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Ética e ResponsabilidadeÉtica e Responsabilidade SocioambientalSocioambiental AUTORIA Sandro Martins de Oliveira Bem vindo(a)! Prezado(a) aluno(a), apesar de não ser um tema muito discutido, é de extrema importância que vocês comecem a se inteirar um pouco mais sobre ética e qualidade socioambiental. Esse é o início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora. Além de conhecer seus principais conceitos e de�nições, vamos explorar a ética buscando clari�car este tema que é tão complicado para muitas pessoas. Na unidade I, começaremos nossos estudos aprendendo um pouco melhor sobre o que é a ética: quais são os valores e princípios humanos regidos por ela, e como deve ser conduzida. Além disso, quais os valores que norteiam o indivíduo nesta linha. Esta noção é necessária para que possamos trabalhar a segunda unidade do livro. Já na unidade II, vamos ampliar nossos conhecimentos sobre os valores e princípios éticos que foram comentados na unidade I. Para isso, detalharemos cada um dos itens buscando compreender suas importâncias, aclarando dúvidas e descobrindo como um está diretamente relacionado com a aplicação do outro. Depois, nas unidade III e IV, entraremos nos assuntos mais importante e especí�cos para a sua formação, além de detalhar especi�camente a ética pro�ssional e suas aplicações. Ao longo da unidade III, a responsabilidade da ética pessoal e pro�ssional com o meio ambiente será o nosso foco principal; vamos compreender como a ética contribui para a melhoria da qualidade de vida, gerenciando e muitas vezes evitando impactos ambientais negativos. Veremos como tudo isso pode classi�car, selecionar e até desenvolver fornecedores quali�cados. Na unidade IV, vamos �nalizar este livro falando do respeito à diversidade e sobre o quão importante esse assunto é, e como ele deve ser inserido desde a infância de forma rotineira em nossas vidas. Por �m, veremos como a pro�ssão de engenheiro está totalmente amparada pelo código de ética da classe, a qual é con�rmada no juramento feito pelos pro�ssionais ao �nalizar seus estudos. Aproveito para novamente convidar você a mais uma caminhada rumo a sua formação. Uma caminhada de conhecimento da qual o maior objetivo e o seu conhecimento. O que espero é poder contribuir com o seu crescimento pessoal e pro�ssional a partir daqui. Muito obrigado e bom estudo! Sumário Essa disciplina é composta por 4 unidades, antes de prosseguir é necessário que você leia a apresentação e assista ao vídeo de boas vindas. Ao termino da quarta da unidade, assista ao vídeo de considerações �nais. Unidade 1 Princípios e Valores Humanos Unidade 2 Paradigmas Pro�ssionais Unidade 3 Ética Pessoal e Pro�ssional com o Meio Ambiente Unidade 4 Respeito à Diversidade Princípios e Valores Humanos AUTORIA Sandro Martins de Oliveira Sumário Introdução 1 - Fundamentos e conceituação �losó�ca 2 - Ética: seus valores e princípios 3 - Responsabilidade social Considerações Finais Introdução Responsabilidade nada mais é que responder pelas suas ações e consequência dos seus atos. Se utilizarmos a mesma analogia para responsabilidade socioambiental eu diria que é agir de forma ÉTICA e correta em SOCIEDADE e em relação ao meio ambiente. A responsabilidade Socioambiental pode ser individual ou coletiva (como no caso de empresas, por exemplo.). Empresas que adotam medidas responsáveis, geralmente trabalham em duas facetas: seja voltada para ambiente interno ou externo. Acredito que este seja um fenômeno que ganhou força a partir dos anos 80 e que agrega muito valor à imagem de uma empresa, não sendo apenas uma jogada de marketing, mas é também uma razão de sobrevivência de empresas num mundo cada vez mais competitivo e voltado para os valores sustentáveis. Ter uma postura socialmente responsável, demonstra uma maturidade do ponto de vista da empresa e também demonstra uma empresa que terá menos litígios, menos ações trabalhistas, menos processos judiciais e mais do que tudo, será uma empresa socialmente aceita no meio que atua. Por esses e outros motivos, se faz de extrema necessidade entender quando surgiu o conceito e de�nição de ética e responsabilidade social; quais suas de�nições, quais seus princípios e quais suas diretrizes como meta para alcançar o tão esperado reconhecimento de empresa socialmente responsável. Plano de Estudo: 1. Fundamentos e conceituação �losó�ca; 2. Ética: seus valores e princípios; 3. Responsabilidade Social. Objetivos de Aprendizagem: 1. Conceituar e contextualizar ética e moral e suas de�nições; 2. Compreender os tipos de princípios e valores éticos; 3. Estabelecer a importância da informação da norma 26000 na aplicação da responsabilidade social. Fundamentos e conceituação �losó�ca A primeira coisa a se enfatizar quando vamos estudar esse tema é de que ética é diferente de moral. Embora na prática, muitas vezes os dois termos são utilizados como sinônimos, inclusive a própria legislação em muitas ocasiões podem confundir os dois termos (por exemplo o uso da palavra moralidade quando o correto seria usar ética), na verdade existe uma diferença entre elas. A própria �loso�a as conceitua de formas diferente. De acordo com a de�nição dada pelo dicionário etimológico (2020): Ética - do grego ethos, que signi�ca “caráter” ou “modo de ser”. O sentido da palavra ética, na realidade, se inspirou na expressão grega ethike philosophia, que signi�ca “�loso�a moral” ou “�loso�a do modo de ser”. Moral - Os romanos traduziram o ethos grego, para o latim mos (ou no plural mores), que quer dizer “costume”. (ETIMOLÓGICO, 2020). Dentro da �loso�a, ética que dizer “o que é bom para o indivíduo e para a sociedade”. Para �car mais claro, podemos resumir que a ética é interna, ela re�ete o caráter da pessoa. Já a moral é externa, ela se refere a costumes impostos pela sociedade. Moral e ética não devem ser confundidos: enquanto a moral é normativa, a ética é teórica e busca explicar e justi�car os costumes de uma determinada sociedade (DHNET, 2020), bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Portando, ética e moral, pela própria etimologia, diz respeito a uma realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das relações dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem (DHNET, 2020). As normas de comportamento ditadas pela moral muitas vezes não possui uma base racional sendo determinada por diversos fatores como religião, história e cultura. É possível dizer que a moral não é necessariamente racional, porque ela vai prescrever determinadas condutas e comportamentos baseados não em uma análise lógica, mas em uma análise não racional, e por conta disso veremos que os costumes da moral varia muito de local para local e de época para época. Não são normas pensadas e sim normas impostas. É importante frisar que as regras da moral podem variar de comunidade para comunidade e de uma época para outra. Como exemplo, podemos falar do Brasil; as regras de moral mudaram de forma signi�cativa desde 1900 até os dias atuais. O principal objetivo da Ética é propiciar o maior bem estar possível para todos, buscando garantir ao máximo a dignidade da pessoa humana. Ou seja, umas das principais preocupações da ética é justamente a garantia de qualidade de vida das pessoas. Preocupa-se com ações que possam vir causar impacto com a coletividade e não aquelas que dizem respeito unicamente ao indivíduo. Trabalha muito com a liberdade individual. CONCEITUANDO A moral pode ser conceituada como: um conjunto de normas e condutas que são consideradas padrão em uma determinada sociedade em um determinado momento. Então, a moral se preocupa em impor determinados comportamentos. Ela é o conjunto de determinados comportamentos que a sociedade considera como adequados; que considera como valores que sejam corretos; comportamentos que devam ser observados pelos cidadãos. CONCEITUANDO A ética pode ser conceituada como uma re�exão racional e cientí�ca sobre a moral, sobreos costumes sociais. Busca analisar os benefícios e os malefícios de cada conduta. Ela vai sempre buscar re�etir, pensar, sobre a conduta do indivíduo. Enquanto a moral, muitas vezes, restringe a liberdade individual (algumas vezes com justi�cativas), a ética procura ao máximo permitir ao máximo que cada um faça o que quer desde que não haja prejuízo para coletividade. A ética lida com valores que chamamos de universais e perenes; valores que são aceitos pelas sociedades em geral do mundo todo e são valores que costumam ser aceitos nas diferentes épocas. Ética: seus valores e princípios Conforme já comentado anteriormente, os valores éticos trabalham com valores e princípios universais e perenes. Não que eles sejam imutáveis, mas eles possuem uma estabilidade muito maior que os valores morais. A ética não vai se preocupar com meras preferências pessoais; ela não vai se preocupar se determinado indivíduo gosta da cor verde ou amarela, se gosta de doce ou salgado, se gosta de dia ou noite; ela vai se preocupar com aqueles comportamentos, ou aqueles valores, que possam re�etir na sociedade como um todo, tanto para o bem quanto para o mal. Aquilo que vai re�etir para o bem, a ética vai incentivar; aquilo que vai re�etir para o mal a ética vai condenar. Os princípios éticos estão de�nidos da seguinte forma: Princípio da igualdade; Princípio Liberdade; Princípio Solidariedade/fraternidade; Princípio Honestidade; Princípio Justiça; Princípio Responsabilidade; Princípio Respeito. O Princípio da igualdade é um dos principais valores éticos e ele parte do princípio de que as pessoas devem ser consideradas iguais. Não deve haver preferência por classe de pessoas. Elas devem ter as mesmas oportunidades e obrigações. Não quer dizer que a ética a�rma que todos são exatamente iguais, ela reconhece que existe uma desigualdade, muitas vezes causadas por fatores