Buscar

resumo ppb of2 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estudo Dirigido: Oficial 2 
Período: 4º 
Disciplina: Processos Psicológicos Básicos 
Docente: Thaís Dell’Oro 
 
 
ANIELLY ALVES RODRIGUES RA: 324354036437 
 
1 MEMÓRIA 
 
O QUE É A MEMÓRIA? 
 
• Memória é a capacidade do sistema nervoso de manter e recuperar 
habilidades e conhecimentos. Essa capacidade possibilita que os indivíduos 
levem informações de experiências e armazenem-nas para posterior 
recuperação. –> a memória fotográfica não existe 
 
▪ Memória Sensorial: Armazena informações sensoriais brevemente 
após a percepção inicial. –> ex: a memória sensorial visual retém uma 
imagem por uma fração de segundo. 
 
▪ Memória de Curto Prazo: Também conhecida como memória de 
trabalho, é responsável por reter informações por um curto período, 
geralmente segundos a minutos. –> ex: lembrar um número de telefone 
temporariamente. 
 
▪ Memória de Longo Prazo: Envolve o armazenamento de 
informações por períodos mais extensos, que podem variar de dias 
a anos. As memórias de longo prazo são essenciais para a 
aprendizagem duradoura e a retenção de experiências significativas. 
 
• As informações que armazenamos e as memórias que recuperamos muitas 
vezes são incompletas, tendenciosas e distorcidas. As memórias de duas 
pessoas para o mesmo evento podem diferir muito, porque cada indivíduo 
armazena e recupera memórias do evento distintamente. 
 
▪ Memória Declarativa (Explícita): Relacionada às informações 
conscientemente recordadas, como fatos e eventos específicos. 
Subdivide-se em memória episódica (relacionada a eventos 
pessoais) e memória semântica (relacionada a fatos e conceitos). 
 
▪ Memória Não Declarativa (Implícita): Refere-se ao conhecimento 
adquirido de forma não consciente, incluindo habilidades motoras, 
hábitos e condicionamento. 
 
• Além disso, as experiências não têm todas a mesma probabilidade de 
serem lembradas. Alguns eventos da vida passam rapidamente, sem 
deixar memória duradoura; outros são lembrados, mas depois esquecidos; 
outros, permanecem por toda a vida; 
2 
 
• A memória está distribuída por muitas áreas do cérebro, incluindo o 
hipocampo, o lobo temporal medial e as áreas sensitivas corticais. 
 
 
 
COMO AS MEMÓRIAS SÃO MANTIDAS AO LONGO DO TEMPO? 
 
As três fases essenciais da memória são a codificação, o armazenamento e a 
recuperação. 
 
• Codificação: É o processo de transformar informações sensoriais em uma 
forma que o cérebro possa processar e armazenar. Isso geralmente envolve 
a conversão de informações sensoriais, como visão ou som, em impulsos 
neurais. –> tratamento das informações de modo que elas possam ser armazenadas 
 
• Armazenamento: As memórias consolidadas são armazenadas em 
diferentes áreas do cérebro, dependendo do tipo de memória. As memórias 
de curto prazo podem ser armazenadas em áreas como o hipocampo, 
enquanto as memórias de longo prazo podem ser distribuídas em áreas 
corticais específicas. –> retenção de representações codificadas ao logo do tempo 
 
• Recuperação: Quando precisamos acessar uma memória, ela é recuperada 
do armazenamento para ser utilizada. Esse processo envolve a ativação de 
redes neurais específicas que foram formadas durante a codificação e a 
consolidação. –> ato de recordar ou lembrar da informação armazenada quando for 
necessário 
 
 
COMO SÃO ORGANIZADAS AS INFORMAÇÕES NA MEMÓRIA DE LONGO 
PRAZO? 
 
Duas teorias amplamente reconhecidas são a teoria da organização hierárquica e 
a teoria da rede associativa. 
 
