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Rafael Alves da Silva Ferreira A AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO DE ATLETAS SALVADOR 2023 AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO DE ATLETAS Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Mauricio de Nassau, campo Pituba, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel em Psicologia. Orientação: Professora Dra. Manuela Brito dos Santos SALVADOR 2023 AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO DE ATLETAS PSYCHOLOGICAL ASSESSMENT AND INTERVENTION AS A CONTRIBUTION TO IMPROVING ATHLETE PERFORMANCE Rafael Alves da Silva Ferreira1 Manuela Brito dos Santos2 Resumo A psicologia do esporte tem fundamental relevância no desempenho de atletas de alta performance. Desse modo, a presente pesquisa desenvolve-se com o objetivo de discutir como a as contribuições da avaliação e intervenção psicológica para a melhoria de rendimento de atletas de alta performance. Para tanto, optou-se por uma revisão sistemática, de abordagem qualitativa, de artigos selecionados nas bases de dados Scielo, Medline e Google Acadêmico, publicados entre 2019 e 2023. Como resultado, foram obtidos oito artigos, os quais evidenciam a relevância da avaliação psicológica, por meio de diversos instrumentos e da intervenção psicológica, por meio de diferentes abordagens, destacando-se a abordagem cognitiva-comportamental. Conclui-se que a avaliação psicológica permite obter informações sobre o estado emocional e psíquico dos atletas, favorecendo no desenvolvimento de estratégias de intervenção eficazes, que impliquem na melhoria do desempenho esportivo. Palavras-chave: Intervenção psicológica; Desempenho esportivo; Regulação emocional; Psicologia do Esporte. Abstract Sports psychology has fundamental relevance in the performance of high-performance athletes. Therefore, this research is developed with the objective of discussing how the contributions of psychological assessment and intervention to improving the performance of high-performance athletes. To this end, we opted for a systematic review, with a qualitative approach, of articles selected from the Scielo, Medline and Google Scholar databases, published between 2019 and 2023. As a result, eight articles were obtained, which highlight the relevance of the evaluation psychological, through different instruments and psychological intervention, through different approaches, highlighting the cognitive-behavioral approach. It is concluded that psychological assessment allows obtaining information about the emotional and psychological state of athletes, favoring the development of effective intervention strategies, which imply the improvement of sporting performance. 1 Graduando em Psicologia. Uninassau - Salvador. E-mail: rafaelferreirapsic@gmail.com 2 Profª. Orientadora. Dra. em Psicologia Social e Docente da Uninassau - Salvador. E-mail: manuelabrito8@gmail.com Keywords: Psychological intervention; Sports performance; Emotional regulation; Sport Psychology. 1 INTRODUÇÃO O desportista profissional, para ter um rendimento de alta performance, conta com uma equipe multiprofissional, responsável, pelo cuidado e preparação tanto física, tática e estratégica, quanto psicológica. Em meio à rotina de dedicação ao esporte, os atletas precisam lidar com as próprias emoções, as quais podem interferirem seu rendimento (BUENO; MARCHI JÚNIOR, 2020). As emoções, se bem aproveitadas, provocam excitação, euforia e ânimo, elevando a capacidade de contração e desempenho. Contudo, o medo, a insegurança, a ansiedade são emoções que podem influenciar no baixo rendimento do desportista, prejudicando-o na sua carreira profissional (MORAES, 2008). Assim, emerge a psicologia do esporte, como um campo científico que procura entender as questões psicológicas que influenciam e também são influenciadas pela prática esportiva e, assim, contribuir com a atenção psicológica aos desportistas. Para Weinberg e Gould (2017, p. 4) “A psicologia do esporte e do exercício consiste no estudo científico de pessoas e seus comportamentos em atividades esportivas e atividades físicas e na aplicação prática desse conhecimento”. Weinberg e Gould (2017) esclarecem que entender como a ansiedade, o medo, a insegurança e outros fatores psicológicos