históricos, biológicos, entre outros. Mas o que o princípio da igualdade quer dizer é que as pessoas devem possuir as mesmas oportunidades. Em resumo, o que o �lósofo explica é que o princípio da igualdade busca fazer com que todos se tornem, de fato, iguais. Por exemplo, se duas pessoas recebem o mesmo salário, ambas precisam pagar o mesmo imposto. Agora, se existe uma desigualdade fática, na prática, o princípio exige com que essas pessoas sejam tratadas de forma diferente, de forma reduzir essa desigualdade. Como exemplo, se temos duas pessoas que ganham salários diferentes elas obrigatoriamente pagaram impostos diferentes. Outro Princípio bastante invocado pela ética é o da Liberdade. Como comentamos anteriormente, a moral, muitas vezes sem nenhuma justi�cativa lógica, busca restringir os comportamentos individuais. Já a ética vai dar o máximo de liberdade individual e só vai recomendar, ou condenar, determinados comportamentos se eles trouxerem algum tipo de benefício ou malefício para comunidade. Como exemplo, podemos citar o ato de fumar; de acordo com este princípio ético, não existe problema algum desde que não incomode as pessoas a sua volta. Em resumo, a liberdade permite que o indivíduo faça o que escolher desde que não traga malefícios para a comunidade. O Princípio da Solidariedade/fraternidade é a relação do sentimento de responsabilidade mútua que deve existir entre as pessoas; que todas devem cooperar entre si. Ela ensina que todos devem se sentir responsáveis umas pelas outras. Princípio Honestidade é basicamente a forma ideal do indivíduo. É o ser verdadeiro, não agindo de forma desleal ou enganosa. É ser transparente, é ser honesto. É importante para a sociedade que as pessoas possam con�ar uma nas outras. Uma sociedade onde prevalece a desonestidade acarreta inúmeras problemáticas levando uma desestruturação social. Gerando impacto nas próprias relações pessoais. Porém, o princípio não prega que seja extremamente proibido mentir, independentemente da ocasião, diferente da moral que muitas vezes coloca isso como um dogma (proibido mentiras). Por exemplo, a ética considera correto mentir para salvar a vida de uma pessoa. @freepik O �lósofo Aristóteles (384-322 a.c), na obra Ética a Nicômaco, Livro V (Traduzido por Pietro Nasseti em 2004), A�rmou que: “Devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade.” Outro valor ético importante é o princípio da justiça. De acordo com os romanos, justiça se resume em dar a cada cidadão o que é seu de direito. Mas dentro dos valores éticos a justiça vai um pouco mais além; é necessário saber equilibrar a justiça com a clemência. Enquanto a justiça é dar a cada pessoa o que merece, a clemência é dar uma coisa boa a alguém mesmo sem ela merecer. Ou seja, o princípio da justiça é saber equilibrar essas duas coisas. Princípio Responsabilidade refere-se à ação de assumir a responsabilidade pelos próprios atos. Independente se isso lhe trará benefícios ou malefícios futuros. O Princípio do Respeito é basicamente o ato de respeitar o próximo. Ter consideração para com as outras pessoas. O indivíduo deve respeitar para ser respeitado. Ele deve saber ouvir e respeitar a opinião dos outros mesmo que não concorde. O respeito é indispensável em um meio social. Responsabilidade social Após entender um pouco mais sobre a ética, podemos compreender como aplicação de seus princípios é indispensável em nossas vidas. Principalmente quando falamos de responsabilidade social. Quando falamos em responsabilidade social estamos tratando da responsabilidade que temos com os demais na reparação de danos que causamos de forma direta ou indireta no meio em que vivemos. Ao contrário do que se acreditou por muito tempo, essa responsabilidade não está relacionada a entidades �lantrópicas, como a doação a entidades bene�centes ou atos de caridade por exemplo. Tal confusão ocorre porque ocorreram muitas mudanças no histórico de de�nição deste termo, que é dinâmico e se atualiza de acordo com a sociedade. Foi em 1990, que políticas estratégicas e ações foram regulamentadas para contribuir com discussões sobre o desenvolvimento sustentável. Mas foi somente em 2010, com a publicação da norma internacional ISO 26000 que o termo responsabilidade social ganhou força. Isso tudo está relacionado às expectativas e necessidades da sociedade, além da nossa forma de agir como cidadão, respondendo positivamente as consequências de nossas atitudes e aos impactos causados às pessoas e aos ecossistemas. Sendo assim, para alinhar as expectativas e necessidades de determinada cidade, vários países se reuniram para criar um consenso geral sobre a preservação do meio ambiente, onde foi apresentado um conceito comum para possibilitar a construção de um conjunto de diretrizes que auxilie na implementação de ações de responsabilidade social. Por isso a então criada norma ISO 26000 é reconhecida mundialmente. @freepik Entre várias formas de responsabilidade já discutida, podemos destacar: Social corporativa; Social empresarial; Socioambiental; Nos negócios; Social e sustentabilidade. A norma foi criada no dia 1º de novembro de 2010, e recebeu o nome de “Norma Internacional ISO 26000 – Diretrizes sobre Responsabilidade Social”, cujo lançamento foi em Genebra, Suíça. No Brasil, a versão traduzida da norma foi nominada ABNT NBR ISO 26000, no dia 8 de dezembro de 2010, com lançamento em evento na Fiesp, em São Paulo. Segundo a ISO 26000: a responsabilidade social se expressa pelo desejo e pelo propósito das organizações em incorporarem considerações socioambientais em seus processos decisórios e a responsabilizar-se pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente. Isso implica um comportamento ético e transparente que contribua para o desenvolvimento sustentável, que esteja em conformidade com as leis aplicáveis e seja consistente com as normas internacionais de comportamento. Também implica que a responsabilidade social esteja integrada em toda a organização, seja praticada em suas relações e leve em conta os interesses das partesinteressadas. (ISO 26000, 2010). Segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO, Independentemente do tipo de empresa ou organização, tamanho ou localização, a norma ISO 26000 fornece orientações, como: SAIBA MAIS A ISO 26000:2010 é uma norma de diretrizes e de uso voluntário; não visa nem é apropriada a �ns de certi�cação. Qualquer oferta de certi�cação ou alegação de ser certi�cado pela ABNT NBR ISO 26000 constitui em declaração falsa e incompatível com o propósito da norma. Fonte: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO. Conceitos, termos e de�nições referentes à responsabilidade social; Ainda de acordo com o INMETRO e a ISO 26000, existem 7 princípios da responsabilidade social, que são: 1ª Accountability: Ato de responsabilizar-se pelas consequências de suas ações e decisões, respondendo pelos seus impactos na sociedade, na economia e no meio ambiente, prestando contas aos órgãos de governança e demais partes interessadas declarando os seus erros e as medidas cabíveis para remediá-los. Histórico, tendências e características da responsabilidade social; Princípios e práticas relativas à responsabilidade social; Os temas centrais e as questões referentes à responsabilidade social; Integração, implementação e promoção de comportamento socialmente responsável em toda a organização e por meio de suas políticas e práticas dentro de sua esfera de in�uência; Identi�cação e engajamento de partes interessadas; Comunicação de compromissos, desempenho e outras informações referentes à responsabilidade social. Obs.: Optou-se por não traduzir este termo, porém uma aproximação razoável seria responsabilização. 2ª Transparência: Fornecer às partes interessadas de forma acessível, clara, compreensível e em prazos adequados todas as informações sobre os fatos que possam afetá-las. 3ª Comportamento ético: Agir de modo aceito como correto pela sociedade - com base nos valores da honestidade, equidade e integridade, perante as pessoas e a natureza - e de forma consistente com as normas internacionais de comportamento. 4ª Respeito pelos interesses das partes interessadas (Stakeholders): Ouvir, considerar e responder aos interesses das pessoas ou grupos que tenham um interesses nas atividades da organização ou por ela possam ser afetados. 5ª Respeito pelo Estado de Direito: O ponto de partida mínimo da responsabilidade social é cumprir integralmente as leis do local onde está operando. 6ª Respeito pelas Normas Internacionais de Comportamento: Adotar prescrições de tratados e acordos internacionais favoráveis à responsabilidade social, mesmo que não que não haja obrigação legal. 