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Medicina - 6º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa Profº Miguel 10 de nov. de 2023 Conceito - É uma doença heterogênea - Inflamação crônica das vias aéreas. - É definida pela história de sintomas respiratórios, tais como sibilos, dispneia, opressão torácica retroesternal e tosse, os quais variam com o tempo e na intensidade, sendo esses associados à limitação variável do fluxo aéreo Informações - Doença inflamatória ● Causa remodelamento pulmonar ● Pode ser aguda ou crônica - Anatomia: ● No brônquio tem pneumócito tipo I e II e em volta passa o um capilar ● Tem umamusculatura lisa que contrai e relaxa → sistema nervosos autonômico: ○ SN colinérgico → libera acetilcolina = receptor M3 muscarínico ○ SN adrenérgico → noradrenalina = libera noradrenalina = receptor beta 2 - Fisiopatologia: ● Cascata inflamatória de IgE ● IgE se liga a células que contém histamina e prostaglandina = faz vasodilatação ● Vasodilatação favorece a extravasamento de líquido para dentro do brônquio → como resposta tem broncoconstrição do brônquio ○ Junto com a água vai neutrófilo, eosinófilo → broncoconstrição, vasodilatação, edema = como resposta tem broncoespasmo ○ Broncoespasmo (bronco contraindo - ar passando por um diâmetro pequeno) → sibilo/chiado de gato ● Importante ver os eosinófilos na asma - Tratamento: ● Agonista beta adrenérgico → causa broncodilatação ● Antagonista muscarínico = brometo de ipratrópio → causa broncodilatação ○ Ambos são: berotec e atrovent ○ Para diminuir prostaglandina e histamina O que é Asma? - Conceito: ● Inflamação crônica das vias aéreas, geralmente alérgica →Manutenção ● Hiperreatividade brônquica, levando a broncoconstrição ● Sinais episódicos → Resgate ● Doença muito heterogênea → qualquer coisa pode causa asma (pólen, ácaro, mofo, cloro, etc) OBS! Broncoconstrição pelo remodelamento muscular 1 - Consequências fisiopatológicas ● Hiperresponsividade brônquica ● Remodelamento da via aérea ● Hiperplasia glandular ● Aumento da produção de muco - Consequências clínicas ● Sibilância ● Dispneia ● Aperto no peito ● Tosse ● Exacerbações Sintomas - O que é mais importante? ● Dispnéia - chiado no peito (usa broncodilatador) ○ Broncoconstrição da mais ataques em tempos curtos de asma e dispneia → com isso é importante controlar a broncoconstrição ● Tosse seca ou com expectoração (usa antiinflamatório - corticóide) - Diagnóstico diferencial: ● Crise de ansiedade, pneumonia, atelectasia → dispneia ● Crise alérgica → tosse 2 Diferença entre controle e gravidade da asma - Dois domínios distintos: ● O controle das limitações clínicas atuais, como sintomas mínimos durante o dia e ausência de sintomas à noite, necessidade reduzida de medicação de alívio dos sintomas; ausência de limitação das atividades físicas ● Redução de riscos futuros, como exacerbações, perda acelerada da função pulmonar e efeitos adversos do tratamento ● Com base nesses parâmetros, a asma pode ser classificada em controlada, parcialmente controlada e não controlada ● A avaliação do controle, em geral, é feita em relação às últimas 4 semanas. ● A educação em asma e o manejo criterioso da terapia medicamentosa são intervenções fundamentais para o controle da doença. - Fatores que influenciam o controle da asma: ● Diagnóstico incorreto ● Falta de adesão ● Uso de drogas que podem diminuir a resposta ao tratamento (anti-inflamatórios não esteroidais e β-bloqueadores) ● Exposição domiciliar (por exemplo, poeira ou fumaça) ● Exposição ocupacional ● Tabagismo ● Outras comorbidades OBS! Tem que fazer fisioterapia para controle respiratório = REABILITAÇÃO PULMONAR - Por isso, recomenda-se que, antes de qualquer modificação no tratamento da asma em pacientes com asma parcialmente ou não controlada, esses fatores que influenciam o controle da asma devam ser verificados OBS! GINA 2023 → leva em consideração o COVID → pode gerar ataque asmático 3 Doença variável mesmo que tratada Diagnóstico - Espirometria: OBS! Dispositivo que avalia o fluxo expiratório final - Um tubo onde avalia o fluxo EXPIRATÓRIO (volume expiratório final) ● Pedir para o paciente soprar bem forte e até acabar o ar - Dar broncodilatador para abrir o brônquio ● Se ele responde bem ao broncodilatador, no volume expiratório final, ele tem grande chance de ser asmático - Em idoso faz sempre com broncodilatador e em criança e adolescente faz sem - Como interpretar uma espirometria? 