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Antonio_Raposo_Antunes_Pires

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António Raposo Antunes Pires
contacto - arapires13@gmail.com
Trabalho Realizado no âmbito Micromódulo - Representações da Alimentação e Gastronomia 
Portuguesas: Imagética, História, Cultura literária, Religiosidade da Pós-Graduação - Património 
Alimentar e Desenvolvimento do Território Edição 2022 – 2023, com a coordenação da Professora 
Doutora Paula Dias.
Enquadramento:
Neste trabalho procuro sistematizar, do ponto vista de vista cronológico, um conjunto de notas 
sobre como o pão é utilizado no contexto da comunicação política, ou seja, na expressão de ideias e 
noções associadas a movimentos políticos.
Na apresentação dos episódios históricos representativos da utilização do pão associado ao contexto 
das ideias políticas utilizei biografia e fontes acessíveis na Internet, procurando dar um 
enquadramento do contexto de acordo com a fonte citada e em alguns casos consulteis fontes mais 
específicas sobre o facto concreto.
Reconheço que seria necessário mais esforço e a consulta de mais fontes, que permitissem maior 
confrontação de análises de forma a dar um enquadramento mais atualizado com o estado da arte 
das ciências históricas.
A utilização do Pão no contexto da comunicação / luta política
A alimentação é essencial à vida e satisfazer essa necessidade uma preocupação constante, sendo 
por isso natural que os alimentos estejam presentes em muitas manifestações religiosas, culturais e 
sociais.
A constituição das primeiras sociedades está intrinsecamente ligada à agricultura e a domesticação 
dos animais, sendo patente nas primeiras regras de organização sociais conhecidas, a preocupação 
com a organização do território e da força de trabalho para garantir a alimentação.
É, pois, natural que desde as sociedades primitivas, onde se começaram a definir os modelos iniciais 
de organização social, as questões relacionadas com a alimentação fosse um assunto de extrema 
relevância.
O surgimento da agricultura está intrinsecamente ligada ao cultivo dos cereais em zonas de fácil 
cultivo como as zonas de aluvião dos rios (onde não era exigido trabalho complexo de tratamento 
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das terras, e estas já eram naturalmente fertilizadas), sendo por isso que as primeiras civilizações 
conhecidas surgiram nas margens de grandes rios, como é o caso da Mesopotâmia e do Egito.
Para a civilização do antigo Egito o cereal foi uma peça central do seu desenvolvimento, visto 
tratar-se do alimento mais eficiente (tendo em conta as opções disponíveis e o tipo de ambiente 
natural).
Estimativas sobre a produção de cereais neste período histórico apresentam uma referência para a 
produção anual de 600 Kg por hectare (Ha), o que considerando um consumo médio de 200 Kg por 
ano por pessoa, consegue-se alimentar 3 pessoas por Ha durante 1 ano.
Considerando a produção animal, o que já era prática no Egito antigo, era necessário cerca de 2 Ha 
para alimentar um bovino durante 1 ano. (História das agriculturas no mundo, Marcel Mazoyer & 
Laurence Roudart, Editora UNESP 2008)
Face a esta diferença substancial na eficiência de produção é natural que os alimentos produzidos 
do cereal, designadamente o pão, assumam uma centralidade na alimentação.
Estas diferenças na dificuldade e exigências de produção de um tipo de alimentos relativamente a 
outros, também ajudam a explicar as diferentes dietas alimentares associadas às classes sociais. O 
cereal, sendo o mais barato de produzir era a base da alimentação para as classes mais pobres, sendo 
a carne, mais cara de produzir, reservado para as classes dominantes (autoridades religiosas ou 
civis)
Os estudos arqueológicos e de interpretação das escritas da civilização egípcia permitiram 
compreender melhor a importância do pão (todas as fases do processo produtivo, armazenamento e 
distribuição) eram controladas pela máquina administrativa (faraó e hierarquia religiosa), 
encontrando-se igualmente referências a problemas sociais causados por escassez de pão.
