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Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 1 UNIVERSIDADE PAULISTA UNIVERSIDADEPAULISTA CURSO: ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO (MECATRÔNICA) DISCIPLINA: TEORIA DE CONTROLE PROFº: ADEMIR A. SANTOS Parte 1 Introdução aos Sistemas de Controle SÃO PAULO, 2022 Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 2 Sumário 1 – INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE CONTROLE .............................................................. 3 2 – AUTOMAÇÃO E CONTROLE ............................................................................................. 6 2.1 - CONTROLE .................................................................................................................. 6 2.2 - MALHA DE CONTROLE ............................................................................................... 7 2.3 - IMPLEMENTAÇÃO DE UMA MALHA DE CONTROLE ................................................. 8 2.4 - LÓGICA DE FUNCIONAMENTO DA MALHA ............................................................... 8 3 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONTROLE AUTOMÁTICO ................................................ 9 4 – SISTEMAS DE CONTROLE COM RETROAÇÃO X SEM RETROAÇÃO ......................... 12 5 – CLASSIFICAÇÕES DOS SISTEMAS ............................................................................... 14 6 – TIPOS DE SISTEMA ........................................................................................................ 16 7 – MODELOS MATEMÁTICOS ............................................................................................. 17 Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 3 1 – INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE CONTROLE O avanço das engenharias e das diversas áreas das ciências tem como fator preponderante a utilização cada vez maior do controle automático. O controle automático tem sido nos últimos tempos de extrema importância em sistemas de veículos espaciais, sistema de direcionamento de mísseis, sistemas robóticos, sistemas de controle de processos industriais e de produção. A seguir citaremos vários exemplos da aplicação do controle automático como: • controle numérico de máquinas ferramentas nas indústrias manufatureiras; • projetos de sistemas de piloto automático na indústria aeroespacial; • projetos de carros e caminhões na indústria automotiva; • controle de pressão, vazão, temperatura, umidade, viscosidade e outras variáveis nos processos industriais. É notório que nos últimos tempos os avanços no controle automático, tanto na teoria como na prática, vem produzindo meios para otimizar o desempenho dos sistemas dinâmicos, assim como promover melhorias na produtividade e a diminuição da intervenção do ser humano em atividades ou operações manuais repetitivas e de exposição a riscos, sem esquecer da análise custo-benefício, portanto é fundamental que engenheiros e cientistas tenham cada vez mais, bons conhecimentos nessa área. Com este propósito abordaremos diversos assuntos nesta disciplina de maneira a integrar cada vez mais o aluno de engenharia ao mundo dos sistemas de controle modernos, demonstrando as oportunidades em controlar máquinas e processos industriais em benefício da sociedade. Para iniciarmos nossos assuntos vamos definir no que consiste um sistema de controle: Sistema de controle é a interconexão de componentes formando uma configuração de um sistema que produzirá uma resposta desejada do sistema. (Richard C. Dorf) Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 4 A base para o estudo destes sistemas esta nos fundamentos da teoria de sistemas lineares, que pressupõe uma relação de causa e efeito para os componentes de um sistema. Representaremos o componente ou processo a ser controlado através de blocos, sendo a relação de entrada e de saída deste sistema a representação da relação de causa e efeito do processo, que por sua vez representa um processamento de um sinal de entrada para fornecer um sinal de saída variável, quase sempre com uma amplificação de potência. Representação genérica: Basicamente classificamos os sistemas de controle em dois tipos, são eles: Sistema de controle em malha aberta (sem retroação) => utiliza um dispositivo de atuação para controlar diretamente o processo sem usar retroação Sistema de controle em malha fechada (com retroação) => utiliza uma medida adicional da saída real para comparar com a resposta desejada, esta medida de saída é chamada retroação. Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 5 Um sistema de controle com retroação é um sistema que tende a manter uma relação preestabelecida entre uma variável de sistema e outra, comparando funções destas variáveis e usando a diferença como meio de controle. Quase sempre esta diferença entre o sinal de saída do processo e a referência de entrada é amplificada e utilizada para controlar o processo de modo que a mesma seja continuamente reduzida. O aumento da complexidade dos sistemas de controle e o interesse em obter o desempenho ótimo dos sistemas, através de técnicas de otimização, demonstram cada vez mais a importância da engenharia de controle. Também por esta complexidade, cada vez mais se faz necessário entender o inter-relacionamento das muitas variáveis controladas que devem ser consideradas na estrutura de controle. A seguir temos a representação em blocos de um sistema de controle multivariável. Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 6 2 – AUTOMAÇÃO E CONTROLE No início da industrialização a produção era composta por etapas ou estágios nos quais as pessoas desenvolviam sempre as mesmas funções. O mesmo ocorria com as máquinas, o que impedia seu uso em outras etapas da produção mesmo que tivessem características muito parecidas. Com o passar do tempo e a valorização do trabalhador, foi preciso fazer algumas alterações nas máquinas e equipamentos, de forma a resguardar a mão-de-obra de algumas funções inadequadas à estrutura física do homem. A máquina passou a fazer o trabalho mais pesado e o homem, a supervisioná-la. 2.1 - CONTROLE Controlar uma grandeza física consiste em alterar seu valor intencionalmente, de acordo com as necessidades do processo. De acordo com o método de atuação no processo, o sistema de controle classifica-se em: Controle Manual – existe um operador observando em tempo integral as variáveis envolvidas e atuando ou não no processo, de acordo com alguma regra ou norma preestabelecida. Se o operador falhar, todo o processo é comprometido. Controle Automático – a presença do operador torna-se quase dispensável. As variáveis são monitoradas e controladas por um sistema eletroeletrônico, tornando o processo mais rápido e confiável. Automatizar um sistema tornou-se muito mais viável à medida que a eletrônica avançou e passou a dispor de circuitos capazes de realizar funções lógicas e aritméticas com base nos sinais de entrada e gerar respectivos sinais de saída. Com este avanço, o controlador, os sensores e atuadores passaram a funcionar em conjunto, transformando o processo em um sistema totalmente automatizado, ondeo próprio controlador toma decisões em função da situação das variáveis de entrada. Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 7 As máquinas de tear são bons exemplos da evolução dos sistemas de controle. As primeiras máquinas de tear eram acionadas manualmente. Depois passaram a ser acionadas por comandos automáticos, entretanto, estes comandos só produziam um modelo de tecido, desenho ou estampa. Com a evolução da eletrônica, as malhas de controle das máquinas de tear tornaram possível a produção de diversos padrões de tecido em um mesmo equipamento. A última etapa desta evolução ocorreu quando toda a lógica de acionamento pode ser desenvolvida através de softwares, que determinam aos elementos da malha a sequência de acionamento a ser desenvolvida. 1ª Geração – sistemas eletromecânicos °Relés e contatores assumem as operações básicas de acionamento dos processos; 2ª Geração – sistemas eletrônicos primários ° Resistores, capacitores e transistores assumem as funções dos relés e contatores (menor espaço físico e maior durabilidade); 3ª Geração – sistemas eletrônicos combinacionais ° Implementação de álgebra booleana utilizando circuitos integrados. Menor espaço físico e maior flexibilidade na realização de tarefas. As malhas de controle assumem papel fundamental na sobrevivência das empresas; 4ª Geração – sistemas programáveis ° controladores programáveis permitem a implementação da malha de controle através de softwares dedicados. Os sistemas tornam-se extremamente flexíveis e confiáveis. Correções e novas implementações tornam-se rápidas e fáceis. 