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A AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO DE ATLETAS

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Rafael Alves da Silva Ferreira 
 
 
 
 
 
 
A AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA 
A MELHORIA DO DESEMPENHO DE ATLETAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A 
MELHORIA DO DESEMPENHO DE ATLETAS 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado à Universidade Mauricio de 
Nassau, campo Pituba, como parte dos 
requisitos para a obtenção do título de 
Bacharel em Psicologia. 
 
Orientação: Professora Dra. Manuela 
Brito dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALVADOR 
2023 
AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA A 
MELHORIA DO DESEMPENHO DE ATLETAS 
 
PSYCHOLOGICAL ASSESSMENT AND INTERVENTION AS A CONTRIBUTION 
TO IMPROVING ATHLETE PERFORMANCE 
 
Rafael Alves da Silva Ferreira1 
Manuela Brito dos Santos2 
 
Resumo 
 
A psicologia do esporte tem fundamental relevância no desempenho de atletas de alta 
performance. Desse modo, a presente pesquisa desenvolve-se com o objetivo de 
discutir como a as contribuições da avaliação e intervenção psicológica para a 
melhoria de rendimento de atletas de alta performance. Para tanto, optou-se por uma 
revisão sistemática, de abordagem qualitativa, de artigos selecionados nas bases de 
dados Scielo, Medline e Google Acadêmico, publicados entre 2019 e 2023. Como 
resultado, foram obtidos oito artigos, os quais evidenciam a relevância da avaliação 
psicológica, por meio de diversos instrumentos e da intervenção psicológica, por meio 
de diferentes abordagens, destacando-se a abordagem cognitiva-comportamental. 
Conclui-se que a avaliação psicológica permite obter informações sobre o estado 
emocional e psíquico dos atletas, favorecendo no desenvolvimento de estratégias de 
intervenção eficazes, que impliquem na melhoria do desempenho esportivo. 
 
Palavras-chave: Intervenção psicológica; Desempenho esportivo; Regulação 
emocional; Psicologia do Esporte. 
 
Abstract 
 
Sports psychology has fundamental relevance in the performance of high-performance 
athletes. Therefore, this research is developed with the objective of discussing how the 
contributions of psychological assessment and intervention to improving the 
performance of high-performance athletes. To this end, we opted for a systematic 
review, with a qualitative approach, of articles selected from the Scielo, Medline and 
Google Scholar databases, published between 2019 and 2023. As a result, eight 
articles were obtained, which highlight the relevance of the evaluation psychological, 
through different instruments and psychological intervention, through different 
approaches, highlighting the cognitive-behavioral approach. It is concluded that 
psychological assessment allows obtaining information about the emotional and 
psychological state of athletes, favoring the development of effective intervention 
strategies, which imply the improvement of sporting performance. 
 
1 Graduando em Psicologia. Uninassau - Salvador. E-mail: rafaelferreirapsic@gmail.com 
2 Profª. Orientadora. Dra. em Psicologia Social e Docente da Uninassau - Salvador. E-mail: 
manuelabrito8@gmail.com 
 
