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Aula 05 – Teoria geral da falência. 
Classificação creditória. 
Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Professor: Wangney Ilco 
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Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 05 
Prof.º Wangney Ilco 2 de 75 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1 - Introdução ..................................................................................... 4 
1.1– Noções gerais do regime falimentar ................................................ 4 
1.2 – Legislação aplicável - Lei 11.101/2005 ........................................... 5 
1.3 – Sujeito passivo do regime falimentar.............................................. 5 
2 - Falência .......................................................................................... 6 
2.1–Etapa pré-falimentar ...................................................................... 7 
2.1.2– Sujeito ativo da falência ........................................................... 7 
2.1.3–Insolvência .............................................................................. 9 
2.1.4–Impontualidade injustificada ...................................................... 9 
2.1.5– Execução Frustrada ............................................................... 10 
2.1.6– Atos de falência .................................................................... 11 
2.1.7– A defesa do devedor .............................................................. 12 
2.1.8– Improcedência do pedido de falência ....................................... 12 
2.2 - Etapa falimentar ou falencial........................................................ 13 
2.2.1–Sentença declaratória da falência ............................................. 13 
2.2.2– Termo Legal da falência ......................................................... 15 
2.2.3– Efeitos da falência quanto ao falido ......................................... 15 
2.2.4– Efeitos da falência quanto aos bens do falido ............................ 17 
2.2.5–Efeitos da falência quanto aos contratos ................................... 18 
2.2.6–Atos ineficazes e ação revocatória ............................................ 19 
2.2.7– Realização do ativo ............................................................... 22 
2.3– Classificação creditícia ou creditória .............................................. 24 
2.3.1– Restituições .......................................................................... 24 
2.3.2– Da classificação dos créditos ................................................... 26 
2.3.3– Pagamento dos credores do falido ........................................... 28 
2.3.4– Encerramento da falência ....................................................... 30 
2.3.5– Extinção das obrigações do falido ............................................ 31 
3- Questões Comentadas ................................................................... 33 
4 - Lista de Questões ......................................................................... 61 
5 - Gabarito ....................................................................................... 75 
Aula 05 – Teoria geral da falência. Caracterização do estado 
falimentar, efeitos da falência quanto aos bens do falido e aos 
direitos dos seus credores. Classificação creditória. 
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Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 05 
Prof.º Wangney Ilco 3 de 75 
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Olá pessoal! Tudo beleza? 
Vamos iniciar hoje os estudos acerca do Direito Falimentar, ok? É uma aula 
muito importante que costuma ser bastante cobrada em questões de prova. 
Tenham atenção!!! 
 
Bons estudos! 
Wangney. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. 
Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente 
de qualquer jeito. 
(Martin Luther King Jr.) 
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Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 05 
Prof.º Wangney Ilco 4 de 75 
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1 - Introdução 
1.1– Noções gerais do regime falimentar 
 Bem, sabemos que o exercício da atividade empresarial é complexo e 
envolve diversos agentes econômicos, bem como os aspectos legais. Aquele que 
exerce a atividade empresarial, de certa forma, também aceita os riscos 
inerentes à atividade econômica. 
Deste modo, supondo que uma empresa encontra-se em crise 
econômico-financeira e passa por grave dificuldade para saldar suas dívidas e 
seus credores, qual a solução? Como os seus credores terão seus créditos 
satisfeitos? E qual critério para pagar tais créditos? Qual deles terá preferência? 
Será preciso cada credor promover sua própria ação judicial contra o devedor 
em crise? 
 Bem, neste cenário caótico e de confusão, surge o Regime Jurídico 
Falimentar para regulamentar os procedimentos a serem utilizados nos casos 
de empresas em grave crise, com fundamento no Princípio da Preservação 
da Empresa. Desta forma, o mecanismo da FALÊNCIA e RECUPERAÇÃO da 
atividade empresária é aplicado com o pressuposto de proteger os credores do 
devedor, ou seja, o regime falimentar consagra a tutela do crédito na medida 
em que as empresas e credores sentem-se mais seguros no exercício de suas 
atividades ao saber que há um tratamento legal que visa proteger seus créditos 
em caso de crise do devedor, seja no curso de eventual recuperação judicial ou 
da falência. 
Pois bem, precisamos então definir esses dois institutos: falência e 
recuperação (ou reorganização da empresa): 
 
Assim, pessoal, iremos cuidar primeiro da FALÊNCIA e, mais a frente, 
estudaremos os aspectos comuns da falência e da recuperação judicial, a própria 
Falência
Processo de execução coletiva 
de diversos credores contra o 
devedor - concurso de credores.
Princípio do Par Conditio 
Creditorum - os créditos estão em 
condições paritárias para serem 
satisfeitos.
Recuperação
Objetiva recuperar a atividade 
empresarial e evitar a falência 
através de um plano de 
recuperação da empresa.
JUDICIAL - devedor recorre ao 
juiz para supervisionar o plano.
EXTRAJUDICIAL - o juiz apenas 
homologa o acordo entre as partes.
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recuperação das empresas (judicial e extrajudicial) e, pra finalizar, os aspectos 
penais relacionados ao regime falimentar, beleza? Então, “vambora”!!! 
 
