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AULA 09 – 1 
 
ESTRAT É GIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPOR ÂNEA I 
 
IDADE CONTEMPOR ÂNEA I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNESP 
 
P rof . Marco Túlio 
Aula 09 – Idade Contemporânea I 
 
A Revolução Francesa. O Império Napoleônico, o Congresso de 
Viena e a Restauração. As Revoluções de 1830 e 1848. 
estretegiavestibulares.com.br vestibulares.estrategia.com 
EXTENSIVO 
2023 
 
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AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 2 
 
ESTRAT É GIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPOR ÂNEA I 
 
SUMÁRIO 
 
1 . INTRODUÇÃO 4 
2 . A FRANÇA ANTE RIOR À REVOLUÇÃO 5 
3 . REVOLUÇÃO FRANCESA (1789 - 1799) 12 
3.1 . ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE E ASSEMBLEIA LEGISLATIVA 12 
3.2 . CONVENÇÃO NACIONAL (1792 - 1794) 19 
3.3 . O DIRETÓRIO (1795 - 1799) 24 
4 . ERA NAPOLEÔNICA (1799 - 1815) 27 
4.1 . CONSULADO (1799 - 1804) 27 
4.2 . I MPÉRIO (1804 - 1814) 29 
4.3 . GOVERNO DOS CEM DIAS (1815) 32 
5 . CONGRESSO DE VIENA (1815) 34 
6 . FRANÇA PÓS - NAPOLEÔNICA (1830 - 1870) 36 
6.1 . REVOLUÇÃO DE 1830 36 
6.2 . REVOLUÇÃO DE 1848 39 
7 . LISTA DE QUESTÕES 42 
7.1 . ENEM 42 
7.2 . VESTIBULARES 43 
7.2 . INÉDITAS 60 
8 . GABARITO 63 
8.1 . ENEM 63 
8.2 . VESTIBULARES 63 
8.3 . INÉDITAS 63 
9 . LISTA DE QUESTÕES COMENTADA 63 
9.1 . ENEM 63 
9.2 . VESTIBULARES 66 
9.3 . INÉDITAS 94 
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AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 3 
 
ESTRAT É GIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPOR ÂNEA I 
 
10 . CONSIDERAÇÕES FINAIS 99 
11 . REFERÊNCIAS 99 
12 . VERSÕES DAS AULAS 100 
 
 
 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 4 
1. INTRODUÇÃO 
Na aula passada, tratamos das revoluções enquanto processos que provocaram rupturas e 
transformações de ordem política, social e econômica. Tratamos dos seguintes processos: 
▪ Revoluções Inglesas: solaparam as bases do absolutismo, lançando os bases da monarquia 
constitucional e parlamentar na Inglaterra no século XVII. Seus impactos influenciaram a 
Revolução Americana e o movimento iluminista. 
▪ Revolução Industrial: nome dado ao surgimento modelo industrial de produção, iniciado na 
Inglaterra no século XVII e difundido pela Europa e outras partes do mundo no século XIX. É 
também o surgimento de um novo sistema econômico, o capitalismo industrial. 
▪ Revolução Americana (1776-1783): o processo de independência dos Estados Unidos foi definido 
como revolucionário, pois ao provocar transformações nas relações entre súditos e colonos, 
tornou-se um modelo para muitos projetos de emancipação na América Espanhola e para a 
Inconfidência Mineira. Ao mesmo tempo, chegou a inspirar nomes da Revolução Francesa. 
O que veremos por aqui? 
 Nesta aula falaremos sobre outro processo transformador, a Revolução Francesa (1789-1799), bem 
como o cenário francês após o seu término. Para muitos historiadores, a Revolução Francesa marcou o 
início da Idade Contemporânea para a Humanidade, período em que ainda nos encontramos. 
 Caso você tenha esquecido da nossa periodização, dê uma retomada no nosso esquema a seguir: 
 
 
 
Antes mesmo de adentrarmos no assunto, é bom destacar alguns pontos: 
▪ A Revolução Francesa foi o primeiro acontecimento a buscar o uso do conceito de revolução como 
sinônimo de ruptura, o que não observamos entre os revolucionários dos movimentos anteriores 
– ainda que também tenham sido. 
▪ Os revolucionários franceses tinham a noção de que estavam vivenciando algo único, sem 
precedentes em qualquer momento ou sociedade ao longo da História. Isso contribuiu para 
enfraquecer ideias de que a História seria algo cíclico (se repete), existentes desde a Antiguidade. 
Idade Antiga 
• Do surgimento da 
escrita (4000 a.C) à 
desintegração do 
Império Romano no 
Ocidente (sec. V). 
Idade Média 
• Da desintegração do 
Império Romano 
( sec. V) à Tomada de 
Constantinopla 
(1453) 
Idade Moderna 
• Da Tomada de 
Constantinopla à 
Revolução Francesa 
(1789) 
Idade 
Contemporânea 
• Da Revolução 
Francesa aos dias 
attuais. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 5 
▪ A Revolução Francesa formou um repertório de ideias e símbolos para a Humanidade, que foram 
utilizados por múltiplos movimentos e personagens em todas as partes do mundo. 
E então? Pronto para ingressar na História Contemporânea? Então vamos lá! 
2. A FRANÇA ANTERIOR À REVOLUÇÃO 
É na França do século XVIII que encontramos o surgimento do conceito de Antigo Regime, 
definido a partir de suas estruturas políticas, econômicas, sociais e culturais. Recordemos: 
 
 
 
Forma de governo baseada na concentração de poderes em 
torno da figura do Rei, cuja autoridade não é limitada. 
 
 
Práticas e ideias econômicas que consideram o Estado o 
principal agente da economia. 
 
 
Não há mobilidade social entre os indivíduos. A posição de 
cada um é definida pela sua origem de nascimento. 
 
 
A Igreja mantém grande influência sobre o Estado, sobre a 
cultura e a produção de conhecimento científico. 
 
 
Assim sendo, considere que o conceito de Antigo Regime envolve todos esses aspectos, que como 
vimos em uma aula anterior, foram questionados pelas ideias iluministas e liberais. 
 
A sociedade francesa no século XVIII 
Quando a Revolução se irrompeu, a sociedade estava dividida pelos seguintes estamentos: 
▪ Primeiro Estado: Composto por membros do alto clero (cardeais e bispos). A Igreja Católica 
era a única instituição que tinha o direito de ensinar a religião, além de dispor de muitas terras e do direito 
de cobrar tributos. 
▪ Segundo Estado: Composto pelos membros da nobreza. No campo, eram senhores da 
maioria das terras da França, cobrando tributos dos camponeses que nelas trabalhavam (nobreza 
fundiária). No Palácio de Versalhes, sede do poder, formou-se uma nobreza cortesã, que vivia do prestígio 
que dispunha perante a Coroa e chegava a ocupar cargos importantes no Estado. 
Clero (Primeiro Estado) e nobreza (Segundo Estado) representavam cerca de 3% da população 
francesa, sendo setores privilegiados – ou seja, concentravam as riquezas do país, não pagavam tributos 
e eram sustentados pelo Estado. Vejamos então quem pagava a conta: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSOLUTISMO 
MERCANTILISMO 
SOCIEDADE 
ESTAMENTAL 
DOGMATISMO 
RELIGIOSO 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 6 
▪ Terceiro Estado: composto pelo restante da população francesa (97%), que sustentava os 
demais estamentos com o pagamento de impostos e não dispunham de privilégios. É uma camada 
heterogênea, composta pelos seguintes grupos sociais: 
 Camponeses – representam 85% da população total do país; 
 Sans-culottes – nome dado aos trabalhadores pobres dos centros urbanos; 
 Alta Burguesia – composta por banqueiros e grandes comerciantes; 
Média burguesia - composta por comerciantes, médicos e advogados; 
Pequena burguesia – composta por vendedores e artesãos. 
 
 
Figura 1 - Caricaturas feitas no curso da Revolução denunciavam a opressão fiscal que clero e nobreza impunham ao Terceiro Estado. 
 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 7 
 
 
 
 
 
O abade Sieyès, um dos apoiadores da Revolução Francesa, fez uma definição do Terceiro Estado, que 
é recorrente em provas: 
 
Que é o Terceiro Estado? 
Que é o Terceiro Estado? Tudo. Que temsido até agora na ordem política? Nada. Que 
deseja? Vir a ser alguma coisa... 
O Terceiro Estado forma em todos os setores os dezenove/vinte avos, com a diferença de que 
ele é encarregado de tudo o que existe de verdadeiramente penoso, de todos os trabalhos que a 
ordem privilegiada se recusa a cumprir. Os lugares lucrativos e honoríficos são ocupados pelos 
membros da ordem privilegiada... 
Quem, portanto, ousaria dizer que o Terceiro Estado não tem em si tudo o que é necessário 
para formar uma nação completa? Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços ainda 
acorrentado. Se suprimíssemos a ordem privilegiada, a nação não seria algo de menos e sim alguma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 º ESTADO: Clero 
2 º ESTADO: Nobreza 
3 º ESTADO: Burguesia, 
camponeses e sans - 
culottes. 
SETORES PRIVILEGIADOS 
SUSTENTAM OS DEMAIS ESTADOS 
COM OBRIGAÇÕES E IMPOSTOS 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 8 
coisa mais. Assim, que é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo livre e florescente. Nada pode 
caminhar sem ele, tudo iria infinitamente melhor sem os outros... 
Uma espécie de confraternidade faz com que os nobres deem preferência a si mesmos para 
tudo, em relação ao resto da nação. A usurpação é completa, eles verdadeiramente reinam... É a 
Corte que tem reinado e não o monarca. 
É a Corte que faz e desfaz, convoca e demite os ministros, cria e distribui lugares etc. Também 
o povo se acostumou a separar nos seus murmúrios o monarca dos impulsionadores do poder. Ele 
sempre encarou o rei como um homem tão enganado e de tal maneira indefeso em meio a uma 
Corte ativa e todo-poderosa, que jamais pensou em culpá-lo de todo o mal que se faz em seu nome. 
SIEYÈS. Que é o Terceiro Estado? 1789. Disponível em: < http://www.fafich.ufmg.br/~luarnaut/seyes.PDF>. Acesso em: 
09 set. 2019. 
 
Crise econômica na França 
Ao final da década de 1780, uma forte crise econômica se abateu sobre a França. Vejamos os 
principais aspectos que contribuíram para isso: 
▪ Crise na produção agrícola: em 1788, uma péssima colheita agravou a situação dos camponeses; 
▪ Acordos comerciais desvantajosos, especialmente aqueles firmados com a Inglaterra; 
▪ Gastos do Estado em conflitos militares: o envolvimento da França na Guerra dos Sete Anos 
(1756-1763) e na Guerra de Independência dos Estados Unidos (1775-1783) agravou suas 
finanças. 
A crise afetava principalmente os mais desprivilegiados. Para se ter uma ideia da situação do país, 
um trabalhador chegava a destinar até 90% de seus rendimentos para a compra de pão! 
 
Crise de subsistência: preço do trigo e do centeio de 1787 a 1790 
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http://www.fafich.ufmg.br/~luarnaut/seyes.PDF
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 9 
 
Figura 1 - Fonte: VOVELLE, 2012, p. 19. 
 
O despreparado Luís XVI reinou por mais de duas décadas sem promover qualquer 
mudança desse cenário, o que agravava cada vez mais as finanças do Estado francês e a 
situação dos mais pobres do Terceiro Estado. Alguns de seus ministros das Finanças, como 
Turgot e Necker 1 , tentaram promover reformas, mas não tiveram o apoio da Coroa e 
enfrentaram a oposição dos grupos privilegiados. 
 
 
Figura 2 - O rei Luís XVI. Fonte: Shutterstock. 
 
1 Turgot e Necker foram nomes ligados à Escola Fisiocrática, que abordamos na aula intitulada IDADE MODERNA III. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 10 
Em 1788, o monarca convocou a Assembleia dos Estados Gerais, composta pelos representantes 
dos três Estados. Sua última reunião havia ocorrido em 1614, mas foi reativada para discutir os problemas 
econômicos enfrentados pelo país. 
Naquele momento, os estamentos da França se comportaram da seguinte forma: 
▪ para o Terceiro Estado, a reativação da Assembleia era uma oportunidade para solicitar que 
reformas tributárias incidissem sobre a França, de modo a desonerá-los; 
▪ para o Primeiro e Segundo Estados, era importante a manutenção de seus privilégios, fazendo 
com que o Terceiro Estado arcasse com mais tributos. 
 
 
Figura 3 - Representação da abertura da Assembleia dos Estados Gerais em Versalhes, em 05 de maio de 1789. 
 
O Terceiro Estado conseguiu o direito de ter o mesmo número de representantes que 
os das demais ordens juntas, mas de nada adiantou: ao invés de serem computados votos 
individuais, a Assembleia concedeu o direito de um voto por cada Estado, fazendo com que 
clero e nobreza se unissem para vencer o Terceiro Estado em todas as decisões. 
Depois de seis semanas de impasse, os representantes do Terceiro Estado encontraram as portas 
da sala de reuniões fechadas. Suspeitando de um complô organizado pelos outros dois estamentos, eles 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 11 
invadiram uma sala de jogo de Versalhes e juraram permanecer unidos até obterem uma Constituição. O 
episódio ficou conhecido como o Juramento do Jogo da Péla2. 
 
 
Figura 4 - Representação do Juramento do jogo da péla, ocorrido em 20 de junho de 1789. 
 
Deputados do Terceiro Estado se colocavam em Assembleia Nacional, ou seja, se consideravam 
os verdadeiros representantes do povo. Naquela altura, membros do clero se colocavam ao lado deles. A 
partir daí, Luís XVI adotou uma postura contraditória: sugeriu a mudança no sistema de votação, mas 
demitiu o ministro Necker, que propunha que clero e nobreza pagassem impostos. 
Em resposta aos atos do rei, parisienses invadiram a Bastilha em busca de armas, em 11 de julho 
de 1789. Antiga fortaleza medieval, operava como uma prisão do Estado naquele período. Embora 
estivesse com apenas meia dúzia de presos na ocasião, a prisão era um símbolo do absolutismo, pois 
muitos adversários do rei foram encarcerados e torturados no local, sem mesmo serem julgados. 
 
 
2 O jogo da péla era uma espécie de ancestral do tênis, praticado desde o século XIII por nobres, clérigos e burgueses. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 12 
 
Figura 5 - Representação da Tomada da Bastilha, um dos episódios mais marcantes da Revolução Francesa. 
 
ATENÇÃO: A Tomada da Bastilha é um dos eventos que marcam o início da Revolução Francesa. 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 13 
(2007/FGV) Analise a imagem: 
 
Essa ilustração pode ser corretamente associada à sociedade 
a) espanhola colonial, estruturada segundo o ideal de pureza de sangue. 
b) inglesa, após a Revolução Gloriosa, na qual o rei reina, mas não governa. 
c) francesa, antes da Revolução de 1789, marcada pelos privilégios. 
d) burguesa, que impôs o critério de riqueza no lugar do nascimento. 
e) europeia, após a Revolução Industrial, com o surgimento do proletariado. 
Comentários 
Apesar de não dispor de grande qualidade, o candidato naquele ano deveria interpretar a imagem 
para responder à questão. Nela, encontramos um clérigo, um nobre e um camponês, 
representantes do Primeiro, Segundo e Terceiro Estados, respectivamente. Diferentemente das 
demais figuras, o camponês aparece com um enorme peso sobre as costas, sugerindo que seu 
estamento era o único a sustentar a estrutura social do país com vultuosos tributos. 
Feitas essas considerações, a alternativa C é a correta. Quanto às demais... 
- A alternativa A está incorreta, afinal não são representadas figuras de tons de pele 
distintos. 
- A alternativa B está incorreta, pois o Rei, representado na imagem perante a cruz, mostraser uma figura proeminente na sociedade ilustrada pela charge. 
- A alternativa D está incorreta, pois os indivíduos da charge representam estamentos cuja 
posição era definida por critério de nascimento. 
- A alternativa E está incorreta, pois o trabalhador representado na ilustração não é um 
proletário, mas um camponês. 
Gabarito: C 
3. REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1799) 
A Revolução Francesa é um processo que pode ser dividido em três fases: 
▪ Assembleia Nacional Constituinte e Assembleia Legislativa (1789-1792) 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 14 
▪ Convenção Nacional (1792-1795) 
▪ Diretório (1795-1799) 
Vejamos, a seguir, cada uma delas. 
 
3.1. Assembleia Nacional Constituinte e Assembleia Legislativa 
 As agitações populares não se limitaram à Paris. No interior, camponeses incendiaram castelos e 
destruíram documentos que estabeleciam os impostos, fenômeno que ficou conhecido como Grande 
Medo. Acuados, representantes da nobreza renunciaram a seus privilégios, incluindo a servidão. O 
feudalismo foi formalmente abolido, ainda que fossem mantidas garantias aos nobres sobre as terras. 
 
 
Figura 6 - O Grande Medo representado em uma gravura. Na imagem, castelos são invadidos e incendiados por camponeses. 
 
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão 
O fim dos privilégios feudais foi o primeiro passo na eliminação da sociedade estamental. Enquanto 
os deputados da Assembleia Nacional elaboravam a primeira constituição do país, foi criada a Declaração 
de Direitos do Homem e do Cidadão, que concluiu o processo de destruição do Antigo Regime. 
O documento considerou que todos “os homens nascem livres e iguais em direitos”, incluindo 
povos de todo o mundo. Com isso, verificou-se na Revolução Francesa uma pretensão à universalidade. 
Vejamos suas principais características asseguradas pela Declaração: 
▪ Igualdade jurídica –os homens são iguais perante a lei, sem distingui-los pela origem social; 
▪ Liberdades individuais – são reconhecidos a todos os homens a liberdade de ir e vir e de agir, não 
sendo possível prendê-los sem julgamento. Também se reconheceu a liberdade de pensamento, 
de crença e de expressão. Por fim, existe também a liberdade de empreender, de produzir e 
fabricar. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 15 
▪ Reconhecimento do direito à vida – o Estado deve zelar pela integridade física dos cidadãos. Com 
isso, a tortura foi abolida na França. 
▪ Direito à propriedade – Trata-se de uma garantia que atendia aos interesses da burguesia, na 
medida em que se impõem limites à ação do Estado diante do patrimônio dos indivíduos. 
▪ Separação de poderes – Defendida por Montesquieu e outros iluministas no passado, ela visava 
evitar o surgimento de lideranças autoritárias que pudessem limitar os direitos dos cidadãos. 
▪ Direito de resistência à opressão – garantido aos cidadãos em situações em que se verifica o 
surgimento de figuras autoritárias. 
▪ A Lei como expressão da vontade geral – influenciados por Rousseau, os revolucionários 
consideraram que o conjunto de leis deveria atender aos interesses do corpo de cidadãos. 
 
 
 
Figura 7 - Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. 
 
ATENÇÃO: O direito à vida, o direito à liberdade e o direito à propriedade são considerados direitos 
naturais e imprescritíveis, ou seja, os homens nascem com eles e deles não podem ser dissociados. 
Assim sendo, caberia ao Estado garanti-los, sendo reconhecidos como direitos civis. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 16 
A Declaração de Direitos e a condução do processo revolucionário 
foram fortemente influenciados por ideias iluministas e liberais, mas não 
se pode estabelecer uma relação de causa/consequência entre eles. Isso 
quer dizer que o Iluminismo não gerou a Revolução Francesa, mas que os 
revolucionários se apropriaram de discussões realizadas pelos falecidos 
autores para orientar, refletir e legitimar as transformações empreendidas. 
Tomemos como exemplo os escritos de Rousseau: a Declaração de Direitos 
adotou a noção de vontade geral trazida pelo autor, mas não questionou a 
desigualdade social gerada pela propriedade privada, que também é 
discutida por ele. 
 
Mulheres na Revolução Francesa 
Em outubro de 1789, as mulheres assumiram o protagonismo de um dos momentos mais 
marcantes da Revolução, a Marcha Sobre Versalhes. Para protestar contra a falta de pão, donas de casa 
munidas de facões, lanças, machados e canhões percorreram 20 quilômetros a pé, de Paris até Versalhes, 
conseguindo apoio de milhares de guardas da capital. Diante da pressão, Luís XVI reconheceu a Declaração 
dos Direitos do Homem e do Cidadão. 
 
 
Figura 8 - Representação da Marcha sobre Versalhes, 1789. Fonte: Wikimedia commons. 
 
As mulheres atuaram ativamente no período, se associando em clubes femininos, se manifestando 
na Assembleia e nas ruas. Para os líderes revolucionários, as mulheres eram idealizadas como “virtuosas”, 
afinal a elas se depositava a tarefa de gerar, amamentar e educar as futuras gerações de patriotas. 
Contudo, algumas mulheres foram mais além ao se demonstrarem assíduas espectadoras das execuções 
públicas, ou mesmo reivindicando direitos, o que as levava a serem consideradas “perigosas” no decorrer 
da revolução. 
Uma das mais destacadas ativistas do período foi Olympe de Gouges, que adotou o pseudônimo 
de Marie Gouze. Ela é a autora do panfleto Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã (1791), uma 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 17 
resposta à Declaração de Direitos em que se reivindicam direitos políticos às mulheres. Ela também 
defendeu a instituição do divórcio e o fim da escravidão, ainda adotada nas colônias francesas. 
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA MULHER E DA CIDADÃ (1791) Artigo 
1º 
A mulher nasce livre e tem os mesmos direitos do homem. As distinções sociais só podem ser 
baseadas no interesse comum. 
Artigo 2º 
O objeto de toda associação política é a conservação dos direitos imprescritíveis da mulher e do 
homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e, sobretudo, a resistência à 
opressão. 
Artigo 3º 
O princípio de toda soberania reside essencialmente na nação, que é a união da mulher e do homem 
nenhum organismo, nenhum indivíduo, pode exercer autoridade que não provenha expressamente 
deles. 
 
 
Figura 9 - Pintura de Olympe de Gouges, por Alexander Kucharsky. 
 
Considerada “desnaturada” e “contrarrevolucionária” devido às críticas dirigidas ao governo 
revolucionário, Olympe de Gouges foi condenada à guilhotina em 1793, ano em que as mulheres foram 
proibidas de frequentar a Assembleia e de se reunirem em locais públicos. Pouco antes de ser executada, 
bradou a seguinte frase: Se a mulher tem o direito de subir ao cadafalso, ela deve ter igualmente o direito 
de subir à tribuna. 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 18 
 
 
 
(2022/Famerp) 
Em 1791, a escritora francesa Olympe de Gouges publicou a Declaração dos Direitos da Mulher e da 
Cidadã. Esse documento 
a) defendia a participação da mulher na vida política e civil em condição de igualdade com os 
homens. 
b) baseou-se na noção de papel social das mulheres proposta na Declaração de Independência dos 
Estados Unidos. 
c) sustentava a importância das atividades femininas no ambiente doméstico e na liderança da 
estrutura familiar. 
d) consolidou a igualdade de gêneros como um dos princípios defendidos pelos revolucionáriosfranceses. 
e) embasou a ascensão das mulheres ao primeiro escalão governamental na França 
revolucionária. 
Comentários 
- A alternativa A é a resposta. As mulheres foram personagens ativos da Revolução Francesa, se 
associando em clubes femininos, se manifestando na Assembleia e nas ruas. Para os líderes 
revolucionários, as mulheres eram idealizadas como “virtuosas”, afinal a elas se depositava a tarefa 
de gerar, amamentar e educar as futuras gerações de patriotas. Contudo, algumas mulheres foram 
mais além ao se demonstrarem assíduas participantes das execuções públicas, ou mesmo 
reivindicando direitos, o que as levava a serem consideradas “perigosas” no decorrer da revolução. 
Uma das mais destacadas ativistas do período foi Olympe de Gouges, que redigiu um panfleto no 
qual defendia os direitos políticos das mulheres, a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. 
- A alternativa B está incorreta, afinal a Declaração de Independência norte-americana não 
concedeu direitos às mulheres. 
- A alternativa C está incorreta, pois o documento defendia que as mulheres desfrutassem dos 
mesmos direitos políticos que os homens no espaço público. 
- A alternativa D está incorreta, afinal os revolucionários consideravam que as mulheres 
deveriam se voltar à esfera doméstica, tendo em vista sua suposta indisposição para a vida pública. 
- A alternativa E está incorreta, a Revolução Francesa não garantiu direitos políticos às mulheres. 
Gabarito: A 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 19 
 
 
 
Monarquia Constitucional (1791-1792) 
Em 1791, a promulgação da constituição implantava uma monarquia constitucional no país, que 
limitava os poderes do rei (fim do absolutismo). A Declaração de Direitos foi incorporada à Constituição. 
Foi estabelecido o voto censitário, que considera necessário comprovar uma renda mínima para 
votar e se candidatar. Assim sendo, os cidadãos foram categorizados em dois grupos: 
▪ Cidadãos ativos: são aqueles que possuem a renda mínima para poder votar e serem votados. 
Assim sendo, acumulam direitos civis e políticos. Homens maiores de 21 anos e proprietários 
eram considerados cidadãos ativos, o que correspondia a 30% da população. 
▪ Cidadãos passivos: como não possuem a renda mínima necessária, possuem apenas direitos 
civis. Eram a maioria da população masculina. 
No mesmo período foi criada a Constituição do Clero, que reduzia o número de sacerdotes no país 
e os transformava em funcionários do governo, eleitos pelo povo e pagos pelo Estado. O governo 
revolucionário também confiscou propriedades da Igreja, que foram colocadas à venda. 
Naquele momento, a alta burguesia do país dispunha de igualdade jurídica, direitos políticos e o 
reconhecimento de seus direitos civis. Assim sendo, para essa camada da sociedade, o processo 
revolucionário já havia alcançado o seu objetivo. 
Desde o chamado Grande Medo, muitos nobres fugiram para países vizinhos, o que fez com que a 
Revolução Francesa passasse a ser vista uma ameaça pelas monarquias absolutistas da Áustria e da 
Prússia, tendo em vista que suas ideias poderiam se espalhar pela Europa – vimos que ela tinha uma 
pretensão à universalidade. Assim sendo, Áustria e Prússia passaram a ameaçar invadir a França. 
Em junho de 1791, Luís XVI tentou fugir disfarçado para a Bélgica, mas foi reconhecido e enviado 
de volta a Paris. Até então, o monarca conspirava contra a Revolução por meio de cartas trocadas com a 
Áustria, o que causou extrema indignação. Para muitos, o rei havia se tornado um traidor. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 20 
 
Figura 10 - Na charge, Luis XVI é representado como um porco. 
O processo revolucionário também envolveu a dessacralização da imagem do rei. 
A França declarou guerra à Áustria em abril de 1792, ainda que não fosse algo consensual entre 
os revolucionários. A monarquia austríaca foi apoiada pela Prússia e a Rússia em seu objetivo de invadir a 
França e dar fim à revolução, recuperando os poderes de Luís XVI. 
Para proteger o governo revolucionário, batalhões marcharam a pé de Marselha e outras regiões 
em direção à capital, muitos deles entoando a chamada Marselhesa, canção que mais tarde seria 
transformada no hino da França. Veja a letra da canção: 
 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 21 
Avante, filhos da Pátria 
O dia da Glória chegou 
Contra nós, da tirania 
O estandarte ensanguentado se ergueu 
O estandarte ensanguentado se ergueu 
Ouvis nos campos 
Rugirem esses ferozes soldados? 
Vêm eles até aos nossos braços 
Degolar nossos filhos, nossas mulheres 
 
Às armas, cidadãos 
Formai vossos batalhões 
Marchemos, marchemos! 
Que um sangue impuro 
Ague o nosso arado! 
 
