anos 60. 
São Paulo: Brasiliense, 1995 (adaptado) 
O movimento tropicalista, consagrador de diversos músicos brasileiros, está relacionado 
historicamente 
a) à expansão de novas tecnologias de informação, entre as quais, a Internet, o que facilitou 
imensamente a sua divulgação mundo afora. 
b) ao advento da indústria cultural em associação com um conjunto de reivindicações 
estéticas e políticas durante os anos 1960. 
c) à parceria com a Jovem Guarda, também considerada um movimento nacionalista e de 
crítica política ao regime militar brasileiro. 
c) ao crescimento do movimento estudantil nos anos 1970, do qual os tropicalistas foram 
aliados na crítica ao tradicionalismo dos costumes da sociedade brasileira. 
e) à identificação estética com a Bossa Nova, pois ambos os movimentos tinham raízes na 
incorporação de ritmos norte-americanos, como o blues. 
 (UNESP 2019) 
A sociedade do espetáculo corresponde a uma fase específica da sociedade capitalista, 
quando há uma interdependência entre o processo de acúmulo de capital e o processo de 
acúmulo de imagens. O papel desempenhado pelo marketing, sua onipresença, ilustra 
perfeitamente bem o que Guy Debord quis dizer: das relações interpessoais à política, 
passando pelas manifestações religiosas, tudo está mercantilizado e envolvido por imagens. 
Assim como o conceito de “indústria cultural”, o conceito de “sociedade do espetáculo” faz 
parte de uma postura crítica com relação à sociedade capitalista. São conceitos que 
procuram apontar aquilo que se constitui em entraves para a emancipação humana. 
(Cláudio N. P. Coelho. “Mídia e poder na sociedade do espetáculo”. 
https://revistacult.uol.com.br. Adaptado.) 
Segundo o texto, 
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a) a transformação da cultura em mercadoria é uma característica fundamental desse 
fenômeno social. 
b) a padronização da estética pela sociedade do espetáculo restringe-se ao campo da 
publicidade. 
c) a hegemonia do espetáculo desempenha papel fundamental na formação da autonomia 
do sujeito. 
d) o universo estético de produção das imagens não é determinado pela base material da 
sociedade. 
e) o conceito de sociedade do espetáculo realiza uma reflexão contestadora sobre a indústria 
cultural. 
 (UNESP 2018) 
Texto 1 
O fato de a exposição Queermuseu ter sofrido uma série de retaliações de setores fascistas 
e reacionários do Brasil, conhecidos por suas posições homofóbicas, racistas e classistas, faz 
com que seja importante trazer outras camadas para esse debate. Os ataques à mostra se 
deram não somente na internet, mas também na própria exposição – onde o público visitante 
era constrangido com a presença de manifestantes a favor do fechamento da exposição. 
(Tiago Sant’Ana. “’Queermuseu’: a apropriação que acabou em censura”. Le Monde 
Diplomatique, 18.09.2017. Adaptado.) 
Texto 2 
A diretora Daniela Thomas apresentou seu filme, Vazante, que fala sobre escravidão, no 
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Ela foi duramente questionada no debate a partir 
de questões que não falam de aspectos estéticos propriamente, mas sobre procedimentos 
escolhidos para fazer a obra: “você não incluiu pessoas negras na produção, você não teve 
consultoria de negros para o Roteiro”. Chegou-se a sugerir que Daniela não exibisse o filme 
comercialmente, que ele não fosse colocado nas salas de cinema. A censura está muito 
presente e ela não é só uma vontade ou um movimento que parte do ponto de vista da 
direita, mas também da esquerda. 
(Rodrigo Cássio. “Conversa entre professores: a censura não tem lado”. www.adufg.org.br, 
09.11.2017. Adaptado.) 
A partir da análise dos textos 1 e 2, depreende-se que ambos os acontecimentos 
a) ilustram uma posição exclusivamente conservadora e de direita em relação à arte. 
b) basearam-se em critérios externos ao universo estético. 
c) fundamentaram-se em questões técnicas próprias ao campo das artes. 
d) evidenciam manifestações antiautoritárias e a favor da liberdade. 
e) foram marcados pelo respeito à autonomia estética. 
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 (UNESP 2018) 
A mídia é estética porque o seu poder de convencimento, a sua força de verdade e 
autoridade, passa por categorias do entendimento humano que estão pautadas na 
sensibilidade, e não na racionalidade. A mídia nos influencia por imagens, e não por 
argumentos. Se a propaganda de um carro nos promete o dom da liberdade absoluta e não 
o entrega, a propaganda política não vai ser mais cuidadosa na entrega de suas promessas 
simbólicas, mesmo porque ela se alimenta das mesmas categorias de discurso messiânico 
que a religião, outra grande área de venda de castelos no ar. 
(Francisco Fianco. “O desespero de pensar a política na sociedade do espetáculo”. 
http://revistacult.uol.com.br, 11.01.2017. Adaptado.) 
 Considerando o texto, a integração entre os meios de comunicação de massa e o universo 
da política apresenta como implicação 
a) a redução da discussão política aos padrões da propaganda e do marketing. 
b) a ampliação concreta dos horizontes de liberdade na sociedade de massas. 
c) o fortalecimento das instituições democráticas e dos direitos de cidadania. 
d) o apelo a recursos intelectuais superiores de interpretação da realidade. 
e) a mobilização de recursos simbólicos ampliadores da racionalidade. 
 (UNESP 2016) 
Defendo a liberdade de expressão irrestrita, mesmo depois desse trágico evento em que os 
cartunistas do jornal satírico “Charlie Hebdo” foram mortos, além de outras pessoas em um 
mercado kosher, em Paris. [...] Sou intransigente no que diz respeito à liberdade de expressão 
de cada um: e sou ainda mais intransigente quando matam em nome de Alá, de Maomé, de 
Cristo, de comunismo, de nazismo, de fascismo etc. Caricaturar nunca é crime. Caneta e lápis 
não matam. Exageram, humilham, fazem rir, mas não matam. 
(Gerald Thomas. “as. “Quem ri por último ri melhor”. Folha de S.Paulo, 17.01.2015.) 
O argumento defendido no texto está baseado na 
a) valorização do caráter absoluto de todo tipo de simbologia teológica e religiosa. 
b) primazia de princípios originalmente burgueses e liberais no campo da cultura. 
c) utopia comunista da igualdade econômica e da liberdade de expressão. 
d) depreciação do livre-arbítrio,em favor de uma concepção totalitária de mundo. 
e) defesa intransigente de restrições para o exercício da autonomia de pensamento. 
 (UNESP 2015) 
 Analise as charges. 
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As charges permitem que se faça uma abordagem ao mesmo tempo crítica e irônica dos 
meios de comunicação de massa e da vida nas cidades no período atual. Dentre os assuntos 
que podem ser diretamente associados aos problemas abordados pelas charges estão: 
a) o cumprimento pelos meios de comunicação de seu papel de noticiar o real cotidiano das 
cidades e o fortalecimento da segurança pública em detrimento da privada. 
b) o papel da mídia na propagação da sensação de insegurança junto à população e o 
surgimento de atividades, produtos e serviços vinculados à segurança privada. 
c) a influência restrita dos meios de comunicação sobre o cotidiano das cidades e a produção 
de um novo urbanismo expresso na valorização dos espaços públicos. 
d) a influência passiva da mídia sobre o comportamento e a vida das pessoas nas cidades e 
a regressão de produtos, serviços e atividades ligadas à segurança privada. 
e) a difusão de informações sensacionalistas pela mídia e a intensificação da convivência entre 
pessoas na cidade. 
 (UNESP 2015) 
“A revista Vogue trouxe um ensaio na sua edição kids com meninas extremamente jovens 
em poses sensuais. Eu digo que, enquanto a gente continuar a tratar nossas crianças dessa 
maneira, pedofilia não será um problema individual de um ‘tarado’ hipotético, e sim um 
problema coletivo, de uma sociedade que comercializa sem pudor o corpo de nossas 
meninas e meninos”, afirmou a roteirista Renata Corrêa. Para a jornalista Vivi Whiteman, a 
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moda não é exatamente o mais ético dos mundos e não tem pudores com nenhum tipo de 
sensualidade. “A questão é que, num ensaio de moda feito para vender produtos e 
comportamento, não há espaço para teoria, nem para discussão, nem para aprofundar nada. 
Não é questão de demonizar a revista, mas de fato é o caso de ampliar o debate sobre essa 
questão”. 
(Maíra Kubík Mano. “Vogue Kids faz ensaio com crianças em poses sensuais e pode ser 
acionada pelo MP”. CartaCapital, 11.09.2014. Adaptado.) 
No texto, a pedofilia é abordada 
a) segundo critérios relativistas questionadores da validade de normas absolutas no campo 
da sexualidade. 
b) de acordo com parâmetros jurídicos que atestam a criminalização desse tipo de 
comportamento. 
c) a partir dos imperativos de mercantilização do corpo e da cultura, em detrimento de 
aspectos éticos e morais. 
d) de acordo com critérios patológicos, que tratam esse fenômeno como distúrbio de 
comportamento. 
e) sob um ponto de vista teológico, fundamentado na condenação cristã à sexualidade como 
forma de prazer. 
 (VUNESP/2015) 
Leia o texto a seguir. 
A televisão se tornou ubíqua e está tão arraigada na rotina da vida cotidiana que a maioria 
das pessoas simplesmente a considera uma parte integral da vida social. Assistimos TV, 
falamos sobre programas com amigos e familiares, e organizamos nosso tempo de lazer em 
torno do horário da televisão. A ‘caixa no canto’ fica ligada enquanto estamos fazendo outras 
coisas e parece proporcionar um pano de fundo essencial para a vida que transcorre. 
(Anthony Giddens. Sociologia. 6a Ed. Porto Alegre: Penso, 2012) 
* Ubíqua – que está ou existe ao mesmo tempo em toda parte; onipresente 
Qual o papel da mídia na sociedade contemporânea? 
(A) A mídia transmite informações sobre a sociedade, contribuindo para a redução das 
desigualdades regionais. 
(B) A mídia transmite informações e forja valores comuns; ocupa papel estratégico na 
disseminação do consumismo em nossa sociedade. 
(C) A mídia transmite informações e conhecimentos imparciais e é responsável pela elevação 
cultural da nossa sociedade. 
(D) A mídia contribui para a difusão da cultura local e é responsável pela preservação da 
cultura nacional. 
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(E) A mídia contribui para a difusão de conhecimentos socialmente produzidos e contribui 
para elevação da consciência política da população. 
 (UNESP 2014) 
Os reality shows são hoje para a classe mais abastada e intelectualizada da sociedade o que 
as novelas eram assim que se popularizaram como produto de cultura massificada: sinônimo 
de mau gosto. Com uma maior aceitação das novelas na esfera dos críticos da mídia, o reality 
show segue agora como gênero televisivo mundial, transmitido em horário nobre, e principal 
símbolo da perda de qualidade do conteúdo televisivo na sociedade pós-moderna. Os reality 
shows personificam as novas formas de identificação dos sujeitos nas sociedades pós-
modernas. Programas como o BBB são movidos pelas engrenagens de uma sociedade 
exibicionista e consumista, que se mantém vendendo ao mesmo tempo a proposta de que 
cada um pode sair do anonimato e conquistar facilmente fama e dinheiro. 
(Sávia Lorena B. C. de Sousa. O reality show como objeto de reflexão cultural. 
observatoriodaimprensa.com.br) 
Sobre a relação entre os meios de comunicação de massa e o público consumidor, é correto 
afirmar que: 
a) a qualidade da programação da tv não é condicionada pelas demandas e desejos dos 
consumidores culturais. 
b) o reality show é uma mercadoria cultural relacionada com processos emocionais de seu 
público. 
c) os critérios estéticos independem do nível de autonomia intelectual dos consumidores. 
d) no caso dos reality shows, a televisão estimula a capacidade de fruição estética do público 
consumidor. 
e) os programadores priorizam aspectos formativos relegando o entretenimento a uma 
condição secundária. 
 (UNESP 2014) 
 Não somente os tipos das canções de sucesso, os astros, as novelas ressurgem ciclicamente 
como invariantes fixos, mas o conteúdo específico do espetáculo só varia na aparência. O 
fracasso temporário do herói, que ele sabe suportar como bom esportista que é; a boa 
palmada que a namorada recebe da mão forte do astro, são, como todos os detalhes, clichês 
prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali e completamente definidos pela 
finalidade que lhes cabe no esquema. Desde o começo do filme já se sabe como ele termina, 
quem é recompensado, e, ao escutar a música ligeira, o ouvido treinado é perfeitamente 
capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se 
feliz quando ele tem lugar como previsto. O número médio de palavras é algo em que não 
se pode mexer. Sua produção é administrada por especialistas, e sua pequena diversidade 
permite reparti-las facilmente no escritório. 
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(Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. “A indústria cultural como mistificação das 
massas”. In: Dialética do esclarecimento, 1947. Adaptado. 
O tema abordado pelo texto refere-se 
a) ao conteúdo intelectualmente complexo das produções culturais de massa. 
b) à hegemonia da cultura americana nos meios de comunicação de massa. 
c) ao monopólio da informação e da cultura por ministérios estatais. 
d) ao aspecto positivo da democratização da cultura na sociedade de consumo. 
e) aos procedimentos de transformação da cultura em meio de entretenimento. 
 (UNESP 2013) 
Em um documento rubricado pela RedeGlobal de Academias de Ciência (IAP), um grupo de 
pensadores da comunidade científica com sede em Trieste (Itália) que engloba 105 
academias de todo o mundo alerta pela primeira vez sobre os riscos do consumo nos países 
do Primeiro Mundo e a falta de controle demográfico, principalmente nas nações em 
desenvolvimento. Na declaração da comunidade científica se indica que as pautas de 
consumo exacerbado do Primeiro Mundo estão se deslocando perigosamente para os países 
em desenvolvimento: os milhões de telefones celulares e toneladas de “junk food” que 
invadem os lares pobres são claros indicadores dessa problemática. A ausência nos países 
pobres de políticas de planejamento familiar ou de prevenção de gravidezes precoces acaba 
de configurar um sombrio cenário de superpopulação. “Trata-se de dois problemas 
convergentes que pela primeira vez analisamos de forma conjunta”, afirma García Novo. 
(Francho Barón. El País, 16.06.2012. Adaptado.) 
 Um dos problemas relatados no texto está relacionado com 
a) a supremacia de tendências estatais de controle sobre a economia liberal. 
b) o aumento do nível de pobreza nos países subdesenvolvidos. 
c) a hegemonia do planejamento familiar nos países do Terceiro Mundo. 
d) o declínio dos valores morais e religiosos na era contemporânea. 
e) o irracionalismo das relações de consumo no mundo atual. 
 (UNESP 2012) 
Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conhecimentos, seus modos de vida, seus 
erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais importante é cada nação aspirar a 
integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as 
culturas. A França deve ser considerada em sua história não somente segundo os ideais de 
Liberdade-Igualdade-Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo 
o comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou durante 
séculos a escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e negou suas aspirações 
à emancipação. Há uma barbárie europeia cuja cultura produziu o colonialismo e os 
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totalitarismos fascistas, nazistas, comunistas. Devemos considerar uma cultura não somente 
segundo seus nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob 
esses ideais. 
(Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.) 
No texto citado, o pensador contemporâneo Edgard Morin desenvolve 
a) reflexões elogiosas acerca das consequências do etnocentrismo ocidental sobre outras 
culturas. 
b) um ponto de vista idealista sobre a expansão dos ideais da Revolução Francesa na história. 
c) argumentos que defendem o isolamento como forma de proteção dos valores culturais. 
d) uma reflexão crítica acerca do contato entre a cultura ocidental e outras culturas na 
história. 
e) uma defesa do caráter absoluto dos valores culturais da Revolução Francesa. 
 (UEL 2022) 
Lara Croft é uma personagem bastante popular na cultura contemporânea. Na indústria dos 
games, assim como no universo da propaganda, circulam significados e representações 
sobre diferentes aspectos do mundo social. Entre eles, os corpos femininos cuja objetificação 
é uma estratégia comunicacional muito frequente. 
Com base nos conhecimentos da crítica sociológica sobre a representação dos corpos na 
propaganda, considere as afirmativas a seguir. 
I. As experiências corporais são constitutivas da formação das identidades e, quando 
retratadas pela propaganda de forma homogênea ou estereotipada, podem contribuir para 
os fenômenos de invisibilizar certos grupos ou gerar e reforçar preconceitos. 
II. O conceito de indústria cultural, concebido pelos filósofos que estudaram as propagandas 
e as imagens midiáticas características do capitalismo, refere-se às estratégias de 
objetificação e representação do corpo feminino, presentes na indústria dos games. 
III. O corpo feminino é retratado nas propagandas de games e nos produtos de beleza, de 
modo que seus atributos naturais — perfeição, harmonia e sensualidade — sejam 
destacados, a fim de garantir às mulheres o reconhecimento social e a valorização, pelas 
quais lutam os movimentos de mulheres. 
 IV. Utilizar corpos femininos elegantes, brancos, esbeltos, “perfeitos” em propagandas, é 
uma forma de associar ao produto atributos subjetivos, fazendo com que os consumidores 
se identifiquem com os “benefícios” do produto, estimulando e facilitando o consumo. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
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d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 (UEL 2009) 
De acordo com a crítica à “indústria cultural”, na sociedade capitalista avançada, a produção 
e a reprodução da cultura se realizam sob a égide da padronização e da racionalidade 
técnica. 
No contexto dessa crítica, considerando o fast food como produto cultural, é correto afirmar: 
a) A padronização dos hábitos e valores alimentares obedece aos ditames da lógica material 
da sociedade industrializada. 
b) O consumo dos produtos da indústria do fast food e a satisfação dos novos hábitos 
alimentares contribuem com a emancipação humana. 
c) A homogeneização dos hábitos alimentares reflete a inserção crítica dos indivíduos na 
cultura de massa. 
d) A racionalidade técnica e a padronização dos valores alimentares permitem ampliar as 
condições de liberdade e de autonomia dos cidadãos. 
e) A massificação dos produtos alimentares sob os ditames do mercado corresponde à 
efetiva democratização da sociedade. 
 (UFU 2018) 
 