1.2 – Legislação aplicável - Lei 11.101/2005 
 Bem, a Lei nº 11.101/2005regula a recuperação judicial, a 
extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Esta 
lei é a base do Direito Falimentar e muito importante para a nossa prova, 
ok? Neste curso adotaremos a sigla LF todas as vezes que nos referirmos 
à Lei de Falências. Certo? 
 
1.3 – Sujeito passivo do regime falimentar 
Como vimos, a Lei de Falências (LF) regula a recuperação judicial, a 
extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Logo, 
devemos notar a relação entre o regime falimentar definido pela LF e a teoria 
da empresa. Portanto, o sujeito passivo do regime falimentar é a pessoa que 
exerce a atividade típica de empresa, ou seja, a sociedade simples não está 
sujeita às normas previstas pela LF. 
Então, no esquema abaixo, vejamos a regra e, na sequência, as pessoas 
que expressamente (art. 2º da LF) não estão abrangidas pelo regime falimentar 
da LF: 
 
Vale destacarmos, ainda, alguns pontos acerca da abrangência da LF, ok? 
Pessoas não 
sujeitas à LF
Regra: Empresário e sociedade empresária
Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista - o 
Estado responsabiliza-se pela eventual insolvência.
Instituição Financeira pública ou privada (Lei 
6.024/74)
Cooperativa de crédito (Lei 5.764/71) – por serem simples, 
as cooperativas não estão sujeiras à LF
Consórcio (Lei 6.404/76, LSA), Entidade de previdência 
complementar (LC 109/01), Sociedade operadora de plano 
de assistência à saúde (Lei 9.656/98)
Sociedade seguradora (Decreto-Lei 73/66), Sociedade
de capitalização (Decreto-Lei 73/66), Outras 
entidades legalmente equiparadas
Sujeito passivo 
da LF 
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 O empresário individual (pessoa física) está sujeito à LF, portanto poderá 
falir, respondendo com todo o seu bens, exceto os impenhoráveis; 
 Aquele que exercer a atividade empresarial (pessoa física ou jurídica) 
poderá falir, mas somente quem estiver regular perante à lei poderá se 
beneficiar da recuperação judicial ou extrajudicial; 
 Segundo determinada corrente, as câmaras de compensação, empresas 
públicas e sociedades de economia mista estão totalmente excluídas 
do regime da LF; as demais, no esquema acima, estão parcialmente 
excluídas, pois possuem uma legislação específica e a LF é aplicada 
subsidiariamente a essas leis (art. 197, LF); 
 A pessoa legalmente impedida de exercer a atividade empresarial estará 
sujeita à LF, pois seus atos são considerados válidos, muito embora esteja 
irregular (art. 973, CC). No entanto, como estará impedido da escrituração 
legal, esta situação é considerada como fraudulenta, incorrendo em crime 
falimentar (art. 178, LF); 
 O devedor não empresário em estado de insolvência sujeita-se ao regime 
jurídico civil – Código de Processo Civil. 
 
 
 
2 - Falência 
 Bem, veremos nos próximos tópicos que a lei de falências e recuperação 
(LF) é uma lei com aspectos materiais e processuais, onde o instituto da 
falência pode ser dividido em 3 (três) etapas: 
 
 
PRÉ-FALIMENTAR: inicia-se com o pedido de 
falência e termina com a sentença que declara a 
falência do devedor.
FALIMENTAR: é a falência propriamente dita, que 
se inicia com a sua declaração e termina com a 
sentença de encerramento.
REABILITAÇÃO DO FALIDO: ocorre com a 
sentença que declarar extintas as suas 
obrigações.
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 2.1–Etapa pré-falimentar 
 Na etapa pré-falimentar, o juiz analisará o pedido de falência e decidirá 
se decreta ou se denega a falência do devedor. A análise judicial do pedido visa 
verificar se o devedor possui a qualidade de empresário, bem como analisar o 
seu estado de insolvência. Portanto, com base nesses pressupostos, o juiz 
decidirá sobre o pedido de falência. 
 
 2.1.1– Pressupostos do estado de falência 
 O estado de falência do devedor é caracterizado a partir de 3 (três) 
pressupostos: 
 Já tratamos de forma geral do devedor empresário (arts. 1º e 2º da LF) 
como sujeito passivo do regime falimentar. Quanto aos demais pressupostos, 
iremos detalhá-los mais adiante, ok? Vejamos uma questão acerca da sujeição 
do empresário à falência. 
 