afetam o desempenho físico; e como as atividades físicas, o exercício e o esporte interferem na saúde, bem-estar são objetos de estudo da psicologia do esporte. Importante lembrar que o exercício físico contribui com o equilíbrio das emoções, ao reduzir o estresse, por seu efeito na liberação de neurotransmissores que geram a sensação de prazer e felicidade (ARAKAKI et al., 2018). Entretanto, a preocupação dos atletas em relação à preparação, aos treinos, bem como o confronto com os adversários são fatores que provocam ansiedade em grau elevado. Também as condições físicas geradas pelos exercícios intensos, tais como fraqueza, falta de equilíbrio nas pernas, tensão muscular e fadiga, além de lesões sofridas, geram ansiedade e consequente restrição da atenção e percepção, prejudiciais à prática esportiva (QUADROS JUNIOR; VICENTIM; CRESPILHO, 2006). Considerando o atual cenário sobre a psicologia do esporte, esse artigo justifica-se pela importância da assistência psicológica aos atletas, não somente como tradicional atendimento psicoterapêutico, mas também sobre a desenvolvimento da performance do atleta através de treinamentos de habilidades psicológicas que são indispensáveis ao esporte: concentração, foco, atenção, memória, controle da ansiedade, gerenciamento de estresse e motivação. Quanto ao acompanhamento e intervenção psicológica dos desportistas, é essencial, para que possam manejar os fatores psicológicos a favor do sem bem-estar e melhoria do seu rendimento profissional (RUBIO, 2004; BUENO; NARCHHI JÚNIOR, 2020). Dessa forma, estratégias do campo da psicologia podem ser utilizadas no manejo das emoções, como forma de reduzir a ansiedade e o estresse, favorecendo na retomada do equilíbrio e bem-estar mental. O (a) psicólogo (a) do esporte, por meio de técnicas de intervenção diversas, pode auxiliar o atleta, na condução da forma como vai se adaptar às situações preparo para as competições, bem como às situações de lesão, durante a reabilitação (SILVA; NAKANO, 2019). Desse modo, emerge um problema: como a avaliação e a intervenção psicológicas podem contribuir com a melhoria do desempenho de atletas de alta performance? Para responder este questionamento, a presente pesquisa delineia-se com o objetivo de discutir como a as contribuições da avaliação e intervenção psicológica para a melhoria de rendimento de atletas de alta performance. 2 MÉTODOS Para a realização desse estudo, optou-se por uma revisão sistemática, de abordagem qualitativa. De acordo com Sampaio e Mancini (2007, p. 84), por meio deste tipo de revisão, é possível disponibilizar “um resumo das evidências relacionadas a uma estratégia de intervenção específica, mediante a aplicação de métodos explícitos e sistematizados de busca, apreciação crítica e síntese da informação selecionada”. Consiste em uma sequência de etapas de levantamento e análise de dados específicos, que favoreçam o alcance de uma resposta para o problema da pesquisa. Conforme Triviños (1987), a abordagem qualitativa trabalha os dados procurando seus significados, baseando-se na percepção do fenômeno em seu contexto. A utilização da abordagem qualitativa busca não apenas a aparência do fenômeno como também suas essências, procurando esclarecer suaorigem, relações e mudanças, e tentando perceber as consequências. A coleta de dados foi feita nas bases de dados Scielo, Medline e Google Acadêmico, com o uso dos descritores, cadastrados na Plataforma de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH), “Intervenção psicológica”, “Desempenho esportivo”, “Regulação emocional” e “Psicologia do Esporte”. A coleta foi realizada em agosto de 2023, tendo como critérios de inclusão: artigos científicos disponíveis na íntegra, em inglês, espanhol ou língua portuguesa, que respondessem ao problema dessa pesquisa, publicados entre 2019 e 2023. Foram excluídas as publicações duplicadas em mais de uma base de dados e revisões de literatura. Após a busca e seleção, as publicações foram analisadas de forma qualitativa, identificando as concordâncias e divergências entre os autores, quanto à intervenção psicológica destinada à regulação das emoções de atletas. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Após a busca, foram encontradas 35 publicações. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 15 artigos foram excluídos, por serem anteriores a 2019 e 12 foram descartados, por se tratar de revisões de literatura. Desse modo, foram obtidos 09 artigos, sendo 01 do Google Acadêmico, 03 da Medline e 05 da Scielo, os quais foram sumarizados na Tabela 1. Tabela 1 – Sumarização dos resultados em Autores, Ano, Objetivo, Método, Intervenção, Amostra e Resultados Autores/Ano Objetivo Método/Intervenção Amostra Resultados Souza, J.P. de et al., 2019 Discutir teoricamente sobre os conceitos de estresse e ansiedade pré- competitiva, descrevendo uma experiência de aquisição de técnicas e comportamentos Pesquisa de campo: observação de atletas após 07 meses de treinamento de habilidades mentais como intervenção da Psicologia do Esporte. 04 atletas entre 11 e 13 anos do Campeonato Brasileiro de Judô de 2018 As técnicas de treinamento aplicadas durante a competição tiveram impacto positivo no controle das ansiedades cognitiva e somática. Fortes, L. de S. et al., 2019 Analisar o efeito da ansiedade competitiva sobre Investigação prospectiva com follow- up de 30 minutos. 24 voluntários do sexo masculino, com idade entre Revelou-se que a ansiedade interfere na a tomada de decisão de jovens atletas de voleibol. Avaliação da ansiedade, utilizando a versão brasileira do Competitite State Anxiety Inventory3 (CSAI-2R) e avaliação da tomada de decisão por meio do Game Performance Assessment Instrument (GPAI). 16 e 17 anos, da categoria sub-17 do campeonato pernambucano de voleibol. tomada de decisão. Röthlin, Philipp et al., 2020 Investigar os efeitos diferenciais e compartilhados do treinamento de habilidades psicológicas e do treinamento de atenção plena em variáveis psicológicas relevantes para o desempenho atlético Ensaio clínico randomizado. Avaliação realizada em três grupos, com questionários pré-teste e pós-teste. As intervenções foram feitas em 4 encontros de 90 minutos cada, durante 4 semanas. 95 atletas com idade mínima de 18 anos, das federações esportivas (tênis, curling, floorball e badminton) As intervenções melhoraram igualmente na capacidade de não permitir que as emoções interferissem no desempenho (probabilidades > 99%) e no controle da atenção no treino e competição (probabilidades > 89%). Tutte, V.; Reche, C.; Álvarez, V., 2020. Avaliar as competências psicológicas de jogadoras de hóquei em campo e, por outro lado, a eficácia da participação num programa de treino psicológico nas características psicológicas relacionadas com o desempenho desportivo. Investigação empírica, manipulativa quase- experimental. Intervenção psicológica realizada durante 16 sessões com abordagem cognitivo- comportamental e avaliação por meio do Questionário de Características Psicológicas relacionadas ao Desempenho Esportivo em jogadores de futebol (CPRD-f, Olmedilla, García e Martínez, 2007). 10 jogadoras de hóquei com idades entre 16 e 26 anos da seleção sênior feminina de hóquei em campo do Uruguai. As intervenções favorecem a calma nas diferentes situações relacionadas com a competição, com aumento na gestão da ansiedade competitiva. Lima Júnior, C. F. de; Souza, J.C. P. de, 2021 Analisar os benefícios da prática de relaxamento em atletas de Jiu- Jitsu de uma academia da zona norte de Manaus. Abordagem quantitativa e qualitativa e cunho descritivo, com os instrumentos: técnicas de relaxamentos, inventário de ansiedade de Beck, inventário de estresse para adultos de Lipp e uma entrevista semiestruturada, aplicadas em 22 10 atletas Com a aplicação das técnicas de relaxamento, obteve-se uma melhora em relação ao estresse e à ansiedade dos participantes. 3 Tradução nossa: Inventário de ansiedade em competição estadual sessões, durante 01 mês. Silva, L.E.T., 2021 Avaliar o estado psicológico e clínico dos participantes, o nível de preparação mental desportiva, as competências psicológicas e o estado de espírito Programa de formação cognitiva durante 06 meses, com 01 sessão virtual individual, a cada 05 dias. Foram aplicados os testes POMS4 e CPDR 03 atletas do sexo feminino: 02 atiradoras de pistola, com idades compreendidas entre os 30 anos e 01 atleta de karaté, com 15 anos. A preparação mental é mais efetiva numa idade precoce, uma vez que está incluída no processo de treino holístico do atleta. Prieto, Y.S.; Hernández, M.C.; Rodríguez, M.C.S., 2022 Comparar a concentração de atenção nos boxeadores da categoria "Mártires de Barbados" Eide em Havana, antes e depois da intervenção psicológica. Avaliação realizada antes e após oito semanas de intervenção psicológica, utilizando os testes: Test de Anillos de Landolt, escala de autoavaliação para atletas, escala de avaliação externa para treinadores, entrevista com atletas e observação estruturada de sessões de treinamento e competições. 