Quando os invasores adentraram as fronteiras da França, a população se voltou contra o rei e 
invadiu o Palácio de Tulherias em junho de 1792. Luís XVI e a família real foram presos e condenados à 
morte no ano seguinte, em janeiro de 1793. Terminava uma monarquia que perdurara por mais de mil 
anos. 
 
 
 
3.2. Convenção Nacional (1792-1794) 
A prisão de Luís XVI foi seguida pela proclamação da República na França, com a nova Assembleia 
sendo batizada de Convenção. Foi implementado o sufrágio universal masculino, ou seja, todos os 
homens adultos passaram a dispor do direito de voto, independente de sua renda. 
 
Sans-culottes e a Revolução 
Desde a queda da Bastilha até o enfrentamento das potências invasoras, os trabalhadores urbanos 
mostraram-se mobilizados em defesa da Revolução. Eram pejorativamente chamados de sansculottes, 
em razão de vestirem calças (geralmente listradas), enquanto burguesias e aristocratas trajavam calções 
até o joelho e meias. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 22 
Os sans-culottes geralmente usavam na cabeça um de gorro na cor vermelha, conhecido como 
barrete frígio. O adorno se tornou símbolo da Revolução e da República, não somente na França, mas em 
diversos países. 
 
 
Figura 11 - Representação de um sans-culotte com o barrete vermelho. 
 
Os sans-culottes são uma das principais forças que pressionam para que a Revolução prosseguisse 
com novas transformações. Eles se mostram dispostos a apoiar o grupo político que colocasse em pauta 
a questão social, se comprometendo a combater o cenário de miséria no qual eles se encontravam. 
Também são defensores da democracia, que buscam participar diretamente. 
 
Gironda X Montanha 
No início da Convenção Nacional, dois grupos se destacaram: 
▪ Os girondinos, assim chamado devido à sua expressividade na província francesa de Gironda. 
Durante a monarquia constitucional, foram relutantes quanto a execução de Luís XVI. Eram 
membros da alta burguesia, temerosa que a continuidade do processo revolucionário 
desembocasse na democracia. Com isso, preferiam a manutenção do voto censitário; 
▪ Os montanheses, nome dado aos representantes da pequena e média burguesia, assim chamados 
por se sentarem em assentos mais altos da Convenção. Eram liderados pelo advogado Maximilien 
de Robespierre, que há muito defendia a implantação de uma República democrática na França, 
e apoiados pelos sans-culottes. São revolucionários radicais, postura que os leva à defesa do 
sufrágio universal masculino. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 23 
Os girondinos se sentavam à direita da Assembleia; enquanto os montanheses se sentavam à 
esquerda. Ao centro se localizavam os membros da Planície, grupo que oscilavaentre ambos. Eles 
constituem a maioria dos deputados. 
 
ATENÇÃO: Algumas provas denominam os montanheses de “jacobinos”. Embora o termo se refira 
a outro grupo existente na Convenção, podemos considerá-los equivalentes em sua prova. 
 
 
MONTANHESES GIRONDINOS 
Representantes da pequena e média burguesia, 
apoiados pelos sans-culottes. 
Representantes da alta burguesia. 
Favoráveis à execução de Luís XVI. Contrários à execução de Luís XVI. 
Defensores da implantação da República. Defensores da monarquia constitucional. 
Preferência pelo sufrágio universal masculino. Preferência pelo voto censitário. 
Além dos direitos civis e políticos, buscam 
garantias sociais aos grupos desfavorecidos. 
Buscam a manutenção dos direitos civis e 
políticos. 
REVOLUCIONÁRIOS RADICAIS Querem 
prosseguir com a Revolução. 
REVOLUCIONÁRIOS MODERADOS 
Querem encerrar a Revolução. 
 
A divisão entre esquerda e direita criada pelos montanheses e girondinos foi 
assimilada pelo vocabulário político de diversos países, sendo utilizada ainda hoje 
para diferenciar as ideias e projetos dos grupos que disputam pelo poder. 
A principal diferenciação que podemos traçar entre a esquerda e a direita na 
maioria das épocas e países é o tratamento dado à questão da 
igualdadedesigualdade. Enquanto as direitas tendem a considerar a desigualdade 
algo inerente à condição humana, as esquerdas acreditam que os homens são mais 
 iguais que desiguais entre si, por isso as diferenças entre eles devem ser 
amenizadas – ou, em alguns casos, eliminadas. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 24 
 
Apesar das vitórias iniciais contra os inimigos, os exércitos franceses acumularam derrotas em 
1792, quando a Inglaterra, a Holanda e a Espanha se uniram à Áustria e à Prússia. No mesmo momento, 
eclodiu uma revolta de camponeses na Vendeia, região oeste do país. O movimento foi instigado por 
aristocratas, a partir de boatos de que o governo republicano adotaria o recrutamento obrigatório. 
Em junho de 1793, os radicais da Montanha se mobilizaram em Paris para prender os deputados 
girondinos da Convenção, golpe de Estado que contou com o apoio dos sans-culottes. A partir daí, os 
radicais conduziram a continuidade do processo revolucionário. 
 
O Terror 
No momento em que assumiram o controle do poder, Robespierre, montanheses e jacobinos 
tinham três forças inimigas: 
▪ as forças estrangeiras, que ameaçavam a continuidade da Revolução nas fronteiras; 
▪ a guerra civil na Vendeia, tendo à frente camponeses e contrarrevolucionários da elite; ▪ os 
girondinos, que iniciaram revoltas nas províncias em que eram mais expressivos. 
Para contornar a crise, os dirigentes do Partido da Montanha criaram o Comitê de Salvação Pública, 
um órgão executivo que tinha à frente Maximilien de Robespierre, conhecido como “o Incorruptível”. O 
novo governo tratou de atender as demandas dos sans-culottes com a criação da Lei do Máximo, que 
tabelou preços dos gêneros alimentícios. A ideia era controlar a inflação que assolava os mais pobres. 
 
Figura 12 - Maximilien de Robespierre, conhecido como “o Incorruptível”. 
Com amplo apoio do grupo dos sans-culottes em Paris, a burguesia montanhesa criou o 
Tribunal Revolucionário, responsável por julgar e condenar os suspeitos de conspirar contra a 
República e a Revolução, sobretudo antigos aristocratas, membros do clero e girondinos. 
A partir daí, cerca de 10 mil pessoas foram condenadas à guilhotina, máquina criada 
alguns anos antes para aplicar a pena de morte por meio da decapitação. Na Vendeia, a guerra 
civil também foi abafada após pelo menos 128 mil mortos. O banho de sangue conduzido pelo 
governo fez com que sua política de repressão ficasse conhecida como Terror. 
O período também foi marcado por outros pontos importantes. Vejamos: 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 25 
▪ Abolição da escravidão nas colônias da França; 
▪ Instituição do ensino leigo, público, gratuito e universal, para todos os sexos, classes e idades. 
▪ Criação do sistema métrico decimal, influenciados pelo racionalismo legado pelo Iluminismo. 
 
Novos símbolos 
Para os revolucionários, não bastou a derrubada da monarquia e da Igreja, mas a eliminação das 
tradições e costumes que remetiam a essas instituições. Para tanto, foi criado o calendário republicano 
(1792), que recomeçou a contagem dos anos a partir da criação da República – assim sendo, o ano de 
1792 tornou-se o Ano I da Revolução. Para “descristianizar” a contagem do tempo, os meses receberam 
novos nomes, em referência às estações do ano e outros elementos da natureza. Vejamos: 
 
NOME DO MÊS SIGNIFICADO CALENDÁRIO GREGORIANO 
VINDEMIÁRIO Colheita da uva. 22 de setembro a 21 de outubro 
BRUMÁRIO Nevoeiro. 22 de outubro a 20 de novembro 
FRIMÁRIO Geadas. 21 de novembro a 20 de dezembro 
NIVOSO Neve. 21 de dezembro a 19 de janeiro 
PLUVIOSO Chuvas. 20 de janeiro a 18 de fevereiro 
VENTOSO Ventos. 19 de fevereiro a 20 de março 
GERMINAL Sementes. 21 de março a 19 de abril 
FLOREAL Flores. 20 de abril a 19 de maio 
PRAIRIAL Pastagens 20 de maio a 18 de junho 
MESSIDOR Colheitas 19 de junho a 18 de julho 
TERMIDOR Calor 19 de julho a 17 de agosto 
FRUTIDOR Frutas 18 de agosto a 20 de setembro. 
CURIOSIDADE: Para completar o número de dias do ano, eram acrescentados cinco dias (ou seis, 
nos anos bissextos) no fim do ano. 
 
Durante a fase da Convenção, Igrejas foram fechadas, mas foi mantido um culto ao que se chamou de 
Ser Supremo. Embora muitos defendessem que a religião deveria ser suprimida pelo culto à Razão, 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 26 
Robespierre considerava necessária a existência de uma entidade que estimulasse uma postura virtuosa, 
coerente com a República que buscava organizar. Festas ao Ser Supremo chegaram a ser organizadas pelo 
governo, também com o objetivo de “descristianizar” a sociedade. 
 
 
A Revolução Francesa e o estilo neoclássico 
A Revolução Francesa deu um enorme impulso a esse tipo de interesse na história e à pintura de 
temas heroicos [...]. Os revolucionários franceses gostavam de se considerar gregos e romanos 
renascidos, e sua pintura, não menos que a arquitetura, refletia seu gosto pelo que era designado 
como grandeza romana. O principal artista desse estilo neoclássico foi o pintor Jacques Louis David 
(1748-1825), que foi o "artista oficial" do Governo Revolucionário e desenhou os trajes e cenários 
para tais eventos de propaganda como o "Festival do Ser Supremo" em que Robespierre oficiava 
como Sumo Sacerdote autonomeado. Essas pessoas achavam estar vivendo tempos heroicos e que 
os acontecimentos de seus próprios dias eram tão dignos da atenção do pintor quanto os episódios 
da história grega e romana. Quando um dos líderes da Revolução Francesa, Marat, foi assassinado 
em seu banho por uma jovem fanática, David pintou-o como um mártir que morrera por sua causa. 
Marat, segundo parece, tinha o hábito de escrever durante o banho e sua banheira tinha uma 
pequena escrivaninha adaptada. Sua agressora entregara-lhe uma petição, que ele estava prestes a 
assinar quando ela o apunhalou. A situação não parece prestar-se facilmente a um quadro de 
dignidade e grandeza, mas David conseguiu torná-lo heroico, sem deixar de respeitar os detalhes 
concretos de um registro policial. Ele aprendera através do estudo da escultura grega e romana 
como modelar os músculos e tendões do corpo, e a dar-lhe a aparência de nobre beleza; também 
aprendera com a arte clássica a deixar de fora todos os detalhes que não são essenciais ao efeito 
principale a almejar a simplicidade. 
GOMBRICH, Ernst Hans. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2015. p. 485. 
 
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Figura 12 – Marat assassinado, de Jacques-Louis David, 1793. Fonte: Gombrich. A história da arte, 2015. 
 
Reação Termidoriana 
Robespierre e seus partidários tiveram êxito na contenção dos seus inimigos internos, mas 
também se afastaram e condenaram antigos aliados, incluindo líderes dos sans-culottes, o que os isolou 
no poder. No dia 09 do mês Termidor, Robespierre foi impedido de falar na Assembleia e teve sua prisão 
decretada por conspiradores. No dia seguinte, ele foi guilhotinado, juntamente com os poucos apoiadores 
que ainda lhe restava. O episódio ficou conhecido como Reação Termidoriana. 
 
3.3. O Diretório (1795-1799) 
Após a morte de Robespierre, a alta burguesia girondina retomou o controle do poder, com 
objetivo de encerrar a revolução. Uma nova Constituição foi criada para o país, na qual o poder legislativo 
era dividido por duas assembleias, o Conselho dos Quinhentos e o Conselho dos Anciãos. Já o Executivo, 
chamado de Diretório, era exercido por cinco homens eleitos pelo Legislativo. 
Vejamos as principais medidas do período: 
▪ reintrodução do voto censitário; 
▪ restabelecimento da escravidão nas colônias da França; 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 28 
▪ extinção da Lei do Máximo e de qualquer medida estatal que incidisse sobre a economia; ▪ 
perseguição aos montanheses e sans-culottes. 
No mesmo período, os contrarrevolucionários se sentiram livres para se vingarem dos radicais da 
Revolução, iniciando um massacre contra montanheses, sans-culottes e jacobinos no sul do país e na 
Provença. A ação ficou conhecida como Terror Branco. 
 
Conspiração dos Iguais (1796) 
Liderados por Graco Babeuf, os jacobinos democratas organizaram um levante que defendia a 
propriedade coletiva da terra (fim da propriedade privada) e a repartição da produção de maneira 
igualitária. No Manifesto dos Iguais, documento produzido pelos rebeldes, defendia-se a igualdade total 
entre os homens. O movimento foi duramente combatido, mas, para muitos historiadores, ele teria sido 
precursor das teorias socialista e anarquista, que surgiriam no século XIX. 
 
O 18 de Brumário 
Apesar de obter vitórias expressivas contra seus adversários nas fronteiras, o Diretório amargava 
denúncias de corrupção, era incapaz de conter a inflação e não dispunha de autoridade entre funcionários 
e soldados, pois não conseguia pagá-los. 
Ao mesmo tempo, o exército francês acumulava vitórias no exterior, liderado pelo jovem 
Napoleão Bonaparte. O rápido prestígio conquistado por Bonaparte contribuiu para catapultá-lo para a 
cena política francesa. Para os burgueses, um nome confiável; para as camadas populares, um “justiceiro” 
e feroz combatente da corrupção. 
Em 09 de novembro de 1799 – ou 18 Brumário, no calendário republicano – um golpe de Estado 
colocou Napoleão Bonaparte e outros dois nomes como cônsules da França. O episódio marcou tanto o 
fim do Diretório quanto o término da Revolução Francesa. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 29 
 
Figura 13 - O general Bonaparte no Conselho dos Quinhentos, por François Bouchot. 
 
(2014/PUCSP) 
“O Terror, que se tornou oficial durante certo tempo, é o instrumento usado para reprimir a 
contrarrevolução (…). É a parte sombria e mesmo terrível desse período da Revolução [Francesa], 
mas é preciso levar em conta o outro lado dessa política.” 
Michel Vovelle. A revolução francesa explicada à minha neta. São Paulo: Unesp, 2007, p. 74-75. 
São exemplos dos “dois lados” da política revolucionária desenvolvida na França, durante o período 
do Terror, 
a) o julgamento e a execução de cidadãos suspeitos e o tabelamento do preço do pão. 
b) a prisão do rei e da rainha e a conquista e colonização de territórios no Norte da África. 
c) a vitória na guerra contra a Áustria e a Prússia e o fim do controle sobre os salários dos operários. 
d) a ascensão política dos principais comandantes militares e a implantação da monarquia 
constitucional. 
e) o início da perseguição e da repressão contra religiosos e a convocação dos Estados Gerais. 
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Comentários 
A política do Terror foi implantada durante a Revolução Francesa, no período em que a Convenção 
foi dominada pelos jacobinos. Ao sugerir a existência de “dois lados da moeda”, o historiador Michel 
Vovelle argumenta que a violência certamente foi um instrumento bárbaro, responsável pela morte 
de milhares de pessoas em um curto espaço de tempo. Contudo, o leitor é convidado a refletir sobre 
os ganhos do período, sendo um exemplo disso a criação da Lei do Máximo, que institui o 
tabelamento dos preços dos víveres para aliviar os camponeses da inflação. Assim sendo, a 
alternativa A é a resposta. 
Quanto as demais alternativas... 
- A alternativa B está incorreta, afinal a França conquista o Egito somente durante o Diretório, 
sendo a campanha militar conduzida pelo general Napoleão Bonaparte. 
- A alternativa C está incorreta, pois as forças austríacas e prussianas não foram detidas durante 
o período conhecido como Diretório. 
- A alternativa D está incorreta, afinal a França se torna uma monarquia constitucional antes da 
implementação da política do terror. 
- A alternativa E está incorreta, pois os Estados Gerais foram convocados por Luís XVI em maio 
de 1789, antes da eclosão da Revolução Francesa. 
Gabarito: A 
4. ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815) 
A ascensão de Napoleão Bonaparte representou um novo contexto político para a França. Assim 
sendo, podemos dividir o período em que se encontra no poder em três fases: 
▪ Consulado (1799-1804) 
▪ Império (1804-1814) 
▪ Governo dos Cem Dias (1815) 
A seguir, veremos cada uma delas. 
 
4.1. Consulado (1799-1804) 
Após a queda do Diretório, estabeleceu-se que Napoleão deveria ocupar o poder com outros dois 
cônsules por 10 anos. Contudo, ele monopolizou o poder a partir de 1802, quando se proclamou cônsul 
vitalício da França. 
Apesar do término da Revolução, os conflitos externos contra a Áustria, Inglaterra e Rússia 
permaneceram até 1802, quando foi negociada a Paz de Amiens. Porém, a paz não durou muito tempo, 
pois entre 1804 e 1815, a França voltou a enfrentar as monarquias rivais nas chamadas guerras 
napoleônicas. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 31 
 
Figura 14 - O primeiro-cônsul Napoleão Bonaparte, por volta de 1800. Fonte: Wellcome Colection. 
 
Internamente, Napoleão buscou fomentar o desenvolvimento econômico por meio da criação do 
Banco da França, reservando ao Estado a prerrogativa de emitir dinheiro e descontar títulos privados e 
empréstimos. Também criou a Sociedade para o Estímulo da Indústria Nacional, a fim de impulsionar a 
produção do país. 
 
Napoleão também buscou a reconciliação com os adversários internos da Revolução ao estimular 
o retorno dos nobres exilados durante a Revolução Francesa. Para se aproximar da Igreja, assinou a 
Concordata de 1801, documento em que reconhecia o catolicismo como a principal religião do país, mas 
sem torná-la oficial. 
 
Código Napoleônico 
A medida mais importante do período foi a aprovação do Código Civil, mais conhecido como 
Código Napoleônico (1804). Vejamos seus principais pontos: 
▪ Liberdade de consciência; 
▪ Igualdadejurídica; 
▪ Direito à propriedade privada; 
▪ Proibição de greves; 
▪ Tutela do marido sobre a mulher e os filhos; 
▪ Restabelecimento da escravidão nas colônias francesas. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 32 
Distribuído para cada cidadão francês, o novo sistema de leis trazia vários princípios iluministas e 
liberais, como por exemplo reconhecer que o Estado era a única fonte da lei, e que ela se aplicava à toda 
a Nação. 
Por outro lado, o Código Napoleônico buscou suprimir certos ideais da Revolução Francesa. A lei 
do divórcio foi endurecida, a mulher colocada sob a tutela do marido, as greves proibidas e a escravidão 
restabelecida nas colônias. Influenciado pelos valores da burguesia, Napoleão substituía “Liberdade, 
fraternidade e igualdade” por “propriedade, igualdade e liberdade”. 
 
Napoleão Bonaparte e a Revolução Francesa 
O paradoxo da vida incessantemente política de Napoleão é que ele conseguiu “acabar” com a 
política — pelo menos no sentido turbulento, partidário, diário, em que os franceses a haviam 
praticado durante uma década de Revolução. Como primeiro-cônsul, depois como imperador, ele 
puxou, esvaziou e incorporou la politique; ele, e nada ou ninguém mais, tornou-se partido, 
parlamento e político. A linguagem, que foi o principal meio que Napoleão usou para fazer isso, girou 
em torno de dois fecundos termos franceses — “nação” e “nacional”, este último prestando muitas 
vezes bons serviços como substantivo, não apenas como adjetivo [...]. 
Isto não quer dizer que Napoleão não tenha devido muito a “grandes eventos”, e de maneiras de 
que nem mesmo ele teve completa consciência. [...]. A Revolução moldou sua percepção e sua 
consciência, levando-o a lamentar muitas ações tanto enquanto as praticava quanto por muito tempo 
depois. A Revolução determinou de maneira decisiva suas ideias, acima de tudo sua intenção de 
eliminar os efeitos da explosiva “descoberta da política” feita pela França no final no século XVIII. Por 
mais que tentasse “consertar” (leia-se: sufocar) a Revolução Francesa, ele continuou sendo mais seu 
herdeiro do que seu parricida no início e no fim da sua carreira, e durante a maior parte das crises 
[...]. 
ENGLUND, Steven. Napoleão: uma biografia política. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. p. 514-515. 
 
4.2. Império (1804-1814) 
Em 1804, Napoleão Bonaparte tornou-se imperador dos franceses, o que foi legitimado por um 
plebiscito. O papa Pio VII foi intimado a ir até a França para coroá-lo na catedral de Notre-Dame, mas 
durante a cerimônia, Napoleão tomou a coroa de suas mãos e botou em sua própria cabeça. Com isso, 
manifestava que seu poder não dependia do reconhecimento da Igreja, mas apenas dele próprio. Em 
seguida, corou a esposa, Josefina, como imperatriz da França. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 33 
 
Figura 15 - A Coroação de Napoleão, por Jacques-Louis David, 1807. 
 
O período foi marcado por fortes investimentos no ensino público em todo o país, a partir da 
criação de diversas escolas secundárias, chamadas de liceus. Nelas era aplicado o Catecismo Imperial, um 
guia de instrução religiosa que recomendava obediência dos alunos ao líder máximo do país. 
 
Expansão territorial 
 Tanto a Revolução Francesa quanto a Era Napoleônica foram marcadas pela dominação de áreas do 
continente europeu pela França, incluindo territórios da Áustria, a anexação da Holanda e o domínio sobre 
o reino de Nápoles. Por vezes, o imperador francês designou parentes para a administração de suas 
conquistas territoriais. 
O processo de expansão territorial ameaçava não somente o poderio de monarquias tradicionais, 
mas a própria continuidade do Antigo Regime em outros países. Em cada área anexada, aplicava-se o 
Código Napoleônico, o sistema decimal e o casamento civil. Além disso, tributos e privilégios feudais eram 
eliminados, ao passo que se estimulava a tolerância religiosa e o ensino secular. 
A França napoleônica buscou consolidar sua hegemonia militar e econômica sobre a Europa, mas 
esbarrou com uma poderosa adversária: a Inglaterra. Embora o Exército napoleônico tenha se mostrado 
eficaz no processo expansionista, ele se mostrou pouco eficaz diante de um país que era insular (a 
Inglaterra é uma ilha) e apresentava uma poderosa frota naval. 
 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 34 
 (2020/ENEM DIGITAL) 
 
O gesto representado no quadro simboliza uma diferença entre o império napoleônico e a 
monarquia absolutista, por 
a) reduzir a autoridade do clero. 
b) instaurar a censura da imprensa. 
c) controlar a organização judiciária. 
d) suspender as pensões da nobreza. 
e) desrespeitar a propriedade privada. Comentários 
- A alternativa A está correta. As monarquias possuíam uma íntima relação com o poder 
religioso. O clero justificava os governos absolutistas na medida que afirmava que o poder provinha 
de Deus, portanto os reis eram escolhidos divinos. No período absolutista, quem colocava a coroa 
na cabeça do rei, em um ato extremamente simbólico, era uma autoridade religiosa. Napoleão 
rompe com isso, já que ele próprio tomou a coroa das mãos do papa e se autoproclamou imperador. 
Esse ato revela uma redução do poder e autoridade clerical, que estaria submetido a Napoleão. 
- A alternativa B está incorreta, porque Napoleão, embora fosse uma figura autoritária, era 
adepto dos pensamentos liberais e da defesa dos direitos naturais, onde se inclui o direito à livre 
expressão. Portanto, não havia o intuito de censurar a imprensa. 
- A alternativa C está incorreta, porque o controle da organização judiciária era uma 
característica do período absolutista, não do período napoleônico. A organização judiciária possuía 
certo grau de liberdade durante o governo de Napoleão. 
- A alternativa D está incorreta, porque o gesto representado na imagem não possui relações 
com a suspensão das pensões da nobreza. A imagem apresenta um ato de soberania e submissão 
ao imperador. 
- A alternativa E está incorreta, porque Napoleão era adepto do liberalismo. Uma das 
principais ideias dessa corrente é a defesa da propriedade privada. Logo, Napoleão promoveu o 
respeito a tal noção, não o desrespeito, como sugere o enunciado. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 35 
Gabarito: A 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 36 
Bloqueio Continental (1806) 
Para fazer frente à Inglaterra, a França decretou o Bloqueio Continental, que buscava 
sufocar a economia inglesa ao proibir todas as nações de estabelecerem relações comerciais 
com a rival. O país que o desacatasse, ficaria à mercê das tropas napoleônicas, que 
marchariam para invadi-lo e depor seu governante. 
O plano de Napoleão se mostrou falho por duas razões: 
▪ ainda que buscasse tomar o lugar da Inglaterra no continente, a produção industrial 
francesa não era tão expressiva, mostrando-se incapaz de suprir a demanda dos países 
europeus; 
▪ ao ser limitada pelo embargo napoleônico, a Inglaterra investiu em novos mercados para os seus 
produtos nas Américas. 
 