Keywords: Psychological intervention; Sports performance; Emotional regulation; 
Sport Psychology. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O desportista profissional, para ter um rendimento de alta performance, conta 
com uma equipe multiprofissional, responsável, pelo cuidado e preparação tanto 
física, tática e estratégica, quanto psicológica. Em meio à rotina de dedicação ao 
esporte, os atletas precisam lidar com as próprias emoções, as quais podem 
interferirem seu rendimento (BUENO; MARCHI JÚNIOR, 2020). 
As emoções, se bem aproveitadas, provocam excitação, euforia e ânimo, 
elevando a capacidade de contração e desempenho. Contudo, o medo, a 
insegurança, a ansiedade são emoções que podem influenciar no baixo rendimento 
do desportista, prejudicando-o na sua carreira profissional (MORAES, 2008). 
Assim, emerge a psicologia do esporte, como um campo científico que procura 
entender as questões psicológicas que influenciam e também são influenciadas pela 
prática esportiva e, assim, contribuir com a atenção psicológica aos desportistas. Para 
Weinberg e Gould (2017, p. 4) “A psicologia do esporte e do exercício consiste no 
estudo científico de pessoas e seus comportamentos em atividades esportivas e 
atividades físicas e na aplicação prática desse conhecimento”. Weinberg e Gould 
(2017) esclarecem que entender como a ansiedade, o medo, a insegurança e outros 
fatores psicológicos afetam o desempenho físico; e como as atividades físicas, o 
exercício e o esporte interferem na saúde, bem-estar são objetos de estudo da 
psicologia do esporte. 
Importante lembrar que o exercício físico contribui com o equilíbrio das 
emoções, ao reduzir o estresse, por seu efeito na liberação de neurotransmissores 
que geram a sensação de prazer e felicidade (ARAKAKI et al., 2018). Entretanto, a 
preocupação dos atletas em relação à preparação, aos treinos, bem como o confronto 
com os adversários são fatores que provocam ansiedade em grau elevado. Também 
as condições físicas geradas pelos exercícios intensos, tais como fraqueza, falta de 
equilíbrio nas pernas, tensão muscular e fadiga, além de lesões sofridas, geram 
ansiedade e consequente restrição da atenção e percepção, prejudiciais à prática 
esportiva (QUADROS JUNIOR; VICENTIM; CRESPILHO, 2006). 
Considerando o atual cenário sobre a psicologia do esporte, esse artigo 
justifica-se pela importância da assistência psicológica aos atletas, não somente como 
tradicional atendimento psicoterapêutico, mas também sobre a desenvolvimento da 
performance do atleta através de treinamentos de habilidades psicológicas que são 
indispensáveis ao esporte: concentração, foco, atenção, memória, controle da 
ansiedade, gerenciamento de estresse e motivação. Quanto ao acompanhamento e 
intervenção psicológica dos desportistas, é essencial, para que possam manejar os 
fatores psicológicos a favor do sem bem-estar e melhoria do seu rendimento 
profissional (RUBIO, 2004; BUENO; NARCHHI JÚNIOR, 2020). 
 Dessa forma, estratégias do campo da psicologia podem ser utilizadas no 
manejo das emoções, como forma de reduzir a ansiedade e o estresse, favorecendo 
na retomada do equilíbrio e bem-estar mental. O (a) psicólogo (a) do esporte, por meio 
de técnicas de intervenção diversas, pode auxiliar o atleta, na condução da forma 
como vai se adaptar às situações preparo para as competições, bem como às 
situações de lesão, durante a reabilitação (SILVA; NAKANO, 2019). Desse modo, 
emerge um problema: como a avaliação e a intervenção psicológicas podem contribuir 
com a melhoria do desempenho de atletas de alta performance? 
Para responder este questionamento, a presente pesquisa delineia-se com o 
objetivo de discutir como a as contribuições da avaliação e intervenção psicológica 
para a melhoria de rendimento de atletas de alta performance. 
 
2 MÉTODOS 
 
Para a realização desse estudo, optou-se por uma revisão sistemática, de 
abordagem qualitativa. De acordo com Sampaio e Mancini (2007, p. 84), por meio 
deste tipo de revisão, é possível disponibilizar “um resumo das evidências 
relacionadas a uma estratégia de intervenção específica, mediante a aplicação de 
métodos explícitos e sistematizados de busca, apreciação crítica e síntese da 
informação selecionada”. Consiste em uma sequência de etapas de levantamento e 
análise de dados específicos, que favoreçam o alcance de uma resposta para o 
problema da pesquisa. 
Conforme Triviños (1987), a abordagem qualitativa trabalha os dados 
procurando seus significados, baseando-se na percepção do fenômeno em seu 
contexto. A utilização da abordagem qualitativa busca não apenas a aparência do 
fenômeno como também suas essências, procurando esclarecer suaorigem, relações 
e mudanças, e tentando perceber as consequências. 
A coleta de dados foi feita nas bases de dados Scielo, Medline e Google 
Acadêmico, com o uso dos descritores, cadastrados na Plataforma de Descritores em 
Ciências da Saúde (DeCS/MeSH), “Intervenção psicológica”, “Desempenho 
esportivo”, “Regulação emocional” e “Psicologia do Esporte”. 
A coleta foi realizada em agosto de 2023, tendo como critérios de inclusão: 
artigos científicos disponíveis na íntegra, em inglês, espanhol ou língua portuguesa, 
que respondessem ao problema dessa pesquisa, publicados entre 2019 e 2023. 
Foram excluídas as publicações duplicadas em mais de uma base de dados e revisões 
de literatura. 
Após a busca e seleção, as publicações foram analisadas de forma qualitativa, 
identificando as concordâncias e divergências entre os autores, quanto à intervenção 
psicológica destinada à regulação das emoções de atletas. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Após a busca, foram encontradas 35 publicações. Após a aplicação dos 
critérios de inclusão e exclusão, 15 artigos foram excluídos, por serem anteriores a 
2019 e 12 foram descartados, por se tratar de revisões de literatura. Desse modo, 
foram obtidos 09 artigos, sendo 01 do Google Acadêmico, 03 da Medline e 05 da 
Scielo, os quais foram sumarizados na Tabela 1. 
 