20 atletas de alto nível competitivo Antes da intervenção psicológica a concentração de atenção foi avaliada como fraca ou justa; depois da intervenção, foi avaliada como boa, muito boa e excelente. Weber, S. R. et al., 2023 Examinar a prevalência de depressão, ansiedade e autoestima em estudantes- atletas universitários Desenho transversal, com entrevistas e com o uso da Escala de Depressão do Centro de Estudos Epidemiológicos (CESD), Inventário de Ansiedade Traço- Estado (IDATE) e a Escala de Autoestima de Rosenberg (RSES). 615 Estudantes- atletas da Divisão I e II da NCAA (Universidade da Carolina do Sul - EUA); (homens: n=233, altura: 184,1±0,5 cm, peso: 91,5±0,15kg; mulheres: n=382, altura = 168,4 ±0,39 cm, peso: 63,25±19,8 kg) de 40 instituições. Estudantes- atletas (22. 3%) apresentavam risco de depressão, ansiedade (12,5%) e baixa autoestima (8%). Todos os estudantes- atletas se beneficiariam com a criação de exames de saúde mental e intervenções psicoterapêuticas validados e centrados no paciente. Fonte: Desenvolvido pelo autor (2023) Os resultados explicitados na Tabela 1 revelam que há uma influência dos fatores emocionais no rendimento dos atletas, independente do gênero, idade ou modalidade esportiva. Observou-se ainda, que as avaliações psicológicas são 4 Test Profile of Mood States = Teste de Perfil de Estados de Humor essenciais para se obter um cenário sobre o estado emocional e psíquico dos atletas, de modo a possibilitar a criação de estratégias de intervenção psicológica mais eficazes, centradas nos aspectos individuais de cada paciente. Desse modo, após a leitura, os 09 artigos selecionadosforam categorizados em Avaliação Psicológica de atletas; e Intervenção Psicológica em atletas (Tabela 2), com a finalidade de favorecer de forma mais didática, a discussão dos resultados. Alguns artigos apresentam testes de avaliação e estratégias de intervenção, sendo classificados nas duas categorias. Tabela 2 – Distribuição dos artigos quanto à temática principal Temática Autores/Ano Avaliação Psicológica de atletas Fortes, L. de S. et al., 2019 Röthlin, Philipp et al., 2020 Tutte, V.; Reche, C.; Álvarez, V., 2020 Silva, L. E. T., 2021 Prieto, Y.S.; Hernández, M.C.; Rodríguez, M.C.S., 2022 Weber, S. R. et al., 2023 Intervenção Psicológica em atletas Souza, J.P. de et al., 2019 Röthlin, P. et al., 2020 Tutte, V.; Reche, C.; Álvarez, V., 2020 Lima Júnior, C. F. de; Souza, J. C. P. de, 2021 Fonte: Desenvolvido pelo autor (2023) 3.1 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE ATLETAS De acordo com a Psicologia do Esporte, a ansiedade, a depressão e o estresse interferem no desempenho e resultados durante o treinamento e a competição, influenciando em diversos fatores, tais como a capacidade de tomada de decisão e a atenção plena (FORTES et al., 2019; LIMA JÚNIOR; SOUZA, 2021; PRIETO; HERNÁDEZ; RODRÍGUEZ, 2022; WEBER et al., 2023). Desse modo, é de fundamental importância avaliar a incidência destes fatores nos atletas, tendo em vista a sua influência nos resultados competitivos. Nesse ínterim, os testes de avaliação psicológica têm se mostrando de grande relevância, contribuindo com a percepção sobre o estado emocional e cognitivo dos desportivas, favorecendo na criação de um programa de intervenção psicológica específico para cada sujeito. Fortes et al. (2019) realizaram testes de avaliação da ansiedade competitiva, utilizando a versão brasileira do CSAI-2R composta por 16 itens. Este teste possibilita mensurar a ansiedade cognitiva, somática e a autoconfiança, consideradas como subescalas da ansiedade competitiva. Foi definida como critério de avaliação, a dimensão de intensidade do referido teste, a qual é verificada a partir de pontuações das respostas obtidas, que variam de 01 a 04, onde o1 significa “nada” e 04 significa “bastante”, conforme escala Likert. Fortes