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MEDICINA - CADERNO 2-107-108

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TE
 Ú
N
IC
A
AULA 16 Temas e figuras II 107
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...
A vida não para...
Disponível em:<www.vagalume.com.br/lenine 
/paciencia.html> Acesso em: 1 jun. 2011.
3 IME 2012 Assinale a opção em que as palavras do tex-
to pertencem ao mesmo campo semântico.
a Veloz (v. 17), pressa (v. 7), calma (v. 2) e corpo (v. 3).
b Paciência (v. 15), calma (v. 2), pressa (v. 7) e cura (v. 12).
c Tempo (v. 6), calma (v. 2), veloz (v. 17) e alma (v. 4).
d Veloz (v. 17), pressa (v. 7), calma (v. 2) e tempo (v. 6).
e Veloz (v. 17), calma (v. 2), loucura (v. 13) e paciência (v. 15).
 Texto para a questão 4.
Joaquim de Sousa Andrade
O poeta e engenheiro Joaquim de Sousa Andrade 
nasceu em Alcântara, Maranhão, em 1833. De família 
abonada, viajou muito desde jovem, percorrendo inúmeros 
países europeus. Formou-se em Engenharia de Minas e em 
Letras pela Sorbonne. Em 1884, lançou a versão definitiva 
de seu O Guesa, obra radical e renovadora. Morreu aban-
donado e com fama de louco.
Considerado em sua época um escritor extravagante, 
Sousândrade, como preferia ser identificado, acaba reabili-
tado pela vanguarda paulistana (os concretistas) como um 
caso de “antecipação genial” da livre expressão modernis-
ta. Criador de uma linguagem dominada pela elipse, por 
orações reduzidas e fusões vocabulares, foge do discurso 
derramado dos românticos. Cosmopolita, o escritor deixou 
quadros curiosos, como a descrição do Inferno de Wall 
Street, no qual vê o Capitalismo como doença.
Sua obra mais perturbadora é O Guesa, poema em 
treze cantos, dos quais quatro ficaram inacabados. A base 
do poema é a lenda indígena do Guesa Errante. O perso-
nagem Guesa é uma criança roubada aos pais pelo deus 
do Sol e educado no templo da divindade até os 10 anos, 
sendo sacrificado aos 15 anos.
Na condição de poeta maldito, Sousândrade identifica 
seu destino pessoal com o do jovem índio. Porém, no 
plano histórico-social, o poeta vê no drama de Guesa o 
mesmo dos povos aborígenes da América, condenando as 
formas de opressão dos colonialistas e defendendo uma 
república utópica.
O Guesa (fragmento)
O sol ao pôr do sol (triste soslaio!)... o arroio
Em pedras estendido, em seus soluços
Desmaia o céu d’estrelas arenoso
E o lago anila seus lençóis d’espelho...
Era a Ilha do Sol, sempre florida
Ferrete-azul, o céu, brando o ar pureza
E as vias-lácteas sendas odorantes
Alvas, tão alvas!... Sonoros mares, a onda
d’esmeralda
Pelo areal rolando luminosa...
As velas todas-chamas aclaram todo o ar.
S. Gonzaga. Literatura Brasileira. Disponível em: <www.educaterra. 
terra.com.br>. (Adapt.). Acesso em: 14 jun. 2010.
4 IME 2011 Em qual das opções abaixo todas as palavras 
remetem ao mesmo campo semântico?
a Sol, estrelas, aclaram, luminosa, soslaio.
b Sol, aclaram, luminosa, alvas, arroio.
c Sol, céu, todas-chamas, aclaram, brando.
d Sol, pôr do sol, estrelas, alvas, sendas.
e Vias-lácteas, todas-chamas, aclaram, alvas, luminosa.
5 Leia o excerto a seguir, extraído da obra O cortiço, de 
Aluísio de Azevedo.
[...]
— É esta! disse aos soldados que, com um gesto, 
intimaram a desgraçada a segui-los. — Prendam-na! 
É escrava minha!
A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, 
com uma das mãos espalmada no chão e com a outra 
segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, 
sem pestanejar.
Os policiais, vendo que ela se não despachava, de-
sembainharam os sabres. Bertoleza então, erguendo-se 
com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto e, antes 
que alguém conseguisse alcançá-la, já de um só golpe 
certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado.
E depois embarcou para a frente, rugindo e esfoci-
nhando moribunda numa lameira de sangue.
João Romão fugira até ao canto mais escuro do arma-
zém, tapando o rosto com as mãos.
[...]
a) Identifique passagens do texto em que a perso-
nagem é animalizada.
 
 
 
 
 
b) Que efeito de sentido isso traz ao texto?
 
