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OCUPAÇÃO PRÉ-COLONIAL DO ATUAL ESTADO DE PERNAMBUCO 01

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www.preparatorioobjetivo.com.br
HISTÓRIA DE 
PERNAMBUCO
PROF. KOELYNE BARBOSA
1. Ocupação pré-colonial do atual Estado de
Pernambuco
Para começo de conversa vamos falar um pouco da ocupação pré-histórica
da América para compreendermos como ocorreu a ocupação do atual estado
de Pernambuco.
Existem duas principais teorias sobre o povoamento da América: A de que
o Homem chegou ao continente há aproximadamente 15.000 anos através do
estreito de Bering, que liga a Rússia ao Alasca e de lá povoou a América do
Norte e América do Sul. Outra teoria sugere que o Homem nesta mesma época
veio através de migrações das ilhas polinésias, na Oceania que teriam chegado
ao atravessar o oceano pacífico. Podemos observar as duas representadas na
imagem.
Teoria do estreito de Bering (ente 15 e 6 mil anos)
Quando surgiu o conceito de pré-história no século XIX, os historiadores
consideravam somente como documentos de estudo fontes escritas. Então
convencionou-se chamar de pré-história o período anterior à escrita. Hoje os
pesquisadores já não concordam mais com esta expressão, pois o homem é um
ser histórico e este conceito não consegue abarcar a diversidade de povos e
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culturas existentes no mundo, pois ainda hoje existem tribos espalhadas pelo
planeta que não desenvolveram a escrita. Vivem eles na pré-História? Então
sabemos que ao usar esta expressão devemos fazer ressalvas, mas podemos
usá-la tranquilamente por ser uma convenção consagrada. Para podermos
compreender melhor a pré-História, os historiadores dividem o período em dois
momentos: O Paleolítico (pedra lascada), que vai do surgimento do Homem até
aproximadamente 10.000 atrás, quando foi inventada a escrita. Depois temos o
período Neolítico (pedra nova), que vai até a invenção da escrita.
Os principais registros fósseis permitem concluir que o homem surgiu na
África e de lá se espalhou para outros continentes. Migrou para a Ásia e para a
Europa. O povoamento da América ocorreu mais tarde. Os registros para
estudarmos esta época são pinturas rupestres e pontas de flechas e lanças de
pedra ou Sílex, que eram rudimentarmente lascadas para se tornarem
instrumentos para os homens. As comunidades eram tribais e pequenas e não
eram fixos a um território, ou seja, eram populações nômades de caçadores e
coletores. Viviam em um local até que os recursos se esgotassem ou se
tornassem insuficientes para a tribo, que passava a buscar novos locais para
viver. Nesta época já ocorre o domínio do fogo. Há registros de instrumentos
musicais e estatuetas femininas que datam de aproximadamente 35.000 anos.
A teoria de que a América do Sul é povoada aproximadamente 11.500
anos é respaldada pelo fóssil encontrado na região de Lagoa Santa em MG, que
ficou conhecido como Luzia. Outros pesquisadores sugerem que ocorreram
várias correntes de povoamento e o homem já habitaria a América há 50.000
anos de acordo com o sítio arqueológico na Serra da Capivara no PI, com
resquícios de ferramentas e pinturas rupestres que as análises indicam ser
desta época.
Ocupação Pré-Histórica de Pernambuco
 A ocupação pré-histórica do Brasil é tão complexa e polêmica como é
também a ocupação primitiva de Pernambuco. Há alguns sítios arqueológicos,
cujo maior destaque é encontrado no Parque nacional do Catimbau. Foi criado
em 2002 preservação os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica
e beleza cênica. Um espaço em que é possível a realização de pesquisas
científicas e exploração turística. O Parque abrange 4 municípios: Buíque,
Ibimirim, Sertânia e Tupanatinga. Seus principais atrativos são os grandes
paredões de arenito e formações rochosas esculpidas pelo vento.
As pinturas rupestres são bastante heterogêneas e podem ser
classificadas em dois grandes grupos culturais: A tradição nordeste e a tradição
agreste. São também de idades muito distintas alguns fósseis sugerem um
povoamento certo há 2.000 e outros registros
sugerem que a ocupação é de 10.000 anos.
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Dessa forma a tradicional e mais aceita teoria do povoamento da américa
por fluxos
migratórios vindos do estreito de Bering à 15.000 anos não é a mais adequada
para explicar o povoamento tão antigo na região. Para alguns estudiosos das
Universidades pernambucanas, podem ser encontradas evidencias que possam
sugerir uma ocupação tão antiga quanto se imaginava. 