 2.1.2– Sujeito ativo da falência 
 Conforme o art. 97 da LF, podem requerer a falência do devedor: 
 
 O mais comum de ocorrer é o requerimento da falência por parte do 
credor. No mais, vale destacar que, muito embora haja divergência doutrinária, 
Pressupostos
(falência)
EMPRESÁRIO
O devedor possui a 
qualidade de 
empresário.
INSOLVÊNCIA
O estado insolvente do 
devedor deve estar 
caracterizado.
SENTENÇA 
DECLATÓRIA
Senteça judicial que 
torna a insolvência (fato) 
em estado de direito.
SUJEITO ATIVO 
(Falência) 
Próprio DEVEDOR - chamada AUTOFALÊNCIA. É 
facultativa.
Cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do 
devedor ou o inventariante.
O quotista ou o acionista do devedor.
Qualquer credor - se empresário deve comprovar 
a sua regularidade (certidão do RPEM).
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a fazenda pública não tem legitimidade ativa para requerer a falência do 
devedor de créditos tributários, conforme entendimento do STJ, visto que há 
instrumento próprio para cobrança dos créditos tributários: a Lei de Execuções 
Fiscais (Lei nº 6.380/80). Além disso, nos termos do art. 187 do CTN, o crédito 
tributário não se “sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, 
recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento”. 
 Por fim, o credor que não tiver domicílio no país deverá prestar caução 
relativa às custas e ao pagamento de indenização se agir com dolo ao pedir a 
falência de seu devedor. 
 Vejamos a seguinte questão da OAB para nos ajudar: 
1. (OAB-DF / 2004) No que concerne à legitimidade passiva 
e ativa no processo falimentar é correto afirmar: 
d) a sociedade de fato pode ter sua falência decretada, porém não poderá 
requerer a de seus devedores. 
Comentários 
Correta. Primeiramente, devemos ter em mente que a sociedade em comum 
prevista no CC/02 pode ser entendida como uma sociedade irregular ou de 
fato, por conta de não ter seus atos constitutivos registrados no lugar próprio. 
Então, embora não possua personalidade jurídica, a sociedade em comum 
poderá ter sua falência decretada, considerando-se que o registro da sociedade 
empresária na Junta Comercial é declaratório e não constitutivo da condição 
de empresário. Portanto, podemos ter uma sociedade empresária irregular que 
ainda não possui seus atos constitutivos registrados no RPEM, mas é 
empresária e assim poderá falir. Então, temos em relação ao sujeito ativo 
da falência, ou seja, aqueleque requer a falência: 
 Regra Geral credor empresário deve comprovar a regularidade com a 
certidão do RPEM (art. 97, §1º, LF), logo a sociedade em comum não poderá 
requerer a falência de terceiro; 
 Regra específica  no caso do pedido de autofalência, se não houver 
prova da condição de empresário (contrato ou estatuto) bastará a indicação 
de todos os sócios, seus endereços e a relação de seus bens pessoais (art. 
105, IV, LF). Logo, a sociedade em comum encaixa-se aqui – sujeito ativo 
e passivo. 
Assim, concluímos que a sociedade de fato (sociedade em comum) 
poderá ter sua falência decretada, a requerimento próprio ou de 
terceiro,mas não poderá requerer a falência de seus devedores. Porém, 
devemos ter em mente que a falência deste tipo de sociedade não personificada 
configura crime falimentar. Gabarito: Correta 
 
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 2.1.3–Insolvência 
O conceito jurídico de insolvência do devedor é distinto do conceito 
econômico. No regime falimentar, a insolvência é presumida, não precisa 
ser demonstrada em aspectos econômicos e financeiros. Ou seja, a 
decretação da falência do empresário não pressupõe a demonstração da 
insuficiência de patrimônio para pagar suas dívidas. 
 Portanto, a LF estabelece os casos específicos de insolvência que 
viabilizam a decretação da falência do devedor empresário. Então, temos os 
casos de impontualidade injustificada, execução frustrada e prática de 
ato de falência (art. 94, LF). Somente na autofalência o devedor tem que 
demonstrar a sua situação de crise econômica e financeira (art. 105, LF). 
 
 2.1.4–Impontualidade injustificada 
 Bem, pessoal, após já verificarmos o sujeito passivo da falência, 
cuidaremos dos casos de insolvência que ensejam o estado falimentar do 
devedor e a sua decretação de falência. O primeiro deles é a impontualidade 
injustificada (art. 94, I, LF). Assim, o caso de impontualidade injustificada é 
caracterizado da seguinte maneira para ensejar o pedido de falência: 
 
 
Portanto, meus amigos, observemos que não basta a simples falta de 
pagamento para caracterizar a insolvência do devedor e, assim, requerer e 
decretar a falência do devedor. Para configurar a presunção de impontualidade 
injustificada, todos os elementos do esquema acima devem estar presentes. 
 Quanto às razões para justificar a falta de pagamento da obrigação, elas 
devem ser relevantes para impedir a falência do devedor. Assim, a LF 
enumerou no art. 96 certas situações que o devedor poderá alegar para que sua 
falência não seja decretada. Então, vejamos tais situações: 
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d
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Sem relevante razão de 
direito
Enumerados no art. 96, LF (título 
prescrito, falso, etc)
Obrigação líquida
Certeza que existe a dívida
Certeza de sua quantia
Título executivo 
protestado
Prova a impontualidade
Original ou cópia
Valor maior que 40 
salários-mínimos
Diversos credores podem ser 
reunir para chegar nesse valor
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Razões que podem ser alegadas para a falência não ser decretadacom 
base na Impontualidade Injustificada 
FALSIDADE ou NULIDADE do título PRESCRIÇÃO ou NULIDADE da obrigação 
PAGAMENTO da dívida QUALQUER fato que suspenda ou extinga a obrigação 
Vício no protesto Apresentar pedido de Recuperação Judicial no prazo de 
contestação 
Comprovar por documento do RPEM a CESSAÇÃO da atividade há mais de 2 
anos do pedido de falência. 
 