 
 
 
 
35
40
45
Int. de texto • Livro único • Frente única • Capítulo 5
I. Leia as páginas 119 e 120.
II. Faça os exercícios de 7 a 9 da seção “Revisando”.
III. Faça os exercícios propostos de 22 a 24.
Guia de estudos
PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / WALTER.TIERNO / 19-12-2020 (14:12) PDF FINAL / CONFIGURAÇÕES DO DOCUMENTO ATUAL / WALTER.TIERNO / 19-12-2020 (14:12)
Interpretação de texto AULA 17 Discurso, interdiscursividade e propaganda ideológica108
FRENTE ÚNICA
AULA 17
Discurso, interdiscursividade e propaganda ideológica
Discurso
Discurso será tratado aqui como sinônimo de visão de 
mundo, ideologia. Todo texto traz uma visão de mundo, 
e ela, em cada um de nós, por exemplo, é produto de 
muitos discursos.
DISCURSO
↓
PRODUTO DE MUITOS DISCURSOS
 ↓ ↓ ↓ ↓ ↓
FAMÍLIA ESCOLA AMIGOS MÍDIA RELIGIÃO
Da mesma forma que cada um de nós possui um discur-
so, também a arte, a literatura e a pintura têm uma ideologia, 
uma visão de mundo. Veja o excerto a seguir:
O Carnaval no Rio é o acontecimento religioso da raça. 
Pau-Brasil. Wagner submerge ante os cordões de Botafogo. 
Bárbaro e nosso. A formação étnica rica. Riqueza vegetal. O 
minério. A cozinha. O vatapá, o ouro e a dança.
Oswald de Andrade. “Manifesto Pau-Brasil”.
O manifesto de Oswald de Andrade apresenta uma vi-
são de mundo: a valorização da cultura nacional, sobretudo 
a popular. O discurso pode variar no tempo, no espaço, no 
grupo social.
Interdiscursividade
A interdiscursividade é o fato de um texto remeter a 
uma visão de mundo que já existe. Assim, os textos de 
Antônio Vieira mantêm uma relação interdiscursiva com o 
Barroco; a obra de Pablo Picasso, com o Cubismo; Olavo 
Bilac, com o Parnasianismo. O manifesto de Oswald de 
Andrade, citado anteriormente, mantém uma relação inter-
discursiva com o Modernismo.
Propaganda ideológica
A propaganda ideológica, ao contrário [dos demais tipos 
de propaganda], é mais ampla e mais global.
Sua função é a de formar a maior parte das ideias e 
convicções dos indivíduos e, com isso, orientar todo o seu 
comportamento social. As mensagens apresentam uma versão 
da realidade a partir da qual se propõe a necessidade de manter 
a sociedade nas condições em que se encontra ou de transfor-
má-la em sua estrutura econômica, regime político ou sistema 
cultural.
Nélson Jahr Garcia. Propaganda ideológica e manipulação. Disponível em: 
<www.ebooksbrasil.org/adobeebook/manipulacao.pdf>. p. 10-1. 
Acesso em: 12 dez. 2013.
Veja alguns mecanismos empregados para a propa-
ganda a favor do governo.
a. Slogans:
Brasil: ame-o ou deixe-o.
Slogan do governo brasileiro durante o regime militar.
b. Criação de secretarias para fins de controle do 
cidadão:
 y Aerp: Assessoria Especial de Relações Públicas da 
Presidência da República (Costa e Silva e Médici)
 y Airp: Assessoria de Imprensa e Relações Públicas 
(Geisel)
 y Secom: Secretaria Especial da Comunicação Social.
c. Campanha nas ruas.
d. Retrato nas salas.
e. Nome de avenidas, ruas, praças.
 Texto para as questões 1 e 2.
A arma da propaganda
O governo Médici não se limitou à repressão. Distin-
guiu claramente entre um setor significativo mas minoritário 
da sociedade, adversário do regime, e a massa da população 
que vivia um dia a dia de alguma esperança nesses anos 
de prosperidade econômica. A repressão acabou com o 
primeiro setor, enquanto a propaganda encarregou-se de, 
pelo menos, neutralizar gradualmente o segundo. Para al-
cançar este último objetivo, o governo contou com o grande 
avanço das telecomunicações no país, após 1964. As facili-
dades de crédito pessoal permitiram a expansão do número 
de residências que possuíam televisão: em 1960, apenas 
Exercícios de sala
9,5% das residências urbanas tinham televisão; em 1970, a 
porcentagem chegava a 40%. Por essa época, beneficiada 
peloapoio do governo, de quem se transformou em porta-
-voz, a TV Globo expandiu-se até se tornar rede nacional 
e alcançar praticamente o controle do setor. A propaganda 
governamental passou a ter um canal de expressão como 
nunca existira na história do país. A promoção do “Brasil 
grande potência” foi realizada a partir da Assessoria Especial 
de Relações Públicas (AERP), criada no governo Costa e 
Silva, mas que não chegou a ter importância nesse governo. 
Foi a época do “Ninguém segura este país”, da marchinha 
Prá Frente, Brasil, que embalou a grande vitória brasileira 
na Copa do Mundo de 1970.
Boris Fausto. História do Brasil. (Adapt.).
MED_2021_L2_INT_FU.INDD / 16-12-2020 (19:10) / EXT.DIAGRAMACAO.02 / PROVA FINAL MED_2021_L2_INT_FU.INDD / 16-12-2020 (19:10) / EXT.DIAGRAMACAO.02 / PROVA FINAL

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