Tabela 1 – Sumarização dos resultados em Autores, Ano, Objetivo, Método, Intervenção, 
Amostra e Resultados 
Autores/Ano Objetivo Método/Intervenção Amostra Resultados 
Souza, J.P. 
de et al., 
2019 
Discutir 
teoricamente 
sobre os 
conceitos de 
estresse e 
ansiedade pré-
competitiva, 
descrevendo uma 
experiência de 
aquisição de 
técnicas e 
comportamentos 
Pesquisa de campo: 
observação de atletas 
após 07 meses de 
treinamento de 
habilidades mentais 
como intervenção da 
Psicologia do Esporte. 
04 atletas 
 entre 11 e 13 
anos do 
Campeonato 
Brasileiro de 
Judô de 2018 
As técnicas de 
treinamento 
aplicadas durante 
a competição 
tiveram impacto 
positivo no 
controle das 
ansiedades 
cognitiva e 
somática. 
Fortes, L. de 
S. et al., 
2019 
Analisar o efeito 
da ansiedade 
competitiva sobre 
Investigação 
prospectiva com follow-
up de 30 minutos. 
24 voluntários do 
sexo masculino, 
com idade entre 
Revelou-se que a 
ansiedade 
interfere na 
a tomada de 
decisão de 
jovens atletas de 
voleibol. 
Avaliação da 
ansiedade, utilizando a 
versão brasileira do 
Competitite State 
Anxiety Inventory3 
(CSAI-2R) e avaliação 
da tomada de decisão 
por meio do Game 
Performance 
Assessment Instrument 
(GPAI). 
16 e 17 anos, da 
categoria sub-17 
do campeonato 
pernambucano 
de voleibol. 
tomada de 
decisão. 
Röthlin, 
Philipp et 
al., 2020 
Investigar os 
efeitos 
diferenciais e 
compartilhados 
do treinamento 
de habilidades 
psicológicas e do 
treinamento de 
atenção plena 
em variáveis 
psicológicas 
relevantes para o 
desempenho 
atlético 
Ensaio clínico 
randomizado. 
Avaliação realizada em 
três grupos, com 
questionários pré-teste 
e pós-teste. As 
intervenções foram 
feitas em 4 encontros 
de 90 minutos cada, 
durante 4 semanas. 
95 atletas com 
idade mínima de 
18 anos, das 
federações 
esportivas (tênis, 
curling, floorball 
e badminton) 
As intervenções 
melhoraram 
igualmente na 
capacidade de 
não permitir que 
as emoções 
interferissem no 
desempenho 
(probabilidades > 
99%) e no 
controle da 
atenção no treino 
e competição 
(probabilidades > 
89%). 
Tutte, V.; 
Reche, C.; 
Álvarez, V., 
2020. 
Avaliar as 
competências 
psicológicas de 
jogadoras de 
hóquei em campo 
e, por outro lado, 
a eficácia da 
participação num 
programa de 
treino psicológico 
nas 
características 
psicológicas 
relacionadas com 
o desempenho 
desportivo. 
 
Investigação empírica, 
manipulativa quase-
experimental. 
Intervenção psicológica 
realizada durante 16 
sessões com 
abordagem cognitivo-
comportamental e 
avaliação por meio do 
Questionário de 
Características 
Psicológicas 
relacionadas ao 
Desempenho Esportivo 
em jogadores de 
futebol (CPRD-f, 
Olmedilla, García e 
Martínez, 2007). 
10 jogadoras de 
hóquei com 
idades entre 16 e 
26 anos da 
seleção sênior 
feminina de 
hóquei em 
campo do 
Uruguai. 
 
As intervenções 
favorecem a 
calma nas 
diferentes 
situações 
relacionadas com 
a competição, 
com aumento na 
gestão da 
ansiedade 
competitiva. 
Lima Júnior, 
C. F. de; 
Souza, J.C. 
P. de, 2021 
Analisar os 
benefícios da 
prática de 
relaxamento em 
atletas de Jiu-
Jitsu de uma 
academia da 
zona norte de 
Manaus. 
Abordagem 
quantitativa e 
qualitativa e cunho 
descritivo, com os 
instrumentos: técnicas 
de relaxamentos, 
inventário de 
ansiedade de Beck, 
inventário de estresse 
para adultos de Lipp e 
uma entrevista 
semiestruturada, 
aplicadas em 22 
10 atletas Com a aplicação 
das técnicas de 
relaxamento, 
obteve-se uma 
melhora em 
relação ao 
estresse e à 
ansiedade dos 
participantes. 
 
