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Quanto vale uma vida negra?
 O filme "Quanto Vale ou É Por Quilo?" obra de Sérgio Bianchi é uma adaptação do aplaudido conto de Machado de Assis "Pai Contra Mãe" e busca de maneira clara e evidente mostrar a dura realidade em que os negros escravizados se encontravam no Brasil Império e a necessidade de aparência visada por meio da marketing social feita por órgãos benfeitores. 
 A obra traz a tona assuntos de extrema importância para a atual sociedade brasileira e lembra quais foram os reais ombros que sustentaram e ainda sustenta a estrutura do nosso país. Foram ombros negros que trouxeram o Brasil Império Escravista para o hoje Brasil República, e após tudo isso ainda são alvos de preconceito, sendo as pessoas de pele preta maior parte da população carcerária e a menor em salas de faculdades e universidades e em empresas. 
 A fala de Marcos Aurélio, presente no filme diz "quem financia a solidariedade hoje está preocupado com o retorno" e de fato, essas palavras se desenvolvem na obra e na atualidade, onde órgãos sociais têm feito ações benfeitorias em prol de uma causa social e que na verdade, visam apenas visibilidade e interesse próprio. 
 É perceptível a diferença de anos entre o conto de Machado de Assis (1906), o filme Quanto Vale ou É Por Quilo? (2005) e a nossa realidade, e mesmo assim é notável as semelhanças. Parece um loop vicioso, no qual os negros são sempre a base explorada da população e os brancos a classe exploradora. Até quando isso vai durar? Até o momento em que a população aceitar que os negros não são e nunca foram inferiores por sua cor, cultura ou etnia.

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