O futebol tornou-se um espetáculo profissional que atualiza rituais, legitimando e justificando 
o sacrifício de muitos esportistas para uma possível futura profissionalização dos jogadores, 
ao lado, de uma gama de produtos negociáveis, desde os próprios jogadores, passando por 
equipamentos esportivos, transmissões televisivas e até álbuns de figurinhas. 
Os processos de conformação das práticas esportivas do futebol, como apresentado, podem 
ser analisados pela Sociologia a partir do conceito de 
A) Indústria Cultural. 
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B) Movimento Social. 
C) Relativismo Cultural. 
D) Identidade Social. 
 (UFU 2009) 
Com relação à chamada cultura de massas ou à mercantilização da cultura, marque a 
alternativa correta. 
a) Para os autores da teoria crítica, as modernas sociedades industrializadas desenvolvem 
uma produção cultural diversificada, produzida pelas massas. Essa produção tem por 
objetivo a satisfação das necessidades humanas, independentemente da lógica do mercado. 
b) De acordo com a teoria crítica, as sociedades modernas capitalistas têm como 
característica fundamental a produção do valor de troca, o que possibilita a existência de 
uma produção artística e cultural totalmente independente da lógica do mercado. 
c) Segundo os autores da chamada teoria crítica, há uma tendência, na moderna sociedade 
capitalista, de transformar tudo em mercadorias, fazendo com que o critério estético das 
pessoas passe a ser diferente daquele pelo qual as mercadorias são analisadas. Esse outro 
critério é fundado na exterioridade e na lógica de mercado. 
d) De acordo com a teoria crítica, há uma tendência na sociedade moderna capitalista de 
transformar tudo em mercadoria,fazendo com que o critério estético das pessoas passe a 
ser o mesmo das coisas. Esse critério funda-se na exterioridade e na lógica do mercado. 
 (UFU 2008) 
Em matéria veiculada na revista CULT (número 115, julho/2007, pp. 46-48), o sociólogo e 
professor da USP, Laurindo Lalo Leal Filho, assim se manifestou acerca da TV digital no Brasil: 
...vozes que se levantam contra a qualidade do serviço prestado pela televisão são contidas 
sob a alegação de que com a nova tecnologia [TV digital] tudo será diferente [...]. As 
perspectivas não são muito animadoras. Há fortes indícios de que uma tecnologia, como a 
da TV digital, capaz de impulsionar a democratização da oferta televisiva, venha a ser 
apropriada pelos mesmos grupos que sempre controlaram o setor. São empresas operadoras 
de um serviço público atuando estritamente nos limites da lógica comercial, determinada 
pela maximização dos lucros [...]. A diversidade da programação ficará, outra vez, posta de 
lado. 
Considerando esse ponto de vista, marque a alternativa correta. 
A) Nenhuma forma de estruturar a mídia televisiva pode ser democrática, pois as relações 
sociais que a enquadram não podem ser alteradas. 
B) A diversidade da programação televisiva é a expressão da soberania do telespectador, 
consumidor de produtos culturais nessa mídia. 
C) A tecnologia da TV digital democratizará o acesso a um leque mais amplo de abordagens 
e conteúdos, pois essa tecnologia independe das relações sociais nas quais se insere. 
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D) A mercantilização das relações sociais também se expressa no espaço televisivo, que se 
serve, também, de estereótipos para fins econômicos. 
 (UFU 2007) 
Considere a afirmação abaixo e assinale a alternativa que NÃO a completa corretamente. 
O discurso da publicidade reproduz as práticas de uma cultura de consumo, enfatizando o 
poder das marcas e se impondo como um modelo totalitário. A manipulação ideológica de 
noções como beleza, felicidade e a transformação do consumo em condição para a aceitação 
social são indicativos: 
A) da constituição do consumo como um discurso coerente, em que a propaganda se coloca 
como atividade manipuladora de signos. 
B) de um processo de transformação do próprio consumidor em mercadoria, em que o 
objeto-signo é agora sujeito. 
C) da mudança do estatuto do próprio objeto de consumo, que passa a possuir 
singularidade. 
D) de que o consumo, ao criar os sentidos do senso comum de forma hegemônica, fortalece 
as relações sociais. 
 (UENP 2011) 
 
Sobre a cultura de massa, a indústria cultural e a pop art, julgue as afirmativas. 
I. A Pop Art socializou a arte mantendo o engajamento político; em suas obras, o sonho 
americano se dividiu entre promessa e maldição - já que os avanços tecnológicos capazes de 
preencher o mercado com uma série de diferentes produtos também contribuíam para a 
criação de armas e outros objetos que limitavam a liberdade individual. 
II. Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção 
de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração baseadas na 
cultura, visando o lucro e produzindo cultura de massa. 
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III. O grande fato cultural que cerca a televisão é que, a partir dos anos 50, ela passou a 
centralizar os debates sobre a cultura de massa da mesma forma que esses debates eram 
centralizados no cinema nas décadas de 40 e 50, pois quem fala nessas décadas tem como 
referência os anos dourados de Hollywood. 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões): 
a) nenhuma. 
b) apenas II. 
c) todas. 
d) apenas III. 
e) apenas I e III. 
 (UNIOESTE 2017) 
 O ensaio “Indústria Cultural: o esclarecimento como mistificação das massas”, de Theodor 
W. Adorno e Max Horkheimer, publicado originalmente em 1947, é considerado um dos 
textos essenciais do século XX que explicam o fenômeno da cultura de massa e da indústria 
do entretenimento. É uma das várias contribuições para o pensamento contemporâneo do 
Instituto de Pesquisa Social fundado na década de 1920, em Frankfurt, na Alemanha. Um 
ponto decisivo para a compreensão do conceito de “Indústria Cultural” é a questão da 
autonomia do artista em relação ao mercado. 
Assim, sobre o conceito de “Indústria Cultural” é CORRETO afirmar. 
a) A arte não se confunde com mercadoria, e não necessita da mídia e nem de campanhas 
publicitárias para ser divulgada para o público. 
b) Não há uniformização artística, pois, toda cultura de massa se caracteriza por criações 
complexas e diversidade cultural. 
c) A cultura é independente em relação aos mecanismos de reprodução material da 
sociedade. 
d) A obra de arte se identifica com a lógica de reprodução cultural e econômica da 
sociedade. 
e) Um pressuposto básico é que a arte nunca se transforma em artigo de consumo. 
 (UEM 2015) 
No trecho abaixo o sociólogo norte-americano Charles Wright-Mills propõe uma definição 
para o fenômeno social denominado massa: “No extremo oposto, em uma massa, as pessoas 
expressam muito menos opiniões do que as recebem; pois a comunidade de públicos torna-
se uma coletividade abstrata de indivíduos que recebem ideias dos meios de comunicação 
em massa. As comunicações prevalecentes organizam-se de uma tal forma que é difícil, ou 
até impossível, ao indivíduo, replicar imediatamente, ou com qualquer efeito. A 
concretização da opinião em ação é controlada pelas autoridades que organizam canais para 
esse tipo de ação. A massa não tem autonomia frente às instituições; ao contrário, agentes 
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de instituições autorizadas se infiltram nessa massa, reduzindo qualquer autonomia que ela 
possa ter na formação de opinião através da discussão.” 
(WRIGHT-MILLS, C. Sociedade de massa. In FERNANDES, H. R. Wright-Mills. 
Coleção Grandes Cientistas Sociais, São Paulo: Ática, 1985, p.136). 
Considere o texto acima e as teorias sociológicas sobre indústria cultural e consumo em 
massa e assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
01) O controle dos meios de comunicação de massa no Brasil, particularmente das emissoras 
de rádio e de TV, é obtido por meio de concessões públicas. Contudo, esse processo diz 
respeito apenas a um mecanismo burocrático, não havendo necessidade de reflexão 
sociológica sobre as relações entre mídia, sociedade e poder público. 
02) Os fenômenos típicos das chamadas sociedades de massa têm nos meios de 
comunicação um de seus principais protagonistas. 
04) Nas sociedades contemporâneas, a opinião generalizada de que um determinado político 
é honesto ou corrupto ou, ainda, um bom ou mal governante, é fortemente influenciada 
pelos meios de comunicação de massa. 
08) Os intensos conflitos entre opinião pública e meios de comunicação de massa são objeto 
de discussão de várias correntes da sociologia. 
16) As opiniões independentes em relação aos pontos de vista dominantes têm, sobre as 
massas, a mesma influência que aquelas veiculadas pelos grandes meios de comunicação. 
 (UEM 2015) 
 “Tanto técnica quanto economicamente, a publicidade e a indústria cultural se confundem. 
Tanto lá como cá, a mesma coisa aparece em inúmeros lugares, e a repetição mecânica do 
mesmo produto cultural já é a repetição do mesmo slogan propagandístico.” 
(ADORNO, T. e HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio 
de Janeiro: Zahar, 1985, p. 153). 
Considerando acitação e a perspectiva de Adorno e Horkheimer sobre o processo de 
industrialização da cultura, assinale o que for correto: 
01) O conceito de indústria cultural, formulado por Adorno e Horkheimer, se refere ao 
processo de expansão das relações mercantis sobre as mais diversas formas de produção 
dos bens culturais. 
02) Como observam Adorno e Horkheimer, o progresso da publicidade ajuda as pessoas a 
se informarem sobre os melhores produtos culturais e a escolherem livremente o que querem 
comprar. 
04) Para Adorno e Horkheimer, o desenvolvimento da indústria cultural fez com que os 
valores culturais passassem a ser gerados pelo mercado e pelas técnicas publicitárias. 
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08) Segundo Adorno e Horkheimer, o único ramo da indústria cultural que não se corrompeu 
com a lógica capitalista de produção foi o jornalismo, pois não há como manipular uma 
notícia. 
16) O conceito de indústria cultural define, para Adorno e Horkheimer, o conjunto de práticas 
capitalistas de produção e consumo que se expressam no modo como as pessoas se 
relacionam com a cultura. 
 (UEM 2017) 
 “Ver TV é um dos principais deveres do sociólogo. É ali, no mundo tal como ele é visto na 
TV, que a maioria das pessoas passa boa parte de suas vidas e adquire grande parcela de 
seu conhecimento do mundo. O Lebenswelt [mundo em que vivemos], o principal objeto de 
nosso estudo e o principal alvo de nossas mensagens, estaria dolorosamente incompleto 
hoje se fosse privado dos ingredientes fornecidos pela TV on-line. Recusar-se a ver TV 
equivale a dar as costas a uma parte considerável, e ainda em crescimento, da experiência 
humana contemporânea. Essa é uma consideração que deveria orientar e ditar a seleção 
daquilo que os sociólogos devem ver, e não, lamentavelmente, sua estética ou outras 
preferências voltadas para a busca do prazer. Mas quem disse que o trabalho dos sociólogos 
deve ser – está fadado a ser – invariavelmente prazeroso?”. 
BAUMAN, Z. P. Para que serve a sociologia? Diálogos com Michael Hviid Jacobsen e Keith 
Tester. Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 129 e 130. 
A partir do texto acima e de teorias sociológicas sobre mídias, publicidade e consumo, 
assinale o que for correto. 
01) A televisão, em nossa sociedade, está relacionada ao entretenimento, o que anula o 
interesse de qualquer pesquisa objetiva sobre a sociedade a partir de sua observação. 
02) A análise sociológica de telejornais, telenovelas, programação infantil, pode enfocar, por 
exemplo, concepções sobre natureza, educação, feminino, velhice e outros temas 
comunicados a milhares de pessoas. 
04) Pesquisar programas televisivos é algo irrelevante para a sociologia contemporânea 
devido à baixa qualidade da programação. 
08) Considerando o caráter subjetivo da pesquisa sociológica, seus praticantes devem se 
ocupar apenas daquilo que lhes seja agradável. 
16) O papel social da TV como meio de expressão, canal midiático e mediador de publicidade 
e consumo, a torna um fenômeno sociologicamente relevante. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes) 
O comércio soube extrair um bom proveito da interatividade própria do meio tecnológico. 
A possibilidade de se obter um alto desenho do perfil de interesses do usuário, que deverá 
levar às últimas consequências o princípio da oferta como isca para o desejo consumista, foi 
a principal deles. 
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SANTAELLA, L. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São 
Paulo: Paulos, 2003 (adaptado). 
Do ponto de vista das relações sociais de produção, a individualização do produto a partir 
do interesses dos usuários expressa um modelo 
a) de nichos de consumidores 
b) fordista. 
c) taylorista. 
d) da sociedade de massas. 
e) toyotista 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes) 
Do TikTok à imprensa, a espetacularização do Caso Lázaro atrapalha o desfecho da operação 
Policiais, envolvidos diretamente ou não nas buscas por Lázaro Barbosa, estão viralizando 
nas redes sociais com vídeos e posts sobre o criminoso. O caso tem sido usado para aumentar 
significativamente o engajamento dos perfis dos agentes nas redes. Mais um dos sintomas 
negativos da espetacularização em torno do caso. No Tik Tok, uma publicação do perfil Casal 
Policial já foi vista mais de 9 milhões de vezes. O vídeo publicado tem poucos segundos e 
mostra o policial militar, fardado e empunhado uma arma em meio a mata. Na legenda o PM 
diz: “Estamos vivendo dias difíceis, mas tenha fé, não vamos parar até encontrar o Lázaro! 
Obrigado pelo apoio”. A midiatização das buscas por Lázaro também avança em outras 
redes sociais. No Youtube, um vídeo sobre o caso publicado por um Delegado foi visto por 
mais de 2,6 milhões de pessoas. Um policial integrante da equipe de buscas também usou 
as redes sociais para mostrar parte da operação em Goiás. O agente tirou uma selfie logo 
após o resgate de uma família feita de refém por Lázaro. Na publicação, as vítimas aparecem 
deitadas nas pedras de um rio onde foram encontradas na terça-feira 15. A foto também 
viralizou nas redes e foi duramente criticada por internautas. Não foram apenas policiais e 
programas de televisão que se aproveitaram do ‘grande espetáculo’ que se formou em torno 
do caso. De roupa camuflada, armada com um fuzil e a bordo de um helicóptero, uma 
parlamentar federal fez um vídeo em que mostrava sua ‘contribuição’ para o caso. A 
publicação também viralizou nas redes. 
Especialistas avaliam que a conduta de autopromoção usando os símbolos da polícia nas 
redes não condiz com o ofício de um policial. A ação é vedada por lei na maior parte dos 
estados brasileiros, podendo incorrer em crime de improbidade administrativa. “Eu não 
conheço nenhuma polícia no mundo que permita que seus policiais se comportem dessa 
maneira”, destaca o professor da FGV-EAESP e membro do Fórum Brasileiro de Segurança 
Pública, Rafael Alcadipani. A opinião é compartilhada também por Elizeu Soares Lopes, 
ouvidor das polícias do Estado de São Paulo. “A roupa, a farda, a arma do policial têm que 
estar dentro de um propósito, de uma estratégia da ação para que ele de fato esteja 
empenhado. Não se pode fazer uso de instrumentos estatais para autopromoção, seja o 
prédio da polícia, a viatura”, explica o corregedor. 
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(Carta Capital. Sociedade. 25/Jun/2021. Disponível em: 
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-espetacularizacao-do-caso-lazaro-atrapalha-o-desfecho-da-
operacao/. Acesso em: 07/07/2021. Adaptado). 
Diante da problemática apresentada, de acordo com a análise dos especialistas em 
segurança pública é possível afirmar que 
a) a comunicação de agentes de segurança via redes sociais potencializa a coordenação de 
políticas públicas de segurança. 
b) a mobilização de membros do Poder Legislativo na busca pelo criminoso evidencia que a 
segurança pública é dever do Estado e responsabilidade de todos. 
c) a polícia brasileira não está preparada para campanhas via redes sociais, diferentemente 
de outras forças de segurança de países de primeiro mundo. 
d) a espetacularização da temática da violência por meio de ações individuais de agentes de 
segurança pública corrobora para o desvio do papel institucional da segurança pública. 
e) a espetacularização da busca pelo criminoso foi imprescindível para a delimitação da área 
de captura do criminoso. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/ProfessoraAle Lopes) 
A sociedade do espetáculo corresponde a uma fase específica da sociedade capitalista, 
quando há uma interdependência entre o processo de acúmulo de capital e o processo de 
acúmulo de imagens. O papel desempenhado pelo marketing, sua onipresença, ilustra 
perfeitamente bem o que [Guy] Debord quis dizer: das relações interpessoais à política, 
passando pelas manifestações religiosas, tudo está mercantilizado e envolvido por imagens. 
Mas, se a sociedade do espetáculo só pode ser compreendida dentro do contexto da 
sociedade capitalista, isso não quer dizer que só nessa forma de vida social ocorre a produção 
de espetáculos. 
(COELHO, Cláudio Novaes Pinto. Mídia e poder na sociedade do espetáculo . CULT. Dossiê. 
Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/midia-e-poder-na-sociedade-do-espetaculo/. 
Acesso em: 10/06/2021) 
Uma definição mais condizente com as ideias de Guy Debord indica que a sociedade do 
espetáculo 
a) é o poder que as imagens exercem sobre as sociedades contemporâneas. 
b) é a capacidade de massificação do consumo. 
c) é a forma mercadoria veiculada por propagandas que também são mercadorias e, como 
tal, criam relações sociais desconectadas da realidade. 
d) são os efeitos empregados pela publicidade e propaganda para tornar as mercadorias 
mais atrativas. 
e) é o conjunto de relações sociais mediadas por imagens que estão intimamente conectadas 
com as relações de produção e de consumo de mercadorias. 
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 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Alê Lopes) 
Ao longo do século XX, as grandes potências, com destaque para os Estados Unidos, 
promoveram incursões militares em diversas nações subdesenvolvidas. A charge abaixo 
lembra desses conflitos. 
 