7ª Direito aos humanos: Reconhecer a importância e a universalidade dos direitos humanos, cuidando para que as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente, zelando pelo ambiente econômico, social e natural que requerem. SAIBA MAIS A norma ISO 26000 de�ne que responsabilidade social é a responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente que: Contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e, o bem estar da sociedade; Leve em consideração as expectativas das partes interessadas: Esteja em conformidade com a legislação aplicável; Seja consistente com as normas internacionais de comportamento e Esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas relações. Fonte: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO. Com base no conhecimento da norma ISO 26000 e sobre o histórico da responsabilidade social, mesmo as mudanças de conceito ao longo dos anos, algumas palavras se repetem nas de�nições, como: Transparência; Ética; Desenvolvimento sustentável; Partes interessadas. Mas de que forma as organizações têm implementado essas diretrizes na prática? Para trabalhar de forma socialmente responsável, uma organização precisa considerar a integração entre questões sociais, econômicas e ambientais, conforme �gura 1, porém nem sempre é possível fazer isso de forma rápida, com custos baixos e além disso ter grande in�uência. Figura 1: Interação entre questões para a aplicação da responsabilidade social. Fonte: o autor. Por esse motivo, grandes empresas trabalham com formas mais simples e realizam ações sociais ou desenvolvem programas de investimento social. Essas ações sociais são pontuais e atendem as necessidades da comunidade em questão, como a promoção de educação de adultos envolvendo os funcionários e a própria comunidade. REFLITA A ISO 26000 veio para padronizar uma maneira de toda a comunidade alcançar o convívio em harmonia almejando a sustentabilidade. Será esse o papel da Ética? A conciliação da ética com o desenvolvimento social é uma das melhores formas de alcançarmos o desenvolvimento sustentável, sem abandonar as mordomias alcançadas com o desenvolvimento tecnológico. Fonte: o autor. Livro Filme Paradigmas Pro�ssionais AUTORIA Sandro Martins de Oliveira Sumário Introdução 1 - Ética da Virtude 2 - Ética da norma 3 - Ética da convivência 4 - Ética determinista 5 - Ética utilitarista Considerações Finais Introdução Os paradigmas pro�ssionais são valores universais que nascem do reconhecimento da dignidade humana. É a necessidade de seu pleno desenvolvimento em convivência, harmonia e paz, além de estar diretamente ligado ao respeito à diversidade, multiculturas, crenças e religiões. A aplicação desses paradigmas e dos valores éticos na sociedade são formas de trazer benefícios a toda a comunidade, alcançando objetivos em comum, como a felicidade. Não é correto agir de forma unicamente a conseguir benefícios super�ciais e individuais. Agir buscando alcançar o bem geral da população e trabalhadores é a única forma de fazer valer a pena esses paradigmas. Dando continuidade a unidade 1, na unidade 2 veremos um pouco mais sobre como devemos agir para um bem comum de toda a sociedade. Plano de Estudo: 1. Ética da Virtude. 2. Ética da norma. 3. Ética da convivência. 4. Ética determinista. 5. Ética utilitarista. Objetivos de Aprendizagem: 1. Conceituar e contextualizar a ética da Virtude. 2. Conceituar e contextualizar a ética da norma. 3. Conceituar e contextualizar a ética da convivência. 4. Conceituar e contextualizar a ética determinista. 5. Conceituar e contextualizar a ética utilitarista Ética da virtude A ética das virtudes, também conhecida como ética aristotélica é a visão ética, a partir dos ensinamentos, do �lósofo Aristóteles. Como estudado na unidade I, a ética é uma discussão sobre como nós devemos agir, sobre como nós devemos nos portar. Para Aristóteles, pensar na ética é pensar no caminho que o ser humano deve tomar rumo a felicidade, pois todos os seres humanos anseiam ser felizes. Todos os seres humanos buscam a felicidade. Por isso, a ética de Aristóteles é uma ética teleológica. Teleológica vem de telos, que é uma palavra de origem grega e signi�ca �nalidade. Ou seja, pensar no ponto de vista teológico de alguma coisa é pensa em sua �nalidade. Por isso a ética de Aristóteles é assim. Ela aponta para esse �m. A ética da virtude visa a sua �nalidade, a felicidade (que em grego é denominada eudaimonia). Para o pensador, o mundo é um Cosmo ordenado. Existe uma ordem na natureza. Mas, o que isso tem a ver com ética? Tudo. Aristóteles pensa que tudo tem o lugar natural e isso não é diferente para os seres humanos. Quando o �lósofo escreve sobre física, ele diz que cada um dos elementos possuem um lugar próprio; como exemplo podemos citar o fogo. A chama de uma vela queima para cima; por mais que alguém tente colocar a vela com a chama para baixo, ela sempre tende a subir. Mas por que isso acontece? Porque segundo o autor, o fogo está buscando o seu lugar natural. O mesmo podemos dizer quando a água escorre em uma superfície; ela segue seu �uxo rumo aos rios e lagos. Nesse mesmo pensamento, o ser humano tambémpossui o seu lugar natural. Ser Feliz para Aristóteles é agir eticamente e encontrar o máximo do seu potencial. Ele também tem um conceito de ato e potência: @freepik De acordo com Aristóteles (384-322 a.c), na obra Ética a Nicômaco, Livro V (Traduzido por Pietro Nasseti em 2004), “felicidade não é obra de um dia só, nem de pouco tempo, mas de uma vida inteira”. O ser humano é um grande exemplo desse conceito. Agora, em ato, ele é ser humano, porém ele é um grande pro�ssional em potência. O ser humano será feliz quando desenvolver o máximo de suas potências racionais. Para isso, para alcançar a felicidade, o homem precisa desenvolver certas virtudes. Virtudes dianoéticas – do intelecto Virtudes éticas - relativas ao justo e ao injusto As virtudes éticas, em especí�co, é o que discutiremos mais neste capítulo. O que é ética e o que é agir de forma virtuosa? Para Aristóteles, é a justa medida em relação a nós (“meio-termo”). Ou seja, agir de forma eticamente é agir no meio-termo entre dois extremos; entre a escassez e o excesso, por exemplo. É importante deixar claro que, meio-termo não signi�ca mediocridade, mas uma superação de dois vícios. A virtude se adquirem pela prática – não basta saber somente a teoria. Essa capacidade de escolher bem, de calcular os meios e a forma necessária para um �m bom é chamada de Phyonesis, muitas vezes traduzida para prudência. Para exempli�car isso vejamos a tabela 1: Ato: estado de algo no momento presente. Ex.: A árvore é um ato agora. Potência: tudo o que algo possa vir a ser. Ex.: A árvore que é um ato é uma cadeira (uma mesa, um aparador, etc.) em potência. “O Homem se torna virtuoso pelo hábito.” Aristóteles. Para �car fácil lembrar dessa ideia de Aristóteles podemos utilizar como palavra- chave a temperança. É necessário que as coisas sejam ponderadas da forma que busque encontrar a virtude ética. Tabela 1 - Exemplos de virtude ética segundo Aristóteles. Vícios por escassez Virtude Vícios por excesso Covardia Coragem Valentia insana (temeridade) Humildade Magnanimidade Soberba Timidez Modéstia Desvergonha Negligência Respeito Idolatria Fonte: O autor. REFLITA “Ter respeito por si mesmo é exercer valores e princípios que são os códigos de conduta e ética pessoais e sociais sólidos que serão os pilares de nossas posturas perante nós, o outro e a vida”. Soraya Rodrigues de Aragão. Será que a ética que aplicamos às nossas vidas são os valores corretos para alcançar a felicidade? Ética da norma A ética da norma, ou norma ética, é toda aquela norma que busca realizar um valor. Ela vai se adequar e buscar tudo aquilo que é justo e que eu possa alcançar ou realizar por meios legítimos. Por exemplo, elas podem ser as normas com a qual os pro�ssionais podem ou devem se portar. A norma visa proteger valores. Assim, um pro�ssional deve ter “x” ou “y” comportamento, de acordo com o que sua área pro�ssional exige. De acordo com Miguel Reale (1983): Toda norma ética expressa um juízo de valor, ao qual se liga uma sanção, isto é, uma forma de garantir-se a conduta que, em função daquele juízo, é declarada permitida, determinada ou proibida. (REALE, 1983, p. 35 ). A ética tem focos diversos, sendo possível falar-se em ética nas relações pessoais, familiares, de trabalho, políticas e, também, em ética ambiental. Segundo Nalini (2010. p. 22), “a ameaça ao ambiente é questão eminentemente ética. Depende de conduta”. As normas éticas, segundo a American Psychological Association (APA), estão diretamente ligadas a: Competência; Relações humanas; Privacidade e con�dencialidade; Educação e formação; Publicidade e outras declarações públicas; Pesquisa e publicação; Registros e honorários; Avaliação; Terapia. Podemos assim, concluir o que são as normas éticas com um trecho escrito por Miguel Reale (1983): A regra representa, assim, um módulo ou medida da conduta. Cada regra nos diz até que ponto podemos ir, dentro de que limites podemos situar a nossa pessoa e a nossa atividade. Qualquer regra, que examinarem, apresentará esta característica de ser uma delimitação do agir; regra costumeira, de trato social, de ordem moral ou jurídica, ou religiosa, é sempre medida daquilo que podemos ou não podemos praticar, do que se deve ou não se deve fazer. (REALE, 1983, p. 37 ). Ética da convivência A ética da convivência ou convivência ética busca contribuir com o bom convívio da sociedade, aplicando harmonia e paz. Sim, é possível a�rmar que quem tem empatia e amor pelo próximo tenha ética, porém é muito importante deixar claro que ter ética não signi�ca que você só precisa ter intenções boas com o outro indivíduo ou para com a comunidade; é preciso ter uma boa conduta e ser �rme para aplicar as boa vontade. Além de que, ser ético não é somente falar bonito, com as palavras certas na hora certa. É preciso ter atitude, mostrar em ações aquilo que se prega, e reconhecer o próximo como alguém importante é o primeiro passo. Marcia Fernandes (2012) em seu artigo escreveu: Reconhecer o próximo como importante é embutir-lhe um valor e isso ajuda muito quando percebemos que nossos irmãos, assim como nós, temos dúvidas, medos, angústias, aspirações, esperanças. É descobrirmos no outro como semelhante com potencialidades e limitações como nós. Em poucas palavras ter ética é “amar”. Ninguém se torna ético por seguir um código, uma receita, pois a ética vem de dentro, vem do bem agir, vem do amor. Ter consciência de que amor não é um jogo, não é brincadeira, é sim muita seriedade. A ética é a síntese de todas as virtudes, aplicadas à vida prática, só tem sentido quando bem vivenciada, quando irradiada: ter amor, espalhar amor, colher amor, sentir o amor. (FERNANDES, 2012). Estabelecer normas de convivência trazem inúmeras vantagens, como obter uma melhor sociedade onde se estabeleçam deveres e direitos para que assim consigamos uma sociedade com indivíduos integralmente melhores. Respeite os demais e