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Medicina - 6º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa Profº Mauro Kierpel 31 de ago. de 2023 Dor Torácica - Epidemiologia - A dor no peito é uma das causas mais frequentes da busca por atendimento médico em unidades de urgência e emergência. ● Uma das queixas de mais difícil manejo no pronto socorro ● Característica da dor para estratificação do risco é muito importante - Entretanto, tal sintoma, referido das mais diversas formas, nem sempre está relacionado à manifestação da síndrome coronariana aguda (SCA) ● A própria dor da SCA tem características específicas ● Os diabéticos podem não ter dor precordial no infarto, por conta da microangiopatia diabética → nervo também é irrigado - A relevância e a magnitude do tema vem sendo expressas pelas estatísticas mundiais. - Nos Estados Unidos, por exemplo, a dor torácica foi a queixa de 5,8 milhões de indivíduos, dos 113 milhões que deram entrada em serviços de pronto-atendimento (PA). - Consoante ao cenário mundial, no Brasil, anualmente há 4 milhões de atendimentos por queixa de dor torácica. - Conceito: ● Dor → Experiência sensorial e emocional desagradável relacionada a lesão tissular ● Somática superficial → receptores nociceptivos do tegumento, bem localizada(trauma queimadura e processo inflamatório ● Somática profunda → receptores nociceptivos dos músculos, tendões, fáscias, ligamentos e articulações ● Estruturas torácicas com sensibilidade dolorosa → Pleura parietal (apical, costal e diafragmática), traquéia, brônquios centrais, formações esqueléticas do tronco, seus nervos e vasos, fáscias musculares, coração, esôfago. ● Insensíveis à dor → brônquios intrapulmonares, parênquima pulmonar e a pleural visceral ○ Pleura visceral - importância: quando faz punção do derrame pleural uma das complicações é pneumotórax pela anestesia pode furar o parênquima, de um derrame passa para um pneumotórax Características Semiológicas da Dor - ILICIDIPFFF: - Saber esses para ter o que perguntar quando paciente chegar com dor torácica no pronto socorro: ● Início ● Localização ● Irradiação ● Qualidade ou caráter ● Intensidade ● Duração ● Evolução ● Relação com funções orgânicas ● Fatores desencadeantes ou agravantes ● Fatores atenuantes ou de alívio ● Manifestações concomitantes - Estudo CASS: ● Definitivamente anginosa-A ○ Dor ou desconforto retroesternal ou precordial, geralmente precipitada pelo esforço físico, podendo-se irradiar para ombro, mandíbula ou face interna do braço (ambos) e costas, com duração de alguns minutos, e aliviada pelo repouso ou nitrato emmenos de 10 minutos 1 ○ Caso: Paciente se submete a um esforço e começa uma dor com essas características, para de fazer esforço ou usa nitrato por recomendação e melhorou → dor definitivamente anginosa ● Provavelmente anginosa-B ○ Tem a maioria, mas não todas as características da dor definitivamente anginosa ● Provavelmente não anginosa-C ○ Tem poucas características da dor definitivamente anginosa (“dor atípica”, sintomas de “equivalente anginoso”) ● Definitivamente não anginosa-D ○ Nenhuma característica da dor anginosa, fortemente indicativa de diagnóstico não radiológico. OBS! Hiperventilação → paciente relata hiperventilação, por dor, ansiedade, etc. - Quando hiperventilamos → jogamos o excesso de CO2 para fora, tem uso exagerado da musculatura intercostal que gera acúmulo de ácido lático → pedir para o paciente se acalmar pois excesso de ácido lático dói - PVM = prolapso da valva mitral 2 OBS! Angina estável →melhora quando o repouso (cessa o estímulo = melhora) ● Se transforma em instável ● Dor com intensidade de 5 e dura aproximadamente 3 