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Medicina - 6º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa Profª Thereza 3 de out. de 2023 Anatomia - Ossos: ● Tíbia ● Fíbula ● Tálus - Ligamentos: ● Deltóide ● Fíbulo-talar anterior ● Fíbulo-talar posterior ● Fíbulo-calcâneo - Sindesmose → espessamento distal da membrana interóssea que faz a pinça do tornozelo ficar fechada - importante para a classificação de Weber - Mais comum: ● Antepé: inversão com supinação antepé ● Retropé para fora eversão, retropé para dentro inversão ○ Eversão é mais frequente ● Hematoma só se tiver uma contusão acompanhada ● Lesão de ligamento: precisa ter entorse - Exame Físico: ● Inspeção ○ Hematoma, edema, vermelhidão, deformidade, etc. ● Palpação ○ Procura pontos ósseos: maléolo lateral, maléolo medial, base do quinto metatarso e cabeça da fíbula 1 ○ Se dor: pedir radiografia (dor no 5º metatarso pedir radiografia do pé também) ● Após palpação, se não tiver dor faz as provas específicas de tornozelo: ○ Everte ○ Inverte ○ Gaveta de calcâneo em relação perna ■ Pode ser similar a outra perna, em caso de posterior frouxidão do paciente - Quando mobilizar: Tala sub podálica (do joelho para baixo = botinha) ● Presença de instabilidade ● Hematoma importante ● Não conseguir pisar OBS! Sempre que tiver dor precisa fazer a analgesia Epidemiologia - Trauma de baixa energia commecanismo rotacional/torcional envolvidos - Maioria mulheres idosas - Pode ocorrer em trauma de alta energia como quedas de altura e acidente automotivos - Maioria unimaleolar (2/3 casos) OBS! Movimento rotacional: faz lesão dos ligamentos e lesão de cisalhamento (continua pela membrana interóssea, sai pela cabeça da fíbula) - Se sentir dor ao pisar, não pode deixar continuar pisando por conta de lesão de cartilagem Avaliação inicial - Inspeção: equimose, flictenas, edema - Palpação:maléolos, metatarsos, tíbia e fíbula em toda extensão, lisfranc (ligamento) e tendão calcâneo - Avaliar perfusão periférica e palpar pulsos distais - Avaliar déficit sensitivo ● Fibular superficial - dorso pé ● Fibular profundo - interdigitos ● Sural - arco lateral do pé ● Safeno - arco medial ● Tibial posterior - região plantar - Avaliar presença de exposição óssea (menos de 2% fraturas) OBS! Exposições mediais são 2x mais comum que laterais/60% traumas de alta energia Radiografia - Critérios de ottawa: rx quando a dor for próxima a um dos maléolos e 1 ou mais dos seguintes: ● Idade >55 anos ● Incapacidade de deambular ● Dor a palpação da borda posterior ou ponta de um dos maléolos - Pedir: ● AP (antero posterior) ● Perfil ● Mortice ○ É um AP com uma rotação de 15º graus internamente ○ Para obter uma melhor visão do mortise do tornozelo, a perna do paciente deve ser girada internamente apenas o suficiente para que o maléolo lateral (que é normalmente posterior ao maléolo medial) esteja no mesmo plano horizontal do maléolo medial e uma linha desenhada por ambos os maléolos seria paralela à mesa. 2 ○ Geralmente, isso requer apenas aproximadamente 10 a 20 graus de rotação interna. ○ Em outras palavras, ao visualizar a visão de morta, a tíbia e a fíbula devem ser vistas sem sobreposição uma na outra. ○ Esta visão de morta representa uma verdadeira projeção de AP da morta de tornozelo e também fornece uma boa visualização da cúpula talar (para descartar fraturas de cúpula talar osteocondral). - Rx perna e pé - TC pode ser importante em casos de fratura do pilão tibial - RNM em casos de lesões condrais, ligamentares e tendíneas - Radiografia: ● Frente ● Perfil ● Rotação interna 15º - RX de frente: OBS! Imagem 1: AP verdadeiro, a imagem se soma Hematoma: aparece de 3 a 5 dias, normal aparecer depois da retirada da tala Tornozelo para ficar bom, leva de 3 a 4 meses para poder estabilizar 3 - Mortise → congruência articular OBS! Existe maléolo posterior e só consegue ver com perfil verdadeiro - Pedir pois pode haver fratura nele - Tomografia: ● Lesões associadas: ○ Maléolo posterior ○ Pilão tibial ● Mudam planejamento em 24% das fraturas - Quando pedir tomo no PS: ● Quando a radiografia vem simples, mas o paciente temmuita dor ○ A radiografia só consegue ver osso ○ Pedir tomo para ver algo em ligamento ou outro tecido mole OBS! Lesão de tornozelo com lesão de ligamento: Tratamento conservador ● Verificar se tem alguma fratura associada Classificações - LAUGE-HANSEN:mais utilizada/ Posição X Mecanismo 4 OBS! Qualquer desvio no maléolo é cirúrgico, pois ele vai ficar tendo atrito na cartilagem = artrose precoce - WEBER: - Fratura abaixo da sindesmose = Weber A - Infrasindesmoidal ● Abaixo da sindesmose sem desvio tem chance de não operar - Fratura no nível da sindesmose = Weber B - Altura da sindesmose ● Quase todas opera ● Todas as com desvio sempre opera - Fratura acima da sindesmose = Weber C - Suprasindesmoidal ● Sempre opera OBS! Paciente com fratura não pisa → paciente sai commuleta - Único que sai pisando é o com entorse leve, com dor na palpação 5 Tratamento - Fraturas estáveis x instáveis - Fraturas estáveis: - Tratamento conservador (gesso ou brace curto 4-6 semanas) - Fraturas instáveis: ● Lesão medial, aumento do espaço claro medial >4mm (mortise) ● Não simétrico → fratura do maléolo medial e posterior ● Sempre pedir raio-x com stress - Tratamento cirúrgico - Placa terço cano tubular na fíbula - Não explore a rafia do ligamento deltóide de rotina!! - Redução anatômica do maléolo medial e fixação com parafuso compressão meia rosca - Fixar sindesmose e maléolo posterior se necessário. - Maléolo posterior: após redução da fíbula avaliar estabilidade ● Fragmentos >30% devem ser fixados - Sindesmose: teste de weber: testa sindesmose no intraoperatório ● Se lesão = fixação: 2cm acima da articulação/ 1 ou 2 parafusos - Complicações: ● Perda da redução (comum em tratamento conservador 26% casos) ● Má união ● Não união (raro) ● Infecção e complicações de partes moles ● Enrijecimento articular ● Artrose de tornozelo 6
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