Porém, ressalta-se que mesmo no caso das 5 (cinco) situações 
destacadas acima, a falência será decretada se no final restarem outras 
obrigações no valor acima de 40 salários-mínimos, ok? Entendido? 
Importa ainda dizer que algumas obrigações líquidas não podem ser 
habilitadas na falência e, portanto, não poderão ensejar o seu pedido de 
falência. Tais obrigações são as previstas no art. 5º: obrigações a título gratuito 
e despesas que o credor fizer para tomar parte na falência ou recuperação 
judicial. 
2. (FCC / Agente Fiscal de Renda-SEFAZ-SP / 2009) 
Ocorrendo decretação da falência, 
b) serão exigíveis e terão classificação própria todas as despesas que os 
credores fizeram para tomar parte na falência. 
Comentários 
 Conforme o art. 5º da LF, as despesas que o credor fizer para tomar parte 
na falência não são exigíveis do devedor, assim como as obrigações a título 
gratuito. Gabarito: Incorreta. 
 
 2.1.5– Execução Frustrada 
 Em relação ainda ao pressuposto de insolvência, ocorre a hipótese de 
execução frustrada quando o devedor “executado por qualquer quantia 
líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes 
dentro do prazo legal”. Neste caso, o pedido da falência deverá ser instruído 
com certidão expedida pelo juízo da execução. 
 Devemos notar, portanto, que o protesto é desnecessário no caso de 
execução frustrada, basta a certidão da secretaria do juízo atestando a falta 
de pagamento ou de nomeação de bens à penhora (art. 94, §4º). Além disso, 
na execução frustrada, qualquer quantia líquida pode ensejar a decretação da 
falência, desde que o devedor esteja omisso no cumprimento de suas 
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obrigações, no sentido de não pagar, não depositar e não nomear à penhora 
bens suficientes dentro do prazo legal. 
 
 2.1.6– Atos de falência 
 Esta é mais uma causa que possibilita a decretação da falência. Os atos 
de falência estão previstos no art. 94, III, da LF, e se referem às ações 
praticadas pelo devedor que resultam na presunção de estar insolvente, o que 
enseja a possibilidade do pedido de falência e sua decretação. Portanto, de 
forma taxativa, a LF enumera tais comportamentos. 
 Vejamos, então, as 7 (sete) hipóteses de atos de falência: 
 
 
 Portanto, são comportamentos que, supostamente, revelam a 
insolvência, mesmo que a sociedade empresária tenha ativo superior ao 
passivo. Nota-se, então, que o protesto é dispensado, a obrigação não 
precisa estar vencida e pode ser ilíquida e inferior a 40 salários 
mínimos. 
 No entanto, faz-se necessário que o pedido de falência descreva as 
hipóteses que a ensejam, juntando-se as provas que houver e especificando-se 
as que serão produzidas. 
 
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Liquida o ativo precipitadamente ou utiliza meio
ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos (ex: 
empréstimos sucessivos a juros elevados)
Pratica negócio simulado ou alienação de ativo com o 
objetivo de fraudar credores ou retardar pagamentos.
Trespasse de estabelecimento sem consentimento de 
todos os credores e sem deixar bens suficientespara 
saldar o passivo.
Simula a transferência de local de seu principal 
estabelecimento para burlar a fiscalização ou legislação 
ou credores.
Dá ou reforça garantia por dívida já contraída sem ficar 
bens suficientes para saldar o passivo.
O devedor abandona estabelecimento ou oculta-se de seu 
domicílio ou ausenta-se sem deixar representante 
habilitado e com recursos para pagar credores.
Deixa de cumprir obrigação do plano de recuperação 
judicial no prazo estabelecido.
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 2.1.7– A defesa do devedor 
Bem, configurada a insolvência do devedor empresário e promovido o 
pedido de falência, o art. 98 da LF concede ao devedor o prazo de 10 (dez) dias 
contados da citação para apresentar contestação sobre o pedido de falência. 
Esta é a oportunidade de defesa do devedor empresário. 
No entanto, além da contestação, outras ações podem ser tomadas 
durante esse prazo de 10 (dias). Vejamos: 
 