Heinrich Eduard Jacob no seu livro "Seis Mil Anos de Pão" apresenta o que poderá ser considerada 
umas das primeiras greves da história, ocorrida há 3000 anos perto de Tebas, onde os operários se 
recusaram trabalhar devido à falha no fornecimento da ração de pão habitual.
A preponderância do pão na alimentação, continuou nas civilizações grega e romana, e sendo 
associado o surgimento do conceito de política à Grécia antiga, podemos afirmar que a associação 
do pão a política existe desde o surgimento da política.
Existem inúmeras referências às questões políticas (gestão da polis) relacionadas com o pão, quer 
seja com guerras de controlo de áreas agrícolas, quer com os problemas sociais na distribuição das 
terras necessárias à produção, surgindo igualmente reflexões sobre as desigualdades sociais, como 
por exemplo no poema de Hesíodo “Os Trabalhos e os Dias”.
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A Grécia antiga era deficitária na produção de cereais, sendo necessário colmatar a escassez através 
da importação, tendo importado o trigo do Egito, levando igualmente a um movimento de 
colonização com o objetivo de procurar terras férteis para a produção de cereais.
É bem conhecida a frase “pão e circo”, associada ao império romano, sendo que neste contexto o 
pão assume claramente uma representação política e social, pois a frase resume todo um programa 
político de dominação e manutenção do poder imperial e das classes dominantes.
Este “programa” político surgiu num contexto onde Roma era a potência imperial, que se estendia a 
grande parte da Europa, à bacia do Mediterrâneo e ao médio oriente, existindo um poder imperial 
em que a sua principal preocupação era a manutenção e expansão do poder, sendo por isso natural 
que fosse dada grande importância à eliminação de focos de descontentamento social que 
colocassem em causa a ordem estabelecida.
De forma muito simplista, podemos caracterizar este programa político como tendo o objetivo de 
manter o povo que sustenta o poder, tranquilo e dominado, criando uma oferta acessível de 
alimentação suficiente (o pão) e de entretenimento também barato e embrutecedor (o circo).
A importância do pão e a sua ligação à comunicação política continuou durante todos os períodos 
históricos até aos dias de hoje, havendo episódios bastante representativos.
O milagre das rosas atribuída à rainha Isabel, esposa de D. Dinis pode ser considerado um exemplo, 
onde o pão tem uma representação religiosa, mas também política, pois todo o episódio está 
relacionado com os problemas económicos e sociais relacionados com a escassez de pão e a 
pobreza que assolava Portugal, e a santidade da rainha na imaginação popular está associada à 
distribuição do pão.
É de realçar que os problemas relacionados com a dificuldade de produção de cereais são constantes 
em Portugal desde a Idade Média até a atualidade, pois as condições em termos de terreno e clima 
não são as mais adequadas, sendo os modelos de desenvolvimento para o país preconizados pelos 
intervenientes políticos em muitos acontecimentos históricos, muito focados na necessidade de 
garantir o pão a preços acessíveis quer produzindo internamente quer importando.
É reconhecido que a fome é o principal instigador das revoluções na história da humanidade. Neste 
contexto é importante referir a representatividade (e utilização) do pão no evento charneira que 
geralmente é considerado como o que marca o inicio da idade contemporânea.
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Os problemas de alimentação na Europa durante a época moderna eram cíclicos, por vezes causados 
por doenças e pragas que afetavam a produção, tendo-se agravado pela forma de organização 
política e social que caracteriza este período histórico.
A generalidade dos regimes Europeus era absolutista, caracterizando-se por uma grande ostentação 
social que obrigava os Reis e as classes dirigentes asobrecarregar a generalidade da população com 
impostos para financiar a ostentação e as guerras.
A revolta das colónias inglesas da América do Norte teve como origem mais imediata o problema 
dos impostos, dando origem à celebre frase "No taxation without representation".