et al. (2019) assinalam que também foi utilizada a dimensão da frequência da CSAI-2R, por possibilitar a percepção sobre a ansiedade competitiva no momento em que o questionário é respondido. Quanto à avaliação da tomada de decisão, considerando os aspectos saque, recepção e levantamento, foi realizada em momento de jogo real, com disputas de 04 sets de 25 pontos, por meio do Game Performance Assessment Instrument5 (GPAI). Os jogos foram gravados e analisados por especialistas em voleibol, a fim de adquirir resultados fidedignos, tendo em vista a comparação destes com aqueles obtidos pela CSAI-2R. Desse modo foi feita uma análise considerando três regressões lineares, comparando a influência das ansiedades cognitiva e somática e da autoconfiança, com a tomada de decisão, quanto ao saque, recepção e levantamento. Os resultados obtidos demonstraram que há uma influência negativa da ansiedade competitiva sobre o desempenho dos atletas, pois quanto maior a ansiedade cognitiva ou somática menor a capacidade de tomada de decisão durante os jogos, interferindo nos resultados das competições. Tal pesquisa confirma que o voleibol é um esporte que exige dos atletas, habilidades psicológicas e cognitivas, que possam controlar a ansiedade e assim, obter melhores resultados (FORTES et al., 2019). Röthlin et al. (2020) defendem a importância do treinamento de habilidades psicológicas para a melhoria do desempenho dos atletas, defendendo a avaliação psicológica como instrumento essencial para mensurar o efeito destas habilidades. Para tanto, os autores também utilizaram a escala de Likert, porém de 7 pontos; o Formulário reduzido do Questionário de Mindfulness das Cinco Facetas (FFMQ-SFF); o Teste de Estratégias de Desempenho (TOPOS); o Questionário de Aceitação e Ação (AAQ-II); a Autoavaliação de Competências Emocionais (SEC-27); O Questionário de Ocorrência de Pensamento para o Esporte (TOQS); e o Questionário de Ação e Orientação do Estado após o Fracasso (ASOAF6). Tais instrumentos foram utilizados no grupo de controle; e nos grupos Intervenção de treinamento de habilidades psicológicas (PST); e Intervenção de treinamento de mindfulness (MT), possibilitando 5 Tradução nossa: Instrumento de avaliação de desempenho em jogos uma análise detalhada e comparativa durante o pré-teste e o pós-teste, de modo a favorecer a apreciação dos resultados da intervenção psicológica nestes grupos, quanto às diversas habilidades cognitivas e emocionais aprendidas. Convém observar que os questionários foram essenciais para o delineamento das sessões de intervenção para cada grupo, evidenciando a importância de cada estratégia para a melhoria do desempenho dos atletas. O estudo realizado por Prieto, Hernández e Rodríguez (2020) também evidenciou a utilização de pré-testes e pós-testes, para analisar a atenção plena dos atletas antes e depois das intervenções psicológicas. Para tanto, foram utilizados o Test de Anillos de Landolt6, a escala de autoavaliação para atletas, e escala de avaliação externa para treinadores, os quais foram aplicados de forma repetida, a fim de comparar os resultados. O Test de Anillos de Landolt foi realizado 30 minutos antes e depois das intervenções psicológicas, com o objetivo de identificar o estado de concentração de atenção atual dos atletas, em uma escala quantitativa por minutos de atenção. Após as sessões de intervenção, os treinamentos e jogos, foram utilizadas a escala de autoavaliação, por meio de questionário aplicados aos atletas e a escala de avaliação externa aplicada aos treinadores, essa última com o objetivo de verificar os critérios utilizados pelos treinadores, para avaliar a atenção e concentração dos atletas. Os testes aplicados por Prieto, Hernández e Rodríguez (2022) foram de fácil entendimento pelos atletas e treinadores, distinguindo-se em três categorias básicas de níveis de atenção e concentração: precisa de atenção especial; precisa de tempo para melhorar; e habilidades excelentes. Verificou-se que após os treinamentos houve uma melhoria crescente destes níveis, demonstrando uma aprendizagem de habilidades psicológicas e cognitivas essenciais ao desempenho dos atletas. De forma semelhante, Tutte, Reche e Álvarez (2020), salientam que cabe aos psicólogos esportivos, analisar as necessidades dos