 Notemos que uma vez efetuado o depósito elisivo a falência não será 
decretada, visto que a presunção de insolvênc ia do devedor estará 
afastada. Destaca-se, ainda, que a contestação do devedor poderá vir 
acompanhada de depósito elisivo. Neste caso, o juiz poderá julgar improcedente 
o pedido de falência, e por isso não decretá-la, ordenando o levantamento do 
depósito elisivo pelo próprio devedor; ou, poderá julgar procedente o pedido de 
falência, mas não decretá-la em virtude do depósito elisivo efetuado. Beleza? 
Ainda sobre a nossa esquematização acima, conforme o §único do art. 
98, o depósito elisivo é aplicado somente nos casos de impontualidade 
injustificada e execução frustrata; ou seja, os atos de falência não são elididos 
pelo depósito elisivo, uma vez que representam ações praticadas sem relação 
com a falta de pagamendo dos credores. Logo, ao devedor cabe somente 
contestar o pedido fundado em atos de falência. 
 Por fim, como vimos, a falência com base na impontualidade injustificada 
também não será decretada face as razões de defesa previstas no art. 96 da LF. 
Assim, recomendo nova leitura do quadro que elaboramos com essas razões, 
ok? 
 2.1.8– Improcedência do pedido de falência 
 A decisão judicial pela improcedência ou denegação do pedido de falência 
tem dois fundamentos: 
NO prazo de 
10 dias da 
citação
Contestação do devedor
Apresenta sua defesa, 
podendo efetuar o depósito 
elisivo
Pedido de recuperação 
judicial (art. 95)
Depósito elisivo
(art.98,§único)
Impontualidade e 
execução frustrada
Valor total do crétido+ 
correção+juros+honorários 
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Obs.: Para evitar pedidos de falência injustos e improcedentes, o juiz 
poderá condenar, na sentença que julgar improcedente o pedido, aquele que 
agiu por dolo a indenizar o devedor, apurando-se as perdas e danos em 
liquidação de sentença; o terceiro prejudicado por ação própria pode pedir 
também indenização dos responsáveis. Da mesma forma, se houver mais de 
um autor do pedido de falência improcedente, estes serão solidariamente 
responsáveis (Art. 101). 
 Por fim, destaca-se que “da sentença que julga a improcedência do 
pedido cabe apelação”, no prazo de 15 dias, nos termos do art. 100, LF. 
 
 2.2 - Etapa falimentar ou falencial 
 Então, já com os pressupostos do estado falimentar devidamente 
estudados e com a decisão do pedido procedente sem que haja depósito elisivo, 
teremos a sentença declaratória da falência e o início do processo falencial. 
 2.2.1–Sentença declaratória da falência 
 
O processo de falência tem início com a sentença declaratória da 
falência. Apesar da nomenclatura, esta sentença possui natureza 
predominantemente CONSTITUTIVA. Então, não é declaratória, e sim 
constitutiva do estado falimentar do devedor, sujeitando-o ao regime jurídico-
falimentar. 
 A seguinte questão da CESPE abordou este ponto: 
3. (CESPE / Juiz de Direito-TJ-DFT / 2014) Acerca de 
recuperação judicial e falência, assinale a opção correta. 
c) A sentença que decreta a falência limita-se a declarar fatos ou relações 
preexistentes, daí ser classificada como declaratória. 
DENEGAÇÂO
da falência
DEPÓSITO Elisivo
O devedor reconhece 
implicitamente os 
débitos
ACOLHIMENTO da 
contestação
O requerente arca com 
as despesas do processo 
e honorários
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Comentários 
Conforme vimos acima, esta afirmativa está incorreta, pois a sentença 
que decreta a falência é considerada CONSTITUTIVA do estado falimentar. Neste 
sentido, por exemplo, com a decretação da falência, o vencimento é antecipado 
de todas as dívidas do devedor e dos sócios ilimitada e solidariamente 
responsáveis, além de converter os créditos em moeda estrangeria pelo câmbio 
do dia da decisão judicial. Ainda, sobre a antecipação do vencimento das 
dívidas, os juros devem ser abatidos (art. 77, LF). Portanto, fica claro que uma 
série de consequências são constituídas a partir da decretação da falência. 
 
Deste modo, a falência está decretada e a sua sentença conterá diversas 
determinações conforme o art. 99 da LF. Este artigo é extenso, recomenda-se 
a sua leitura e entendimento. No entanto, eis algumas importantes 
determinações que devem estar contidas na sentença que declara a falência 
do devedor: 
 
Para complementar, o juiz ordenará a publicação de edital contendo a 
íntegra da decisão que decreta a falência e a relação de credores. Vale dizer que 
a falência NÃO pode ser decretada de ofício pelo juiz, EXCETO nas 
hipóteses que revelam insucesso da recuperação judicial (art. 73). 
 Cabe destacar, ainda, que “Da decisão que decreta a falência cabe 
agravo”,no prazo de 10 dias, conforme o art. 100, LF. A modalidade, neste 
caso, é o agravo de instrumento e pode ser interposto pelo falido, pelo credor 
e pelo Ministério Público. Não detalharemos o recurso de agravo, bem como da 
apelação, pois foge ao escopo de nossa matéria; tal assunto cabe ao estudo do 
Direito Processual, beleza? Para a nossa matéria, basta sabermos o art. 100 da 
LF. 
 