2.2 - MALHA DE CONTROLE Conjunto de elementos destinados a comandar um processo. Uma malha de controle geralmente é composta por: •Sensores; •Contatores: •Temporizadores; •Chaves fim de curso; •Botoeiras; •Sinalizadores; Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 8 Exemplo: Uma indústria de caixas metálicas deseja utilizar uma esteira automatizada para transportar seus produtos do setor de produção até o setor de expedição. O sistema deve: • Reconhecer que o produto foi colocado sobre a esteira; • Iniciar o transporte; • Verificar se a altura está dentro do especificado; • Acionar sistema de alarme em caso de produto reprovado ou enviá-lo para a expedição em caso de aprovação. 2.3 - IMPLEMENTAÇÃO DE UMA MALHA DE CONTROLE A empresa responsável pelo serviço de automação não trabalha com controladores programáveis e utilizará os seguintes elementos na malha: • Contatores; • Temporizadores; • Sinalizadores; • Motor; • Sensores ópticos; 2.4 - LÓGICA DE FUNCIONAMENTO DA MALHA a) Aguardar sinal do sensor óptico de entrada sinalizando que o produto foi posicionado sobre a esteira; b) Alimentar o motor da esteira; c) Aguardar sinal dos sensores ópticos de controle de altura; 1. Altura dentro do especificado – acender lâmpada verde; Aguardar sinal do sensor óptico de final de linha; Interromper alimentação do motor; Aguardar retirada da caixa; Retornar a rotina de inicialização; Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 9 2. Altura fora do especificado – acender lâmpada vermelha; Interromper alimentação do motor; Aguardar retirada da caixa da área de teste; Retornar a rotina de inicialização; Fig 1 – Esquema elétrico da malha de controle 3 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONTROLE AUTOMÁTICO A seguir será apresentado alguns marcos históricos na evolução dos sistemas de controle. Muito destes desenvolvimentos e avanços são verificados em aplicações ainda em nosso cotidiano. 1769 – Desenvolvimento da máquina a vapor e do regulador de esferas de James Watt. A máquina a vapor de Watt é usada frequentemente para assinalar o início da Revolução Industrial na Grã-Bretanha. Durante a Revolução Industrial foram realizados grandes esforços no desenvolvimento da mecanização, uma tecnologia precedente da automação. 1800 – O conceito de intercambiabilidade de partes manufaturadas de Eli Whiney foi demonstrado na fabricação de mosquetões. O desenvolvimento de Whiney é muitas vezes considerado o início da produção em massa. 1868 – J.C.Maxwell formula um modelo matemático para o controle regulador de uma máquina a vapor. Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 10 1913 – Introdução da máquina de montagem mecanizada de Henry Ford para produção automobilística. 1927 – H. W. Bode analisa amplificadores com retroação. 1932 – H. Nyquist desenvolve um método para analisar a estabilidade de sistemas. 1952 – Desenvolvido o comando numérico (CN) no Instituto de Tecnologia de Massachusetts para o controle dos eixos das máquinas ferramentas. 1954 – George Devol desenvolve a ”transferência programada de itens” considerado o primeiro projeto de robô industrial. 1960 – Introduzido o primeiro robô Unimate, baseado nos projetos de Devol. O Unimate foi instalado em 1961 para alimentar máquinas de embutimento. 1970 – Desenvolvidos modelos em variáveis de estado e o controle ótimo. 1980 – Estudado amplamente o projeto de sistemas de controle robusto. 1990 – As empresas orientadas para a exportação de produtos manufaturados enfatizam a automação. 1994 – O controle com retroação é usado amplamente em automóveis. Demanda da manufatura por sistemas robustos confiáveis. Cabe ressaltar que o uso da retroação sem dúvida tornou-se um marco divisor de águas no que tange a aplicação de controles automáticos. As figuras abaixo demonstram algumas aplicações de sistemas de controle automáticos. Regulador de esferas de James Watt (James Watt 1769) (Fig retirada do livro Sistemas de Controle Modernos / Richard C. Dorf / Rober H. Bishop -RJ, 2001, pág 3). Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 11 Regulador de bóia de nível de água (Polzunov 1765) (Fig retirada do livro Sistemas de Controle Modernos / Richard C. Dorf / Rober H. Bishop -RJ, 2001, pág 4). Dentre os momentos da história da evolução dos sistemas de controle, o período (1940) que contempla a 2ª guerra mundial merece um destaque. A necessidade de projetar e construir pilotos automáticos para aviões, sistemas de posicionamento de canhões, sistemas de posicionamento de radares e outros sistemas militares baseados na abordagem do controle com retroação, fizeram com que a teoria e a prática do controle automático recebessem um grande estímulo. Antes deste período na maioria das vezes os projetos de sistemas de controle eram uma