• Teoria da Organização Hierárquica 
 
▪ Essa teoria sugere que as informações na memória de longo prazo são 
organizadas de maneira hierárquica, como uma árvore de conceitos; 
 
▪ Os conceitos mais gerais ou abstratos estão no topo da hierarquia, e 
conceitos mais específicos ou detalhados estão nas camadas inferiores. 
–> ex: uma hierarquia de conceitos relacionados a animais, onde "animal" está no topo, 
seguido por categorias mais específicas como "mamífero", "cão", "labrador” 
 
 
• Teoria da Rede Associativa 
▪ Essa teoria sugere que as informações na memória de longo prazo são 
organizadas em redes de associações; 
 
3 
 
▪ Cada nó na rede representa um conceito ou uma unidade de informação, 
e os nós estão interconectados com base em associações de significado; 
 
▪ Quando uma memória é recuperada, a ativação de um nó pode se 
espalhar pela rede, levando à recuperação de informações associadas. 
 
 
 
QUAIS SÃO OS DIFERENTES SISTEMAS DA MEMÓRIA DE LONGO PRAZO? 
 
• Memória Declarativa (Explícita) 
Os sistemas de memória episódica e semântica são diferentes. 
Determinados tipos de dano cerebral podem interromper a formação de 
memórias episódicas, mas poupar as memórias semânticas. 
 
▪ Memória Episódica: Refere-se à capacidade de recordar eventos 
específicos e experiências pessoais em um contexto temporal e 
espacial. –> ex: lembrar-se de sua festa de aniversário do ano passado 
 
▪ Memória Semântica: Relaciona-se ao conhecimento geral sobre o 
mundo, incluindo fatos, conceitos e significados. –> ex: saber que Paris é a 
capital da França. 
 
• Memória Não Declarativa (Implícita) 
O sistema subjacente às memórias inconscientes é chamado de memória 
implícita, e ela pode influenciar na tomada de decisões, fazendo com que 
as informações pareçam familiares na ausência de percepção consciente 
de que já nos deparamos previamente com a informação. –> A memória de 
procedimentos é um tipo de memória implícita que envolve habilidades motoras e hábitos 
comportamentais. 
 
▪ Memória Procedural: Refere-se à habilidade de realizar ações e tarefas 
motoras sem a necessidade de consciência explícita. –> ex: andar de 
bicicleta ou tocar um instrumento musical. 
 
▪ Condicionamento Clássico e Operante: Envolve a aprendizagem 
associativa entre estímulos e respostas (condicionamento clássico) ou 
entre comportamentos e consequências (condicionamento operante). 
 
• Memória Prospectiva 
▪ Relaciona-se à capacidade de lembrar-se de realizar ações ou 
tarefas planejadas no futuro. Por exemplo, lembrar-se de ir ao médico 
na próxima semana. 
 
• Memória Associativa 
▪ Refere-se à capacidade de formar e lembrar associações entre 
elementos ou conceitos. Isso pode incluir associações semânticas ou 
conexões mais específicas. 
 
4 
 
• Memória de Trabalho 
▪ Enquanto a memória de trabalho é frequentemente considerada 
como parte da memória de curto prazo, ela desempenha um papel 
crucial na manipulação temporária de informações e pode estar 
envolvida em processos de memória de longo prazo. 
 
• Memória de Reconhecimento e Recuperação 
▪ A memória de longo prazo também pode ser subdividida com base 
na forma como as informações são recuperadas, como a memória 
de reconhecimento (reconhecimento de informações previamente 
encontradas) e a memória de recuperação (lembrar-se ativamente de 
informações). 
 
 
QUANDO A MEMÓRIA FALHA? 
 
A falha de memória pode ocorrer por várias razões e em diferentes estágios do 
processo de memória. 
 
• Esquecimento Normal 
▪ O esquecimento é uma parte normal do funcionamento da memória. 
Nem todas as informações são retidas indefinidamente. O cérebro tende 
a priorizar e consolidar informações mais relevantes e significativas. 
 
• Interferência 
▪ Ocorre quando informações novas interferem na recuperação de 
informações antigas (interferência retroativa) ou quando informações 
antigas interferem na aprendizagem de novas informações (interferência 
proativa). 
 
• Efeito da Curva do Esquecimento 
▪ Sugere que a retenção de informações diminui ao longo do tempo se não 
houver revisão ou prática. 
 
• Estresse e Emoções 
▪ Altos níveis de estresse, ansiedade ou emoções intensas podem afetar 
negativamente a formação e recuperação de memórias. 
 