pacientes, fazendo uma avaliação diagnóstica, para delinear os objetivos, o tipo de intervenção, seu planejamento e especificar os indicadores e instrumentos de avaliação da eficácia do treinamento psicológico ensejado. Para tanto, utilizaram o Questionário de Características Psicológicas Relacionadas ao Desempenho Esportivo em jogadores de futebol (CPRD-f), composto por 29 itens, distintos entre 04 fatores, sendo eles: 6 Tradução nossa: Teste de Anéis de Landolt autoconfiança, influência da avaliação do rendimento, ansiedade e concentração. Para avaliar as respostas também foi utilizada a escala de Likert, com variações de cinco alternativas, entre totalmente de acordo e totalmente em desacordo. O teste CPRD também foi utilizado por Silva (2021), porém destinado às atletas atiradoras de pistola e uma atleta competidora de Karaté, com a finalidade de avaliar coesão da equipe desportiva; a tolerância ao estresse, a motivação e habilidade mental. Essa aplicação do CPRD demonstra que é possível haver variações do mesmo teste, de acordo com a finalidade e a modalidade esportiva. Silva (2021, p. 884) utilizou ainda, o POMS, um questionário que possibilita identificar as variações de seis estadosde humor: “tensão/ansiedade, depressão/melancolia, ódio/hostilidade/angústia, vigor/atividade, fadiga/inércia e confusão/perplexidade (tradução nossa)”. Das três atletas em análise, apenas uma, a atleta de karaté, completou todo o período de intervenção psicológica. Para Silva (2021), isso ocorreu devido à falta de cultura dos instrutores das delegações, em desenvolver um acompanhamento multidisciplinar, que incluísse a psicologia esportiva. Outro fator a ser considerado, foi a preferência pela modalidade de sessão virtual, devido à Pandemia de Covid-19, uma vez que esta pesquisa foi aplicada em 2020, quando houve a necessidade de suspenção das atividades presenciais e isolamento social. Por fim, Weber et al. (2023) analisaram a prevalência de depressão em estudantes-atletas, com a Escala de Depressão do Centro de Estudos Epidemiológicos (CESD), um instrumento para autoavaliação dos atletas, considerando diversos fatores, entre eles, episódios de tristeza, perda de interesse, fadiga, movimento e ideação suicida. Nesse estudo foi ainda analisada a prevalência de ansiedade, por meio do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), composta por 40 questões; e por fim, para analisar fatores associados à autoestima, foi utilizada a Escala de Autoestima de Rosenberg (RSES), constando 10 itens a serem observados. Todos os testes foram aplicados com a escala Likert de 4 pontos. Os testes de avaliação psicológica permitiram identificar não somente os níveis de ansiedade, estresse, autoconfiança, autoestima, atenção plena e concentração, mas também a influência destes níveis no desempenho dos atletas. Possibilitaram ainda, verificar a eficácia das intervenções psicológicas realizadas, quanto à aprendizagem de habilidades cognitivas e emocionais, essenciais ao controle dos estados emocionais que afetam no sucesso prática esportiva (FORTES et al., 2019; RÖTHLIN et al., 2020; TUTTE; RECHE; ÁLVAREZ, 2020; LIMA JÚNIOR; SOUZA, 2021; SILVA, 2021; PRIETO; HERNÁNDEZ; RODRÍGUEZ, 2022; WEBER et al., 2023). 3.2 INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA EM ATLETAS Para além da avaliação psicológica nos atletas, é necessária uma intervenção que contribua com a resolução de problemas, na aprendizagem de estratégias que podem beneficiá-los, no sentido de reduzir o estresse, melhorar os níveis de atenção e concentração e consequentemente, elevar o rendimento. Nesse sentido, Souza et al. (2019), descreveram os resultados de uma intervenção psicológica com a duração de sete meses, quando foi realizado o Treinamento de Habilidades Psicológicas (THP) de atletas de Judô, com idade entre 11 e 13 anos. Durante a intervenção, foram utilizadas técnicas cognitivas, para a redução de estresse, sendo elas “técnicas de processamento cognitivo” e “técnica de auto-fala”, que consistem em instruções auto sugestivas, por meio de repetição de palavras definidas pelo psicólogo. Também foram desenvolvidas algumas técnicas somáticas, para reduzir os sintomas psicofisiológicos, provocados pelo estresse, tais como sudorese e aceleração dos batimentos cardíacos, tais como