No que diz respeito à relação entre operações militares e mercado, pode-se afirmar que a 
charge acima expressa a existência de uma estratégia 
a) de transformar produtos em armas de destruição em massa. 
b) de buscar apoio financeiro privado para custear operações de guerra. 
c) direcionada à ajuda humanitária de combate à fome. 
d) ideológico-cultural com vistas à manutenção da continuidade da dominação com artifícios 
para criar uma sociedade de consumo. 
e) nacional-cooperativa, já que as grandes corporações buscaram estabelecer relações de 
parcerias com governos nacionais após afastarem ameaças comunistas. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes) 
Os reality shows, como o Big Brother, sugerem diversas discussões que atravessam os 
campos das diversas áreas do conhecimento, como psicologia e sociologia. Isso porque, de 
forma temporária, os participantes abrem mão de muitos aspectos de sua intimidade e da 
vida privada. No que diz respeito a uma possível consideração teórica sobre a relação público 
e participantes é correto afirmar que: 
a) a capacidade de vigilância dos indivíduos nos reality shows vai ao encontro dos princípios 
de controle prisional do panopticon, pesquisado por Michel Foucault, porém vai além, já que 
tudo o que se fala também é vigiado, superando o controle dos corpos e movimentos. 
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b) os conflitos em torno das preferências do público remetem a lutas de classes, pois são 
feitos juízos de valor permanentemente dos preconceitos que cada participante expressa. 
c) ao controlar a vida dos participantes, já que é o público quem define a continuidade ou 
não dos participantes, pode-se sugerir uma relação entre patrão e empregados. 
d) na medida em que o público define a permanência nos programas, a ação externa sobre 
os participantes sugere os elementos que compõem um “fato social”. 
e) já que os participantes desses programas se preocupam com a opinião do público – 
agradá-la ou não – a interação sugere a teoria das redes, pois há permanente conexão entre 
os polos. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes) 
Um importante teórico da pós-modernidade é Jean Baudrillard. Ele responsabiliza a mídia 
eletrônica pela destruição da relação humana com seu passado de modo a criar um mundo 
caótico e vazio. Na pós-modernidade, a vida social é, acima de tudo, definida por imagens e 
símbolos. Nosso mundo social teria, segundo Baudrillard, se transformado em um universo 
de “faz de conta”, determinado por um fluxo das imagens. Assim, interagimos com imagens 
e não com pessoas ou lugares reais. 
É uma afirmação que corrobora com o sentido crítico apresentado por Jean Baudrillard: 
a) a pandemia do Coronavirus tornou sem sentido a interação por imagens, já que as pessoas 
reduziram o grau de aglomeração e, portanto, de “selfs”. 
b) a percepção do senso coletivo em torno desse problema tem diminuído o grau de 
interação em redes sociais com o objetivo de as pessoas manter suas memórias ativas. 
c) a sociedade seria cada vez mais individualista, a ponto de as pessoas não interagirem. 
d) o mundo vazio seria aquele em que a sociedade de massas perde sentido. 
e) as redes sociais têm reafirmado o vazio das personalidades, pois há padrões de beleza e 
de consumo que são priorizados tanto por algoritmos quanto pelas preferências individuais. 
3.1 QUESTÕES DESAFIO: DISCURSIVAS 
 (UFPR 2017) 
 Leia os fragmentos abaixo, reproduzidos de Theodor W. Adorno, do livro intitulado A 
indústria cultural: 
Tudo indica que o termo “indústria cultural” foi empregado pela primeira vez no livro 
Dialética do esclarecimento, que Horkheimer e eu publicamos em 1947, em Amsterdã. Em 
nossos esboços, tratava-se do problema da cultura de massa. Abandonamos essa última 
expressão para substituí-la por “indústria cultural”, a fim de excluir de antemão a 
interpretação que agrada aos advogados da coisa; estes pretendem, com efeito, que se trata 
de algo como uma cultura surgindo espontaneamente das próprias massas, em suma, da 
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forma contemporânea da arte popular. Ora, desta arte a indústria cultural se distingue 
radicalmente. (ADORNO, 1986, p. 92). 
[...] As mercadorias culturais da indústria se orientam, como disseram Brecht e Suhrkamp há 
já trinta anos, segundo o princípio de sua comercialização e não segundo seu próprio 
conteúdo e sua figuração adequada. Toda a prática da indústria cultural transfere, sem mais, 
a motivação do lucro às criações espirituais. A partir do momento em que essas mercadorias 
asseguram a vida de seus produtores no mercado, elas já estão contaminadas por essa 
motivação. (ADORNO, 1986, p. 92) 
[...] O que na indústria cultural se apresenta como um progresso, o insistentemente novo que 
ela oferece permanece, em todos os seus ramos, a mudança da indumentária de um sempre 
semelhante; em toda parte a mudança encobre um esqueleto no qual houve tão poucas 
mudanças como na própria motivação do lucro desde que ela ganhou ascendência sobre a 
cultura. (ADORNO, 1986, p. 94) 
[…] A satisfação compensatória que a indústria cultural oferece às pessoas ao despertar nelas 
a sensação confortável de que o mundo está em ordem frustra-as na própria felicidade que 
ela ilusoriamente lhes propicia. O efeito do conjunto da indústria cultural é o de uma 
antidesmistificação, a de um anti-iluminismo; […] Ela impede a formação de indivíduos 
autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente. Mas estes 
constituem, contudo, a condição prévia de uma sociedade democrática, que não poderia 
salvaguardar e desabrochar senão através de homens não tutelados. (ADORNO, 1986, p. 99) 
(ADORNO, Theodor W.A indústria cultural. In: COHN, Gabriel (org.). Adorno, Theodor W. 
São Paulo: Ática, 1986.) 
Com base nesses fragmentos e nos conhecimentos sociológicos, discorra sobre a indústria 
cultural, abordando em seu texto os seguintes aspectos: 
- a razão pela qual Adorno substituiu a expressão “cultura de massa” por “indústria cultural”; 
- de que forma a prática da indústria cultural transfere a motivação do lucro para as criações 
espirituais. 
- o que Adorno quer dizer com a metáfora sobre o progresso da indústria cultural como uma 
indumentária que recobre um esqueleto. 
- a relação entre indústria cultural e democracia na perspectiva de Adorno. 
 
 (UEL 2013) 
Observe a tirinha a seguir. 
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a) Defina Indústria Cultural, de acordo com Adorno e Horkheimer. 
b) Aponte dois elementos na tirinha que remetem à atuação dos meios de comunicação de 
massa. 
 
 
 
4. GABARITO 
 
01- C 
02- E 
03- D 
04- E 
05- C 
06- D 
07- A 
08- A 
09- B 
10- B 
11- A 
12- B 
13- A 
14- B 
15- B 
16- C 
17- B 
18- B 
19- E 
20- E 
21- D 
22- B 
23- A 
24- A 
25- D 
26- D 
27- D 
28- C 
29- D 
30- 14 
31- 21 
32- 18 
33- E 
34- D 
35- E 
36- D 
37- A 
38- E 
39- Discursiva 
40- Discursiva 
 
 
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5. QUESTÕES COMENTADAS 
 (ENEM 2018) 
De certo modo o toxicômano diz a verdade sobre nossa condição social atual, quer dizer, 
temos a tendência de tornarmo-nos todos adictos em relação a determinados objetos, cuja 
presença se tornou para nós indispensável. Todas as nossas referências éticas ou morais não 
têm nada de sério diante do toxicômano, porque fundamentalmente somos viciados como 
ele. 
MELMAN, C. Novas formas clínicas no início do terceiro milênio. Porto Alegre: CMC, 2003. 
No trecho, o autor propõe uma analogia entre o vício individual e as práticas de consumo 
sustentada no argumento da 
a) exposição da vida privada. 
b) reinvenção dos valores tradicionais. 
c) dependência das novas tecnologias. 
d) recorrência de transtornos mentais. 
e) banalização de substâncias psicotrópicas. 
Comentários 
O texto faz referência a objetos considerados indispensáveis para a vida atual ou, pelos 
menos, que já estão completamente inseridos de forma crônica no cotidiano social. 
E eu pergunto: qual é o objeto que você acorda com ele, vai ao banheiro com ele, está com 
ele no ônibus, no metro, no carro, em alguma fila? O celular, claro. 
Assim, combinando esse raciocínio com a ideia do título (“terceiro milênio”), e olhando para 
as alternativas, dá para perceberá que a nova dependência em questão é da tecnologia. 
Vamos à análise das alternativas: 
a) A comparação é com toxicômanos, ou seja, pessoas que são dependentes de produtos 
tóxicos (proibidos ou não). 
b) Não tem relação com o texto. 
c) Pelo comentário, é nosso gabarito. 
d) Fala-se em vício e não em transtornos mentais. 
e) Não é exatamente sobre substâncias que se trata, mas sobre vícios de um modo geral, 
de objetos tecnológicos, inclusive. 
Gabarito: C 
 (ENEM 2016) 
 
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A tirinha compara dois veículos de comunicação, atribuindo destaque à 
a) resistência do campo virtual à adulteração de dados. 
b) interatividade dos programas de entretenimento abertos. 
c) confiança do telespectador nas notícias veiculadas. 
d) credibilidade das fontes na esfera computacional. 
e) autonomia do internauta na busca de informações. 
Comentários 
a) ERRADA – a tirinha não menciona a resistência da internet em adulterar dados. 
b) ERRADA – embora a interatividade na internet seja maior, a tirinha não dá destaque a isso. 
c) ERRADA – a palavra “manipular” sugere que o personagem que a profere não confia nas 
notícias veiculadas. 
d) ERRADA – assim como na alternativa acima, podemos perceber que a tirinha, ao falar sobre 
“manipulação”, não pretende destacar a credibilidade da internet. 
e) CORRETA – por mais que a tirinha apareça como uma crítica à ação dos veículos de 
comunicação, ela sugere que, na internet, a mobilidade do usuário é maior e, por isso, sua 
autonomia seja exercida em certa medida. 
Gabarito: E 
 (ENEM 2016) 
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Analisar o processo atual de circulação e de armazenamento de determinados bens culturais 
diante da transformação decorrente do impacto de novas tecnologias indica que hoje 
a) as músicas e os textos têm privilegiado um formato digital, tornando inadmissível sua 
acumulação. 
b) a rede mundial de computadores acaba com o chamado direito autoral, que é inaplicável 
em relações virtuais. 
c) a segurança e a inclusão digital são problemas, expondo a impossibilidade de realizar um 
comércio feito on-line. 
d) as mídias digitais e a internet permitiram maior fluxo desses produtos, pois seu acúmulo 
independe de grandes bases materiais. 
e) a pirataria é o recurso utilizado pelos consumidores, visto que são impedidos de adquirir 
legalmente algo desprovido de suporte físico. 
Comentários 
a) o erro está em “inadmissível sua acumulação”, pois, por mais que o formato digital seja 
eficiente, isso não significa uma substituição completa. A própria charge indica que há tanto 
o meio físico quanto o digital. 
b) falso, pois os direitos autorais permanecem, de modo que o “direito” também abrange as 
relações online. 
c) errado, não são problemas. Veja que a charge sugere que é possível armazenar mais discos 
por meio do formato digital. 
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d) correto, é o gabarito. Embora a charge tenha tom irônico, ela reflete uma prática que 
ganhou espaço com o tempo. Antes havia o Disco LP e as fitas K7, depois veio o CD, mais 
adiante o pen drive e mp3 e, agora, já é possível fazer armazenamentos em nuvens online. 
e) falso, não está claro que a menina da charge faz uso de pirataria, além de a afirmação 
generalizar. E fato que existe pirataria, mas não são todas as relações que são por meio da 
ilegalidade. 
Gabarito: D 
 (ENEM 2016) 
Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e 
empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. 
Todos são livres para dançar e para se divertir do mesmo modo que, desde a neutralização 
histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a 
liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos 
os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa. 
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de 
Janeiro; Zahar, 1985 
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a) 
a) legado social. 
b) patrimônio político. 
c) produto da moralidade. 
d) conquista da humanidade. 
e) ilusão da contemporaneidade 
Comentários 
Essa questão é bem simples. O texto-base gera todo o subsídio necessário para responde-la. 
A) INCORRETA – essa alternativa é, dentre as incorretas, a que mais se assemelha à correta, 
principalmente pelo que diz a primeira frase do excertotrazido no enunciado. A dúvida que 
surge a partir da relação entre os termos “legado” e “herança” é bem razoável aqui. Mas veja 
que a questão se dirige diretamente à noção de “liberdade de escolha”, e não à noção de 
“indústria cultural”, que é de fato o que assume uma herança segundo o texto. Em se tratando 
de liberdade de escolha, não podemos alegar que isso constitui-se como legado social. 
B) INCORRETA – Adorno e Horkheimer criticam a indústria cultural e tratam seus produtos 
como produtos que enfraquecem os laços sociais e políticos. Nesse sentido, não podemos 
inferir que a “liberdade de escolha” seja concebida por esses autores como um patrimônio. 
C) INCORRETA – em certa medida existe um peso moral nas estratégias de mercado que 
fomentam a liberdade de escolha. Mas esse não é eixo central da crítica de Adorno e 
Horkheimer. 
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D) INCORRETA – o caráter massificador dos projetos da indústria cultural desconecta 
totalmente a liberdade escolha no capitalismo e a ideia de “conquista”. Ao dizer que a 
liberdade de escolha na contemporaneidade é, na verdade, a liberdade para escolher sempre 
a mesma coisa, Adorno e Horkheimer estão se referindo a uma derrota, e não a uma conquista. 
E) CORRETA – o texto-base deixa claro que a liberdade de escolha está relacionada a uma 
grande e completa ilusão. 
Gabarito: E 
 (ENEM 2015) 
Falava-se, antes, de autonomia da produção significar que uma empresa, ao assegurar uma 
produção, buscava também manipular a opinião pela via da publicidade. Nesse caso, o fato 
gerador do consumo seria a produção. Mas, atualmente, as empresas hegemônicas 
produzem o consumidor antes mesmo de produzirem os produtos. Um dado essencial do 
entendimento do consumo é que a produção do consumidor, hoje, precede a produção dos 
bens e dos serviços. 
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio 
de Janeiro: Record, 2000 (adaptado). 
O tipo de relação entre produção e consumo discutido no texto pressupõe o(a) 
a) aumento do poder aquisitivo. 
b) estímulo à livre concorrência. 
c) criação de novas necessidades. 
d) formação de grandes estoques. 
e) implantação de linhas de montagem. 
 Comentários 
Aqui temos outra questão sobre a complexidade da indústria cultural. Interessante que a análise 
do professor Milton Santos indica que há uma antecipação das empresas na medida em que 
elas geram o tipo de consumo, como se já direcionassem os consumidores antes mesmo de um 
produto ser criado. Veja, então, que a relação produção → meios de comunicação/propaganda 
assume um novo patamar, já que, primeiro aparece a propaganda, o despertar do desejo de 
uma futura compra. Um exemplo são os aparelhos smartphone de gerações futuras e 
videogames, os quais começam a ser anunciados, geram expectativas e, quando são lançados, 
filas e mais filas são formadas para a compra. 
a) INCORRETA – O texto em momento algum fala sobre o poder aquisitivo dos consumidores. 
b) INCORRETA – Como as empresas em questão acabam por manipular o gosto dos espectadores, 
a livre concorrência é enfraquecida. Se os gostos e necessidades das pessoas passam a ser 
construídos pelos meios de comunicação, a livre concorrência deixa de fazer sentido, já que ela se 
sustenta sobre a ideia de que ganha mais a empresa que melhor atende as necessidades dos 
clientes. 
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c) CORRETA – O que Milton Santos sugere no texto é que as necessidades de consumo passam a 
ser formuladas pelos veículos de comunicação, que se beneficiam com o patrocínio de empresas 
que anunciam seus produtos para o público certo, manipulado. 
d) INCORRETA – O texto não faz menção a formação de grandes estoques. 
e) INCORRETA – Por mais que o assunto tratado no texto tenha relação com a produção em larga 
escala, o foco do excerto apresentado não é esse. 
Gabarito: C 
 (ENEM 2014) 
Para o sociólogo Don Slater, as pessoas compram a versão mais cara de um produto não 
porque tem maior valor de uso do que a versão mais barata, mas porque significa status e 
exclusividade; e, claro, esse status provavelmente será indicado pela etiqueta de um designer 
ou de uma loja de departamentos. 
BITTENCOURT, R. Sedução para o consumo. Revista Filosofia, n. 66, ano VI, dez. 2011. 
Os meios de comunicação, utilizados pelas empresas como forma de vender seus produtos, 
fazem parte do cotidiano social e têm por um de seus objetivos induzir as pessoas a um(a) 
a) vida livre de ideologias. 
 b) pensamento reflexivo e crítico. 
 c) consumo desprovido de modismos. 
 d) atitude consumista massificadora. 
 e) postura despreocupada com estilos. 
Comentários 
Aqui temos uma questão clássica em torno do debate da indústria cultural, pois a pergunta cobra 
o conhecimento que articula consumo e mídia. Veja, para aumentar o consumo é preciso 
propaganda. 
a) falso, pois os meios de comunicação produzem ideologia. 
b) errado, pois, para a prática do consumismo, o melhor é não ter espaço para crítica. Do contrário, 
corre-se o risco de as pessoas não comprarem. O plano das empresas é vender de modo que o 
consumidor “nem pense”, deixe o instituto dos desejos falar mais alto. 
c) errado, pois é preciso a moda para que haja o impulso para o consumo. 
d) certo, pois as propagandas via meios de comunicação tratam os consumidores como uma 
grande massa em potencial. 
e) errado, pois faz parte do planejamento da indústria cultural pensar no melhor estilo para atingir 
os consumidores. 
Gabarito: D 
 (ENEM 2014) 
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Alternativas ao tipo de consumo cultural apresentado nas tiras resultariam de 
 a) democratização do acesso a outras esferas de produção cultural. 
 b) emissoras comprometidas com princípios cívicos. 
c) censura moralista diante das informações veiculadas. 
 d) acesso da população aos canais de sinal fechado. 
 e) movimento das Igrejas cristãs em defesa da família. 
Comentários 
O centro da tirinha é a crítica ao poder que a mídia televisiva provoca, sendo que, em todos 
os quadrinhos, a TV aparece como co-protagonista, embora não “fale” nada. Para que as 
pessoas saiam dessa lógica aprisionante são necessárias alternativas que compitam com o 
“lazer” proporcionado pela televisão. Garfiled não chega a essa reflexão, ele aceita a 
condição de alienado. Quem quer saber se você conhece uma forma de quebrar o círculo 
vicioso é o examinador. Agora a, não é qualquer alternativa à TV, mas uma que seja 
alternativa “ao tipo de consumo cultural” da TV, conforme o enunciado. 
a) correto, pois aqui temos uma forma alternativa de gerar competitividade com a mídia 
alienante. 
b) não é o compromisso cívico que pode resultar em alternativa, pois mesmo se todas as 
emissoras praticarem o compromisso cívico de forma padronizada haverá um outro tipo de 
alienação. A desalienação em questão necessita de diversidade. 
c) errado, pois, aí, se estaria formando um ambiente autoritário. 
d) errado, pois isso mantém a lógica alienante. 
e) errado, já que essa é uma visão de mundo e, como disso, é preciso pluralidade. 
Gabarito: A 
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 (ENEM 2013) 
 