 
 
Figura 16 - Mapa da Europa durante as guerras napoleônicas. 
 
A expansão francesa e a aplicação do Bloqueio Continental enfrentaram adversidades. Na 
Espanha, a dinastia Bourbon foi deposta pelas tropas napoleônicas, sendo substituída pelo irmão de 
Napoleão, José Bonaparte. Contudo, clero, nobres e populares não aceitaram a dominação, dando início 
a um processo de resistência conhecido como “úlcera espanhola”, que consumiufortunas da França. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 37 
 
 
Figura 17 - Os fuzilamentos de 3 de maio de 1808 (1814-1815), de Goya. Em estilo romântico, a mostra a execução de cidadãos que 
resistiam à ocupação de Napoleão na Espanha. Fonte: GRAÇA PROENÇA, 2018, p. 176. 
 
Em Portugal, país economicamente dependente da Inglaterra, o príncipe-regente D. João não 
cumpriu o boicote, o que o levou a ser invadido por tropas napoleônicas. Em resposta a isso, ele optou 
pela transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808. 
A Rússia também se recusou a romper relações comerciais com os ingleses, o que levou Napoleão 
à invadir a Rússia com seu Exército, em 1812. Contudo, foram derrotados diante da política de “terra 
arrasada” implementada pelos russos: conforme as tropas napoleônicas avançavam até Moscou, seu 
abastecimento era dificultado pelos habitantes do Império russo, que queimavam e destruíam tudo. 
Como o rigoroso inverno se aproximava na região, Napoleão optou por bater em retirada, mas seu Grande 
Exército foi abatido pelo frio, epidemias de tifo e ataques russos. 
Depois de retornar à França, o Imperador não obteve recursos para recompor as perdas de seus 
efetivos militares, o que favoreceu a sua derrota por uma coligação formada pela Inglaterra, Áustria, 
Rússia e Prússia. Deposto, Napoleão foi exilado na ilha de Elba, situada na costa da península itálica, 
enquanto o trono da França era ocupado por Luís XVIII, irmão do monarca executado pela Revolução. 
4.3. Governo dos cem dias (1815) 
O retorno dos Bourbons ao poder provocava o receio de que conquistas legadas pela Revolução 
Francesa e a Era Napoleônica fossem suprimidas. Por parte dos camponeses, havia o medo de serem 
retiradas as terras distribuídas durante a Convenção, enquanto a burguesia acreditava que a valorização 
do mérito individual implementada por Napoleão poderia dar lugar aos privilégios que existiam no 
período do Antigo Regime. Por fim, o Exército buscava conservar o status adquirido nos últimos anos. 
No dia 1º de março de 1815, as tropas enviadas por Luís XVIII para manter Napoleão em Elba 
auxiliaram-no a retornar para Paris, onde foi aclamado pela população. Diante disso, o rei Luís XVIII fugiu 
para os Países Baixos, mas a situação não durou muito: em 18 de junho de 1815, Napoleão foi derrotado 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 38 
em Waterloo, Bélgica, por uma coligação de monarquias europeias. Foi novamente exilado, dessa vez 
para a ilha africana de Santa Helena, no meio do Atlântico, onde morreu, em 1821. O seu novo e breve 
governo ficou conhecido como os “cem dias”, sendo sucedido pelo retorno de Luís XVIII ao trono. 
 
(2001/Mackenzie) 
Minha maior glória não consistiu em ter ganho quarenta batalhas; Waterloo apagará a memória de 
tantas vitórias. O que nada apagará, o que viverá eternamente, é o meu Código Civil. Napoleão 
Bonaparte 
O Código Civil Napoleônico, promulgado em 1804, assegurava: 
a) que os reis franceses só poderiam aumentar impostos ou alterar as leis com a aprovação do 
Grande Conselho, composto por membros do clero, burgueses e nobres. 
b) as conquistas burguesas, como a igualdade do indivíduo perante a lei, o direito à propriedade e 
a proibição da organização de sindicatos de trabalhadores e das greves. 
c) uma organização da Europa em novas bases econômicas e sociais, fixando uma bipolarização 
ideológica marcada pela tensão internacional, o que reativou o confronto com a Inglaterra. 
d) a harmonização dos interesses conflitantes do capital e do trabalho dentro dos quadros das 
corporações, defendendo que tudo deveria ser feito para a nação, pois esta representava a mais 
alta forma de sociedade. 
e) um planejamento econômico e social baseado na intervenção do Estado na economia, através 
de investimentos estatais de monta, estimulando uma política de pleno emprego. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta. Enquanto esteve no poder, Napoleão Bonaparte não submeteu 
sua política tributária à representantes da sociedade, afinal o poder decisório permaneceu 
centralizado em sua figura. 
- A alternativa B é a resposta. O Código Napoleônico (1804) representou o triunfo dos valores da 
burguesia, na medida em que foram garantidos o direito à propriedade e a igualdade perante a lei, 
legados da Revolução de 1789. Por outro lado, o sistema de leis buscou enquadrar os trabalhadores 
proibindo a realização de greves, enquanto as mulheres foram legalmente consideradas tuteladas 
pelos maridos. 
- A alternativa C está incorreta, afinal a ideologia liberal foi capaz de fincar raízes tanto na 
Inglaterra quanto na França ao longo do século XIX. Contudo, o processo revolucionário francês, por 
encampar a ideia de igualdade e discutir questões sociais, causava temor entre as elites políticas da 
Inglaterra. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 39 
- A alternativa D está incorreta, afinal o corporativismo foi um modelo implementado pelo Estado 
fascista de Mussolini, na primeira metade do século XX. 
- A alternativa E está incorreta. Embora buscasse alavancar a economia francesa por meio de 
iniciativas como a criação da Sociedade para o Estímulo da Indústria Nacional, Napoleão Bonaparte 
não implementou medidas voltadas à geração de empregos. 
Gabarito: C 
5. CONGRESSO DE VIENA (1815) 
Após a derrota efetiva de Napoleão, as monarquias vencedoras – Inglaterra, 
Áustria, Rússia e Prússia –, juntamente com a própria França, reuniram-se em Viena, em 
1815, para discutir o acordo de paz e os rumos da Europa. Vejamos os seus objetivos: 
▪ reorganização das fronteiras na Europa, desarranjadas diante do expansionismo 
francês e das guerras napoleônicas; 
▪ conter o surgimento e êxito de movimentos nacionalistas, liberais e separatistas 
no interior dos Impérios europeus, que ameaçavam a continuidade do Antigo 
Regime. Em outras palavras: era preciso extirpar qualquer influência da Revolução 
Francesa sobre o continente. 
 
 
Figura 18 - Representação do Congresso de Vienta, em 1815. Fonte: Shutterstock. 
 
Os países defenderam o chamado Concerto Europeu, ou seja, o equilíbrio de poder entre as 
potências do continente, com o intuito de evitar o surgimento de outra figura similar ao imperador francês 
deposto. Para que isso fosse possível, consideraram a aplicação de dois princípios: 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 40 
▪ Restauração: todos os monarcas depostos por Napoleão deveriam retornar aos seus tronos, ou 
seus descendentes diante de sua morte. 
▪ Legitimidade: era reconhecido aos monarcas europeus o direito de ocupar o trono, contrariando 
ideias liberais que afirmavam que a soberania se encontrava no povo. 
Quanto às fronteiras europeias, o Congresso de Viena determinou os seguintes pontos: 
▪ Diminuição do território francês, a partir da redistribuição das áreas anexadas durante o período 
napoleônico. Contudo, suas fronteiras não foram diminuídas para o período anterior ao da 
Revolução Francesa; 
▪ Incorporação da Finlândia e de parte da Polônia pela Rússia; 
▪ Anexação da Renânia e parte da Saxônia pela Prússia; 
▪ Incorporação de parte da Lombardia pela Áustria; 
▪ A Inglaterra adquiriu bases navais importantes, como a ilha de Malta e as ilhas jônicas no 
Mediterrâneo, além da província do Cabo (atual África do Sul) e o Ceilão, no Oceano Índico. 
 
Santa Aliança 
Por sugestão do monarca russo, Alexandre I, foi criada a Santa Aliança, pacto militar firmado entre 
Rússia, Áustria e Prússia, no qual essas potências católicas reivindicavam parasi o direito de intervenção 
caso princípios do Congresso de Viena fossem ameaçados. Com isso, as monarquias se comprometiam a 
combater movimentos nacionalistas e liberais que eclodissem no continente, ou mesmo em seus 
domínios coloniais. 
A Inglaterra se envolveu apenas formalmente na formação de uma Quádrupla Aliança, se unindo 
aos esforços das monarquias absolutistas mencionadas. Contudo, há muito demonstrava apreço às ideias 
liberais, além de ser favorável à formação de nações na América, tendo em vista os seus novos mercados 
consumidores. 
 
Ondas revolucionárias 
O Congresso de Viena apresentou êxitos e fracassos. Vejamos: 
▪ Alcançou-se certo equilíbrio entre os países. Até 1914, quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial, 
a Europa não foi palco de nenhum grande conflito militar de proporções similares às guerras 
napoleônicas; 
▪ A Inglaterra se consolidou como a principal potência econômica e militar entre 1815 e 1914, o que 
fez com que o período ficasse conhecido como “pax britannica”. 
▪ A Santa Aliança não conteve a eclosão de movimentos nacionalistas e liberais nas décadas 
seguintes, que sepultaram o Antigo Regime na Europa, nem os processos de independência nas 
Américas. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 41 
Três ondas revolucionárias abalaram o Ocidente entre 1815 e 1848: 
 
ONDAS REVOLUCIONÁRIAS LOCAL DE OCORRÊNCIA 
1ª ONDA (1820-1824) Incluiu países do Mediterrâneo, como Espanha, Nápoles e Grécia. Dela 
também fez parte a Revolução Liberal do Porto (1821). 
2ª ONDA (1829-1834) Incluiu toda a Europa, o oeste da Rússia e os Estados Unidos. Em diversos 
países, a aristocracia foi definitivamente derrotada. 
3ª ONDA (18148) A maior de todas as ondas, ficou conhecida como Primavera dos Povos. 
 
Inspirados pela Revolução Francesa, as ondas revolucionárias evidenciaram a formação de três 
projetos de poder que buscavam superar o Antigo Regime: 
▪ Liberal-moderado: encabeçado por setores abastados, buscavam a monarquia constitucional; 
▪ Democrata radical: defendiam a introdução de repúblicas que garantissem algum bem-estar 
social. Era sustentado principalmente por classes médias baixas, intelectuais e membros da 
pequena nobreza; 
▪ Socialista: sustentado por trabalhadores pobres que buscavam transformações significativas na 
sociedade, a fim de se garantir a igualdade entre os homens. 
Tais modelos políticos eram abominados pelos absolutistas, uma vez que subvertiam a ordem do 
Antigo Regime. Mas apesar do adversário comum, essas ideias eram diferentes entre si, conforme 
veremos a seguir. 
 
6. FRANÇA PÓS-NAPOLEÔNICA (1830-1870) 
Após a deposição de Napoleão Bonaparte, a França estava dividida entre os seguintes grupos: 
▪ Ultrarrealistas → também conhecidos como tradicionalistas extremados, buscavam o retorno do 
Antigo Regime e a anulação dos efeitos da Revolução de 1789. 
▪ Constitucionalistas → defensores da monarquia constitucional e do voto censitário; 
▪ Liberais (ou independentes) → grupo composto por bonapartistas que defendiam mais espaço 
para a burguesia. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 42 
6.1. Revolução de 1830 
Após a morte do irmão, o rei Luís XVIII, Carlos X assumiu o trono da França. Líder dos 
ultrarrealistas, o novo monarca adotou as seguintes posturas: 
▪ Defendeu o predomínio da Igreja sobre o ensino; 
▪ Promoveu censura à imprensa; 
▪ Indenizou nobres pelas suas perdas materiais sofridas durante a Revolução Francesa. 
As ações retrógradas desagradaram os liberais, que conclamaram os populares e os burgueses às 
ruas contra o governo do monarca. Era o início da Revolução de 1830, movimento de bases liberais. 
Carlos X reagiu com a publicação das Ordenações de Julho, que dissolveram a Câmara dos 
Deputados, cancelaram as eleições e aumentaram a censura à imprensa. A população reagiu fortemente 
entre os dias 27 e 29 de julho de 1830, os chamados “Três Dias Gloriosos”. Sem saída, o monarca abdicou 
do poder e partiu para o exílio. Luís Filipe de Orléans, primo de Carlos X, assumiu o poder. 
 
ATENÇÃO: Os acontecimentos da França tiveram repercussão no Brasil. Ao tomar ciência da 
deposição de Carlos X, muitos políticos brasileiros se embasaram na Revolução de 1830 para exigir 
a abdicação de D. Pedro I, considerado igualmente autoritário. 
 
Liberalismo 
O liberalismo é uma matriz de pensamento que se pauta pela ideia de liberdade para influir sobre 
todas as esferas da vida em sociedade. Herdeira do iluminismo, ela se opôs às autoridades tirânicas e ao 
dogmatismo da Igreja, contribuindo para o fim do Antigo Regime. 
Inicialmente, a doutrina liberal se mostrou revolucionária, sendo exemplos disso a Revolução 
Francesa, a Revolução Americana e a Revolução de 1830. Em grande medida, ela respondeu aos anseios 
da burguesia, pois como vimos, ela se pautou nos seguintes pontos: 
▪ A igualdade dos cidadãos perante a lei, eliminando privilégios de nascimento; 
▪ Direito à vida, à liberdade e à propriedade privada; 
▪ A garantia do livre-mercado, limitando a interferência do Estado na economia; 
▪ Certas limitações aos poderes constituídos, a fim de evitarem autoridades tirânicas; 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 43 
Para muitos, contudo, o liberalismo não deu respostas satisfatórias à exclusão política e 
socioeconômica de amplos setores da sociedade. Com isso, novas correntes de pensamento surgiram na 
Europa, questionando a hegemonia liberal. 
Em reação a isso, o liberalismo adquiriu um caráter conservador, com o intuito de frear as ideias 
democráticas e a extensão a extensão do voto para grupos sociais tidos como incapacitados para atuar na 
vida pública. Foi essa forma de liberalismo que predominou entre as elites a partir do século XIX, incluindo 
aquelas condutoras dos processos de independência no Brasil e no restante da América Latina. 
 
Luís Filipe, o “rei burguês” 
O reinado de Luís Filipe de Orléans atendeu aos 
interesses da burguesia liberal, na medida em que manteve 
a monarquia constitucional, a autonomia do Parlamento, a 
liberdade de expressão e o voto censitário. Com isso, ficou 
conhecido como o “rei burguês”. 
Como atos simbólicos do novo período, a bandeira 
tricolor foi oficializada no período, ao mesmo tempo em 
que o governo adquiriu a pintura A Liberdade guiando o 
povo (1830), de Eugene Delacroix. A pintura foi adquirida 
pelo governo para ser exposta pela população, fornecendo 
uma espécie de imagem oficial para os acontecimentos. 
Porém, para muitos ela também lembrava 
o radicalismo da fase da Convenção, o que 
fez com que fosse depositada em um 
porão. 
 
Figura 6 - A bandeira tricolor da França. As cores são 
comumente associadas ao lema "Liberdade, Igualdade e 
Fraternidade" da Revolução Francesa, mas suas origens 
são anteriores ao processo. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 44 
Figura 7 - A Liberdade conduzindo o povo, pintura de Eugéne Delacroix, 1830. Fonte: Shutterstock. 
 
 
O Romantismo, uma reação à arte neoclássica 
O estilo neoclássico, cultivado nas academias de belas-artes, sofreu contestações devido ao 
rigor técnico imposto por essas instituições e a excessiva valorização da arte greco-romana. Nomes 
como Goya, Delacroix, Turner e Constable buscaram valorizar os sentimentos e a imaginação, em 
um contexto de exaltação do nacionalismo e de elementos da natureza. Essa reação ficou conhecida 
como romantismo. 
As cenas retratadas ganham maior dinamismo, fazendo maior uso de cores para provocar 
contrastes de claro e escuro e produzir grandedramaticidade para o observador. Além disso, 
diferentemente das temáticas mitológicas do neoclassicismo, os românticos se atrelaram a temas 
históricos, sendo um exemplo disso a obra A Liberdade guiando o povo (1830), de Eugene Delacroix. 
6.2. Revolução de 1848 
O governo de Luís Filipe avançou no processo industrial do país e beneficiou interesses da 
burguesia, mas a inflação e o desemprego assolavam os trabalhadores rurais e urbanos. Com o intuito de 
evitar críticas ao seu governo, o monarca proibiu a realização de manifestações públicas. 
Naquele momento, o governo contava com a oposição de republicanos, socialistas e políticos de 
centro-direita. Eles resolveram burlar as proibições organizando a “política dos banquetes”, uma 
campanha de encontros políticos realizados em locais privados e que reuniam milhares de pessoas. 
O principal ministro à época era François Guizot, que proibiu a continuada dos eventos. Diante 
disso, a população parisiense se rebelou, forçando Luís Filipe a abdicar do poder em 24 de fevereiro de 
1848. Era o início da Segunda República na França. 
 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 45 
 
Figura 8 - Republicanos queimam a carruagem real no Castelo D'Eu, em fevereiro de 1848. Fonte: Shutterstock. 
 
Primavera dos Povos 
A Revolução de 1848, responsável pela instalação da Segunda República na França, foi 
impulsionadora da terceira onda revolucionária da Europa. Assim como no país, insurreições eclodiram 
na península itálica, nos Estados alemães, no Império dos Habsburgo e na Suíça, e por isso podemos dizer 
que o continente foi palco de uma “primavera dos povos”. 
Embora boa parte dos movimentos tenha fracassado, certas conquistas foram obtidas em alguns 
deles, como o sufrágio universal na França e a criação de parlamentos nos Estados alemães. Também 
manifestavam o fortalecimento dos movimentos operários, mobilizados pelas ideias socialistas e 
republicanas. 
 
Segunda República francesa (1848-1852) 
Na França, um governo provisório foi formado por liberais, republicanos e socialistas. Vejamos suas 
principais iniciativas: 
▪ Criação do sufrágio universal masculino; 
▪ Garantia das liberdades de imprensa e reunião; 
▪ Abolição da pena de morte por motivações políticas; 
▪ Proibição da escravidão nas colônias 
▪ Redução da jornada de trabalho; 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 46 
▪ Criação das oficinas nacionais (ateliers nationaux), que ofereciam trabalho aos desempregados. 
 
 
Figura 9 - Representação da conquista do sufrágio universal, em 1848. Fonte: Musee Carnavalet, Paris. 
 
Temerosos com o avanço das ideias radicais de trabalhadores e socialistas, a alta burguesia se uniu 
à setores católicos e da velha aristocracia para vencer as eleições em abril de 1848. Em seguida, eles 
fecharam as oficinas nacionais. 
Os trabalhadores ergueram barricadas pelas ruas de Paris em junho, mas foram massacrados pelas 
forças policiais que bombardeavam quarteirões, prendiam e executavam rebeldes e fecharam jornais 
socialistas. Essa reação conservadora ficou conhecida como Jornadas de Junho. 
Em novembro de 1848, a eleição presidencial foi vencida com 73% dos votos por Luís Bonaparte, 
sobrinho de Napoleão que havia conquistado o apoio dos camponeses e proletários com promessas de 
restaurar os tempos de glória do país. Apesar da vitória esmagadora, nas eleições seguintes a oposição 
conservadora obteve maioria no parlamento, o que engessou o poder de decisão do novo presidente. 
18 de Brumário e o Segundo Império 
Em 2 de dezembro de 1851, contanto com o apoio do Exército para ampliar o seu poder, Luís 
Bonaparte fechou a Assembleia Nacional, prendeu adversários políticos e empastelou jornais. Karl Marx 
observou que o presidente recorreu à mesma tática que o tio, por isso a denominou de golpe de 18 
Brumário. 
Na obra de mesmo nome, o filósofo registraria: 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 47 
Em alguma passagem de suas obras, Hegel comenta que todos os grandes fatos e todos os grandes 
personagens da história mundial são encenados, por assim dizer, duas vezes. Ele se esqueceu de 
acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa. Caussidière como Danton, Luís 
Blanc como Robespierre, a Montanha de 1848-51 como a Montanha de 1793-952, o sobrinho como 
o tio. E essa mesma caricatura se repete nas circunstâncias que envolvem a reedição do 18 de 
brumário! 
MARX, Karl. O 18 de brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011. p. 25. 
 
Seguindo os passos do tio, Luís realizou um plebiscito para decidir se a República deveria ser 
substituída por um Império, obtendo parecer favorável dos votantes. Sua coroação foi realizada em 
dezembro de 1852, quando adotou o nome de Napoleão III. Iniciava-se o período chamado Segundo 
Império, que perduraria até 1870. 
Embora autoproclamado imperador da França, Karl Marx registraria que Luís Bonaparte teria 
inaugurado uma ditadura no país, chamada por ele bonapartismo. Nessa forma de governo, interesses 
econômicos da burguesia eram assegurados, mas sem conferir-lhes poder político de fato. 
 
 
Figura 10 - Napoleão III de França. Fonte: Wikimedia Commons. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 48 
7. LISTA DE QUESTÕES 
7.1. ENEM 
1. (2020/ENEM) 
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão — 1789 
Os representantes do povo francês, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos 
direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos governos, resolveram 
declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta 
declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus 
direitos e seus deveres; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, fundados em princípios simples e 
incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral. 
Disponível em: www.direitoshumanosusp.br. Acesso em: 7 jun. 2018 (adaptado). 
Esse documento, elaborado no contexto da Revolução Francesa, reflete uma profunda mudança social ao 
estabelecer a 
a) manutenção das terras comunais. 
b) supressão do poder constituinte. 
c) falência da sociedade burguesa. 
d) paridade do tratamento jurídico. 
e) abolição dos partidos políticos. 
 
2. (2020/ENEM DIGITAL) 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 49 
O gesto representado no quadro simboliza uma diferença entre o império napoleônico e a monarquia 
absolutista, por 
a) reduzir a autoridade do clero. 
b) instaurar a censura da imprensa. 
c) controlar a organização judiciária. 
d) suspender as pensões da nobreza. 
e) desrespeitar a propriedade privada. 
 
7.2. Vestibulares 
1. (2022/FCMSCSP) 
Os sucessos militares de Napoleão Bonaparte resultaram da organização de um novo exército de cidadãos 
pela Revolução Francesa. As vitórias de Bonaparte no continente europeu implicaram a) consolidação das 
tradicionais dinastias absolutistas europeias. 
b) desarticulação da produção têxtil da primeira revolução industrial. 
c) desestabilização de sistemas de dominação das metrópoles ibéricas. 
d) propagações de revoluções sociais de caráter jacobino em escala universal. 
e) modificações geopolíticas restritas aos espaços da Europa Ocidental. 
 
2. (2021/Famerp) 
Em 1791, a escritora francesa Olympe de Gouges publicou a Declaração dos Direitos da Mulher e da 
Cidadã. Esse documentoa) defendia a participação da mulher na vida política e civil em condição de igualdade com os homens. 
b) baseou-se na noção de papel social das mulheres proposta na Declaração de Independência dos 
Estados Unidos. 
c) sustentava a importância das atividades femininas no ambiente doméstico e na liderança da estrutura 
familiar. 
d) consolidou a igualdade de gêneros como um dos princípios defendidos pelos revolucionários franceses. 
e) embasou a ascensão das mulheres ao primeiro escalão governamental na França revolucionária. 
 
3. (2020/UFRGS) 
Considerando o contexto histórico e os desdobramentos da Revolução Francesa, assinale a alternativa 
que caracteriza a “Era Napoleônica”. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 50 
a) Consolidação da revolução burguesa na França, por meio da contenção dos inimigos internos 
(monarquistas e jacobinos), e sua expansão para a Europa. 
b) Retorno da monarquia absolutista ao poder, por intermédio da extinção da Declaração dos Direitos 
do Homem e do Cidadão. 
c) Ascensão política das camadas populares, conhecidas como sans-cullotes, o que provocou a 
radicalização do processo. 
d) Fim do Antigo Regime e implementação da Monarquia Constitucionalista, inspirada nos ideais 
jacobinos. 
e) Início da Assembleia dos Estados Gerais, repressão aos monarquistas e derrota da Primeira 
Coligação Europeia Antifrancesa. 
 