arte que envolvia a abordagem do controle através ensaios que compreendiam tentativas e erros. Durante a década de 40, métodos matemáticos e analíticos aumentaram em número e utilidade, e a engenharia de controle se constitui por si só uma área específica da engenharia. As técnicas de domínio de frequência continuaram a dominar o campo de controle logo após a 2ª guerra mundial com o aumento do uso da Transformada de Laplace e do plano da frequência complexa. Atualmente existem milhares de computadores que permitem medir e controlar variáveis, o que chamamos de controle digital de processos; estes dispositivos permitem executar cálculos rápidos e precisos anteriormente indisponíveis para engenheiros de controle.Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 12 4 – SISTEMAS DE CONTROLE COM RETROAÇÃO X SEM RETROAÇÃO Uma vantagem do sistema de controle de malha fechada (com retroação), e um sistema de controle em malha aberta (sem retroação), é o fato de que o uso da realimentação faz com que a resposta do sistema seja relativamente insensível a distúrbios e variações internas nos parâmetros do sistema. Dessa maneira, é possível a utilização de componentes relativamente imprecisos e baratos para obter o controle preciso de determinado sistema, ao passo que isso não é possível nos sistemas em malha aberta. Do ponto de vista da estabilidade, o sistema de controle em malha aberta é mais fácil de ser construído, devido ao fato de a estabilidade ser um problema menos significativo. Por outro lado, a estabilidade constitui um problema importante nos sistemas de controle em malha fechada, que podem apresentar uma tendência de correção de erros além do necessário, causando oscilações de amplitude constante ou variável. Deve ser enfatizado que, para sistemas em que as entradas são conhecidas com antecipação e que são isentos de distúrbios, é conveniente o uso do controle de malha aberta. Sistemas de controle de malha fechada são mais vantajosos somente nos casos em que houver distúrbios e/ou oscilações não previsíveis nos componentes do sistema. Note que a potência de saída determina parcialmente o custo, o peso e as dimensões de um sistema de controle. O número de componentes utilizados em um sistema de controle de malha fechada, é maior do que em um sistema correspondente em malha aberta. Assim no sistema de controle de malha fechada, o custo e a potência são geralmente maiores. Visando a diminuição da potência necessária à operação do sistema, deve-se optar pelo controle em malha aberta, sempre que possível. Uma combinação apropriada do controle de malha aberta e de malha fechada é normalmente mais econômica e vai apresentar um desempenho satisfatório do sistema como um todo, (Ogata, 2005, pág 6). Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 13 Em síntese temos: • Malha Aberta - executa a ação independentemente da saída. – Semáforo temporizado; – Máquina de lavar roupas; – Menor custo; – Maior facilidade de execução; – Menor precisão. • Malha Fechada - observa a saída do sistema retroagindo uma amostra do sinal (realimenta o sinal) para a entrada que modifica a saída final. – Controle de posição; – Controle de velocidade; – Maior custo – Ótima precisão – Permite modificar o sinal de saída Termos associados as malhas de controle: • Variável Controlada - grandeza ou variável a ser medida e controlada no processo • Variável Manipulada – é a grandeza ou variável que será manipulada pelo controlador, que afeta a o valor da variável controlada. • Planta ou sistema a controlar - parte de um equipamento, conjunto de componentes ou toda a planta que realiza a função a ser controlada. (forno, reator nuclear, antena, espaçonave, etc.). • Processo - operação a ser controlada, como processo químico, econômico, mecânico. • Sistema - conjunto de componentes que constituem a planta estudada. Não se constitui apenas a algo físico pode ser algo abstrato, como no caso do estudo de um sistema econômico, onde a dinâmica de mercado pode alterar a saída de nosso sistema. Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 14 5 – CLASSIFICAÇÕES DOS SISTEMAS Para classificarmos os sistemas devemos utilizar alguns critérios dentre os quais um dos mais importantes esta na observação dos seus sinais de entrada e/ou saída. Um sinal x(t) pode ser de: -amplitude contínua (X L R) que significa, X percorre os números reais; -amplitude discreta (X L E) que significa, X percorre um subconjunto enumerável de R, por exemplo, o conjunto I dos números inteiros); Assim como a variável independente t pode ser: -contínua (t L R, t percorre os números reais); -discreta (t L E, t percorre um subconjunto enumerável de R, por exemplo o conjunto I dos números inteiros); Portanto podemos agrupar os sistemas em classes como segue abaixo: Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 15 Outro importante divisor das classes de sistemas é a linearidade. Para definirmos a linearidade dos sistemas, ou seja, para classificá-los como sistemas lineares são necessários que estudemos as relações de causa x efeito entre entradas e saídas e elaborar seus modelos matemáticos, considerando o comportamento do conjunto de sinais. Um sistema será classificado como linear se: a resposta à soma de dois sinais de entrada é igual à soma das respostas aos dois sinais isoladamente, isto é quando vale a superposição de entradas e saídas. A análise de sistemas lineares é muito mais simples em relação aos sistemas não lineares, exemplo: Exemplos de equações matemáticas de Sistemas Lineares: Y(t) = X(t) + dX/dt X,Y,t reais (L R) Y(t) = X(t) + X(t-1) X,Y reais (L R), t inteiro (LI) Para que haja comportamento não linear basta por exemplo, que o sinal de saída do sistema seja igual a soma da variável de entrada (X(t)) com uma constante (K), ou então que o sinal de saída seja igual ao produto de duas variáveis ou igual a uma função de amplitude limitada (saturação). Exemplos de equações matemáticas de Sistemas não Lineares: Y(t) = X(t) + 5 ; Y(t) = sen (X(t)) ; Y(t) = X1(t) x X2(t) Em sua grande maioria os sistemas físicos reais são não lineares, mas muitos admitem aproximações lineares, especialmente quando os sinais de interesse são pequenas flutuações em torno de dados níveis de operação. Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 16 6 – TIPOS DE SISTEMA Representação do comportamento de um organismo ou planta através de uma equação diferencial, seu modelo matemático, que apresentam ordem 0, 1 , 2, ... em função dos coeficientes da equação e isto define a classe do sistema. Sistema de Ordem 0 Este tipo apresenta uma equação diferencial do tipo y(t) = Ku(t), sendo K uma constante qualquer, isto significa que a saída será a entrada multiplicada por uma constante e um exemplo típico é um divisor de tensão resistivo e seu comportamento é sempre estável. Podemos deduzir que y(t) = 1/10u(t) e graficamente se considerarmos um sinal de entrada u(t) = degrau de amplitude unitária, obtemos: Sistema de 1ª Ordem Apresenta um comportamento representado por uma exponencial para uma excitação de entrada do tipo degrau. Se esta exponencial é decrescente então o sistema é estável e caso contrário, se a exponencial é crescente, o sistema será instável. Podemos representar eletricamente o sistema tipo 1 pelo circuito RC abaixo: Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 17 Sistema de 2ª Ordem ou Superior Estes sistemas se caracterizam por possuírem a equação característica diferencial de 2ª ordem. Dependendo dos coeficientes da equação, podemos obter respostas superamortecidas, com amortecimento critico e subamortecidas em condições de estabilidade ou ser instável. Respostas com maior riqueza de informações são observadas em sistemas subamortecido, um sinal senoidal multiplicado por um envoltórioexponencial, compõe automaticamente o sinal de saída. O exemplo clássico do sistema de 2ª ordem é o circuito ressonante abaixo: 7 – MODELOS MATEMÁTICOS Usam-se modelos matemáticos quantitativos de sistemas físicos, por exemplo: sistemas mecânicos, hidráulicos, elétricos, etc... para projetar e analisar sistemas de controle. O comportamento dinâmico é geralmente descrito através de equações diferenciais ordinárias. Como já citado anteriormente, a maioria dos sistemas físicos, Material de Apoio – Apostila Sistemas de Controle Profº Ademir A. Santos 18 são não lineares. Discutiremos então as aproximações de linearização, que permitem o uso de métodos baseados nas Transformadas de Laplace. A obtenção das relações do tipo entrada e saída prosseguem sob a forma de função de transferência (FT), para componentes e subsistemas. Os blocos com as funções de transferência podem ser organizados em diagramas de blocos ou diagramas de fluxo de sinal para descrever às interconexões dos componentes de um sistema. Os diagramas de blocos (DB’s) e os diagramas de fluxo de sinal (DFS) constituem ferramentas naturais e convenientes para projetar e analisar os sistemas de controle mais complexos.
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