A charge revela uma crítica aos meios de comunicação, em especial à internet, porque 
a) questiona a integração das pessoasnas redes virtuais de relacionamento. 
b) considera as relações sociais como menos importantes que as virtuais. 
c) enaltece a pretensão do homem de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. 
d) descreve com precisão as sociedades humanas no mundo globalizado. 
e) concebe a rede de computadores como o espaço mais eficaz para a construção de relações 
sociais 
Gabarito: A 
 (ENEM 2010) 
A chegada da televisão 
A caixa de pandora tecnológica penetra nos lares e libera suas cabeças falantes, astros, 
novelas, noticiários e as fabulosas, irresistíveis garotas-propaganda, versões modernizadas 
do tradicional homem-sanduíche. 
SEVCENKO, N. (Org). História da Vida Privada no Brasil 3. República: da Belle Époque à Era 
do Rádio. São Paulo: Cia das Letras, 1998. 
A TV, a partir da década de 1950, entrou nos lares brasileiros provocando mudanças 
consideráveis nos hábitos da população. Certos episódios da história brasileira revelaram que 
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a TV, especialmente como espaço de ação da imprensa, tornou-se também veículo de 
utilidade pública, a favor da democracia, na medida em que 
a) amplificou os discursos nacionalistas e autoritários durante o governo Vargas. 
b) revelou para o país casos de corrupção na esfera política de vários governos. 
c) maquiou indicadores sociais negativos durante as décadas de 1970 e 1980. 
d) apoiou, no governo Castelo Branco, as iniciativas de fechamento do parlamento. 
e) corroborou a construção de obras faraônicas durante os governos militares. 
Gabarito: B 
 (ENEM 2010) 
Eu não tenho hoje em dia muito orgulho do Tropicalismo. Foi sem dúvida um modo de 
arrombar a festa, mas arrombar a festa no Brasil é fácil. O Brasil é uma pequena sociedade 
colonial, muito mesquinha, muito fraca. 
VELOSO, C. In: HOLLANDA, H. B.; GONÇALVES, M. A. Cultura e participação nos anos 60. 
São Paulo: Brasiliense, 1995 (adaptado) 
O movimento tropicalista, consagrador de diversos músicos brasileiros, está relacionado 
historicamente 
a) à expansão de novas tecnologias de informação, entre as quais, a Internet, o que facilitou 
imensamente a sua divulgação mundo afora. 
b) ao advento da indústria cultural em associação com um conjunto de reivindicações 
estéticas e políticas durante os anos 1960. 
c) à parceria com a Jovem Guarda, também considerada um movimento nacionalista e de 
crítica política ao regime militar brasileiro. 
c) ao crescimento do movimento estudantil nos anos 1970, do qual os tropicalistas foram 
aliados na crítica ao tradicionalismo dos costumes da sociedade brasileira. 
e) à identificação estética com a Bossa Nova, pois ambos os movimentos tinham raízes na 
incorporação de ritmos norte-americanos, como o blues. 
Gabarito: B 
 (UNESP 2019) 
A sociedade do espetáculo corresponde a uma fase específica da sociedade capitalista, 
quando há uma interdependência entre o processo de acúmulo de capital e o processo de 
acúmulo de imagens. O papel desempenhado pelo marketing, sua onipresença, ilustra 
perfeitamente bem o que Guy Debord quis dizer: das relações interpessoais à política, 
passando pelas manifestações religiosas, tudo está mercantilizado e envolvido por imagens. 
Assim como o conceito de “indústria cultural”, o conceito de “sociedade do espetáculo” faz 
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parte de uma postura crítica com relação à sociedade capitalista. São conceitos que 
procuram apontar aquilo que se constitui em entraves para a emancipação humana. 
(Cláudio N. P. Coelho. “Mídia e poder na sociedade do espetáculo”. 
https://revistacult.uol.com.br. Adaptado.) 
Segundo o texto, 
a) a transformação da cultura em mercadoria é uma característica fundamental desse 
fenômeno social. 
b) a padronização da estética pela sociedade do espetáculo restringe-se ao campo da 
publicidade. 
c) a hegemonia do espetáculo desempenha papel fundamental na formação da autonomia 
do sujeito. 
d) o universo estético de produção das imagens não é determinado pela base material da 
sociedade. 
e) o conceito de sociedade do espetáculo realiza uma reflexão contestadora sobre a indústria 
cultural. 
Comentários 
a) A noção de sociedade do espetáculo está diretamente relacionada com uma visão marxista 
da sociedade. Por essa lógica, existe, na sociedade capitalista, um processo de coisificação, 
simplificando as relações sociais a meras relações econômicas. Assim, a cultura é um dos 
elementos que é transformado em mercadoria, podendo ser comercializada e produzindo 
lucro para a burguesia. Assim, a letra A é o nosso gabarito. 
b) o erro está na ideia de “restrição” ao campo da publicidade, pois o texto afirma que a 
mercantilização acontece em muitas esferas do campo da vida. 
c) errado, pois a hegemonização do espetáculo provoca a inferiorização dos seres. 
d) falso, pois também o é: as trocas econômicas e os processos produtivos ajudam a 
determinar o tipo de sociedade consumista que se molda. 
e) cuidado, a alternativa sugere que um conceito nega o outro, quando na verdade eles são 
próximos, isto é, possuem o mesmo ponto de partida para a crítica. 
Gabarito: A 
 (UNESP 2018) 
Texto 1 
O fato de a exposição Queermuseu ter sofrido uma série de retaliações de setores fascistas 
e reacionários do Brasil, conhecidos por suas posições homofóbicas, racistas e classistas, faz 
com que seja importante trazer outras camadas para esse debate. Os ataques à mostra se 
deram não somente na internet, mas também na própria exposição – onde o público visitante 
era constrangido com a presença de manifestantes a favor do fechamento da exposição. 
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(Tiago Sant’Ana. “’Queermuseu’: a apropriação que acabou em censura”. Le Monde 
Diplomatique, 18.09.2017. Adaptado.) 
Texto 2 
A diretora Daniela Thomas apresentou seu filme, Vazante, que fala sobre escravidão, no 
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Ela foi duramente questionada no debate a partir 
de questões que não falam de aspectos estéticos propriamente, mas sobre procedimentos 
escolhidos para fazer a obra: “você não incluiu pessoas negras na produção, você não teve 
consultoria de negros para o Roteiro”. Chegou-se a sugerir que Daniela não exibisse o filme 
comercialmente, que ele não fosse colocado nas salas de cinema. A censura está muito 
presente e ela não é só uma vontade ou um movimento que parte do ponto de vista da 
direita, mas também da esquerda. 
(Rodrigo Cássio. “Conversa entre professores: a censura não tem lado”. www.adufg.org.br, 
09.11.2017. Adaptado.) 
A partir da análise dos textos 1 e 2, depreende-se que ambos os acontecimentos 
a) ilustram uma posição exclusivamente conservadora e de direita em relação à arte. 
b) basearam-se em critérios externos ao universo estético. 
c) fundamentaram-se em questões técnicas próprias ao campo das artes. 
d) evidenciam manifestações antiautoritárias e a favor da liberdade. 
e) foram marcados pelo respeito à autonomia estética. 
Comentários 
a) falso, pois os dois textos explicam que há patrulhamento ideológico dos dois lados, da 
esquerda e da direita. 
b) Veja, ambos os acontecimentos revelam uma forma de censura de setores da população 
em relação a objetos artísticos. Isso mostra como os critérios valorativos de obras de arte 
muitas vezes vão além do que se considera tradicionalmente como “arte”, pois revelam 
preconceitos, posições de classe e concepções ideológicas. Assim, de fato, há critérios 
externos ao universoestético para se avaliar (ou “julgar”) tal ou qual manifestação 
artística. 
c) Não foram questões técnicas, mas ideológicas e políticas. 
d) Pelo contrário, as posições demonstram um pensamento autoritário sobre o que se deve 
ser considerado arte ou, no mínimo, o que não se deve ser considerado arte. 
e) Não, pois, conforme comentários da alternava B, os critérios estéticos foram deixados de 
lado. 
Gabarito: B 
 (UNESP 2018) 
A mídia é estética porque o seu poder de convencimento, a sua força de verdade e 
autoridade, passa por categorias do entendimento humano que estão pautadas na 
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sensibilidade, e não na racionalidade. A mídia nos influencia por imagens, e não por 
argumentos. Se a propaganda de um carro nos promete o dom da liberdade absoluta e não 
o entrega, a propaganda política não vai ser mais cuidadosa na entrega de suas promessas 
simbólicas, mesmo porque ela se alimenta das mesmas categorias de discurso messiânico 
que a religião, outra grande área de venda de castelos no ar. 
(Francisco Fianco. “O desespero de pensar a política na sociedade do espetáculo”. 
http://revistacult.uol.com.br, 11.01.2017. Adaptado.) 
 Considerando o texto, a integração entre os meios de comunicação de massa e o universo 
da política apresenta como implicação 
a) a redução da discussão política aos padrões da propaganda e do marketing. 
b) a ampliação concreta dos horizontes de liberdade na sociedade de massas. 
c) o fortalecimento das instituições democráticas e dos direitos de cidadania. 
d) o apelo a recursos intelectuais superiores de interpretação da realidade. 
e) a mobilização de recursos simbólicos ampliadores da racionalidade. 
Comentários 
a) correto, porque o texto afirma que a esfera da política se adequa à estética dos padrões 
de propaganda e marketing. Uma estratégia que seria condizente com o tipo de interesse 
que é despertado em ambientes que dependem da imagem. 
b) errado, primeiro porque a “ampliação concreta dos horizontes de liberdade” é algo muito 
grande para promessas políticas; segundo, o autor exemplifica a relação expectativa e 
realidade a partir do discurso da liberdade e isso não significa uma ampliação real da 
liberdade. Por fim, se a sociedade é de massas, já há um limitador intrínseco à ampla 
liberdade, pois a sociedade de massas, no mínimo, anula possibilidades de liberdade 
individual, quanto mais uma liberdade ampla. 
c) falso, pois essa questão não é abordada no texto, há um destaque para a mídia e os meios 
de comunicação. 
d) errado, pois em nenhum momento há esse argumento. 
e) falso, pois o autor sustenta que o ambiente da propaganda e do marketing dão menos 
espaço para a racionalidade de mais espaço para a sensibilidade. 
Gabarito: A 
 (UNESP 2016) 
Defendo a liberdade de expressão irrestrita, mesmo depois desse trágico evento em que os 
cartunistas do jornal satírico “Charlie Hebdo” foram mortos, além de outras pessoas em um 
mercado kosher, em Paris. [...] Sou intransigente no que diz respeito à liberdade de expressão 
de cada um: e sou ainda mais intransigente quando matam em nome de Alá, de Maomé, de 
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Cristo, de comunismo, de nazismo, de fascismo etc. Caricaturar nunca é crime. Caneta e lápis 
não matam. Exageram, humilham, fazem rir, mas não matam. 
(Gerald Thomas. “as. “Quem ri por último ri melhor”. Folha de S.Paulo, 17.01.2015.) 
O argumento defendido no texto está baseado na 
a) valorização do caráter absoluto de todo tipo de simbologia teológica e religiosa. 
b) primazia de princípios originalmente burgueses e liberais no campo da cultura. 
c) utopia comunista da igualdade econômica e da liberdade de expressão. 
d) depreciação do livre-arbítrio, em favor de uma concepção totalitária de mundo. 
e) defesa intransigente de restrições para o exercício da autonomia de pensamento. 
Comentários 
a) Não, pois o que o autor valoriza de forma mais absoluta é a liberdade de expressão. 
b) Sim, pois a ideia de liberdade, tal como ele defende é a mesma da concepção liberal 
burguesa, isto é, sem restrições, desvinculada de aspectos morais, religiosos, e 
despreocupada com consequências maiores, como a que levou ao massacre ao jornal 
“Charlie Hebdo”. O que ele condena é o abuso religioso e dogmático no combate à 
liberdade. 
c) O texto não tem referências à noção de igualdade econômica, além disso, há uma 
sugestão crítica aos comunistas, os quais também não tolerariam críticas satíricas. 
d) Pelo contrário, o autor valoriza a liberdade e critica a visão totalitária do mundo. 
e) Igualmente errada a afirmação, pois ele prega a mais ampla liberdade. 
Gabarito: B 
 (UNESP 2015) 
 Analise as charges. 
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As charges permitem que se faça uma abordagem ao mesmo tempo crítica e irônica dos 
meios de comunicação de massa e da vida nas cidades no período atual. Dentre os assuntos 
que podem ser diretamente associados aos problemas abordados pelas charges estão: 
a) o cumprimento pelos meios de comunicação de seu papel de noticiar o real cotidiano das 
cidades e o fortalecimento da segurança pública em detrimento da privada. 
b) o papel da mídia na propagação da sensação de insegurança junto à população e o 
surgimento de atividades, produtos e serviços vinculados à segurança privada. 
c) a influência restrita dos meios de comunicação sobre o cotidiano das cidades e a produção 
de um novo urbanismo expresso na valorização dos espaços públicos. 
d) a influência passiva da mídia sobre o comportamento e a vida das pessoas nas cidades e 
a regressão de produtos, serviços e atividades ligadas à segurança privada. 
e) a difusão de informações sensacionalistas pela mídia e a intensificação da convivência entre 
pessoas na cidade. 
Comentários 
a) Falso, pois há uma critica a falta de segurança pública. 
b) A alternativa B é a única correta. A sensação de insegurança da população é construída 
socialmente, sendo reforçada de forma bastante importante pela mídia. Isso acaba por 
gerar um processo de perda do espaço público, em que os cidadãos se refugiam em 
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condomínios e locais vigiados e murados, os produtos e serviços vinculados à segurança 
privada. 
c) Errado, pois os espaços valorizados são os privados: tanto o do condomínio, quanto o da 
casa em si. 
d) A mídia influencia ativamente vida das pessoas, por isso, afirmação errada. 
e) As duas charges indicam uma maior desagregação da vida em sociedade, seja porque a 
TV reafirma isso, seja porque há uma barreira física expressa no condomínio particular. 
Gabarito: B 
 (UNESP 2015) 
“A revista Vogue trouxe um ensaio na sua edição kids com meninas extremamente jovens 
em poses sensuais. Eu digo que, enquanto a gente continuar a tratar nossas crianças dessa 
maneira, pedofilia não será um problema individual de um ‘tarado’ hipotético, e sim um 
problema coletivo, de uma sociedade que comercializa sem pudor o corpo de nossas 
meninas e meninos”, afirmou a roteirista Renata Corrêa. Para a jornalista Vivi Whiteman, a 
moda não é exatamente o mais ético dos mundos e não tem pudores com nenhum tipo de 
sensualidade. “A questão é que, num ensaio de moda feito para vender produtos e 
comportamento, não há espaço para teoria, nempara discussão, nem para aprofundar nada. 
Não é questão de demonizar a revista, mas de fato é o caso de ampliar o debate sobre essa 
questão”. 
(Maíra Kubík Mano. “Vogue Kids faz ensaio com crianças em poses sensuais e pode ser 
acionada pelo MP”. CartaCapital, 11.09.2014. Adaptado.) 
No texto, a pedofilia é abordada 
a) segundo critérios relativistas questionadores da validade de normas absolutas no campo 
da sexualidade. 
b) de acordo com parâmetros jurídicos que atestam a criminalização desse tipo de 
comportamento. 
c) a partir dos imperativos de mercantilização do corpo e da cultura, em detrimento de 
aspectos éticos e morais. 
d) de acordo com critérios patológicos, que tratam esse fenômeno como distúrbio de 
comportamento. 
e) sob um ponto de vista teológico, fundamentado na condenação cristã à sexualidade como 
forma de prazer. 
Comentários 
O texto faz uma crítica à forma como a moda se utiliza do corpo das meninas e dos meninos, 
afirmando que a sua intenção é vender produtos, quase não havendo espaço para reflexão 
ética: “uma sociedade que comercializa sem pudor o corpo de nossas meninas e meninos”. 
Nesse sentido, há uma crítica à mercantilização do corpo a qual degenera aspectos mínimos 
da ética e da moral. Por isso, o gabarito é a C. 
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a) Não há critérios relativistas no texto, pois a autora assume um lado de crítica à forma 
como que as crianças são apresentadas no mundo da moda. 
b) Não há colocações jurídicas em destaque, mas uma crítica à mercantilização do corpo a 
partir de um olhar ético e moral. 
d) aqui no texto a pedofilia é abordada como um problema social e não como um distúrbio 
patológico. 
e) também está errada, pois essa temática da relação entre perspectiva religiosa e pedofilia 
não é abordada no texto. 
Gabarito: C 
 (VUNESP/2015) 
Leia o texto a seguir. 
A televisão se tornou ubíqua e está tão arraigada na rotina da vida cotidiana que a maioria 
das pessoas simplesmente a considera uma parte integral da vida social. Assistimos TV, 
falamos sobre programas com amigos e familiares, e organizamos nosso tempo de lazer em 
torno do horário da televisão. A ‘caixa no canto’ fica ligada enquanto estamos fazendo outras 
coisas e parece proporcionar um pano de fundo essencial para a vida que transcorre. 
(Anthony Giddens. Sociologia. 6a Ed. Porto Alegre: Penso, 2012) 
* Ubíqua – que está ou existe ao mesmo tempo em toda parte; onipresente 
Qual o papel da mídia na sociedade contemporânea? 
(A) A mídia transmite informações sobre a sociedade, contribuindo para a redução das 
desigualdades regionais. 
(B) A mídia transmite informações e forja valores comuns; ocupa papel estratégico na 
disseminação do consumismo em nossa sociedade. 
(C) A mídia transmite informações e conhecimentos imparciais e é responsável pela elevação 
cultural da nossa sociedade. 
(D) A mídia contribui para a difusão da cultura local e é responsável pela preservação da 
cultura nacional. 
(E) A mídia contribui para a difusão de conhecimentos socialmente produzidos e contribui 
para elevação da consciência política da população. 
Comentários 
Na sessão 2.2 de nossa aula vimos o quanto a mídia, como responsável pela sustentação de 
uma cultura consumista, atua promovendo uma espécie de ação política que tem como objetivo 
principal homogeneizar a forma de pensar e de agir. Tendo isso em vista, podemos dizer o 
seguinte sobre cada alternativa: 
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a) ERRADA – como difusora de ideias que preveem homogeneização dos padrões de 
consumo, a mídia não pode ser encarada como instituição que contribui para redução de 
desigualdades; 
b) CORRETA – numa perspectiva crítica, como a que apresentamos na aula, a mídia forja 
valores comuns quase totalmente sintonizados com a lógica do consumo. 
c) ERRADA – a “elevação cultural da sociedade” não pode ser promovida pela mídia. Lembre-
se: é preciso entender que os meios de comunicação, sejam eles jornalísticos ou publicitários, 
não têm outro objetivo a não ser produzir algo que remeta a MASSIFICAÇÃO da cultura na 
sociedade. 
d) ERRADA – a mídia não é responsável pelo movimento de preservação de um modo 
nacional ou regional de pensar e agir. Quando vimos como essa instituição atua articulando 
um patrocínio do American Way of Life, isso fica mais claro. 
e) ERRADA – existe, na mídia, a veiculação de conhecimento socialmente produzido. O 
problema é a que o caráter desse conhecimento é essencialmente trivial, o que corrobora a 
alienação e não a tomada de consciência política. 
Gabarito: B 
 (UNESP 2014) 
Os reality shows são hoje para a classe mais abastada e intelectualizada da sociedade o que 
as novelas eram assim que se popularizaram como produto de cultura massificada: sinônimo 
de mau gosto. Com uma maior aceitação das novelas na esfera dos críticos da mídia, o reality 
show segue agora como gênero televisivo mundial, transmitido em horário nobre, e principal 
símbolo da perda de qualidade do conteúdo televisivo na sociedade pós-moderna. Os reality 
shows personificam as novas formas de identificação dos sujeitos nas sociedades pós-
modernas. Programas como o BBB são movidos pelas engrenagens de uma sociedade 
exibicionista e consumista, que se mantém vendendo ao mesmo tempo a proposta de que 
cada um pode sair do anonimato e conquistar facilmente fama e dinheiro. 
(Sávia Lorena B. C. de Sousa. O reality show como objeto de reflexão cultural. 
observatoriodaimprensa.com.br) 
Sobre a relação entre os meios de comunicação de massa e o público consumidor, é correto 
afirmar que: 
a) a qualidade da programação da tv não é condicionada pelas demandas e desejos dos 
consumidores culturais. 
b) o reality show é uma mercadoria cultural relacionada com processos emocionais de seu 
público. 
c) os critérios estéticos independem do nível de autonomia intelectual dos consumidores. 
d) no caso dos reality shows, a televisão estimula a capacidade de fruição estética do público 
consumidor. 
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e) os programadores priorizam aspectos formativos relegando o entretenimento a uma 
condição secundária. 
Comentários 
Falso, pois o texto deixa claro que há uma identidade entro aquilo que é produzido e os 
consumidores do produto. 
Correto, é nosso gabarito. Pode-se dizer que os reality shows são um produto da indústria 
cultural: são uma mercadoria pasteurizada e padronizada que cria nos indivíduos um prazer 
alienante e conformista com a estrutura social vigente, não contribuindo para a 
transformação social, tampouco para a capacidade crítica da população. É sob essa 
perspectiva que esta alternativa é considerada como correta. Além disso, o trecho abaixo 
evidencia o que é afirmado: “Programas como o BBB são movidos pelas engrenagens de 
uma sociedade exibicionista e consumista, que se mantém vendendo ao mesmo tempo a 
proposta de que cada um pode sair do anonimato e conquistar facilmente fama e dinheiro”; 
Pelo contrário, o tipo de estética do programa é escolhido levando em consideração o tipo 
e consumidor. 
Não, o autor do texto deixa claro que esse tipo de programa expressa um “símbolo da perda 
de qualidade do conteúdo”. 
Errado, a lógica dos realitys é o consumo, depois pensa-se em aspectos como capacidade 
informativa. 
Gabarito: B 
 (UNESP 2014) 
 Não somente os tipos das canções de sucesso, os astros, as novelas ressurgem ciclicamente 
como invariantes fixos, mas o conteúdo específicodo espetáculo só varia na aparência. O 
fracasso temporário do herói, que ele sabe suportar como bom esportista que é; a boa 
palmada que a namorada recebe da mão forte do astro, são, como todos os detalhes, clichês 
prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali e completamente definidos pela 
finalidade que lhes cabe no esquema. Desde o começo do filme já se sabe como ele termina, 
quem é recompensado, e, ao escutar a música ligeira, o ouvido treinado é perfeitamente 
capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se 
feliz quando ele tem lugar como previsto. O número médio de palavras é algo em que não 
se pode mexer. Sua produção é administrada por especialistas, e sua pequena diversidade 
permite reparti-las facilmente no escritório. 
(Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. “A indústria cultural como mistificação das 
massas”. In: Dialética do esclarecimento, 1947. Adaptado. 
O tema abordado pelo texto refere-se 
a) ao conteúdo intelectualmente complexo das produções culturais de massa. 
b) à hegemonia da cultura americana nos meios de comunicação de massa. 
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c) ao monopólio da informação e da cultura por ministérios estatais. 
d) ao aspecto positivo da democratização da cultura na sociedade de consumo. 
e) aos procedimentos de transformação da cultura em meio de entretenimento. 
Comentários 
a) Errado, o texto destaca certa previsibilidade do que as produções culturais de massa 
apresentam, portanto, algo simples. 
b) Não há essa especificação aos EUA no texto. Pode-se entender que a crítica à produção 
de massa é algo comum em vários países. 
c) O texto não faz referência ao monopólio estatal sobre meio de cultura de massa. 
d) Há mais ênfase em aspectos negativos do que positivos. Aliás, esse e um tipo de 
alternativa que você, só por bater o olho nos autores e no tema central “industrial 
cultural”, já sabe que alguma crítica sairá. 
e) Repara que padronizar as produções culturais no sentido de torná-las aprazíveis e 
massificadas é transformar a cultura em mero entretenimento. Adorno e Horkheimer 
desenvolvem o termo indústria cultural para mostrar como esse processo ocorre. 
Gabarito: E 
 (UNESP 2013) 
Em um documento rubricado pela Rede Global de Academias de Ciência (IAP), um grupo de 
pensadores da comunidade científica com sede em Trieste (Itália) que engloba 105 
academias de todo o mundo alerta pela primeira vez sobre os riscos do consumo nos países 
do Primeiro Mundo e a falta de controle demográfico, principalmente nas nações em 
desenvolvimento. Na declaração da comunidade científica se indica que as pautas de 
consumo exacerbado do Primeiro Mundo estão se deslocando perigosamente para os países 
em desenvolvimento: os milhões de telefones celulares e toneladas de “junk food” que 
invadem os lares pobres são claros indicadores dessa problemática. A ausência nos países 
pobres de políticas de planejamento familiar ou de prevenção de gravidezes precoces acaba 
de configurar um sombrio cenário de superpopulação. “Trata-se de dois problemas 
convergentes que pela primeira vez analisamos de forma conjunta”, afirma García Novo. 
(Francho Barón. El País, 16.06.2012. Adaptado.) 
 Um dos problemas relatados no texto está relacionado com 
a) a supremacia de tendências estatais de controle sobre a economia liberal. 
b) o aumento do nível de pobreza nos países subdesenvolvidos. 
c) a hegemonia do planejamento familiar nos países do Terceiro Mundo. 
d) o declínio dos valores morais e religiosos na era contemporânea. 
e) o irracionalismo das relações de consumo no mundo atual. 
Comentários 
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a) errado, porque é o contrário. A ausência de políticas públicas e de planejamento familiar 
orientado por ações estatais faz com que a economia impere e passe a determinar consumo 
e crescimento populacional. 
b) o aumento do nível de pobreza é uma realidade em países subdesenvolvidos, mas, repare, 
é uma das consequências da lógica de consumo capitalista. Então, essa afirmação foge ao 
problema principal apresentado no texto do enunciado, qual seja, o das relações de 
consumo. 
c) errado, pois há falta de planejamento. 
d) errado, pois não é abordada essa questão no texto do enunciado. 
e) é o nosso gabarito, pois a afirmação vai na “ferida” e sintetiza na ideia de irracionalidade 
a falta de planejamento e de políticas. É uma alternativa mais abrangente do que a b), por 
exemplo, e dá conta de emitir uma opinião coerente com os argumentos do trecho do texto. 
Gabarito: E 
 (UNESP 2012) 
Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conhecimentos, seus modos de vida, seus 
erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais importante é cada nação aspirar a 
integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as 
culturas. A França deve ser considerada em sua história não somente segundo os ideais de 
Liberdade-Igualdade-Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo 
o comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou durante 
séculos a escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e negou suas aspirações 
à emancipação. Há uma barbárie europeia cuja cultura produziu o colonialismo e os 
totalitarismos fascistas, nazistas, comunistas. Devemos considerar uma cultura não somente 
segundo seus nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob 
esses ideais. 
(Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.) 
No texto citado, o pensador contemporâneo Edgard Morin desenvolve 
a) reflexões elogiosas acerca das consequências do etnocentrismo ocidental sobre outras 
culturas. 
b) um ponto de vista idealista sobre a expansão dos ideais da Revolução Francesa na história. 
c) argumentos que defendem o isolamento como forma de proteção dos valores culturais. 
d) uma reflexão crítica acerca do contato entre a cultura ocidental e outras culturas na 
história. 
e) uma defesa do caráter absoluto dos valores culturais da Revolução Francesa. 
Comentários 
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A chave para responder a esta questão é o trecho: “Devemos considerar uma cultura não 
somente segundo seus nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua 
barbárie sob esses ideais”. 
a) O autor não faz reflexões elogiosas, mas críticas, pois o pensamento europeu foi capaz 
de produzir grandes atrocidades. 
b) Não é idealista na medida em que o autor expõe tanto o lado ideal, de fato, da liberdade, 
igualdade e fraternidade, quanto o comportamento escravocrata, colonialista e menor 
das sociedades europeias. 
c) Não é isso que o autor aborda nesse trecho, ele faz uma referência à forma de 
entendimento mais geral das culturas e defende que cada nação deve se buscar nas 
demais aquilo que de melhor é cada uma possui: “simbiose do melhor de todas as 
culturas”. 
d) Morin propõe uma análise crítica das culturas contemporâneas. Segundo ele, elas não 
devem ser analisadas somente por seus valores, mas também por aquilo que produziram 
e pelas barbáries que permitiram. É a partir dessa análise que cada nação deve buscar 
integrar aquilo que as outras possuem de melhor. É o nosso gabarito. 
e) Na medida em que E. Morin propõe mesclas entre as culturas, nota-se que há uma 
sugestão para que elas não sejam absolutizadas a fim de se evitar construções autoritárias 
de pensamento social. 
Gabarito: D(UEL 2022) 
Lara Croft é uma personagem bastante popular na cultura contemporânea. Na indústria dos 
games, assim como no universo da propaganda, circulam significados e representações 
sobre diferentes aspectos do mundo social. Entre eles, os corpos femininos cuja objetificação 
é uma estratégia comunicacional muito frequente. 
Com base nos conhecimentos da crítica sociológica sobre a representação dos corpos na 
propaganda, considere as afirmativas a seguir. 
I. As experiências corporais são constitutivas da formação das identidades e, quando 
retratadas pela propaganda de forma homogênea ou estereotipada, podem contribuir para 
os fenômenos de invisibilizar certos grupos ou gerar e reforçar preconceitos. 
II. O conceito de indústria cultural, concebido pelos filósofos que estudaram as propagandas 
e as imagens midiáticas características do capitalismo, refere-se às estratégias de 
objetificação e representação do corpo feminino, presentes na indústria dos games. 
III. O corpo feminino é retratado nas propagandas de games e nos produtos de beleza, de 
modo que seus atributos naturais — perfeição, harmonia e sensualidade — sejam 
destacados, a fim de garantir às mulheres o reconhecimento social e a valorização, pelas 
quais lutam os movimentos de mulheres. 
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 IV. Utilizar corpos femininos elegantes, brancos, esbeltos, “perfeitos” em propagandas, é 
uma forma de associar ao produto atributos subjetivos, fazendo com que os consumidores 
se identifiquem com os “benefícios” do produto, estimulando e facilitando o consumo. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
Comentários 
I – correto, pois se constrói um padrão do que é “belo”, “aceitável” e “consumível”. 
II – errado, pois o conceito foi formulado dentro da crítica à sociedade de consumo, o que 
pode incluir a objetificação e representação do corpo feminino, sem dúvidas. Mas, veja, as 
elaborações dos teóricos da Escola de Frankfurt são mais amplas. 
III – falso, pois o destaque é para um tipo de padrão de corpo e beleza construído por meio 
da sensualização do feminino, elemento desconectado dos movimentos das mulheres. 
IV – correto, pois tais características refletem um padrão cultural dominante, marcado pela 
cultura branca ocidental. 
Gabarito: B 
 (UEL 2009) 
De acordo com a crítica à “indústria cultural”, na sociedade capitalista avançada, a produção 
e a reprodução da cultura se realizam sob a égide da padronização e da racionalidade 
técnica. 
No contexto dessa crítica, considerando o fast food como produto cultural, é correto afirmar: 
a) A padronização dos hábitos e valores alimentares obedece aos ditames da lógica material 
da sociedade industrializada. 
b) O consumo dos produtos da indústria do fast food e a satisfação dos novos hábitos 
alimentares contribuem com a emancipação humana. 
c) A homogeneização dos hábitos alimentares reflete a inserção crítica dos indivíduos na 
cultura de massa. 
d) A racionalidade técnica e a padronização dos valores alimentares permitem ampliar as 
condições de liberdade e de autonomia dos cidadãos. 
e) A massificação dos produtos alimentares sob os ditames do mercado corresponde à 
efetiva democratização da sociedade. 
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Comentários 
 a) Essa é o nosso gabarito. Tenha sempre em mente a relação entre indústria cultural e 
massificação proposta pelos críticos da Escola de Frankfurt. Se a comida é produzida com rapidez 
e precisa ser vendida em larga escala, a propagação de valores que condicionam o consumo 
dessa comida está necessariamente conectada com a lógica da produção industrial. 
b) Tendo em vista o caráter homogeneizador e massificador dos investimentos da indústria fast 
food, fica impossível imaginar que hábitos alimentares produzidos a partir do consumo dos 
produtos dessa indústria reflitam algo parecido com emancipação. 
c) A contradição aqui está na ideia de que, em alguma medida, homogeneização e a inserção 
crítica possam atuar produzindo as mesmas coisas. 
d) vimos em nossa aula que a racionalidade técnica e a padronização de valores estiveram sempre 
ligadas à acentuação da alienação e do aprisionamento dos cidadãos, e não o contrário, como 
sugere essa alternativa. 
e) se olharmos para a distribuição de produtos e a encararmos como algo inserido num contexto 
de massificação, não podemos inferir que exista aí um modelo que promova democracia. 
Gabarito: A 
 (UFU 2018) 
 
