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Detrito Espacial 
 
O detrito espacial refere-se a objetos artificiais que orbitam a Terra, mas não têm mais uso. Isso 
pode incluir satélites antigos, estágios de foguetes abandonados, fragmentos de satélites 
destruídos em colisões ou explosões, entre outros. O detrito espacial pode variar em tamanho, 
desde pequenas partículas até grandes pedaços de equipamentos. 
 
Quanto maior a altitude em que um objeto está em órbita ao redor da Terra, mais tempo ele 
levará para completar uma órbita completa e, consequentemente, mais tempo ele permanecerá 
em órbita antes de reentrar na atmosfera terrestre. Isso ocorre porque a velocidade orbital 
diminui à medida que a altitude orbital aumenta. 
 
Na baixa órbita terrestre, onde muitos satélites e detritos espaciais estão localizados, a 
velocidade orbital é relativamente alta, o que significa que os objetos em órbita completam uma 
volta em torno da Terra em um curto período de tempo. Por outro lado, em altitudes mais 
elevadas, a velocidade orbital é menor e, portanto, os objetos levam mais tempo para completar 
uma órbita. 
 
Isso tem implicações importantes para a gestão do lixo espacial, pois objetos em órbitas mais 
altas podem permanecer em órbita por décadas ou até séculos antes de reentrarem na 
atmosfera, representando potenciais riscos de colisão com satélites ativos e outras 
espaçonaves. 
 
Desenvolvimento ao longo dos anos do problema do detrito espacial: 
 
1957: O lançamento do Sputnik 1 marca o início da era espacial e a geração do primeiro detrito 
espacial humano. 
 
1961: O lançamento do satélite russo Cosmos 47 marca o primeiro exemplo conhecido de uma 
colisão de detritos espaciais. 
 
1978: O cientista Donald J. Kessler publica um artigo descrevendo um cenário teórico no qual a 
densidade de detritos espaciais em órbita terrestre baixa aumentaria a ponto de provocar 
colisões em cascata, conhecido como "síndrome de Kessler". 
 
1984: O ônibus espacial Challenger, STS-41-G, realiza a primeira missão dedicada ao lançamento 
e recuperação de um satélite, que visa testar técnicas de remoção de detritos espaciais. 
 
1991: O primeiro satélite projetado especificamente para desorbitar no final de sua vida útil é 
lançado, marcando o início dos esforços ativos para mitigar o problema do detrito espacial. 
 
2007: A China conduz um teste de destruição de um satélite meteorológico desativado usando 
um míssil, gerando uma grande quantidade de detritos espaciais e provocando preocupações 
internacionais sobre a segurança do espaço. 
 
2019: A missão RemoveDEBRIS da Agência Espacial Europeia (ESA) demonstra com sucesso a 
captura e remoção de detritos espaciais usando um sistema de rede e um harpão. 
 
2021: A SpaceX lança o Transporter-2, uma missão que carrega uma variedade de satélites e 
carga útil, incluindo várias missões dedicadas ao estudo e mitigação do detrito espacial. 
 
Em janeiro de 2021, a Estação Espacial Internacional (ISS) teve que manobrar para evitar uma 
possível colisão com detritos espaciais. Esse incidente destacou os desafios enfrentados pelas 
agências espaciais na monitorização e mitigação do lixo espacial. 
 
Em resposta a esses desafios, várias agências espaciais e empresas privadas estão investindo em 
tecnologias para monitorar e remover detritos espaciais. Por exemplo, a Agência Espacial 
Europeia (ESA) lançou a missão ClearSpace-1, que visa demonstrar a remoção ativa de detritos 
espaciais. 
 
A remoção de lixo espacial, ou debris espacial, é um desafio complexo que envolve várias 
abordagens e tecnologias propostas para lidar com esse problema em constante crescimento: 
 
Captura Ativa: Esta abordagem envolve o envio de missões espaciais dedicadas para capturar 
detritos espaciais usando braços robóticos, braços de captura ou redes. Esses sistemas podem 
ser implantados para agarrar ou empurrar detritos para fora de órbita. 
 
Harpoons e Redes: Algumas propostas envolvem o uso de harpoons ou redes para capturar 
detritos espaciais. Esses sistemas seriam disparados em direção ao detrito, permitindo que ele 
seja arrastado para uma órbita mais baixa, onde acabaria queimando na atmosfera terrestre. 
 