• Envelhecimento 
▪ O envelhecimento está associado a mudanças no funcionamento 
cognitivo, incluindo a diminuição da capacidade de memória. No entanto, 
o envelhecimento não leva necessariamente a uma falha total de 
memória. 
 
•Doenças Neurológicas 
▪ Condições como doença de Alzheimer, demência e outras doenças 
neurológicas podem afetar significativamente a memória. 
 
• Lesões Cerebrais 
5 
 
▪ Traumas cerebrais, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e outras 
lesões cerebrais podem causar danos ao sistema de memória e resultar 
em falhas de memória. 
 
• Distrações e Falta de Foco 
▪ A atenção e o foco inadequados durante a codificação ou recuperação 
de informações podem levar a falhas de memória. 
 
• Sono Insuficiente 
▪ A falta de sono adequado pode prejudicar a consolidação da memória, 
levando a dificuldades de retenção. 
 
 
COMO SÃO DISTORCIDAS AS MEMÓRIAS DE LONGO PRAZO? 
 
As memórias de longo prazo podem ser distorcidas por vários fatores, e a precisão 
das lembranças muitas vezes não é absoluta. 
 
• Sugestão e Influência Externa 
▪ A exposição a informações errôneas ou sugestivas pode influenciar a 
formação e recuperação de memórias. Perguntas sugestivas ou 
informações imprecisas fornecidas por outras pessoas podem levar a 
uma distorção da lembrança original. 
 
• Mudança de Detalhes ao Longo do Tempo 
▪ À medida que o tempo passa, é comum que os detalhes específicos de 
uma memória sejam esquecidos ou alterados. As pessoas podem 
preencher lacunas na memória com informações incorretas ou alterar 
inconscientemente os detalhes ao longo do tempo. 
 
• Influência da Emoção 
▪ A intensidade emocional de um evento pode afetar a precisão da 
memória. Eventos emocionalmente carregados podem ser lembrados de 
maneira mais intensa ou com detalhes exagerados. 
 
• Memórias Implícitas e Efeitos de Sugestionabilidade 
▪ Memórias implícitas, que são influenciadas por experiências passadas, 
podem afetar a interpretação de eventos presentes e levar a distorções. 
Além disso, a sugestionabilidade, ou a tendência de aceitar sugestões 
externas, pode levar a memórias distorcidas. 
 
• Memórias Construídas 
▪ Em alguns casos, as pessoas podem construir memórias que nunca 
ocorreram, um fenômeno conhecido como falsa memória. Isso pode 
ocorrer por sugestão, influência externa ou mesmo devido a processos 
cognitivos que levam à confusão entre eventos reais e imaginados. 
 
• Efeito da Desinformação 
▪ A exposição a informações incorretas após a ocorrência de um evento 
pode distorcer a memória original. Isso é conhecido como o efeito da 
6 
 
desinformação, onde informações incorretas influenciam a recordação 
de eventos. 
 
• Reconstrução da Memória 
▪ A recuperação de uma memória muitas vezes envolve a reconstrução 
ativa da informação. Durante esse processo, podem ocorrer alterações 
ou adições à memória original. 
 
• Influência de Estereótipos e Expectativas 
▪ Estereótipos culturais e expectativas pessoais podem influenciar a 
interpretação e recordação de eventos, levando a distorções na 
memória. 
 
• Condições Cognitivas 
▪ Condições cognitivas, como confusão mental, cansaço extremo ou 
estresse, podem afetar a precisão das memórias. 
 
 
 
2 APRENDIZAGEM 
• A aprendizagem é a mudança relativamente permanente no 
comportamento, resultante da experiência. É um processo pelo qual os 
indivíduos adquirem conhecimento, habilidades, comportamentos ou 
atitudes por meio da experiência, estudo, treinamento ou interação com o 
ambiente; 
 
• Ocorre quando um animal se beneficia da experiência de modo que o seu 
comportamento é mais bem adaptado ao ambiente; 
 
• O animal fica mais bem preparado para lidar com o ambiente no futuro; 
 
• A teoria da aprendizagem surgiu no início do século XX, como contraponto 
à psicanálise e ao uso da introspecção; 
 
• Tipos de aprendizagem: 
 
▪ Aprendizagem não associativa 
Aprender sobre um estímulo, como uma imagem ou som, no mundo 
externo; 
 
➢ Habitução 
A habitação é um processo pelo qual a resposta a um estímulo 
diminui com a exposição repetida a esse mesmo estímulo. 
 
