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Melissa xavier Náuseas, vômitos propulsivos ou recorrentes. Apneia, aspiração, dificuldade alimentar. Desaceleração do ganho ponderal. Postura anômala (Síndrome de Sandifer). Sangramento digestivo ou anemia. Esôfago menor/ intra abdominal curto Imaturidade do esfíncter esofagiano inferior - EEI ângulo de hiss mais obtuso posição mais horizontalizada superalimentação distensão gástrica reflexo vagal A DGIF é um distúrbio funcional do sistema digestório com apresentação de sintomas recorrentes como a cólica; Diarreia Funcional; Regurgitação; Constipação e vômitos cíclicos. Ocorre muitas vezes pois o sistema digestivo ainda é imaturo, porem não deve compromete o crescimento da criança e nem deixar sequelas. Epidemiologicamente acomete mais lactentes e crianças até 5 anos de idade, no qual as desordens funcionais mais presentes são a regurgitação, cólica, constipação funcional e diarreia funciona. INTRODUÇÃO RGE X DRGE De uma forma geral o RGE é a passagem do conteúdo gástrico para o esôfago com ou sem regurgitação e vômito - cursam normalmente com boa aceitação alimentar sem muitos sintomas associados podendo surgir sintomas como irritabilidade, choro variável e vômitos esparsos - porem quando há sinais ou sintomas que afetam o dia a dia do lactente ou a complicações, chamamos de DRGE (menos frequente antes dos dois anos). sinais de alarme: FISIOPATOLOGIA: A fisiopatologia é dividida em algumas causas (PROVA), sendo elas: FATORES DE RISCO - Superalimentação “overfeeding”, postura em decúbito/ semi-sentada e dieta líquida. Regurgitação x Vômito: A regurgitação é definida como expulsão involuntária e sem esforço do conteúdo gástrico através da boca, não sendo acompanhada por náuseas e reflexo emético. Sendo chamadas de GOLFADAS que ocorre durante os primeiros 12 meses de vida, sendo seu pico aos 4 meses de idade. Já o vômito/êmese, é a expulsão do conteúdo gástrico acompanhado por contração dos músculos abdominais, rebaixamento do diafragma e abertura da cárdia, precedido por náuseas, sudorese e sialorreia. Esvaziamento gástrico: o leite materno tem o esvaziamento em aproximadamente em 48 minutos, enquanto formula demora aproximadamente 78 minutos. logo, conclui-se que o tempo médio para esvaziamento gástrico do leite materno é substancialmente menor do que a fórmula infantil. Refluxo Gastroesofágico Regurgitação do lactente (funcional) – Critério de ROMA IV: Fórmulas Anti-Regurgitação (AR) sem aleitamento materno exclusivo. Leite humano. Fórmulas extensamente hidrolisadas. Fórmulas parcialmente hidrolisadas. Fórmulas Proteínas soro > caseira. Fórmulas caseína > soro. Leite de vaca integral. RGE Fisiológico: Os dados que indicam RGE fisiológico é a boa aceitação alimentar, ganho ponderal adequado., regurgitações moderadas e se presente, choro por poucos períodos pós mamadas. Deve ser iniciado com orientação a posição adequada nas mamadas e pós; evitar a hiperalimentação e outras orientações gerais. Caso permaneça, deve realizar a intervenção nutricional, usando formulas e espessantes de 2 a 4 semanas e se necessário introduzir o sucralfato. São fórmulas à base de proteína de LV com “espessante”: amido digerível e amido não digerível, devendo ser usado apenas se estiver em uso prévio de fórmula. Ademais o uso de formulas apresentam uma diminuição da regurgitação visível, mas não resultam em diminuição mensurável da frequência de episódios de refluxo. A Qualidade da proteína altera a velocidade do esvaziamento gástrico sendo em ordem decrescente: esquema DIAGNOSTICO - 1° Regurgitações, boa aceitação alimentar e vômitos esparsos HD = RGE fisiológico. - 2° Regurgitações presentes e vômitos frequentes e intensos, dificuldade alimentar HD= DRGE. - 3° Vômitos frequentes (provocando choro e irritabilidade; Sintomas respiratórios, esofágicos, rápida desaceleração ponderal = Vômitos (alterações anatômicas de TGI alto). (em ordem de gravidade!!) Medidas Posturais: Medidas comportamentais Principais alérgenos: caseína e proteínas dos soros (alfa- lacto-albumina e beta lacto-globulina). Regurgitação do lactente segundo os critérios de Roma IV: Devem estar presentes as duas características seguintes entre as idades de 3 semanas e 12 meses, na ausência de outro problema de saúde: I. Duas ou mais regurgitações por dia durante 3 ou mais semanas. II. Ausência de náuseas, hematêmese, aspiração, apneia, déficit de crescimento (failure to thrive), dificuldades na alimentação ou para a deglutição, postura anormal. Sinais de alerta na avaliação do lactente em relação a Regurgitação e ao DRGE: ABORDAGEM DO RGE – consulta pediátrica: É importante lembrar que nos 4 meses de vida (67%) dos lactentes regurgitam e apenas 2% precisam de cuidados especiais e intervenção médica, e que com 1 ano de idade apenas 1% persiste em regurgitações. Mas para uma avaliação do impacto deve avaliar o ganho de peso, devendo ser satisfatório e ausência de sinais de alarme. Entretanto, buscar tranquilizar os pais, esclarecendo-os. OBS: Nos lactentes com DRGE é difícil diferenciar em Alergia alimentar ou cólica infantil (choro e irritabilidade). As orientações terapêuticas conservadoras, são as medidas anti-RGE, sendo elas: No qual se indica a posição supinada para dormir, pois o risco de morte súbita é mais importante do que o benefício ocasionado pela posição anti-RGE, porem em momentos de vigia materna a posição em decúbito lateral esquerda ou pronada pode ser utilizada. Além de elevar a cabeceira do berço. São baseadas em “pega” adequada, tempo de sucção (evitar mamadas não nutritivas e longas) adequado para evitar overfeeding e não há necessidade de mudar a alimentação materna e deve estimular o aleitamento SEMPRE. OBS- orientar que a capacidade gástrica é em torno de 20- 30ml/kg, que se necessário deve reduzir o volume das mamadas e fracionamento essas mamadas. RGE Secundário – APLV - Alergia à Proteína do Leite de Vaca Afeta cerca de 2% a 5% dos lactentes, onde incide nos primeiros meses de vida, principalmente em lactentes em uso de fórmula, podendo ocorrer também com aleitamento exclusivo. É um quadro autolimitado que, resolvendo-se até os 2 anos de idade, pois se tornam progressivamente tolerantes á PVL. De uma forma geral a APLV cursa com sintomas mais intensos, com maior numero de refluxos e vômitos, com manifestações sistêmicas (respiratória, cutâneas e intestinais) acompanhada com rejeição alimentar e parada de crescimento. Em casos de aleitamento materno deve suspender a proteína do leite de vaca (LV) da dieta materna por 2 a 4 semanas e após fazer a prova, sendo reintroduzido na alimentação. Manifestações clínicas: Cursa com um início agudo: dentro de 60 minutos, pode apresentar manifestações cutâneas como eritema, prurido, erupções na pele e angioedema, respiratórias, gastrointestinais. - Síndrome da Enterocolite Induzida por PLV (1-3 horas após a exposição): vômitos, palidez, desidratação, letargia, hipotensão e diarreia. Sem envolvimento cutâneo ou respiratório. Sinais de alarme: Choro excessivo, interrupção das mamadas, desaceleração do ganho de peso, diminuição da aceitação da alimentação, postura anômala (Síndrome de Sandifer), regurgitações frequentes e volumosas (ou vômitos), manifestações no trato respiratório: tosse, estridor laríngeo, rouquidão e chiado no peito, sangramento digestivo (sangue nas fezes) e otite de repetição. - Proctocolite: sangramento retal, muco nas fezes, diarreia e dor abdominal em crianças saudáveis. - Enterocolite: diarreia crônica má absorção, distensão abdominal e parada do crescimento. Tramento RGE secundário a APLV: Lactentes com regurgitação e vômitos; lesões cutâneas (atópicas); Alto grau de desconforto pós mamada; Sinais de alarme presentes. Deve ser avaliado a posição pós mamadas; Hiperalimentação. A conduta deve sempre iniciar com orientações gerais e se em aleitamento materno suspender LV na dieta materna por 2 a 4 semanas. - Criança sem melhoraclínica – Reintroduzir LV na dieta materna e encaminhar para Gastropediatra - Crianças com melhora - Reintroduzir LV na dieta materna e avaliar a volta dos sintomas e se necessário introdução de fórmula hipoalergênica ou Fórmula AA livres. DRGE – Etiologia: São decorrentes do simples refluxo (regurgitação e vômitos), podendo ser causadas por complicações esofágicas (esofagite, estenose esofágica e esôfago de Barrett) e extraesofágicas (respiratórias, otorrinolaringológicas, neurocomportamentais, orais). Ademais, os sinais e sintomas que podem estar associados com DRGE são desconforto - principalmente pós alimentação, irritabilidade/ choro/ sono agitado, Perda de peso; ou NÃO ganho de peso, Postura anormal do pescoço (Sandifer) e recusa alimentar. Causas : Existem várias causas possíveis para DRGE (refluxo ácido), que podem o mal funcionamento do esfíncter esofágico inferior (EEI) – (imaturidade), uso de sonda nasogástrica (prematuridade), má formações do TGI, alergia alimentar, alterações neurológicas, erro alimentar, obesidade e hérnias de Hiato. Escore de Orestein: Questionário de avaliação de refluxo gastroesofágico (RGE). - 0 a 7 pontos: RGE Leve. - 8 a 15 pontos: RGE moderada. - Acima de 16 pontos: indicativo de DRGE. Diagnóstico (apenas 2%-investigação e 0,4%-cirúrgico): é clinico podendo ser somado a exames como Imagem, Phmetria/IMP-Phmetria e endoscopia Digestiva Alta. Exame Radiológico – EED: Avalia apenas o RGE pós prendia imediato sem quantificar ou qualificar (ácido ou não ácido). Sendo Indicado apenas quando existe suspeita de anormalidade anatômica. ***NÃO diferencia RGE de DRGE*** USG: é um exame não invasivo e de sensibilidade alta, porem necessita de um grande tempo de observação, além de uma especificidade baixa para DRGE. ***NÃO DIFERENCIA RGE/DRCE***. Exame indicado para DX de estenose Hipertrófica do Piloro, que é suspeita quando há regurgitações frequentes por mais de 3 semanas, com episódios de vômitos.Nesses casos, observamos uma extensão do canal do piloro 20mm (alterado > 17mm). e uma espessura da parede do piloro 34mm (alterado > 30mm). Cintilografia (TC99): é um exame de alta sensibilidade para detectar episódios de refluxo pós prandial imediato, pois avalia o esvaziamento gástrico e pode detectar aspiração pulmonar. Ademias o seu resultado negativo não exclui o dx– 24 horas após. ***NÃO diferencia RGE de DRGE*** Phmetria Esofágica: Exame capaz de quantifica o RGE ácido, mas não detecta episódios de refluxo ácido ou fracamente ácido. esse exame pesquisa RGE oculto ou sintomas atípicos e extradigestivos como (dor, tosse, estridor laríngeo, pirose. ***DIFERENCIA RGE de DRGE, MAS HÁ LIMITES MINIMOS DE ACIDEZ*** Para lactentes RGE pós mamadas (Não ácidos) com conteúdo gástrico ph > 4 são predominantes Phmetria esofágica resultam com frequência em resultados falsos negativos. Prefere-se indicar a PH-impedanciometria. Ph-Impedanciometria: Exame capaz de quantificar os episódios da RGE de pacientes com manifestações extraesofágicas e respiratórias, que apresentem ausência de resposta ao tratamento medicamentoso anti-refluxo. OBS:6 campos de medida de impedância que caracterizam a ascensão do refluxo. E um sensor distal de pH, que aponta se o material refluído é ácido ou não OBS2: Phmetria esofágica de 24 horas e IMP-Phmetria esofágica = RESERVADOS a casos mais complexos e que não respondem a IBP ou casos com eventos respiratórios mais severos. Antiácidos de contato (Protetores de mucosa) = Procinéticos = Domperidona; Bromoprida; Metoclopramida. IBP (diminuem secreção ácida) – Indicados em casos de Esofagite erosiva, estenose péptica, esôfago de Barret, crianças portadoras de doenças respiratórias crônica grave e problemas Neurológicos. Endoscopia: se normal não afasta DRGE (30% de erro), pois 90% das crianças com esofagite erosiva estão acima dos 2 anos de idade e as alterações como mucosa esbranquiçada e aumento de vascularização são muito inespecíficos para diagnóstico da DRGE. - Ausência de alterações histológicas na biopsia não afastam DRGE (Doença Não Erosiva – NERD). Tratamento Conservador – Não medicamentoso 1. Orientação postural e medidas anti-RGE 2. Não usar roupas apertadas 3. Sugerir troca de fraldas antes das mamadas 4. Evitar o uso de fármacos que exacerbam o RGE 5. Orientar infusão lenta em crianças com sondas nasogástrica 6. Evitar o tabagismo(ativo ou passivo) 7. Orientações dietéticas ( refeições menos volumosas e gordurosas) 8. Não comer algumas horas antes de dormir 9. Fórmulas AR (controversa) e dividir o volume da mamada 10. Adolescentes – dormir em decúbito lateral esquerdo 11. Redução do peso casos de sobrepeso e obesidade Tratamento medicamentoso Paciente com sintomas de RGE, inicia as medidas não farmacológicas, se não responder iniciar o teste terapêutico de triagem APLV. Em casos de persistências de sintomas deve considerar o uso de Sucralfato (poucos efeitos colaterais), em casos refratários pode iniciar com o uso de Inibidores da Bomba de Prótons e em se permanecer sem resposta satisfatória, lançar mão de exames complementares como EDA/Phmetria ou IMP-Phmetria esofágica. - Antiácidos com magnésio ou alumínio; - Alginato: Alginato + Bicarbonato - Sucralfato: é um fármaco que atua formando um complexo com o exsudato do tecido lesado, na mucosa gástrica, protegendo-o. Praticamente sem efeitos colaterais (raramente : constipação, boca seca ou dor abdominal) OBS: Não devem sofrer a ação do HCl Grânulos não protegidos e preparados líquido não garantem níveis adequados -Omeprazol. 