será respeitado. De acordo com o artigo “A ética é a convivência humana” de Ciro Toaldo (2011): CONCEITUANDO Convivência: é importante atentar-se a este fator como um dos principais valores éticos. Muitas pessoas possuem a ética engajada em sua vida, mas nem sabem qual o real signi�cado dela; já outras pessoas sabem o que é, dialogam sobre o assunto, porém não a têm. Convivemos com certo modismo e até uma espécie de ‘status’ em relação à ética e nessa dimensão se perdendo a essência da ética e sua importância para a convivência humana. Olhando para a história da humanidade, percebemos que desde os tempos dos gregos antigos, havia um interesse dos cidadãos para compreender o que era ética e isso os levava a conviver harmoniosamente. Contudo, no transcorrer do tempo, principalmente com o clamor das guerras e disputa do poder fazem com que a ética �que em segundo plano. Essa conduta traz efeitos malé�cos, principalmente quando a guerra se torna solução; basta analisar o contexto da Primeira e Segunda Guerra Mundial, dos Campos de Concentração, das consequências das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki e tantos outros con�itos que envolvem países. Esses efeitos malé�cos dos con�itos levam-nos a entender que é urgente a retomada dos conceitos e da vivência da ética. (TOALDO, 2011). As normas de convivências devem ser aplicadas de modo a buscar o objetivo em comum a toda sociedade e com isso, é possível aprender e entender 5 coisas: As normas de conveniência são muito simples e permanecem a todo instante a nossa volta; Serão criadas de acordo com a situação e o local a serem implantadas; Podem ser apresentadas a qualquer estrutura e momento; Devem ser válidas. Devem ser feitas e validadas por um grupo que seja con�ável. Seguir esses passos pode contribuir para elaboração de normas de convivências capazes de serem alcançadas por toda a sociedade, bene�ciando todos os cidadãos em seu alcance. Devem ser e�cazes, respondendo às necessidades reais das pessoas e devem ser justas e imparciais para poder resolver os con�itos. Éticadeterminista O determinismo a�rma que, conhecendo, com total precisão, tanto os acontecimentos do mundo, quanto os pensamentos e as ações humanas, assim como as leis que os regem, será possível fazer previsões, já que todo efeito futuro é o resultado de uma causa presente. Existem dois tipos de determinismo: Determinismo forte: Tudo é previsível. Determinismo Débil: Não é previsível. O determinismo nos seres humanos pode ser: Social: Econômico, Tecnológico, Geográ�co, caráter social, Religioso. Determinismo econômico: considera que as ações das pessoas estão determinadas pelo acesso aos recursos econômicos, de maneira que, quem tem mais acesso aos recursos, mais ações poderá desenvolver. Determinismo tecnológico: crê que o acesso ou não a tecnologia determina o desenvolvimento de certos comportamentos humanos. Por isso, os comportamentos dos homens primitivos são tão diferentes dos que temos atualmente. Determinismo Geográ�co: A�rma que o local de nascimento e o clima determina certas ações humanas. Por isso são tão diferentes as formas de comportamento entre pessoas que vivem em climas frios das que vivem no litoral. SAIBA MAIS Conhecer a história do determinismo pode ajudar a compreender este que é um dos valores mais complicados da ética. Deixo para vocês um artigo de Paulo Eduardo de Oliveira, que pode auxiliá-los durante os estudos. “ÉTICA, LIBERDADE E DETERMINISMO: OS LIMITES DA AÇÃO HUMANA E O PROBLEMA DA SUSTENTABILIDADE”. ACESSAR Determinismo de caráter social: diz que as leis de cidade ou país determina as ações humanas. E ainda pode-se acrescer que de acordo com a classe social que o indivíduo nasça ele terá um comportamento e desenvolvimento. Sendo muito difícil escalar entre uma classe mais baixa para uma mais alta. Determinismo Religioso: parte da crença de que Deus sabe o que vamos fazer e o que irá acontecer, sendo assim, é capaz de conduzir nossas ações. Neste caso, não se fala de uma vontade humana mas sim de uma vontade divina. Individual: Genético, Condutor, Psíquico, Linguístico. Determinismo genético: não são somente as características físicas de nossos pais, mas também que certos comportamentos estão determinados pelos nossos genes. Determinismo condutor: determina que somos conduzidos pela educação que recebemos, de forma que nossos comportamentos são condicionados pela formação que nos dão nossos pais e nossos professores. Determinismo Psíquico: nossas ações estão motivadas pelas experiências vividas, sobretudo nos primeiros anos de nossas vidas. Essas vivências, se acumulam em nossa consciência de tal maneira que no futuro muitos de nossos comportamentos serão motivadas pelas experiências guardadas em nossas mentes. Determinismo linguístico: a�rma que nossa linguagem determina nossos pensamentos e, por sua vez, nossas ações. Assim, se nossa linguagem é pobre, pode ser que nossas ações frente a determinadas situações não sejam as mais apropriadas. O Problema do determinismo é que ao colocar em dúvida a liberdade humana coloca em dúvida também sua liberdade moral. Ou seja, que as ações não são livres e involuntárias, frutos de pensamentos e decisões, mas sim o resultado de qualquer dos determinismos. O homem não precisa se fazer responsável desses resultados, ainda que tenham atentado contra a sua vida e bem-estar próprio ou de qualquer outro indivíduo. Ética utilitarista As diferentes teorias éticas que existem partem da busca incessante de determinar as pautas concretas do comportamento humano, encontrar o fundamento das normas morais e quais seriam as ações idóneas para que o homem possa tomar decisões e atuar sempre em busca de um �nal ideal. Mas o que é ética utilitarista? É uma doutrina pertencente aos valores éticos segundo a qual o que é útil é bom e, portanto, o valor da conduta está determinado pelo caráter prático de seus resultados. Segundo Mill (2016. p, 329) “as ações são boas em proporção a quantidade de felicidade produzida e ao número de pessoas infectadas pela felicidade.” A �nalidade das ações humanas, segundo a ética utilitarista, é a felicidade. E sustenta que a felicidade de cada um dos indivíduos depende da felicidade dos demais. Na medida em que consigo a felicidade dos outros também consigo a minha própria felicidade, de maneira que para um indivíduo resulta útil conseguir a felicidade do conjunto em que se encontra imerso. Existem 3 tipos de utilitarismo: Utilitarismo negativo: Acredita que seja necessário prevenir a maior quantidade possível de dor ou dano para o maior número de pessoas. Utilitarismo de ato e das normas: A�rma que o melhor ato é o que consegue a máxima utilidade. A�rma que o melhor ato é aquele que forme parte de uma norma que seja a que nos proporcione mais utilidade. Utilitarismo preferencial: A�rma que o correto a fazer é aquilo que produz as melhores consequências, mas de�nindo as melhores consequências em termos de satisfação e das preferências, que incluirá a “reputação”. Para os utilitaristas a felicidade está vinculada diretamente a realização de ações úteis. Mas o que seria útil? Útil seria classi�cado tudo aqui que serve para ser feliz. Se resume em: “O máximo de bem-estar para o máximo número de pessoas”. Vantagens do Utilitarismo: Determinar se uma ação é moral: é necessário levar em consideração as consequências boas e más que resultaram. Se as consequências boas superam as más, então é mora; Utiliza a lógica e a razão; A maioria de decisões em nossas vidas usamos o utilitarismo baseado nas consequências; Desvantagens do Utilitarismo: Conduz a ignorância dos problemas da minoria; Si a moral está baseada nos resultados, então teríamos que prever as consequências de qualquer ação, a qual pode ser alguma vez errada; Ao ter uma boa consequência não quer dizer que a causa sempre seja correta ou boa. Por isso tudo, quando atuamos in�uenciam diretamente na conduta do outro. A futilidade é um critério para determinar a �nalidade das ações morais; e como sabemos se uma ação é moral? Levando em consideração as consequências de todas as ações, conforme imagem a seguir. Figura 1 - Cálculo de ações Fonte: o autor. Conclusão disso tudo, a ética utilitarista nos diz que o bem comum vem primeiro que o bem individual. Livro Filme Ética Pessoal e Pro�ssional com o Meio Ambiente AUTORIA Sandro Martins de Oliveira Sumário Introdução 1 - Melhoria da qualidade ambiental 2 - Gerenciamento do impacto ambiental e do ciclo de vida dos produtos 3 - Responsabilidade na relação com os fornecedores 4 - Análise da cadeia produtiva 5 - Seleção, avaliação e apoio ao desenvolvimento de fornecedores Considerações Finais Introdução O homem é o único ser dotado de pensamentos lógicos. Por outro lado, sua ambição gera destruição especialmente no meio ambiente. Poluição, desmatamento e desenvolvimento industrial são os maiores vilões da natureza. Entender que o planeta e a casa comum de todos os seres vivo é aceitar que precisamos cuidar dela é o primeiro passo para uma sociedade responsável. Depende de nós isso. A ética é constantemente utilizada para apontar melhorias em nossas relações interpessoais, porém o que muita gente ainda não sabe é que esses mesmo valores éticos entre muitos outros, também são aplicáveis a uma comunidade que busca ser responsável. Conciliar o desenvolvimento de indústrias com o desenvolvimento sustentável, faz parte do processo de melhorias de qualidade de vida que precisamos e são com os valores éticos que vamos alcançá-lo. Nesta unidade vamos estudar como a ética pode contribuir com diversas melhorias em uma organização, e pode auxiliar na busca por fornecedores responsáveis, obtendo um produto capaz de não agredir drasticamente o meio ambiente. Vamos ver como a análise da cadeia de produção de produtos deve ser observada com atenção desde o inicial até o �nal da fabricação. São com atitudes éticas e morais como essas que a sociedade responsável será alcançada. Bons estudos. Plano de Estudo: 1. Conceitos Melhoria da qualidade ambiental.2. Gerenciamento do Impacto ambiental e do ciclo de vida dos produtos. 