Sítio Arqueológicos de Pernambuco
A área arqueológica de Araripina –PE é composta por um conjunto de 24
sítios arqueológicos e constitui um importante local de desenvolvimento das
culturas humanas. As primeiras prospecções arqueológicas nos sítios da região
foram efetuadas na década de 1980, tendo sua continuidade na década
seguinte, a partir de 2005 seguindo até os dias atuais. 
Os sítios registrados até o presente na região são divididos em:
a) sítios rupestres em abrigos sob rocha; 
b) sítios lito-cerâmicos a céu aberto; e 
c) sítios de oficinas líticas.
Dos vinte e quatro sítios arqueológicos lito-cerâmicos identificados, até o
momento, no município de Araripina-PE, nove sítios estão inseridos na área de
vale fluvial e quinze nos domínios da chapada.
Esses sítios, de modo geral, apresentam uma cerâmica de grande riqueza
de formas e tamanhos; com objetos de boca arredondada, elíptica e
quadrangular; com contornos globulares, multiflexionados e multiangulares.
Sugerindo a existência de uma ampla tralha doméstica destinada preparar,
servir e armazenar alimentos sólidos e líquidos. Por sua vez, a presença de
manchas húmicas e áreas de concentração de material em diversos sítios,
contribuem para as análises da organização espacial intra e inter-sítio; sendo
ainda um importante manancial de macro e microvestígios vegetais, tendo em
consideração a influência antrópica e a alta concentração de matéria orgânica
como parte do processo de formação destes solos.
 Estas investigações contribuirão, tanto para a definição das condições
ambientais e climáticas pretéritas, quanto para a compreensão da dieta
alimentar, incluindo o processo de produção e consumo de alimentos, e manejo
agrícola entre os grupos ceramistas no sertão nordestino. 
Sem dúvidas, há uma forte correlação entre a fabricação da cerâmica e a
prática da agricultura (agricultores-ceramistas), o uso da cerâmica não é
dependente do domínio da agricultura.
Furna do Estrago
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A Furna do Estrago é abrigo sob rocha localizado no Município de Brejo da
Madre de Deus, é um dos mais importantes sítios arqueológicos do Brasil.
Formado pelo desabamento de um grande bloco de rocha granítica no sopé da
Serra da Boa Vista durante as glaciações, o abrigo foi preenchido por blocos de
rocha e sedimentos soltos pelo intemperismo físico, transportados em violentas
precipitações torrenciais. Constituído por um único salão de 125m² de área
coberta, com abertura voltada para nordeste, o abrigo é bastante arejado, seco
e iluminado, e diante dele se estende um patamar delimitado por grandes
blocos de rocha granítica, alguns contendo arte rupestre.
Período pré-colonial
O período que vai de 1500, data da chegada da esquadra de Pedro Álvares
Cabral, até 1530; é denominado pelos historiadores de período pré-colonial.
Nestes primeiros trinta anos, o Brasil foi objeto de pouco interesse para
Portugal, que estava mais interessado no lucrativo comércio de especiarias
com as Índias, além de não dispor de homens suficientes para povoar todas as
regiões descobertas.
Outro motivo para explicar o esquecimento ao qual se relegou o Brasil foi
a falta de conhecimento do novo território, principalmente no que se refere à
existência riquezas que poderiam ser exploradas. Ainda assim, enviaram-se as
expedições exploratórias
de Gaspar de Lemos, em 1501; e a de Gonçalo Coelho, em 1503; navegadores
que fizeram o levantamento do litoralbrasileiro, realizando observações e
descrições sobre suas características geográficas.
A economia pré-colonial baseou-se na extração e comércio do pau-brasil,
madeira avermelhada encontrada no litoral brasileiro, que já era bastante
conhecida na Europa. Dela extraíam-se corantes que eram utilizados para tingir
tecidos.
A extração do pau-brasil foi declarada estanco, ou seja, passou a ser um
monopólio real, cabendo ao rei conceder a permissão a alguém para explorar
comercialmente a madeira. Mas, se o rei outorgava esse direito, cabia ao
arrendatário executar o negócio com seus próprios meios, arcando com todos
os riscos do empreendimento. O benefício que a Coroa obtinha com a
concessão da exploração comercial do pau-brasil era uma parcela dos lucros
conseguidos pelo arrendatário. O primeiro negociante a receber autorização
régia para explorá-lo foi Fernando de Noronha, em 1502. O ciclo de exploração
do pau-brasil foi breve, já era que baseado numa extração predatória. Isto é,
não havia a preocupação de repor as árvores derrubadas por meio do replantio,
o que resultou no rápido esgotamento desse tipo madeira. Outros aspectos
importantes a serem salientados é que a exploração de pau-brasil teve impacto
praticamente nulo na ocupação do território brasileiro.