0,7 A 3,5 MG/KG/DIA (MAX 80MG) / Lanzoprazol/ Pantoprazol / Esomeprazol / Rabeprazol. Devem ser ministrados pela manhã em jejum ou pode dividir a dose 2x/dia por 4 a 8 semanas. Estes fármacos buscam manter o PH intragastrico menor que 4, além de reduzir a secreção ácida provocada pela alimentação. OBS: Descontinuar gradativamente – “efeito rebote”. OBS: Alta eficácia para esofagite erosiva e não erosiva. Domperidona. E Bromoprida (Procinéticos). Efeitos colaterais dos IBPs: - Reações isiossincrásicas (14%): Cefaleia. Diarreia (2%-5%).Constipação. Náuseas. Choro e irritabilidade – 10% E Cólicas abdominais (5%). - Disbiose e sobrecrescimento bacteriano em delgado (alcalinizado) ~ 25%. - Hipocloridria: Enterocolite em pré-termos. Diarreia de caráter infeccioso. Pneumonia. Candidíase. Translocação bacteriana (Sepsis) RNPT E Alergia alimentar (hidrólise > no estômago – prot peso molecular). ***NÃO UTILIZAR ESSAS MEDICAÇÕES EM LACTENTES***. Domperidona: Lactentes e crianças < 12 anos de idade com peso < 35Kg (A eficácia de Domperidona não foi estabelecida em lactentes e crianças < 12 anos de idade e pesando < 35Kg). Tratamento cirúrgico: É indicada em complicações que ameaçam a vida (casos graves e refratários ao tratamento medicamentoso), como em condições crônicas (fibrose cística, neuropatias com risco importante de complicações): Grande hérnia hiatal; Esôfago de Barrett; Necessidades de uso crônico de medicações para controle dos sintomas. Observações: 1. O aleitamento materno deve ser sempre incentivado e mantido para lactentes com RGE. 2. A maioria dos lactentes apresentam nos primeiros meses de vida RGE fisiológico com regurgitações moderadas e podem apresentar choro e desconforto pós mamada. 3. Medidas posturais e nutricionais devem estar a frente de medidas medicamentosas. 4. A ocorrência de vômitos, dificuldade na alimentação, longos períodos de choro e irritabilidade são dados que devem ser relacionados à DRGE. 5. Lactentes com quadro sintomatológico de RGE exigem diagnóstico diferencial entre DRGE e refluxo secundário à APLV. 6. O uso de IBO deve ser restrito à situações clínicas de difícil manuseio e não responsivas às medidas citadas anteriormente, em geral embasadas por provas funcionais (Phmetria ou IMP-Phmetria) ou pelo resultado de endoscopia digestiva alta. 7. SE nao doe possivel manter o AM dar a formula AR 8. Para lactantes nos primeiros mesesde vida em situações que exigem ações medicamentosas, o emprego de sucralfato ou alginatos por algumas semanas deve ser considerado antes do uso de IBP 9. Os RGE predominantemente não são ácidos e com pouca resposta aos pró cinéticos e IBP 10. A utilização de antiácidos (IBP) fica restrita aos casos em que não foi possível o manuseio nutricional com indicações restritas e bem definidas ANEMIA fatores de risco: PROFILAXIA A termo, peso adequado, em aleitamento materno exclusivo até o 6º mês 1 mg/kg/dia, iniciando aos 180 dias de vida até o 24º mês de vida A termo, peso adequado, independente do tipo de alimentação 1 mg /kg/dia, iniciando aos 90 dias de vida até o 24º mês de vida Prematuros e a termo com peso superior a 1.500 g 2 mg/kg/dia, iniciando com 30 dias de vida, durante um ano. Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano Prematuros com peso até 1.000 g 3 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando com 30 dias de vida, durante um ano. Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano Prematuros com peso inferior a 1.000 g - 4 mg/kg/dia, iniciando com 30 dias de vida, durante um ano. Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano A epidemiologia mostra uma prevalência estimada de anemia de 33% em crianças brasileiras, saudáveis e menores de sete anos. O que destaca é que a deficiência de ferro afeta desde o período pré-natal com repercussões importantes e deletérias de longo prazo no desenvolvimento de habilidades cognitivas, comportamentais, linguagem e capacidades psicoemocionais e motoras das crianças. Entre as ações para prevenção da deficiência de ferro e anemia ferroprivas, está o incentivo ao aleitamento materno exclusivo até seis meses de vida e prolongado até dois anos de idade, associado à alimentação adequada pela mãe e na introdução de alimentos complementares. 1. Baixa reserva materna (Gestações múltiplas com pouco intervalo entre elas; Dieta deficiente; Perdas sanguíneas; Não suplementação de ferro) 2. Aumento da demanda metabólica (Prematuridade e baixo peso ao nascer (< 2.500g); velocidade de crescimento > p90 3. Diminuição do fornecimento (Clampeamento precoce do cordão umbilical, Aleitamento materno exclusivo prolongado, Alimentação com alimentos pobres em ferro ou de baixa biodisponibilidade, Consumo de leite de vaca antes de um ano de vida, ausência à suplementação. 4. Perda sanguínea 5. Má absorção do ferro (Síndromes de má-absorção (doença celíaca, doença inflamatória intestinal), Redução da acidez gástrica (antiácidos, bloqueadores H2, inibidores de bomba de prótons) Quanto ao diagnostico a recomendação é realizar a investigação laboratorial da deficiência de ferro aos 12 meses de vida. Ademais, para identificar a fase inicial da depleção ou da deficiência de ferro, em que a concentração de Hb é normal, recomendam a realização de Hemograma (VCM, HCM, RDW e da morfologia dos glóbulos vermelhos), Ferritina sérica: como marcador da fase de depleção dos estoques e Proteína C reativa para identificar processo infeccioso. O tratamento deve ser feito com ferro oral (dose de 3 a 6 mg de ferro elementar/kg/dia), por seis meses ou até reposição dos estoques corporais. A efetividade do tratamento deve ser checada com hemograma e reticulócitos após 30 a 45 dias do início do tratamento, quando se espera que exista melhora dos níveis de reticulocitos e aumento da Hb em pelo menos 1,0 g/dL. Nos lactentes em aleitamento materno exclusivo, sem fatores de risco, recomenda-se a suplementação medicamentosa profilática a partir dos 180 dias de vida, até o final do segundo ano. No entanto, com presença de fatores de risco, a suplementação deve ser iniciada aos 90 dias, independentemente do tipo da alimentação. Infecções Via Aérea Superior Baixa idade (6 a 24 meses) sexo masculino tabagismo passivo deficiência imunológica irmãos mais velhos uso de chupeta aleitamento artificial atipias desnutrição creches poluição ambiental alterações climáticas VIA AEREA SUPERIOR (cavidade nasal, nasofaringe, orofaringe e hipofaringe) que diferente da inferior, não apresentam musculatura, onde a obstrução é por vasodilatação e edema enquanto a de VI são por contrações do musculo liso. a IVAS é o principal motivo do atendimento pediátrico sendo em crianças menores de 5 anos com cerca de 8 a 12 (4 a 14?) episódios por ano e se frequentam a creche a frequência passa de 12 a 20 episódios por ano . A principal etiologia é VIRAL (rinovírus), e devido a possibilidade de evolução, apresenta uma morbidade elevada. Ademais o vírus pode facilitar a infecção bacteriana por afetar o funcionamento do aparelho mucociliar e facilitar a aderência e invasão. OBS: a diferenciação entre rinite alérgica e IVS em menores de 4 anos é complicado devido a semelhança clinica e a relação de favorecimento de ambas onde se inicia a respiração oral, há a redução da filtragem do ar/aquecimento e umidificação, sendo um ar mais exposto que gera uma inflamação e um broncoespasmo. FATORES DE RISCO quando o bb nasce há aqueda do igG materno (até 9 meses e se inicia a produção de igG do bebe e igA - mais lento) já o igM atinge o platô próximo a um ano -Entretanto há uma hipogamaglobulibemia fisiológica entre os 3 meses e 1 anos. FISIOPATLOGIA Após a infecção (contágio por via respiratória ou por contato de secreções) inicial há um infiltrado inflamatório que gera um edema da mucosa, esse edema acarreta em alterações na função ciliar e aumento da secreção por ação histamínica. Entretanto, podem evoluir para outras complicações como otite, sinusite e mastoidite. OBS: S.PNEUMONIAE causam 30 a 35% dos casos H. influenzae - 20 a 25% M.catarrhalis - 20% A B RINIFARINGITES AGUDAS = RESFRIADO COMUM As rinofaringites possuem a transmissão por contato de gotículas, aumenta em creches/escolas e ambientes fechados, com o período de incubação de 2 a 5 dias. os sinais e sintomas são TOSSE SECA, dor de garganta, coriza, cefaleia e obstrução nasal. NO LACTANTE - dificuldade de sucção e alteração do sono/ ESCOLAR - cefaleia e mialgia. A transmissão corre por gotículas e contato direto, com o período de incubação de 2 a 3 dias , após o inicio da doença a excreção viral geralmente dura uma semana e a dose infectante é pequena. No exame físico há congestão da mucosa nasal e faríngea, hiperemia da membrana timpânica e pode ter febre. As principais complicações são bacterianas como otite media aguda, sinusite, faringite, pneumonia. TRATAMENTO - repouso, hidratação, antitérmico, analgésico e higiene nasal. GRIPE - INFLUENZA A influenza é um vírus que adentra a celular devido a proteínas como a neuramidase (N1) e a hemagglutinin (H3). H1N1- LIBERA O VIRUS DAS CELULAS INFECTADAS E EXISTEM 9 SUBTIPOS (N1 E N2) H3N2 - ATUA NA ADESÃO NO VIRUS ÀS CELULAS DO HOSPEDEIRO E EXISTEM 16 SUBTIPOS POREM SO O H1,H2 E H3 PODEM ACOMETER HUMANOS. obs: Regra para a nomenclatura da cepa : tipo/ localização geográfica/ número da cepa/ ano de isolamento/ hemaglutinina e neuraminidase SOROTIPOS Tipo A H1N1 Gripe Espanhola em 1918 e 2009; H3N2 1957 Asiática; H3N2 1968 Hong-Kong; H5N1 aviária. Tipo B Infectam exclusivamente os seres humanos. há dois principais grupos (as linhagens) que são a Yamagata Victoria. De uma forma geral as vacinas mudam anualmente incluindo ou retirando novas sepas segundo a oms pela regionalidade, em 2024 entreu duas novas sepas do sorotipo A TRATAMENTO E PREVENÇÃO É indicado analgésicos, antitérmicos, higienização nasal, hidratação, repouso relativo, oseltamivir (tamiflu) e vacinação. OBS: VACINAÇÃO - anual para menores de 6 meses, duas doses na primovacinação antes dos 9 anos e vacina trivalente. PANDAS - distúrbio neuropsiquiátrico associado a infecção por estreptocócica, sendo mais pediátrica e autoimune. SÍNDROME PFAPA - gera uma febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite cervical, geralmente se resolvendo com cirurgia. SINDROME MÃO PÉ E BOCA - doença de etiologia viral coxaskievirus ou enterovirus, no qual a transmissão ocorre de forma fecaloral, com o período de incubação de 3 a 6 dias, tendo uma maior transmissão na primeira semana e manutenção de 4 a 6 semanas após a eliminação do vírus. A doença apresenta dor de garganta, febre, mal estar, perda de apetite, lesões, aftas dolorosas que surgem nas mão e plantas dos pés. O tto é sintomático com hidratação, sendo indicado o isolamento (não tem vacina). 