O futebol tornou-se um espetáculo profissional que atualiza rituais, legitimando e justificando 
o sacrifício de muitos esportistas para uma possível futura profissionalização dos jogadores, 
ao lado, de uma gama de produtos negociáveis, desde os próprios jogadores, passando por 
equipamentos esportivos, transmissões televisivas e até álbuns de figurinhas. 
Os processos de conformação das práticas esportivas do futebol, como apresentado, podem 
ser analisados pela Sociologia a partir do conceito de 
A) Indústria Cultural. 
B) Movimento Social. 
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C) Relativismo Cultural. 
D) Identidade Social. 
Comentários 
 Até o esporte se tornou em uma mercadoria no contexto da complexização da sociedade 
capitalista. Para além de mera manifestação cultural e popular, o futebol passou a ser visto 
como fonte de riqueza. Trata-se, portanto, da aplicação do esvaziamento do significado 
original dessa atividade futebolística. Assim, a lógica que foi empregada aqui é a mesma que 
foi empregada para a cultura em geral quando sob análise dos críticos da cultura. Portanto, 
a condição do futebol hoje é próxima ao conceito de Industria Cultural. 
Indústria cultural foi um conceito criado por Theodor Adorno e Max Horkheimer em seu 
livro “A dialética do esclarecimento”, de 1947. Contextualmente, foi escrito sob o impacto das 
consequências que o nazismo produziu no mundo. 
 Esse conceito foi mais preciso e desenvolvido que o de “cultura de massas”. Uma 
especificidade importante da ideia de indústria cultural é revelar a dimensão econômica dos meios 
de comunicação, bem como dos conteúdos artísticos-culturais. Ou seja, a produção da arte, da 
cultura e da comunicação passaram a visar o lucro. Para tanto, foram assimiladas como 
entretenimento. 
Tal como qualquer indústria, a indústria-cultural produz mercadorias. Contudo trata-se de 
uma mercadoria específica: bens simbólicos no qual a imagem é o principal elemento 
comunicador. Produzidos de forma seriada e tecnológica têm a finalidade de satisfazer as 
necessidades de entretenimento, ilusão e emoção. 
Gabarito: A 
 (UFU 2009) 
Com relação à chamada cultura de massas ou à mercantilização da cultura, marque a 
alternativa correta. 
a) Para os autores da teoria crítica, as modernas sociedades industrializadas desenvolvem 
uma produção cultural diversificada, produzida pelas massas. Essa produção tem por 
objetivo a satisfação das necessidades humanas, independentemente da lógica do mercado. 
b) De acordo com a teoria crítica, as sociedades modernas capitalistas têm como 
característica fundamental a produção do valor de troca, o que possibilita a existência de 
uma produção artística e cultural totalmente independente da lógica do mercado. 
c) Segundo osautores da chamada teoria crítica, há uma tendência, na moderna sociedade 
capitalista, de transformar tudo em mercadorias, fazendo com que o critério estético das 
pessoas passe a ser diferente daquele pelo qual as mercadorias são analisadas. Esse outro 
critério é fundado na exterioridade e na lógica de mercado. 
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d) De acordo com a teoria crítica, há uma tendência na sociedade moderna capitalista de 
transformar tudo em mercadoria, fazendo com que o critério estético das pessoas passe a 
ser o mesmo das coisas. Esse critério funda-se na exterioridade e na lógica do mercado. 
Comentários 
Essa questão parece muito difícil, pois requer do candidato um conhecimento que seja 
específico ao ponto de caracterizar apenas um elemento presente nas alternativas: o critério 
estético dos consumidores. 
As coisas se tornam mais fáceis, porém, quando vemos o que foi problematizado na aula, 
especificamente nas sessões 2 e 2.1. Lá, percebemos que a relação entre produção e 
consumo no capitalismo acaba condicionando critérios estéticos. 
Vamos analisar cada uma das alternativas? 
a) Tem uma pegadinha nessa alternativa. Ela trata a massificação não como produto, mas 
como produtora na indústria cultural. Veja que a alusão feita à massificação está ligada ao 
fato de a massa produzir e, por isso, diversificar os bens de consumo. Não é isso que os 
filósofos da Teoria Crítica dizem. Para eles, buscando a satisfação do mercado capitalista 
industrializado, a produção tem por objetivo massificar os modos de ver o e agir sobre o 
mundo. 
b) Como também observamos em nossa aula, a arte e os bens produzidos nesse campo são 
cooptados pelo mercado na sociedade capitalista. Por isso essa alternativa está INCORRETA. 
c) Essa alternativa e a próxima formam o problema central dessa questão. A alternativa C diz 
que a sociedade capitalista acaba “fazendo com que o critério estético das pessoas passe a 
ser diferente daquele pelo qual as mercadorias são analisadas”. Agora você precisa recorrer 
ao que há de mais básico nessa aula: a ideia de que a indústria cultural capitalista 
homogeneíza os gostos e os hábitos de consumo. Assim sendo, como poderíamos imaginar 
que o critério estético das pessoas suplanta o critério estético empregado na produção da 
mercadoria? Já pensou se a indústria tivesse que se submeter ao que cada indivíduo pensa 
sobre o que é aprazível ou não? Ela simplesmente não conseguiria produzir nada em larga 
escala, se tornando, assim, inviável. É por isso que essa alternativa está INCORRETA. 
d) Bom, se virou consenso a ideia de que a indústria cultural precisa homogeneizar gostos 
para se tornar viável, é totalmente plausível que imaginemos que as mercadorias por essa 
indústria produzidas cumpram o papel de condicionar os critérios estéticos das pessoas A 
PARTIR dos critérios estéticos dos bens de consumo. Essa alternativa está CORRETA. 
Gabarito: D 
 (UFU 2008) 
Em matéria veiculada na revista CULT (número 115, julho/2007, pp. 46-48), o sociólogo e 
professor da USP, Laurindo Lalo Leal Filho, assim se manifestou acerca da TV digital no Brasil: 
...vozes que se levantam contra a qualidade do serviço prestado pela televisão são contidas 
sob a alegação de que com a nova tecnologia [TV digital] tudo será diferente [...]. As 
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perspectivas não são muito animadoras. Há fortes indícios de que uma tecnologia, como a 
da TV digital, capaz de impulsionar a democratização da oferta televisiva, venha a ser 
apropriada pelos mesmos grupos que sempre controlaram o setor. São empresas operadoras 
de um serviço público atuando estritamente nos limites da lógica comercial, determinada 
pela maximização dos lucros [...]. A diversidade da programação ficará, outra vez, posta de 
lado. 
Considerando esse ponto de vista, marque a alternativa correta. 
A) Nenhuma forma de estruturar a mídia televisiva pode ser democrática, pois as relações 
sociais que a enquadram não podem ser alteradas. 
B) A diversidade da programação televisiva é a expressão da soberania do telespectador, 
consumidor de produtos culturais nessa mídia. 
C) A tecnologia da TV digital democratizará o acesso a um leque mais amplo de abordagens 
e conteúdos, pois essa tecnologia independe das relações sociais nas quais se insere. 
D) A mercantilização das relações sociais também se expressa no espaço televisivo, que se 
serve, também, de estereótipos para fins econômicos. 
Comentários 
a) falso, pois não é o que o texto afirma. A rigor a mídia passa por processos de reformas e 
há enquadramentos legais que buscam a democratização dos meios de comunicação. 
b) falso, pois as empresas midiáticas são capazes de determinar comportamento. 
c) errado, pois há influência significativa do meio social em que a mídia está inserida. 
d) correto, afinal a TV é uma empresa capitalista. 
Gabarito: D 
 (UFU 2007) 
Considere a afirmação abaixo e assinale a alternativa que NÃO a completa corretamente. 
O discurso da publicidade reproduz as práticas de uma cultura de consumo, enfatizando o 
poder das marcas e se impondo como um modelo totalitário. A manipulação ideológica de 
noções como beleza, felicidade e a transformação do consumo em condição para a aceitação 
social são indicativos: 
A) da constituição do consumo como um discurso coerente, em que a propaganda se coloca 
como atividade manipuladora de signos. 
B) de um processo de transformação do próprio consumidor em mercadoria, em que o 
objeto-signo é agora sujeito. 
C) da mudança do estatuto do próprio objeto de consumo, que passa a possuir 
singularidade. 
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D) de que o consumo, ao criar os sentidos do senso comum de forma hegemônica, fortalece 
as relações sociais. 
Comentários 
a) correto, pois é parte da estratégia de venda e do convencimento do consumidor lhe 
apresentar algo que faça sentido para sua vida – valor de uso, nos dizeres marxistas. 
b) correto e aqui temos algo um pouco mais complexo, pois há uma sugestão de que o 
consumidor acaba com dois papeis: um subjetivo, isto é, como comprador; outro, objetivo, 
isto é, o comprador como mercadoria. Se pensarmos no debate atual da Lei Geral de 
Proteção de Dados, veremos que os dados que os consumidores fornecem para o mercado, 
os quais refletem a personalidade do consumidor, acabam sendo transformados em 
mercadoria. 
c) sim, pois uma das metas das empresas, até para reforçar o sentido coerente do 
atendimento ao cliente, é “customizar” serviços e produtos. 
d) errado, pois na economia atual, mais globalizada, sob efeitos do modo de produção 
toyotista o principal objetivo é atender às demandas específicas dos consumidores. Assim, 
há diferentes “sensos comuns” quando falamos em gostos e preferências. Além disso, não é 
dado que o senso comum fortalece as relações sociais, pois se é senso comum, é passível de 
fragilidade quando confrontado. 
Gabarito: D 
 (UENP 2011) 
 