minutos - Angina instável → dor até em repouso ● Dor desencadeada com esforço menor, dura mais e demora para melhorar → obstrução está ficando maior ● Intensidade 7, duração de 5 min e demora mais para melhorar - Infarto agudo do miocárdio → não melhora ● Pode confundir com angina instável OBS! Angina instável resulta de obstrução aguda de uma artéria coronária sem infarto do miocárdio - Para diferenciar a angina instável do IAM: ● Eletrocardiograma diferencia infarto de angina → infarto tem supra de ST (mas pode ter o infarto sem supra de ST) ○ Sem supra: diferencia pelos marcadores de necrose miocárdica → infarto sem supra ● Diferença de infarto com supra e sem supra: é questão de tempo para virar com supra e depois virar necrose - Não isquêmica valvular: ● Estenose aórtica da valva → tem aumento de pressão de sangue que vai gerar hipertrofia ventricular e assim, a coronária não desenvolve ramo suficiente para a parede grossa do ventrículo 3 - Dor psicoemocional: ● Quando hiperventilamos → jogamos o excesso de CO2 para fora, tem uso exagerado da musculatura intercostal que gera acúmulo de ácido lático → pedir para o paciente se acalmar pois excesso de ácido lático dói - Causas de dor torácica: (SABER) PULMONAR: Hipertensão pulmonar → gera dor por conta do aumento da pressão da artéria pulmonar, aumenta pressão no VD e hipertrofia → angina pelo ventrículo direito - Associada à pulmonares e cardíacas: tosse, febre e dispneia sempre estão associadas OBS! Quando da falta de ar, tosse, sempre pensar em causas pulmonares e cardíacas CAIXA TORÁCICA: Síndrome de Tietze → é uma condrite da articulação que junta as costelas com esterno (dói muito) - Herpes Zoster → o tropismo do herpes zoster é pelo nervo intercostal, paciente chega com dor neurálgica intercostal (pedir sorologia específica para herpes) OBS! Drogas → aumentam a resistência vascular (hipertenso), taquicárdico e com vasoconstrição → paciente pode ter AVC ou infarto - No cateterismo não dá nada, pois esse teve espasmo da coronária, infartou e perdeu o miocárdio, mas quando passa o efeito da cocaína o cateterismo da normal Síndrome Coronariana Aguda (SCA) - Síndrome coronariana aguda (SCA) é uma entidade nosológica caracterizada por um espectro de manifestações clínicas e laboratoriais de isquemia miocárdica aguda, sendo classificada em três formas: ● Angina Instável (AI) ● Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ○ Sem supradesnível do segmento ST (IAMSSST) ○ Com supradesnível do segmento ST (IAMCSST) 4 Cardiologia Baseada em Evidências OBS! Doenças cardíacas e cerebrovasculares depois de 30 anos ainda continua sendo as maiores causas de mortalidade Fatores de Risco OBS! Alguns são alteráveis e outros não Fisiopatologia OBS! Doença aterosclerótica é uma doença sistêmica, inflamatória e causa disfunção endotelial 5 Formação da Aterosclerose - Imagem: ● Fatores de risco causam disfunção do endotélio L ● Na parede endotelial há buracos (permeável), então as moléculas do LDL circulam por ali e esse entra na camada íntima ● A disfunção gera atividade pró inflamatória no local (RL) ● Com isso, existe uma tração do endotélio para fixação de moléculas de adesão para trazer polimorfismo nucleares, fibrinas e plaquetas ● Amolécula de adesão pelo monócito e linfócito e esses entram na camada íntima e média, o linfócito dentro da camada media se converte emmacrofago ● O LDL sobre a ação de radicais livre e as cinina se oxida e vira LDL oxidado ● Omacrófago então, vai fagocitar esse LDL oxidado ● O conjunto macrofago-LDL oxidado geram as células espumosas ● Células espumosas juntas = geram a placa aterosclerótica ● Em pessoas que continuam nos fatores de risco