1° escolha penicilina de 50.000 u/kg im dose única claritromicina 15mg/kg/dia de 12/12 horas por 7 a 10 dias falha de tto: amoxicilina com clavulanato FARINGOAMIGDALITES AGUDAS É uma doença inflamatória da orofaringe caracterizada por um eritema e pela presença ou não de exsudato, ulcerações e vesículas, sendo geralmente autolimitada. Nesses casos 70% são virais (adenovírus e mononucleose) e quanto a bacteriana a mais comum é a S.pyogenes e difteria (vacina penta) . Ademais, as principais complicações são causadas pelo S.PYOGENES, podendo gerar abscesso Peri amigdaliano (supurativa) e glomérulo nefrite aguda e a febre reumática (não supurativa) independente do tratamento. Ademais, há possibilidade de evolução para duas doenças, sendo elas: OBS: a febre reumática é prevenida se adm antibióticos 9 dias antes dos sintomas. OBS: antibiótico previne as complicações supurativas como os abcessos. OBS: estomatite causada por herpes simples e mononucleose (doença do beijo, apresenta linfonodomegalia e petequeias corporais) Epstein barr. Tratamento: Para as faringomaigdalites agudas virais usamos sintomáticos, já se for bacteriana ou se confirmação pelo ASLO ou forte suspeita de estreptococo deve ser usado penicilina sendo: LARIINGITE É de etiologia viral, de incidência de 3% com 5% das internações em menores de 6 anos, causam rouquidão, coriza e febre baixa, pode vir junto tosse, desconforto respiratório mas não ocorre a toxemia. Infecções Via Aérea Superior laringite espasmódica/ estridulosa - possui um inicio súbito, sem febre, que piora/ocorre na madrugada, com tendência a repetição, muitas vezes relacionada a alergia, DRGE, esofagite eosinofilica. duração RINOSSINUSITE Acomete os seios da face (frontal- , etimoidal, maxilar e esfenoidal) A etiologia é principalmente bacteriana, seguindo a ordem de s.pneumoniae, haemophilos influenzae e moraxella catarrhalis. A classificação detende da: - aguda: ate 4 sem - subaguda - 4 a 12 sem - recorrente - 6 ou mais episódios por ano - crônica: mais de 12 semanas Entretanto, os fatores de risco/predisponentes se dividem em sistêmicos (ivas, rinite, asma, fibrose cística, dc imune e síndrome de down) e locais (obstrução nasal, atresia de coana, desvio de septo, corpo estranho, pólipo, trauma e infecção dentária). Fisiopatologia A obstrução do ostio sinusal leva a uma estagnação das secreções, que leva a queda do PH e do batimento ciliar, que somado a baixa concentração de O2 estimula a proliferação bacteriana. Clinica A sinusite causa redução do paladar e olfato, nariz entupido, secreção nasal (amarelada/esverdeada), cefaleia, mal cheiro no nariz e boca, dor na face e edema periorbital. Quanto ao diagnostico é clinico, sendo o Raio X de seios da face NÃO utilizado porque o resfriado comum altera o raio X, alterado indica apenas inflamação que pode ser viral, bacteriana ou alérgica, nas crianças pequenas o desenvolvimento incompleto dos seios da face traz confusão. A Academia americana de Pediatria não recomenda o RX abaixo de 6 anos, sendo se necessário o padrão ouro é a TC seios da face, mas só se NECESSÁRIO. Tratamento Deve ser feito a lavagem dos seios com soro fisiológico, associado a antibioticoterapia: amoxacilina /clavulanato 50 a 90mg/kg/dia ou cefuroxima de 10 a 14 dias. Dependendo do caso, associa-se corticóide oral por 5 dias, dando-se preferência para a prednisolona. OBS: Rinossinusite com celulite pós septal, indica-se internação e atb. ev de preferência cefalosporina de 3 geração . 2 meses a 1 ano = 12 a 62% até 3 anos - 84% OMA- OTITE MEDIA AGUDA - sinais de inflamação e efusão OME- OTITE MEDIA COM EFUSÃO -sem sinais inflamatórios mas com efusão. OTITE MÉDIA AGUDA A orelha media, corresponde a região logo atrás do tímpano, pegando o martelo, bigorna e estribo. Nesses casos, há um mau funcionamento de ventilação da tuba auditiva ou drenagem da secreção através da tuba. (crianças apresentam uma tuba mais curta/estreita e horizontalizada). Quanto a etilogia temos principalmente as causas virais, seguindo de bacteriana onde 30% = s.pneumonea, 20% haemophilus não tipavel e 15% morexela catarralis. incidência: OBS - o pico de incidência é dos 6 aos 12 meses, com chance muito elevada de recorrência. Os fatores de risco são hipertrofia adenoides, atipias, RGE, refluxo faringe, tabagismo passivo, curta duração de aleitamento materno e genético (sd down) Ademais, a IVAS leva a uma produção de secreção e disfunção da tuba auditiva que gera um acumulo de secreção na orelha média que pode evoluir sem sinais inflamatórios gerando uma otite média com efusão ou serosa ou secretora; ou podem evoluir com aumento da pressão gerando um abaulamento da membrana timpânica (OMA) O diagnostico é feito por diferentes quadros onde temos o inicio agudo de otalgia com menos de 48 horas, abaulamento ou otorreia não justificada e hiperemia intensa. Entretanto é importante ressaltar que as alterações inflamatórias como opacidade, espessamento/ hiperemia podem estar associadas. Infecções Via Aérea Superior TRATAMENTO Deve ser sintomático com controle da dor, corticoides tom=picos nasais (obstrução nasal importante), reavaliar em 48/72 para introduzir ATB. O tratamento com uso de antibiótico deve ser em menores de 6 meses, imunodeficientes e sinais de gravidade: otalgia por mais de 24 horas, febre maior ou igual a 39, toxemia, otorreia purulenta e otalgia intensa. (entre 6 meses e 2 anos se dá também se sintomas leves mas bilaterais) OBS - Não usar anti-histamínico pois podem prolongar o tempo de secreção na orelha. O antibiótico de 1° escolha é a amoxicilina de 50 mg/kg/dia de 12/12 horas por 5 a 10 dias, devendo avaliar o risco de resistência (ter tomado a menos de 30 dias, repetição, creche e prevalência de resistência) - nesses casos usar amoxicilina com clavulanato de 90mg/kg/dia de 12/12 horas (se menor de 2 anos por 10 dias se maior de 5a 7 dias) Alergia à Amoxicilina = • Leve – Axetilcefuroxima 30 mg/Kg/dia 12/12hs por 10 dias • Grave –Claritromicina – 15mg/Kg/dia por 10 dias e Azitromicina (falha) • Não tolera tratamento via oral: Ceftriaxone :50 mg/kg/dia – dose única ou por 3 dias. Complicações - Perfuração timpânica, Complicações extracranianas como MASTOIDITE, abscesso subperiosteal, paralisia facial e Labirintite. As complicações intracranianas (CICs) da OM são meningite, abscesso cerebral, trombose de seio lateral (TSL), abscesso extradural, hidrocefalia otítica e encefalite. Desnutrição, baixa idade (>9meses), baixo peso, comorbidades, permanência em creche, episódios prévios de sibilos, falta de aleitamento materno, vacinação incompleta e variáveis socioeconômicas. Corresponde a uma patologia infecciosa que acomete o trato respiratório inferior, que causa inflamação dos tecidos de um ou ambos pulmões que traduz uma resposta do hospedeiro ao agente agressor. A pneumonia adquirida na comunidade é uma infecção que se desenvolve fora do ambiente hospitalar ou que se manifesta até 48 horas após a internação. É mais frequente nos 1° anos, sendo a causa mais comum de morbi e mortalidade em bebes e crianças menores de 5 anos em todo o mundo. FATORES DE RISCO Quanto a etiologia os vírus são os mais frequentes como corona vírus, influenza, adenovírus e rinovírus. As bacterianas são pneumococo, haemophilus, s. aureus sendo mais comum: O quadro clinico clássico é composto por febre de inicio agudo, taqpneia, tosse e queda da saturação (sinal de gravidade menor que 92% e moderada >96), dor torácica, dor abdominal, sonolência e rebaixamentodo nível de consciência. - lactante (2 a 4 meses) : Historia materna de vulvovaginite, conjuntivite neonatal, tosse persistente, coqueluche, taqpneia afebril e processo intersticial. - Idade escolar : inicio com IVAS, bom estado geral, tosse seca persistente, febre baixa, irregular, prolongada e padra intersticial em lobos inferiores ou pequeno derrame pleural. SINAIS DE ALARME - MENORES DE 2 MESES - fr maior que 60rpm, tiragem costal, recusa do seio materno por mais de 3 mamadas, sibilancia, estridor em repouso, letargia, tosse, sonolência anormal e irritabilidade excessiva. MAIORES DE 2 MESES - tiragem subcostal (indica pneumonia grave tto hospitalar), estridor em repouso, recusa de líquidos, convulsão, alteração sensorial e vomito. Ademais, os exames devem ser baseados em critério clínicos, podendo ser solicitado em SWAB de nasofaringe, Hemograma, eletrólitos, velocidade de hemossedimentação, PCR, prolactina e RX de torax. Pneumonia adquirida na comunidade PNEUMONIA de inicio abrupto com condensação ou derrame pleural pensa-se em S.pneumoniae IVAS precedidos de pneumonia - mycoplasma pneumoniae - usar macrolideo = azitromicina TRATAMENTO - AMBULATORIAL O suporte ambulatorial deve ser orientado quanto a abordagem da febre, manutenção de hidratação, alimentação adequada, identificação de sinais de piora clinica e retorno para reavaliação em 48/72 horas. - HOSPITALAR Deve internar em casos de desidratação, aparência de toxemia, desconforto respiratório moderado a grave, hipoxemia, dificuldade respiratória, uso de musculatória acessória, doenças subjacentes e complicações como derrame, pneumonia necrotizante e abcesso. O tratamento hospitalar pode ser feito com - AMPICILINA iv 50 mg/kg/dose de 6 em 6 hrs - PENICILINA CRISTALINA 150.000 ui/kg/dia de 6 em 6 hrs OBS: lactantes - associar gentamicina 7,5mg/kg/dia de 12 em 12 associada a penicilina ou ampicilina. BENZENO ORGANOCLORADOS Contaminantes ambientais É um produto orgânico usado em todo o mundo, mas é restrito a industrias e laboratórios que produzem combustíveis derivados do petróleo, é altamente inflamável, volátil, pouco solúvel em agua, se trata de uma substancia altamente tóxica e cancerígena. As formas de exposição em geral são pelas vias respiratórias e oral, apesar de possuir um absorção pela pele. A exposição pode ocorrer no trabalho e no ambiente devido a evaporação da gasolina, frota de veículos e tabagismo (ambientes fechados). Os principais efeitos a saúde, de forma aguda - causadas por um curto período de exposição a altas concentrações - que geral sinais e sintomas como dispneia, taquicardia, tremores, convulsão e irritação das mucosas podendo evoluir para edema pulmonar e irritação para o SNC (sonolência, narcose, cefaleia, náuseas, perda de consciência) e as crônicas, são devido a exposição por um longo período a baixa concentrações, que podem causar de uma forma geral anemias, epistaxe, pancitopenia, queda do SI, neoplasias, alteração do estado de consciência, alteração no domínios cognitivos, eritema e dermatite irritativa, abortos espontâneos e problemas menstruais. Foi um potente inseticida usado da década de 40 contra o vetor da malária e outras pragas da agricultura, possui uma baixa solubilidade em agua e alta persistência devido ao alto peso molecular, são altamente lipossolúveis acometendo principalmente tecido adiposo, fígado e sistema nervoso. Os pesticidas clorados podem ser introduzidos no organismo através das vias cutânea, respiratória, digestiva e respiratória, no entanto as contaminações ocorrem através dos alimentos de preferencia aos que possuem elevada quantidade de gordura. De uma forma geral, quanto a intoxicação aguda, a depender da dose e do produto o estado clinico pode ser reversível, além de cursar com manifestações imediatas. Já as contaminações crônicas, apresentam manifestações graduais frente ao acumulo, sendo irreversíveis, causando sérias lesões hepáticas e renais, sendo alguns ainda responsáveis por lesar o cérebro, miocárdio, medula óssea, córtex supra renal e a estrutura do DNA. OBS: os inseticidas DDT agem nos canais de sódio dos insetos mantendo aberto por mais tempo, que desencadeia uma transmissão contínua do impulso nervoso OBS: a puberdade precoce pode ocorrer deviso a atividade estrogênica OBS2 = A exposição pré-natal a organoclorados persistentes, além de poder prejudicar o sistema reprodutivo, durante a fase de desenvolvimento, pode causar uma série de outros efeitos adversos à saúde, como óbito fetal, aborto espontâneo, diminuição de peso e tamanho do RN, depressão do sistema imunológico e redução da resistência óssea. Alterações hepáticas e hematológicas ESTRIDOR SIBILOS ESTERTORES FINOS - raspar cabelos e som de velcro ESTRETORES GROSSOS - sons de borbulha e subcrepitante ATRITO PLEURAL Som de local traqueal, causado geralmente por laringite, corpo estranho e traqueite. Som pulmonar causado geralmente por asma, broncoespasmo, corpo estranho em nível brônquio e DPOC são sons pulmonares mais comuns no final da inspiração, causados geralmente por pneumonia, edema pulmonar São sons pulmonares, some quando tosse e pode migrar o local de ausculta, as causas mais comuns são pneumonia, edema pulmonar, bronquite crônica e bronquiectasias. Ausculta Pulmonar Dificuldades escolares, podendo ser pela metodologia de ensino, estrutura da escola, qualificação dos professores, distancia e bullying. Fatores Emocionais / Comportamentais, que geram sofrimento emocional, quadros depressivos, ansiedade, TDHA e bullying. Fatores familiares como cobrança dos pais, rotina, sono, violência domestica, drogadição e condição sócio econômica. Fatores orgânicos como doença crônica, déficits sensoriais, distúrbio do sono, epilepsia, problemas visuais, TEA (muitas vezes associados com o distúrbio do processamento auditivo central onde a criança escuta mas não compreende), transtorno de linguagem, apraxia e transtornos de aprendizagem. O transtorno do neurodesenvolvimento geralmente aparecem na infância antes da idade escolar, apresentando dificuldades em âmbitos como atenção, memória, percepção, linguagem e interação social. Essa patologia apresenta uma maior incidência no sexo masculino. É importante saber a diferencia entre transtorno de aprendizagem e dificuldade de aprendizagem. O transtorno consiste defasagens especificas e pontuais, referencia a disfunção neurológica de assimilação de conteúdos; e a dificuldade é um grupo heterogêneo de defasagem abrangentes referentes ao processo de aprendizagem envolvendo dificuldades. Os fatores que influenciam são: Os transtornos de aprendizagem podem ser classificados como: DISLEXIA - dificuldade da leitura DISCALCULIA - desordem neurológica gerando dificuldade de compreender e manipular números DISORTOGRAFIA - dificuldade de aprender e desenvolver habilidades da linguagem escrita expressiva. DISPRAXIA - dificuldades motoras em