Sobre a cultura de massa, a indústria cultural e a pop art, julgue as afirmativas. 
I. A Pop Art socializou a arte mantendo o engajamento político; em suas obras, o sonho 
americano se dividiu entre promessa e maldição - já que os avanços tecnológicos capazes de 
preencher o mercado com uma série de diferentes produtos também contribuíam para a 
criação de armas e outros objetos que limitavam a liberdade individual. 
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II. Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção 
de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração baseadas na 
cultura, visando o lucro e produzindo cultura de massa. 
III. O grande fato cultural que cerca a televisão é que, a partir dos anos 50, ela passou a 
centralizar os debates sobre a cultura de massa da mesma forma que esses debates eram 
centralizados no cinema nas décadas de 40 e 50, pois quem fala nessas décadas tem como 
referência os anos dourados de Hollywood. 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões): 
a) nenhuma. 
b) apenas II. 
c) todas. 
d) apenas III. 
e) apenas I e III. 
Comentários 
Afirmação I – CORRETA – a Pop Art surgiu como um modelo de contestação na medida em 
que propunha uma ressignificação da arte clássica através da edição de grandes obras, 
alterando cores, formas e sentidos. Ao mesmo tempo, esse modelo ficou conhecido por 
atrair a atenção do público para noções que questionavam o caráter bélico e imperialista da 
sociedade estadunidense. Veja alguns exemplos disso abaixo, nas obras Live Ammo, Blam, 
Brattata e Mr. Bellamy, de Roy Lichtenstein. 
 
Afirmação II – CORRETA – essa afirmação pode ser considerada como uma síntese de tudo 
o que vimos sobre indústria cultural em nossa aula. 
Afirmação III – CORRETA – vimos lá na primeira sessão da aula como o cinema esteve no 
centro do debate sobre a indústria cultural na primeira metade do século XX. Vimos também 
como a Televisão passou a ser o grande instrumento de veiculação de cultura de massas a 
partir dos anos 1950. 
Gabarito: C 
 (UNIOESTE 2017) 
 O ensaio “Indústria Cultural: o esclarecimento como mistificação das massas”, de Theodor 
W. Adorno e Max Horkheimer, publicado originalmente em 1947, é considerado um dos 
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textos essenciais do século XX que explicam o fenômeno da cultura de massa e da indústria 
do entretenimento. É uma das várias contribuições para o pensamento contemporâneo do 
Instituto de Pesquisa Social fundado na década de 1920, em Frankfurt, na Alemanha. Um 
ponto decisivo para a compreensão do conceito de “Indústria Cultural” é a questão da 
autonomia do artista em relação ao mercado. 
Assim, sobre o conceito de “Indústria Cultural” é CORRETO afirmar. 
a) A arte não se confunde com mercadoria, e não necessita da mídia e nem de campanhas 
publicitárias para ser divulgada para o público. 
b) Não há uniformização artística, pois, toda cultura de massa se caracteriza por criações 
complexas e diversidade cultural. 
c) A cultura é independente em relação aos mecanismos de reprodução material da 
sociedade. 
d) A obra de arte se identifica com a lógica de reprodução cultural e econômica da 
sociedade. 
e) Um pressuposto básico é que a arte nunca se transforma em artigo de consumo. 
 Comentários 
 
A) FALSO – para os filósofos da Escola de Frankfurt, um dos mais sérios problemas da indústria cultural é o 
que remete à absorção da arte pelo mercado capitalista. A música, o cinema, a literatura se transformaram, 
segundo esses pensadores, em produtos, tal como um automóvel exposto no pátio de uma concessionária. 
 
B) FALSO – como um dos papeis principais da indústria cultural é o de massificar o gosto e o critério estético 
das pessoas, isso acaba incidindo sobre as produções artísticas, que também estão sob a tutela da 
propaganda veiculada nos grandes meios de comunicação. 
 
C) FALSO – no capitalismo, de acordo com o que pensa a Escola de Frankfurt, a cultura está imbricada com a 
produção de mercadorias. Isso quer dizer que os hábitos, os costumes e os valores da sociedade se adequam 
às expectativas de lucro do mercado. 
 
D) VERDADEIRO – a arte passou a ser incluída nos projetos da indústria cultural no século XX segundo os 
teóricos da Escola de Frankfurt. 
 
E) FALSO – os filósofos frankfurtianos sempre abordaram a arte como mais um elemento absorvido pela 
indústria cultural, passando, por isso, de uma esfera caracterizada pela efusão espiritual para uma esfera 
caracterizada pelo entretenimento. 
 