A sentença declaratória da falência deve conter:
•Síntese do pedido, identificação do falido e administradores;
•Fixação do TERMO LEGAL da falência (voltaremos a este tema adiante);
•Determinação ao falido para apresentar no prazo de até 5 (cinco) dias 
relação nominal dos credores, com endereço, importância, natureza e 
classificação dso créditos;
•SUSPENSÃO de todas as ações ou execuções contra o falido;
•Proibição de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, 
sem a prévia autorização judicial e do comitê de credores;
•Ordena aoRPEM que anote a falência no registro do falido, para que 
conste a expressão "falido";
•Nomeação do administrador judicial;
•Pronunciamento acerca da continuação provisória ou não das atividades.
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 2.2.2– Termo Legal da falência 
 O termo legal da falência é fixado pelo juiz e delimita o período ao qual 
serão analisados os débitos do devedor. Isso significa que a análise dos 
atos praticados pelo falido poderá retroagir 90 (noventa) dias contados do 
pedido de falência/recuperação ou contados do primeiro protesto por falta de 
pagamento. É também conhecido como período suspeito. 
 
 
 Ressalta-se que o primeiro protesto não necessariamente é aquele em 
que se fundamentou o pedido de falência, pois a crise do devedor não se deu 
de uma hora para outra, podendo haver títulos protestados diferentes daquele 
que originou o pedido de falência. 
 
 2.2.3– Efeitos da falência quanto ao falido 
 Evidentemente que a sentença que decreta a falência traz grandes efeitos 
em relação ao falido, os quais restrigem determinadas ações de sua parte. 
Portanto, o falido não se torna incapaz, apenas terá restrições. Vejamos: 
 
 
 
Efeitos quanto 
ao falido
Perda do direito de administrar ou dispor de seus bens, 
mas pode fiscalizar a administração da falência, que 
compete ao adm. judicial. Continua proprietário, podendo 
interpor recursos quando cabíveis.
Inabilitação para exercer a atividade empresarial 
até a sentença que extingue as suas obrigações
Não pode se ausentar de onde se processa a falência 
sem motivo justo e comunicação expressa ao juiz. Deve 
deixar procurador.
Sigilo de correspondência - o adm. judicial recebe e 
abre as correspondências dirigidas ao devedor.
Termo Legal da falência 
Decretação 
falência ou 
recup. judicial 
 
1º Protesto por falta 
de pagamento 
Máx. 90 dias 
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Obs.: A inabilitação do falido diz respeito somente ao empresário individual; 
a sociedade empresária não está sujeita a este efeito, visto que com a 
falência a sociedade será dissolvida. 
 
4. (FCC / Agente Fiscal de Renda-SEFAZ-SP / 2009) 
Ocorrendo decretação da falência, 
d) devedor perde o direito de disposição, mas não o de administrar seus bens. 
Comentários 
Esta afirmativa está incorreta, visto que a decretação da falência acarreta a 
inabilitação do falido, bem como a perda do direito de administrar ou dispor de 
seus bens, nos termos do art. 103 da LF. Gabarito: Incorreta. 
 
Ainda tratando dos efeitos da decretação da falência, vejamos algumas 
implicações relacionadas ao devedor (empresário individual ou sociedade 
empresária): 
 
Obs.: Falência da sociedade acarreta a falência do sócio de responsabilidade 
ilimitada, quando empresários. Porém, o inverso não ocorre. É importante 
ressaltar ainda que, por determinação expressa da LF (art. 190), quando nos 
referirmos ao devedor ou falido, também estamos nos referindo aos sócios de 
responsabilidade Ilimitada, beleza? No mais, o sócio de responsabilidade 
Falência 
Sociedade
Sócios de 
responsabilidade 
Ilimitada
Considerados falidos, ficando 
sob os efeitos da falência. 
Respondem até 2 anos da sua 
retirada pelas dívidas não solvidas 
até a data da falência (art. 81).
Sócios de 
responsabilidade 
Limitada
Responsabilidade apurada no 
próprio juízo da falência. Restrita 
à integralização das cotas.
Não depende da realização do 
ativo e da prova da insuficência para 
cobrir o passivo
Ação de 
responsabilização
Administradores e 
controladores
Responsabilidades conforme o tipo 
societário
Apurada no próprio juízo da 
falência
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Ilimitada e os demais sócios e administradores que tenham sido 
condenados por crime falimentar ficam inabilitados para o exercício da 
atividade empresarial. 
 Sobre a ação de responsabilização cabível contra o sócio de 
responsabilidade limitada, administradores e controladores, ela 
prescreve em 2 anos contados do trânsito em julgado da sentença de 
encerramento da falência. No entanto, de forma preliminar, o juiz poderá, de 
ofício ou por interesse das partes, tornar indisponíveis os bens particulares 
deles até o julgamento da ação de responsabilização. 
 Por fim, a decretação da falência impõe uma série de deveres ao falido, 
conforme o art. 104, LF. Abaixo seguem alguns deles mais importantes para a 
nossa prova: 
 
 
 O falido responderá por crime de desobediência se não cumprir estas 
determinações após intimado pelo juiz. 
 