1. Ver a relação VEF1/CVF (capacidade vital forçada) ● Se menor que 70% ou LIN: obstrução 2. Classificar pelo VEF ● Leve, moderada ou grave 3. Avaliar se houve resposta ao broncodilatador ● Ganho de 200 mL e aumento de 12% no VEF1 - VEF1: ● Leve: 60 a 80% ● Moderada: 40 a 60% ● Grave: menor que 40% ● Melhora com BD: aumento de 200ml no ou 7% no pós BD 4 Heterogeneidade da asma OBS! Imagem sobre a heterogeneidade da asma OBS! Explicado no começo da aula - Células aderem ao IgE, manifestação de eosinófilos Importância do fenótipo da asma OBS! Cascata da fosfolipase A2 5 - Na membrana tem a fosfolipase A2 que inumado ativada por alérgenos, células, ige ou histamina → essa enzima é ativada, assim transforma os fosfolipídeos da membrana em ácido araquidônico - O ácido aracdônico sofre ações enzimática de 2 grandes enzimas: ● COX-1 - constitutiva ● COX-2 - inflamatória - Ácido aracdônico sofre ação também da: ● Lipoxigenase que sofre ação do leucotrienos (LTB4, entre outros) ○ LTB4 interage com células no receptor de LTB4 e assim produz broncoconstrição - Com isso corticóide inalatório é a principal forma de tratamento, pois inibe todas essas casacatas inflamatórias ● Inibição de leucotrienos e antagonista de LTCD4 (bloqueio dos 2) - AINES ● Não pode dar para o paciente asmatico, porque ele inibe a COX-2 e assim aumenta o ácido araquidônico, consequentemente temmais produção de leucotrienos e fortalece mais a broncoconstrição - Por que ainda é tão importante falar da asma? Controle da asma e medicamentos no Brasil 6 Avaliação de controle - GINA - E para que ficar avaliando: Metas para o manejo clínico OBS! Importante os efeitos adversos → corticoide pode dar aumento de estresse, aumento da depressão, face em lua cheia, edema, etc. - Manejando os “steps”: 7 Tratamento ● SABA - beta agonistas de curta duração ● LABA - beta agonistas de longa duração ○ Lipossolúveis, vai sendo liberado aos poucos ● LAMA - anti muscarínicos de longa duração ● Corticóide inalatório ○ Não produz síndrome de Cushing, pois a dose é baixa ○ Ação do corticóide é local ○ Pode aparecer aftas na boca - lavar a boca - tira as defesas do corpo (imunossupressor) ● Corticóide oral ● Xantinas ○ Usadas bem pouco pois a ação é muito broncodilatadora → inibe enzimas que aumenta o AMP cíclico (inibe a fosfodiesterase) ○ AMP cíclico → produz broncodilatação ○ Fosfodiesterase → converte o AMP cíclico em 5 AMP ● Montelucaste - antagonista de receptores de leucotrienos ● Azitromicina ● Imunobiológicos - Medicamentos disponíveis no Brasil: OBS! Saber que tem uma gama de corticoide para diferentes faixas etárias OBS! LABA é usada mais para crianças e adolescentes → mais eficácia para esse grupo - LABA é inalatória não produz efeito sistêmico (sem taquicardia) 8 OBS! LAMA antagonista muscarínico OBS! Tipos de corticoide para cada grupo etário - Como tratar a asma adequadamente? ● A base do tratamento é o corticoide inalatório 9 OBS! Oral ou venosa é para casos de difícil controle - Inalação com criança é difícil - Precisa lavar a boca quando é inalatório para evitar candidíase ou sapinho - Efeitos celulares de LABA + CI na asma - Corticóide oral: - O que mais preciso lembrar? ● Boa adesão aos medicamentos ● Técnica inalatória adequada ● Comorbidades Pontos chaves no manejo da asma - Abordagem personalizada, incluindo tratamento farmacológico - Educação do paciente com treinamento para uso de dispositivo inalatório e revisão da técnica inalatória em cada consulta - Uso de medida objetiva de controle da asma que deve ser medido em cada consulta- Plano de ação por escrito Como garantir o controle? 10 Asma grave - A asma grave é definida como aquela que permanece não controlada com o tratamento máximo otimizado ou que necessita desse tratamento para evitar que a doença se torne não controlada (na tentativa de reduzir a dose de CI ou CO), apesar da supressão ou minimização dos fatores que pioram o controle da asma. - O tratamento máximo significa o uso de doses altas de CI e de um segundo medicamento de controle no ano anterior ou o uso de CO em ≥ 50% dos dias no ano anterior Outras abordagens - Vacinas - No Brasil, a vacinação contra influenza está indicada para pacientes com asma, uma vez que o vírus está associado à maior morbidade nesses pacientes. - Não há contraindicações para a vacinação de asmáticos. - Naqueles com reações leves a ovo (urticária e/ou angioedema), a vacinação poderá ser feita no posto de saúde. 11 - Nos pacientes com histórico consistente ou suspeito de anafilaxia a esse alimento, se houver a decisão de se fazer a vacinação, essa deverá ser administrada em um local adequado para o atendimento de uma eventual reação anafilática. - Asmáticos são mais suscetíveis à infecção pneumocócica, especialmente aqueles com asma grave. - As vacinas antipneumocócicas (polissacarídica 23-valente e conjugada 10-valente) estão disponíveis no SUS para indivíduos com asma persistente moderada e grave, sendo que a vacina conjugada 10- valente está disponível no SUS somente para crianças com até 1 ano e 11 meses. - A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) recomenda o uso sequencial das vacinas anti-pneumocócicas: vacina 13-valente conjugada seguida da vacina polissacarídica 23-valente após 6 meses. Conclusão 12
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