➢ Sensibilização 
A resposta a um estímulo aumenta com a exposição repetida. 
 
▪ Aprendizagem associativa (condicionamento) 
Apreder a relação entre duas partes da informação; 
7 
 
 
➢ Condicionamento Clássico (Pavloviano) 
Quando aprendemos que um estímulo prediz outro estímulo. 
 
➢ Condicionamento Operante 
Quando aprendemos que um comportamento leva a um 
determinado desfecho. 
 
 
▪ Aprendizagem Observacional (Modelagem) 
Aprender obserdando como os outros se comprtam; 
➢ Modelação 
Imitar um comportamento visto em outras pessoas; 
 
➢ Aprendizagem vicária 
Aprender a desempenhar ou não um comportamento depois 
de ver outras pessoas sendo recompensadas ou punidas por 
desempenhar essa ação; 
 
 
2.1 BEBÊ ALBERT 
 
• Experimento do Pequeno Albert é um estudo clássico da psicologia conduzido 
por John B. Watson e sua assistente Rosalie Rayner em 1920. O objetivo do 
experimento era investigar a aprendizagem de condicionamento emocional em 
um bebê chamado Albert B., que tinha aproximadamente 11 meses de idade. 
 
• Objetivo 
▪ Investigar se uma resposta emocional condicionada (medo) poderia ser 
associada a um estímulo anteriormente neutro (um rato branco) e, por 
extensão, a outros estímulos semelhantes. 
 
 
• Procedimento 
1 Albert foi exposto a vários estímulos neutros, como ratos brancos, coelhos, 
macacos, cachorros, entre outros; 
2 Inicialmente, Albert não mostrou medo ou aversão a esses estímulos; 
3 Durante o experimento, sempre que Albert tocava um rato branco, Watson 
fazia um som alto batendo em uma barra de ferro com um martelo (um 
estímulo aversivo); 
4 Após algumas repetições desse procedimento, Albert começou a 
demonstrar medo não apenas ao rato branco, mas também a outros 
estímulos anteriormente neutros apresentados na ausência do som 
aversivo. 
 
 
• Resultados 
▪ O experimento demonstrou a capacidade de condicionamento 
emocional, mostrando que reações emocionais, como o medo, 
poderiam ser condicionadas a estímulos inicialmente neutros. 
8 
 
▪ O medo condicionado de Albert se generalizou para estímulos 
semelhantes aos originalmente associados ao som aversivo. 
 
• Ética 
▪ Hoje em dia, o Experimento do Pequeno Albert é frequentemente 
citado como um exemplo de preocupações éticas na pesquisa 
psicológica, principalmente devido à falta de consentimento 
informado, à natureza perturbadora do procedimento e à falta de 
consideração pelo bem-estar do participante; 
 
▪ É importante observar que o experimento é criticado ética e 
metodologicamente, e os padrões éticos na pesquisa psicológica 
evoluíram significativamente desde então. O Experimento do 
Pequeno Albert é um exemplo histórico que destaca a importância 
de considerações éticas na pesquisa psicológica. 
 
 
3 INTELIGÊNCIA 
• A inteligência é um traço complexo e multifacetado que é influenciado por uma 
combinação de fatores genéticos e ambientais. 
• A genética não determina o destino de uma pessoa em termos de inteligência. 
• O ambiente e as experiências de vida desempenham papéis cruciais, e há uma 
plasticidade considerável no desenvolvimento cognitivo. 
 
▪ Herança Genética 
Estudos com gêmeos e famílias têm sido usados para investigar a 
contribuição genética para a inteligência. Gêmeos idênticos 
(monozigóticos), que compartilham 100% de seus genes, geralmente 
têm coeficientes de correlação de QI (quociente de inteligência) mais 
altos em comparação com gêmeos fraternos (dizigóticos), que 
compartilham cerca de 50% de seus genes. Isso sugere que a genética 
desempenha um papel significativo na variação do QI. 
 