 
 2.2.4– Efeitos da falência quanto aos bens do falido 
Bem, pessoal, em termos práticos, todos os bens e documentos do 
devedor serão objetos de arrecadação pelo administrador judicial, 
mesmo aqueles em posse de terceiros ou na posse do falido (que deverão ser 
restituídos), e ficarão sob sua guarda ou pessoa escolhida por ele, inclusive o 
próprio falido (art. 108, LF). Ou seja, a decretação da falência SUSPENDE o 
exercício do direito de retenção sobre esses bens arrecadados (art. 116, I, 
da LF). 
Esta é a chamada arrecadação e custódia dos bens do falido, com o intuito 
de formar a MASSA FALIDA OBJETIVA (ou ativa), onde os bens estarão 
sujeitos à execução. Estão a salvo da arrecadação os bens absolutamente 
 Declarar seus bens móveis e imóveis que não se encontram no 
estabelecimento, contas bancárias, títulos e se faz parte de outras 
sociedades; 
 Entregar sem demora todos os livros, papéis e documentos ao Adm. 
Judicial; 
 Comparecer a todos os atos podendo ser representado por procurador, 
quando não for indispensável a sua presença; 
 Examinar as habilitações dos créditos e apresentar a relação dos 
seus credores no prazo fixado pelo juiz; 
 Examinar e dar parecer sobre as contas do Adm. Judicial. 
 
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impenhoráveis (pensões, ordenados, créditos alimentícios, etc.). Então, 
vejamos algumas regras acerca dos efeitos da decretação da falência nos bens 
do falido e a formação da massa falida: 
 
 
A seu turno, devemos tocar no assunto da MASSA FALIDA SUBJETIVA, 
que é um ente despersonalizadovoltado à defesa dos interesses gerais dos 
credores do falido e formado pelo conjunto de credores habilitados no juízo 
falimentar.Na verdade, este é o efeito da falência em relação aos credores, o 
qual será tratado mais adiante quando verificarmos a classificação dos créditos. 
 
 2.2.5–Efeitos da falência quanto aos contratos 
Pois bem, com a decretação da falência, além do vencimento 
antecipado das dívidas do devedor (art. 77), há outros efeitos 
importantíssimos em relação aos contratos do falido. Vejamos (art. 117 a 119, 
LF): 
MASSA FALIDA
Auto de arrecadação 
dos bens
Acompanha o laudo de 
avaliação, que poderá 
ser entregue em até 30 
dias.
Liquidação antecipada
Em razão dos custos e 
interesse da massa 
falida, mediante 
autorização do juiz. 
Inclusive bens perecíveis 
e deterioráveis.
Produção de renda
O Adm. Judicial poderá 
celebrar contratos 
referente aos bens da 
massa, mediante 
autorização do Comitê. 
Sem disposição total ou 
parcial de bens.
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 Em relação aos contratos bilaterais, o contratante possui o prazo de 
90 dias da nomeação do administrador judicial para interpelação sobre a 
continuação do contrato. O administrador judicial possui o prazo de 10 dias 
para responder essa interpelação. A declaração negativa sobre a continuidade 
do contrato ou o silêncio do administrador judicial confere o direito à indenização 
(crédito quirografário). 
 
 2.2.6–Atos ineficazes e ação revocatória 
 
Bem, a LF identifica dois tipos de ATOS INEFICAZES praticados pelo 
devedor: 
Efeitos
Contratos
Regra: os contratos (bi e unilaterais) podem continuar se
reduzir ou evitar aumento do passivo ou preservar o ativo, 
mediante autorização do Comitê.
Locador falido - Não resolve o contrato. Locatário falido 
- adm. judicial pode denunciar o contrato
O vendedor não pode se negar a entregar o bem ao falido, 
se este já o revendeu sem fraude antes do requerimento de 
falência e o bem estiver em trânsito.
Se o falido vendeu coisas compostas, mas o contrato não 
continuará, o comprador poderá devolver à massa o que já 
recebeu e exigir perdas e danos.
Se o falido não entregou coisa móvel vendida ou não 
prestou o serviço à prestação e decidir não executá-los, o 
credor poderá habilitar o valor pago na classe própria.
Coisa móvel comprada com reserva de domínio do 
vendedor será restituída se não continuar a execução 
do contrato, exigindo devolução dos valores pagos. 
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Esses atos são considerados ineficazes, e não nulos ok? Logo, ambos os 
atos são válidos, porém não produzem efeitos perante a massa. No entanto, a 
diferença está na forma processual utilizada para declarar a ineficácia. 
Enquanto na ineficácia subjetiva é necessário demanda judicial, em ação 
própria (revocatória), a ineficácia objetiva pode ser declarada de vários modos, 
por exemplo: simples despacho no processo de falência, ex officio ou a 
requerimento; sentença acolhendo matéria de defesa suscitada pela massa. 
Pois bem, primeiramente pergunto: quais seriam os atos de ineficácia 
objetiva? Observemos abaixo que são atos ou ações elencados taxativamente e 
objetivamente pois evidenciam o cometimento de possível fraude contra a 
massa falida. Notemos que são atos negociais importantes praticados dentro do 
termo legal, por exemplo. 
Atos INEFICAZES do falido
Ineficácia 
objetiva
Atos taxativamente elencados no art. 
129 e praticados pelo falido antes da 
falência. Não depende da intenção de 
fraudar ou do conhecimento da outra 
parte.
Ineficácia subjetiva
Necessita provar que havia intenção 
de fraude pelo devedor, bem como 
do conluio entre devedor e o 
terceiro e do efetivo prejuízo para a 
massa falida. Atos revogáveis.
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No mais, vale ressaltar que a ineficácia desses atos poderá ser declarada 
pelo juiz de ofício, alegada em defesa ou mediante ação própria no decorrer do 
processo, como já adiantamos acima, beleza? 
Agora, quanto ao item 3, esclarecendo melhor, nós já estudamos quando 
tratamos do trespasse do estabelecimento empresarial (art. 1.143, CC). A regra 
é a mesma, quer dizer, se restarem bens suficientes para solver o passivo, o 
ato é eficaz; se não restarem, é preciso o pagamento de todos os credores ou 
o consentimento de todos, tácita ou expressamente, em 30 dias a partir de 
sua notificação. Logo, quando não restarem bens suficientes para saldar o seu 
passivo, a alienação do estabelecimento sem a anuência dos credores ou sem o 
pagamento dos mesmos é ineficaz. 
 
