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HISTÓRIA GERAL COM RODRIGO BIONE 1 2 HISTÓRIA GERAL COM RODRIGO BIONE 1. (Famerp 2018) No livro Investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações, publicado em 1776, Adam Smith argumentou que um agente econômico, procurando o lucro, movido pelo seu próprio interesse, acaba favorecendo a sociedade como um todo. Esse ponto de vista é um dos fundamentos a) do liberalismo, que dispensou a regulamentação da economia pelo Estado. b) do utilitarismo, que defendeu a produção especializada de objetos de consumo. c) do corporativismo, que propôs a organização da sociedade em grupos econômicos. d) do socialismo, que expôs a contradição entre produção e apropriação de riqueza. e) do mercantilismo, que elaborou princípios de protecionismo econômico. 2. (Enem 2019) TEXTO I A centralização econômica, o protecionismo e a expansão ultramarina engrandeceram o Estado, embora beneficiassem a burguesia incipiente. ANDERSON, P. In: DEYON, P. O mercantilismo. Lisboa: Gradiva, 1989 (adaptado). TEXTO II As interferências da legislação e das práticas exclusivistas restringem a operação benéfica da lei natural na esfera das relações econômicas. SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (adaptado). Entre os séculos XVI e XIX, diferentes concepções sobre as relações entre Estado e economia foram formuladas. Tais concepções, associadas a cada um dos textos, confrontam-se, respectivamente, na oposição entre as práticas de a) valorização do pacto colonial — combate à livre- iniciativa. b) defesa dos monopólios régios — apoio à livre concorrência. c) formação do sistema metropolitano — crítica à livre navegação. d) abandono da acumulação metalista — estímulo ao livre-comércio. e) eliminação das tarifas alfandegárias — incentivo ao livre-cambismo. 3. (Uece 2021) O século XVIII ficou marcado como o período do Iluminismo, movimento cultural e filosófico que a) fortaleceu a união entre Estado e Igreja, sobretudo a partir das transformações realizadas pela contrarreforma católica. b) era fundado na razão e defendia os ideais da liberdade, do progresso, da fraternidade, do governo constitucional e da separação Igreja e Estado. c) defendeu a monarquia absoluta através das obras de pensadores como Jacques Bossuet, Jean Bodin e Montesquieu. d) pregava a submissão do cidadão ao absolutismo real através das obras de Jean-Jacques Rousseau e de Voltaire. 4. (Fgvrj 2020) O século XVIII não se confunde totalmente com as Luzes. As Luzes excedem o século. Parte do século escapa-lhes. As Luzes são o século XVIII duradouro, o que faz parte do nosso patrimônio. Um século XVIII que, antes do mais, se inscreve nas palavras. Partir das palavras, partir do essencial. CHAUNU, P. A civilização da Europa das Luzes. Lisboa: Estampa, 1985, vol. I, p. 23-24. São palavras essenciais do século das Luzes: a) internacionalismo, razão, messianismo e cientificismo. b) progresso, obscurantismo, cientificismo, teocentrismo. c) superstição, empirismo, sensualismo, messianismo. d) socialismo, razão, progresso, superstição. e) racionalismo, cientificismo, progresso, esclareci- mento. 5. (G1 - ifce 2019) O iluminismo (ou ilustração) foi uma corrente de ideias que teve origem no século XVII e se desenvolveu sobretudo no século XVIII. O referido movimento é considerado importante por transformar a visão tradicional do homem moderno. O iluminismo expressou a a) consolidação dos dogmas religiosos como importantes na vida humana. b) negação dos princípios do uso da razão, pois não contribuía para o conhecimento humano. c) consolidação do uso da razão, ou racionalismo, como elemento essencial do ser humano. d) consolidação da providência divina dos reis. e) negação dos valores do humanismo e do uso da HISTÓRIA GERAL COM RODRIGO BIONE 3 razão. 6. (G1 - cps 2019) Quando na mesma pessoa, ou no mesmo órgão de governo, o poder Legislativo está unido ao poder Executivo, não existe liberdade […] E também não existe liberdade se o poder Judiciário (poder de julgar) não estiver separado do poder Legislativo (poder de fazer as leis) e do poder Executivo (poder de executar, de por em prática as leis.) Montesquieu, O espírito das leis, 1748. In: FREITAS, G. de; 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1978. V. III, p.24 Político, filósofo e escritor, o Barão de Montesquieu (1689–1755) se notabilizou por sua teoria sobre a separação dos poderes, que organiza o funcionamento de muitos dos Estados modernos até a atualidade. Ao formular sua teoria, Montesquieu criticou o regime absolutista e defendeu a divisão do governo em três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – como forma de a) garantir a centralização do poder monárquico e a vontade absoluta dos reis, bem como defender os interesses das classes dominantes. b) desestabilizar o governo e enfraquecer o Judiciário, bem como garantir a impunidade dos crimes cometidos pelos mais pobres. c) evitar a concentração de poder e os abusos dos governantes, bem como proteger as liberdades individuais dos cidadãos. d) estabilizar o governo e fortalecer o Executivo, bem como liberar as camadas subalternas da cobrança de impostos. e) fortalecer o povo e eliminar os governos, bem como eliminar as formas de punição consideradas abusivas. 