Em França é celebre a ostentação dos Reis que antecederam a Revolução de 1789, suportada numa 
sobrecarga de impostos sobre as classes populares (pequenos proprietários, artesãos, comerciantes) 
levando grande parte da população a viver na miséria e na fome.
Heinrich Eduard Jacob no seu livro "Seis Mil Anos de Pão" refere que a situação de fome causada 
por este modelo económico era tão grave que se estima em Franca que “por volta de 1715 tinha 
desaparecido um terço da população, seis milhões de pessoas.”
A utilização do pão como elemento de comunicação a nível político verifica-se em vários momentos 
no contexto da revolução Francesa.
A frase “Qu'ils mangent de la brioche”, provavelmente nunca foi dita pela rainha Maria Antonieta, 
mas adquiriu um grande valor simbólico durante a revolução Francesa.
Já no período anterior à revolução Francesa, mas ganhando importância especial durante a 
revolução, a imprensa da época e os panfletos políticos, apresentavam a ostentação da família real 
como a causa da miséria do povo, sendo de uma utilidade evidente nesse contexto a ligação entre a 
escassez do alimento principal (o pão) para o sustento dos mais humildes em contraste com o luxo e 
a opulência dos jantares da corte.
Logo a seguir a tomada da bastilha (14 de julho de 1789), o acontecimento que dita na prática o fim 
do poder do Rei e a ascensão do terceiro estado é a Marcha das Mulheres sobre Versailles (5 de 
outubro de 1789).
Segundo as fontes da época este evento teve inicio na agitação de grupos de mulheres nos mercados 
de Paris que protestavam contra a escassez e o alto preço de pão.
Pode dizer-se que a entrada do terceiro estado na arena política, enquanto ator direto que altera as 
relações de poder, fica associada, não a um ideal de liberdade, igualdade e fraternidade, mas de 
forma mais direta à preocupação em garantir o pão.
Durante a Revolução Francesa as questões ligadas à organização económica e social com impacto 
na alimentação (propriedade da terra, organização do trabalho, etc) foram alvo de propostas 
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políticas onde a alimentação era utilizada de forma explicita na comunicação, como é o caso do 
Manifesto do Iguais de Gracchus Babeuf que em 1796 escreve o seguinte:
“Que entre os homens não exista mais nenhuma diferença do que aquela que lhes é dada pela idade 
e pelo sexo. E, porque todos temos as mesmas necessidades e as mesmas faculdades, que exista, 
portanto, uma única educação para todos e um idêntico regime de alimentação. Toda a gente se 
sente satisfeita por dispor do sol e do mesmo ar que respira. Porque não há de acontecer o mesmo 
com a quantidade e a qualidade dos alimentos?”
Uma das questões políticas que marcaram o modelo de desenvolvimento Português seguido desde 
final do século XIX, prolongando-se por grande parte do século XX está relacionada com a 
produção de cereais.
Na Europa nos finais do século XIX, com o surgimento de produtores de trigo nas colónias e nos 
Estados Unidos, deu-se uma revolução em termos do abastecimento de cereais.
Por exemplo na Grã-Bretanha a área de cultivo de trigo diminui 49% e em França 6%.
Isso trouxe grandes protestos de proprietários de terras e agricultores, pois com as condições 
existentes em Portugal (terreno de cultivo, clima) não conseguiam competir com os novos 
produtores que chegavam ao mercado.
As correntes políticas da época em Portugal dividiam-se entre os defensores de um regime 
protecionista, que impedisse a entrada de trigo mais barato do exterior e os defensores de um 
regime mais liberal que defendiam o contrário.
Em termos sociais os defensores da linha protecionista eram representados pelos proprietários 
rurais, com grande influência política na maioria do território, que dominavam uma organização 
social, onde os trabalhadores rurais ainda mantinham uma dependência quase feudal.
Os defensores da linha mais liberal estavam representados pela burguesia das cidades (Lisboa e 
Porto) onde começava a aparecer alguma industria, e o seu interesse mais básico era o de manter o 
preço do alimento básico o mais baixo possível de forma a que os salários permanecessem baixos.