crianças. DISFASIA - descoordenação da fala e de dispor as palavras de um modo compreensível DISGRAFIA - dificuldade com a fluência da escrita em diversos aspectos. Antes de fechar um dx de transtorno de aprendizagem é necessário verificar audição (formado na 12° sem de gestação) da criança (teste da orelhinha, testes auditivos bienais - toda criança pode fazer sendo a audiometria comportamental para menores de 2 anos e a audiometria condicionada para maiores de 2 anos), linguagem (desenvolvimento por tentativa e erro, sendo necessário ouvir e assim imitar os falantes), visão (teste do olhinho - repetir no 1° ano, avaliação oftalmológica anual ou bienal, uso de tela). DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM NA CRINAÇA - 1 a 3 meses observa e acalma com a voz da mãe - 4 a 6 meses procura de onde vem o som e balbucia imitando - 7 a 11 meses encontra de onde vem o som, repete palavras - imita e primeiras palavras 1 ano - frases curtas 2 anos (senão falar nada = investigar) - 3 anos fala mas conjuga errado -4 anos inventa histórias - 5 anos falante (se não = investigar) - 6 anos aprende a ler e escrever Transtorno de aprendizagem Quanto a orientações é necessário que crianças brinquem em ar livre, evitem visão perto logo que tenha um controle da distancia da leitura, estejam em salas com luz natural, orientações e campanhas de conscientização e orientar sobre a importância do sono. O sono é fundamental para o processo da memória, funcionamento e bem estar físico e emocional. A privação do sono ou a má qualidade (insônia, fragmentação, poucas horas de sono) impacta na atenção, concentração, causa instabilidade emocional, baixa qualidade de raciocínio, hiperatividade e sonolência. Logo, deve recomendar sobre a rotina do sono, a importância de uma boa noite de sono, evitar alimentos ricos em açúcar e cafeína. Lembrar sempre que na investigação é necessário afastar causas orgânicas, fatores ambientais, sociais, econômicos e qualidade do sono. DISTURBIOS NA COMUNICAÇÃO Devem ser diferenciados entre atraso no desenvolvimento e quadros do espectro autista (resultante de alterações físicas e funcionais do cérebro, sendo relacionado ao desenvolvimento motor, da linguagem e comportamentais). - ALERTA PARA TEA - não faz contato visual, não procura objetos, não intende comandos, não fala frases q não sejam imitação aos 2 anos, não segue instruções/ comandos simples, não intende o que fazer com utensílios do dia a dia, perdeu habilidades que possuía, fala pouco ou de forma incompreensível aos 3 anos, não tem interesse em brincar com outras crianças, interage pouco com as pessoas, resiste em trocas de rotinas e tem dificuldade na fala. - TDAH transtorno neurobiológico de causa genética causando uma somatória de desatenção, impulsividade e agitação, podendo ser dividido em 3 tipos: COMPORTAMENTO HIPERATIVO (mais meninos) COMPORTAMENTO DESTENTO (mais meninas) COMPORTAMENTO MISTO o TTO corresponde a medidas farmacológicas (estimulantes que inibem a recaptaação de dopa e noradrenalina) somadas a medidas comportamentais como a orientação, melhor organização, valorizar atividades de bom desempenho, higiene do sono, atividade fisica, psicoterapia e adaptaçoes de estudos. criança com apetite limitado criança com ingesta seletiva criança com fobia alimentar (geralmente relaciona a trauma) A saúde e higiene mental diz aos cuidados para manter o equilíbrio da mente, sendo a saúde um termo qualitativamente de forma cognitiva ou emocional, buscando sempre atingir a resiliência (capacidade de retomar ao estado normal, resistência a diversidade). A teoria de maslow define a saúde mental em uma hierarquia de necessidades, sendo a base as fisiológicas (fome, sede, sono, abrigo), seguida de segurança (corpo, emprego, casa, saúde, família), amor e relacionamentos, estima (confiança, auto estima, respeito) e por fim a auto realização (moral, criatividade, solução de problemas = unica necessidade de crescimento baseada em valores do ser, tronar, realizar). Sendo necessário um bom funcionamento para se alcançar a resiliência. A auto estima é o meio de identificação da criança, onde uma criança que não possui auto estima não se classifica como uma pessoa de valor, sendo essa uma avaliação subjetiva, que como consequência traz um desequilíbrio entre a alimentação, vinculo, condições de higiene, estímulos e afeto dedicado. Para a promoção da autoestima é necessário evitar comparar a criança com a outra, não estimular a postura de vitima, afastar pessoas que não são construtivos, faça a criança se responsabilizar pelos seus atos, elogie, ensinar a dar valor as coisas que faz, estimular afirmações positivas sobre si, afim de permitir que ela veja que não esta ruim e não é uma pessoa de menor valor. A dificuldade em alimentar resulta em refeições longas, há a recusa de se alimentar a mais de 1 mês, a alimentação é complexa (choros, seletividade do cuidador, necessidade de entretenimento), mas é importante salientar que NEM TODA A CRIANÇA COM DIFICULDADE ALIMENTAR TEM TRASNTORNO, podendo ser classificada apenas em: A alimentação esta intimamente relacionada com o estilo dos pais, sendo: - RESPONSIVO - orienta a alimentação da criança, tem limites, são modelos na alimentação, responde aos sinais de fome da criança. - CONTROLADOR - controla a alimentação da criança, restringe alimentos, pressiona a alimentação, suborna com recompensa e ignora os sinais da fome. - PERMISSIVO - não estabelece limites, alimenta com o que quer e a qualquer horário, prepara comidas especiais para a criança e ignora os sinais de fome - PASSIVO - desiste da responsabilidade alimentar, não estabelece limites, ignora os sinais da fome e as necessidades físicas e psicológicas da criança. De uma forma geral as orientações devem ser evitar distrações nos horários de refeição, manter uma atitude neutra, alimentar para estimular o apetite ( durando de 20 a 30 min, sendo de 4 a 6 refeições), servir alimentos apropriados, introduzir de forma sistemática alimentos (8 a 15 x), estimular a auto alimentação e ser tolerante com o processo. Quando há uma queixa uma criança que não come, deve avaliar se realmente ela não come, ou não come bem, tempo de evolução, se há dc relacionada, se há motivos, se há necessidade de suplementos e ação da equipe multidisciplinar. Os riscos a logo prazo é a resistência a insulina, déficit neurológico, redução da massa óssea e hipovitaminoses. Transtorno Alimentar Anorexia nervosa Bulimia Nervosa Compulsão alimentar Transtorno alimentar restritivo e evitativos PICA Ruminação TRANSTORNO ALIMENTAR possui uma causa multifatorial, tendo origem genética, psicológica e ou social, sendo caracterizado por perturbações persistentes na alimentação, sendo uma dc séria, que as pessoas não a reconhece, que afeta tanto fisicamente quanto psicologicamente. Acomete principalmente adultos jovens e adolescentes, no qual há fatores predisponentes como a genérica, temperamento, mudança corporal, comorbidades, fatores sociais, gatilhos e a prática de dieta, somados a outros transtornos. TERMOS: VIGOREXIA -dismorfia corporal FATOREXIA -pessoa se vê magra e é obesa PREGOREXIA - TAlimentar durante a gravides OBS: PESO NÃO É O UNICO MARCADOR Segundo o DSM5 consiste na restrição calórica voluntária, levando a um peso corporal baixo (estagnação de peso), apresentando uma fobia em ganhar peso (levando a seletividade, restrição geral até hídrica, noções peculiares alimentos -tamanho e caloria, gasto energético), devido a uma forma corporal na auto avaliação como a distorção de imagem e insatisfação corporal. Pode ser dividido em dois tipos o restritivo (não come) e o purgativo (come porem usa métodos compensatórios). As características psicológicas são perfeccionismo, baixa autoestima, elevadas expectativas pessoais, pais exigentes, famílias funcionais controladores e dominadores e famílias preocupadas com a forma física. Ademais, as principais complicações são amenorreia secundária, hipotensão, bradicardia, hipotermia, hipoglicemia, queda de cabelo, pele seca, atrofia muscular, desidratação, perda de densidade óssea, lanugo (mais pelo) e distúrbio hidroeletrolíticos devido aos métodos compensatórios. Como tratamento deve ter uma equipe multidisciplinar, avaliar IMC atual, estabelecer metas de ganho de peso gradativas, uso da pirâmide de alimentos, educação alimentar, monitoramento da ingesta alimentar e acompanhamento e apoio dos familiares. São episódios recorrentes de compulsão alimentar (difere da anorexia que não come), sendo necessário 1 episodio por semana em 3 meses, com comportamento compensatórios inapropriados. Apresenta um peso normal ou sobrepeso em função das complicações e ineficácia dos métodos, maior prevalência em adolescentes mais velhos, comportamento compensatórios. Clinicamente cursa com instabilidade emocional, abuso de substancias químicas,dificuldade no controle do impulso, promiscuidade sexual, auto mutilação. As complicações são alterações hidroeletrolíticas, arritmias, lacerações esofagianas, desidratação, edema, hipertrofia de parótida pela hipersalivação, problemas odontológicos e sinal de Russel (calos e cicatrizes nas mãos). OBS - ciclo bulinico = culpa - ansiedade e raiva - ingesta compulsiva - culpa - mecanismo compensatório - culpa - ansiedade e raiva.... Transtorno Alimentar Compulsão alimentar Transtorno alimentar restritivo e evitativos PICA Também conhecido como TAC, apresentam episódios recorrentes de ingesta de grande quantidade em um curto intervalo de tempo, na ausência da sensação de fome. A compulsão não é somada a comportamento compensatório, levando ao ganho de peso. As complicações são HAS, SOP, doenças cardiovasculares, apneia do sono, má qualidade do sono, DM tipo 2 e problemas gastrointestinais Geralmente ocorre o ciclo da restrição, onde há a percepção do peso, levando a restrição, privação, desejo que no final soma a uma nova compulsão que gera sensação de culpa, vergonha e frustração. O tare acomete mais meninos, na 1° infância, geralmente após os 3 anos, onde há a recusa alimentar, ou seja há um fracasso persistente em satisfazer as necessidades nutricionais e ou energéticas apropriadas associadas a um ou mais fatores como: Perda de peso significativa Deficiência nutricional Dependência de alimentação enteral ou suplementos Interferência no funcionamento psicossocial Clinicamente apresenta percepção sensorial alterada, alteração nos centros reguladores do apetite, alteração má capacidade da resposta ao medo com diminuição da aceitação de coisas novas e a comida passa a der uma ansiedade e fobia. OBS> TEA E TARE NÃO SÃO DX CONJUNTO Ocorre uma ingestão persistente de substancias não nutritivas e não alimentares durante o período mínimo de 1 mês, com a ingestão inapropriada com o estagio de desenvolvimento ou comportamento alimentar que não faz parte de uma pratica culturalmente aceita. Apresenta clinicamente com ingesta de alimentos como argila, terra, tinta, cabelos, tecidos, pedras, insetos. OBS - SE M TTO BASEADO EM EVIDENCIAS Ruminação É a regurgitação repetida de alimento durante o período mínimo de 1 mês, onde o alimento pode ser remastigado, deglutido ou cuspido OBS: NÃO É RGE Frequentemente são subnotificados, há uma falta de consenso a respeito dos critérios adequados para o diagnostico e as formas de tratamento. TRATAMENTO IMEDIATO se inicia com a internação para cessar os comportamentos de risco como a purgação, estabilização médica (quadro nutricional e peso), desenvolvimento de um plano de tto, somado a TCC e terapia psico educativa familiar. - 1º: Realimentação aos poucos. - 2º: Conhecer o TA. - 3º: Não obedecer aos TAs aos poucos. - 4º: Não obedecer ao TA e voltar ao controle. A prevenção consiste em evitar comentarios sobre o peso e a forma coporal, não dicotomizar as comidas em saudaveis e nao saudaceis, evitar usar comida de recompensa ou reforço ´positivo, enfatizar a funcionalidade do corpo que sobreasai a aparencia, estimular atividades fisicas para diversão, falar sobre padroes irreais impostos na midia e evitar restriçoes alimentars, Ausculta cardiaca Sopro de Still: É o sopro inocente mais frequente. É um sopro de baixa frequência musical, auscultado sobretudo no bordo esquerdo do esterno, entre 3º-4º espaços intercostais e desaparece com a manobra de Valsalva. Está presente sobretudo durante a segunda infância e aumenta a sua intensidade em estados hiperdinâmicos (febre, anemia, hipertiroidismo, pós atividade física). Sopro de EFRAP (Estenose Fisiológica dos Ramos da Artéria Pulmonar): É o sopro mais frequente nos recém-nascidos e corresponde à hipoplasia relativa dos ramos AP, fisiologicamente inadequados ao débito pulmonar pós- natal. É um sopro de alta frequência, auscultado sobretudo no bordo esquerdo do esterno, entre 2º-3º espaços intercostais, com irradiação para a região subclavicular. Habitualmente desaparece