3 Tradução nossa: Inventário de ansiedade em competição estadual 
sessões, durante 01 
mês. 
Silva, L.E.T., 
2021 
Avaliar o estado 
psicológico e 
clínico dos 
participantes, o 
nível de 
preparação 
mental 
desportiva, as 
competências 
psicológicas e o 
estado de espírito 
 
Programa de formação 
cognitiva durante 06 
meses, com 01 sessão 
virtual individual, a 
cada 05 dias. Foram 
aplicados os testes 
POMS4 e CPDR 
03 atletas do 
sexo feminino: 02 
atiradoras de 
pistola, com 
idades 
compreendidas 
entre os 30 anos 
e 01 atleta de 
karaté, com 15 
anos. 
A preparação 
mental é mais 
efetiva numa 
idade precoce, 
uma vez que está 
incluída no 
processo de 
treino holístico do 
atleta. 
Prieto, Y.S.; 
Hernández, 
M.C.; 
Rodríguez, 
M.C.S., 2022 
Comparar a 
concentração de 
atenção nos 
boxeadores da 
categoria 
"Mártires de 
Barbados" Eide 
em Havana, 
antes e depois da 
intervenção 
psicológica. 
Avaliação realizada 
antes e após oito 
semanas de 
intervenção 
psicológica, utilizando 
os testes: Test de 
Anillos de Landolt, 
escala de 
autoavaliação para 
atletas, escala de 
avaliação externa para 
treinadores, entrevista 
com atletas e 
observação 
estruturada de sessões 
de treinamento e 
competições. 
20 atletas de alto 
nível competitivo 
Antes da 
intervenção 
psicológica a 
concentração de 
atenção foi 
avaliada como 
fraca ou justa; 
depois da 
intervenção, foi 
avaliada como 
boa, muito boa e 
excelente. 
Weber, S. R. 
et al., 2023 
Examinar a 
prevalência de 
depressão, 
ansiedade e 
autoestima em 
estudantes-
atletas 
universitários 
 
Desenho transversal, 
com entrevistas e com 
o uso da Escala de 
Depressão do Centro 
de Estudos 
Epidemiológicos 
(CESD), Inventário de 
Ansiedade Traço-
Estado (IDATE) e a 
Escala de Autoestima 
de Rosenberg (RSES). 
615 Estudantes-
atletas da 
Divisão I e II da 
NCAA 
(Universidade da 
Carolina do Sul -
EUA); (homens: 
n=233, altura: 
184,1±0,5 cm, 
peso: 
91,5±0,15kg; 
mulheres: n=382, 
altura = 168,4 
±0,39 cm, peso: 
63,25±19,8 kg) 
de 40 
instituições. 
Estudantes-
atletas (22. 3%) 
apresentavam 
risco de 
depressão, 
ansiedade 
(12,5%) e baixa 
autoestima (8%). 
Todos os 
estudantes-
atletas se 
beneficiariam 
com a criação de 
exames de saúde 
mental e 
intervenções 
psicoterapêuticas 
validados e 
centrados no 
paciente. 
Fonte: Desenvolvido pelo autor (2023) 
Os resultados explicitados na Tabela 1 revelam que há uma influência dos 
fatores emocionais no rendimento dos atletas, independente do gênero, idade ou 
modalidade esportiva. Observou-se ainda, que as avaliações psicológicas são 
 
4 Test Profile of Mood States = Teste de Perfil de Estados de Humor 
essenciais para se obter um cenário sobre o estado emocional e psíquico dos atletas, 
de modo a possibilitar a criação de estratégias de intervenção psicológica mais 
eficazes, centradas nos aspectos individuais de cada paciente. 
Desse modo, após a leitura, os 09 artigos selecionadosforam categorizados 
em Avaliação Psicológica de atletas; e Intervenção Psicológica em atletas (Tabela 2), 
com a finalidade de favorecer de forma mais didática, a discussão dos resultados. 
Alguns artigos apresentam testes de avaliação e estratégias de intervenção, sendo 
classificados nas duas categorias. 
 
Tabela 2 – Distribuição dos artigos quanto à temática principal 
Temática Autores/Ano 
Avaliação Psicológica de atletas 
Fortes, L. de S. et al., 2019 
Röthlin, Philipp et al., 2020 
Tutte, V.; Reche, C.; Álvarez, V., 2020 
Silva, L. E. T., 2021 
Prieto, Y.S.; Hernández, M.C.; Rodríguez, 
M.C.S., 2022 
Weber, S. R. et al., 2023 
Intervenção Psicológica em atletas 
Souza, J.P. de et al., 2019 
Röthlin, P. et al., 2020 
Tutte, V.; Reche, C.; Álvarez, V., 2020 
Lima Júnior, C. F. de; Souza, J. C. P. de, 2021 
 
Fonte: Desenvolvido pelo autor (2023) 
 