Gabarito: D 
 (UEM 2015) 
No trecho abaixo o sociólogo norte-americano Charles Wright-Mills propõe uma definição 
para o fenômeno social denominado massa: “No extremo oposto, em uma massa, as pessoas 
expressam muito menos opiniões do que as recebem; pois a comunidade de públicos torna-
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se uma coletividade abstrata de indivíduos que recebem ideias dos meios de comunicação 
em massa. As comunicações prevalecentes organizam-se de uma tal forma que é difícil, ou 
até impossível, ao indivíduo, replicar imediatamente, ou com qualquer efeito. A 
concretização da opinião em ação é controlada pelas autoridades que organizam canais para 
esse tipo de ação. A massa não tem autonomia frente às instituições; ao contrário, agentes 
de instituições autorizadas se infiltram nessa massa, reduzindo qualquer autonomia que ela 
possa ter na formação de opinião através da discussão.” 
(WRIGHT-MILLS, C. Sociedade de massa. In FERNANDES, H. R. Wright-Mills. 
Coleção Grandes Cientistas Sociais, São Paulo: Ática, 1985, p.136). 
Considere o texto acima e as teorias sociológicas sobre indústria cultural e consumo em 
massa e assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
01) O controle dos meios de comunicação de massa no Brasil, particularmente das emissoras 
de rádio e de TV, é obtido por meio de concessões públicas. Contudo, esse processo diz 
respeito apenas a um mecanismo burocrático, não havendo necessidade de reflexão 
sociológica sobre as relações entre mídia, sociedade e poder público. 
02) Os fenômenos típicos das chamadas sociedades de massa têm nos meios de 
comunicação um de seus principais protagonistas. 
04) Nas sociedades contemporâneas, a opinião generalizada de que um determinado político 
é honesto ou corrupto ou, ainda, um bom ou mal governante, é fortemente influenciada 
pelos meios de comunicação de massa. 
08) Os intensos conflitos entre opinião pública e meios de comunicação de massa são objeto 
de discussão de várias correntes da sociologia. 
16) As opiniões independentes em relação aos pontos de vista dominantes têm, sobre as 
massas, a mesma influência que aquelas veiculadas pelos grandes meios de comunicação. 
Comentários 
A afirmação 01 está INCORRETA. Por mais que o Estado, que representa a sociedade civil, 
seja o responsável pelo processo de concessão de sinal para emissoras de rádio e TV, ele não 
gera garantias de que o que será veiculado por essas emissoras esteja sob a égide da 
honestidade e da promoção do bem-estar da população. E é por isso que as relações firmadas 
nesse campo devem ser encaradas como muito relevantes para a análise sociológica. 
A afirmação 02 está CORRETA. Nada é mais importante para a análise da chamada 
“sociedade de massas” do que os meios de comunicação. É através deles que as notícias, a 
publicidade política e mercadológica e a arte chegam a um grande número de pessoas. 
A afirmação 04 está CORRETA. Sem recorrer a uma legislação ancorada na crítica e na 
reflexão, os meios de comunicação de massa manipulam informações e condicionam a 
percepção das pessoas acerca da realidade. 
A 08 também está CORRETA. Desde a Escola de Frankfurt, passando pela crítica inglesa, a 
sociologia trata os meios de comunicação de massa como objeto de seus estudos. 
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94AULA 07: Indústria Cultural e Sociedade de Consumo 
A afirmação 16 está INCORRETA. Como o texto-base sugere, as opiniões independentes são 
suplantadas pelas opiniões veiculadas pela mídia. É nesse sentido que, além de ser uma 
comunicação para as massas, o que os grandes veículos produzem é uma massificação das 
opiniões, uma homogeneização das opiniões. 
Gabarito: 02 + 04 + 08 = 14. 
 (UEM 2015) 
 “Tanto técnica quanto economicamente, a publicidade e a indústria cultural se confundem. 
Tanto lá como cá, a mesma coisa aparece em inúmeros lugares, e a repetição mecânica do 
mesmo produto cultural já é a repetição do mesmo slogan propagandístico.” 
(ADORNO, T. e HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio 
de Janeiro: Zahar, 1985, p. 153). 
Considerando a citação e a perspectiva de Adorno e Horkheimer sobre o processo de 
industrialização da cultura, assinale o que for correto: 
01) O conceito de indústria cultural, formulado por Adorno e Horkheimer, se refere ao 
processo de expansão das relações mercantis sobre as mais diversas formas de produção 
dos bens culturais. 
02) Como observam Adorno e Horkheimer, o progresso da publicidade ajuda as pessoas a 
se informarem sobre os melhores produtos culturais e a escolherem livremente o que querem 
comprar. 
04) Para Adorno e Horkheimer, o desenvolvimento da indústria cultural fez com que os 
valores culturais passassem a ser gerados pelo mercado e pelas técnicas publicitárias. 
08) Segundo Adorno e Horkheimer, o único ramo da indústria cultural que não se corrompeu 
com a lógica capitalista de produção foi o jornalismo, pois não há como manipular uma 
notícia. 
16) O conceito de indústria cultural define, para Adorno e Horkheimer, o conjunto de práticas 
capitalistas de produção e consumo que se expressam no modo como as pessoas se 
relacionam com a cultura. 
Comentários 
Além de observar as informações trazidas no texto-base, você precisa ter uma noção básica 
sobre o trabalho dos dois filósofos em questão para identificar as afirmativas falsas e 
verdadeiras. De modo geral, o que é necessário ter em mente é que Adorno e Horkheimer 
criticavam os meios de comunicação de massa, os caracterizando como motores de uma 
indústria cultural. Com isso em vista, vamos verificar a plausibilidade de cada afirmação: 
01 – CORRETA – através do conceito de ideologia, os dois pensadores nos ajudaram a pensar 
sobre a relação entre as intenções do mercado e as intenções dos veículos de comunicação 
de massas. Para eles essa relação é uma relação de simbiose: o mercado expande a 
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capacidade de transmissão de informações, enquanto a mídia outorga a anuência da lógica 
de consumo do mercado. 
02 – INCORRETA – não é possível inferir que Adorno e Horkheimer concebiam o avanço da 
publicidade poderia resultar em maior autonomia das pessoas. Em sua perspectiva, os 
autores pensavam justamente no contrário. 
04 – CORRETA – a expressão “indústria cultural” pode sugerir que o que é produzido por 
essa indústria sejam os bens culturais de povo em larga escala. Mas o aprofundamento da 
reflexão sobre o tema no meio do século XX demonstra que, mais do que produza bens 
culturais, tal indústria assume o papel de produzir gostos culturais, visões de mundo, ideias. 
08 – INCORRETA – um dos alvos mais atingidos pela crítica da Escola de Frankfurt foi a 
produção jornalística. 
16 – CORRETA – essa afirmação poderia servir como uma ótima definição do que é a indústria 
cultural e como ela modela contextos em prol da manutenção do consumismo. Para que a 
indústria em abstrato se desenvolva é necessário que se inscrevam nos hábitos, costumes e 
valores de um povo aspectos de uma vida para o consumo. Essa inscrição é feita pela 
indústria cultural. 
Gabarito: 01 + 04 + 16 = 21. 
 (UEM 2017) 
 “Ver TV é um dos principais deveres do sociólogo. É ali, no mundo tal como ele é visto na 
TV, que a maioria das pessoas passa boa parte de suas vidas e adquire grande parcela de 
seu conhecimento do mundo. O Lebenswelt [mundo em que vivemos], o principal objeto de 
nosso estudo e o principal alvo de nossas mensagens, estaria dolorosamente incompleto 
hoje se fosse privado dos ingredientes fornecidos pela TV on-line. Recusar-se a ver TV 
equivale a dar as costas a uma parte considerável, e ainda em crescimento, da experiência 
humana contemporânea. Essa é uma consideração que deveria orientar e ditar a seleção 
daquilo que os sociólogos devem ver, e não, lamentavelmente, sua estética ou outras 
preferências voltadas para a busca do prazer. Mas quem disse que o trabalho dos sociólogos 
deve ser – está fadado a ser – invariavelmente prazeroso?”. 
BAUMAN, Z. P. Para que serve a sociologia? Diálogos com Michael Hviid Jacobsen e Keith 
Tester. Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 129 e 130. 
A partir do texto acima e de teorias sociológicas sobre mídias, publicidade e consumo, 
assinale o que for correto. 
01) A televisão, em nossa sociedade, está relacionada ao entretenimento, o que anula o 
interesse de qualquer pesquisa objetiva sobre a sociedade a partir de sua observação. 
02) A análise sociológica de telejornais, telenovelas, programação infantil, pode enfocar, por 
exemplo, concepções sobre natureza, educação, feminino, velhice e outros temas 
comunicados a milhares de pessoas. 
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04) Pesquisar programas televisivos é algo irrelevante para a sociologia contemporânea 
devido à baixa qualidade da programação. 
08) Considerando o caráter subjetivo da pesquisa sociológica, seus praticantes devem se 
ocupar apenas daquilo que lhes seja agradável. 
16) O papel social da TV como meio de expressão, canal midiático e mediador de publicidade 
e consumo, a torna um fenômeno sociologicamente relevante. 
Comentários 
01 – INCORRETA – mesmo que concebamos a Televisão como veículo de entretenimento, é 
preciso observar, nos produtos dessa veiculação, aspectos que formam a visão do público. Isso é 
e sempre deve ser relevante para a sociologia segundo Bauman. 
02 – CORRETA – o preconceito contra a programação televisiva pode levar à falta de compreensão 
do papel cultural que as mídias assumem na sociedade. As escolhas que a Televisão faz produzem 
critérios estéticos, gostos, perspectivas que podem revelar muito sobre os jogos de poder que 
mobilizam nossa vida. 
04 – INCORRETA – o sociólogo não é obrigado a gostar do que vê na TV. Mas é fundamental que 
ele entenda que a própria trivialidade dos programas, ou a própria desonestidade dos editorias 
jornalísticos, constituem uma série de elementos que dinamizam a vida em sociedade. 
08 – INCORRETA – essa afirmação diz exatamente o contrário do que defende Bauman na última 
parte do excerto publicado como texto-base. 
16 – CORRETA – essa é a defesa que subjaz a perspectiva dos autores que estudamos nessa aula. 
Esse conjunto de fatores que sustentam a indústria cultural merece muita atenção, já que funciona 
como um canal que modifica maneiras de pensar e de agir de um grupo imenso de pessoas. 
Gabarito: 02 + 16 = 18. 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes) 
O comércio soube extrair um bom proveito da interatividade própria do meio tecnológico. 
A possibilidade de se obter um alto desenho do perfil de interesses do usuário, que deverá 
levar às últimas consequências o princípio da oferta como isca para o desejo consumista, foi 
a principal deles. 
SANTAELLA, L. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São 
Paulo: Paulos, 2003 (adaptado). 
Do ponto de vista das relações sociais de produção, a individualização do produtoa partir 
do interesses dos usuários expressa um modelo 
a) de nichos de consumidores 
b) fordista. 
c) taylorista. 
d) da sociedade de massas. 
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e) toyotista 
Comentários 
Vejam, queridos e queridas alunas, o enunciado da questão delimita o problema no campo 
das relações sociais de produção, ou seja, da organização do processo produtivo. Por isso, a 
alternativa a), por exemplo, foge do propósito da questão porque apresenta um conceito 
utilizado para mapear consumidores. As demais, com a tenção para não confundia a 
alternativa d), remetem à organização do processo produtivo. 
b) errado, pois o fordismo está baseado na sociedade de massas, ou seja, o sentido é da 
produção para os consumidores, independentemente dos gostos individuais e das 
particularidades, sem se preocupar com a customização. Veja o que está na autobiografia de 
Henry Ford: “O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto". 
c) falso, pois taylorismo foi o início da racionalização da indústria de larga escala, quando 
métodos científicos passaram a ser aplicados para otimizar a produção, com ganhos de 
tempo e melhor eficiência. É a típica indústria de ponta do início do século XX. 
d) falso, pois a sociedade de massas está associada ao modelo fordista. 
e) correto, pois o toyotismo é o modelo de organização fabril pensado para não ter estoque 
e para ser eficiente. Dessa forma, o ponto de destaque no toyotismo é focar naquilo que o 
cliente de fato quer e, com misso, dar a maior customização do produto. Veja, então, que 
um das atividades para se chegar no ótimo do toyotismo é buscar “obter um alto desenho 
do perfil de interesses do usuário”. 
Gabarito: E 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes) 
Do TikTok à imprensa, a espetacularização do Caso Lázaro atrapalha o desfecho da operação 
Policiais, envolvidos diretamente ou não nas buscas por Lázaro Barbosa, estão viralizando 
nas redes sociais com vídeos e posts sobre o criminoso. O caso tem sido usado para aumentar 
significativamente o engajamento dos perfis dos agentes nas redes. Mais um dos sintomas 
negativos da espetacularização em torno do caso. No Tik Tok, uma publicação do perfil Casal 
Policial já foi vista mais de 9 milhões de vezes. O vídeo publicado tem poucos segundos e 
mostra o policial militar, fardado e empunhado uma arma em meio a mata. Na legenda o PM 
diz: “Estamos vivendo dias difíceis, mas tenha fé, não vamos parar até encontrar o Lázaro! 
Obrigado pelo apoio”. A midiatização das buscas por Lázaro também avança em outras 
redes sociais. No Youtube, um vídeo sobre o caso publicado por um Delegado foi visto por 
mais de 2,6 milhões de pessoas. Um policial integrante da equipe de buscas também usou 
as redes sociais para mostrar parte da operação em Goiás. O agente tirou uma selfie logo 
após o resgate de uma família feita de refém por Lázaro. Na publicação, as vítimas aparecem 
deitadas nas pedras de um rio onde foram encontradas na terça-feira 15. A foto também 
viralizou nas redes e foi duramente criticada por internautas. Não foram apenas policiais e 
programas de televisão que se aproveitaram do ‘grande espetáculo’ que se formou em torno 
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do caso. De roupa camuflada, armada com um fuzil e a bordo de um helicóptero, uma 
parlamentar federal fez um vídeo em que mostrava sua ‘contribuição’ para o caso. A 
publicação também viralizou nas redes. 
Especialistas avaliam que a conduta de autopromoção usando os símbolos da polícia nas 
redes não condiz com o ofício de um policial. A ação é vedada por lei na maior parte dos 
estados brasileiros, podendo incorrer em crime de improbidade administrativa. “Eu não 
conheço nenhuma polícia no mundo que permita que seus policiais se comportem dessa 
maneira”, destaca o professor da FGV-EAESP e membro do Fórum Brasileiro de Segurança 
Pública, Rafael Alcadipani. A opinião é compartilhada também por Elizeu Soares Lopes, 
ouvidor das polícias do Estado de São Paulo. “A roupa, a farda, a arma do policial têm que 
estar dentro de um propósito, de uma estratégia da ação para que ele de fato esteja 
empenhado. Não se pode fazer uso de instrumentos estatais para autopromoção, seja o 
prédio da polícia, a viatura”, explica o corregedor. 
(Carta Capital. Sociedade. 25/Jun/2021. Disponível em: 
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-espetacularizacao-do-caso-lazaro-atrapalha-o-desfecho-da-
operacao/. Acesso em: 07/07/2021. Adaptado). 
 
Diante da problemática apresentada, de acordo com a análise dos especialistas em 
segurança pública é possível afirmar que 
a) a comunicação de agentes de segurança via redes sociais potencializa a coordenação de 
políticas públicas de segurança. 
b) a mobilização de membros do Poder Legislativo na busca pelo criminoso evidencia que a 
segurança pública é dever do Estado e responsabilidade de todos. 
c) a polícia brasileira não está preparada para campanhas via redes sociais, diferentemente 
de outras forças de segurança de países de primeiro mundo. 
d) a espetacularização da temática da violência por meio de ações individuais de agentes de 
segurança pública corrobora para o desvio do papel institucional da segurança pública. 
e) a espetacularização da busca pelo criminoso foi imprescindível para a delimitação da área 
de captura do criminoso. 
Comentários 
Nesta questão, o objetivo é chamar a atenção para a politica pública de segurança pública. 
Em geral, o ENEM explora política públicas de Saúde, busca verificar se os alunos conhecem 
alguma coisa sobre o SUS, etc. Aqui, vamos aproveitar o caso que ficou famoso recentemente, 
para esboçar a tensão entre indivíduo e coletividade, portanto, dentro do escopo da sociologia 
das organizações, mesclando com a potência das redes sociais. Ou seja, uma questão bem 5G, 
até por isso, relativamente fácil, mas que demanda a famosa e cansativa leitura de textos longos 
da prova do ENEM. Ah, importante, fiz adaptações no texto para suprimir nomes, salvo dos 
especialistas. Vamos lá então... Olha só: 
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a) errado, pois tanto o professor quanto o ouvidor da polícia militar de do Estado de São 
Paulo criticam a ação de policiais, durante suas funções, em redes sociais, de modo que as 
postagens sugerem mais autopromoção do que propriamente a concretização de políticas 
públicas de segurança pública. 
b) falso, pois aqui há erros em diversos sentidos: primeiro porque não é papel institucional 
de membros do Poder Legislativo atuar nas atividades de polícia (seja militar ou civil); segundo, a 
ação individual da parlamentar que usou um helicóptero à revelia do comando unificado da 
operação que visava prender o criminoso provocou um risco social; terceiro, de fato, há uma 
responsabilidade de todos na segurança pública, mas ao parlamentar compete elaborar leis e 
fiscalizar as ações administrativas do Poder Executivo. 
c) falso, pois não é esta a natureza da comparação que o professor da FGV faz em sua 
análise. Ele compara o excesso de exposição de policiais brasileiros nas redes com o que é 
praticado em outros países. 
d) correto, pois os dois analistas enfatizam o primado do coletivo sobre o individual, de 
modo que mais vale o papel institucional das instituições de segurança pública do que seus 
agentes agindo isoladamente. Na prática, há uma reafirmação da organização hierárquica das 
forças de segurança pública dentro do que, por exemplo, Max Weber já haviaindicado nos 
estudos sobre sociologia da organização no que diz respeito à impessoalidade que rege os 
agentes estatais, em particular aqueles que atuam em função policial. 
e) errado, pois as ações de segurança pública, como regra, são centralizadas e com 
comando de organização, de modo que a maior ou menor eficiência de uma ação depende dessa 
cadeia de comando. Salvo ser uma estratégia de atuação calculada e planejada, quanto maior a 
exposição voluntária da localização e das ações, bem como de outros passos dos agentes de 
segurança pública, chamando a atenção para o caso, mais difícil se torna a operação. Em outro 
trecho da mesma reportagem, o policial especialista Elizeu Soares comenta que a 
espetacularização do caso prejudicou na construção de laços com a população, pois as pessoas 
ficaram amedrontadas diante do caso, quando, na verdade a situação – até por conta da 
quantidade de policiais envolvidos na operação – era para fornecer tranquilidade aos moradores 
da região. 
Gabarito: D 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes) 
A sociedade do espetáculo corresponde a uma fase específica da sociedade capitalista, 
quando há uma interdependência entre o processo de acúmulo de capital e o processo de 
acúmulo de imagens. O papel desempenhado pelo marketing, sua onipresença, ilustra 
perfeitamente bem o que [Guy] Debord quis dizer: das relações interpessoais à política, 
passando pelas manifestações religiosas, tudo está mercantilizado e envolvido por imagens. 
Mas, se a sociedade do espetáculo só pode ser compreendida dentro do contexto da 
sociedade capitalista, isso não quer dizer que só nessa forma de vida social ocorre a produção 
de espetáculos. 
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 AULA 07: Indústria Cultural e Sociedade de Consumo 
(COELHO, Cláudio Novaes Pinto. Mídia e poder na sociedade do espetáculo . CULT. Dossiê. 
Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/midia-e-poder-na-sociedade-do-espetaculo/. 
Acesso em: 10/06/2021) 
Uma definição mais condizente com as ideias de Guy Debord indica que a sociedade do 
espetáculo 
a) é o poder que as imagens exercem sobre as sociedades contemporâneas. 
b) é a capacidade de massificação do consumo. 
c) é a forma mercadoria veiculada por propagandas que também são mercadorias e, como 
tal, criam relações sociais desconectadas da realidade. 
d) são os efeitos empregados pela publicidade e propaganda para tornar as mercadorias 
mais atrativas. 
e) é o conjunto de relações sociais mediadas por imagens que estão intimamente conectadas 
com as relações de produção e de consumo de mercadorias. 
Comentários 
a) falso, pois essa frase resume a sociedade do espetáculo às imagens, porém, Debord vai 
além e delineia as relações sociais por trás da imagens. Veja que o texto do enunciado enfatiza 
“tudo está mercantilizado e envolvido por imagens”, ou seja, é preciso descobrir o que essas 
imagens guardam, escodem. 
b) falso, pois aqui também temos um aspecto da sociedade do espetáculo e não a definição 
mais condizente. Vender, claro, é um dos objetivos, mas se a análise ficar nesse âmbito ela não 
responde à complexidade da elaboração de Debord. 
 c) errado, pois aqui temos uma sugestão de compressão do conceito que extrapola o que 
o autor quis nos dizer. Isso porque a mercadoria da mercadoria não leva a uma outra realidade, 
pelo contrário, é justamente a realidade formada por relações de consumo que permite criar a 
espetacularização. Dessa forma, a alternativa peca por sugerir algo que não está no conceito. 
d) falso, pois aqui temos uma compreensão superficial e restrita do que seria a sociedade 
do espetáculo. 
e) correto, agora sim, uma definição mais condizente com a complexidade que o termos 
nos exige, isso porque, quando Debord formula a sociedade do espetáculo, por mais que ele 
esteja partindo das mídias ou até mesmo da indústria cultural, para usarmos termos de Adorno e 
Horkheimer, na verdade, ele quer ir além. Debord que explicar que a vida social está pautada pela 
espetacularização que aprisiona as pessoas e as mantém sob uma lógica mercantilista. Assim 
como o conceito de “indústria cultural”, o conceito de “sociedade do espetáculo” faz parte de 
uma postura crítica com relação à sociedade capitalista, pois fazem parte de uma construção 
teórica que procura apontar aquilo que se constitui em entraves para a emancipação humana. 
Gabarito: E 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Alê Lopes) 
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Ao longo do século XX, as grandes potências, com destaque para os Estados Unidos, 
promoveram incursões militares em diversas nações subdesenvolvidas. A charge abaixo 
lembra desses conflitos. 
 