até aos seis meses de vida. Comunicação interventricular: É a cardiopatia congénita mais frequente, com uma prevalência de 20-25%, sendo o sopro é holossistólico, de intensidade variável e inversamente proporcional às dimensões do defeito septal, melhor audível no bordo esquerdo do esterno. Estenose pulmonar: O sopro é rude, meso-sistólico, crescendo-decrescendo (ejecção), de intensidade variável que é proporcional à gravidade da estenose e melhor audível no foco pulmonar. Pode-se associar ao estalido de abertura. O sopro aumenta de intensidade com a inspiração (aumento do retorno venoso). Regurgitação mitral: Anomalia valvular que permite a passagem de sangue do ventrículo esquerdo para a aurícula esquerda. O sopro é holossistólico, em plateau, melhor audível no ápex e pode coexistir o rodado mitral, resultante do aumento do débito diastólico.. Estenose aórtica: O sopro é rude, meso-sistólico, crescendo- decrescendo (ejecção), de intensidade variável que é proporcional à gravidade da estenose e com irradiação para a base do pescoço e ápex. O sopro aumenta de intensidade com o agachamento. Cardiomiopatia hipertrófica (CMH): O sopro apresenta características semelhantes ao da estenose aórtica, como a localização, o timbre e a forma. O estalido de abertura está ausente. Durante a auscultação dinâmica, o sopro da CMH diminui com o agachamento e manobras que aumentam o retorno venoso. Regurgitação aórtica: O sopro é protodiastólico, em decrescendo e duração diretamente proporcional à gravidade da doença. Melhor audível no foco aórtico, com irradiação a todo o précordio. Canal arterial patente: Estrutura patológica após os primeiros dias de vida. O sopro é contínuo, crescendo- decrescendo, melhor audível entre 2º e 4º EICs esquerdos, com um som característico de “maquinaria em movimento”. Sopros Fisiológicos Sopros Patológicos Deve ser ofertado apenas leite materno até os 6 meses, não sendo necessário oferecer agua, chás ou qualquer outro alimento. Uma vez que o leite materno contém quantidade de agua suficiente para as necessidades do bebê. Apartir dos 6 meses deve ser introduzido de forma lenta e gradual outros alimentos, sendo que no inicio pode haver rejeita das primeiras ofertas, devendo oferecer agua tratada nos intervalos de refeições A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança. É importante distinguir os sinais de fome de outras situações de desconforto da criança, como sede, sono, frio, calor ou fraldas sujas. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher. Começar com consistência pastosa e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família. Ofereça à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida. • Ofereça duas frutas diferentes por dia, selecionando as frutas da estação principalmente as ricas em vitamina A. Estimule o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. Evite açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Use sal com moderação Cuide da higiene no preparo e manuseio dos alimentos. Garanta o seu armazenamento e conservação adequados. Estimule a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL A alimentação saudável é fundamental para garantir a saúde e o bom crescimento e desenvolvimento das crianças. Ela também previne doenças e evita deficiências nutricionais, como a anemia. - a oferta de agua e chás diminui o volume de leite materno ingerido e deve esvaziar as mamas completamente - POSIÇÃO CORRETA E MAMADA ADEQUADA, o bebe precisa estar com tronco alinhado, olhando para a mama, sustentado e mãe e bebedeve estar confortáveis, boca aberta, com lábio superior evertido, abrangendo a aréola completa. - dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno. - Se a criança mama no peito, ao completar 6 meses ofereça: 2 papas de frutas e 1 papa salgada. - Ao completar 7 meses, ofereça: 2 papas de frutas e 2 papas salgadas. - Ao completar 8 meses, a criança já pode receber a alimentação básica da família desde que não sejam utilizados temperos industrializados, excesso de sal, pimenta, alimentos gordurosos como bacon, banha, lingüiça, entre outros. - NÃO vincular a castigo ou prêmios para a alimentação Para aceitar um novo alimento a criança precisa experimentá- lo, pelo menos de 8-10 vezes. No primeiro ano, evite oferecer os alimentos misturados para que a criança tenha a oportunidade de conhecer os novos sabores e texturas. Não deixe a criança pequena “experimentar” de tudo, como por exemplo, iogurtes industrializados, macarrão instantâneo, bebidas alcoólicas, salgadinhos, refrigerantes, frituras, cafés, embutidos, enlatados, chás e doces. leia o rótulo dos alimentos para evitar oferecer à criança aqueles que contém aditivos e conservantes artificiais. Separar a refeição em um prato individual para se ter certeza do quanto a criança está realmente ingerindo; • Estar presente junto às refeições mesmo que a criança já coma sozinha e ajudá-la, se necessário; Não forçar a criança a comer. Isso aumenta o estresse e diminui ainda mais o apetite. As refeições devem ser momentos tranquilos e felizes. Parcial, em que os sinais são: tosse forçada, troca de ar preservada, inquietação, rubor facial, sibilos ou estridores, taquicardia e respiração forçada e rápida. Total, tosse fraca ou incapaz de tossir, dificuldade para realizar troca de ar, ruídos agudos durante à inspiração (podem estar ausentes), pele cianótica, incapacidade de falar e sinal universal de asfixia (mãos envolvendo o pescoço). Recomendações às famílias de crianças pequenas com dificuldades de alimentar-se O engasgo é uma resposta do corpo que ocorre quando a traqueia é bloqueada. Dentre as causas mais graves de engasgo, está a introdução de corpo estranho pelo trato respiratório. O objeto, ao ser engolido, pode provocar asfixia e sufocamento, visto que impede a respiração. A obstrução respiratória pode ser: A principal manobra utilizada é a de Heimlich. Em caso de engasgo em crianças maiores de um ano deve-se posicionar atrás da vítima em pé ou de joelhos, a depender da altura da criança; Envolver os braços no entorno da vítima, posicionando uma das mãos fechada e com o polegar voltado para o abdome na linha média entre o apêndice xifóide e o umbigo da vítima; A outra mão deve ser posicionada firmemente em cima da mão que está em contato com o abdome da vítima; Aplicar compressões rápidas, pressionando a região para dentro e para cima, em um movimento que simule a letra jota; A manobra deve ser realizada até que o objeto saia ou até a vítima não estar mais responsiva. Em crianças menores de 1 ano é preciso apoiar a vítima de bruços no braço, com a cabeça mais abaixo que o corpo, tendo o cuidado de manter a boca dele aberta, aplicar 5 batidas com a região hipotenar nas costas do bebê, na região entre as escápulas. Virar o bebê com a barriga para cima e efetuar mais cinco compressões sobre o esterno, na altura dos mamilos, mantendo a inclinação original e a boca aberta. em seguida deve tentar visualizar o corpo estranho e retirá-lo da boca. Alimentação infantil Engasgo Duas ou menos evacuações por semana () Histórico de comportamento de retenção (retenção voluntaria excessiva) Evacuações com dor ou dificuldade Presença de grande quantidade de fezes no reto (massa fecal grande) Eliminação de fezes muito grossas Para as crianças com menos de 4 anos com controle esfincteriano. Pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana Eliminação de fezes de grande diâmetro que pode causar entupimento do vaso sanitário (os sintomas não devem preencher critério dx para outra condição médica) CLASSIFICAÇÃO O bom funcionamento intestinal contribui para a saúde física e mental das crianças, devido a função neurológica de produção de serotonina (90%), função imunológica, excretora e endócrina. De uma forma geral 95% das vezes não há uma doença detectável nas desordens intestinais. A prevalência de constipação intestinal varia entre 3% nos lactentes e 10% no 2° ano de vida, sendo mais elevada nos pré- escolares. Pode ocorrer em qualquer idade e deve ser diferenciada da disquesia do lactente (é um distúrbio gastrointestinal funcional caracterizado pela dificuldade de evacuar, mesmo com vontade, demandando mais tempo e esforço), escapes fecais (involuntário- eliminação repetida em locais inapropriados, um evento por mês me no mínimo 3 meses, comportamento não atribuível a outra causa / o ato completo de defecação em local inapropriado é secundário ao TOD), cólicas, mau humor, saciedade precoce, infecção de repetição. OBS - EVACUAÇOES E IDADE: rn devem liberar o mecônio nas 1° 24 horas, 1° sem de vida de 4 a 8 evacuações por dia (aleitamento materno faz evacuar mais), 1° mês de vida 2 a 3 evacuações por dia, 2 anos de idade 1 a 2 vezes ao dia e após os 4 anos geralmente 1x ao dia. Roma IV - deve ser aplicado para crianças até de 4 anos. Constipação intestinal funcional segundo o critério, pelo menos dois dos seguintes por pelo menos um mês: (adolescente) Para ocorrer a constipação funcional é necessário que haja tentativas de retenção voluntária das fezes em decorrência de desconforto na eliminação delas, dois momentos podem levar a essa situação sendo o início da alimentação complementar à láctea, principalmente quando do uso exclusivo do leite materno, e no pré-escolar. - PSEUDO CONSTIPAÇÃO : ocorre em lactantes com menos de 6 meses em aleiramento - media de 5 dias sem evacuar - frequencia: mais de 3 x por semana, fezes mais consistentes, ressecadas e duras. As causas são diversas, variando entre genética, dieta/erro alimentar, flora intestinal, motilidade e fatores emocionais, podemos dividir em duas grandes etiologias, as ORGANICAS (5% - raras = neurológicas, metabólicas e megacolon congênito = aganglionose intestinal). Doença de Hirschsprung deve ser estabelecido por biopsia padrão ouro, nesses casos ocorre a ausência de neurônios intramurais dos plexos nervosos parassimpáticos, afetando o intestino grosso, em geral, no seu seguimento mais distal, como o reto e o colón sigmoide. A clinica corresponde a liberação de mecônio tardio, distensão abd, vômitos bilioso e facaloides, toque com saída explosiva de conteúdo, ampola retal vazia e retardo no desenvolvimento. (atenção a pacientes com sd down e anomalias urogenitais.) O tto é cirúrgico com a retirada do segmento desnervado. Erro alimentar - dieta pobre em fibras, baixa ingestão hídrica, desmame precoce / Medicamentos como opioide, sais de ferro e antibióticos/ Sedentarismo, comportamento de retenção e estresse / violência domestica e bullying E as FUNCIONAIS 95% dos casos, onde há a passagem dificultosa das fezes, que ocorre principalmente na introdução alimentar, desfralde e inicio da creche. A história clínica de fezes endurecidas ou evacuações dolorosas, deve chamar atenção para a possibilidade de comportamento de retenção. Nesses casos, a criança chora, se esconde, demonstrando sua negação à evacuação, além de observar no exame físico a presença de fissuras, resto de fezes, distensão abdominal... Deve-se ficar alerta para os sinais de alarme que podem indicar a possibilidade de doença de Hirschsprung (megacólon congênito) ou outras doenças OBS: Eliminação de mecônio APOS AS primeiras 24 horas - doença de Hirschsprung. Sinais de alarme - Constipação intestinal com início precoce (< 30 dias de vida), Primeira eliminação de mecônio depois de 48 horas de vida, Antecedente familiar dedoença de Hirschsprung, Fezes em fita, Sangue nas fezes não associado com fissura anal, Déficit de ganho de peso, Febre, Vômitos biliosos, Anormalidade na tireóideo, Fístula perianal, Distensão abdominal intensa, Posição anal anormal (anterior) e Desvio fenda glútea. DIAGNOSTICO : Causas orgânicas: Enema contrastado, Manometria retal e biópsia (doença de Hirschsprung); Radiografias simples da coluna lombossacra(spina bífida oculta); Hormônio tireoide- estimulante e tiroxina (hipotireoidismo);Teste para toxina botulínica nas fezes (botulismo infantil); Prova do suor e análise genética (fibrose cística); Cálcio e outros eletrólitos (alterações metabólicas) ; Rastreamento sorológico geralmente à procura de anticorpos antitransglutaminase tissular IgA (doença celíaca O tratamento deve ser iniciado pela orientação aos pais e cuidadores sobre a constipação intestinal funcional, principalmente as medidas preventivas aos lactantes, sendo elas o aleitamento exclusivo até os 6 meses, orientar uma dieta diversificada com bastante fibras, evitar ingestão de sucos coados, refrigerantes, agua de coco.. estimular controle esfincteriano - evacuar 1 a 2 vexes ao dia após alguma refeição. O objetivo sempre será conseguir uma evacuação suave, indolor e regular. o 1° passo é desempacar as fezes com uso de laxantes se necessário, o 2° é a mudança nos hábitos alimentares e comportamentais (rotina de evacuação, evitar impactação), ingestão de líquidos (1 a 1,5 l de agua por dia) somado a atividade