técnicas de respiração e relaxamento. E por fim, foram utilizadas técnicas de visualização, com a finalidade de resgatar as lembranças de experiências pretéritas e ressignificá-las, transformando-as em imagens. Os resultados apresentados por Souza et al. (2019), classificados entre ansiedade competitiva e somática e técnicas utilizadas, foram obtidos a partir da observação durante todo o processo de intervenção, analisando as reações nos momentos das competições. No Quadro 1, os autores expuseram os resultados, identificando os atletas por codinome e idade, possibilitando uma visualização ampla a respeito das intervenções realizadas e seus efeitos. Embora não tenham utilizados técnicas quantitativas para mensurar os resultados, a observação psicológica possibilitou perceber aspectos inerentes ao comportamento dos atletas e como a ansiedade pode afetar o desempenho, bem como o controle dos seus efeitos, por meio da intervenção psicológica, pode melhorar o rendimento. Quadro 1 - Observação sistemática de comportamentos dos atletas na competição Fonte: Souza et al. (2019, p. 79) Em Souza et al. (2019), as técnicas aprendidas pelos atletas favoreceram a redução dos sintomas de ansiedade cognitiva e/ou somática, à medida que iam sendo utilizadas, nos momentos da competição, revelando uma aprendizagem sobre a consciência corporal, cognitiva e espacial, essencial, para que as estratégias pudessem surtir efeito. De modo semelhante, Lima Júnior e Souza (2021), utilizaram a intervenção psicológica do esporte, para a aprendizagem de técnicas de relaxamento, por atletas de Jiu-Jitsu, como formas de reduzir o estresse e a ansiedade. Foram utilizadas as técnicas de relaxamento progressivo e relaxamento passivo; e de respiração abdominal. A técnica de relaxamento progressivo é um tipo de terapia que se concentra em apertar e relaxar grupos musculares específicos em sequência. Concentrando-se em áreas específicas, enrijecendo e depois relaxando-as, você pode se tornar mais consciente do seu corpo a sensações físicas (...) A técnica de relaxamento passiva trabalha todos os músculos musculares no corpo levando o indivíduo a um relaxamento profundo (LIMA JÚNIOR; SOUZA, 2021, p. 218). Enquanto na primeira técnica há um enrijecimento e relaxamento de determinados músculos, na segunda técnica não há este enrijecimento, sendo indicada para as pessoas que apresentam problemas musculares. Tais técnicas foram utilizadas, combinadas coma a respiração abdominal, que consiste no exercício da respiração diafragmática, que consiste em respirações lentas com duração de dez minutos, que favorecem o estiramento nos pulmões. Os resultados obtidos por Lima Júnior e Souza (2021), demonstram que houve redução dos níveis de estresse e ansiedade, entre a primeira avaliação, realizada antes das intervenções e a segunda avaliação, realizada depois das intervenções. Os resultados variaram de leve para mínimo, de moderado para leve ou mínimo e de grave para leve, demonstrando os benefícios da aprendizagem comportamental de técnicas de relaxamento, para os atletas, elevando o seu controle emocional, de modo a ficarem preparados para o momento da competição. As técnicas de relaxamento e visualização foram também utilizadas por Tutte, Reche e Álvarez (2020), complementando as ações de intervenção psicológica, durante as 16 sessões, entre as quais algumas foram realizadas de forma individual e outras em grupo, seguindo uma abordagem cognitiva-comportamental. Além destas, foram utilizadas técnicas de auto caracterização, comunicação e autoconhecimento, capacidade de concentração, combinadas com as observações, confrontos, registros auto comportamentais e interpretações. Tais habilidades psicológicas fazem parte do arcabouço essencial aos atletas de alta performance, entretanto, a ansiedade competitiva interfere no desempenho, sendo essencial intervir com técnicas cognitivas e comportamentais. Röthlin et al. (2020) apresentaram a realização de intervenções em 95 atletas, em três grupos, sendo um de treinamento de habilidades psicológicas (PST), um de intervenção de treinamento de mindfulness (MT) e o outro, um grupo controle, formado por atletas que se encontravam em uma lista de espera (WL). Nos dois grupos de intervenção, foram realizadas 4 oficinas com a duração de 90 