No que diz respeito à relação entre operações militares e mercado, pode-se afirmar que a 
charge acima expressa a existência de uma estratégia 
a) de transformar produtos em armas de destruição em massa. 
b) de buscar apoio financeiro privado para custear operações de guerra. 
c) direcionada à ajuda humanitária de combate à fome. 
d) ideológico-cultural com vistas à manutenção da continuidade da dominação com artifícios 
para criar uma sociedade de consumo. 
e) nacional-cooperativa, já que as grandes corporações buscaram estabelecer relações de 
parcerias com governos nacionais após afastarem ameaças comunistas. 
Comentários 
No contexto de dominações imperialistas, comum no longo século XX, as potências 
imperialistas, em particular os EUA, levavam empresas e produtos responsáveis por dominar 
o mercado do país sob intervenção. Por um lado, essas empresas buscavam novos mercados 
consumidores, por outro, objetivavam matéria prima. Além disso, a charge nos lembra de 
personagens do Wall Disney, portanto, há uma referência à imposição cultural. Nesse 
sentido, marcamos o gabarito na alternativa d). 
a) errado, pois, embora as mercadorias estejam sendo arremessadas, é no sentido figurado. 
b) isso pode até ocorrer, em função do pagamento de imposto aos tesouros. Contudo, os 
orçamentos de guerra, em geral, são voltados em Casas Legislativas, como nos EUA. 
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c) falso, pois não há distribuição de alimentos, a imagem apresenta um contrates com os 
direitos humanos, já que é uma intervenção militar desproporcional e que impõe condições 
à soberania da nação invadida. 
e) falso, pois não há sugestão de cooperação na charge e, tampouco, a experiencia histórica 
imperialista demonstrou que as grandes multinacionais se instalaram em países 
subdesenvolvidos para fins de parceria. Um dos objetivos das dessas corporações foi, além 
da matéria-prima, o baixo custo do trabalho. 
Gabarito: D 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes) 
Os reality shows, como o Big Brother, sugerem diversas discussões que atravessam os 
campos das diversas áreas do conhecimento, como psicologia e sociologia. Isso porque, de 
forma temporária, os participantes abrem mão de muitos aspectos de sua intimidade e da 
vida privada. No que diz respeito a uma possível consideração teórica sobre a relação público 
e participantes é correto afirmar que: 
a) a capacidade de vigilância dos indivíduos nos reality shows vai ao encontro dos princípios 
de controle prisional do panopticon, pesquisado por Michel Foucault, porém vai além, já que 
tudo o que se fala também é vigiado, superando o controle dos corpos e movimentos. 
b) os conflitos em torno das preferências do público remetem a lutas de classes, pois são 
feitos juízos de valor permanentemente dos preconceitos que cada participanteexpressa. 
c) ao controlar a vida dos participantes, já que é o público quem define a continuidade ou 
não dos participantes, pode-se sugerir uma relação entre patrão e empregados. 
d) na medida em que o público define a permanência nos programas, a ação externa sobre 
os participantes sugere os elementos que compõem um “fato social”. 
e) já que os participantes desses programas se preocupam com a opinião do público – 
agradá-la ou não – a interação sugere a teoria das redes, pois há permanente conexão entre 
os polos. 
Comentários 
a) correto, pois o panopticon é um modelo de vigilância dos corpos com vistas a disciplinar 
comportamentos. Vale lembrar que Foucault percebe que a maioria dos projetos 
arquitetônicos, como hospitais, prisões e escolas, buscam disposições que permitam o 
controle pelo olhar. Conforme o filósofo francês esses modelos seguiriam princípios 
formulados por Jeremy Bentham (1748-1832) em “O Panopticon”. Na obra “Vigiar e Punir”, 
Foucault aborda a temática da tecnologia, poder e vigilância. Agora, repare que a alternativa 
colocou um plus, isto é, o aprimoramento da capacidade de controle já que, além dos corpos, 
a voz e outros detalhas de expressões e diálogos também são capitados. 
b) errado, pois, dificilmente um conflito de natureza de classe aparece nesses programas: 
operários x patrões; pobres x ricos. Além disso, a análise da luta de classes passa muito mais 
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por interesses econômicos-sociais conflitantes do que propriamente pelo juízo de valor que 
se pode fazer dos relacionamentos particulares desenvolvidos nestes realitys. 
c) errado, pois a variável do poder econômico – o que seria o “patrão” nesta relação – parte 
muito mais da empresa que organiza os realitys e dos patrocinadores do que do público. 
d) errado, pois os “fatos sociais” da teoria de Émile Durkheim não são definidos dessa forma, 
por uma única ação (a votação em determinado participante e as consequências disso) e sim 
por um conjunto de acontecimentos exteriores aos indivíduos que agem socialmente sobre 
as pessoas. Lembrando: o fato social é exterior ao indivíduo, age coercitivamente sobre ele 
e atinge a todos. Nesses termos, fazendo uma analogia, um fato social no Big Brother, por 
exemplo, poderia ser a “prova do líder”, pois os participantes devem fazê-la, é uma norma 
para todos e é de fora para dentro. 
e) falso, pois os participantes vigiados não mantêm interação com o público, o que inviabiliza 
uma possível analogia com a teoria das redes. 
Gabarito: A 
 (Estratégia Vestibulares/2021/Professora Ale Lopes) 
Um importante teórico da pós-modernidade é Jean Baudrillard. Ele responsabiliza a mídia 
eletrônica pela destruição da relação humana com seu passado de modo a criar um mundo 
caótico e vazio. Na pós-modernidade, a vida social é, acima de tudo, definida por imagens e 
símbolos. Nosso mundo social teria, segundo Baudrillard, se transformado em um universo 
de “faz de conta”, determinado por um fluxo das imagens. Assim, interagimos com imagens 
e não com pessoas ou lugares reais. 
É uma afirmação que corrobora com o sentido crítico apresentado por Jean Baudrillard: 
a) a pandemia do Coronavirus tornou sem sentido a interação por imagens, já que as pessoas 
reduziram o grau de aglomeração e, portanto, de “selfs”. 
b) a percepção do senso coletivo em torno desse problema tem diminuído o grau de 
interação em redes sociais com o objetivo de as pessoas manter suas memórias ativas. 
c) a sociedade seria cada vez mais individualista, a ponto de as pessoas não interagirem. 
d) o mundo vazio seria aquele em que a sociedade de massas perde sentido. 
e) as redes sociais têm reafirmado o vazio das personalidades, pois há padrões de beleza e 
de consumo que são priorizados tanto por algoritmos quanto pelas preferências individuais. 
Comentários 
a) e b) erradas, pois não é possível afirmar que, em meio à pandemia, em um contexto de 
isolamento social (embora com desigualdades de país para pais e de classe social para classe 
social), as pessoas diminuíram a vida em redes sociais. Na verdade, é o contrário, novas redes 
sociais ganharam espaço e ampliaram a capacidade de interação das pessoas no mundo 
virtual, como o TikTok, por exemplo. 
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c) falso, pois, a afirmação em torno do crescente individualismo pode ou não fazer sentido 
com o que o autor do pensamento expresso no enunciado indica. Isso porque, é possível o 
individualismo material, bem como o egoísmo, aumentar, de fato. Mas isso não significa que 
as pessoas deixam de interagir. Pelo contrário, essas interações são feitas muito mais em 
redes sociais e elas acabam reforçando os individualismos. O trecho final da alternativa, “as 
pessoas não interagem” sugere que cada um se isolaria no seu mundo. Porém, isso não é 
parte da vida em sociedade, já que, a vida social exige um grau mínimo de interação, ou 
relação entre as pessoas. Claro, Baudrillard agrega – e isso enquanto problema sociológico 
– a percepção do “vazio”, mesmo as pessoas vivendo em sociedade. Nesse sentido, ele 
identifica o problema nas mídias pelo fato de se criar uma lógica de imagens e símbolos, 
apenas. Com efeito, aproveitando essa discussão sobre “sociedade”, podemos definir a 
sociedade pós-moderna como aquela marcada pelo enorme crescimento e disseminação das 
mídias de massa, as inúmeras tecnologias da informação em um movimento fluido de 
pessoas, ideias, imagens que circulam ao redor do mundo de modo a produzir sociedade e 
comportamentos multiculturais e sem identidades fixas. Esse processo, voltando a 
Baudrillard, bloquearia a formação de memórias. 
d) falso, pelo contrário, a sociedade de massas é potencializada. 
e) é o nosso gabarito. Pense nas redes sociais que priorizam imagens e no efeito infinito das 
“time lines”, tão logo corremos as linhas do tempo, em 3 minutos já esquecemos o que 
anteriormente fora visto e o que significava. A dinâmica dos posts e a própria cultura do 
cancelamento também indicam que as memórias são abandonadas, já que o que é válido é 
o momento, o ponto, sem que o debate público e as ações comunicativas – no sentido de J. 
Habermas – sejam exploradas. 
Gabarito: E 
 
 
5.1 QUESTÕES DESAFIO: DISCURSIVAS 
 (UFPR 2017) 
 Leia os fragmentos abaixo, reproduzidos de Theodor W. Adorno, do livro intitulado A 
indústria cultural: 
Tudo indica que o termo “indústria cultural” foi empregado pela primeira vez no livro 
Dialética do esclarecimento, que Horkheimer e eu publicamos em 1947, em Amsterdã. Em 
nossos esboços, tratava-se do problema da cultura de massa. Abandonamos essa última 
expressão para substituí-la por “indústria cultural”, a fim de excluir de antemão a 
interpretação que agrada aos advogados da coisa; estes pretendem, com efeito, que se trata 
de algo como uma cultura surgindo espontaneamente das próprias massas, em suma, da 
forma contemporânea da arte popular. Ora, desta arte a indústria cultural se distingue 
radicalmente. (ADORNO, 1986, p. 92). 
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[...] As mercadorias culturais da indústria se orientam, como disseram Brecht e Suhrkamp há 
já trinta anos, segundo o princípio de sua comercialização e não segundo seu próprio 
conteúdo e sua figuração adequada. Toda a prática da indústria cultural transfere, sem mais, 
a motivação do lucro às criações espirituais. A partir do momento em que essas mercadorias 
asseguram a vida de seus produtores no mercado, elasjá estão contaminadas por essa 
motivação. (ADORNO, 1986, p. 92) 
[...] O que na indústria cultural se apresenta como um progresso, o insistentemente novo que 
ela oferece permanece, em todos os seus ramos, a mudança da indumentária de um sempre 
semelhante; em toda parte a mudança encobre um esqueleto no qual houve tão poucas 
mudanças como na própria motivação do lucro desde que ela ganhou ascendência sobre a 
cultura. (ADORNO, 1986, p. 94) 
[…] A satisfação compensatória que a indústria cultural oferece às pessoas ao despertar nelas 
a sensação confortável de que o mundo está em ordem frustra-as na própria felicidade que 
ela ilusoriamente lhes propicia. O efeito do conjunto da indústria cultural é o de uma 
antidesmistificação, a de um anti-iluminismo; […] Ela impede a formação de indivíduos 
autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente. Mas estes 
constituem, contudo, a condição prévia de uma sociedade democrática, que não poderia 
salvaguardar e desabrochar senão através de homens não tutelados. (ADORNO, 1986, p. 99) 
(ADORNO, Theodor W. A indústria cultural. In: COHN, Gabriel (org.). Adorno, Theodor W. 
São Paulo: Ática, 1986.) 
Com base nesses fragmentos e nos conhecimentos sociológicos, discorra sobre a indústria 
cultural, abordando em seu texto os seguintes aspectos: 
- a razão pela qual Adorno substituiu a expressão “cultura de massa” por “indústria cultural”; 
- de que forma a prática da indústria cultural transfere a motivação do lucro para as criações 
espirituais. 
- o que Adorno quer dizer com a metáfora sobre o progresso da indústria cultural como uma 
indumentária que recobre um esqueleto. 
- a relação entre indústria cultural e democracia na perspectiva de Adorno. 
Comentários 
Vamos fazer uma sugestão de um caminho dissertativo que seu texto pode seguir 
1º - Um choque relativista impacta as concepções sobre cultura de massas em meados do século 
XX. As críticas feitas pela Escola de Frankfurt esbarraram na ideia de que os valores culturais 
são sempre legítimos, e na ideia de que sua contestação pode reflete certo preconceito ou 
etnocentrismo. Num movimento teórico-reflexivo que visava fortalecer o argumento de que as 
massas não produziam valores culturais resguardadas em sua autonomia e independência, surge 
o conceito de “indústria cultural”. O problema que envolve esse embate filosófico deve ocupar 
a primeira parte do seu texto. 
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2º A lógica utilizada na indústria cultural está estritamente conectada com o sucesso das vendas 
de seus produtos. Isso quer dizer que o design do tênis da próxima coleção, as cores das novas 
jaquetas ou o formato dos smartphones lançados no ano que vem serão sugeridos a partir do 
que se estabeleceu no fluxo comercial da indústria cultural. Com o desenvolvimento dessa 
indústria e através de seus intentos massificadores e mistificadores, produtos lançados no 
mercado hoje acabam por consolidar os critérios estéticos que levarão os produtos de amanhã 
ao sucesso de vendas. 
3º Na terceira parte de seu texto, você deve fazer alusão a obsolescência dos produtos da 
indústria cultural. Por mais que sejam rodeados por nuances de inovação, esses produtos 
reverberam sempre os mesmos gostos, assim como o gosto dos grandes empresários sempre 
foi pelo lucro. 
4º Para finalizar, seu texto pode abordar a massificação da cultura como um ícone característico 
da sociedade capitalista. Esse ícone reflete sobre o campo político como um empecilho para a 
consolidação de um regime democrático: quanto mais tutelados pelos meios de comunicação 
de massas, menos capazes serão as pessoas de exercer plena cidadania. 
 
 (UEL 2013) 
Observe a tirinha a seguir. 
 
a) Defina Indústria Cultural, de acordo com Adorno e Horkheimer. 
Que tal recapitular tudo o que foi dito em nossa aula para encontrar noções-chave do 
conceito de indústria cultural? É lá na sessão 2.1 que encontraremos essas noções, que estão 
na órbita desse conceito. 
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 Articulando bem esse esquema, é possível elaborar uma boa definição. 
b) Aponte dois elementos na tirinha que remetem à atuação dos meios de comunicação de 
massa. 
• Quando a mãe sugere que a filha assista televisão em vez de ir para a praça, existe um 
realce do incentivo ao entretenimento, característico da indústria cultural. 
• Ao dizer que o assoalho não está limpo, ou que o cabelo da mãe não está 
“encantador”, a filha demonstra ter passado por um processo de redefinição de 
critérios estéticos a partir da audiência de propagandas. 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Em todas as aulas eu deixei essa frase para vocês: 
Ninguém pode atrasar quem veio para vencer!!! 
Então, pense que você fez o melhor. O melhor que podia, no seu tempo. Poderia ter feito 
mais? Só você pode responder essa questão. Seja transparente com você, honesto com seus 
sonhos. Não lhe deva nada, pois você pode tudo. Tudo o que sonhar! Que seu céu de sonhos 
estrelados ilumine muito toda sua trajetória. 
E não esquece MESMO: cada dia, cada hora, cada minuto que você se envolve com a tarefa 
de adquirir mais conhecimento, gravar mais uma informação, colar mais um post it é uma riqueza 
infinita. Ninguém tira de você aquilo que está acumulado: o seu CONHECIMENTO. 
 
O SEGREDO DO SUCESSO É A CONSTÂNCIA NO OBJETIVO! 
• FABRICAÇÃO DE 
BENS SIMBÓLICOS
que são 
sempre
• CARACTERIZADOS
PRINCIPALMENTE 
PELA IMAGEM
visando 
produzir
• ENTRETENIMENTO
• ILUSÃO
• EMOÇÃO
a serviço do 
lucro
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Utilize o Fórum de Dúvidas. Eu responderei suas perguntas com 
esmero. E não se esqueça de que não existe dúvida boba. Quanto mais você 
pergunta, mais conversamos e mais você sintetiza o conteúdo, certo! 
Também me procure nas redes sociais. Lá tem dicas preciosas para te 
ajudar na sua preparação. 
Um abraço apertado, um suspiro dobrado de amor sem fim! 
Alê Lopes 
 
 
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