3.1 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE ATLETAS 
 
De acordo com a Psicologia do Esporte, a ansiedade, a depressão e o estresse 
interferem no desempenho e resultados durante o treinamento e a competição, 
influenciando em diversos fatores, tais como a capacidade de tomada de decisão e a 
atenção plena (FORTES et al., 2019; LIMA JÚNIOR; SOUZA, 2021; PRIETO; 
HERNÁDEZ; RODRÍGUEZ, 2022; WEBER et al., 2023). 
Desse modo, é de fundamental importância avaliar a incidência destes fatores 
nos atletas, tendo em vista a sua influência nos resultados competitivos. Nesse 
ínterim, os testes de avaliação psicológica têm se mostrando de grande relevância, 
contribuindo com a percepção sobre o estado emocional e cognitivo dos desportivas, 
favorecendo na criação de um programa de intervenção psicológica específico para 
cada sujeito. 
Fortes et al. (2019) realizaram testes de avaliação da ansiedade competitiva, 
utilizando a versão brasileira do CSAI-2R composta por 16 itens. Este teste possibilita 
mensurar a ansiedade cognitiva, somática e a autoconfiança, consideradas como 
subescalas da ansiedade competitiva. Foi definida como critério de avaliação, a 
dimensão de intensidade do referido teste, a qual é verificada a partir de pontuações 
das respostas obtidas, que variam de 01 a 04, onde o1 significa “nada” e 04 significa 
“bastante”, conforme escala Likert. Fortes et al. (2019) assinalam que também foi 
utilizada a dimensão da frequência da CSAI-2R, por possibilitar a percepção sobre a 
ansiedade competitiva no momento em que o questionário é respondido. 
Quanto à avaliação da tomada de decisão, considerando os aspectos saque, 
recepção e levantamento, foi realizada em momento de jogo real, com disputas de 04 
sets de 25 pontos, por meio do Game Performance Assessment Instrument5 (GPAI). 
Os jogos foram gravados e analisados por especialistas em voleibol, a fim de adquirir 
resultados fidedignos, tendo em vista a comparação destes com aqueles obtidos pela 
CSAI-2R. Desse modo foi feita uma análise considerando três regressões lineares, 
comparando a influência das ansiedades cognitiva e somática e da autoconfiança, 
com a tomada de decisão, quanto ao saque, recepção e levantamento. Os resultados 
obtidos demonstraram que há uma influência negativa da ansiedade competitiva sobre 
o desempenho dos atletas, pois quanto maior a ansiedade cognitiva ou somática 
menor a capacidade de tomada de decisão durante os jogos, interferindo nos 
resultados das competições. Tal pesquisa confirma que o voleibol é um esporte que 
exige dos atletas, habilidades psicológicas e cognitivas, que possam controlar a 
ansiedade e assim, obter melhores resultados (FORTES et al., 2019). 
Röthlin et al. (2020) defendem a importância do treinamento de habilidades 
psicológicas para a melhoria do desempenho dos atletas, defendendo a avaliação 
psicológica como instrumento essencial para mensurar o efeito destas habilidades. 
Para tanto, os autores também utilizaram a escala de Likert, porém de 7 pontos; o 
Formulário reduzido do Questionário de Mindfulness das Cinco Facetas (FFMQ-SFF); 
o Teste de Estratégias de Desempenho (TOPOS); o Questionário de Aceitação e Ação 
(AAQ-II); a Autoavaliação de Competências Emocionais (SEC-27); O Questionário de 
Ocorrência de Pensamento para o Esporte (TOQS); e o Questionário de Ação e 
Orientação do Estado após o Fracasso (ASOAF6). Tais instrumentos foram utilizados 
no grupo de controle; e nos grupos Intervenção de treinamento de habilidades 
psicológicas (PST); e Intervenção de treinamento de mindfulness (MT), possibilitando 
 