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Limitando-se à área costeira, o extrativismo não chegou a gerar núcleos
de povoamento permanentes. Além disso, foi a primeira atividade econômica
em que os negociantes portugueses empregaram a mão de obra indígena no
corte e carregamento da madeira para os navios
O Estado português concedia o monopólio de exploração, denominado
estanco. O primeiro contato com os indígenas foi pacífico. A escravização dos
nativos era combatida pela Igreja e o Estado português, seguindo a orientação
do clero, não estimulava a escravização de nativos, inclusive criou leis que a
proibiu. Se bem que nunca fiscalizou com firmeza e a escravidão indígena
durante a colônia foi regra. No primeiro contato com os nativos não ocorreu a
escravização do indígena, que trabalhava retirando o pau brasil através do
escambo.
EXERCÍCIOS
01. “...não se pode ignorar o NE na hora de se discutir a antiguidade do
homem na América e as vias de dispersão por ele percorridas, não importando
se foi há 20, 30 ou 40 mil anos... É conhecida de todos a longa sequência
estratigráfica lograda no Sítio do Boqueirão da Pedra Furada, que pode
significar a permanência do homem pré-histórico nesse sítio, a partir de 48 mil
anos. Mas a Pedra furada não é um caso único.” (MARTIM, G. Pré-História do
Nordeste: pesquisas e pesquisadores. Clio Arqueológica, Recife: UFPE, n° 12, p.
7-15. ano 1997. p.11. Adaptado. 
Em Pernambuco, por exemplo, localizado no município de Buíque, o
sítio de “Alcobaça” possui um dos maiores e mais representativos
painéis de figura rupestre do estado, que, por seu tamanho e
complexidade, é de grande relevância para o entendimento da pré-
história local e nacional. Em relação ao estudo do período pré-colonial
sobre o atual estado de Pernambuco, assinale a alternativa
INCORRETA. 
A) O sítio “Furna do Estrago”, localizado no município do Brejo da Madre de
Deus, é de grande importância para o entendimento dos grupos que habitaram
o atual agreste nordestino, uma vez que permite se entender um pouco mais
sobre os rituais funerários da época. 
B) O material arqueológico, encontrado nos sítios que remontam ao período
pré-colonial do estado, é fundamental para se entender o povoamento da
região, bem como parte das características socioculturais daqueles que os
utilizaram. 
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C) As figuras rupestres, encontradas em vários sítios de Pernambuco, são de
grande relevância para a compreensão das populações que habitaram as terras
pertencentes hoje a esse estado. 
D) Embora a região da Zona da Mata também possua vestígios da presença dos
Homo Sapiens Sapiens, o Agreste e o Sertão pernambucano, durante o longo
período pré-colonial, são os locais onde pode ser encontrado o maior número
de sítios arqueológicos do Estado. 
E) Embora “Alcobaça” possua grande representatividade entre os arqueólogos,
o estado de Pernambuco, como um todo, tem pouca importância para o
entendimento do período pré-colonial. Isso se deve, dentre outras coisas, ao
pequeno número de sítios encontrados em seu território.
02. Sobre o fóssil denominado Luzia, encontrado em Lagoa Santa, no
Brasil, é possível afirmar que:
A) Foi datado com aproximadamente 50 mil anos, tendo recebido esse nome
como uma homenagem à pesquisadora homônima que liderou a expedição em
Lagoa Santa.
B) Foi comprovado como uma farsa elaborada pelo naturalista Peter Lund.
C) Foi datado com aproximadamente 12.000 anos e recebeu tal nome como
uma homenagem ao fóssil Lucy, considerado o fóssil de hominídio mais antigo
do mundo, encontrado na Tanzânia.
D) Não tem importância nenhuma para o estudo da ocupação humana do
continente americano.
E) Tem importância apenas para quem se dedica ao estudo de arqueologia.
03. O início da colonização portuguesa no Brasil, no chamado período
"pré-colonial" (1500-1530), foi marcado pelo(a):
A) envio de expedições exploratórias do litoral e pelo escambo do pau-brasil;
B) plantio e exploração do pau-brasil, associado ao tráfico africano.
C) deslocamento, para a América, da estrutura administrativa e militar já
experimentada no Oriente;
D) fixação de grupos missionários de várias ordens religiosas para catequizar
os indígenas;
E) implantação da lavoura canavieira, apoiada em capitais holandeses.
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