física diária. OBS - realizar movimentos circulares no abd da criança no sentido do transito intestinal por 10 minutos após 30 min de uma refeição principal (tgi mais ativos após o café da manha) E levar ao vaso por 10 a 15 min mesmo se não defecar Constipação oxigenação e ventilação monitorização hemodinâmica e laboratorial (PA, lactato, débito urinário, saturação o2, glicemia, eletrólitos) controle da temperatura - evite tratar febre logo após a pcr, evite calafrios e monitora e trate a hipotensão durante o reaquecimento neuromonitoramento sedativos Avaliar prognostico DICA - usar apoio (permite que haja a privacidade do reto sem a contração do musculo pubo retal e verticaliza o reto), ficar em 35° e usar redutor. OBS: Em geral, os autores não conseguiram comprovar associação entre APLV e constipação crônica. Entretanto, se uma história de APLV se associa a constipação no primeiro ano de vida, sugere-se fazer a tentativa de dieta de exclusão por 2 a 4 semanas CUIDADOS PÓS PCR = Constipação Ressuscitação cardiopulmonar respiração normal compulso - chamar a emergência e monitorização ate a chegada. sem respiração e com pulso normal - realizar ventilações de resgate sendo uma a cada 3 a 5 segundos = 12 a 20 ventilações por min (se perfusão inadequada, ausência e/ou pulso menor que 60 bpm inicie as compressões.) RITIMO NÃO CHOCAVEL RITMO CHOCAVEL A ressuscitação corresponde a conjunto de medidas que tentam evitar uma PCR por meio de suporte ventilatório e circulatório, porem se trata de um evento raro na pediatria, e quando ocorre é devido a uma piora progressiva respiratória (HIPOXIA) ademais os ritmos mais frequentes são a bradicardia e a assistolia REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EXTRA-HOSPITALAR Deve-se iniciar com a verificação da segurança do local, checar responsividade, pulso (se bebe avaliar pulso braquial ou femoral) e respiração (10 segundos), em seguida delegar funções (chamar emergência/ buscar o DEA). nisso podemos ter 3 ocasiões: 1. 2. OBS: Sinais de perfusão ineficiente - extremidades frias, redução do nível de consciência e/ou capacidade de resposta, pulsos fracos, palidez, cianose e moteamento. 3. sem pulso e se, respiração ou apenas gaspeando - indica u um colapso súbito, devendo delegar as funções e iniciar o R RCP com ciclos de 15 compressões para 2 respirações, use o DEA quando disponível e permaneça até a emergência c chegar. Deve ser conferido os sinais a cada 2 minutos. OBS: as compressões devem ser feiras no mínimo um terço do diâmetro AP do tórax ou próximo a 5 cm e em bebes 4 cm. Em bebes usamos duas técnicas: se sozinho = com as duas mãos se em dupla = com os dedões e abraçando o tórax com as mãos. VENTILAÇÃO - a mascara deve recobrir completamente a boca e o nariz da vitima, deve realizar a inclinação da cabeça, pressionar a mascara contra a face para criar uma vedação hermética e forneça oxigênio suplementar quando disponível. DESFIBRILAÇÃO - pás pediátricas devem ser usadas até os 8 anos, sendo uma aplicada na altura do externo e a outra posterior ao externo nas costas. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR INTRAHOSPITALAR Deve iniciar com a delegações de funções, onde um permanece na via aérea, um compressor, um pras medicações, um monitora o desfibrilador, um cronometra e um lidera a equipe. Ademais, devemos definir o ritmo da paciente sendo os chocáveis TV E FV, sendo os demais não chocáveis como a atividade elétrica sem pulso e a assistolia (checar o protocolo CHGDA - cabos, ganhos e derivações). Nos casos chocaveis o choque deve ser em dose progressiva, começando com 2k/kg, 4j/kg, 6j/kg, 8j/kg, 10j/kg, devendo ser aplicado com o tamanho e posição adequada das pás, e retomar as compressões. inicio a RCP - 1 ciclo = 2 min - adrenalina (a cada 3 min) - RCP + 2 MIN - acesso IV e IOT - verifica pulso - Não chocavel - RCP + ADRENALINA ..... (ATÉ +- 30 MIN) Inicio o RCP- 2 min- RITIMO CHIOCAVEL = CHOQUE - rcp 2 min + acesso - verifico pulso e ritmo - choque - rcp + adrenalina +IOT - verifico ritimo - choque - RCP mais amiodarona ou lidocaina + rcp .... CAUSAS REVERSIVEIS 6H - hipovolemia/hipoxia/acidose/hipo ou hipercapnia e hipotermia 5T - pneumotórax, tamponamento cardíaco, toxinas, trombose pulmonar e trombose coronária. Toxíndrome Anticolinérgicos pode ser causada por Anti Histamínicos; Atropina; Antidepressivos tricíclicos; Buscopan – Escopolamina, geram como sintomas a boca seca por hiposecreção, hipertemia, taquicardia, midríase, diminuição da peristalse e alucinação. Toxíndrome Anticolinesterásicos pode ser causada por Chumbinho; Organofosforados(inseticida); Cogumelos e Picada de aranha. Nesses casos os sintomas giram em torno de diarreia, vômitos, fraqueza, broncoespasmo, salivação excessiva, sudorese, lacrimejamento, hipersecreção brônquica. Toxíndrome Anfetamina causados por Venvanz e Ritalina. Geram sinais e sintomas como sudorese, hipertermia, taquicardia, midríase, agitação, hipertensão, diminuição da peristalse. Ocorre devido ao contato com substâncias químicas podendo provocar danos graves até a morte, sendo a faixa etária de 1 a 4 anos mais acometidas. Atualmente, ocorre por medicamentos, produtos de limpeza e animais peçonhentos. A prevenção é fundamental, sendo importante manter os contaminantes em locais fechados e fora do alcance das crianças, tampas de segurança, não utilizar venenos para ratos (raticidas), e conhecimento da toxicidade das plantas e do local onde se encontram e estar atento a locais que possam ter animais peçonhentos. Em caso de intoxicação, os primeiros sinais e sintomas são os vômitos, a sonolência, desorientação, salivação excessiva, dispneia, desmaio, convulsão, lesão cutânea, cheiro característico no ambiente/ criança e alteração súbita no comportamento ou consciência. Inicialmente deve-se estabilizar e avaliar o risco iminente de vida, realizando o protocolo ABCDE seguido do MOV - monitorização, oxigenação e acesso venoso calibroso. Após a estabilização da criança, a equipe deve considerar a realização da descontaminação gástrica. O exame físico deve detalhar, além dos sinais usuais, características da pele e das mucosas (temperatura, coloração, odor, hidratação), do hálito, da boca (lesões corrosivas, odor, hidratação), dos olhos (conjuntiva, pupila, movimentos extraoculares), do sistema nervoso central (nível de consciência, escala do coma, estado neuromuscular), do sistema cárdio circulatório (frequênciae ritmo cardíaco, pressão arterial, perfusão) e do sistema respiratório (frequência, movimentos respiratórios, ausculta). A descontaminação é a tentativa de diminuir a exposição do organismo ao tóxico. Principais medidas a serem utilizadas até o momento para descontaminação: Antídotos locais, Medidas provocadoras de vômitos, Lavagem gástrica, Carvão ativado: considerado uma das melhores formas para descontaminação. Dose usual de 1g/kg, via oral, em suspensão aquosa. A eficácia diminui com o tempo, sendo que os melhores resultados são observados na primeira hora após ingestão do tóxico. Sua eficácia é menor com tóxicos com grandes massas, como ferro e lítio. Esse processo pode envolver duas etapas: a lavagem gástrica e o uso do carvão ativado, ademais em algumas intoxicações pode-se utilizar antídoto, de preferência dentro de 8-10 horas após o ocorrido. OBS: TODA criança vítima de intoxicação exógena mesmo que assintomática, deve ficar em observação, por um período de 6 horas no mínimo, em unidade hospitalar. Vias de toxicidade - digestiva (se até 30 min = lavagem/endoscopia, se mais de 3 horas = carvão ativado e antidoto), respiratória e cutânea Intoxicação Exógena Toxíndromes Narcóticas causadas por Morfina, Opiaceos e Fentanil, geram depressão respiratória, depressão neurológica, bradicardia, miose, peristaltismo diminuído, constipação. Toxíndrome Benzodiazepínicos como Clonazepam, Midazolam e Lorazepam. Sinais e sintomas: depressão respiratória (barbitúricos, etanol. Nafazolinas – bradicardia, hiporreflexia, hipotensão, Hipotermia – depressão respiratória acentuada). Síndrome simpatomimética Sintomatologia: midríase, hiperreflexia, distúrbios psíquicos, hipertensão, taquicardia, piloereção, hipertermia, sudorese. Principais agentes: fenotiazínicos, butirofenonas, fenciclidina, lítio. Síndrome metemoglobinêmica: Sintomatologia: cianose de pele e mucosas, de tonalidade e localização peculiar, palidez de pele e mucosas, confusão mental, depressão neurológica. Principais agentes: acetanílida, azul de metileno, dapsona, doxorubicina, fenazopiridina, furazolidona, nitratos, nitritos, nitrofurantoína, piridina, sulfametoxazol. Outras Toxíndromes são as causadas por exemplo Cafeína, Antidescongestionantes , Teofilina: Talofilina, Teolong (TTO e prevenção de broncoespasmo por asma e DPOC – NÃO deve ser a primaiera escolha para tratar asma em crianças), Alegra-D. que geram diversos sinais e sintomas incluindo sudorese, hipertermia, taquicardia, midríase, agitação, hipertensão, diminuição da peristalse. OBS: O carvão ativado permite que seja expelido o agente toxicológico agressor, além de atuar na circulação entero hepática e entérica. Via de administração: sonda oral . Administração de Antídotos: a. Acetilcisteína: previne a formação de metabólitos hepatotóxicos do acetaminofeno. As doses usuais são de 140 mg/kg, por via oral e, a seguir, 70 mg/kg, por via oral, durante 3 dias. b. Atropina: antagonista dos estímulos colinérgicos nos receptores muscarínicos com pouco efeito nos nicotínicos. Sua principal indicação é o tratamento da intoxicação por inseticidas organofosforados e carbamatos. As doses usuais para crianças são de 0,01-0,05 mg/kg, preferencialmente por via intravenosa. c. Azul de metileno: medicamento que age como transportador de elétrons, permitindo a redução da metemoglobina em hemoglobina.*(atua sobre a G6PD) d. Deferoxamina: é um quelador com especial afinidade pelo ferro, com o qual forma um complexo hidrossolúvel rapidamente eliminado. e. EDTA-cálcico: é um agente quelador que forma complexos estáveis e hidrossolúveis com alguns metais pesados. Sua principal indicação é a intoxicação por chumbo. f. Flumazenil: antagonista de benzodiazepínicos por inibição competitiva no complexo receptor GABA-benzodiazepina. A dose usual inicial é de 0,2-0,3 mg, por via intravenosa, em 15 segundos. A seguir, 0,1 mg em intervalos de 1 minuto. g. Naloxona: primeira escolha no tratamento da intoxicação por opiáceos. Atua como antagonista puro, podendo ser usado mesmo quando houver dúvida diagnóstica. h. Nitritos: utilizados no tratamento da intoxicação cianídrica grave. i. Vitamina K1:é utilizada para restaurar o tempo de protrombina e interromper o sangramento na intoxicação por anticoagulantes. A dose usualmente recomendada para crianças é de 5-10 mg, por via oral, repetida várias vezes por dia. ASMA AGUDA GRAVE = exacerbação grave a uma combinação de sinais e sintomas. ASMA QUASE FATAL= exacerbação com falência respiratória ESTADO DE MAL ASMÁTICO = exacerbação refrataria ao tratamento do quadro asmático. LEVE MODERADA GRAVE A crise asmática corresponde a uma doença heterogênea, geralmente decorrente de um processo inflamatório crônico das vias aéreas. A sintomatologia (sibilancia, taqpneia, tosse e opressão do tórax), se torna presente após a exposição a gatilhos sendo a reversão de maneira espontânea ou pela ação de medicamentos. AVALIAÇÃO INICIAL Inicialmente devemos identificar o risco de morte por asma e os fatores de risco associados a exacerbação como: MEDICAÇOES = uso de bronco dilatador de curta duração maior que 200 puff/ mês e uso inadequado de corticoide inalatório. COMORBIDADES = obesidade, rinossinusite crônica, DRGE, alergia alimentar e gravidez EXPOSIÇÃO A ALÉRGENOS CONTEXTO PSICOSSOCIAL = distúrbio psicológico e baixo nível socioeconômico FUNÇÃO PULMONAR - baixo volume expiratório forçado no 1° segundo, e alta reversibilidade a bronco dilatador. SUGESTIVA RESPOSTA A TH2 (inflamatória) = eosinófilia sérica e elevação da fração expirada de oxido nítrico. OUTROS = intervenção em UTI ou qualquer exacerbação nos últimos 12 meses. CLASSIFICAÇÃO Sem dispneia, deambula, fala frases completas, aumento da FR, fc menor que 100 BPM, uso de musculatura acessória leve, sibilancia moderada. Dispneia ao falar, lactante com choro curto, dificuldade em alimentar, fica sentado, frases incompletas, agitado, FR aumentada, FC entre 100 e 120 BPM, retrações de musculatura acessória presente, sibilancia ruidosa e pulso paradoxal entre 10 a 25 mmhg (nem sempre presente). Dispneia ao repouso, não se alimenta, posição semi- sentada, fala palavras, agitado, FR maior que 30 RPM, FC maior que 120 BPM, uso de musculatura acessória, sibilancia ruidosa e pulso paradoxal presente entre 20 e 40 mmhg. OBS: frequência respiratória em crianças: menores de 2 meses = menos de 60RPM 2 a 12 meses = menor que 50RPM 1 a 5 anos = menos que 40RPM 6 a 