5 Tradução nossa: Instrumento de avaliação de desempenho em jogos 
uma análise detalhada e comparativa durante o pré-teste e o pós-teste, de modo a 
favorecer a apreciação dos resultados da intervenção psicológica nestes grupos, 
quanto às diversas habilidades cognitivas e emocionais aprendidas. Convém observar 
que os questionários foram essenciais para o delineamento das sessões de 
intervenção para cada grupo, evidenciando a importância de cada estratégia para a 
melhoria do desempenho dos atletas. 
O estudo realizado por Prieto, Hernández e Rodríguez (2020) também 
evidenciou a utilização de pré-testes e pós-testes, para analisar a atenção plena dos 
atletas antes e depois das intervenções psicológicas. Para tanto, foram utilizados o 
Test de Anillos de Landolt6, a escala de autoavaliação para atletas, e escala de 
avaliação externa para treinadores, os quais foram aplicados de forma repetida, a fim 
de comparar os resultados. O Test de Anillos de Landolt foi realizado 30 minutos antes 
e depois das intervenções psicológicas, com o objetivo de identificar o estado de 
concentração de atenção atual dos atletas, em uma escala quantitativa por minutos 
de atenção. Após as sessões de intervenção, os treinamentos e jogos, foram 
utilizadas a escala de autoavaliação, por meio de questionário aplicados aos atletas e 
a escala de avaliação externa aplicada aos treinadores, essa última com o objetivo de 
verificar os critérios utilizados pelos treinadores, para avaliar a atenção e 
concentração dos atletas. 
Os testes aplicados por Prieto, Hernández e Rodríguez (2022) foram de fácil 
entendimento pelos atletas e treinadores, distinguindo-se em três categorias básicas 
de níveis de atenção e concentração: precisa de atenção especial; precisa de tempo 
para melhorar; e habilidades excelentes. Verificou-se que após os treinamentos houve 
uma melhoria crescente destes níveis, demonstrando uma aprendizagem de 
habilidades psicológicas e cognitivas essenciais ao desempenho dos atletas. 
De forma semelhante, Tutte, Reche e Álvarez (2020), salientam que cabe aos 
psicólogos esportivos, analisar as necessidades dos pacientes, fazendo uma 
avaliação diagnóstica, para delinear os objetivos, o tipo de intervenção, seu 
planejamento e especificar os indicadores e instrumentos de avaliação da eficácia do 
treinamento psicológico ensejado. Para tanto, utilizaram o Questionário de 
Características Psicológicas Relacionadas ao Desempenho Esportivo em jogadores 
de futebol (CPRD-f), composto por 29 itens, distintos entre 04 fatores, sendo eles: 
 
6 Tradução nossa: Teste de Anéis de Landolt 
autoconfiança, influência da avaliação do rendimento, ansiedade e concentração. 
Para avaliar as respostas também foi utilizada a escala de Likert, com variações de 
cinco alternativas, entre totalmente de acordo e totalmente em desacordo. 
O teste CPRD também foi utilizado por Silva (2021), porém destinado às atletas 
atiradoras de pistola e uma atleta competidora de Karaté, com a finalidade de avaliar 
coesão da equipe desportiva; a tolerância ao estresse, a motivação e habilidade 
mental. Essa aplicação do CPRD demonstra que é possível haver variações do 
mesmo teste, de acordo com a finalidade e a modalidade esportiva. Silva (2021, p. 
884) utilizou ainda, o POMS, um questionário que possibilita identificar as variações 
de seis estadosde humor: “tensão/ansiedade, depressão/melancolia, 
ódio/hostilidade/angústia, vigor/atividade, fadiga/inércia e confusão/perplexidade 
(tradução nossa)”. 
Das três atletas em análise, apenas uma, a atleta de karaté, completou todo o 
período de intervenção psicológica. Para Silva (2021), isso ocorreu devido à falta de 
cultura dos instrutores das delegações, em desenvolver um acompanhamento 
multidisciplinar, que incluísse a psicologia esportiva. Outro fator a ser considerado, foi 
a preferência pela modalidade de sessão virtual, devido à Pandemia de Covid-19, uma 
vez que esta pesquisa foi aplicada em 2020, quando houve a necessidade de 
suspenção das atividades presenciais e isolamento social. 
Por fim, Weber et al. (2023) analisaram a prevalência de depressão em 
estudantes-atletas, com a Escala de Depressão do Centro de Estudos 
Epidemiológicos (CESD), um instrumento para autoavaliação dos atletas, 
considerando diversos fatores, entre eles, episódios de tristeza, perda de interesse, 
fadiga, movimento e ideação suicida. Nesse estudo foi ainda analisada a prevalência 
de ansiedade, por meio do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), composta 
por 40 questões; e por fim, para analisar fatores associados à autoestima, foi utilizada 
a Escala de Autoestima de Rosenberg (RSES), constando 10 itens a serem 
observados. Todos os testes foram aplicados com a escala Likert de 4 pontos. 
Os testes de avaliação psicológica permitiram identificar não somente os níveis 
de ansiedade, estresse, autoconfiança, autoestima, atenção plena e concentração, 
mas também a influência destes níveis no desempenho dos atletas. Possibilitaram 
ainda, verificar a eficácia das intervenções psicológicas realizadas, quanto à 
aprendizagem de habilidades cognitivas e emocionais, essenciais ao controle dos 
estados emocionais que afetam no sucesso prática esportiva (FORTES et al., 2019; 
RÖTHLIN et al., 2020; TUTTE; RECHE; ÁLVAREZ, 2020; LIMA JÚNIOR; SOUZA, 
2021; SILVA, 2021; PRIETO; HERNÁNDEZ; RODRÍGUEZ, 2022; WEBER et al., 
2023). 
 