3. Responsabilidade na relação com os Fornecedores. 4. Análise da cadeia produtiva. 5. Seleção, avaliação e apoio ao desenvolvimento de fornecedores. Objetivos de Aprendizagem: 1. Conceituar a ética ambiental no desenvolvimento industrial 2. Compreender os tipos de impactos ambientais a partir do ciclo de produção 3. Estabelecer a importância da integração de fornecedores e organizações. 4. Estudar formas de melhorar a cadeia de produção. 5. Entender como fazer para selecionar fornecedores capacitados de acordo com a missão da empresa. Melhoria da qualidade ambiental Todos os problemas ambientais que conhecemos são, de certa forma, ocasionados pelo modelo capitalista de desenvolvimento; onde temos a riqueza e acumulação de um lado e pobreza e devastação ambiental de outro. Sabendo disso e lembrando do que já estudamos nos capítulos anteriores, podemos a�rmar que o sistema social e ético estão falhos e precisam ser reformulados. É de extrema necessidade a implantação de uma ética global., atendendo todas as necessidades da comunidade planetária, principalmente as que são relacionados com a ecologia e meio ambiente. Para Leonardo Boff (2003): A ética do cuidado é fundamental. Se não cuidarmos do planeta terra, ele poderá sofrer um colapso e destruir as condições que permitem o projeto planetário humano. (BOFF, 2003, p. 72 ). Há muito tempo a ecologia deixou de ser uma parte integrante da biologia e passou a ser considerada como um conceito e uma ideia muito maior do que era proposto anteriormente. Por isso, atualmente é aceito, no meio cientí�co, 4 formas que podemos classi�car a ecologia: 1. Ecologia ambiental: natureza separada do ser humano, onde é visada soluções técnicas para mitigar ou prevenir impactos ambientais; 2. Ecologia social: ser humano dentro da natureza; 3. Ecologia mental: as causas do dé�cit ambiental se encontram também no tipo de mentalidade que vigora; 4. Ecologia integral: terra e seres humanos formam uma única entidade. Segundo Leonardo Boff (2003): A irrupção da consciência acerca da Terra como pátria e mátria comum de todos os seres fundam o novo patamar da realização da história e do próprio planeta. Convém um novo ethos (casa humana) que permita uma nova convivência entre os humanos e os demais seres. (BOFF, 2003, p. 26). Ou seja, a terra é nossa casa em comum. Todos nós moramos e dividimos o mesmo espaço que é o planeta Terra. Por isso, é necessário que exista uma técnica de convivência, ou melhor dizendo, uma ética de convivência de forma que a vida na Terra seja em harmonia e em paz para todos, mantendo suas características preservadas. Para que seja possível isso, é necessário cuidar, reorganizar e manter nossa casa comum, por isso dá importância da aplicação de uma nova ética. Um novo ethos ganha corpo em morais concretas segundo as várias tradições culturais e espirituais. Cada sociedade possui seus objetivos particulares e sua ética local, porém é necessário que todas elas tenham um objetivo comum: Salvaguardar o planeta e assegurar as condições de desenvolvimento e co-evolução do ser humano. Para superar esses pontos, que são desa�os ético-ecológicos, é preciso uma ética do cuidado e principalmente o conhecimento do saber ambiental. É preciso ter consciência da interligação de todos os seres na Terra, assim como em uma teia, a teia da vida (CAPRA, 2006). O saber Ambiental problematiza o conhecimento fragmentado em disciplinas e a administração setorial do desenvolvimento, para constituir um campo de conhecimento teóricos e práticos orientado para a rearticulação das relações sociedade-natureza. O ambiente transforma as ciências e gera um processo de ambientalização do saber. A conscientização ambiental ela deve formar uma nova racionalidade produtiva e social; o sistema produtivo, que são baseados de acordo com as regras do capitalismo, devem ser reordenados de acordo com essa nova consciência, para que o sistema se @freepik E quais os pontos básicos na elaboração de uma nova ética para ser aplicado e alcançar melhorias na qualidade de vida e no meio ambiente? Humanização mínima: alimento, moradia e saúde; Cidadania: pensar globalmente, agir localmente; Justiça societária: desfrute total dos benefícios sociais; Bem-estar humano e ecológico: valorização da validade de vida e meio ambiente; Respeito às diferenças culturais: a diversidade deve ser vista como riqueza; Reciprocidade e complementaridade cultural: troca de experiências e saberes. mantenha seguro e equilibrado. O saber ambiental depende de um processo transdisciplinar de problematização e transformação dos paradigmas dominantes do conhecimento, para que assim possa evitar impactos ao meio ambiente. Temos uma di�culdade em conciliar a ética com o meio ambiente, porque temos uma visão de ética sendo uma forma de conduta humana, porém uma dessas condutas é exatamente relacionado ao meio ambiente. Ética ambiental procura ser uma forma de conscientização ambiental, preservação e, consequentemente, melhoria da qualidade de vida individual e coletiva. Ela relaciona o desenvolvimento sustentável com educação ambiental buscando uma forma de alcançar as futuras gerações com as mesmas ou melhores condições que temos atualmente. A Ética Ambiental procura a conscientização ambiental, a preservação ambiental e consequentemente à melhoria da qualidade de vida individual e coletiva. A relação da ética com a sustentabilidade, envolve uma preocupação com as futuras gerações, garantindo que não estragaremos as condições de vida dos que virão no futuro. Existe a necessidade de se pensar no desenvolvimento sustentável como prioridade. O desenvolvimento é necessário e inevitável; porém devemos mudar imediatamente nosso olhar para os recursos naturais (Portal Educação, 2020, on-line). O que a problemática ambiental propõe transcende a criação de um espaço acadêmico formado pela integração das disciplinas tradicionais. A interdisciplinaridade é mais que a soma das ciências; é a compreensão da soma das ciências. Buscando a melhor forma de conciliar formas de solucionar esses problemas. E Como se ensina a complexidade nos diferentes estágios do processo educativo? É interessante que seja realizado um processo de integração e atualização de professores das diferentes áreas de ensino, para que todos juntos possam propor e chegar a um único objetivo: formar o saber ambiental gerando o bem-estar de todos. Gerenciamento do impacto ambiental e do ciclo de vida dos produtos A partir da revolução industrial, muita coisa vem mudando e impactando, negativamente ou positivamente, na sociedade em geral e no meio ambiente. O crescimento do número de indústrias causou um crescimento também da competitividade do mercado, impacto ao meio ambiente e sociedade, além de outros fenômenos que, de certa forma, obrigaram o setor a se adaptarem a uma nova realidade. Levando em consideração essas transformações, a população começou a se preocupar com as questões relacionadas ao meio ambiente; fatos antes que passavam despercebidos aos olhos do povo, pois a quantidade de recursos naturais disponíveis ainda se mostrava abundantes. Com essa transformação de pensamento e atitudes fez-se necessário a implantação de novos conceitos e métodos de trabalho, capazes de contribuir com o bem-estar social de todos; um desses novos conceitos é a reformulação das normas éticas, principalmente aquelas voltadas ao meio socioambiental. De acordo com Andrade, Tachizawa e Carvalho (2000): Em função das exigências da sociedade, feitas por parte das organizações, de um posicionamento mais adequado e responsável, no sentido de minimizar a diferença veri�cada entre os resultados econômicos e sociais, bem como da preocupação ecológica, que tem ganhado destaque signi�cativo, e em face de sua sobrevivência para a qualidade de vida das populações, tem-se exigido das empresas um novo posicionamento em sua interação com o meio ambiente. (ANDRADE; TACHIZAWA; CARVALHO,2000, p. 153). Nesse sentido, o gerenciamento de impactos ambientais vem sendo aplicado como forma de mitigar e minimizar os problemas que o desenvolvimento industrial e social tem gerado ao meio ambiente. A gestão ambiental e avaliação dos impactos contribui signi�cativamente com todo o desenvolvimento do setor, colaborando, inclusive, com a redução de impostos. É neste momento que podemos aplicar a norma ética para o aperfeiçoamento do gerenciamento. Como já vimos anteriormente, o planeta é a casa comum de todos os que nela habita. É de extrema necessidade cuidar dela da forma que as futuras gerações possam usufruir de forma igual ou melhor que nós. A ética ambiental vai auxiliar a forma como se deve gestionar os impactos ambientais, diferenciando as formas corretas e erradas de se tratar o meio ambiente. Quando ligamos este ponto a uma empresa, percebemos que as normas precisam ser aplicadas desde o começo de sua operação até o �nal da produção, dando o destino aos seus produtos. Esse processo é chamado de ciclo de vida e é de extrema importância que esta fase seja de análise detalhada. Para que �que mais claro, de acordo com COLTRO (2007): A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma ferramenta que permite avaliar o impacto ambiental potencial associado a um produto ou atividade durante seu ciclo de vida. A ACV também permite identi�car quais estágios do ciclo de vida têm contribuição mais signi�cativa para o impacto ambiental do processo ou produto estudado. Empregado a ACV é possível avaliar a implementação de melhorias ou alternativas para produtos, processos ou serviços. Declarações ambientais sobre produto podem se basear em estudos de ACV, bem como a integração de aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos (design for environment). (COLTRO, 2007, p. 7). A Cartilha de Desenvolvimento Sustentável e Avaliação do Ciclo de Vida (2014) descreve que: A Análise de Ciclo de Vida é tratada pelo ISO 14001:2015 de forma mais profunda. Pensando juntamente com a sustentabilidade, não é coerente que um empreendimento tenha uma atuação simplesmente sustentável, mas agir de acordo com a gestão ambiental da empresa, de forma estratégica, buscando alcançar o desenvolvimento sustentável. É nesse sentido que algumas mudanças, visando a melhoria, foram realizadas na ISO 14001, denominada, desde então, ISSO 14001:2015. A norma passa a englobar assuntos diversos, como, desde questões estratégicas até o ciclo de vida de produtos. De acordo com a norma ISO 14001:2015, as principais mudanças sofridas foram: Estrutura de Alto Nível (Anexo SL): essa mudança visa melhorar a compatibilidade com outras normas de sistema de gestão e estabelecer a CONCEITUANDO A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é um método estruturado, abrangente e internacionalmente padronizado. Quanti�ca todas as emissões e recursos consumidos em todas as fases do ciclo de vida de um produto, processo ou serviço, analisa seus impactos sobre o meio ambiente e a saúde e considera questões relacionadas ao esgotamento de recursos associados a qualquer bem ou serviço. (ACV, 2014, on-line). estrutura básica de requisitos pelos próximos 10 anos ou mais. Direcionamento Estratégico: essa mudança tem o objetivo de re�etir práticas empresariais mais modernas e algumas técnicas que podem ser utilizadas para esse item é a aplicação de uma matriz swot e/ou o canvas a �m de alinhar todas as diretrizes estratégicas da organização. Liderança: a liderança também ganha destaque no resultado do sistema de gestão ambiental, uma vez que será necessária a integração da gestão ambiental com os processos corporativos e com o ambiente de negócios da empresa, fortalecendo a sua vocação para o desenvolvimento sustentável, evidenciando a necessidade do comprometimento de todos da empresa, principalmente da liderança da empresa com os resultados encontrados. Desempenho Ambiental: na versão atualizada da ISO 14001 entende como foco principal a melhoria do desempenho ambiental e não a melhoria do desempenho do sistema de gestão, dessa forma, será analisado de forma mais enfática as reais reduções de emissões, e�uentes e resíduos que a empresa obteve com a implementação do sistema de gestão ambiental. Ainda neste item, existe a preocupação com o gerenciamento dos aspectos ambientais durante o ciclo de vida do produto ou serviço da organização. Documentos: acompanhando a estrutura de alto nível, uma grande mudança nos sistemas de gestão é a simpli�cação da linguagem a �m de evitar dúvidas e garantir a compreensão e interpretação consistente dos requisitos, dessa forma, os atuais controle de documentos e controle de registros serão agora considerados como Informação Documentada, garantindo mais agilidade e controle sobre todas as informações relevantes para a empresa. Proteção Ambiental: com a nova versão da ISO 14001, espera-se que a organização tenha atitude mais proativa com a proteção do meio ambiente em relação aos danos e degradação, a correta utilização dos recursos e a preservação da biodiversidade. De acordo com a ABNT NBR ISO 14001: 2015: Ciclo de vida é de�nida como estágios consecutivos e encadeados de um sistema de produto (ou serviço), desde a aquisição da matéria-prima ou de sua geração, a partir de recursos naturais até a disposição �nal. Controlando ou in�uenciando no modo em que os produtos e serviços da organização são projetados, fabricados, distribuídos, consumidos e descartados, utilizando uma perspectiva de ciclo de vida que possa prevenir o deslocamento involuntário dos impactos ambientais dentro do ciclo de vida. (ABNT NBR 14001: 2015). A norma não exige especi�camente que seja realizada uma avaliação ou análise profunda do ciclo de vida dos produtos, mas sim que seja realizada uma perspectiva do ciclo de vida. Mas o que deve ser pontuado e levado em consideração neste processo? Conforme estabelecido na ISO 14001: 2015: É importante destacar que essa perspectiva deve ser realizada em todas as etapas da produção ou prestação de serviço. En�m, o projeto de perspectiva de ciclo de vida não exige detalhamento. É um olhar cuidadoso, sobre a realidade do ciclo devida do produto, o qual pode ser controlado ou manipulado pelos gestores. O objetivo principal deve ser ações mitigadoras, minimizando impactos ambientais que possam afetar o meio ambiente. Projeto e desenvolvimento do produto, ou seja, pensar nos impactos decorrentes da elaboração de um novo produto ou serviço; Determinação dos requisitos ambientais na aquisição; Comunicar os seus requisitos ambientais à terceiros; Identi�car e prover informações para o transporte ou entrega, uso, tratamento pós-uso e disposição �nal dos seus produtos e serviços. REFLITA Quali�car a mão de obra e intensi�car o uso de tecnologias, além de aprimorar o controle de qualidade na produção e dos produtos derivados, é, certamente, um caminho para ampliar as oportunidades de emprego e renda. Mas será apenas esse o caminho para uma sociedade sustentável? Fonte: o autor. Responsabilidade na relação com os fornecedores Acompanhando o crescente desenvolvimento industrial e socioambiental, obtivemos uma mudança também nos conceitos éticos referente a responsabilidade social no relacionamento com os fornecedores; não somente aplicando o conceito, mas ensinando e aprendendo sobre como as normas podem interferir, positivamente ou negativamente, no setor. Para que uma indústria seja reconhecida como uma empresa socialmente responsável é necessário que ela tenha uma boa relação com os fornecedores, sempre buscando contribuindo no crescimento da união com os mais fracos e in�uenciando a livre concorrência. É indispensável o cumprimento de contratos otimizando a parceria. Segundo Weingrill (2003): A empresa deve conscientizar-se de seu papel no fortalecimento de fornecedores, atuando no desenvolvimento dos elos mais fracos e na valorização da livre concorrência. (WEINGRILL, 2003, p.66). Os fornecedores devem ser cientes das normativas que regem os valores éticos que a empresa contratantepossui. É de suma importância esse conhecimento para que �que claro a postura de ambas as partes e para que seja orientado em um possível con�ito de interesse futuro. De acordo com Weingrill (2003, p.208), “a relação que a empresa estabelece com os fornecedores pode revelar o grau de seu comprometimento com a responsabilidade social.” As empresas têm por obrigação transmitir e aclarar suas normas de conduta e ética aos fornecedores, contribuindo para um melhor relacionamento entre os dois. SAIBA MAIS O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma OSCIP (Organização da Sociedade de Interesse Público), e tem como objetivo auxiliar as empresas a serem socialmente responsáveis, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável para todos. O instituto fornece diversas apostilas de forma gratuita para que esse auxílio possa chegar a todos os interessados. No link abaixo você pode acessar a todas essas cartilhas. ACESSAR Análise da cadeia produtiva Basicamente cadeia produtiva nos faz pensar em sistema de produção de qualquer bem ou serviço, desde a origem da matéria-prima, ou insumos básicos para produzir qualquer produto, até a fase �nal de distribuição física do produto no mercado consumidor. Em muitos casos, a cadeia produtiva envolve um conjunto de serviços do elo chamado pós-venda, por exemplo, atividades como manutenção, assistência técnica entre outros. É importante frisar que independente da fase do processo produtivo, seja ele �nal ou fase inicial, todas as etapas possuem a mesma importância. Segundo Dantas, Kersnetzky e Prochnik (2002): Cadeia produtiva é um conjunto de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados e transferidos os diversos insumos", tanto na esfera das relações contratuais entre empresas (cadeia produtiva empresarial), quanto nas relações entre setores econômicos mediados pelo mercado (cadeia produtiva setorial). (DANTAS; KERSNETZKY; PROCHNIK, 2002, p. 36-37). A análise de cadeia produtiva deve levar em consideração também todo o nível organizacional; não somente os acionistas, mas toda a comunidade deve ser alvo da empresa. O conceito deve ser difundido e aplicado a toda cadeia produtiva visando a transparência e a sustentabilidade. Nesse contexto, a etapa �nal, ou melhor dizendo, o produto �nal, não pode ser o único a ser analisado como possível impacto socioambiental; o conceito precisa receber igual atenção e aplicado em toda cadeia. Todos os bens e serviços devem seguir os padrões estabelecidos previamente pela empresa, passando, então, a ser responsável pelos seus fornecedores. Seleção, avaliação e apoio ao desenvolvimento de fornecedores Para que uma empresa possa seguir os padrões éticos estabelecidos por ela mesma previamente, é necessário que ela aplique os seus valores éticos em seu processo de decisão. Para Weingrill (2003): A primeira ação a ser tomada pela empresa é compromissar-se com a responsabilidade social e exigir dos fornecedores uma série de predeterminações de acordo com critérios, diga-se rigorosos, de seleção de fornecedores: Exigir a reprodução das práticas de responsabilidade social e monitorar seu cumprimento periodicamente, incluir exigências relativas ao cumprimento da legislação trabalhista, previdenciária e �scal e estabelecer critérios para proibir práticas de discriminação garantem a criação de círculo virtuoso com os parceiros. Os esforços para erradicação do trabalho infantil são fundamentais da vida de todas as empresas. Assim, adotar cláusulas claras e especí�cas de proibição da prática nos