8 anos = menor que 30 RPM OBS: frequência cardíaca em crianças: 2 a 12 meses = menor que 160BPM 1 a 2 anos = menos que 120BPM 2 a 8 anos = menos que 110BPM Não existem critérios únicos ou escores seguros aplicáveis em todos os pacientes. Assim, é aconselhável que se utilize um conjunto de dados para caracterização da crise conforme a gravidade. Crise asmática AVALIAÇÂO INICIAL (ABCDE) - Sonolência/ confusão/ toráx silencioso? PEF >1hora se 60 a 80% com melhoras dos sintomas = alta PEF >1hora >60% - continuar o TTO com suporte de o2 e uso de beta 2 de 30 em 3o min ou 1h em 1h até melhora TMANEJO SIM - IOT NAO = AVALIAR= leve e moderado (fala frases, calmo, fr alterada, sem esforço respiratório, saturação entre 90 a 95% em ar ambiente) = manter a sutaração maior que 93% e iniciar medicação: - SALBUTAMOL 100MCG - até 3 x de 20/20 min em 1 hora 5 a 10 KG = 4 puff 10 a 20 kg = 6 puff >20kg = 8 a 10 puff SEGUNDO PASSO (se não reverter) - IPRÁTROPIO 20 MCG/ 0,25MG - até 3 x de 20/20 min em 1 hora < 12 anos = 4 puff ou 20 gotas >12 anos = 8 puff ou 40 gotas TERCEIRO PASSO (se não reverter) - corticoide - PREDINISOLONA 3mg/ml dose única = 1 a 2 mg/ kg - Dose máx: < 12anos = 40mg; >12 anos = 60mg NÃO = AVALIAR = grave (fala palavras, semiinclinado, agitado, FR >30, FC >120, saturação maior que 90%). manter a sutaração maior que 93% e iniciar medicação: - SALBUTAMOL 100MCG - até 3 x de 20/20 min em 1 hora - IPRÁTROPIO 20 MCG/ 0,25MG - até 3 x de 20/20 min em 1 horaSEGUNDO PASSO (se não reverter) - corticoide - PREDINISOLONA 3mg/ml dose única = 1 a 2 mg/ kg TERCEIRO PASSO (se não reverter) - SULFATO DE MAGNÉSIO ( apresentação 50% (5g/10ml) ou 10%(1g/10ml )) 50 a 75 mg/kg = MAX 2G QUARTO PASSO (se não reverter) - corticoide inalatório >6anos: Budesonida 0,25 mg/ml, 4 ampolas <6 anos: Budesonida 0,25mgml, 2 ampolas OBS: Reduz hospitalização na primeira hora / usar o espaçador até 5 anos EXAMES COMPLEMENTARES Pode ser solicitado radiografia de tórax afim de excluir outros diagnósticos, solicitar gasometria arterial para quadro grave de insuficiência respiratória, hemograma afim de avaliar Leucocitose sendo sugestivo de estresse, drogas adrenérgicas, corticosteróides e potássio devido ao uso de dose elevada de beta adrenérgico. AVALIAÇÃO SEQUENCIAL Na alta deve ser prescrito corticoide oral por 5 a 7 dias, beta 2 inalatório para alivio das crises e corticoide inalatório de manutenção, sendo eles: <6anos: Budesonida 12/12 horas >6anos: Budesonida + Formoterol (Alenia®) 1 vez ao dia OBS: *Ipratrópio NÃO tem benefício após o ataque, exceto diminuir tremor e náusea do Beta 2; *Aminofilina: proscrito, muito efeito colateral *Heliox ( hélio + O2), casos refratários, alto custo, sem muito benefício. * Adrenalina: aplicar IM, apenas em anafilaxia associada. *Beta 2 endovenoso: sem uso rotineiro Ictericia Neonatal SOBRECARGA DO HEPATOCITO DOENÇA HEMOLITICA (hemoglobinopatias) CAUSA ADQUIRIDA (jejum prolongado, sepse e anomalia gastrointestinal) DEFICIENCIA OU INIBIÇÃO DA COMJUGAÇÃO RH - o DX é feito no pré natal, no qual a mãe reage ao antígeno D e forma o ACIgG anti D e causa hemólise, podendo levar a hidropisia fetal e a morte ABO - neste caso a mãe tem a Tipagem o e possui o anti A e B (ultrapassa a BHC), o feto é AB/A/B, gerando uma icterícia que surge antes da 24 horas, de curso variável e gradual, com o pico no 5° dia e pode durar até 2 semanas. É a concentração maior que 1,5 de bilirrubina indireta ou direta, desde que represente mais que 10° da bilirrubina total. Sendo de apresentação cefalo caudal e sua regressão caudal cranial. - exame dependente do examinador e da luz externa FATORES DE RISCO São fatores de risco a prematuridade ou termo precoce (38 semanas e 6 dias), icterícia em menos de 24 horas, incompatibilidade fetal, clampeamento tardio, aleitamento materno inadequado, perda de peso maior q 10% na 1° semana de vida, descendência, DM gestacional, Irmão tratado com fototerapia, presença cefálica de hematoma e sexo masculino. METABOLISMO HB - HEME - HEMOXIGENASE - BILIVERDINA - B.INDIRETA - ALBUMINA - HEPATOCITO - GLUCONILTRANSFERASE - BILIRRUBINA DIRETA - BACTERIAS- UROBILINOGENIO - ELIMINAÇÃO OBS - o aumento de BD indica atresia de vias biliares ou hepatite neonatal. HIPERBILIRRUBINEMIA FISIOLOGICA É uma patologia transitória, autolimitada e benigna, que ocorre geralmente nas 24 horas de vida, tendo o pico no 5/ dia de vida, podendo durar até uma semana. nesses casos é possível a apresentação de uma anemia, porém não há alteração dos reticulocitos, causada por uma imaturidade no eixo enterohepatico. PATOLOGICA De uma forma geral acomete em menos de 24 horas, com o pico no 5° dia de vida, traz uma anemia importante com aumento dos reticulocitos, ademais, pode ocorrer por 4 motivos principalmente, sendo eles: hipotireoidismo congênito - os hormônios tiroidianos estão envolvidos na ação da GDP e com o aumento desses hormônios, há uma redução na atividade enzimática. INCOMPATIBILIDADE - ROGAN - imunoglobulina - coombs indireto (mãe) e direto (fetal) Gera uma anemia frustra (hb < 13) e o coombs nem sempre vira positivo sendo o dx por ELUATO KERNICTERUS dosagem de bilirrubinas total e frações a nível sérico hemograma (reticulocitos) Tipagem da mão e do rn (pareados) coombs pezinho (dosagem de G6PD qualitativamente e dosagem de TSH) zona de Kramer fototerapia Exsanguinação LEITE MATERNO ocorre na 1° semana de vida com o pico d0 7° ao 10° dia de vida, sem complicações, mantendo o crescimento e o ganho de peso. É causada por um aumento da atividade de desconjugação intestinal e reabsorção sobrecarregando o hepatócito. COMPLICAÇOES É uma encefalopatia causada pelo aumento de bilirrubina, gerando uma deposição da mesma no globo pálido, podendo ser dividida em aguda e crônica. A evolução curda com hipertermia, hipertonia, choro agudo e irritado, olhos apáticos e tétrade da paralisia 1- neuropatia auditiva 2- paralisia vertical do olhar 3- displasia dentária 4- distúrbio mental MANEJO CLINICO - nomograma de BHUTANI fator de risco - padrão de 75 sem fator de risco - padrão de 95 TRATAMENTO faz com que a BI se torne hidrossolúvel, permitindo uma melhor eliminação mas fezes através de mudanças de padrão irreversível (estrutural) e de padrão reversível (configuracional), a efetividade depende do tipo da luz, nível de irradiação, etiologia e área corpórea. (cuidado: olhos, hipertermia e medicações) usado quando não há resposta pela fototerapia, sinais de encefalopatia. Nesse método há a queda da concentração da bT e dos anticorpos, além da substituição das hemácias. complicação - choque, parada, distúrbio hidroeletrolíticos, sepse.. troca 80 ml x kg 2kg - 5 porções / 3kg - 16 porções / mais de 3 kg - 15 porções Lesão do couro cabeludo: injúrias e hematomas subgaleais que podem indicar fratura ou fonte de hemorragia; Fraturas: existem 4 tipos: linear (a mais comum), cominutiva, afundamento ou diastática. Contusão: Ocorre no local do impacto ou oposto a ele pela lesão de contragolpe (inércia). Hematoma epidural: acúmulo de sangue no espaço extradural. Em adultos tende a ser arterial, mas nas crianças é geralmente venoso. A TC de crânio mostra uma imagem biconvexa e hiperdensa. Hematoma subdural: acúmulo de sangue no espaço subdural, geralmente de um sangramento venoso que se espalha sobre o hemisfério cerebral. Hematoma intraparenquimatoso: localizado profundamente no parênquima, geralmente relacionado a lesões com mecanismo de rotação. Lesão Axonal Difusa (LAD): cisalhamento das fibras mielínicas, sendo muito frequente em traumatismo graves e em mecanismos de golpe e contragolpe. Nestes casos a TC pode ser normal, associada com alteração no nível de consciência. TCE Leve: ECG de 14 ou 15; TCE Moderado: ECG entre 9 e 13; TCE Grave: ECG menor ou igual a 8. Vômitos, Cefaleias, Sonolência, Desmaio ou perda da Consciência, Confusão, Fraqueza muscular ou dificuldades para andar, Alterações visuais, Alterações na memória ou no comportamento, Deformidades na cabeça ou afundamentos ou qualquer tipo de alteração neurológica nova Por definição, o Traumatismo Cranioencefálico (TCE) é qualquer lesão, decorrente de um evento externo que acarrete alterações anatômicas cranianas. Na população infantil, o TCE é um problema de saúde pública mundial, a faixa etária mais acometida compreende crianças entre 0-4 anos, em especial nas menores de 1 ano, sendo ocasionada principalmente por quedas. Em crianças maiores e adolescentes, aumentam os índices de traumas por acidentes automobilísticos, e em menores de 2 anos é notória a incidência da Síndrome da Criança Sacudida, sendo a maior incidência em sexo masculino e 80% dos TCE são leves. Quando um trauma cranioencefálico ocorre, a PIC se eleva, e para manter a PPC constante, ajustes fisiológicos se iniciam no SNC, como aumento do retorno venoso e/ou a diminuição da produção de Líquido Cefalorraquidiano (LCR). Quando todos os mecanismos são esgotados, instala-se a hipertensão intracraniana (HIC) com lesão secundária ao tecido encefálico, podendo evoluir para uma herniação cerebral se não tratada, e exibindo sintomas da Tríade de Cushing: bradicardia, alteração respiratória e hipertensão arterial sistêmica. Lesões Traumáticas OBS: as fraturas de base de crânio são caracterizadas por alguns sinais clínicos específicos como, otoliquorreia, rinoliquorreia, hemotímpano,paralisia facial periférica, anosmia, equimose retroauricular (sinal da batalha) e equimose periorbital sem trauma orbital direto (sinal de guaxinim). À radiografia, pode-se identificar pneumoencéfalo. Lesões intracranianas CLASSIFICAÇÃO A principal classificação do TCE na pediatria é feita através da Escala de Coma de Glasgow adaptada de acordo com a faixa etária. Considera-se: SINAIS E SINTOMAS X: Controle de sangramentos externos graves; A: Observar anatomia para cada faixa etária e pensar na abordagem (VA) B: Ventilação ou Drenagem torácica; C: pensar no diagnóstico, reanimação volêmica, reposição sanguínea, acesso venoso, débito urinário, temperatura. D: avaliação do nível de consciência pela Escala de Coma de Glasgow para a correta faixa etária e avaliação das pupilas. E: exposição do paciente e controle da hipotermia. ABORDAGEM INICIAL Na anamnese é preciso identificar qual foi o mecanismo do trauma, ou seja, se foi queda, de qual altura, se foi acidente, qual tipo do acidente e a qual velocidade; qual o tempo decorrido entre o trauma e o atendimento; se houve perda da consciência e por quanto tempo. Ademais, deve procurara saber os antecedentes dos episódios. Além disso, a assistência hospitalar das vítimas pediátricas de TCE na cena do acidente, segue as orientações do XABCDE do trauma: TRATAMENTO O tratamento deve ser individualizado, respeitando a classificação do TCE e a sintomatologia, sendo que a principal finalidade do manejo destes pacientes é amenizar os danos causados pela lesão e retardar o desenvolvimento efetivo das lesões no tecido nervoso. As crianças que não se enquadram em nenhum dos fatores de risco, são classificadas como sendo de Baixo Risco e não necessitam de TC de crânio. Em geral, quando decorridas 2 horas do acidente e o paciente está assintomático, ele poderá ser liberado para observação domiciliar. Se o paciente se enquadrar como Alto Risco é obrigatória a realização de TC de crânio, enquanto nos de Moderado Risco o médico deverá decidir se a TC de crânio é necessária, além de manter o paciente em observação clínica. Traumatismo crânio encefálico dor súbita, com despertar noturno; dor que interrompe a criança enquanto ela brinca; associação com vômitos persistentes, especialmente biliosos ou fecaloides; alterações nas evacuações, especialmente sangramento (melena e/ou enterorragia); distensão abdominal; ausência de eliminação de flatos e/ou fezes. A dor abdominal é uma das queixas mais comuns no atendimento pediátrico, seja na emergência ou no acompanhamento ambulatorial. A grande maioria das dores abdominais nas crianças são funcionais e se referem a processos benignos, mas podem se relacionar a acometimentos agudos que colocam em risco a vida da criança ou a doenças crônicas que podem ter graves complicações. A anamnese deve ser completa, não se deve questionar apenas os aspectos clínicos que envolvem a dor, mas também todos os aspectos sociais e familiares da criança. Caracterizar essa dor é difícil, devido os sintomas serem vagos e a criança pode apresentar uma limitação para descrever o que está sentindo. Algumas características da anamnese que devem levantar suspeita de condição mais grave subjacente são: Além disso, o raciocínio diagnóstico deve começar já na identificação, com uma informação muito simples: a faixa etária! É uma informação muito importante, que ajuda a guiar o raciocínio etiológico, mas não deve ser levada de forma completamente “quadrada”, já que podemos ter apresentações atípicas de doenças fora da faixa