Velas Solares: As velas solares são uma tecnologia emergente que utiliza a pressão da luz solar 
para fornecer propulsão a objetos no espaço. Essas velas poderiam ser usadas para empurrar 
detritos espaciais para órbitas mais baixas, onde seriam desorbitados naturalmente. 
 
Foguetes de Coleta de Lixo: Propostas envolvem o envio de foguetes equipados com braços 
robóticos ou sistemas de captura para coletar detritos espaciais e depois levá-los para órbitas 
mais baixas ou para reentrar na atmosfera e queimar. 
 
Laseres: Alguns pesquisadores propuseram o uso de lasers de alta potência para vaporizar ou 
empurrar detritos espaciais para fora de órbita. 
 
Reentrada Controlada: Outra abordagem é equipar satélites desativados com sistemas que lhes 
permitam reentrar na atmosfera de forma controlada, onde queimarão e se desintegrarão 
durante a reentrada. 
 
Até o momento, não existe uma tecnologia amplamente disponível e comprovadamente eficaz 
para recolher ativamente todo o lixo espacial em órbita ao redor da Terra. Portanto, uma das 
principais estratégias para lidar com o lixo espacial é direcionar os satélites para órbitas de 
descarte, também conhecidas como órbitas-cemitério, após o fim de suas vidas operacionais. 
 
Essas órbitas de descarte são geralmente órbitas altas ou inclinações específicas que são menos 
propensas a interferir com as operações espaciais ativas e, com o tempo, levam os satélites a 
reentrarem na atmosfera da Terra, onde queimam e se desintegram. 
 
Existem várias características importantes das órbitas-cemitério: 
 
Altitude Elevada: As órbitas-cemitério geralmente estão localizadas em altitudes mais elevadas, 
acima da maioria dos satélites em órbita terrestre baixa (LEO), onde há menos tráfego espacial 
ativo. 
 
Inclinação Específica: Essas órbitas podem ter inclinações específicas que as tornam menos 
propensas a cruzar as trajetórias de outros satélites operacionais ou áreas de alta densidade de 
detritos espaciais. 
 
Desaceleração Controlada: Os satélites direcionados para órbitas-cemitério podem usar 
propulsores a bordo ou outros sistemas de controle para desacelerar gradualmente sua 
velocidade orbital, fazendo com que suas órbitas decaiam naturalmente ao longo do tempo. 
 
Reentrada Segura: Eventualmente, os satélites em órbitas-cemitério reentrarão na atmosfera 
da Terra, onde queimarão e se desintegrarão durante a reentrada, minimizando os riscos de 
detritos espaciais não controlados. 
 
Embora o direcionamento de satélites para órbitas de descarte seja uma prática comum e 
importante para evitar a acumulação de lixo espacial em órbitas úteis, ela não resolve o 
problema do lixo espacial existente. Além disso, ainda é necessário desenvolver tecnologias 
eficazes para a remoção ativa de detritos espaciais, especialmente em órbitas críticas e 
densamente povoadas. 
 
Fontes: 
 
https://olhardigital.com.br/2023/10/06/ciencia-e-espaco/cientistas-criam-sistema-a-laser-
para-combater-o-lixo-espacial/ 
 
http://www.inpe.br/faq/index.php?pai=4 
 
https://biblioteca.ufabc.edu.br/mobile/download.php?idioma=ptbr&acesso=web&codigo=782
45&tipo_midia=2&iUsuario=0&obra=121603&tipo=1&downloadApp=1 
 
 
 
 
 
 
https://olhardigital.com.br/2023/10/06/ciencia-e-espaco/cientistas-criam-sistema-a-laser-para-combater-o-lixo-espacial/
https://olhardigital.com.br/2023/10/06/ciencia-e-espaco/cientistas-criam-sistema-a-laser-para-combater-o-lixo-espacial/
http://www.inpe.br/faq/index.php?pai=4
https://biblioteca.ufabc.edu.br/mobile/download.php?idioma=ptbr&acesso=web&codigo=78245&tipo_midia=2&iUsuario=0&obra=121603&tipo=1&downloadApp=1
https://biblioteca.ufabc.edu.br/mobile/download.php?idioma=ptbr&acesso=web&codigo=78245&tipo_midia=2&iUsuario=0&obra=121603&tipo=1&downloadApp=1

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