O poder dos grandes proprietários rurais venceu e institui-se um regime profundamente 
protecionista que se manteve com a transição para a República e depois com o Estado Novo.
O regime dos cereais, iniciado em 1889, focava-se no trigo, e consistia em impedir a importação, 
enquanto o trigo produzido internamente não fosse todo vendido a um preço fixado 
administrativamente. Este preço protegia os proprietários das terras, mesmo sendo ineficientes, 
dando origem ao que passou a ser designado pelo pão político, e em momentos de agitação social 
também pelas leis da fome.
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Esta medida de política económica, no contexto social em que foi tomada e a forma como foi 
implementada, mais do que proteger a produção nacional, tinha um pendor profundamente 
ideológico de proteção de um modelo social, que valorizava a propriedade da terra em detrimento 
da valorização do trabalho.
As medidas políticas tomadas ainda no período da Monarquia, continuadas no período da primeira 
república (que do ponto de vista da propriedade das terras não alterou nada), e seguindo-se o estado 
novo com as medidas de repressão política, estiveram sempre presentes nos conflitos sociais mais 
intensos nos tempos de carência com foi o período das duas guerras mundiais do século XX.
A primeira guerra mundial é um momento incontornável na história mundial, tendo levado a 
mudanças políticas, económicas e sociais sem precedentes, sobretudo no hemisfério norte.
A divisão do mundo em blocos, quando muitos países começavam a criar dependências do mercado 
internacional surgido no século XIX, bem como a situação de guerra nos países Europeus, teve 
profundos impactos no abastecimento de bens alimentares à população.
Em consequência disso, e após uma entrada do povo (o terceiro estado da revolução francesa) 
enquanto ator político, que continuou com força crescente durante o século XIX em toda a Europa e 
nos estados unidos, dá-se a revolução Russa em 1917.
No contexto deste trabalho é importante referir que a primeira fase da revolução Russa iniciou-se 
em Petrogrado (São Petersburgo) em 8 de março (23 de fevereiro) de 1917, com uma manifestação 
de operárias têxteis que reivindicavam Paz e Pão (“Pão para nossos filhos” e “Retorno de nossos 
maridos das trincheiras” – relato de Alexandra Kollonta).
A ONU em 1975 e a Unesco, em 1977; passaram a assinalar o dia 8 de março como Dia 
Internacional da Mulher.
É de realçar que as duas revoluções mais marcantes da história contemporânea (A revolução 
Francesa e a revolução Russa) tiveram como momentos marcantes manifestações de mulheres a 
exigir Pão.
Em Portugal a utilização do pão na comunicação política continuou durante todo o século XX, 
continuando na atualidade, apresentando-se de seguida alguns exemplos em vários contextos 
políticos mesmo antagónicos, existindo igualmente exemplos a nível Europeu.
Durante o estado novo, a propaganda do regime utilizou o pão na sua comunicação política de 
várias formas, apresentando o ditador Salazar como o garante do Pão (Figura 1).
Foi também utilizado noutras formas de comunicação, como o exemplo do poema da canção 
celebrizada por Amália Rodrigues “Numa casa portuguesa fica bem pão e vinho sobre a mesa”.
Pode analisar-se esta letra, do ponto de vista da comunicação política, considerando que resume de 
forma simplista oideário político do Salazarismo, realçando o pão e o vinho como representante da 
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alimentação mais comum em Portugal e a “alegria da pobreza”, uma evolução relativamente ao 
“pão e circo Romanos”, pois para um pobre alegre nem circo é necessário.
Figura 1 – Cartaz Utilizado pelo Regime Nas Eleições Presidenciais de 1949 
(ephemerajpp.wordpress.com)
Nas manifestações de oposição ao regime, durante a ditadura, o único partido organizado na 
clandestinidade (PCP) utilizava igualmente o Pão como um elemento central de reivindicação e luta 
na sua comunicação política, como é exemplo a Figura 2.