tem isso como processo contínuo ● A placa de gordura é coberta por uma camada de fibrina que a deixa parada, mas a atividade inflamatória produz enzimas proteolítica (mieloperoxidase) ● Amieloperoxidase acaba com a camada de fibrina, com isso destrói a parede e esse conteúdo extravasa = infarto ● Além de ter a placa de gordura, ulcerou o endotélio → vem plaqueta e fibrina para conter. ● Dar clopidogrel para não progredir o cenário - Cenário: ● Idosa com angina estável, enzimas estão normais ● A placa vai se projetando, está quase obstruindo a luz do vaso mas nao tem sangue suficiente para manter perfusão adequada do miocárdio ● O coração entra em sofrimento → infartado com necrose ● Tratarinfarto sem supra = necessário antiagregante plaquetário, se fechar completamente aí sim dá um trombolítico 6 - Fisiopatologia: - Relações com endotélio e aterosclerose: Aterotrombose: Processo progressivo, degenerativo e generalizado 7 OBS! Estria gordurosa → começa a aparecer quando começa ter espessamento da íntima média da carótida que começa a ter com 7 a 10 anos - Claudicação intermitente → anda e sente dor na perna (angina estável no músculo da perna) Outras causas de Oclusão Coronariana 1- Espasmo coronariano: ● Induzido por drogas (cocaína, catecolaminérgicos) ● Angina de Prinzmetal → desencadeante do frio. Ex: Pessoas que eventualmente põe a mão no balde de gelo e isso gera vasoespasmo reflexo 2- Embolia coronária: ● Endocardite ● Trombo atrial ou ventricular ● Neoplasia intracardíaca → geralmente é benigno e chama mixoma de átrio esquerdo 3- Oclusão do óstio da coronária: ● Dissecção de aorta ● Aortite sifilítica ● Estenose aórtica 4- Vasculite: ● Poliarterite nodosa ● Kawasaki ● Takayasu ● Lúpus 8 5- Doenças trombóticas: ● Anemia Falciforme ● CIVD - coagulação intravascular disseminada ● PTT → púrpura trombocitopênica trombótica ● SAF → síndrome do anticorpo antifosfolipíde - Outras: ● Anemia ● Choque Fisiopatologia - O supradesnivelamento do segmento ST é a manifestação eletrocardiográfica de uma artéria coronária 100% ocluída. - Imagem: Obstrução total do vaso por trombo sobre a placa rota. OBS! Corte histológico de uma coronária de um paciente que não sobreviveu, trombo ocluir 100% da sua coronária - Ritmo sinusal, com supra de derivação D2, D3 e aVF de parede inferior (coronária direita que gera a descendente) 9 OBS! Cenário clássico de infarto → sinal de Levine (mão no peito), idade, frio, subindo escada, acabou de comer (saindo de restaurante) e homem Dor precordial - dor típica: DEFINITIVAMENTE ANGINOSA - A - Em aperto/queimação - Região retroesternal/precordial - Irradiação para braço esquerdo, pescoço ou mandíbula - Início aos esforços - Melhora ao repouso ou com nitrato - Associado a náuseas, vômitos - Clínica: ● Tipo de dor semelhante à dor de SCA ● Idosos, mulheres e diabéticos: Sintomas atípicos ● Mais frequentemente apresentam ○ Ansiedade ○ Sudorese profusa ○ Palidez ○ Mãos Frias ● Exame Físico ○ Atenção com diferença de pressão emmembros - Classificação de Killip: ● Killip 1: Sem sinais de IC (insuficiência cardíaca) ● Killip 2: IC presente, B3, estertor em bases até metade do tórax, estase jugular → quente e úmido ● Killip 3: IC grave, EAP (edema agudo de pulmão) ● Killip 4: Choque Cardiogênico → frio e úmido - Preditores de Mortalidade: ● Idade ● Killip ● Tempo para reperfusão ○ Se passar muito tempo a quantidade elevada de EROS lesa o miocárdio ● Parada cardíaca ● Taquicardia ● Hipotensão ● Infarto de parede anterior ● Infarto prévio ● DM ● Função renal ● Pico de marcadores 10 Caso 1 - Eletrocardiograma - Onda P → despolarização atrial - Segmento PQ → pausa atrioventricular - Onda Q → ativação