4. (2020/Unesp) 
Na Europa, as forças reacionárias que compunham a Santa Aliança não viam com bons olhos a 
emancipação política das colônias ibéricas na América. […] Todavia, o novo Império do Brasil podia contar 
com a aliança da poderosa Inglaterra, representada por George Canning, primeiro-ministro do rei Jorge 
IV. […] Canning acabaria por convencer o governo português a aceitar a soberania do Brasil, em 1825. 
Uma atitude coerente com o apoio que o governo britânico dera aos EUA, no ano anterior, por ocasião 
do lançamento da Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da não intervenção europeia na América. 
(Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de Albuquerque. Independência ou morte: a emancipação política do Brasil, 
1991.) O texto relaciona 
(A) a restauração das monarquias absolutistas no continente europeu, a industrialização dos Estados 
Unidos e a constituição da Federação dos Estados Independentes da América Latina. 
(B) a influência da Igreja católica nos assuntos políticos europeus, o controle britânico dos mares 
depois do Ato de Navegação e o avanço imperialista dos Estados Unidos sobre o Brasil. 
(C) a disposição europeia de recolonização da América, o Bloqueio Continental determinado pela 
França e os acordos de livre-comércio do Brasil com os países hispano- -americanos. 
(D) a penetração dos industrializados britânicos nos mercados europeus, a tolerância portuguesa em 
relação ao emancipacionismo brasileiro e a independência política dos Estados Unidos. 
(E) a reorganização da Europa continental depois do período de domínio napoleônico, os processos 
de independência na América e a ampliação do controle comercial mundial pela Inglaterra. 
 
5. (2019/ Unesp) 
Analise a tela Marat assassinado, pintada por Jacques-Louis David em 1793. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 51 
 
 (In: Ernst Hans Gombrich. A história da arte, 2015.) 
Essa pintura apresenta estilo 
a) gótico, expresso no confronto entre claro e escuro, e representa uma importante passagem bíblica. 
b) barroco, expresso no contraste entre os objetos retratados, e valoriza a importância da leitura e da 
escrita. 
c) romântico, expresso no conteúdo religioso da cena, e representa o predomínio da emoção sobre a 
razão. 
d) neoclássico, expresso na modelação da musculatura do corpo, e representa um episódio político da 
época. 
e) moderno, expresso na imprecisão das formas e dos contornos do desenho, e representa o cotidiano do 
homem da época. 
 
6. (2019/CUSC) 
— De volta à França, Bonaparte é visto como o salvador por toda uma facção, mas também por um grande 
número de capitalistas. Ele, por sua vez, prepara o golpe de Estado, um golpe de Estado militar que 
acontece no dia 18 Brumário do ano VIII (9 de novembro de 1799), após o que os deputados são afastados 
e ele assume o cargo de primeiro cônsul. Um poder que ele vai consolidar entre 1800 e 1804, até se tornar 
imperador. 
— Então é o fim da Revolução? 
— Não e sim. 
(Michel Vovelle. A Revolução Francesa explicada à minha neta, 2007. Adaptado.) 
A ambiguidade da última frase é explicada pelo fato de que Napoleão Bonaparte 
a) preservou a democracia direta implantada pela Revolução, mas defendeu a ideia de uma França 
belicosa e expansionista. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 52 
b) aboliu os resquícios do feudalismo que sobreviveram à Revolução, mas eliminou as pequenas 
propriedades rurais. 
c) assegurou a difusão das práticas mercantis liberais, mas restabeleceu o poder da aristocracia e da 
monarquia bourbônica. 
d) manteve a prática do terror e a perseguição aos adversários políticos, mas restaurou os privilégios 
do primeiro e do segundo estados. 
e) consolidou conquistas da Revolução e o poder da burguesia, mas limitou a participação e as 
liberdades políticas. 
 
7. (UERJ/2019) 
 
Caricatura de Napoleão Bonaparte, 1814. 
Adaptado de britishmuseum.org. 
 
A derrota de Napoleão Bonaparte, em 1814-1815, foi registrada de diversas formas nas sociedades 
europeias. Na imagem, o imperador francês tenta devorar o globo terrestre, sendo atacado por uma 
águia, um dos símbolos do Império Russo. Dois impactos que as guerras napoleônicas exerceram sobre as 
relações internacionais na Europa da época foram: 
(A) crise agrária e consolidação dos Estados republicanos 
(B) concorrência industrial e retomada de domínios coloniais 
(C) integração comercial e declínio de monarquias absolutistas 
(D) expansionismo territorial e reorganização das fronteiras políticas 
 
8. (2019/UNESPAR) 
 Trecho 1: “Gostaria que os seus compatriotas não estivessem se precipitando pelo caminho mais curto 
em direção a esta situação horrível e repugnante. Uma pobreza de concepção, uma rudeza e uma 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 53 
vulgaridade já se manifestam em todos os procedimentos da Assembleia [Nacional Constituinte] e dos 
homens que a inspiram. Sua liberdade não é liberal. Sua ciência é ignorância presunçosa. Seu humanismo 
é selvagem e brutal” 
(BURKE, E. Reflexões sobre a Revolução em França. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1982. p. 103). 
Trecho 2: “A convocação dos Estados Gerais de 1789 é a era verdadeira do nascimento do povo. Ela 
chamou o povo inteiro ao exercício de seus direitos”. 
(MICHELET, J. História da Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras: Círculo do Livro, 1989. p. 91). 
 
A escrita dos acontecimentos históricos é constituída de muitas versões. Nos trechos acima, dois 
intérpretes da Revolução Francesa, o inglês Edmund Burke e o francês Jules Michelet, cujas obras foram 
publicadas, respectivamente, em 1790 e em 1847, descrevem o início desse evento histórico. Os dois 
trechos acima são: 
a) Desconectados um em relação ao outro porque, embora tratem do mesmo fenômeno histórico, 
os dois convergem para um mesmo sentido; 
b) Complementares, pois ambos consideram que a Revolução Francesa está pautada em ideias 
iluministas de racionalidade e justiça social; 
c) Excludentes, pois Burke tem uma interpretação negativa da Revolução, ao passo que Michelet a 
considera a legitimação de direitos do terceiroestado; 
d) Complementares, pois para Burke a Revolução Francesa expressa ideias condenáveis e para 
Michelet ela efetiva o desejado exercício do poder popular; 
e) Excludentes, pois Burke considera que a Revolução Francesa superará a situação de pobreza e 
brutalidade; já Michelet considera que se trata de uma nova era. 
 
9. (2018/UENP) 
A Revolução Francesa de 1789 estabeleceu conceitos sobre ideologia política considerados essenciais para 
esclarecer os cidadãos sobre as diferenças entre as doutrinas que se digladiavam na Convenção Nacional. 
Sobre os posicionamentos políticos de cada grupo, assinale a alternativa correta. 
a) Os do Pântano, ou da Planície, que se situavam na parte mais baixa da Convenção, modificavam 
constantemente suas posições políticas entre direita e esquerda. 
b) Os Girondinos posicionavam-se no esquerdismo radical e representavam os interesses dos 
pequenos proprietários e comerciantes 
c) Os Montanheses adotaram a doutrina da conservação dos poderes políticos direitistas da alta 
burguesia aliada à monarquia nobiliárquica 
d) Os Jacobinos, mais centralistas democráticos em suas reivindicações, propunham o 
estabelecimento constitucional da monarquia apoiada pelos altos financistas. 
e) Os Sans-culottes postulavam a destruição da república francesa inspirados nos ideais da revolução 
Russa, visando à venda do patrimônio público. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 54 
 
 
10. (UNEMAT/2018) 
“Artigo onze: A livre comunicação dos pensamentos e das opiniões constitui um dos direitos mais 
preciosos da mulher, dado que esta liberdade garante legitimidade dos pais em relação aos filhos. Toda 
cidadã pode, portanto, dizer livremente: ‘eu sou a mãe de um filho que lhe pertence, sem que um 
preconceito bárbaro a force a esconder a verdade, sob pena de responder pelo abuso dessa liberdade nos 
casos estabelecidos pela lei’”. 
“Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, proposta por Olimpe de Gouges em 1791”. In: Interhesis (Revista 
Internacional Interdisciplinar. V. 4. n. 1, Florianópolis jan/jun – 2007). 
A reivindicação expressa na Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, datada do final do século 
XVIII na França, informa, indiretamente, que as mulheres daquele período 
a) tinham os mesmos direitos em relação aos homens, tanto na vida privada como na vida pública, 
pois um dos preceitos da Revolução Francesa era a ‘igualdade’. 
b) recebiam um tratamento desigual que as impedia de se equiparar aos homens nas atividades 
públicas de suas comunidades, porque a elas cabia a administração do lar. 
c) tinham, tal como os homens, a obrigação de cuidar dos filhos, porquanto a linha que separava os 
papeis sexuais entre o casal era muito tênue em relação a este quesito. 
d) tinham o direito de comunicar, opinar e se constituir como entidade pública, desde que 
apresentassem uma autorização dos pais ou dos maridos. 
e) recebiam o apoio e a solidariedade da Igreja na luta pela igualdade de direitos, uma vez que a 
instituição religiosa advogava a favor dos pobres e dos marginalizados. 
 
11. (2018/Unesp) 
 
(www.fafich.ufmg.br) 
A gravura representa a marcha de mulheres revolucionárias até o palácio real de Versalhes em 5 de 
outubro de 1789. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 55 
A participação das mulheres na Revolução Francesa 
a) levou à conquista do direito de voto, porém não do direito de exercer cargos executivos no novo 
governo francês. 
b) teve ressonância parcial nas decisões políticas, pois apenas as mulheres da alta burguesia envolveram-
se nos protestos políticos e civis. 
c) foi notável nas manifestações e clubes políticos, porém seus direitos políticos e sociais não foram 
ampliados significativamente. 
d) originou a igualdade de direitos civis em relação aos homens após a proclamação da Declaração dos 
Direitos do Homem e do Cidadão. 
e) diminuiu bastante após os conflitos e a violência generalizada que marcaram a tomada da Bastilha. 
 
12. (2017/Famerp) 
A Revolução é feita de sombra, mas, acima de tudo, de luz. 
Michel Vovelle. A Revolução Francesa explicada à minha neta, 2007. 
A frase apresenta a Revolução Francesa, destacando 
a) a aliança de setores católicos, associados à luz da revelação divina, com a ação revolucionária, que 
representava as trevas da morte. 
b) o contraste entre a obscura violência de alguns de seus momentos e a razão luminosa que guiou 
muitos de seus propósitos. 
c) a vitória do projeto aristocrático, que representava a luz, sobre as lutas burguesas, que 
representavam as sombras. 
d) o contraponto entre o esforço obscuro de impor o terror e a vontade iluminista de restaurar a 
monarquia parlamentar. 
e) a derrota do ideal republicano, que associava a revolução às trevas, e o sucesso da monarquia 
absoluta, liderada pelo Rei Sol. 
 
13. (2017/Famema) 
Nosso atual modelo de Estado é fruto da Revolução Francesa, que, fascinada pela democracia grega, 
considerava que os atenienses criaram o princípio do Estado legal – um governo fundado em leis 
discutidas, planejadas, emendadas e obedecidas por cidadãos livres – e a ideia de que o Estado representa 
uma comunidade de cidadãos livres. Ao afirmarem que o governo era algo que as pessoas criavam para 
satisfazer as necessidades humanas, os atenienses consideravam seus governantes homens que haviam 
demonstrado capacidade para dirigir o Estado, e não deuses ou sacerdotes. 
(Flavio de Campos e Renan G. Miranda. A escrita da História, 2005.) 
a) a concepção moderna de democracia deriva da Revolução Francesa e da Atenas antiga, embora nesta 
a cidadania estivesse limitada à minoria da população. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 56 
b) a democracia ateniense, por fundamentar-se na comunidade de homens livres, não era compatível 
com a existência de trabalho escravo. 
c) a Revolução Francesa ampliou o conceito de democracia grega, ao tornar cidadãos todos os 
habitantes da comunidade, inclusive as mulheres e os estrangeiros. 
d) os gregos desenvolveram a noção de lei como uma emanação dos deuses, à qual os homens 
deveriam obedecer após discussão em assembleia. 
e) os atenienses vinculavam a política à religião e, por isso, seu Estado nacional dependia da razão 
divina e limitava a expressão política dos cidadãos. 
 
14. (2017/Unesp) 
Observe a gravura de Isidore-Stanislas Helman (1743-1806). 
 
O evento representado na imagem mostra 
a) o poder legislativo, composto por representantes de todas as classes sociais e responsável pela 
proposição e criação das leis federais. 
b) uma assembleia popular, reunida em caráter permanente e aberta à participação direta de todos 
os cidadãos. 
c) o poder moderador, composto por representantes de organismos sociais e políticos e responsável 
pelo controle sobre as decisões do rei. 
d) o poder executivo, composto pelos membros da nobreza e do clero e responsável pelas decisões 
relativas à política exterior. 
e) uma assembleia consultiva, convocada esporadicamente pelo rei e formada por representantes 
das três ordens sociais. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 57 
15. (2016.2/FASM) 
Leia um trecho do discurso do deputado Antoine Barnave, proferido na Assembleia francesa, em 15 de 
julho de 1791. 
Vamos concluir a Revolução, ou vamos recomeçá-la? Um passo a mais seria um ato funesto e culpável, 
um passo a mais, na linha da liberdade, seria a destruição da realeza e, na linha da igualdade, a destruição 
da propriedade. 
(Apud Modesto Florenzano. As revoluçõesburguesas, 1995.) 
Considerando o trecho e o contexto histórico, é correto afirmar que o deputado defendia 
a) parte da burguesia, que considerava necessário o término do processo revolucionário para 
resguardar os seus interesses. 
b) setores da burguesia contrarrevolucionários, que desejavam o retorno do absolutismo e dos 
privilégios de nascimento. 
c) segmentos moderados da burguesia, que queriam dar prosseguimento ao processo revolucionário 
a qualquer custo. 
d) a pequena burguesia, disposta a perseguir os ideais iluministas mais radicais com o auxílio das 
camadas populares. 
e) grupos populares, que planejavam a instauração de um governo republicano e a implementação 
da reforma agrária. 
 
16. (2016/UFRGS) 
A Santa Aliança, coalizão entre Rússia, Prússia e Áustria, criada em setembro de 1815, após a derrota de 
Napoleão Bonaparte, tinha por objetivo político 
a) promover e proteger os ideais republicanos e revolucionários franceses em toda a Europa. 
b) impedir as intenções recolonizadoras dos países ibéricos e apoiar as independências dos países 
latinoamericanos. 
c) lutar contra a expansão do absolutismo monárquico e a influência do papado em todos os países 
europeus. 
d) combater e prevenir a expansão dos ideais republicanos e revolucionários franceses em toda a Europa. 
e) apoiar o retorno de Napoleão ao governo francês e garantir o equilíbrio entre as potências europeias. 
 
17. (UERR/2016) 
Com a Revolução Francesa foi instituído o Tribunal Revolucionário que tinha competência para julgar e 
punir, até a morte os suspeitos de oposição ao regime. Assim, o Governo revolucionário adotou diversas 
medidas para punir os opositores ao regime. Assinale a fase dessa Revolução que se identifica com esse 
fato: 
A) O 18 Brumário. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 58 
B) O Período do Terror. 
C) Conspiração dos Iguais. 
D) Período do Termidor. 
E) Diretório. 
 
 
18. (UEMA/2016) 
 
 
A imagem se refere à situação das receitas e das despesas do Estado francês na década de 1780. Podese 
analisar pelos dados que 
a) a maior arrecadação do Estado era proveniente dos impostos diretos, pagos, em sua grande 
maioria, pelos representantes da Igreja Católica francesa, uma das mais poderosas da Europa. 
b) o elevado déficit público do Estado francês foi um elemento central para o contexto histórico de 
profunda crise econômica que favoreceu a eclosão da Revolução Francesa em 1789. 
c) a crise econômica relacionava-se diretamente às questões internas, já que, no cenário 
internacional, os negócios contribuíram de forma significativa para as receitas do Estado francês. 
d) os gastos com o pagamento da dívida representavam uma pequena parcela das despesas estatais, 
o que indicava a possibilidade de recuperação rápida da economia francesa. 
e) a opulência da nobreza francesa era a responsável pela fração mais elevada dos gastos do Estado, 
seu principal financiador. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 59 
19. (UFPR/2016) 
Considere os seguintes excertos produzidos no contexto da Revolução Francesa (1789-1799): 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (26 de agosto de 1789) 
Art. 1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-
se na utilidade comum. 
Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis 
do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. 
Art. 13. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração, é indispensável uma 
contribuição comum, que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades. 
 
Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã (setembro de 1791)* 
Art. 1º. A mulher nasce livre e tem os mesmos direitos do homem. As distinções sociais só podem ser 
baseadas no interesse comum. 
Art. 2º. O objeto de toda associação política é a conservação dos direitos imprescritíveis da mulher e do 
homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e, sobretudo, a resistência à 
opressão. 
Art. 13. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração, as contribuições da 
mulher e do homem serão iguais; ela participa de todos os trabalhos ingratos, de todas as fadigas, deve 
então participar também da distribuição dos postos, dos empregos, dos cargos, das dignidades e da 
indústria. 
* Essa declaração, escrita e proposta pela francesa Olympe de Gouges, não foi aprovada pela Assembleia Nacional; 
Olympe foi guilhotinada por ordem de Robespierre em 1793. 
Compare as duas declarações e assinale a alternativa que identifica a principal diferença entre o texto de 
1789 e o de 1791. 
a) O texto de 1791 estabelece direitos e obrigações detalhados e separados para homens e mulheres 
na política e nos negócios, conforme o projeto burguês de sociedade, enquanto o texto de 1789 defende 
um ideal universalista, sem distinção social. 
b) O texto de 1789 defende direitos universais, sem explicitar a questão de gênero, enquanto o texto 
de 1791 defende a igualdade de direitos entre os gêneros, reivindicando a atuação feminina em assuntos 
considerados masculinos, como a política e os negócios. 
c) O texto de 1791 defende a luta contra a opressão das mulheres após séculos de dominação 
monárquica na França, enquanto o texto de 1789 é contra a opressão masculina causada pela 
predominância do clero e da nobreza sobre o terceiro estado. 
d) O texto de 1789 utiliza o termo “homem” para designar a todo o conjunto de cidadãos, sem 
distinção de classe e origem, enquanto o texto de 1791 substitui “homem” por “mulher”, a fim de 
reivindicar direitos exclusivos para as cidadãs da classe burguesa. 
e) O texto de 1789 defende que nenhum direito é válido se não incluir todos os cidadãos, enquanto 
o texto de 1791 contradiz esse princípio ao privilegiar as mulheres, que reivindicavam maior espaço na 
sociedade após a morte da Rainha Maria Antonieta. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 60 
20. (UFPR/2015) 
Alexis de Tocqueville, um dos grandes teóricos da democracia na América, afirma em sua obra de 1835: 
“Quando comparo as repúblicas gregas e romanas com essas repúblicas da América, as bibliotecas 
manuscritas das primeiras e seu populacho grosseiro com os mil jornais que circulam nas segundas e com 
o povo esclarecido que as habita; quando em seguida penso em todos os esforços que ainda são feitos 
para julgar uns com a ajuda dos outros e prever, pelo que aconteceu há dois mil anos, o que acontecerá 
em nossos dias, sou tentado a queimar meus livros, a fim de aplicar apenas ideias novas a um estado social 
tão novo”. 
(TOCQUEVILLE, Alexis. de. “A Democracia na América”. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 355-356.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a formação da democracia nos Estados Unidos da América, 
é correto afirmar: 
a) O “estado social tão novo” apregoado pelo autor refere-se à existência de uma democracia 
fundamentada nos pressupostos do Despotismo Esclarecido que caracterizava o sistema político no 
Antigo Regime na Europa. 
b) Tocqueville sugere que, diferente das repúblicas gregas e romanas, a experiência democrática 
americana resultou na formação de uma população grosseira e iletrada, consequência da leitura de 
jornais em vez de livros. 
c) A instituição precoce da democracia liberal nos Estados Unidos foi responsável pela 
implementação da “missão civilizadora” que possibilitou a incorporação pacífica das populações indígenas 
nativas na sociedade nacional e assegurou a manutenção doseu modo de viver. 
d) Por considerar a democracia na América uma ruptura histórica, Alexis de Tocqueville afirma que a 
democracia norte-americana foi um episódio original e sem precedentes em experiências históricas 
anteriores. 
e) Ao destacar o ineditismo da democracia norte-americana, Tocqueville refere-se ao fato de a 
Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776) ter conferido igualdade, liberdade e direitos 
irrestritos às mulheres e aos escravos. 
 
21. (2015/UNESPAR) 
A Revolução Francesa, impulsionada pelas ideias iluministas, é considerado um dos mais importantes 
movimentos revolucionários do mundo ocidental. 
É correto afirmar sobre a Revolução Francesa que: 
A) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi o resultado de um acordo entre os filósofos 
Iluministas e do Antigo Regime, preconizando a manutenção da autoridade da nobreza sobre as terras 
da França e dos burgueses sobre as cidades; 
B) O lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, representou, no contexto da época, interesses diversos, 
como igualdade social, com o fim da sociedade de classes; 
C) Defendia as instituições democráticas para a renovação e restabelecimento da monarquia; 
D) A democracia conseguiu chegar a sua plenitude máxima, universalizando todos os direitos sociais; 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 61 
E) A crise financeira provocada pelas guerras externas, pelos gastos excessivos internos e pela crise no 
abastecimento de gêneros alimentícios foram fatores que propiciaram a eclosão da Revolução. 
 
22. (2015/UFRGS) 
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre as Revoluções de 1848, ocorridas na 
Europa. 
(F) A origem desses conflitos foi o levante espanhol antiabsolutista de 1848. 
(F) A principal meta dos revolucionários foi o restabelecimento do absolutismo nos países europeus. 
(V) Os revolucionários foram extremamente heterogêneos, representando ideologias e setores sociais 
diversos. 
(V) Os efeitos dos conflitos foram sentidos inclusive no Brasil, como demonstra a Revolta da Praieira. 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) F – V – F – V. 
b) V – F – V – F. 
c) V – V – F – F. 
d) F – F – V – V. 
e) F – V – F – F. 
 
23. (2015/UEMA) 
O mapa ao lado representa a divisão geopolítica europeia no início do século XIX, destacando a estratégia 
militar napoleônica conhecida como Bloqueio Continental. 
 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.infoescola.com/historia>. Acesso em: 12 jun. 2014. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 62 
A linha de Bloqueio Continental que se estende de Portugal até a Noruega, representada no mapa, revela 
a intenção francesa de 
a) integrar a economia europeia, com a isenção das tarifas alfandegárias. 
b) fortalecer a França, garantindo-lhe a livre circulação pelos portos britânicos. 
c) desenvolver a economia espanhola, consolidando seu monopólio comercial na Península Ibérica. 
d) isolar a Grã-Bretanha, impedindo-lhe o acesso a importantes mercados da Europa continental. 
e) inibir o comércio de escravos oriundos de portos africanos, situados ao norte da Linha do Equador. 
 
24. (Mackenzie/2015) 
De fato, a partir de 1789, a Europa, ainda aristocrática, começa a ouvir a palavra nação de uma nova 
maneira. Uma nova forma de organização política se desenvolve, trazendo junto com ela a promissora 
expressão de liberdade. (...). Finalmente, o Estado, que se constitui como a representação de todos os 
cidadãos da nação, apareceu como a forma de organização política que acompanha a República nascente. 
(...) Assim fica claro que nação, Estado e cidadania foram um conjunto indissociável de ideias e práticas 
sociais que surgem de um processo revolucionário da história universal. 
Guillermo Raúl Ruben. O que é nacionalidade. São Paulo: Brasiliense, 1984, p.25. 
A Revolução Francesa contribuiu, dentre diversos aspectos, para a emergência de um novo sentido à 
nação e ao nacionalismo. A respeito do assunto, considere as afirmativas. 
I. A partir daquele momento, os indivíduos passam a se considerar cidadãos abstratamente iguais, 
membros de uma organização política e representados pelo Estado. 
II. A cidadania que emerge a partir do processo revolucionário francês difere do sentimento de 
pertencimento a um certo senhor, típico da sociedade aristocrática. 
III. Surge, a partir daquele momento, a concepção de Estado-nação presente nos dias de hoje: aquele 
que envolve o conjunto de leis próprias, a autonomia e a soberania, a cultura de um povo que vive em 
um determinado território. 
Assinale 
a) se somente a afirmativa I está correta. 
b) se somente as afirmativas II e III estão corretas. 
c) se somente as afirmativas I e III estão corretas. 
d) se somente a afirmativa III está correta. 
e) se todas as afirmativas estão corretas. 
 
25. (2015/UNESPAR) 
A Revolução Francesa, impulsionada pelas ideias iluministas, é considerado um dos mais importantes 
movimentos revolucionários do mundo ocidental. 
É correto afirmar sobre a Revolução Francesa que: 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 63 
A) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi o resultado de um acordo entre os filósofos 
Iluministas e do Antigo Regime, preconizando a manutenção da autoridade da nobreza sobre as terras 
da França e dos burgueses sobre as cidades; 
B) O lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, representou, no contexto da época, interesses diversos, 
como igualdade social, com o fim da sociedade de classes; 
C) Defendia as instituições democráticas para a renovação e restabelecimento da monarquia; 
D) A democracia conseguiu chegar a sua plenitude máxima, universalizando todos os direitos sociais; 
E) A crise financeira provocada pelas guerras externas, pelos gastos excessivos internos e pela crise no 
abastecimento de gêneros alimentícios foram fatores que propiciaram a eclosão da Revolução. 
 