▪ Estudos de Adoção 
Estudos com crianças adotadas e seus pais biológicos e adotivos 
também fornecem evidências sobre a influência genética na inteligência. 
Esses estudos buscam distinguir entre os efeitos do ambiente genético 
(biológico) e ambiental (adoção) na inteligência das crianças. 
 
▪ Estudos de Associação Genômica Ampla (GWAS) 
Pesquisas recentes têm usado técnicas genéticas avançadas, como 
estudos GWAS, para identificar marcadores genéticos associados à 
inteligência. Embora essesestudos tenham identificado genes 
específicos, a contribuição combinada de muitos genes ainda é 
complexa e pouco compreendida. 
 
▪ Ambiente e Interação Gene-Ambiente 
Embora a genética desempenhe um papel importante, o ambiente 
também é crucial para o desenvolvimento da inteligência. A qualidade 
do ambiente durante a infância, acesso à educação, estímulo cognitivo 
9 
 
e outros fatores ambientais podem influenciar significativamente a 
inteligência. 
 
▪ Interação Dinâmica 
A relação entre genética e ambiente não é estática. A interação dinâmica 
entre genes e ambiente pode moldar o desenvolvimento cognitivo ao 
longo da vida. Por exemplo, experiências enriquecedoras e 
oportunidades educacionais podem ter efeitos positivos na expressão de 
genes relacionados à inteligência. 
 
 
• O "fator g" (fator geral) refere-se à ideia de uma capacidade cognitiva geral 
subjacente que influencia o desempenho em uma variedade de tarefas 
mentais. O termo foi popularizado pelo psicólogo britânico Charles Spearman, 
que desenvolveu a Teoria da Inteligência Geral, também conhecida como 
teoria do fator g. De acordo com a teoria do fator g de Spearman: 
 
▪ Fator Geral (g): Existe uma habilidade cognitiva geral (fator g) que é 
responsável pelo desempenho em uma ampla variedade de tarefas 
intelectuais. Esta é uma capacidade que influencia o desempenho em 
diversas áreas, como raciocínio verbal, habilidades matemáticas, 
memória e outras funções cognitivas. 
 
▪ Fatores Específicos (s): Além do fator geral, há também fatores 
específicos (fatores s) que são específicos para tarefas individuais. Ou 
seja, enquanto o fator g contribui para o desempenho global, existem 
habilidades específicas que afetam o desempenho em tarefas 
particulares. 
 
• A Teoria da Inteligência Geral sugere que, embora as pessoas possam ter 
forças em áreas específicas, existe uma base comum de inteligência que 
permeia todas as atividades mentais. O teste de Quociente de Inteligência (QI) 
é uma medida frequentemente associada a essa teoria, com o objetivo de 
avaliar a inteligência geral de uma pessoa. 
 
• Outras teorias da inteligência, como a Teoria das Inteligências Múltiplas de 
Howard Gardner, propõem que existem diferentes tipos de inteligência, cada 
um associado a áreas específicas, como inteligência linguística, lógico-
matemática, musical, interpessoal, intrapessoal, entre outras. Essas teorias 
questionam a ideia de uma única inteligência geral. 
 
 
4 LINGUAGEM 
 
• A linguagem é uma habilidade cognitiva bastante complexa, importante para a 
socialização e a comunicação humana. Os componentes de representação da 
linguagem envolvem o processamento nos seguintes níveis: 
 
 
 
10 
 
 
• Uma vez que a linguagem envolve todos esses níveis, os modelos de 
processamento abordam desde o reconhecimento e a produção de palavras 
até a compreensão e expressão do discurso na modalidade oral e escrita. 
 
• Os domínios da linguagem na psicologia estão intimamente relacionados às 
bases neurobiológicas, uma vez que a linguagem é um fenômeno complexo 
que envolve tanto processos cognitivos quanto substratos neurais específicos. 
 
▪ Linguagem Cognitiva 
A linguagem cognitiva, que estuda como a linguagem está relacionada 
aos processos mentais, tem uma base neurobiológica. Diversas áreas 
do cérebro, incluindo o córtex cerebral, estão envolvidas na produção e 
compreensão da linguagem. 
 
▪ Aquisição da Linguagem e Desenvolvimento 
O desenvolvimento da linguagem em crianças está associado a 
mudanças neurobiológicas. O cérebro passa por fases críticas durante 
o desenvolvimento, e alterações na conectividade neural contribuem 
para a aquisição de novas habilidades linguísticas. 
 