minutos cada, no período de 4 semanas. Enquanto o grupo de MT tinha o objetivo de ensinar técnicas paras atenção plena, no grupo de PST, a finalidade era a aprendizagem de técnicas mentais de “regulação da excitação, imagens, diálogo interno e estabelecimento de metas” (RÖTHLIN et al., 2020, p. 4, tradução nossa). Durante as oficinas, Röthlin et al. (2020) descrevem que foram utilizadas diversas técnicas de psicoeducação, envolvendo exercíciospráticos durante o evento e em casa, apresentação de imagens e vídeos, bem como momentos de partilha de pensamentos. Os resultados foram apresentados em variáveis, classificadas em verificação de manipulação (atenção plena); manejo das emoções; atenção e cognição; e formas de lidar com falhas na concorrência. Para a atenção plena, constatou-se que os temas abordados nas oficinas podem ter contribuído com o desenvolvimento da consciência sobre não julgar e não ter reatividade em relação à experiência anterior. Quanto ao manejo das emoções, o grupo PST apresentou resultados superiores aos do MT, destacando-se a regulação da excitação. A respeito da atenção e cognição. De modo geral, o grupo de PST demonstrou resultados mais significativos quanto ao desempenho no gerenciamento das competências psicológicas; e o grupo MT se destacou mais na aprendizagem de técnicas de atenção plena. Cabe aos psicólogos do esporte, desenvolver planos de intervenção adequados para cada atleta, tendo em vista as habilidades necessárias, para o gerenciamento da ansiedade, concentração, das emoções e das reações psicossomáticas. Há uma concordância entre os autores, quanto à eficácia da terapia cognitiva- comportamental, como abordagem de intervenção psicológica, durante este processo de aprendizagem das técnicas diversas, que contribuem com o gerenciamento dos aspectos psicossomáticos, elevando o desempenho dos atletas (SOUZA et al., 2019; RÖTHLIN et al., 2020; TUTTE; RECHE; ÁLVAREZ, 2020; LIMA JÚNIOR; SOUZA, 2021; PRIETO; HERNÁNDEZ; RODRÍGUEZ, 2022). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a realização da pesquisa, é possível identificar algumas contribuições da avaliação e da intervenção psicológicas, para o desempenho de atletas, destacando- se o quanto a psicologia do esporte tem sido relevante no cotidiano destes sujeitos, que passam por pressões emocionais, físicas e sociais intensas, tanto em treinamento quanto em período de competição. Os diversos artigos elencados neste estudo retratam, a partir do registro de investigações com atletas de diferentes modalidades esportivas, porém todas de alta performance, o quanto a psicometria tem contribuindo, com o uso de diferentes escalas e inventários. Tais testes identificam os níveis de estresse, ansiedade e concentração, entre outros aspectos cognitivos, e sua relação com a condução da prática esportiva, em cada atleta. Os resultados elencados pelos autores pesquisados demonstram que há uma interferência da prática esportiva na autoestima, no risco de depressão, na capacidade de atenção e concentração, bem como no bem-estar psíquico e físico. A partir dos resultados obtidos, ao aplicar a avaliação psicológica, os psicólogos podem traçar estratégias e abordagem específicas para cada paciente, tendo em vista as suas necessidades. Destacam-se, nesse interim, as abordagens cognitivas, por possibilitar que os atletas aprendam estratégias cognitivas, de respiração, relaxamento e concentração, para lidar com as situações estressoras decorrentes da prática esportiva. Com a aplicação de tais recursos cognitivos, há uma redução da ansiedade e do estresse, bem como melhoria da capacidade de concentração e atenção, além da elevação da autoestima. Consequentemente, há uma elevação no desempenho dos desportistas, tanto nas fases de treino quanto nos períodos de competição. Considera-se que se faz necessária a publicação de mais artigos que apresentem evidências sobre a psicologia do esporte, como elemento fundamento para a melhoria da qualidade de vida, do bem-estar e do desempenho dos atletas. REFERÊNCIAS ARAKAKI, Suzan et al. Ansiedade e esporte. Fisiologia do Exercício, v. 17, n. 4, 2018. Disponível em: https://convergenceseditorial.com.br/index.php/revistafisiologia/article/view/2268. Acesso em: 05 abr. 2023. 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