contratos de fornecimento e participar de programas e atividades para eliminá-las da cadeia produtiva é dever de todas as organizações. Na relação com trabalhadores terceirizados, a busca por e�cácia e baixos custoso não pode ferir os direitos trabalhistas. Em processos de terceirização as empresas devem garantir o cumprimento da lei e benefícios mínimos ao trabalhador. É fundamental monitorar periodicamente o cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias, negociar com fornecedores para que proporcionem aos seus funcionários níveis salariais compatíveis aos seus e oferecer ao trabalhador terceirizado os mesmos benefícios básicos dos funcionários regulares, como transporte e alimentação. (WEINGRILL, 2003, p. 208-209). Todos os compromissos que a empresa assume diante da sociedade devem ser seguidos e honrados pelos seus fornecedores, com destaque para dois assuntos: trabalho infantil e trabalho forçado (popularmente conhecido como trabalho escravo). Desenvolver e otimizar a qualidade de fornecedores ainda é um esforço grande para que se atinja a excelência. É necessário que as empresas incentivem e �scalizem a exigência dos padrões para que seja possível gerenciar seus parceiros. Investir em capacitações de funcionários e fornecedores, ensinando e informando a todos das normas éticas da organização é uma dessas formas de gerenciamento, levando a possíveis �delização de parcerias. Aplicações de processos socioambientais ou participação em eventos desse tipo também é outra forma de otimizar esse processo de desenvolvimento aplicando as normas de condutas da organização. Uma outra maneira de desenvolver fornecedores con�áveis, seria o investimento em microempresas, os ajudando a se adequarem e se tornarem aptos conforme necessários; inserir treinamentos dos funcionários focando nas metas do empreendimento receptor nos valores éticos e de responsabilidade social serão ensinados juntamente com novas biotecnologias. Toda essa transformação pode gerar benefícios socioeconômico não apenas na indústria, mas em toda a comunidade. O convívio e a integração são as melhores formas de obter um fornecedor de qualidade de acordo com as normas éticas do empreendimento. Livro Filme Respeito à diversidade AUTORIA Sandro Martins de Oliveira Sumário Introdução 1 - Respeito à diversidade 2 - Convivência humana, pro�ssionalização e suas exigências éticas 3 - A pro�ssão do engenheiro e suas exigências éticas frente à sociedade Considerações Finais Introdução Diversidade não é apenas sobre um tema, é sobre uma vida; não é apenas sobre uma pessoa, é sobre uma sociedade. É sobre a vida pessoal e pro�ssional das pessoas. Re�etindo sobre a diversidade e o respeito que ela merece, o ex atleta paraolímpico Guilherme Bara disse uma vez “Não quero garantia de igualdade no ponto de chegada. O que eu quero é o respeito pelas minhas singularidades ao longo do caminho.". A palavra de ordem neste capítulo é respeito. Respeito pelo próximo, seja ele quem for. Respeito pela diversidade que o outro indivíduo possui, seja ela qual for. A diversidade faz parte de nossas vidas desde nosso nascimento até o nosso último dia. Ela está em nossas casas, nosso trabalho, em nosso grupo de amigos, no barzinho da esquina, seja onde for. O que precisamos apreender e a como lidar com ela, a respeitar ela. A ser empático. A ser ético. É isso que iremos estudar neste capítulo. Maneiras que podemos acatar para abraçar a ética de forma a melhorarmos como pessoas e cidadãos. Falar desse tema é preciso e deveria ser constante. Plano de Estudo: 1. Conceitos Sobre o respeito à diversidade 2. Convivência humana, pro�ssionalização e suas exigências éticas 3. A pro�ssão do Engenheiro e suas exigências éticas frente à sociedade Objetivos de Aprendizagem: 1. Conceituar e contextualizar a diversidade 2. Compreender os tipos de convivência e relação interpessoal 3. Estabelecer a importância da ética na vida do engenheiro Respeito à diversidade Uma das primeiras coisas que as pessoas pensam quando se fala em diversidade é que o assunto será sobre racismo e homofobia, porém é necessário entender que este tema vai muito além disso. Então o que é diversidade e porque é tão importante falar sobre isso todos os dias? Diversidade pode ser de�nida como a qualidade do que é diverso; diferente ou variado. Multiplicidade. Por isso, a importância em conversar sobre isso todos os dias, paraque seja possível entender cada vez mais e aceitar cada dia melhor que fazemos parte de um mundo diversi�cado com suas culturas, religiões, raças, gêneros, gostos musicais, pensamentos ou até mesmo de per�l pessoal. Saber aceitar a forma com que outra pessoa vive é saber aceitar o diferente que a vida é. Aceitar ao próximo é lutar para que nós sejamos aceitos da forma que somos. Com nossas especi�cidades. É importante respeitar as opiniões diferentes; isso também se enquadra em diversidade. Todo mundo pensamento a mesma coisa não é bom para evoluirmos, tanto pessoalmente quanto pro�ssionalmente, desde que, sejam opiniões sensatas e não discurso de ódio; incitar violência para com outra pessoa não é uma opinião que deve ser respeitada, isso deixa de ser diversidade. Uma forma de pensar um pouco mais sobre isso é aplicando a empatia. De acordo com Pinho e Falcone (2017): @freepik A importância da diversidade é que ela instiga o desenvolvimento. Pessoas com mentalidades diferente, visões diferentes e experiências de vida diferentes, quando somadas conseguem trazer diversos benefícios para o conjunto. Discussões com discernimento e socialização alcançam objetivos que agregam valor a toda a comunidade. É através do constante trabalho em trazer o tema para a sua área de trabalho, sua casa, en�m, seu convívio social em geral, que se estimula a aceitação e o respeito entre as pessoas, para que aceite e respeite as diferenças dos outros. A empatia é um fenômeno multidimensional, essencial para a vida em sociedade, e diz respeito à compreensão e preocupação com o bem- estar dos outros. (PINHO; FALCONE, 2007, p. 139 ). Falcone et al. (2008) a de�nem como: a capacidade de compreender, de forma acurada, bem como de compartilhar ou considerar sentimentos, necessidades e perspectivas de alguém, expressando este entendimento de tal maneira que a outra pessoa se sinta compreendida e validada. (FALCONE et al., 2008, p. 323 ). Por isso, falar de diversidade é importante. Se de repente no dia-a-dia do trabalho as coisas não estão evoluindo, parece que não consegue desenvolver novas ideias, pode ser que você esteja em um grupo no qual as pessoas tenham as mesmas ideias e visões, e talvez escutar e entender uma opinião sobre um caminho diferente possa te auxiliar em um novo direcionamento. Quando se trabalha constantemente a diversidade, trazendo ideias com pontos de vistas diferentes, apresentando pessoas com experiências de vida diferente, englobando toda essa “multivariedade” existente, onde todos tenham a mesma oportunidade, mesmo poder de desenvolvimento, mesmo peso durante decisões, faz com que seja reforçada a mensagem de aceitação e respeito entre as pessoas. Por tudo isso, é preciso frisar a importância de falar sobre isso diariamente; o diálogo gera con�ança entre as pessoas, tornando-as mais próximas e éticas com a própria vida e a sociedade global. Essa mensagem precisa ser passada; a diversidade precisa ser trabalhada e implantada em todos os lugares para garantir o bem-estar comum entre a comunidade. Convivência humana, pro�ssionalização e suas exigências éticas Desde quando nascemos somos incluídos em uma relação humana de extrema necessidade para nossa existência. Dependemos de alguém para nos auxiliar e conduzir em nosso aprendizado, para cuidar de nossa saúde. Isso é chamado de convivência humana ou relação humana. É uma troca entre as pessoas, onde uma pode contribuir para o convívio da outra. A convivência humana precisa ser genuína, precisa ser boa e recíproca para que possamos crescer mutuamente em um ambiente harmonioso. As relações humanas foram criadas a partir das interações entre as pessoas no seu dia a dia, por intermédio de uma rede de situações originadas do próprio ser, em aquisições de experiências passadas e presentes, além da interação do próprio indivíduo com o meio que está inserido, com o grupo de pessoas que faz parte de sua vida. Desde a Infância aprendemos a nos relacionar com os nossos familiares e grupos de amigos, e com o tempo este processo se prolonga acompanhando-nos em todas as fases de nossas vidas. Precisamos entender que a relação humana é de necessidade vital para todos. De acordo com Caetano e De Lurdes Silva (2016): (...)a ética pro�ssional é de algum modo um prolongamento de uma ética pessoal, dando ênfase a uma perspectiva em que a identidade pro�ssional e pessoal se integram num todo, mais do que se diferenciam segundo diferentes papéis. (CAETANO; DE LURDES SILVA, 2016, p. 53 ). No ambiente de trabalho é a mesma coisa: precisamos criar e manter uma boa socialização entre os colegas da empresa para que assim tenhamos um local de trabalho agradável e harmonioso. Precisamos um do serviço do outro para que seja possível alcançar resultados positivos que bene�ciem todos os colaboradores. Toda ética se baseia praticamente no espaço do outro. Por isso é importante entender que existem algumas éticas principais no ambiente de trabalho. Uma delas podemos falar que é a etiqueta, também conhecida como pequena ética, ou seja, da convivência cotidiana com o espaço do outro. Essa não é uma questão que diz respeito à etiqueta social de garfo e faca ou de como se sentar, por exemplo, mas sim da convivência, do respeito ao próximo, como exemplo podemos as expressões: por favor, com licença, me desculpe e obrigado. Esses são os primeiros passos da ética. Depois, podemos citar a compreensão no ambiente de trabalho. É certo dizer que existe uma hierarquia, porém