do septo - Onda R → despolarização ventrículos - Onda S → despolarização da parede livre - Segmento ST → espaço entre despolarização e repolarização dos ventrículos - Onda T → repolarização das paredes do ventrículo - Onda U → despolarização do final das paredes Artéria Coronária - Aterosclerótica 11 Caso 1 - eletrocardiograma 12 OBS! Onda U: despolarização do final das paredes livres → pode ser fisiológico - ST: período/espaço da repolarização dos ventrículos - Supra de segmento ST: infarto isquêmico - bomba Na/K/ATPs não funciona corretamente por estar lesionada e ter destruição dos canalículos de Ca2+ que seriam responsáveis pela condução do estímulo elétrico → demora mais ● Porque corresponde a fase 2 da despolarização - Infra de ST ou inversão de onda T: isquemia subendocárdica → hipertrofia ventricular Circulação Coronariana Obstrução Coronariana 13 OBS! Supradesnivelamento → significa fortemente suspeita de lesão - Depressão de ST ou inversão de onda T: ocorre em hipertrofia dos ventrículos, que causa isquemia subendocárdica - Infarto recente: ● Tem na elevação de ST o músculo do coração está sendo lesado, as células estão sendo destruídas por isquemia → onde aparece os marcadores de necrose miocárdica alterados ○ Um eletrocardiograma assim significa que ainda dá tempo de reverter, porque tem muita lesão e pouca necrose (o pontinho pequeno antes da subida) ● Inversão da onda T pode ser uma angina estável (se tiver marcadores de lesão) 14 - Infarto antigo: ● Onda Q com supra grande: corrente de lesão ● Medida que o tempo vai passando as células lesadas vão morrendo, com isso a onda Q vai aumentando e o supradesnivelamento vai diminuindo (porque as células estão morrendo) ● Supra diminuiu → não tem o que fazer do ponto de vista de revascularização (não tem como reverter) ● Não pode fazer trombólise pois pode lesão de reperfusão (EROS) ou por destruir vaso pode fazer uma hemorragia no paciente, transformando infarto isquêmico em hemorrágico. - Suboclusão → placa de gordura pronta para explodir → infarto sem supra ● Pode ser angina estável e quando rompe vira instável → oclusão total - Oclusão total → infarto com supra Correspondência entre anatomia coronária e ECG OBS! V3 → responsável pelo septo 15 - Supradesnivelamento V3 e V4 em parede anterior → muita lesão (bom para tratar) Derivações adicionais - V7, V8 e V9: para infarto de parede posterior - V2, V3 , V4, V5, V6: para confirmar parede lateral Coronária Esquerda - Constituída por um curto segmento (tronco), que depois se divide em DA (descendente anterior) e CX (circunflexa) - Irriga todo o átrio esquerdo, os ⅔ anteriores do septo, a margem esquerda da parede livre do VD e a parede anterior e lateral do VE 16 OBS! Supra de ST (não está alto, porque já tem lesão - pode ser agudo ou antigo) V1, V2, V3, V4 OBS! Bloqueio de ramo esquerdo (pelo bloqueio nas derivações do lados esquerdo) completo – Ritmo sinusal, QRS alargado (>0.14seg.), padrão rS em V1 e R alargado e com onda R com entalhe em DI, aVL e V6 ● V4: alargado, por alteração na condução elétrica ● É bloqueio do esquerdo pois tem bloqueio na V5, V6, D1 e aVL - Bloqueio de ramo esquerdo = QRS alargado - SCACSST de parede anterior extensa (necrose): - Necrose → ST está pequeno, pois a necrose já tomou conta (pois está para baixo as ondas) 17 Coronária Direita - Nasce no seio de Valsalva direito (97%) e acompanha o sulco atrioventricular direito - Atravessa a “crux cordis” e se divide ● Serve para saber qual dominância das coronárias - Dá origem a 4-5 ramos dos casos - Artéria do nó sinusal em 55% dos casos - Irriga toda a parede livre do VD, ⅓ posterior do septo, parede inferior do VE e todo átrio