 
26. (2014/Unicamp) 
 
Observe a obra do pintor Delacroix, intitulada A Liberdade guiando o povo (1830), e assinale a alternativa 
correta. 
a) Os sujeitos envolvidos na ação política representada na tela são homens do campo com seus 
instrumentos de ofício nas mãos. 
b) O quadro evoca temas da Revolução Francesa, como a bandeira tricolor e a figura da Liberdade, 
mas retrata um ato político assentado na teoria bolchevique. 
c) O quadro mostra tanto o ideário da Revolução Francesa reavivado pelas lutas políticas de 1830 na 
França quanto a posição política do pintor. 
d) No quadro, vê-se uma barricada do front militar da guerra entre nobres e servos durante a 
Revolução Francesa, sendo que a Liberdade encarna os ideais aristocráticos. 
 
27. (2014/UFRGS) 
O texto abaixo refere-se à Revolução Francesa. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 64 
Terror é doravante um sistema de governo, ou melhor, uma parte essencial do governo revolucionário. 
Seu braço. (...) Ele é também um meio de governo omnipresente, através do qual a ditadura revolucionária 
de Paris deve fazer sentir sua mão de ferro em todos os lugares, tanto nas províncias quanto nas forças 
armadas. 
FURET, François ; OZOUF, Mona. Diccionnaire critique de la Révolution française. Événements Paris: Flammarion, 1992. p. 
298-299. 
Considere as seguintes afirmações sobre o denominado Terror. 
I - O governo jacobino, dirigido por Robespierre, e o Comitê de Salvação Pública foram responsáveis pelo 
período do Terror. 
II - O Terror foi uma política de extermínio liderada pelos girondinosde origem burguesa. 
III- O objetivo dessa política centrava-se na defesa da Revolução contra os inimigos internos e externos. 
Quais estão corretas? a) 
Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) Apenas I e III. 
 
28. (2014/ACAFE) 
Classificada pela história como modelo clássico de Revolução Burguesa, a Revolução Francesa deu sua 
contribuição para o Ocidente, seja no vocabulário político ou na influência das constituições que adotaram 
alguns princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Sobre a revolução francesa é 
correto afirmar, exceto: 
a) A Assembleia Nacional aboliu as taxas e impostos que recaiam sobre o campesinato, acabando 
com os vestígios do feudalismo que ainda perdurava em várias regiões francesas. 
b) Monarquias como a Prússia e a Áustria assinaram a declaração de Pillnitz e anunciaram a intenção 
de intervir militarmente na França e deter o processo revolucionário. 
c) No período do Terror, os excessos de Robespierre fizeram-no perder o apoio político. 
Posteriormente, o próprio Robespierre foi guilhotinado. 
d) Os jacobinos defendiam posições moderadas e representavam, sobretudo, os interesses da alta 
burguesia e do primeiro Estado. 
 
29. (2014/Unesp) 
O Congresso de Viena, entre 1814 e 1815, reuniu representantes de diversos Estados europeus e resultou 
a) na afirmação do caráter laico dos regimes políticos e da importância da separação entre Estado e 
Igreja. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 65 
b) na criação da Santa Aliança e no esforço de reafirmar valores do Antigo Regime. 
c) na validação da nova divisão política da Europa, definida pelas conquistas napoleônicas. 
d) na derrubada dos regimes republicanos e na restauração monárquica na França e na Inglaterra. 
e) na defesa dos princípios do livre comércio e da emancipação das colônias na América 
 
30. (2013/PUCRJ) 
 “A Revolução Francesa constitui um dos capítulos mais importantes da longa e descontínua passagem 
histórica do feudalismo ao capitalismo. Com a Revolução (científica) do século XVII e a Revolução 
Industrial do século XVIII na Inglaterra, e ainda com a Revolução Americana de 1776, a Grande Révolution 
lança os fundamentos da História contemporânea”. 
[Mota, C. G. A Revolução Francesa]. 
Entre as transformações promovidas pela Revolução na França, iniciada em 1789, é CORRETO afirmar que: 
a) os privilégios feudais e o regime de servidão foram abolidos destruindo a base social que 
sustentava o Antigo Regime absolutista francês. 
b) a Revolução aboliu o trabalho servil e fortaleceu o clero católico instituindo uma série de medidas 
de caráter humanista. 
c) os revolucionários derrubaram o rei e proclamaram uma República fundamentada no igualitarismo 
radical na qual a propriedade privada foi abolida. 
d) a Revolução rompeu os laços com a Igreja católica iniciando uma reforma de cunho protestante 
que se aproximava dos ideais da ética do capitalismo moderno. 
e) a Revolução, mesmo em seu momento mais radical, não foi capaz de romper com as formas de 
propriedade e trabalho vigentes no antigo regime. 
 
31. (2013/UFRGS) 
Em 1815, foi encerrado o Congresso de Viena que tinha como propósito reorganizar o mapa político da 
Europa. A respeito desse Congresso, considere as seguintes afirmações. 
I. Foi realizado após a derrota de Napoleão Bonaparte, que havia alterado o equilíbrio de forças na 
Europa. 
II. Resultou na formação da Santa Aliança para coibir qualquer tentativa de revolução liberal. 
III. Garantiu a Portugal e Espanha ganhos territoriais na Europa, por terem lutado contra as forças 
napoleônicas. Quais estão corretas? a) Apenas I 
b) Apenas II 
c) Apenas I e II 
d) Apenas I e III 
e) I, II e III. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 66 
 
7.2. Inéditas 
1. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
 
 
DELACROIX, E. Liberdade guiando o povo. Óleo sobre tela, 260 X 324. Louvre, França, 1830. Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Liberdade_guiando_o_povo#/media/Ficheiro:Eug%C3%A8ne_Delacroix_
_Le_28_Juillet._La_Libert%C3%A9_guidant_le_peuple.jpg>. Acesso em: 23 mar. 2021. Ao representar os 
acontecimentos da França no decorrer do ano de 1830, o quadro intenciona (A) exaltar o 
protagonismo feminino. 
(B) destacar a repressão política. 
(C) suscitar sentimentos nacionalistas. 
(D) defender o governo popular vigente. 
(E) valorizar o protagonismo da burguesia. 
 
2. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Quando a Convenção, sitiada pelos insurretos, decidiu deter e aprisionar os principais deputados da 
Gironda: é o que se chama de golpe de Estado – e esse também representa um momento importante na 
marcha da Revolução. O sangue corre na República: para enfrentar todos esses perigos, as liberdades são 
suspensas, e é instalado um governo – o governo de salvação nacional – cuja arma será o Terror. 
VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa explicada à minha neta. São Paulo: Editora UNESP, 2007. p. 72-73. Adaptado. 
Implementada no decorrer do processo revolucionário francês, a política do Terror 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 67 
(A) perseguiu as forças contrarrevolucionárias e garantiu a hegemonia de girondinos no poder. 
(B) combateu os grupos considerados ameaçadores das virtudes defendidas pelos jacobinos. 
(C) buscou o extermínio dos camponeses e sans-culottes, grupos que se opuseram à revolução. 
(D) questionou o predomínio dos jacobinos na política e permitiu a ascensão dos bonapartistas. 
(E) dirigiu-se ao chamado partido da Montanha, considerado alheio aos setores revolucionários. 
 
3. (Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Todas as revoluções civis e políticas tiveram uma pátria e nela se fecharam. A Revolução Francesa não 
teve um território próprio, mais do que isso, teve por efeito por assim dizer apagar do mapa todas as 
antigas fronteiras. Aproximou ou dividiu os homens a despeito das leis, das tradições dos caracteres, da 
língua, transformando, às vezes, compatriotas em inimigos e irmãos em estranhos ou, melhor, formando 
acima de todas as nacionalidades uma pátria intelectual comum da qual os homens de todas as nações 
podiam tornar-se cidadãos. 
TOCQUEVILLE, Alexis de. O Antigo Regime e a Revolução. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1979. p. 57. 
Considerando os apontamentos feitos por Alexis de Tocqueville, pode-se afirmar que a Revolução 
Francesa: 
(A) se difundiu para outras partes da Europa por meio do expansionismo napoleônico. 
(B) converteu-se em um paradigma para grupos e indivíduos de diversas partes do mundo. 
(C) desenvolveu um ideal de cidadania universal, que permitia participação dos estrangeiros. 
(D) defendeu valores e direitos considerados fundamentais pelos regimes dos demais países. 
(E) contribuiu para suprimir ideias nacionalistas em favor de um ideário cultural universalista. 
 
4. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
A Revolução é feita de sombra, mas, acima de tudo, de luz. Ela foi de uma enorme violência, mas foi, e 
continua sendo, a base para uma enorme esperança, a esperança de mudar o mundo, eliminando as 
injustiças, em nome das luzes da razão e não de um fanatismo cego. 
VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa explicada à minha neta. São Paulo: Ed. Unes, 2007. Adaptado. 
Como exemplo de “injustiças” contestadas pelo processo revolucionário francês, pode-se destacar 
a) as disparidades socioeconômicas existentes entre a população do campo e a dos centros urbanos. 
b) a desigualdade social verificada entrea burguesia privilegiada e os pequenos camponeses. 
c) o direcionamento dos recursos do Estado à manutenção dos privilégios dos clérigos e da nobreza. 
d) a inexistência de políticas sociais direcionadas às camadas populares pelo Estado burguês. 
e) a garantia de representação para apenas clérigos e nobres na Assembleia dos Estados Gerais. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 68 
5. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
O feudalismo havia sido abolido no reino. Era o fim da sociedade hierarquizada: acabavam-se as ordens 
de nobreza e do clero, as corporações e as academias, o que havia agora eram os cidadãos. A destruição 
do Antigo Regime institucional e social era o prenúncio do importante texto da Declaração dos Direitos 
do Homem que aparecia algumas semanas mais tarde. 
(VOVELLE, M. A Revolução Francesa explicada à minha neta. São Paulo: Ed. Unesp, 2007. p.41) 
O contexto revolucionário francês descrito pelo texto levou à aprovação da Declaração dos Direitos do 
Homem, que significou, dentre outros aspectos, o fim (A) das distinções socioeconômicas. 
(B) das associações de ofício nas cidades. 
(C) da desigualdade jurídica perante a lei. 
(D) da concentração fundiária na França. 
(E) da exploração do trabalho campesino. 
 
6. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
 Sob o terror, a guilhotina passou a ser uma realidade cotidianamente representada, contada, entoada 
nas ruas pela canção popular, que nas suas estrofes fala da “viúva”, como era chamada, da navalha 
nacional, da abadia do sobe-sem-querer, do corte patriótico, da foice da igualdade e do altar da pátria. As 
mulheres republicanas, querendo exibir suas opiniões, usam brincos que mostram uma guilhotina em 
miniatura, onde se balança, como um penduricalho. 
MURAT, Laure. O homem que se achava Napoleão. São Paulo: Três Estrelas, 2012. p. 53 
A partir do texto, pode-se afirmar que no período jacobino ocorreu (A) o engajamento das mulheres nas 
cerimônias públicas. 
(B) a manutenção de práticas de tortura do Antigo Regime. (C) 
o apoio irrestrito ao governo pelas camadas populares. 
(D) a aplicação de formas desiguais de condenação dos réus. 
(E) o abrandamento das disputas pelo poder entre os partidos. 
 
7. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
O que é o Terceiro Estado? Tudo. O que tem sido até agora na ordem política? Nada. O que deseja? Vir a 
ser alguma coisa. Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços ainda acorrentado. Se 
suprimíssemos a ordem privilegiada, a nação não seria algo de menos e sim alguma coisa mais. Assim, que 
é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo livre e florescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria 
infinitamente melhor sem os outros. 
SIEYÈS. Que é o Terceiro Estado? 1789. 
O fragmento acima integra um panfleto escrito em 1789, no contexto da organização da Assembleia dos 
Estados Gerais na França, no qual a mudança da ordem política é atrelada à a) superação da miséria. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 69 
b) instituição democrática. 
c) tolerância religiosa. 
d) igualdade jurídica. 
e) criação da república. 
 
8. GABARITO 
8.1. ENEM 
1 - D 
2 - A 
 
8.2. Vestibulares 
1 - C 8 - A 15 - A 22 - D 29 - B 
2 - A 9 - A 16 - D 23 - D 30 - A 
3 - A 10 - B 17 - B 24 - E 31 - C 
4 - E 11 - C 18 - B 25 - A 
5 - D 12 - B 19 - B 26 - C 
6 - E 13 - A 20 - D 27 - E 
7 - D 14 - E 21 - A 28 - D 
 
8.3. Inéditas 
1 - C 5 - C 
2 - B 6 - A 
3 - B 7 - D 
4 - C 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 70 
9. LISTA DE QUESTÕES COMENTADA 
9.1. ENEM 
1. (2020/ENEM) 
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão — 1789 
Os representantes do povo francês, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos 
direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos governos, resolveram 
declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta 
declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus 
direitos e seus deveres; a fim de que as reivindicações dos cidadãos, fundados em princípios simples e 
incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral. 
Disponível em: www.direitoshumanosusp.br. Acesso em: 7 jun. 2018 (adaptado). 
Esse documento, elaborado no contexto da Revolução Francesa, reflete uma profunda mudança social ao 
estabelecer a 
a) manutenção das terras comunais. 
b) supressão do poder constituinte. 
c) falência da sociedade burguesa. 
d) paridade do tratamento jurídico. 
e) abolição dos partidos políticos. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta. As terras comunais eram locais de uso comunitário dos camponeses. 
Foi uma criação do período medieval e não possui relações com a declaração de 1789, que se voltava pra 
universalização de direitos. 
- A alternativa B está incorreta. O poder constituinte era o poder advindo do conjunto da sociedade, 
exercido pelo povo. É exatamente o que o texto exalta. Portanto, não há uma supressão de tal poder, e 
sim sua expansão/valorização. 
- A alternativa C está incorreta, porque a Revolução Francesa é tida como a maior Revolução 
burguesa da história. Ela promove o fortalecimento de tal parcela da sociedade e não a sua “falência”, 
como sugere o enunciado. 
- A alternativa D está correta, porque a Revolução Francesa se inspirou nos ideais iluministas, 
buscando a universalização de certos direitos e o fim da diferença de tratamento jurídico. Na França 
Absolutista havia uma clara distinção no tratamento do primeiro e segundo estados, clero e nobreza, que 
tinham privilégios em comparação ao povo comum. A declaração de 1789 buscava, portanto, o fim desses 
estigmas, iniciando uma era pautada na “liberdade, igualdade e fraternidade”. 
- A alternativa E está incorreta, porque a Revolução Francesa marca a ascensão de diversos partidos 
políticos, como os girondinos, jacobinos e republicanos. Não há, portanto, a extinção de tais organizações 
políticas, como sugere o enunciado. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 71 
Gabarito: D 
 
2. (2020/ENEM DIGITAL) 
 
O gesto representado no quadro simboliza uma diferença entre o império napoleônico e a monarquia 
absolutista, por 
a) reduzir a autoridade do clero. 
b) instaurar a censura da imprensa. 
c) controlar a organização judiciária. 
d) suspender as pensões da nobreza. 
e) desrespeitar a propriedade privada. 
Comentários 
- A alternativa A está correta. As monarquias possuíam uma íntima relação com o poder religioso. 
O clero justificava os governos absolutistas na medida que afirmava que o poder provinha de Deus, 
portanto os reis eram escolhidos divinos. No período absolutista, quem colocava a coroa na cabeça do 
rei, em um ato extremamente simbólico, era uma autoridade religiosa. Napoleão rompe com isso, já que 
ele próprio tomou a coroa das mãos do papa e se autoproclamou imperador. Esse ato revela uma redução 
do poder e autoridade clerical, que estaria submetido a Napoleão. 
- A alternativa B está incorreta, porque Napoleão, embora fosse uma figura autoritária, era adepto 
dos pensamentos liberais e da defesa dos direitos naturais, onde se inclui o direito à livre expressão. 
Portanto, não havia o intuito de censurar a imprensa. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 72- A alternativa C está incorreta, porque o controle da organização judiciária era uma característica 
do período absolutista, não do período napoleônico. A organização judiciária possuía certo grau de 
liberdade durante o governo de Napoleão. 
- A alternativa D está incorreta, porque o gesto representado na imagem não possui relações com 
a suspensão das pensões da nobreza. A imagem apresenta um ato de soberania e submissão ao 
imperador. 
- A alternativa E está incorreta, porque Napoleão era adepto do liberalismo. Uma das principais 
ideias dessa corrente é a defesa da propriedade privada. Logo, Napoleão promoveu o respeito a tal noção, 
não o desrespeito, como sugere o enunciado. 
Gabarito: A 
 
 
9.2. Vestibulares 
1. (2022/FCMSCSP) 
Os sucessos militares de Napoleão Bonaparte resultaram da organização de um novo exército de cidadãos 
pela Revolução Francesa. As vitórias de Bonaparte no continente europeu implicaram a) consolidação das 
tradicionais dinastias absolutistas europeias. 
b) desarticulação da produção têxtil da primeira revolução industrial. 
c) desestabilização de sistemas de dominação das metrópoles ibéricas. 
d) propagações de revoluções sociais de caráter jacobino em escala universal. 
e) modificações geopolíticas restritas aos espaços da Europa Ocidental. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, porque as invasões napoleônicas levaram à modificação do panorama 
geopolítico europeu, enfraquecendo algumas dinastias absolutistas como a portuguesa e espanhola. 
- A alternativa B está incorreta, porque a campanha de Napoleão não promoveu a desarticulação da 
produção têxtil. Na verdade, essa se ampliou após a derrota desta figura. 
- A alternativa C está correta. Napoleão Bonaparte invadiu uma série de países europeus, incluindo 
Portugal e Espanha, que mantinham impérios ultramarinos. Sua presença na região ibérica levou à 
desestabilização das monarquias pré-existentes, através da destituição do rei espanhol e fuga da corte 
portuguesa. Com isso, as estruturas metropolitanas de dominação foram corroídas, fato que corroborou para 
a proclamação gradual de independência das colônias. 
- A alternativa D está incorreta, porque não houve uma “propagação universal de revoluções sociais de 
caráter jacobino”. 
- A alternativa E está incorreta. Como foi citado na alternativa C, as modificações geopolíticas não se 
resumiram ao espaço da Europa Ocidental, já que as colônias na América e Ásia também foram afetadas. 
Gabarito: C 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 73 
 
2. (2021/Famerp) 
Em 1791, a escritora francesa Olympe de Gouges publicou a Declaração dos Direitos da Mulher e da 
Cidadã. Esse documento 
a) defendia a participação da mulher na vida política e civil em condição de igualdade com os homens. 
b) baseou-se na noção de papel social das mulheres proposta na Declaração de Independência dos 
Estados Unidos. 
c) sustentava a importância das atividades femininas no ambiente doméstico e na liderança da estrutura 
familiar. 
d) consolidou a igualdade de gêneros como um dos princípios defendidos pelos revolucionários franceses. 
e) embasou a ascensão das mulheres ao primeiro escalão governamental na França revolucionária. 
Comentários 
- A alternativa A é a resposta. As mulheres foram personagens ativos da Revolução Francesa, se associando 
em clubes femininos, se manifestando na Assembleia e nas ruas. Para os líderes revolucionários, as 
mulheres eram idealizadas como “virtuosas”, afinal a elas se depositava a tarefa de gerar, amamentar e 
educar as futuras gerações de patriotas. Contudo, algumas mulheres foram mais além ao se demonstrarem 
assíduas participantes das execuções públicas, ou mesmo reivindicando direitos, o que as levava a serem 
consideradas “perigosas” no decorrer da revolução. Uma das mais destacadas ativistas do período foi 
Olympe de Gouges, que redigiu um panfleto no qual defendia os direitos políticos das mulheres, a 
Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. 
- A alternativa B está incorreta, afinal a Declaração de Independência norte-americana não concedeu direitos 
às mulheres. 
- A alternativa C está incorreta, pois o documento defendia que as mulheres desfrutassem dos mesmos 
direitos políticos que os homens no espaço público. 
- A alternativa D está incorreta, afinal os revolucionários consideravam que as mulheres deveriam se voltar 
à esfera doméstica, tendo em vista sua suposta indisposição para a vida pública. 
- A alternativa E está incorreta, a Revolução Francesa não garantiu direitos políticos às mulheres. 
Gabarito: A 
 
3. (2020/UFRGS) 
Considerando o contexto histórico e os desdobramentos da Revolução Francesa, assinale a alternativa 
que caracteriza a “Era Napoleônica”. 
a) Consolidação da revolução burguesa na França, por meio da contenção dos inimigos internos 
(monarquistas e jacobinos), e sua expansão para a Europa. 
b) Retorno da monarquia absolutista ao poder, por intermédio da extinção da Declaração dos Direitos 
do Homem e do Cidadão. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 74 
c) Ascensão política das camadas populares, conhecidas como sans-cullotes, o que provocou a 
radicalização do processo. 
d) Fim do Antigo Regime e implementação da Monarquia Constitucionalista, inspirada nos ideais 
jacobinos. 
e) Início da Assembleia dos Estados Gerais, repressão aos monarquistas e derrota da Primeira 
Coligação Europeia Antifrancesa. 
Comentários 
- A alternativa A está correta, haja visto que Napoleão chegou ao poder durante a fase mais 
burguesa da Revolução Francesa, chamada de Diretório. Foi o período no qual os girondinos governavam 
a França, pondo em prática políticas voltadas para a alta burguesia e criando sérios conflitos internos com 
os jacobinos (radicais) e monarquistas. A ascensão de Napoleão marcou a estabilização destes problemas, 
além de reafirmar a soberania francesa contra os inimigos externos, permitindo que a ideologia burguesa 
se expandisse para além dos limites franceses. Portanto, Napoleão permitiu a consolidação do projeto 
burguês. 
- A alternativa B está incorreta, haja visto que a monarquia absolutista não retornou ao poder com 
a ascensão de Napoleão. O governo instaurado por ele possuía um ideal republicano, se transformando 
depois no Império Francês. 
- A alternativa C está incorreta, porque a ascensão dos sans-culottes ocorreu no período anterior à 
Era Napoleônica, na fase radical da Revolução Francesa, ainda entre o ano de 1792 e 1793. 
- A alternativa D está incorreta, porque Napoleão formou um governo pautado pelos ideais 
girondinos, ou seja, aqueles da alta burguesia. Além disso, não foi estabelecida a Monarquia 
Constitucionalista, e sim um governo republicano. 
- A alternativa E está incorreta, porque os acontecimentos narrados pelo enunciado ocorreram 
antes da consolidação da Era Napoleônica, portanto não correspondem a esse período. 
Gabarito: A 
 
4. (2020/Unesp) 
Na Europa, as forças reacionárias que compunham a Santa Aliança não viam com bons olhos a 
emancipação política das colônias ibéricas na América. […] Todavia, o novo Império do Brasil podia contar 
com a aliança da poderosa Inglaterra, representada por George Canning, primeiro-ministro do rei Jorge 
IV. […] Canning acabaria por convencer o governo português a aceitar a soberania do Brasil, em 1825. 
Uma atitude coerente com o apoio que o governo britânico dera aos EUA, no ano anterior, por ocasião 
do lançamento da Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da não intervenção europeia na América. 
(Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de Albuquerque. Independência ou morte: a emancipação política do Brasil, 
1991.) 
O texto relaciona 
(A) a restauraçãodas monarquias absolutistas no continente europeu, a industrialização dos Estados 
Unidos e a constituição da Federação dos Estados Independentes da América Latina. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 75 
(B) a influência da Igreja católica nos assuntos políticos europeus, o controle britânico dos mares 
depois do Ato de Navegação e o avanço imperialista dos Estados Unidos sobre o Brasil. 
(C) a disposição europeia de recolonização da América, o Bloqueio Continental determinado pela 
França e os acordos de livre-comércio do Brasil com os países hispano- -americanos. 
(D) a penetração dos industrializados britânicos nos mercados europeus, a tolerância portuguesa em 
relação ao emancipacionismo brasileiro e a independência política dos Estados Unidos. 
(E) a reorganização da Europa continental depois do período de domínio napoleônico, os processos 
de independência na América e a ampliação do controle comercial mundial pela Inglaterra. 
Comentários 
– A alternativa A está incorreta, afinal não se verifica a formação de uma federação entre os Estados 
latino-americanos no século XIX. Este ideal foi defendido por Simon Bolívar, um dos principais 
articuladores dos processos de independência na América Espanhola, mas que não foi colocado em 
prática devido a prevalência dos interesses localistas das elites criollas. 
– A alternativa B está incorreta, pois o texto não faz referência a interferências da Igreja em questões 
de natureza política no século XIX, ainda que as monarquias formadoras da Santa Aliança possuíssem 
orientação católica. 
– A alternativa C está incorreta, afinal o Brasil e os países formados a partir dos processos de 
independência da América Espanhola não praticaram o livre-comércio no século XIX. 
– A alternativa D está incorreta, pois conforme destaca o próprio enunciado, Portugal não aceitou 
de imediato a emancipação política do Brasil. Além disso, os Estados Unidos já eram uma nação 
independente no período. 
– A alternativa E é a resposta. A Santa Aliança foi um pacto militar formado entre Áustria, Prússia e 
Rússia, com o objetivo de aplicar os princípios de restauração e legitimidade que regeram o Congresso de 
Viena. Com o intuito de preservar a ordem do Antigo Regime no continente, buscaram conter os 
processos de emancipação política de colônias na América, ao passo que a Inglaterra, observando neste 
processo a possibilidade de expandir seus negócios no continente, não contribuiu para isso. O século que 
se segue entre a derrota de Napoleão e a Primeira Guerra (1914-1918) ficou conhecido como “pax 
britannica”, em referência a supremacia econômica e militar dos ingleses neste período. Gabarito: E 
 
5. (2019/ Unesp) 
Analise a tela Marat assassinado, pintada por Jacques-Louis David em 1793. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 76 
 