ela signi�ca trabalho. Hierarquia não deve ser uma forma de prepotência e superioridade, ela signi�ca que cada um tem funções e delimitações dentro do mesmo grupo de trabalho. Todos somos iguais perante a lei e iguais quanto a dignidade e capazes perante o exercício da convivência; então, independentemente do nível hierárquico, todos devem receber os mesmos valores éticos, mesmo respeito. Por isso, o primeiro mandamento da ética no ambiente de trabalho, além da etiqueta, é a convivência humana, a relação interpessoal e a convivência com o poder. A diversidade é um outro fator muito importante no ambiente de trabalho. Ela deve ser respeitada com o mínimo de tolerância. Diversidade de gênero, raça, classes sociais, de formações, entre outras, devem ser levadas a sério. Todas merecem o mesmo respeito; não se deve invadir o espaço de nenhum cidadão além do que lhe é permitido. Não queira para o outro o que você não quer para você mesmo. @freepik O ambiente pro�ssional é um meio por excelência ética; é o ambiente mais claro, onde as pessoas estão sem a intimidade do ambiente familiar e o mesmo distanciamento do ambiente político. Talvez seja o grande exercício do convívio entre diferentes pessoas o melhor exemplo de aplicação de convívio ético, da ética do trabalho. Importante registrar que existem dois tipos de assédio principais no ambiente de trabalho que fogem totalmente da postura ética: assédio sexual, no sentido da utilização da diferença de gênero para exercer o poder, e o assédio moral, da utilização do poder para humilhação ou pressão além do que é necessário. Esses são os dois desvios éticos mais graves. Entender que pode haver demanda e que possa haver pedido de trabalho, mas nunca poderá ser submetido a sedução ou exercício de poder para concluir um trabalho. Infelizmente é muito comum na nossa tradição escravista que o trabalho seja visto como um exercício de poder e não de serviço. Mas como empregado e empregador podem tornar o ambiente de trabalho mais saudável e ético? Através do conhecimento. Levar o conhecimento em forma de debates, eventos e minicursos, são maneiras de alcançar melhorias nas relações interpessoais entre empresários e funcionários. É necessário re�etir sobre nosso código de ética (pessoal e o da empresa); temos que trabalhar questões e demonstrar que o ser humano pode ser aperfeiçoado. Tudo que for próprio do ser humano pode ser transformado, pode ser melhorado ou, infelizmente, piorado. É racional errar quanto a ética, mas é ético e humano buscar melhoriasquanto a isso. Por isso, temos pessoas mais éticas e menos éticas e, por isso, temos empresas mais éticas e menos éticas, porque é um esforço pessoal. É necessário que as pessoas e/ou empresas sejam lapidadas para que sigam melhorando e tornando cada vez mais ético. É um exercício constante, diário, cotidiano e uma meta a ser atingida. Di�cilmente seremos integralmente éticos, mas é possível melhorar a partir do ponto que nós estamos. @freepik Todos os seres humanos são passíveis de erros , por isso é compreensível que aconteça falhas em nosso dia-a-dia quanto aos valores éticos perante a sociedade. Nós, seres humanos, podemos fazer uma autorre�exão de como lidamos com a ética e corrigir pontos que evidenciam a falta dela. É muito importante que a todo instante eu re�ita sobre como estou exercendo a ética. A ética só existe se ela for cultivada como uma capacidade de aperfeiçoamento. Ninguém nasce perfeitamente ético. REFLITA A Re�exão que �ca, após entender um pouco mais sobre ética é: será que estou sendo ético em minha casa? Será que estou sendo ético perante a minha comunidade? E em meu trabalho, com meus colegas de pro�ssão, tenho tido modos éticos durante minha rotina diária? Reconhecer esses possíveis erros e contribuir para o crescimento do pro�ssional e da pessoa que estamos nos tornando. Assumir erros éticos também contribui para o nosso aprendizado e melhora nossa relação é convivência humana. Fonte: o autor. A pro�ssão do engenheiro e suas exigências éticas frente à sociedade A engenharia é a ciência de aprender e transformar a teoria matemática e tecnológica na criação, manutenção e modernização de serviços, otimizando e implementando utensílios como, materiais, planejamento e projeto processos, entre outros; todos buscando o mesmo objetivo. Em resumo, o engenheiro é o pro�ssional que exerce a prática da engenharia. Uma pro�ssão antiga e tão importante quanto qualquer outra. Segundo Glock é Goldim (2003): A fase da escolha pro�ssional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve ser permeada por esta re�exão. A escolha por uma pro�ssão é optativa, mas ao escolhê-la, o conjunto de deveres pro�ssionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes a assumir tornando-se parte daquela categoria que escolheu. Toda a fase de formação pro�ssional, o aprendizado das competências e habilidades referentes à prática especí�ca numa determinada área, deve incluir a re�exão, desde antes do início dos estágios práticos. Ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um juramento, que signi�ca sua adesão e comprometimento com a categoria pro�ssional onde formalmente ingressa. Isto caracteriza o aspecto moral da chamada Ética Pro�ssional, esta adesão voluntária a um conjunto de regras estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício. (GLOCK; GOLDIM, 2003, p. 2 ). O juramento feito pelo pro�ssional no momento da colação de grau é basicamente um juramento ético, o qual promete exercer nada mais do que todas as atribuições a ele autorizadas com o devido dever, sem ultrapassar os limites exigidos. Sabendo disso - e de sua importância - é indispensável não conciliar o ramo pro�ssional com os valores éticos que estamos discutindo neste livro. Os valores éticos do engenheiro foram criados e implantando buscando bene�ciar aos próprios pro�ssionais. Ser um Pro�ssional ético é não enganar ou mentir para tirar proveito das situações, é deixar de ganhar dinheiro em algum projeto buscando não ser omisso às suas funções, cumprir cronograma e prazos pré-aprovado pelos clientes ou parceiros, ser responsável com tudo o que lhe é encarregado e visar a qualidade e segurança dos projetos, buscando seguir certi�cações e decretos exigidos por lei. Tudo isso é ser um engenheiro responsável. Uma das ações mais importante é assinar um projeto somente quando for de tua autoria e quando você for o responsável pela obra. Não venda sua assinatura. Ser um engenheiro ético vai muito além do que simplesmente trabalhar. Trabalhar é importante sim, porém ser ético é dar o seu melhor em tudo o que você faz, e tudo dentro das normas, aplicando o máximo de valores éticos em sua atuação. Ser ético dentro da engenharia está relacionado a tudo aquilo que o pro�ssional pode fazer dentro das suas atribuições. É levar a sério seu relacionamento com o cliente. É colocar em prática todo o aprendizado adquirido na universidade de forma verdadeira e honesta. É o respeito nas relações entre as pessoas, tanto fora quanto dentro do teu local de trabalho, e honrar seus compromissos. A engenharia ética leva em consideração todos os ambientes com destaque para a conservação do planeta; é necessário o desenvolvimento, mas de forma sustentável, conservando o que temos de mais valioso: a vida. SAIBA MAIS Para compreender um pouco mais sobre a vida ética na pro�ssão engenheiro deixo para vocês um livro que completa tudo o que discutimos brevemente aqui. E um livro escrito por “Georg Wilhelm e Friedrich Hegel” que se chama “O sistema da Vida Ética”. boa leitura. ACESSAR Livro Filme Prezado(a) aluno(a), Neste livro, tentei trazer a você, da forma mais clara possível, como a ética esteve, está e sempre estará inserida em nossa sociedade. Os principais conceitos, de�nições, e exemplos diários foram apresentados com a �nalidade de aclarar possíveis dúvidas quanto ao tema abordado. Busquei ser direto na temática sem rodeios para que não surgissem grandes dúvidas, di�cultando o aprendizado. Para tanto abordamos as de�nições teóricas e, neste aspecto acreditamos que tenha �cado claro para vocês o quanto é importante para nossa qualidade de vida, pessoal e pro�ssional, as conversas constantes sobre ética e diversidade. Destacamos também importância do respeito à diversidade; o quanto ela é indispensável em nossa sociedade e como ela é importante desde o nosso nascimento, contribuindo para o nosso desenvolvimento e formação. Além dos aspectos teóricos que contribuíram profundamente para o entendimento dos assuntos aqui abordados, trouxemos vários exemplos e técnicas para uma melhor compreensão sobre o respeito à diversidade. Levantamos também aspectos sobre a convivência humana e suas exigências éticas no ambiente pro�ssional: o quão é necessário o bom relacionamento interpessoal dentro e fora de uma empresa, e como podemos encontrar tantas opiniões diferentes em um mesmo setor. Vimos os dois tipos de assédio mais comum sofrido dentro de um ambiente de trabalho e como é importante o respeito para evitá-los e, quiçá, extingui-los. Ao pensarmos em uma organização voltada ao ramo da engenharia, como abordo nesse livro, é de vital importância para, o pro�ssional, o conhecimento ético da instituição a qual trabalha é do código de ética da pro�ssão escolhida. ambas devem ser seguidas é levadas a sério para que seja visto como um engenheiro responsável. Conclusão A partir de agora, acreditamos que você já está preparado para seguir em frente desenvolvendo ainda mais suas habilidades com respeito e dignidade que lhe é exigido é seguindo de acordo com a ética que a tua pro�ssão estípula. O que foi passado até aqui foi apenas uma ajuda para que você encontre o seu caminho ético. Continuar evoluindo e melhorando agora só depende de vocês. Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!
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