direito - Infarto de coronária direita: pode dar bloqueio atrioventriculares/doença do nó sinusal - SCACSST de parede inferior: - Está com supra e infra: D2, D3 e AVf, parede inferior 18 - SCACSST de ventrículo direito: - Imagem em espelho: OBS! Sempre que tiver supra e infra o que vale é o supra, pois o Infra chama se “imagem em espelho” ● Parede inferior e parede lateral (espelho) ● Imagem em espelho: toda vez que tiver infarto na parede lateral → olhar a imagem em espelho em parede inferior e vice e versa 19 - Localização isquemia, lesão ou infarto através do ECG de 12 derivações: - Abordagem SCA: (SABER) Evolução da necrose - Tempo: 6 horas de lesão pode ter uma obstrução de 90% 20 Caso - Você está de plantão no Pronto antendimento e o sr. João é admitido com queixa de dor torácica de forte intensidade, tipo aperto e com irradiação para mandíbula, há cerca de 15 minutos. O paciente tem 56 anos e referiu antecedente de hipertensão arterial e tabagismo de longa data. Nega uso de medicamentos ou drogas ilícitas, nega alergias. - Durante o exame físico lhe chama atenção quadro de diaforese (suar frio) e fácies de dor. Você solicita um eletrocardiograma e encaminha o paciente para sala de emergência. - Qual é o diagnóstico? ● A V1 e V2 está em espelho, entãoprecisa pedir a V7 V8 e V9 (se tiver infra) ● O infarto vai estar em V8 e V9 uma vez que estes serão o espelho de V1 e V2 - Qual conduta devemos tomar? ● Conduta é restabelecer o fluxo coronariano Diagnóstico ECG ● Nova elevação do ponto J em pelo menos duas derivações contíguas, na ausência de HVE (hipertrofia ventricular esquerda) ou BRE (bloqueio de ramo esquerdo) ○ V2-V3 - quantos quadradinho tem que subir ■ >2mm em homens ■ > 1,5mm emmulheres ■ ou aparecimento de bloqueio de ramo superior ○ >1 mm nas demais derivações ● BRE (bloqueio de ramo esquerdo) presumidamente novo OBS! Ponto J: o término do complexo qrs e o começo do segmento st é determinado por esse ponto ● Para medir o tamanho do supra de ST, conta quantos quadrinhos o ponto J está para cima (cada quadrado é 1mm) - Bloqueio de ramo: não passa condução elétrica, pois a lesão é tão grande que comprometeu o feixe nervoso → infarto transmural que pegou até o feixe elétrico - Diagnóstico diferencial do supra de ST: 21 OBS! Eletrocardiograma precisa fazer em 10 min a partir do momento que paciente chegou - Fazer exame físico direcionado, sem fazer ISDA OBS! Conduta é restabelecer o fluxo coronariano 22 Tratamento ● Monitorização contínua ● Suporte de O2 se Sat < 90% ● Antiagregantes plaquetários ● Anticoagulação ● Medicações antianginosas ● Medicações a serem introduzidas em 24 horas ● Estratégia de reperfusão (com supra) - Oxigênio: ● Hipóxia é muito deletéria ● Hiperóxia aumenta radicais livres e dano miocárdico (EROS) ● Sempre que Sat O2 ≤ 90% ● Progredir via aérea conforme demanda - Anti anginosos: ● Morfina (vasodilatadora, diminui pré e pós carga) → pode dar ○ Inicialmente 2-4 mg EV titulando após ○ Adicional: reduz ansiedade (para diminuir taquicardia e estresse) ● Nitratos: ○ EV mais efetivo que VO ○ Titular redução de PA: 30% em previamente hipertensos e 10% em previamente normotensos. ○ Benefício: Vasodilatação → Diminuição de pré-carga → diminuição do VDF → Diminui distensão miocárdica → diminui consumo O2 ■ Vasodilatador direto → diminui resistência periférica, débito facilitado = coração trabalha menos) ● Cuidados: ○ INFARTO DE VD → Inibidores da PDE5 (sildenafila → viagra), Hipotensão ○ Paciente pode ter choque irreversível (sempre perguntar) - Nitratos: ● Isossorbida ○ Usa quando o paciente está consciente (sublingual) ○ 5 mg SL até 3x ● Nitroglicerina EV ○ Usa quando paciente está