3.2 INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA EM ATLETAS 
 
Para além da avaliação psicológica nos atletas, é necessária uma intervenção 
que contribua com a resolução de problemas, na aprendizagem de estratégias que 
podem beneficiá-los, no sentido de reduzir o estresse, melhorar os níveis de atenção 
e concentração e consequentemente, elevar o rendimento. 
Nesse sentido, Souza et al. (2019), descreveram os resultados de uma 
intervenção psicológica com a duração de sete meses, quando foi realizado o 
Treinamento de Habilidades Psicológicas (THP) de atletas de Judô, com idade entre 
11 e 13 anos. Durante a intervenção, foram utilizadas técnicas cognitivas, para a 
redução de estresse, sendo elas “técnicas de processamento cognitivo” e “técnica de 
auto-fala”, que consistem em instruções auto sugestivas, por meio de repetição de 
palavras definidas pelo psicólogo. Também foram desenvolvidas algumas técnicas 
somáticas, para reduzir os sintomas psicofisiológicos, provocados pelo estresse, tais 
como sudorese e aceleração dos batimentos cardíacos, tais como técnicas de 
respiração e relaxamento. E por fim, foram utilizadas técnicas de visualização, com a 
finalidade de resgatar as lembranças de experiências pretéritas e ressignificá-las, 
transformando-as em imagens. 
Os resultados apresentados por Souza et al. (2019), classificados entre 
ansiedade competitiva e somática e técnicas utilizadas, foram obtidos a partir da 
observação durante todo o processo de intervenção, analisando as reações nos 
momentos das competições. No Quadro 1, os autores expuseram os resultados, 
identificando os atletas por codinome e idade, possibilitando uma visualização ampla 
a respeito das intervenções realizadas e seus efeitos. Embora não tenham utilizados 
técnicas quantitativas para mensurar os resultados, a observação psicológica 
possibilitou perceber aspectos inerentes ao comportamento dos atletas e como a 
ansiedade pode afetar o desempenho, bem como o controle dos seus efeitos, por 
meio da intervenção psicológica, pode melhorar o rendimento. 
 
Quadro 1 - Observação sistemática de comportamentos dos atletas na competição 
 
Fonte: Souza et al. (2019, p. 79) 
 
Em Souza et al. (2019), as técnicas aprendidas pelos atletas favoreceram a 
redução dos sintomas de ansiedade cognitiva e/ou somática, à medida que iam sendo 
utilizadas, nos momentos da competição, revelando uma aprendizagem sobre a 
consciência corporal, cognitiva e espacial, essencial, para que as estratégias 
pudessem surtir efeito. 
De modo semelhante, Lima Júnior e Souza (2021), utilizaram a intervenção 
psicológica do esporte, para a aprendizagem de técnicas de relaxamento, por atletas 
de Jiu-Jitsu, como formas de reduzir o estresse e a ansiedade. Foram utilizadas as 
técnicas de relaxamento progressivo e relaxamento passivo; e de respiração 
abdominal. 
 
A técnica de relaxamento progressivo é um tipo de terapia que se concentra 
em apertar e relaxar grupos musculares específicos em sequência. 
Concentrando-se em áreas específicas, enrijecendo e depois relaxando-as, 
você pode se tornar mais consciente do seu corpo a sensações físicas (...) A 
técnica de relaxamento passiva trabalha todos os músculos musculares no 
corpo levando o indivíduo a um relaxamento profundo (LIMA JÚNIOR; 
SOUZA, 2021, p. 218). 
 