7. (Uem 2019) A Sociedade Capitalista teve em sua gênese a Revolução Industrial na Inglaterra a partir de meados do século XVIII, com grande impulso no século XIX. Sobre o assunto, assinale o que for correto. 01) A industrialização promoveu o desenvolvimento de duas classes sociais distintas: os proprietários (burguesia) e os assalariados. Ambas tinham como espaço comum a fábrica, mas havia entre elas um abismo de desigualdades sociais e de diferenças culturais. 02) As condições de trabalho e de vida provocaram revolta e manifestações de descontentamento dos trabalhadores desde o começo da Revolução Industrial. 04) O fascismo, corrente ideológica surgida entre os operários do século XIX, propunha um governo autoritário e militarizado como forma de impor a ordem social. 08) Uma corrente ideológica importante foi o Liberalismo, que, em suas origens, pregava a plena realização da liberdade de mercado, o Estado de Direito e a divisão dos poderes entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. 16) O Liberalismo econômico afirmava que a única forma de se alcançar o bem-estar geral de uma sociedade era assegurar aos indivíduos e às empresas plena liberdade de iniciativa. A intervenção do Estado deveria ser limitada ao mínimo indispensável. 8. (Usf 2018) Conhecido como o século das Luzes ou do Iluminismo, o século XVIII foi marcado por um movimento do pensamento europeu (ocorrido mais especificamente na segunda metade do século XVIII) que abrangeu o pensamento filosófico e gerou uma grande revolução nas artes (principalmente na literatura), nas ciências, nos costumes, na teoria política e na doutrina jurídica. O Iluminismo também se distinguiu pela centralidade da ciência e da racionalidade crítica no questionamento filosófico. Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio. br/15543/15543_3.pdf>. Acesso em: 12/09/2017. Tomando como base o contexto abordado, podemos afirmar corretamente que a) o liberalismo econômico deu ênfase à economia mercantilista, na qual o Estado seria responsável pela regulamentação de preços e mercados para evitar abusos que prejudicariam a população. b) a Escola Fisiocrata sustentou a ideia de que existem leis naturais regendo a sociedade, mas que poderiam ser alteradas pelo bem da humanidade, e, além disso, defendeu que a indústria e o comércio seriam responsáveis pela riqueza de uma nação. c) as ideias defendidas por John Locke, na obra O contrato social, afirmam que o soberano deve conduzir o Estado de forma democrática, de acordo com a vontade do povo. d) o Despotismo Esclarecido, ligado à associação entre as ideias das luzes e o poder absolutista dos reis, foiaplicado com ênfase em todos os Estados europeus no início do século XVIII, resultando no nascimento de dezenas de monarquias parlamentaristas. 4 HISTÓRIA GERAL COM RODRIGO BIONE e) o Iluminismo combateu o mercantilismo, o tradicionalismo religioso herdado da Idade Média e a divisão da sociedade em estamentos. 9. (Upe-ssa 2) O Princípio de Separação dos Poderes, embora tenha sido positivado por meio da revolução constitucionalista do final do século XVIII, tem raízes muito mais profundas, tendo em vista que a preocupação de atribuir as funções fundamentais do estado a órgãos distintos é objeto de reflexão e discussão desde os primórdios da organização estatal. A separação dos poderes do Estado tem suas bases definidas por meio de uma teoria, que se desenvolveu ao longo do tempo, mediante a reflexão de filósofos que remontam à Antiguidade, consagrando-se efetivamente após a análise de Montesquieu, no século XVIII. BARBOSA, Marília Costa. Revisão da Teoria da Separação dos Poderes do Estado. Escola Superior do Ministério Público do Ceará. (Adaptado) Diante do contexto explicado, qual a principal característica da separação dos poderes no pensamento de Montesquieu? a) Combater a expansão dos ideais socialistas. b) Possibilitar a exploração dos trabalhadores. c) Garantir a manutenção do Antigo Regime. d) Propiciar a expansão da industrialização. e) Assegurar a liberdade dos indivíduos. 10. (Unesp) Todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais figuram a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Para assegurar esses direitos, entre os homens se instituem governos, que derivam seus justos poderes do consentimento dos governados. Sempre que uma forma de governo se dispõe a destruir essas finalidades, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la, e instituir um novo governo, assentando seu fundamento sobre tais princípios e organizando seus poderes de tal forma que a ele pareça ter maior probabilidade de alcançar-lhe a segurança e a felicidade. (Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). In: Harold Syrett (org.). Documentos históricos dos Estados Unidos, 1988.) O documento expõe o vínculo da luta pela independência das treze colônias com os princípios a) liberais, que defendem a necessidade de impor regras rígidas de protecionismo fiscal. b) mercantilistas, que determinam os interesses de expansão do comércio externo. c) iluministas, que enfatizam os direitos de cidadania e de rebelião contra governos tirânicos. d) luteranos, que obrigam as mulheres e os homens a lutar pela própria salvação. e) católicos, que justificam a ação humana apenas em função da vontade e do direito divinos. Gabarito: 01: [A]; 02: [B]; 03: [B]; 04: [E]; 05: [C]; 06: [C] 07: [01 + 02 + 08 + 16 = 27] ; 08: [E]; 09: [E]; 10: [C]
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