etária. Inspeção: forma, distensão, movimentos respiratórios, cicatriz umbilical, diastase de retos abdominais, veias e circulação colateral, peristalse. Ausculta: peristaltismo, borborigmo, meteorismo, sopros. Percussão e Palpação: parede abdominal (avaliar presença de hérnias), presença de massas palpáveis, ascite, visceromegalias. Urina 1 – importante especialmente em lactentes – dor abdominal pode ser uma infecção de trato urinário; Hemograma – não é um dos melhores exames, mas pode fornecer algumas informações importantes, como leucocitose (no caso de uma suspeita de apendicite) ou anemia aguda em casos de diarreia sanguinolenta ou suspeita de hemorragias gastrointestinais; Provas inflamatórias na suspeita de infecções graves (obs: não são específicos!); Gasometria – outro exame importante, especialmente quando há associação com vômitos, o que facilita o desenvolvimento de distúrbios ácido-base e hidroeletrolíticos; Marcadores de lesão hepática; Amilase e lipase – na suspeita de pancreatite aguda; EXAME FISICO Com relação aos exames laboratoriais pertinentes, não tem jeito – devem ser direcionados para a causa. Para os exames de imagem, vale o mesmo raciocínio. RX de abdome geralmente é o mais acessível na maioria dos serviços, porém não é o exame que mais fornece informações. É um exame muito bom na suspeita de abdome agudo obstrutivo e/ou perfurativo, por exemplo, mas na suspeita de abdome agudo inflamatório, nem sempre encontraremos alterações. No geral, a ultrassonografia é o exame preferido para a triagem inicial, pela maior acessibilidade, menor custo, e, principalmente, não exposição à radiação, como acontece com tomografia computadorizada. APENDICITE AGUDA Faixa etária - A partir de 2 anos de idade Quadro clínico - Dor de início periumbilical, migrando para quadrante inferior direito. Pode estar associada a náuseas, vômitos e febre. obs: Em crianças menores, o quadro pode ser mais inespecífico EXAME FÍSICO - postura álgica/ sinal de Blumberg/ sinal de Rovsing: dor referida na FID quando comprime-se a FIE Exames complementares - Hemograma com leucocitose e neutrofilia USG de abdome – pode ser o primeiro exame a ser realizado, mas nem sempre fecha o diagnóstico TC de abdome – complementar a suspeita diagnóstica, não deve ser a primeira opção sem antes considerar USG Manejo - Opções: Controle álgico/ Manutenção de hidratação endovenosa, Antibioticoterapia: ex, ceftriaxone + metronidazol e Tratamento cirúrgico PAS (Pediatric appendicitis score) < 4: negativo 4 a 7: necessária investigação > 7: sugestivo de apendicite aguda Náuseas/vômitos: 1 ponto Anorexia: 1 ponto Febre: 1 ponto Migração da dor para FID: 1 ponto Sensibilidade em FID: 2 pontos Dor em FID após tossir ou pular e/ou à percussão: 2 pontos Leucocitose > 10.000: 1 ponto Neutrofilia > 7500: 1 ponto DOR ABDOMINAL Escorpião-amarelo (T. serrulatus) - com ampla distribuição em todas as macrorregiões do país, maior potencial de gravidade do envenenamento e fácil adaptação ao meio urbano. Escorpião-marrom (T. bahiensis) - encontrado na Bahia e regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) – É a espécie mais comum no Nordeste, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) – Principal causadora de acidentes e óbitos na região Norte e no Estado de Mato Grosso. leve - dor e parestesia local = expectante e sintomático moderado - dor local intensa associada a uma oi mais manifestação - usa-se o soro SAEscA ou SAArB de 2 a 3 ampolas grave - manifestações clinicas e presença de uma ou mais manifestação entre vômitos, sialorreia, prostração, convulsão, coma, bradicardia,, IC, edema pulmonar ou choque usa-se o soro SAEscA ou SAArB de 4 a 6 ampolas e tratamento adjuvante. ACIDENTES POR ESCORPIOES Também chamados por escorpionismo, predominantes em zonas tropicais e subtropicais do mundo, ocorrendo principalmente em épocas com aumento da temperatura e umidade. Sendo as principais espécies no brasil: Causam manifestações locais e sistêmicas sendo as locais – dor imediata, podendo se irradiar para o membro e acompanhada de parestesia, eritema e sudorese local. E as sistêmicas – após intervalo de minutos até poucas horas (2/3) podem surgir, sudorese profusa, agitação psicomotora, tremores, náuseas, vômitos, sialorreia, alteração PA, arritmia cardíaca, ICC, edema pulmonar agudo e choque. O tratamentoespecífico é feito com o Soro Antiescorpiônico, de preferência ou, na falta deste, com o Soro Antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus), sendo aplicado de acordo com a clinica do paciente sendo: Acidente botrópico: (jararaca, urutu). É o grupo mais importante, encontradas em áreas litorâneas e úmidas, agrícolas, peri urbanas, cerrados, e áreas abertas. Acidente crotálico: cascavéis, identificadas pelo guizo na cauda e têm ampla distribuição em cerrados, regiões áridas e semiáridas, campos e áreas abertas. Acidente laquético: (surucucu-pico-de-jaca). A surucucu seu habitat é a floresta Amazônica e os remanescentes da Mata Atlântica; Acidente elapídico: corais-verdadeiras. São amplamente distribuídos no país, com várias espécies que apresentam padrão característico com anéis coloridos. ACIDENTES COM COBRAS/ OFÍDICOS As peçonhas são capazes de perturbar os processos fisiológicos causando alterações colinérgicas, hemorrágicas, necróticas, miotoxicas e inflamatórias. OBS: a fosseta loreal permite a identificação de cobra venenosa. No brasil as principais espécies são: A região da picada apresenta dor, edemas, sangramento nos pontos da picada, em gengivas, pele e urina. Pode haver complicações como hemorragias, infecção e necrose, além de insuficiência renal. O tratamento depende do quadro, sendo ele: Leve: quadro local discreto, sangramento discreto mas mucosas; O soro usado pode ser SABrB, SABLC ou SABCD de 2 a 4 ampolas. Moderado: edema e equimose, sangramento sem comprometimento do estado geral; O soro usado pode ser SABrB, SABLC ou SABCD de 4 a 8 ampolas. Grave: alterações locais intensas, hemorragia grave, hipotensão/choque, insuficiência renal; O soro usado pode ser SABrB, SABLC ou SABCD com 12 ampolas. O local da picada muitas vezes não apresenta dor ou lesão evidente, apenas uma sensação de formigamento. Pode ocorrer dificuldade de manter os olhos abertos, fácies miastênica, visão turva ou dupla, mal-estar, náuseas e cefaleia, acompanhadas por dores musculares generalizadas . O tratamento depende do quadro, sendo: Leve: alterações neuroparalíticas discretas; sem mialgia ou oligúria. O soro usado pode ser o SACrE ou SABC sendo usado 5 ampolas Moderado: alterações neuroparalíticas evidentes, mialgia e mioglobinúria discretas. O soro usado pode ser o SACrE ou SABC sendo usado 10 ampolas Grave: alterações neuroparalíticas evidentes, mialgia e mioglobinúria intensas, oligúria. O soro usado pode ser o SACrE ou SABC sendo usado 20 ampolas Quadro semelhante ao acidente por jararaca, a picada pela surucucu-pico-de-jaca pode ainda causar dor abdominal, vômitos, diarreia, bradicardia e hipotensão. O tratamento é com analgesia baseado no nível de comprometimento sendo: Moderado: quadro local presente; pode haver sangramentos, sem manifestações vagais. O soro utilizado é SABL sendo adm 10 ampolas Grave: quadro local intenso, hemorragia intensa, com manifestações vagais. O soro utilizado é SABL sendo adm 20 ampolas As manifestações são dor de intensidade variável, visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento. Em caso de Dor ou parestesia discretas, ptose palpebral, turvação visual. Considerar todos os casos como potencialmente graves devido ao risco de insuficiência respiratória. O soro usado é o SAElaF sendo adm 10 ampolas Animais peçonhentos LOXOCELES - aranha marrom - escondem-se em entulhos e ambientes com pouca iluminação e movimentação. PHONEUTRA - aranha armadeira LATRODECTUS - viúva negra ACIDENTES POR ARANHAS Também chamados de araneísmo, ocorre através da inoculação, sendo os 3 principais gêneros: A picada é quase imperceptível e o quadro clinico pode se apresentar pela forma CUTANEA (dor de pequena intensidade, palidez e equimose com aspecto de mármores, pode produzir bolhas, febre , mal estar, fraqueza, náusea e mialgia)e CUTANEA HEMOLITICA (cursa com CIVD, com injuria renal aguda por necrose tubular, leva a hemólise intravascular, anemia, ictérica e hemoglobinúria) O tratamento na lesão cutânea leve (sem alteração clinica e laboratorial) a conduta é observar e analgesia para dor; Em formas Cutâneas moderadas (lesão característica e dor em queimação) deve usar o soro SALOXA ou SAARB com 5 ampolas e analgesia; em formas cutâneas GRAVES com lesão extensa e dor em queimação deve usar o soro SALOXA ou SAARB com 10 ampolas e analgesia. Ademais na forma cutânea hemolítica na presença de hemólise deve usar o soro SALOXA ou SAARB com 10 ampolas e analgesia. A dor é imediata, de intensidade variável, podendo se irradiar até a raiz do membro acometido, cursa com edema, eritema, parestesia e sudorese no local da picada. Também divididos em quadros leves, moderados e grave. onde o leve cursa com dor, edema, eritema, irradiação e agitação secundaria a dor onde o TTO é expectante e analgesia; Nos moderados com manifestações locais com sudorese, taquicardia, vômitos, agitação e alteração da PA se usa o soro SAAR de 2 a 4 ampolas junto com sintomáticos. Por fim em formas GRAVES em casos de prostração, sudorese difusa, hipotensão, arritmias, cianose e choque se usa o soro SAAR de 5 a 10 ampolas junto com A dor acomete a região da picada, suor generalizado, alteração de PA e FC, tremores, excitabilidade, cefaleia, prurido e contratura muscular. O tratamento geral envolve a administração de medicações conforme os sintomas apresentados, analgésicos, relaxantes musculares, sedativos e ansiolíticos podem ser necessários CRISE CONVULSIVA FEBRIL: CRISE EPLÉPTICA - duas convulsões não provocadas com intervalo de 24 horas. ESTADO EPLÉPTICO FEBRIL : CRISE EPILEPTICA PÓS TCE - solicitar imagem e descartar lesões neurológicas. ESTADO DE MAL EPILÉTICO crises febris / infecção do SNC / asfixia perinatal / hipoglicemia e distúrbios de eletrólitos /erros inatos do metabolismo TCE / HEMORRAGIAS INTRACRANIANA / INTOXICAÇÃO EXOGENA / TUMORES SNC Crise convulsiva é frequente na emergência na pediatria. Dentre elas, as que irão necessitar de intervenção imediata e investigação são as crises recorrentes ou as prolongadas (com duração maior que 5 minutos). O fenômeno epiléptico ocorre por uma alteração funcional cerebral, caracterizada por uma descarga excessiva e síncrona de um agrupamento neuronal. Nos primeiros 20 a 30 min os mecanismos compensatórios se desenvolvem causando aumento da PA sistêmica e pulmonar que leva a um aumento do fluxo sanguíneo cerebral - consome mais. As complicações são taquicardia, hipotensão e hiperglicemia; já em caráter prolongado podemos ter acidose lática, hipoxemia, hiperpotassemia, hipertermia, hipoglicemia e IRA. É definida como uma crise associada com o aumento súbito da temperatura, que acomete crianças entre 6 meses e 5 anos, sendo classificada em simples (generalizada, menos de 15 minutos, sem recorrência em 24 horas) ou complexa (focal com duração de pelo menos 15 min e ou recorrência em 24 horas somado ao déficit neurológico focal). CONVULSÃO FEBRIL SIMPLES - duram menos que 15 min, sem recorrências, pós ictal breve e sem déficit focal, sendo um baixo risco para epilepsia. CONVULSÃO FEBRIL COMPLEXA - é do tipo focal, com pelo menos 15 min e ou recorrência, pós ictal com sonolência persistente e ou déficit neurológico, sendo uma maior chance para epilepsia. Apresenta-se como crise febril que evolui para generalizada por mais de 30 min, tem se relacionado a histórico familiar de epilepsia e alterações neurológicas. É o quadro convulsivo que se caracteriza por crises convulsivas continuas por mais de 30 min, duas ou mais convulsões de curta duração sem a recuperação da consciência entre elas por mais de 30 min. ETIOLOGIA - MANEJO 1° passo é ofertar oxigênio terapia, avaliar a permeabilidade das vias aéreas, controlar os sinais vitais, acesso periférico e solicitar glicemia capilar. - avaliar se a crise persiste após 5 min 2° passo é uso de benzodiazepínicos sendo a 1° escolha o diazepam 0,5mg/kg ev lento ou midazolan 0,2mg/kg/ev(estar intubado por rebaixamento) OBS: pode ser repetido até vezes a cada 5 minutos - avaliar se crise refrataria a benzodiazepínicos (10min) 3° passo é uso de sedativos como fenotoina - avaliar se persiste após 10 min 4° passo é usar valproato de sódio 40mg/kg - n usar em dc metabólica e trombocitopenia - avaliar se passa de 60 min 5° passo se persistir usar fenobarbital ou propofol ou lidocaína - se status de epiletico refratarui sem causa aparente, sendo afastado infecçoes iniciar o uso de imunomoduladores 1° - metilpredinisolona/imunoglobulina humana - 2° refuximab Animais peçonhentos Crise convulsiva infantil