Enquanto na primeira técnica há um enrijecimento e relaxamento de 
determinados músculos, na segunda técnica não há este enrijecimento, sendo 
indicada para as pessoas que apresentam problemas musculares. Tais técnicas foram 
utilizadas, combinadas coma a respiração abdominal, que consiste no exercício da 
respiração diafragmática, que consiste em respirações lentas com duração de dez 
minutos, que favorecem o estiramento nos pulmões. Os resultados obtidos por Lima 
Júnior e Souza (2021), demonstram que houve redução dos níveis de estresse e 
ansiedade, entre a primeira avaliação, realizada antes das intervenções e a segunda 
avaliação, realizada depois das intervenções. Os resultados variaram de leve para 
mínimo, de moderado para leve ou mínimo e de grave para leve, demonstrando os 
benefícios da aprendizagem comportamental de técnicas de relaxamento, para os 
atletas, elevando o seu controle emocional, de modo a ficarem preparados para o 
momento da competição. 
As técnicas de relaxamento e visualização foram também utilizadas por Tutte, 
Reche e Álvarez (2020), complementando as ações de intervenção psicológica, 
durante as 16 sessões, entre as quais algumas foram realizadas de forma individual 
e outras em grupo, seguindo uma abordagem cognitiva-comportamental. Além destas, 
foram utilizadas técnicas de auto caracterização, comunicação e autoconhecimento, 
capacidade de concentração, combinadas com as observações, confrontos, registros 
auto comportamentais e interpretações. Tais habilidades psicológicas fazem parte do 
arcabouço essencial aos atletas de alta performance, entretanto, a ansiedade 
competitiva interfere no desempenho, sendo essencial intervir com técnicas cognitivas 
e comportamentais. 
Röthlin et al. (2020) apresentaram a realização de intervenções em 95 atletas, 
em três grupos, sendo um de treinamento de habilidades psicológicas (PST), um de 
intervenção de treinamento de mindfulness (MT) e o outro, um grupo controle, formado 
por atletas que se encontravam em uma lista de espera (WL). Nos dois grupos de 
intervenção, foram realizadas 4 oficinas com a duração de 90 minutos cada, no 
período de 4 semanas. Enquanto o grupo de MT tinha o objetivo de ensinar técnicas 
paras atenção plena, no grupo de PST, a finalidade era a aprendizagem de técnicas 
mentais de “regulação da excitação, imagens, diálogo interno e estabelecimento de 
metas” (RÖTHLIN et al., 2020, p. 4, tradução nossa). 
Durante as oficinas, Röthlin et al. (2020) descrevem que foram utilizadas 
diversas técnicas de psicoeducação, envolvendo exercíciospráticos durante o evento 
e em casa, apresentação de imagens e vídeos, bem como momentos de partilha de 
pensamentos. Os resultados foram apresentados em variáveis, classificadas em 
verificação de manipulação (atenção plena); manejo das emoções; atenção e 
cognição; e formas de lidar com falhas na concorrência. Para a atenção plena, 
constatou-se que os temas abordados nas oficinas podem ter contribuído com o 
desenvolvimento da consciência sobre não julgar e não ter reatividade em relação à 
experiência anterior. Quanto ao manejo das emoções, o grupo PST apresentou 
resultados superiores aos do MT, destacando-se a regulação da excitação. A respeito 
da atenção e cognição. De modo geral, o grupo de PST demonstrou resultados mais 
significativos quanto ao desempenho no gerenciamento das competências 
psicológicas; e o grupo MT se destacou mais na aprendizagem de técnicas de atenção 
plena. 
Cabe aos psicólogos do esporte, desenvolver planos de intervenção 
adequados para cada atleta, tendo em vista as habilidades necessárias, para o 
gerenciamento da ansiedade, concentração, das emoções e das reações 
psicossomáticas. 
Há uma concordância entre os autores, quanto à eficácia da terapia cognitiva-
comportamental, como abordagem de intervenção psicológica, durante este processo 
de aprendizagem das técnicas diversas, que contribuem com o gerenciamento dos 
aspectos psicossomáticos, elevando o desempenho dos atletas (SOUZA et al., 2019; 
RÖTHLIN et al., 2020; TUTTE; RECHE; ÁLVAREZ, 2020; LIMA JÚNIOR; SOUZA, 
2021; PRIETO; HERNÁNDEZ; RODRÍGUEZ, 2022). 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Após a realização da pesquisa, é possível identificar algumas contribuições da 
avaliação e da intervenção psicológicas, para o desempenho de atletas, destacando-
se o quanto a psicologia do esporte tem sido relevante no cotidiano destes sujeitos, 
que passam por pressões emocionais, físicas e sociais intensas, tanto em treinamento 
quanto em período de competição. 
Os diversos artigos elencados neste estudo retratam, a partir do registro de 
investigações com atletas de diferentes modalidades esportivas, porém todas de alta 
performance, o quanto a psicometria tem contribuindo, com o uso de diferentes 
escalas e inventários. Tais testes identificam os níveis de estresse, ansiedade e 
concentração, entre outros aspectos cognitivos, e sua relação com a condução da 
prática esportiva, em cada atleta. Os resultados elencados pelos autores pesquisados 
demonstram que há uma interferência da prática esportiva na autoestima, no risco de 
depressão, na capacidade de atenção e concentração, bem como no bem-estar 
psíquico e físico. 
A partir dos resultados obtidos, ao aplicar a avaliação psicológica, os psicólogos 
podem traçar estratégias e abordagem específicas para cada paciente, tendo em vista 
as suas necessidades. Destacam-se, nesse interim, as abordagens cognitivas, por 
possibilitar que os atletas aprendam estratégias cognitivas, de respiração, 
relaxamento e concentração, para lidar com as situações estressoras decorrentes da 
prática esportiva. Com a aplicação de tais recursos cognitivos, há uma redução da 
ansiedade e do estresse, bem como melhoria da capacidade de concentração e 
atenção, além da elevação da autoestima. Consequentemente, há uma elevação no 
desempenho dos desportistas, tanto nas fases de treino quanto nos períodos de 
competição. 
Considera-se que se faz necessária a publicação de mais artigos que 
apresentem evidências sobre a psicologia do esporte, como elemento fundamento 
para a melhoria da qualidade de vida, do bem-estar e do desempenho dos atletas. 
 
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