 (In: Ernst Hans Gombrich. A história da arte, 2015.) 
Essa pintura apresenta estilo 
a) gótico, expresso no confronto entre claro e escuro, e representa uma importante passagem bíblica. 
b) barroco, expresso no contraste entre os objetos retratados, e valoriza a importância da leitura e da 
escrita. 
c) romântico, expresso no conteúdo religioso da cena, e representa o predomínio da emoção sobre a 
razão. 
d) neoclássico, expresso na modelação da musculatura do corpo, e representa um episódio político da 
época. 
e) moderno, expresso na imprecisão das formas e dos contornos do desenho, e representa o cotidiano do 
homem da época. 
Comentários 
O quadro Marat assassinado, de Jacque-Louis David, é um exemplo da predisposição do estilo neoclássico 
por temas históricos, principalmente a partir da Revolução Francesa. Os contemporâneos deste evento 
consideravam estarem vivendo tempos heroicos, e por isso os acontecimentos eram dignos de serem 
imortalizados pela pintura tanto quanto os temas gregos ou romanos. 
No quadro de David, é possível perceber a influência da escultura greco-romana sobre o autor, com a qual 
possivelmente aprendeu a modelar músculos e tendões do corpo e a valorizar somente o essencial para 
o efeito almejado, sendo excluídos elementos tidos como supérfluos. 
Feitas essas considerações, a alternativa D é a correta. Vejamos às demais opções de resposta... 
- A alternativa A está incorreta, afinal o estilo gótico foi predominante na Europa dos séculos XII e 
XIII, em especial nas catedrais erguidas nos centros urbanos. Sua consolidação se relaciona com a 
afirmação do clero secular na Igreja, ou seja, aqueles sacerdotes cuja atuação se dava voltada para o 
público, daí a utilização de vitrais e outros elementos para transmitir os ensinamentos cristãos. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 77 
- A alternativa B está incorreta, pois o estilo barroco se estabelece no contexto das reformas 
religiosas, quando se verifica o predomínio da emoção em obras que retratavam temas religiosos e a vida 
de nobres e o cotidiano da população simples. 
- O romantismo é uma reação ao neoclassicismo, cujo academicismo era considerado obstáculo à 
livreexpressão do artista. Com isso, busca a recuperação de elementos do barroco, como o contraste 
claroescuro, a fim de conferir maior dramaticidade às obras. Assim sendo, a alternativa C está incorreta. 
- O modernismo é o nome dado ao conjunto de vanguardas europeias que surgem na primeira 
metade do século XX, que refletem a perplexidade do Homem diante das rápidas transformações 
tecnológicas, das turbulências políticas e das contribuições dadas pela filosofia existencialista e a 
psicanálise. Assim sendo, a alternativa E está incorreta. 
ATENÇÃO: Essa é uma questão que demanda conhecimentos sobre história da arte, algo 
extremamente recorrente nas provas da Unesp. Fique atento aos estilos artísticos de cada período, 
suas principais características e como refletiam a mentalidade dos homens de seu tempo. 
Se por acaso você não conhecesse os estilos mencionados, a questão também poderia ser respondida a partir 
da análise dos elementos da imagem. Vejamos novamente as alternativas: 
- Não há nenhum elemento que remeta à temática religiosa no quadro, o que tornam incorretas as 
alternativas A e C. 
- Apesar da petição segurada por Marat, o personagem aparece morto em cena, o que dificilmente 
poderia sugerir que a obra buscava valorizar a leitura. Assim sendo, a alternativa B está incorreta. 
- As formas humanas e dos objetos são bem delimitadas, e por isso também podemos descartar a 
alternativa E. 
- Por eliminação, poderíamos concluir que a alternativa D é a resposta. Caso o vestibulando não 
soubesse que o quadro retrata um episódio político, ainda sim poderia alcançar a resposta se considerasse 
a atenção dada pelo autor à musculatura do corpo, assim como sugere a alternativa. Gabarito: D 
 
6. (2019/CUSC) 
— De volta à França, Bonaparte é visto como o salvador por toda uma facção, mas também por um grande 
número de capitalistas. Ele, por sua vez, prepara o golpe de Estado, um golpe de Estado militar que 
acontece no dia 18 Brumário do ano VIII (9 de novembro de 1799), após o que os deputados são afastados 
e ele assume o cargo de primeiro cônsul. Um poder que ele vai consolidar entre 1800 e 1804, até se tornar 
imperador. 
— Então é o fim da Revolução? 
— Não e sim. 
(Michel Vovelle. A Revolução Francesa explicada à minha neta, 2007. Adaptado.) A 
ambiguidade da última frase é explicada pelo fato de que Napoleão Bonaparte 
a) preservou a democracia direta implantada pela Revolução, mas defendeu a ideia de uma França 
belicosa e expansionista. 
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 AULA 09– IDADE CONTEMPORÂNEA I 78 
b) aboliu os resquícios do feudalismo que sobreviveram à Revolução, mas eliminou as pequenas 
propriedades rurais. 
c) assegurou a difusão das práticas mercantis liberais, mas restabeleceu o poder da aristocracia e da 
monarquia bourbônica. 
d) manteve a prática do terror e a perseguição aos adversários políticos, mas restaurou os privilégios 
do primeiro e do segundo estados. 
e) consolidou conquistas da Revolução e o poder da burguesia, mas limitou a participação e as 
liberdades políticas. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, porque o cargo de imperador, topo do poder executivo, não poderia 
ser alcançado mediante eleição direta, o que rompe com a noção de democracia direta. 
- A alternativa B está incorreta, porque Napoleão não eliminou as pequenas terras rurais. Na verdade, 
estabeleceu um rígido controle sobre toda forma de propriedade, firmando seu compromisso com a 
burguesia. 
- A alternativa C está incorreta, porque Napoleão não assegurou a difusão das práticas mercantis, e sim 
do liberalismo. Seu governo se focalizou na burguesia, e não na aristocracia. 
- A alternativa D está incorreta, porque Napoleão não manteve a prática do terror perpetrada pelos 
jacobinos. Do mesmo modo, não restaurou os privilégios do primeiro e segundo estados. 
- A alternativa E está correta. Napoleão manteve algumas das conquistas da Revolução Francesa, 
especialmente no que tange a propriedade privada, liberdades individuais e direitos da burguesia. No 
entanto, o meio político foi restringido, já que seu governo era extremamente centralizado e possuía 
aspectos autoritários, fato que reduzia a participação política. 
Gabarito: E 
 
7. (UERJ/2019) 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 79 
Caricatura de Napoleão Bonaparte, 1814. 
Adaptado de britishmuseum.org. 
 
A derrota de Napoleão Bonaparte, em 1814-1815, foi registrada de diversas formas nas sociedades 
europeias. Na imagem, o imperador francês tenta devorar o globo terrestre, sendo atacado por uma 
águia, um dos símbolos do Império Russo. Dois impactos que as guerras napoleônicas exerceram sobre as 
relações internacionais na Europa da época foram: 
(A) crise agrária e consolidação dos Estados republicanos 
(B) concorrência industrial e retomada de domínios coloniais 
(C) integração comercial e declínio de monarquias absolutistas 
(D) expansionismo territorial e reorganização das fronteiras políticas 
Comentários 
Questão de interpretação de imagem e que demanda conhecimentos acerca da Era Napoleônica. 
A imagem reproduz Napoleão com o globo em suas mãos, aludindo a todas as conquistas alcançadas pelo 
general, todos os territórios anexados, toda sua expansão pela Europa. Nesse sentido, vejamos: 
- A alternativa A é incorreta, pois a expansão de Napoleão antes desestabilizou regimes e 
monarquias do que favoreceu a consolidação de Estados republicanos. 
- A alternativa B é incorreta, a concorrência industrial não foi a principal influência na política desse 
contexto, a França sob a batuta do Imperador se colocou como a nação a testa da Europa, qualquer outro 
estado que contestasse esse poder sofria retaliações, como os Ingleses sofreram com embargos 
econômicos. Nesse sentido, não havia concorrência. 
- A alternativa C é incorreta, a Era Napoleônica não promoveu a integração comercial na Europa, 
haja vista o bloqueio continental imposto à Inglaterra. Apesar de ter contribuído para o declínio de 
monarquias absolutistas, como do Sacro Império Romano-Germânico. 
- A alternativa D é a correta, a Era Napoleônica promoveu uma política expansionista pela Europa, 
anexando e conquistando inúmeros territórios, como os Reinos da Itália e de Nápoles, Córsega, Baviera, 
entre outros. Na imagem, o globo na mão do monarca representa essas expansões. Conquistas que de 
fato reordenaram as localizações, fronteiras e limites entre os estados da Europa. 
Gabarito: D 
 
8. (2019/UNESPAR) 
 Trecho 1: “Gostaria que os seus compatriotas não estivessem se precipitando pelo caminho mais curto 
em direção a esta situação horrível e repugnante. Uma pobreza de concepção, uma rudeza e uma 
vulgaridade já se manifestam em todos os procedimentos da Assembleia [Nacional Constituinte] e dos 
homens que a inspiram. Sua liberdade não é liberal. Sua ciência é ignorância presunçosa. Seu humanismo 
é selvagem e brutal” 
(BURKE, E. Reflexões sobre a Revolução em França. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1982. p. 103). 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 80 
Trecho 2: “A convocação dos Estados Gerais de 1789 é a era verdadeira do nascimento do povo. Ela 
chamou o povo inteiro ao exercício de seus direitos”. 
(MICHELET, J. História da Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras: Círculo do Livro, 1989. p. 91). 
 
A escrita dos acontecimentos históricos é constituída de muitas versões. Nos trechos acima, dois 
intérpretes da Revolução Francesa, o inglês Edmund Burke e o francês Jules Michelet, cujas obras foram 
publicadas, respectivamente, em 1790 e em 1847, descrevem o início desse evento histórico. Os dois 
trechos acima são: 
a) Desconectados um em relação ao outro porque, embora tratem do mesmo fenômeno histórico, 
os dois convergem para um mesmo sentido; 
b) Complementares, pois ambos consideram que a Revolução Francesa está pautada em ideias 
iluministas de racionalidade e justiça social; 
c) Excludentes, pois Burke tem uma interpretação negativa da Revolução, ao passo que Michelet a 
considera a legitimação de direitos do terceiro estado; 
d) Complementares, pois para Burke a Revolução Francesa expressa ideias condenáveis e para 
Michelet ela efetiva o desejado exercício do poder popular; 
e) Excludentes, pois Burke considera que a Revolução Francesa superará a situação de pobreza e 
brutalidade; já Michelet considera que se trata de uma nova era. 
Comentários 
 As duas análises devem ser contextualizadas em suas produções. Em primeiro, o Edmund Burke é inglês, 
com rixas com a França e via a Revolução como um perigo ao Estado Monárquico inglês, então, este tem 
uma visão negativa da Revolução. 
 Já Michelet, é francês, e escreve sobre a Revolução após a restauração de Napoleão e enxerga a 
Revolução como uma conquista do povo, ou seja, do terceiro estado, e muito mais do que isso, a 
construção de um povo. Segundo o trecho, os Estados Gerais “eram o verdadeiro nascimento do povo”. 
Gabarito: A 
 
9. (2018/UENP) 
A Revolução Francesa de 1789 estabeleceu conceitos sobre ideologia política considerados essenciais para 
esclarecer os cidadãos sobre as diferenças entre as doutrinas que se digladiavam na Convenção Nacional. 
Sobre os posicionamentos políticos de cada grupo, assinale a alternativa correta. 
a) Os do Pântano, ou da Planície, que se situavam na parte mais baixa da Convenção, modificavam 
constantemente suas posições políticas entre direita e esquerda. 
b) Os Girondinos posicionavam-se no esquerdismo radical e representavam os interesses dos 
pequenos proprietários e comerciantes 
c) Os Montanheses adotaram a doutrina da conservação dos poderes políticos direitistas da alta 
burguesia aliada à monarquia nobiliárquica 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 81 
d) Os Jacobinos, mais centralistas democráticos em suas reivindicações, propunham o 
estabelecimento constitucional da monarquia apoiada pelos altos financistas. 
e) Os Sans-culottes postulavam a destruição da república francesa inspirados nos ideais da revolução 
Russa, visando à venda do patrimônio público. 
Comentários 
A única alternativa que demonstra corretamente os posicionamentos políticosna Convenção 
Nacional é a “A”. Os girondinos se posicionavam à direita, os jacobinos se posicionavam à esquerda da 
convenção e os sans-cullote eram radicais ligados aos jacobinos. 
Os montanheses eram o grupo dos jacobinos e que se alinhavam a esquerdas, eram chamados de 
Montanhas pois ficavam na parte mais alta da Convenção. 
Já os da Planície eram o maior grupo da Convenção e sua característica era mais moderada, 
mudando constantemente entre as posições dos girondinos e jacobinos. Desta maneira, a alternativa A 
está correta. 
Gabarito: A 
 
10. (UNEMAT/2018) 
“Artigo onze: A livre comunicação dos pensamentos e das opiniões constitui um dos direitos mais 
preciosos da mulher, dado que esta liberdade garante legitimidade dos pais em relação aos filhos. Toda 
cidadã pode, portanto, dizer livremente: ‘eu sou a mãe de um filho que lhe pertence, sem que um 
preconceito bárbaro a force a esconder a verdade, sob pena de responder pelo abuso dessa liberdade nos 
casos estabelecidos pela lei’”. 
“Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, proposta por Olimpe de Gouges em 1791”. In: Interhesis (Revista 
Internacional Interdisciplinar. V. 4. n. 1, Florianópolis jan/jun – 2007). 
A reivindicação expressa na Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, datada do final do século 
XVIII na França, informa, indiretamente, que as mulheres daquele período 
a) tinham os mesmos direitos em relação aos homens, tanto na vida privada como na vida pública, 
pois um dos preceitos da Revolução Francesa era a ‘igualdade’. 
b) recebiam um tratamento desigual que as impedia de se equiparar aos homens nas atividades 
públicas de suas comunidades, porque a elas cabia a administração do lar. 
c) tinham, tal como os homens, a obrigação de cuidar dos filhos, porquanto a linha que separava os 
papeis sexuais entre o casal era muito tênue em relação a este quesito. 
d) tinham o direito de comunicar, opinar e se constituir como entidade pública, desde que 
apresentassem uma autorização dos pais ou dos maridos. 
e) recebiam o apoio e a solidariedade da Igreja na luta pela igualdade de direitos, uma vez que a 
instituição religiosa advogava a favor dos pobres e dos marginalizados. 
Comentários 
Questão que de interpretação sobre a atuação feminina na Revolução Francesa. Vejamos: 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 82 
A alternativa A é incorreta, pois no trecho da “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã”, proposta por 
Olimpe de Gouges, é reivindicada a liberdade de expressão para as mulheres. 
A alternativa B é correta, a “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã”, 1791,foi escrita como reação 
a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, 1789, que não contemplava os direitos políticos e 
de cidadania para as mulheres, Olimpe de Gouges escrevia em um contexto de profunda desigualdade 
entre homens e mulheres, tanto que aquelas mulheres que fugissem da esfera do lar e ousassem 
participar da revolução, como Gouges, eram vistas como “deturpações do feminino”. 
A alternativa C é incorreta, a obrigação de cuidar dos filhos era uma responsabilidade compartilhada entre 
a mulher e os criados, era uma atividade considerada do espaço doméstico, portanto, as mulheres eram 
responsáveis. Signo de uma sociedade desigual quanto aos gêneros, em que os espaços públicos e 
privados eram rigorosamente definidos. 
A alternativa D é incorreta, as mulheres daquele período não possuíam voz pública, o trecho da declaração 
de Olimpe de Gouges é a expressão da luta por esse direito, sendo que a mulher tinha como espaço 
primordial, o ambiente privado. 
A alternativa E é incorreta, não temos expresso no trecho nenhum elemento que expressa o apoio da 
Igreja a reinvindicação dos direitos da mulher. Era uma luta autônoma. E pelos conhecimentos daquele 
período, podemos dizer que a Igreja era uma das grandes perpetuadores e promotoras da desigualdade. 
Gabarito: B 
 
11. (2018/Unesp) 
 
(www.fafich.ufmg.br) 
A gravura representa a marcha de mulheres revolucionárias até o palácio real de Versalhes em 5 de 
outubro de 1789. 
A participação das mulheres na Revolução Francesa 
a) levou à conquista do direito de voto, porém não do direito de exercer cargos executivos no novo 
governo francês. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 83 
b) teve ressonância parcial nas decisões políticas, pois apenas as mulheres da alta burguesia envolveram-
se nos protestos políticos e civis. 
c) foi notável nas manifestações e clubes políticos, porém seus direitos políticos e sociais não foram 
ampliados significativamente. 
d) originou a igualdade de direitos civis em relação aos homens após a proclamação da Declaração dos 
Direitos do Homem e do Cidadão. 
e) diminuiu bastante após os conflitos e a violência generalizada que marcaram a tomada da Bastilha. 
Comentários 
Apesar da imagem, essa é uma questão que demanda conhecimentos prévios sobre a Revolução Francesa. 
Vejamos as alternativas: 
- A alternativa A está incorreta. Promulgada pelas forças revolucionárias francesas, a Constituição 
de 1791 introduziu o direito ao voto apenas para os homens maiores de 25 anos, pagantes de impostos e 
dotados de propriedades e riquezas. 
- A alternativa B está incorreta. A imagem retrata a Marcha sobre Versalhes, episódio em que 
mulheres das classes subalternas partiram de mercados de Paris rumo a Corte de Luís XVI, protestando 
contra o cenário de escassez de alimentos, inflação e desemprego do país. 
- A alternativa C é a resposta. Para tomar parte do processo revolucionário francês, as mulheres 
recorreram a estratégias de ação diversas, tais como petições, marchas e associações de assistência. Mas, 
a despeito de sua participação ativa na vida pública na derrocada do Antigo Regime, as mulheres não 
conquistaram direito ao divórcio, educação, saúde ou de voto, sendo consideradas cidadãs passivas pela 
Constituição de 1791. Tal categoria, que não oferecia qualquer direito político, também incluía as 
crianças, os loucos, os condenados e criados domésticos. 
- A alternativa D está incorreta, afinal a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão não 
reconheceu direitos civis às mulheres. 
- A alternativa E está incorreta. A charge faz referência a um episódio da Revolução Francesa 
ocorrido após a queda Bastilha, representando mulheres com baionetas, machados, lanças e um canhão. 
Dessa maneira, pode-se aferir que a participação feminina no processo revolucionário também foi 
marcada por ações violentas. 
 ATENÇÃO: história das mulheres têm sido tema recorrente nas provas da Unesp. Assim sendo, se 
atente para as transformações da condição feminina ao longo da História, considerando os papéis 
sociais desempenhado pelas mulheres em cada período e sociedade, bem como as lutas e 
manifestações por mais direitos e igualdade de gênero. 
Gabarito: C 
 
12. (2017/Famerp) 
A Revolução é feita de sombra, mas, acima de tudo, de luz. 
Michel Vovelle. A Revolução Francesa explicada à minha neta, 2007. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 84 
A frase apresenta a Revolução Francesa, destacando 
a) a aliança de setores católicos, associados à luz da revelação divina, com a ação revolucionária, que 
representava as trevas da morte. 
b) o contraste entre a obscura violência de alguns de seus momentos e a razão luminosa que guiou 
muitos de seus propósitos. 
c) a vitória do projeto aristocrático, que representava a luz, sobre as lutas burguesas, que 
representavam as sombras. 
d) o contraponto entre o esforço obscuro de impor o terror e a vontade iluminista de restaurar a 
monarquia parlamentar. 
e) a derrotado ideal republicano, que associava a revolução às trevas, e o sucesso da monarquia 
absoluta, liderada pelo Rei Sol. 
Comentários 
Ao definir o processo revolucionário francês, o historiador Michel Vovelle destaca o caráter 
violento de alguns momentos, compreensível se considerada a reação também excessiva das forças que 
buscavam a conservação do Antigo Regime. Contudo, também constata a existência de “luzes” que 
iluminam a ação de seus personagens, como o sentimento de esperança de transformação da ordem 
social e a valorização da Razão na prática política. Assim sendo, a alternativa B é a resposta. 
- A alternativa A está incorreta. Durante a Revolução Francesa, parte do clero (“refratário”) se negou 
a reconhecer ao Código Civil formulado pelo governo revolucionário, mantendo-se alinhados às forças 
contrarrevolucionárias. 
- A alternativa C está incorreta, afinal o projeto aristocrático não foi vitorioso no desfecho da 
Revolução Francesa. A ordem do Antigo Regime foi minada pelos ideais revolucionários, muitos deles 
encampados pela burguesia em ascensão. 
- A alternativa D está incorreta, pois os intelectuais do iluminismo não apresentaram uma visão 
única sobre as formas de governo. Enquanto para Montesquieu a monarquia parlamentar era a mais 
apropriada para superar o absolutismo, Rousseau era um defensor do modelo republicano. 
- A alternativa E está incorreta, pois a despeito da continuidade de grupos contrarrevolucionários 
na França, o absolutismo foi definitivamente sepultado pela Revolução Francesa. Gabarito: B 
 
13. (2017/Famema) 
Nosso atual modelo de Estado é fruto da Revolução Francesa, que, fascinada pela democracia grega, 
considerava que os atenienses criaram o princípio do Estado legal – um governo fundado em leis 
discutidas, planejadas, emendadas e obedecidas por cidadãos livres – e a ideia de que o Estado representa 
uma comunidade de cidadãos livres. Ao afirmarem que o governo era algo que as pessoas criavam para 
satisfazer as necessidades humanas, os atenienses consideravam seus governantes homens que haviam 
demonstrado capacidade para dirigir o Estado, e não deuses ou sacerdotes. 
(Flavio de Campos e Renan G. Miranda. A escrita da História, 2005.) 
a) a concepção moderna de democracia deriva da Revolução Francesa e da Atenas antiga, embora nesta 
a cidadania estivesse limitada à minoria da população. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 85 
b) a democracia ateniense, por fundamentar-se na comunidade de homens livres, não era compatível 
com a existência de trabalho escravo. 
c) a Revolução Francesa ampliou o conceito de democracia grega, ao tornar cidadãos todos os 
habitantes da comunidade, inclusive as mulheres e os estrangeiros. 
d) os gregos desenvolveram a noção de lei como uma emanação dos deuses, à qual os homens 
deveriam obedecer após discussão em assembleia. 
e) os atenienses vinculavam a política à religião e, por isso, seu Estado nacional dependia da razão 
divina e limitava a expressão política dos cidadãos. 
Comentários 
- A alternativa A está correta. Enquanto em Atenas o conceito de cidadania excluía uma vasta 
quantidade de grupos sociais, a noção moderna de democracia, que recebeu influências da Revolução 
Francesa, pressupõe uma inclusão maior de indivíduos. Apesar disso não estar presente em todas as fases 
da Revolução, isso se manifestou pela chamada Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, que 
reconhece todos os homens livres e iguais em direitos, independente da classe social e nacionalidade. 
- A alternativa B está incorreta, pois em Atenas diversos aristocratas que dispunham de direitos na 
pólis eram detentores de escravizados. A ideia de democracia em Atenas se baseia na noção de igualdade 
entre iguais, o que não incluía mulheres, estrangeiros e escravizados. 
- A alternativa C está incorreta, pois as mulheres não foram consideradas cidadãs pela Revolução 
Francesa. 
- A alternativa D está incorreta, afinal as decisões tomadas na Assembleia são entendidas pelos 
atenienses como resultante do consenso entre os cidadãos da pólis. 
- A alternativa E está incorreta, afinal o debate político em Atenas se guiava pelo pensamento racional 
e a noção do bem comum. 
Gabarito: A 
 
14. (2017/Unesp) 
Observe a gravura de Isidore-Stanislas Helman (1743-1806). 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 86 
 
O evento representado na imagem mostra 
a) o poder legislativo, composto por representantes de todas as classes sociais e responsável pela 
proposição e criação das leis federais. 
b) uma assembleia popular, reunida em caráter permanente e aberta à participação direta de todos 
os cidadãos. 
c) o poder moderador, composto por representantes de organismos sociais e políticos e responsável 
pelo controle sobre as decisões do rei. 
d) o poder executivo, composto pelos membros da nobreza e do clero e responsável pelas decisões 
relativas à política exterior. 
e) uma assembleia consultiva, convocada esporadicamente pelo rei e formada por representantes 
das três ordens sociais. 
Comentários 
– A alternativa A está incorreta. Não existe a delimitação de poderes em uma monarquia absoluta, 
afinal as atribuições do Estado permanecem concentradas na figura do rei. 
– A alternativa B está incorreta, inexistiam mecanismos de representação popular no Antigo Regime. 
Contudo, representantes do Terceiro Estado se utilizaram do espaço que obtiveram na Assembleia dos 
Estados Gerais para expor suas queixas em relação aos privilégios garantidos aos demais estamentos, e como 
isso sobretaxava a maioria da população. 
– A alternativa C está incorreta. Naquele contexto, a França era uma monarquia absoluta, então não 
havia a delimitação de poderes. 
– A alternativa D está incorreta, trata-se de um órgão consultivo, que não dispõe de atribuições na 
administração do país. 
– A alternativa E é a resposta. A Assembleia dos Estados Gerais era um mecanismo consultivo que 
poderia ser convocado pelo monarca francês e que contava de representantes dos três estamentos 
existentes à época – o clero, a nobreza e o chamado “terceiro Estado”, composto pelo restante da população. 
No contexto representado pela imagem, a França se encontrava mergulhada em uma crise econômica, sendo 
os representantes dos estamentos convocados para discutirem algumas reformas que se faziam necessárias. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 87 
Diante dos impasses gerados pela recusa do clero e da nobreza de abrirem mão dos seus privilégios 
tributários, representantes do Terceiro Estado adotaram uma postura de forte resistência, que culminaria 
na Revolução Francesa. Gabarito: E 
 