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Figura 2 – Panfleto do Partido Comunista Português utilizado nas greves de 8 e 9 de Maio de 1944 
– Edições Avante
Neste contexto é de realçar a ligação da luta das mulheres pelo Pão. Na oposição ao estado novo, o 
assassinato executado por um tenente da GNR, de uma camponesa Alentejana, chamada Catarina 
Eufémia, em 19 de Maio de 1954, numa localidade perto de Beja (Baleizão) assume uma grande 
relevância.
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Numa ditadura, onde o abuso de poder pelas forças repressivas aliadas ao poder dos proprietários, 
eram normais, o assassinato desta mulher, jovem e mãe de três filhos, numa manifestação por 
melhores condições de vida, é naturalmente um acontecimento marcante e que se transformou numa 
imagem politicamente forte para representar a luta entre o poder da propriedade versus o poder do 
trabalho na conceção de modelos de desenvolvimento económicos e sociais.
É significativo, que segundo o relato oral de uma jovem camponesa, Antónia da Graça Leandro, que 
acompanhava Catarina Eufémia no momento em que foi assassinada, afirme que as última palavras 
que proferiu para o assassino foram “Queremos pão e trabalho para os nossos filhos” – Entrevista 
Antónia da Graça Leandro, por Miguel Patrício, Diário do Alentej, de 26.05.2000.
Este acontecimento, juntamente com a frase “queremos pão…” foi utilizada de forma sistemática, 
na comunicação política de várias correntes da oposição ao Salazarismo, existindo poemas e 
canções sobre este acontecimento.
Lançado no ano da Revolução do 25 de Abril de 1974, o álbum do cantor Sérgio Godinho “À 
Queima Roupa”, é considerado o álbum mais político do cantor, e celebrizou uma canção muito 
utilizada na comunicação política que ainda continua a ser utilizada nos nossos dias. Num dos temas 
desse álbum, Liberdade, aparece de forma direta o Pão associado à existência de liberdade:
“Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação”
Apesar dos principais objetivos enunciados pelos militares que fizeram o golpe de estado no dia 25 
de Abril de 1974 serem “Descolonizar, Democratizar e Desenvolver” pode afirmar-se com alguma 
certeza que o que caracterizou as fases revolucionárias seguintes foram a luta política com o 
objetivo de assegurar a Paz, o Pão, a Habitação, a Saúde e a Educação, continuando nos dias de 
hoje.
Na Figua 3 é apresentado um exemplo de um comunicado político do PCP em 1977, onde o 
aumento do Pão é utilizado no contexto da luta ideológica contra a política de austeridade resultante 
da intervenção do FMI em Portugal.
Neste contexto é também importante realçar que o Jornal da Juventude do Bloco de Esquerda é o 
“Pão e Abril”.
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Figura 3 – Folheto de propaganda política do PCP de 3-02-1977 – Arquivo Digital da Câmara 
Municipal de Gaia.
Sem querer sugerir que a história se repete, é, no entanto, curioso, que nos finais do século XX, 
quando nas escolas ultra liberais de Chicago se começou a fazer previsões da evolução económica e 
social do capitalismo, concluindo que num futuro próximo a evolução “natural” da economia 
capitalista levaria a que só seria necessário 1/5 da população mundial para manter a máquina 
económica a funcionar, sendo necessário criar uma “alternativa barata” para os restantes 4/5 “não 
necessários”.
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Surgiu então o termo “tittytainment”, termo atribuído a Zbigniew Brzezinski, membro da 
administração Norte Americana no mandato do antigo Presidente Jimmy Carter, que encerra um 
programa político baseado na mesma abordagem da Roma imperial. O termo resulta da combinação 
de duas palavras (tits – tetas) e (entertaiment – entretenimento), sendo que o pão é substituído pela 
referência ao peito da mãe que alimenta.
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