▪ Psicolinguística 
A psicolinguística explora como os processos mentais e neurais estão 
envolvidos na produção e compreensão da linguagem. 
 
▪ Neuropsicologia da Linguagem 
O estudo de distúrbios da linguagem, como afasia, através da 
neuropsicologia da linguagem, está diretamente relacionado às bases 
neurobiológicas. Lesões em áreas específicas do cérebro resultam em 
diferentes tipos de distúrbios da linguagem, fornecendo insights sobre a 
organização cerebral da linguagem. 
 
▪ Linguagem e Comunicação Interpessoal 
11 
 
A regulação emocional durante a comunicação, por exemplo, está 
associada a áreas cerebrais relacionadas ao processamento emocional, 
como o sistema límbico. 
 
▪ Linguagem e Pensamento 
Estudos neurocientíficos exploram como a atividade cerebral reflete a 
manipulação de conceitos e representações mentais durante tarefas 
linguísticas. 
 
▪ Distúrbios da Linguagem 
Distúrbios da linguagem, como a afasia, são frequentemente estudados 
do ponto de vista neurobiológico para compreender as áreas cerebrais 
afetadas e os mecanismos subjacentes aos déficits linguísticos. 
 
▪ Neurobiologia da Aprendizagem da Linguagem 
A aprendizagem da linguagem, seja na infância ou em adultos, tem 
implicações neurobiológicas. Estudos exploram como o cérebro se 
adapta e muda em resposta à exposição e prática linguística. 
 
• A integração de abordagens psicológicas e neurobiológicas é crucial para uma 
compreensão abrangente da linguagem. O avanço das técnicas de 
neuroimagem e métodos de pesquisa permite uma investigação mais 
detalhada das bases neurais associadas aos diferentes aspectos da linguagem 
e do processamento cognitivo. 
 
 
 
5 PERSONALIDADE 
 
• O modelo dos Cinco Grandes Fatores (Big Five) é uma teoria amplamente 
aceita que descreve a personalidade em termos de cinco dimensões principais: 
 
▪ Abertura para Experiência 
Reflete a preferência por novas experiências, criatividade e curiosidade. 
 
▪ Conscienciosidade 
Envolvimento, organização, confiabilidade e responsabilidade. 
 
▪ Extroversão 
Nível de sociabilidade, assertividade e busca de estimulação social. 
 
▪ Amabilidade 
Tendência para a compaixão, cooperação e empatia. 
 
▪ Neuroticismo 
Estabilidade emocional, níveis de ansiedade, depressão e tendência a 
experimentar emoções negativas. 
 
• Patologia da Personalidade 
12 
 
A patologia da personalidade refere-se a padrões persistentes e inflexíveis de 
comportamento, cognição e relacionamento que causam sofrimento 
significativo ou prejuízo nas áreas sociais e ocupacionais. Transtornos da 
personalidade, como transtorno borderline, transtorno narcisista, entre outros, 
são exemplos de patologia da personalidade. 
 
• Estabilidade da Personalidade ao Longo do Ciclo Vital 
Embora algumas características da personalidade mostrem estabilidade 
relativa, especialmente na idade adulta, também há evidências de mudanças 
ao longo da vida devido a experiências, desenvolvimento e eventos 
significativos. 
 
• Interação Gene, Ambiente e Temperamento 
A interação gene-ambiente refere-se à forma como fatores genéticos e 
ambientais interagem para moldar a personalidade. O temperamento, que é 
uma parte inicial da personalidade, tem uma base biológica e pode interagir 
com o ambiente. –> estudos de gêmeos e adoção ajudam a entender a contribuição relativa 
de genes e ambiente na formação da personalidade. 
 
Pesquisas sugerem que a hereditariedade desempenha um papel significativo 
em certos traços de personalidade, como a extroversão e a neuroticismo. –> o 
ambiente também pode modular esses efeitos genéticos. 
 
O temperamento, que é a base biológica da personalidade, pode influenciar a 
forma como os indivíduos respondem a experiências ambientais.–> o ambiente, 
incluindo eventos de vida e experiências, pode moldar o desenvolvimento da personalidade ao 
longo do tempo.

Outros materiais