15. (2016.2/FASM) 
Leia um trecho do discurso do deputado Antoine Barnave, proferido na Assembleia francesa, em 15 de 
julho de 1791. 
Vamos concluir a Revolução, ou vamos recomeçá-la? Um passo a mais seria um ato funesto e culpável, 
um passo a mais, na linha da liberdade, seria a destruição da realeza e, na linha da igualdade, a destruição 
da propriedade. 
(Apud Modesto Florenzano. As revoluções burguesas, 1995.) 
Considerando o trecho e o contexto histórico, é correto afirmar que o deputado defendia 
a) parte da burguesia, que considerava necessário o término do processo revolucionário para 
resguardar os seus interesses. 
b) setores da burguesia contrarrevolucionários, que desejavam o retorno do absolutismo e dos 
privilégios de nascimento. 
c) segmentos moderados da burguesia, que queriam dar prosseguimento ao processo revolucionário 
a qualquer custo. 
d) a pequena burguesia, disposta a perseguir os ideais iluministas mais radicais com o auxílio das 
camadas populares.e) grupos populares, que planejavam a instauração de um governo republicano e a implementação 
da reforma agrária. 
Comentários 
- A alternativa A está correta. O trecho se refere aos setores mais conservadores da burguesia, que 
objetivavam o fim do processo revolucionário de modo a resguardar os seus interesses, como a 
manutenção da propriedade privada. Era de amplo conhecimento que a radicalização do processo 
revolucionário, como propunham os jacobinos, poderia causar extensivos danos às estruturas econômicas 
do país. 
- A alternativa B está incorreta, porque o deputado não defende o retorno do absolutismo, e sim 
seus interesses próprios, como a manutenção da propriedade privada. 
- A alternativa C está incorreta, porque os setores moderados da burguesia não objetivavam dar 
prosseguimento ao processo revolucionário, e sim pará-lo antes da radicalização proposta pelos 
jacobinos. 
- A alternativa D está incorreta, porque o trecho não busca a radicalização do processo 
revolucionário, e sim o fim deste. Portanto, não corresponde ao discurso da pequena burguesia. 
- A alternativa E está incorreta, porque o trecho não cita o republicanismo, e sim a manutenção da 
realeza. Além disso, o deputado também defende a propriedade privada, contrariando o ideal de reforma 
agrária. Gabarito: A 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 88 
 
16. (2016/UFRGS) 
A Santa Aliança, coalizão entre Rússia, Prússia e Áustria, criada em setembro de 1815, após a derrota de 
Napoleão Bonaparte, tinha por objetivo político 
a) promover e proteger os ideais republicanos e revolucionários franceses em toda a Europa. 
b) impedir as intenções recolonizadoras dos países ibéricos e apoiar as independências dos países 
latinoamericanos. 
c) lutar contra a expansão do absolutismo monárquico e a influência do papado em todos os países 
europeus. 
d) combater e prevenir a expansão dos ideais republicanos e revolucionários franceses em toda a Europa. 
e) apoiar o retorno de Napoleão ao governo francês e garantir o equilíbrio entre as potências europeias. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, porque a Santa Aliança não procurou promover os ideais republicanos. 
Na verdade, agiu no lado oposto disso, buscando frear o avanço desses ideais na Europa. 
- A alternativa B está incorreta, haja visto que a Santa Aliança buscou reafirmar a soberania dos países 
europeus, colocando-se contra as independências dos países latino-americanos. 
- A alternativa C está incorreta, porque a Santa Aliança buscou a manutenção e expansão do 
absolutismo monárquico na Europa, não o oposto disso, como sugere o enunciado. 
- A alternativa D está correta. O principal objetivo da Santa Aliança era impedir que ocorresse a 
expansão dos ideais republicanos e revolucionários pela Europa. Para isso, esse acordo se colocava a favor 
da defesa do absolutismo e da soberania dos países europeus, fornecendo, inclusive, apoio militar contra 
revoltas antimonárquicas. 
- A alternativa E está incorreta, porque a Santa Aliança surgiu justamente em oposição à Era 
Napoleônica, buscando evitar que outros processos revolucionários (como o francês) ocorressem na Europa. 
Portanto, não objetivava o retorno de Napoleão ao governo francês. 
Gabarito: D 
 
17. (UERR/2016) 
Com a Revolução Francesa foi instituído o Tribunal Revolucionário que tinha competência para julgar e 
punir, até a morte os suspeitos de oposição ao regime. Assim, o Governo revolucionário adotou diversas 
medidas para punir os opositores ao regime. Assinale a fase dessa Revolução que se identifica com esse 
fato: 
A) O 18 Brumário. 
B) O Período do Terror. 
C) Conspiração dos Iguais. 
D) Período do Termidor. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 89 
E) Diretório. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a Revolução Francesa. Vejamos: 
A alternativa A é incorreta, 18 de brumário pode se refere ao início da Era Napoleônica no governo da França. 
A alternativa B é correta, o Período do Terror corresponde ao momento em que os jacobinos 
monopolizaram a condução do processo revolucionário, foi marcado por perseguições políticas, 
religiosas, guerras e execuções na guilhotina. 
A alternativa C é incorreta, a “conspiração dos iguais” foi um movimento dentro do processo 
revolucionário, liderado por Graco Babeuf. Propunha a comunidades dos bens e do trabalho para a 
conquista efetiva da igualdade. 
A alternativa D é incorreta, o Período Termidor marca o final do terror, com a queda de Robespierre e seus 
seguidores. 
A alternativa E é incorreta, marcou a tomada do controle da revolução pelos girondinos e a ascensão de 
Napoleão. 
Gabarito: B 
 
18. (UEMA/2016) 
 
 
A imagem se refere à situação das receitas e das despesas do Estado francês na década de 1780. Podese 
analisar pelos dados que 
a) a maior arrecadação do Estado era proveniente dos impostos diretos, pagos, em sua grande 
maioria, pelos representantes da Igreja Católica francesa, uma das mais poderosas da Europa. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 90 
b) o elevado déficit público do Estado francês foi um elemento central para o contexto histórico de 
profunda crise econômica que favoreceu a eclosão da Revolução Francesa em 1789. 
c) a crise econômica relacionava-se diretamente às questões internas, já que, no cenário 
internacional, os negócios contribuíram de forma significativa para as receitas do Estado francês. 
d) os gastos com o pagamento da dívida representavam uma pequena parcela das despesas estatais, 
o que indicava a possibilidade de recuperação rápida da economia francesa. 
e) a opulência da nobreza francesa era a responsável pela fração mais elevada dos gastos do Estado, 
seu principal financiador. Comentários 
Questão sobre a França as vésperas da Revolução Francesa e interpretação das informações do gráfico. 
Vejamos: 
A alternativa A está incorreta, somente o Terceiro Estado pagava tributos, sendo excluída a Igreja Católica. 
A alternativa B está correta, como podemos ver pelo gráfico o Estado Francês se encontrava em crise, 
sobrevivendo praticamente com a exploração do Terceiro Estado, formado por burgueses ascendentes e 
camponeses. 
A alternativa C é incorreta, a monarquia também possuía despesas com guerras e com a marinha, 17, 2% 
como expresso no gráfico. 
A alternativa D é incorreta, o pagamento da dividas representava 50 % das receitas. 
A alternativa E é incorreta, segundo o gráfico as despesas da nobreza representava 10 % das despesas, e seu 
financiador direito era o Terceiro Estado. 
Gabarito: B 
 
19. (UFPR/2016) 
Considere os seguintes excertos produzidos no contexto da Revolução Francesa (1789-1799): 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (26 de agosto de 1789) 
Art. 1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-
se na utilidade comum. 
Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis 
do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. 
Art. 13. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração, é indispensável uma 
contribuição comum, que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades. 
 
Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã (setembro de 1791)* 
Art. 1º. A mulher nasce livre e tem os mesmos direitos do homem. As distinções sociais só podem ser 
baseadas no interesse comum. 
Art. 2º. O objeto de toda associação política é a conservação dos direitos imprescritíveis da mulher e do 
homem. Esses direitos sãoa liberdade, a propriedade, a segurança e, sobretudo, a resistência à 
opressão. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 91 
Art. 13. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração, as contribuições da 
mulher e do homem serão iguais; ela participa de todos os trabalhos ingratos, de todas as fadigas, deve 
então participar também da distribuição dos postos, dos empregos, dos cargos, das dignidades e da 
indústria. 
* Essa declaração, escrita e proposta pela francesa Olympe de Gouges, não foi aprovada pela Assembleia Nacional; 
Olympe foi guilhotinada por ordem de Robespierre em 1793. 
Compare as duas declarações e assinale a alternativa que identifica a principal diferença entre o texto de 
1789 e o de 1791. 
a) O texto de 1791 estabelece direitos e obrigações detalhados e separados para homens e mulheres 
na política e nos negócios, conforme o projeto burguês de sociedade, enquanto o texto de 1789 defende 
um ideal universalista, sem distinção social. 
b) O texto de 1789 defende direitos universais, sem explicitar a questão de gênero, enquanto o texto 
de 1791 defende a igualdade de direitos entre os gêneros, reivindicando a atuação feminina em assuntos 
considerados masculinos, como a política e os negócios. 
c) O texto de 1791 defende a luta contra a opressão das mulheres após séculos de dominação 
monárquica na França, enquanto o texto de 1789 é contra a opressão masculina causada pela 
predominância do clero e da nobreza sobre o terceiro estado. 
d) O texto de 1789 utiliza o termo “homem” para designar a todo o conjunto de cidadãos, sem 
distinção de classe e origem, enquanto o texto de 1791 substitui “homem” por “mulher”, a fim de 
reivindicar direitos exclusivos para as cidadãs da classe burguesa. 
e) O texto de 1789 defende que nenhum direito é válido se não incluir todos os cidadãos, enquanto 
o texto de 1791 contradiz esse princípio ao privilegiar as mulheres, que reivindicavam maior espaço na 
sociedade após a morte da Rainha Maria Antonieta. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a Revolução Francesa e interpretação de texto. Vejamos: 
- A alternativa A é incorreta, o texto de 1791 estabelece os direitos políticos das mulheres e o de 1789 
direitos universais, sem distinções entre homens e mulheres. 
- A alternativa B é correta, o texto de 1791 foi escrito por Olympe de Gouges, uma das mulheres que 
participaram ativamente da Revolução Francesa, a declaração tinha como objetivo a conquista da igualdade 
política entre os gêneros, por isso, diferentemente da declaração de 1789, marcava a presença dos gêneros, 
igualdade para mulheres e homens. Na declaração de 1789, os direitos são declarados universais, mas na 
prática os homens exerciam o poder. 
- A alternativa C é incorreta, o texto de 1789 não marca os gêneros, homem e mulher; os direitos são 
declarados universais. 
- A alternativa D é incorreta, o texto de 1791 não tinha como objetivo reivindicar direitos exclusivos 
para as cidadãs da classe burguesa, somente a igualdade entre homens e mulheres. 
- A alternativa E é incorreta, o texto de 1791 não buscar privilegiar as mulheres, apenas assegurar a 
igualdade de fato entre os gêneros, que não havia sido realizada com a declaração de 1789. Gabarito: B 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 92 
20. (UFPR/2015) 
Alexis de Tocqueville, um dos grandes teóricos da democracia na América, afirma em sua obra de 1835: 
“Quando comparo as repúblicas gregas e romanas com essas repúblicas da América, as bibliotecas 
manuscritas das primeiras e seu populacho grosseiro com os mil jornais que circulam nas segundas e com 
o povo esclarecido que as habita; quando em seguida penso em todos os esforços que ainda são feitos 
para julgar uns com a ajuda dos outros e prever, pelo que aconteceu há dois mil anos, o que acontecerá 
em nossos dias, sou tentado a queimar meus livros, a fim de aplicar apenas ideias novas a um estado social 
tão novo”. 
(TOCQUEVILLE, Alexis. de. “A Democracia na América”. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 355-356.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a formação da democracia nos Estados Unidos da América, 
é correto afirmar: 
a) O “estado social tão novo” apregoado pelo autor refere-se à existência de uma democracia 
fundamentada nos pressupostos do Despotismo Esclarecido que caracterizava o sistema político no 
Antigo Regime na Europa. 
b) Tocqueville sugere que, diferente das repúblicas gregas e romanas, a experiência democrática 
americana resultou na formação de uma população grosseira e iletrada, consequência da leitura de 
jornais em vez de livros. 
c) A instituição precoce da democracia liberal nos Estados Unidos foi responsável pela 
implementação da “missão civilizadora” que possibilitou a incorporação pacífica das populações indígenas 
nativas na sociedade nacional e assegurou a manutenção do seu modo de viver. 
d) Por considerar a democracia na América uma ruptura histórica, Alexis de Tocqueville afirma que a 
democracia norte-americana foi um episódio original e sem precedentes em experiências históricas 
anteriores. 
e) Ao destacar o ineditismo da democracia norte-americana, Tocqueville refere-se ao fato de a 
Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776) ter conferido igualdade, liberdade e direitos 
irrestritos às mulheres e aos escravos. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta. O despotismo esclarecido é o nome dado ao movimento 
empreendido por alguns monarcas europeus no final da Idade Moderna, que adotaram certas reformas 
baseadas nos preceitos iluministas a fim de atender parte das críticas do período, mas sem alterar a forma 
de governo. Os Estados Unidos tornaram-se uma República cuja organização foi influenciada pelos 
pressupostos da Ilustração. 
- A alternativa B está incorreta, afinal Tocqueville elogia o esclarecimento dos habitantes das antigas 
Treze Colônias. A população grosseira a qual ele se refere é situada na Antiguidade Clássica. 
- A alternativa C está incorreta, afinal as populações indígenas foram massacradas ao longo do 
processo de expansão dos Estados Unidos sobre o Oeste. Além disso, Tocqueville não se debruça sobre 
essa realidade no relato do enunciado. 
- A alternativa D é a resposta. Ao dizer de sua tentação em queimar os livros, Tocqueville chama 
atenção para a particularidade do modelo político implementado nos Estados Unidos, a primeira grande 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – IDADE CONTEMPORÂNEA I 
 
 
 
 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 93 
República democrática do mundo. Vale ressaltar que o conceito de democracia do período se mostra mais 
limitado que o dos dias atuais. 
- A alternativa E está incorreta, pois a democracia norte-americana não garantiu direitos às 
mulheres e libertos, algo que só seria efetivamente assegurado no século XX. 
Gabarito: D 
 
21. (2015/UNESPAR) 
A Revolução Francesa, impulsionada pelas ideias iluministas, é considerado um dos mais importantes 
movimentos revolucionários do mundo ocidental. 
É correto afirmar sobre a Revolução Francesa que: 
A) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi o resultado de um acordo entre os filósofos 
Iluministas e do Antigo Regime, preconizando a manutenção da autoridade da nobreza sobre as terras 
da França e dos burgueses sobre as cidades; 
B) O lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, representou, no contexto da época, interesses diversos, 
como igualdade social, com o fim da sociedade de classes; 
C) Defendia as instituições democráticas para a renovação e restabelecimento da monarquia; 
D) A democracia conseguiu chegar a sua plenitude máxima, universalizando todos os direitos sociais; 
E) A crise financeira provocadapelas guerras externas, pelos gastos excessivos internos e pela crise no 
abastecimento de gêneros alimentícios foram fatores que propiciaram a eclosão da Revolução. 
Comentários 
 A Revolução Francesa foi um movimento revolucionário motivado pelos ideais iluministas. Esse 
movimento entrou no bojo da crise do Antigo Regime, principalmente na França, que se envolveu em 
guerras sucessivas, como a Guerra dos Sete Anos e Guerra de Independência das 13 Colônias, o que gerou 
gastos excessivos internos, criando crises de fome. Isso motivou os movimentos republicanos. 
 Por conta disso, a alternativa E é a única que contempla corretamente fatos verdadeiros sobre a 
Revolução. 
Gabarito: A 
 
22. (2015/UFRGS) 
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre as Revoluções de 1848, ocorridas na 
Europa. 
(F) A origem desses conflitos foi o levante espanhol antiabsolutista de 1848. 
(F) A principal meta dos revolucionários foi o restabelecimento do absolutismo nos países europeus. 
(V) Os revolucionários foram extremamente heterogêneos, representando ideologias e setores sociais 
diversos. 
(V) Os efeitos dos conflitos foram sentidos inclusive no Brasil, como demonstra a Revolta da Praieira. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 94 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) 
F – V – F – V. 
b) V – F – V – F. 
c) V – V – F – F. 
d) F – F – V – V. 
e) F – V – F – F. 
Comentários 
- A afirmativa I é falsa, porque as Revoluções de 1848 tiveram origem na França, devido ao 
panorama de crises econômicas e políticas vividas naquele local. 
- A afirmativa II é falsa, haja visto que a luta dos revolucionários se direcionava justamente contra 
as monarquias, buscando a transformação ou o fim destas. Portanto, não houve a tentativa de 
reestabelecer o absolutismo nos países europeus. 
- A afirmativa III é verdadeira. Nesses movimentos havia a representação dos interesses do povo, 
que passava por problemáticas ligadas à fome e alta dos preços, mas também existia o interesse de certas 
parcelas da elite burguesa, já que essas revoltas possuíam caráter liberal. Percebemos, portanto, a 
heterogeneidade da Primavera dos Povos, que também contava com a influência do socialismo, atraindo 
a atenção da classe operária e dos sindicatos. 
- A afirmativa IV é verdadeira. A Revolução Praieira foi um acontecimento do Brasil Imperial, 
ocorrida no ano de 1848, sendo fortemente influenciada pelas revoltas desse período. Buscava o 
estabelecimento de políticas liberais e federalistas, além do fim do autoritarismo relacionado à figura do 
Imperador. 
Seguindo a ordem F – F – V – V, a alternativa correta é a de letra D. 
Gabarito: D 
 
23. (2015/UEMA) 
O mapa ao lado representa a divisão geopolítica europeia no início do século XIX, destacando a estratégia 
militar napoleônica conhecida como Bloqueio Continental. 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 95 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.infoescola.com/historia>. Acesso em: 12 jun. 2014. 
A linha de Bloqueio Continental que se estende de Portugal até a Noruega, representada no mapa, revela 
a intenção francesa de 
a) integrar a economia europeia, com a isenção das tarifas alfandegárias. 
b) fortalecer a França, garantindo-lhe a livre circulação pelos portos britânicos. 
c) desenvolver a economia espanhola, consolidando seu monopólio comercial na Península Ibérica. 
d) isolar a Grã-Bretanha, impedindo-lhe o acesso a importantes mercados da Europa continental. 
e) inibir o comércio de escravos oriundos de portos africanos, situados ao norte da Linha do Equador. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, afinal o Bloqueio Continental imposto pelo Império francês restringia 
a circulação de mercadorias inglesas, ameaçando intervir militarmente nos territórios que mantivessem 
relações econômicas com o reino adversário. 
- A alternativa B está incorreta. Sendo a Inglaterra uma potência rival da França, não era possível a 
livrecirculação de produtos franceses em portos britânicos. 
- A alternativa C está incorreta. Devido à insubmissão dos espanhóis ante a dominação napoleônica, a 
Espanha foi duramente combatida por tropas francesas nas primeiras décadas do século XIX. 
- A alternativa D é a resposta. Visando sufocar a economia da Inglaterra, Napoleão Bonaparte proibiu 
toda a Europa de estabelecer relações comerciais com o país, mas a produção industrial dos franceses era 
insuficiente para suprir a demanda do continente por mercadorias até então oferecidas pelos ingleses, 
precursores da Revolução Industrial. 
- A alternativa E está incorreta, afinal o comércio de escravos africanos não tinha como rota países 
europeus, o que tornaria ineficaz o Bloqueio Continental. 
Gabarito: D 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 96 
24. (Mackenzie/2015) 
De fato, a partir de 1789, a Europa, ainda aristocrática, começa a ouvir a palavra nação de uma nova 
maneira. Uma nova forma de organização política se desenvolve, trazendo junto com ela a promissora 
expressão de liberdade. (...). Finalmente, o Estado, que se constitui como a representação de todos os 
cidadãos da nação, apareceu como a forma de organização política que acompanha a República nascente. 
(...) Assim fica claro que nação, Estado e cidadania foram um conjunto indissociável de ideias e práticas 
sociais que surgem de um processo revolucionário da história universal. 
Guillermo Raúl Ruben. O que é nacionalidade. São Paulo: Brasiliense, 1984, p.25. 
A Revolução Francesa contribuiu, dentre diversos aspectos, para a emergência de um novo sentido à 
nação e ao nacionalismo. A respeito do assunto, considere as afirmativas. 
I. A partir daquele momento, os indivíduos passam a se considerar cidadãos abstratamente iguais, 
membros de uma organização política e representados pelo Estado. 
II. A cidadania que emerge a partir do processo revolucionário francês difere do sentimento de 
pertencimento a um certo senhor, típico da sociedade aristocrática. 
III. Surge, a partir daquele momento, a concepção de Estado-nação presente nos dias de hoje: aquele 
que envolve o conjunto de leis próprias, a autonomia e a soberania, a cultura de um povo que vive em 
um determinado território. 
Assinale 
a) se somente a afirmativa I está correta. 
b) se somente as afirmativas II e III estão corretas. 
c) se somente as afirmativas I e III estão corretas. 
d) se somente a afirmativa III está correta. 
e) se todas as afirmativas estão corretas. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a Revolução Francesa. Vejamos: 
A afirmativa I é correta, a Revolução tinha como lema a igualdade, liberdade e fraternidade. Sendo o primeiro 
termo fruto dos ideais iluministas, principalmente das ideias de Jean Jacques Rousseau. 
A afirmativa II é correta, a Revolução Francesa solapa o Antigo Regime e a noção de “súdito”, surge em seu 
lugar o “cidadão”, um indivíduo que possui direitos e deveres no corpo social. 
A afirmativa III é correta, com a Revolução Francesa surge uma nova noção na modernidade, a nação. 
Isto é, um país autodeterminado, com seu território e suas fronteiras definidas, bem como com uma 
cultura e uma prática social específica. 
Gabarito: E 
 
25. (2015/UNESPAR) 
A Revolução Francesa, impulsionada pelas ideias iluministas, é considerado um dos mais importantes 
movimentos revolucionários do mundo ocidental. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 97 
É correto afirmar sobre a Revolução Francesa que:A) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi o resultado de um acordo entre os filósofos 
Iluministas e do Antigo Regime, preconizando a manutenção da autoridade da nobreza sobre as terras 
da França e dos burgueses sobre as cidades; 
B) O lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, representou, no contexto da época, interesses diversos, 
como igualdade social, com o fim da sociedade de classes; 
C) Defendia as instituições democráticas para a renovação e restabelecimento da monarquia; 
D) A democracia conseguiu chegar a sua plenitude máxima, universalizando todos os direitos sociais; 
E) A crise financeira provocada pelas guerras externas, pelos gastos excessivos internos e pela crise no 
abastecimento de gêneros alimentícios foram fatores que propiciaram a eclosão da Revolução. 
Comentários 
 A Revolução Francesa foi um movimento revolucionário motivado pelos ideais iluministas. Esse 
movimento entrou no bojo da crise do Antigo Regime, principalmente na França, que se envolveu em 
guerras sucessivas, como a Guerra dos Sete Anos e Guerra de Independência das 13 Colônias, o que gerou 
gastos excessivos internos, criando crises de fome. Isso motivou os movimentos republicanos. 
 Por conta disso, a alternativa E é a única que contempla corretamente fatos verdadeiros sobre a 
Revolução. 
Gabarito: A 
 
26. (2014/Unicamp) 
 
Observe a obra do pintor Delacroix, intitulada A Liberdade guiando o povo (1830), e assinale a alternativa 
correta. 
a) Os sujeitos envolvidos na ação política representada na tela são homens do campo com seus 
instrumentos de ofício nas mãos. 
b) O quadro evoca temas da Revolução Francesa, como a bandeira tricolor e a figura da Liberdade, 
mas retrata um ato político assentado na teoria bolchevique. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 98 
c) O quadro mostra tanto o ideário da Revolução Francesa reavivado pelas lutas políticas de 1830 na 
França quanto a posição política do pintor. 
d) No quadro, vê-se uma barricada do front militar da guerra entre nobres e servos durante a 
Revolução Francesa, sendo que a Liberdade encarna os ideais aristocráticos. 
Comentários 
Essa é uma questão que demanda análise da imagem para respondê-la. Vejamos as alternativas: 
- A alternativa A está incorreta, afinal na tela foram representados tipos humanos dos espaços 
urbanos, como estudantes, burgueses e operários. 
- A alternativa B está incorreta. O partido bolchevique surgiu na Rússia do início do século XX, durante 
seu processo revolucionário. 
- A alternativa C é a reposta. Na obra de Delacroix, a figura feminina que conduz a multidão é uma 
alegoria à Liberdade, um dos ideais da Revolução Francesa. Também é recuperada a bandeira tricolor, 
criada pelos revolucionários de 1789. 
- A alternativa D está incorreta, afinal a Liberdade é representada em trajes simples, o que sugere 
aproximação não somente com a burguesia, mas também com as classes subalternas da França do século 
XIX. 
Gabarito: C 
 