hipertenso ○ Dose inicial 10mcg/min ○ Aumentar 10 mcg/min a cada 5 minutos ○ 1 Ampola/10 ml/50mg ○ Diluir 1 ampola em 240 ml SG5% e iniciar 3 ml/h0 OBS! Não pede as doses - Antiplaquetários: ● Iniciar o mais precoce possível!!! ● Obrigatoriamente: DOIS ANTIPLAQUETÁRIOS ● AAS + Inibidor do ADP (clopidogrel) 23 ● AAS: sempre usa ○ Antiagregação plaquetária; ○ Diminui mortalidade fibrinólise (ISIS-2); ○ Diminui reinfarto não fatal; ○ VOmacerado 162 a 300 mg (ataque) e 100 mg/d (manutenção) ● Atenção: alergia (única contraindicação absoluta), asma (pela broncoconstrição) e úlcera péptica (efeito direto) ● Escolha do inibidor do ADP: ICP-angioplastia ○ Ticagrelor ○ Prasugrel → muito utilizado em diabéticos ● Trombólise ○ Ticagrelor e prasugrel contra indicados ○ Clopidogrel indicado ■ 300 mg vo 1 x dia ataque ■ 75 mg vo 1 x dia manutenção ■ Se > 75 anos não realizar ataque ● Terceiro antiplaquetário: ○ Inibidores da GP IIb/IIIa ○ Adição de um inibidor da GP IIb/IIIa em pacientes com baixo risco hemorrágico, sob dupla antiagregação plaquetária, submetidos à ICP de alto risco (presença de trombos, complicações trombóticas da ICP) OBS! Quando usa antiagregante e funciona → diminui a dor, diminui o ST (marca lesão), estabiliza hemodinamicamente e diminui marcador de necrose (sinal de reperfusão) - Anticoagulantes: ● Opções: ○ HNF (48 horas) ○ Enoxaparina ● Devem ser iniciados precocemente ● Evitar a troca de anticoagulantes ● Encerrados após a angioplastia ● Não submetidos a angioplastia: ○ 48h HNF ○ Até a alta (máximo 8 dias): enoxaparina ● Heparina não fracionada: ○ Primeira escolha para cate < 6 horas da admissão ○ Necessita monitorização de TTPA 6/6 horas 24 ○ Meia vida curta ○ Reversão possível com protamina ○ Ataque: 60UI/Kg até 4000UI ○ Manutenção:12UI/Kg/h até 1000UI/h ● Enoxaparina: ○ < 75 anos:, homem com Cr< 2,5 mg/dL, mulheres com Cr< 2mg/dl ■ Bolus 30 mg EV seguido de 1 mg/kg sc 12/12 horas até 100 mgbpor dose ○ > 75 anos ■ 0,75 mg/kg sc ○ Se Cl< 30 mL/min usar metade da dose ( 1mg/kg/sc 1xdia) Terapia de reperfusão - Qual e como escolher? ● Trombólise ou angioplastia primeiro? ○ Angioplastia, mas depende do caso → se tiver em um hospital que dá para fazer a angioplastia, faz a angioplastia. OBS! HIC = hemorragia intracraniana - TIMI: fluxo da coronária quando faz o cateterismo -> 0 a 3 ● 0: coronária 100% ocluída ● 3: coronária totalmente desobstruída 25 Posologia dos fibrinolíticos 26 Critérios de Reperfusão - Trombólise com sucesso: ● Alívio dos sintomas ● Manutenção ou restauração do equilíbrio elétrico e hemodinâmico ● Redução de mais de 50% do tamanho do supra após 60 a 90 minutos do início da trombólise - Sucesso na reperfusão: ● ICP (intervenção coronariana percutânea - só balão); em 2 a 24 horas - Insucesso de reperfusão: ● Angioplastia (coloca stent) de resgate imediatamente Outros Tratamentos 1- Estatina de alta potência para todos os pacientes com SCA. ● Atorvastatina 40/80mg ● Rosuvastatina 20/40 mg 2- DAPT (dupla antiagregação plaquetária) por pelo menos 1 ano. - ASS + clopidogrel 3- Betabloqueador nas primeiras 24 hs. 4- Cessação de tabagismo. 5- Reabilitação Cardiopulmonar. Conclusão 1. Reperfusão Primária: mais rápida/mais eficiente ● Fibrinólise ou Angioplastia 2. Associar um Anticoagulante: eficiente/seguro ● HNF (heparina) ou Enoxaparina 3. Associar anti-agregantes: mortalidade/patência ● AAS + ticagrelor/Prasugrel/Clopidogrel + IIbIIIa 27 - Não é possível definir o método de reperfusão superior / ideal para todos os pacientes. - O tempo de restabelecimento do fluxo deve ser considerado como fundamental para escolha da terapia. - Diferentes locais e condições clínicas. OBS! Tempo é músculo 28