27. (2014/UFRGS) 
O texto abaixo refere-se à Revolução Francesa. 
Terror é doravante um sistema de governo, ou melhor, uma parte essencial do governo revolucionário. 
Seu braço. (...) Ele é também um meio de governo omnipresente, através do qual a ditadura revolucionária 
de Paris deve fazer sentir sua mão de ferro em todos os lugares, tanto nas províncias quanto nas forças 
armadas. 
FURET, François ; OZOUF, Mona. Diccionnaire critique de la Révolution française. Événements Paris: Flammarion, 1992. p. 
298-299. 
Considere as seguintes afirmações sobre o denominado Terror. 
I - O governo jacobino, dirigido por Robespierre, e o Comitê de Salvação Pública foram responsáveis pelo 
período do Terror. 
II - O Terror foi uma política de extermínio liderada pelos girondinos de origem burguesa. 
III- O objetivo dessa política centrava-se na defesa da Revolução contra os inimigos internos e externos. 
Quais estão corretas? a) 
Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 99 
e) Apenas I e III. 
Comentários 
- A afirmação I está correta. O período do Terror foi o momento no qual a Revolução Francesa 
atingiu o ápice da radicalização, sob o comando de Robespierre, líder dos jacobinos. Nesse período foram 
estabelecidas leis que permitiam a prisão e julgamento daqueles considerados “antirrevolucionários”. 
Além disso, contou com o Comitê de Salvação Pública, que era um órgão responsável por controlar a 
economia e o exército francês, reprimindo revoltas internas. 
- A afirmação II está incorreta, haja visto que o extermínio foi liderado pelos jacobinos, que tinham 
sua origem na baixa burguesia e no povo (terceiro estado). 
- A afirmação III está correta. Os considerados inimigos internos eram os girondinos e os 
monarquistas, que buscavam frear a radicalização do movimento e levá-lo para outros rumos. Já os 
externos eram as outras nações europeias monarquistas, que viam na Revolução Francesa uma ameaça 
para seus próprios governos. Esses países chegaram a formar alianças para combater a expansão dos 
ideais republicanos e revolucionários. 
Tendo em vista que as afirmações I e III estão certas, a alternativa correta é a de letra E. 
Gabarito: E 
 
28. (2014/ACAFE) 
Classificada pela história como modelo clássico de Revolução Burguesa, a Revolução Francesa deu sua 
contribuição para o Ocidente, seja no vocabulário político ou na influência das constituições que adotaram 
alguns princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Sobre a revolução francesa é 
correto afirmar, exceto: 
a) A Assembleia Nacional aboliu as taxas e impostos que recaiam sobre o campesinato, acabando 
com os vestígios do feudalismo que ainda perdurava em várias regiões francesas. 
b) Monarquias como a Prússia e a Áustria assinaram a declaração de Pillnitz e anunciaram a intenção 
de intervir militarmente na França e deter o processo revolucionário. 
c) No período do Terror, os excessos de Robespierre fizeram-no perder o apoio político. 
Posteriormente, o próprio Robespierre foi guilhotinado. 
d) Os jacobinos defendiam posições moderadas e representavam, sobretudo, os interesses da alta 
burguesia e do primeiro Estado. 
Comentários 
- A alternativa A está correta. A Assembleia de fato aboliu taxas e impostos que recaíam sobre os 
camponeses. Essas taxas eram destinadas ao sustento da Igreja e da nobreza, sendo pagas muitas vezes 
em forma de serviços e produtos, nos moldes do ideário medieval. 
- A alternativa B está correta. A Declaração de Pillnitz foi um documento assinado entre Áustria e 
Prússia, que previa a intervenção no território francês caso o rei Luís XVI não fosse restituído ao poder. 
Esse ato não teve nenhuma eficácia, servindo como bode expiatório para que os jacobinos radicalizassem 
ainda mais o processo revolucionário. Por fim, Luís XVI acabou sendo guilhotinado. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 100 
- A alternativa C está correta. Robespierre era o líder dos chamados jacobinos, que eram a ala radical 
do processo revolucionário. Por conta deles foi instaurado o período do terror, onde pessoas eram 
acusadas de agir contra a Revolução, sendo guilhotinadas sem um processo de julgamento formal. Por 
conta desses e outros excessos, Robespierre acabou sendo guilhotinado no ano de 1794. 
- A alternativa D está incorreta, porque aqueles que defendiam posições moderadas e 
representavam tais interesses eram os girondinos. Os jacobinos eram, na verdade, a ala radical da 
revolução, possuindo representantes da baixa burguesia e do próprio povo comum francês. 
Gabarito: D 
 
29. (2014/Unesp)O Congresso de Viena, entre 1814 e 1815, reuniu representantes de diversos Estados europeus e resultou 
a) na afirmação do caráter laico dos regimes políticos e da importância da separação entre Estado e 
Igreja. 
b) na criação da Santa Aliança e no esforço de reafirmar valores do Antigo Regime. 
c) na validação da nova divisão política da Europa, definida pelas conquistas napoleônicas. 
d) na derrubada dos regimes republicanos e na restauração monárquica na França e na Inglaterra. 
e) na defesa dos princípios do livre comércio e da emancipação das colônias na América 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, afinal Áustria, Prússia e Rússia eram monarquias absolutistas e 
católicas, reivindicando a permanência nas relações estreitas entre Igreja e Estado. 
- A alternativa B é a resposta. Com o intuito de garantir o equilíbrio europeu após a Era Napoleônica, 
a Áustria, a Prússia e a Rússia, potências absolutistas que venceram o Império francês, organizaram um 
pacto militar denominado Santa Aliança. Com isso, buscava-se garantir o cumprimento das decisões 
estabelecidas pelo Congresso de Viena, estando sujeito à intervenção dessas monarquias absolutistas 
territórios que protagonizassem movimentos de ruptura à ordem do Antigo Regime. 
- A alternativa C está incorreta, pois os países participantes do Congresso dividiram entre si 
territórios anexados pela França durante a Era Napoleônico. A Rússia incorporou a Finlândia e parte da 
Polônia; a Prússia tomou para si a Renânia e parte da Saxônia, enquanto a Áustria anexou a Lombardia. 
Por fim, à Inglaterra foi garantida a posse de bases navais na Europa, África e Ásia. 
- A alternativa D está incorreta, afinal França e Inglaterra possuíam governos monárquicos quando 
ocorreu o Congresso de Viena. Seu objetivo era garantir a restauração da ordem política, social e 
econômica anterior à Revolução Francesa e à expansão napoleônica – o chamado Antigo Regime. 
- A alternativa E está incorreta. O Congresso de Viena foi uma reação à difusão do liberalismo no 
continente europeu, doutrina que inclui a defesa do livre-comércio em seus princípios. Gabarito: B 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 101 
30. (2013/PUCRJ) 
 “A Revolução Francesa constitui um dos capítulos mais importantes da longa e descontínua passagem 
histórica do feudalismo ao capitalismo. Com a Revolução (científica) do século XVII e a Revolução 
Industrial do século XVIII na Inglaterra, e ainda com a Revolução Americana de 1776, a Grande Révolution 
lança os fundamentos da História contemporânea”. 
[Mota, C. G. A Revolução Francesa]. 
Entre as transformações promovidas pela Revolução na França, iniciada em 1789, é CORRETO afirmar que: 
a) os privilégios feudais e o regime de servidão foram abolidos destruindo a base social que 
sustentava o Antigo Regime absolutista francês. 
b) a Revolução aboliu o trabalho servil e fortaleceu o clero católico instituindo uma série de medidas 
de caráter humanista. 
c) os revolucionários derrubaram o rei e proclamaram uma República fundamentada no igualitarismo 
radical na qual a propriedade privada foi abolida. 
d) a Revolução rompeu os laços com a Igreja católica iniciando uma reforma de cunho protestante 
que se aproximava dos ideais da ética do capitalismo moderno. 
e) a Revolução, mesmo em seu momento mais radical, não foi capaz de romper com as formas de 
propriedade e trabalho vigentes no antigo regime. 
Comentários 
- A alternativa A é a resposta. A Revolução Francesa estabeleceu limites ao poder absoluto, extinguiu 
privilégios e relações feudais que perduravam no país e estabeleceu o princípio da igualdade jurídica, 
desorganizando as relações estamentais da sociedade do Antigo Regime. 
- A alternativa B está incorreta, uma vez que a Igreja foi afetada com restrições impostas pelo governo 
revolucionário. A partir de 1789, terras do clero foram confiscadas, além de ser instituídos o Código Civil do 
Clero, que limitava o número de sacerdotes e os tornava funcionários do Estado e eleitos pelos cidadãos. 
- A alternativa C está incorreta, pois apesar do princípio da Igualdade guiar a ação revolucionária dos 
jacobinos durante a Convenção, em nenhum momento a propriedade privada foi extinta. 
- A alternativa D está incorreta, pois a Revolução Francesa não foi mobilizada por valores protestantes, 
mas sim a Revolução Puritana, durante o século XVII. 
- A alternativa E está incorreta, afinal os elementos que definiam o Antigo Regime (poder absoluto, 
relações feudais de produção e sociedade estamental) foram solapados pelo processo revolucionário. 
Gabarito: A 
 
31. (2013/UFRGS) 
Em 1815, foi encerrado o Congresso de Viena que tinha como propósito reorganizar o mapa político da 
Europa. A respeito desse Congresso, considere as seguintes afirmações. 
I. Foi realizado após a derrota de Napoleão Bonaparte, que havia alterado o equilíbrio de forças na 
Europa. 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 102 
II. Resultou na formação da Santa Aliança para coibir qualquer tentativa de revolução liberal. 
III. Garantiu a Portugal e Espanha ganhos territoriais na Europa, por terem lutado contra as forças 
napoleônicas. Quais estão corretas? a) Apenas I 
b) Apenas II 
c) Apenas I e II 
d) Apenas I e III 
e) I, II e III. 
Comentários 
- A afirmação I está correta. Napoleão Bonaparte conquistou diversos territórios na Europa, como 
a Espanha, Itália, alguns trechos da atual Alemanha, etc. Com o fim da Era Napoleônica, foi necessária a 
reestruturação do mapa europeu, redistribuindo os territórios antes conquistados. Isso marcou a 
alteração das forças políticas no continente, já que com o acordo houve a ascensão da Inglaterra e Áustria 
no cenário político e econômico internacional. 
- A afirmação II está correta. A Santa Aliança foi formada entre Rússia, Áustria, Prússia e Grã-
Bretanha. Buscava a reafirmação da soberania dos países europeus, evitando a expansão dos ideais 
republicanos e revolucionários. 
- A afirmação III está incorreta, haja visto que Portugal e Espanha não obtiveram ganhos territoriais 
na Europa. Na verdade, Portugal precisou ceder o território da Guiana, e a Espanha perdeu a posse sobre 
a ilha de Trinidade. 
Tendo em vista que as afirmações I e II estão certas, a alternativa correta é a de letra C. Gabarito: 
C 
 
 
9.3. Inéditas 
1. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 103 
 
DELACROIX, E. Liberdade guiando o povo. Óleo sobre tela, 260 X 324. Louvre, França, 1830. Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Liberdade_guiando_o_povo#/media/Ficheiro:Eug%C3%A8ne_Delacroix_
_Le_28_Juillet._La_Libert%C3%A9_guidant_le_peuple.jpg>. Acesso em: 23 mar. 2021. Ao representar os 
acontecimentos da França no decorrer do ano de 1830, o quadro intenciona (A) exaltar o 
protagonismo feminino. 
(B) destacar a repressão política. 
(C) suscitar sentimentos nacionalistas. 
(D) defender o governo popular vigente. 
(E) valorizar o protagonismo da burguesia. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta. A figura feminina no centro da obra é uma alegoria à liberdade. 
- A alternativa B está incorreta, o quadro representa o triunfo das forças revolucionárias sobre as repressoras. 
- A alternativa C é a resposta. A obra A Liberdade guiando o povo (1830), de Eugene Delacroix, busca valorizar 
os sentimentos e a imaginação, em um contexto de exaltação do nacionalismo e de elementos da natureza. 
Trata-se de uma representação romântica dos acontecimentos verificados na França na Revolução de 1830, 
na qual é destacadaa bandeira tricolor, símbolo revolucionário, e a luta pela liberdade contra o despotismo. 
- A alternativa D está incorreta, a Revolução de 1830 não levou as camadas populares ao poder; trata-se de 
uma reação aos arroubos despóticos do rei Carlos X. 
- A alternativa E está incorreta, os personagens da tela conduzido pela Liberdade apresentam origem 
popular, portanto não há a sugestão de que os burgueses teriam protagonizado aquele processo. 
Gabarito: C 
 
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2. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Quando a Convenção, sitiada pelos insurretos, decidiu deter e aprisionar os principais deputados da 
Gironda: é o que se chama de golpe de Estado – e esse também representa um momento importante na 
marcha da Revolução. O sangue corre na República: para enfrentar todos esses perigos, as liberdades são 
suspensas, e é instalado um governo – o governo de salvação nacional – cuja arma será o Terror. 
VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa explicada à minha neta. São Paulo: Editora UNESP, 2007. p. 72-73. Adaptado. 
Implementada no decorrer do processo revolucionário francês, a política do Terror 
(A) perseguiu as forças contrarrevolucionárias e garantiu a hegemonia de girondinos no poder. 
(B) combateu os grupos considerados ameaçadores das virtudes defendidas pelos jacobinos. 
(C) buscou o extermínio dos camponeses e sans-culottes, grupos que se opuseram à revolução. 
(D) questionou o predomínio dos jacobinos na política e permitiu a ascensão dos bonapartistas. 
(E) dirigiu-se ao chamado partido da Montanha, considerado alheio aos setores revolucionários. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta. A política do Terror foi aplicada tanto contra grupos reacionários, defensores 
dos valores do Antigo Regime, quanto contra os girondinos, que discordavam dos rumos da revolução 
conduzidos pelos jacobinos. 
- A alternativa B é a resposta. Para os inimigos, Robespierre e os jacobinos implementaram a política do 
Terror: os suspeitos de conspirarem contra a República e a Revolução eram presos e submetidos ao Tribunal 
Revolucionário, que condenou milhares de pessoas à guilhotina. Ao punir seus adversários, o objetivo dos 
jacobinos era um só: fundar uma República democrática e com cidadãos virtuosos. 
- A alternativa C está incorreta, afinal muitos sans-culottes foram partidários dos jacobinos no decorrer do 
processo revolucionário. 
- A alternativa D está incorreta, a política do Terror foi implementada pelos jacobinos. 
- A alternativa E está incorreta. O partido da Montanha também foi um grupo defensor da Revolução 
Francesa. 
Gabarito: B 
 
3. (Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Todas as revoluções civis e políticas tiveram uma pátria e nela se fecharam. A Revolução Francesa não 
teve um território próprio, mais do que isso, teve por efeito por assim dizer apagar do mapa todas as 
antigas fronteiras. Aproximou ou dividiu os homens a despeito das leis, das tradições dos caracteres, da 
língua, transformando, às vezes, compatriotas em inimigos e irmãos em estranhos ou, melhor, formando 
acima de todas as nacionalidades uma pátria intelectual comum da qual os homens de todas as nações 
podiam tornar-se cidadãos. 
TOCQUEVILLE, Alexis de. O Antigo Regime e a Revolução. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1979. p. 57. 
Considerando os apontamentos feitos por Alexis de Tocqueville, pode-se afirmar que a Revolução 
Francesa: 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 105 
(A) se difundiu para outras partes da Europa por meio do expansionismo napoleônico. 
(B) converteu-se em um paradigma para grupos e indivíduos de diversas partes do mundo. 
(C) desenvolveu um ideal de cidadania universal, que permitia participação dos estrangeiros. 
(D) defendeu valores e direitos considerados fundamentais pelos regimes dos demais países. 
(E) contribuiu para suprimir ideias nacionalistas em favor de um ideário cultural universalista. 
Comentários: 
- A alternativa A está incorreta. Napoleão Bonaparte não se colocou como um continuador do processo 
revolucionário francês, chegando a combater certos aspectos legados por ele. 
- A alternativa B é a resposta. A Revolução Francesa se tornou uma espécie de matriz revolucionária, 
defendendo valores e ideias que se espalharam por todos os continentes e foram apropriados por grupos 
diversos, como por exemplo a Conjuração Baiana, na América Portuguesa. 
- A alternativa C está incorreta, afinal os critérios de participação política na França se aplicavam 
exclusivamente aos franceses. 
- A alternativa D está incorreta, pois muitas monarquias absolutistas combateram a expansão das 
ideias apregoadas pela Revolução Francesa, incluindo Áustria, Prússia e Rússia. 
- A alternativa E está incorreta, afinal muitos movimentos posteriores à Revolução Francesa buscaram 
conciliar suas ideias com o discurso nacionalista. 
Gabarito: B 
 
4. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
A Revolução é feita de sombra, mas, acima de tudo, de luz. Ela foi de uma enorme violência, mas foi, e 
continua sendo, a base para uma enorme esperança, a esperança de mudar o mundo, eliminando as 
injustiças, em nome das luzes da razão e não de um fanatismo cego. 
VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa explicada à minha neta. São Paulo: Ed. Unes, 2007. Adaptado. 
Como exemplo de “injustiças” contestadas pelo processo revolucionário francês, pode-se destacar 
a) as disparidades socioeconômicas existentes entre a população do campo e a dos centros urbanos. 
b) a desigualdade social verificada entre a burguesia privilegiada e os pequenos camponeses. 
c) o direcionamento dos recursos do Estado à manutenção dos privilégios dos clérigos e da nobreza. 
d) a inexistência de políticas sociais direcionadas às camadas populares pelo Estado burguês. 
e) a garantia de representação para apenas clérigos e nobres na Assembleia dos Estados Gerais. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, tal cenário não foi alterado com a Revolução Francesa. 
- A alternativa B está incorreta, a desigualdade existente entre os dois grupos continuou a existir. 
- A alternativa C é a resposta. Todo o Estado francês era amparado pelos impostos pagos por burgueses, 
comerciantes, operários e camponeses, ao passo que os membros do clero e da nobreza dispunham de 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 106 
privilégios fiscais. Tais disparidades foram questionadas e extintas da França no contexto da Revolução 
Francesa. 
- A alternativa D incorreta, a burguesia não tinha controle do poder político à época. 
- A alternativa E está incorreta, o chamado Terceiro Estado também contava com representantes na 
Assembleia dos Estados Gerais. 
Gabarito: C 
 
5. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
O feudalismo havia sido abolido no reino. Era o fim da sociedade hierarquizada: acabavam-se as ordens 
de nobreza e do clero, as corporações e as academias, o que havia agora eram os cidadãos. A destruição 
do Antigo Regime institucional e social era o prenúncio do importante texto da Declaração dos Direitos 
do Homem que aparecia algumas semanas mais tarde. 
(VOVELLE, M. A Revolução Francesa explicada à minha neta. São Paulo: Ed. Unesp, 2007. p.41) 
O contexto revolucionário francês descrito pelo texto levou à aprovação da Declaração dos Direitos do 
Homem, que significou, dentre outros aspectos, o fim (A) das distinções socioeconômicas. 
(B) das associações de ofício nas cidades. 
(C) da desigualdade jurídica perante a lei. 
(D) da concentração fundiária na França. 
(E) da exploraçãodo trabalho campesino. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, as desigualdades sociais não foram eliminadas pela Revolução Francesa, mas 
a desigualdade perante a lei. 
- A alternativa B está incorreta, as corporações profissionais continuaram a existir na França. 
- A alternativa C é a resposta. A desintegração do Antigo de Regime significou as desigualdades de tratamento 
verificadas entre os estamentos sociais, garantindo que todos passassem a ser considerados cidadãos iguais 
perante a lei. 
- A alternativa D está incorreta, a estrutura fundiária não foi drasticamente alterada no período, sofrendo 
algumas modificações na fase jacobina. 
- A alternativa E está incorreta, os trabalhadores rurais continuaram a ser explorados por homens mais 
abastados, porém sendo reconhecidos como cidadãos. 
Gabarito: C 
 
6. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
 Sob o terror, a guilhotina passou a ser uma realidade cotidianamente representada, contada, entoada 
nas ruas pela canção popular, que nas suas estrofes fala da “viúva”, como era chamada, da navalha 
nacional, da abadia do sobe-sem-querer, do corte patriótico, da foice da igualdade e do altar da pátria. As 
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 AULA 09 – IDADE CONTEMPORÂNEA I 107 
mulheres republicanas, querendo exibir suas opiniões, usam brincos que mostram uma guilhotina em 
miniatura, onde se balança, como um penduricalho. 
MURAT, Laure. O homem que se achava Napoleão. São Paulo: Três Estrelas, 2012. p. 53 
A partir do texto, pode-se afirmar que no período jacobino ocorreu (A) o engajamento das mulheres nas 
cerimônias públicas. 
(B) a manutenção de práticas de tortura do Antigo Regime. 
(C) o apoio irrestrito ao governo pelas camadas populares. 
(D) a aplicação de formas desiguais de condenação dos réus. 
(E) o abrandamento das disputas pelo poder entre os partidos. 
Comentários 
- A alternativa A é a resposta. Conforme sugere o texto, as mulheres participavam ativamente das 
condenações, festejos, reuniões e de outras cerimônias públicas. 
- A alternativa B está incorreta, a guilhotina era um instrumento de execução, e não de tortura. 
- A alternativa C está incorreta. No contexto do governo jacobino, muitos camponeses não apoiaram suas 
propostas, enquanto nas cidades, alguns sans-culottes se rebelaram contra ele ao longo do tempo. 
- A alternativa D está incorreta, a introdução da guilhotina representou uma “democratização” da morte, 
afinal todos eram condenados da mesma forma, independente da origem social. 
- A alternativa E está incorreta, jacobinos e girondinos disputaram o poder violentamente até o final do 
período da Convenção Nacional. 
Gabarito: A 
 
7. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
O que é o Terceiro Estado? Tudo. O que tem sido até agora na ordem política? Nada. O que deseja? Vir a 
ser alguma coisa. Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços ainda acorrentado. Se 
suprimíssemos a ordem privilegiada, a nação não seria algo de menos e sim alguma coisa mais. Assim, que 
é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo livre e florescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria 
infinitamente melhor sem os outros. 
SIEYÈS. Que é o Terceiro Estado? 1789. 
O fragmento acima integra um panfleto escrito em 1789, no contexto da organização da Assembleia dos 
Estados Gerais na França, no qual a mudança da ordem política é atrelada à a) superação da miséria. 
b) instituição democrática. 
c) tolerância religiosa. 
d) igualdade jurídica. 
e) criação da república. Comentários 
- A alternativa A está incorreta, o texto questiona a desigualdade jurídica, mas não a econômica. 
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- A alternativa B está incorreta, não se defende a democracia, mas o fim dos privilégios de nascimento. 
- A alternativa C está incorreta, o documento não trata da religiosidade do povo francês, mas do caráter 
estamental da sociedade do Antigo Regime. 
- A alternativa D é a resposta. O panfleto aponta a existência de setores privilegiados, isentos de impostos, 
enquanto o chamado Terceiro Estado sustenta a economia nacional. Com isso, o texto propõe a erradicação 
dos privilégios de nascimento, de modo a garantir que todos sejam iguais perante a lei. 
- A alternativa E está incorreta, o texto não chega a questionar a forma de governo monárquica, que na época 
se discutissem mecanismos de diminuição das atribuições do rei. 
Gabarito: D 
 
 
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Chegamos ao final de mais uma aula! Conforme dissemos no início da nossa aula, as revoluções 
francesas legaram ao mundo diversos conceitos e ideias que são fundamentais para assuntos que 
abordaremos ao longo do nosso curso, como República, liberalismo e nacionalismo. 
Dessa maneira, chamo atenção para os seguintes pontos da aula: 
▪ Como era o cenário da França pré-revolucionária, e como o mundo do Antigo Regime foi solapado a 
partir de 1789; 
▪ Quais foram os momentos da Revolução Francesa, quais eram os grupos predominantes em cada um 
deles e quais eram suas visões da política; 
▪ Qual foi a importância da Revolução Francesa para a construção da cidadania? Quais foram os direitos 
adquiridos ao longo deste processo? 
▪ De que maneira o Império Napoleônico contribuiu para a afirmação das ideias liberais? Qual é sua 
ligação com a Revolução Francesa? 
▪ Quais foram os projetos políticos apresentados no Congresso de Viena e nas Revoluções de 1830 e 
1848? 
Se algo não foi esclarecido, entre em contato comigo no Fórum de Dúvidas! Na próxima aula 
falaremos sobre os processos de independência do Brasil e da América Latina, bem como sobre o período 
regencial. 
Bons estudos! 
Marco Túlio 
Ah, não se esqueça de me seguir nas redes sociais: 
 
profmarco.tulio @profmarcotulio t.me/histpraboidormir 
 
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11. REFERÊNCIAS 
 
BONAPARTISMO. In: BOBBIO, Norberto. Dicionário de política. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1998. 
pp. 118-119. 
 
CHARTIER, Roger. Origens culturais da Revolução Francesa. São Paulo: Ed. Unesp, 2009. p. 29. 
 
ENGLUND, Steven. Napoleão: uma biografia política. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. 
 
GOMBRICH, Ernst Hans. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2015. p. 485. 
 
GRAÇA PROENÇA. História da arte. 17ª ed. São Paulo: Ática, 2018. 
 
GRESPAN, Jorge. Revolução Francesa e Iluminismo. São Paulo: Contexto, 2019. 
 
HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções, 1789-1848. 31ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2013. 
 
MARX, Karl. O 18 de brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011. (Coleção Marx-Engels) 
 
ODALIA, Nilo. A liberdade como meta coletiva. In: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (orgs.). História 
da cidadania. 5ª ed. São Paulo: Contexto, 2011. p. 159-169. 
 
RÉMOND, René. Introdução a história de nosso tempo, v. 2. São Paulo: Cultrix, 1976. 
 
VOVELLE, Michel. A Revolução explicada à minha neta. São Paulo: Editora Unesp, 2007. 
 
VOVELLE, Michel. A revolução francesa, 1789-1799. São Paulo: Editora Unesp 2012 
 
12. VERSÕES DAS AULAS 
10/02/2021 Versão 1 Aula original 
 
 
 
 
 
 
 
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