 
 
Alienação do 
estabelecimento
Bens restantes 
suficientes para 
saldar o passivo
EFICAZ
Bens restantes 
insuficientes para 
saldar o passivo
Pagamento de todos os 
credores OU
consentimento deles em 
30 dias de notificados
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1. Dentro do TERMO LEGAL: pagamento de dívidas não 
vencidas e vencidas por forma diversa do previsto no contrato 
e constituição de direito real de garantia quando tratar-se de 
dívida contraída anteriormente; 
2. A renúncia de herança ou legado e atos a título gratuito, 
exceto gratificações empregatícias, desde 2 anos antes da 
declaração da falência; 
3. Alienação do estabelecimento sem o pagamento de todos os 
credores ou sema anuência expressa ou tácita deles, salvo se 
não houver oposição dos credores no prazo de 30 dias de 
notificados, quando não sobrar bens suficientes para saldar o 
seu passivo; 
4. Registro, após a decretação da falência, de direitos reais 
e de transferência de propriedade entre vivos, por título oneroso 
ou gratuito, ou averbação de imóveis. 
 
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 Agora, quanto aos atos de ineficácia subjetiva, para que sejam 
revogados é necessário a chamada ação revocatória promovida pelo adm. 
judicial, MP ou qualquer credor (art. 132, LF): 
 
 
 Julgada procedente a ação revocatória, determina-se a recomposição dos 
bens à massa falida ao valor de mercado e acrescidos de perdas e danos. Porém, 
da sentença procedente cabe apelação. 
 
 2.2.7– Realizaçãodo ativo 
 
Arrecadados os bens, será iniciada a realização do ativo. A alienação dos 
bens será por meio de uma das seguintes formas e em ordem de preferência 
(art. 140, LF): 
Ação revocatória
Ineficácia SUBjetiva
Administrador 
Judicial Ministério Público
Qualquer Credor
No prazo de 3 anos 
contados da decretação
Contra todos os que figuraram 
no ato, terceiros adquirentes e 
seus herdeiros ou legatários.
Corre no juízo da 
falência e segue o 
rito do CPC.
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 Pode-se adotar conjuntamente mais de uma dessas formas, conforme o 
interesse e oportunidade da massa falida e mesmo que o quadro-geral de 
credores ainda não tenha sido formado. O juiz ainda determinará uma das 
seguintes modalidades de alienação de ativo, consultados o administrador 
judicial e o comitê de credores: leilão por lances orais, propostas fechadas 
e pregão. No entanto, outras modalidades poderão ser autorizadas pelo 
juiz, desde que haja motivos justificados e mediante requerimento 
fundamentado do administrador judicial ou do comitê. Ressaltando-se que o 
Ministério Público será intimado pessoalmente em qualquer modalidade de 
alienação sob pena de nulidade (art. 142, §7º). 
 Por fim, a LF no intuito de facilitar a realização do ativo dispôe que 
NÃO haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, 
inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as 
decorrentes de acidentes de trabalho, ficando desta forma livre de qualquer 
ônus. Porém, esta regra está afastada, por motivos óbvios, quando o 
arrematante for: 
 sócio da sociedade falida, ou sociedade controlada pelo falido; 
 parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, 
consangüíneo ou afim, do falido ou de sócio da sociedade falida; ou 
 agente do falido com o objetivo de fraudar a sucessão. 
5. (FCC / Serviços Notariais-TJ-PE / 2013) Na alienação 
judicial de imóvel realizada no processo de falência, o arrematante: 
a) responderá como sucessor de todas as obrigações do devedor. 
b) responderá apenas como sucessor nas obrigações tributárias. 
c) responderá apenas como sucessor nas obrigações trabalhistas. 
d) responderá apenas como sucessor nas obrigações por acidentes do trabalho. 
1
•Alienação da empresa - venda dos estabelecimentos em bloco
2
•Alienação da empresa - venda isolada das filiais ou unidades 
produtivas
3
•Alienação dos bens em bloco - em cada um dos estabelecimentos
4
•Alienação dos bens individualmente considerados
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e) não será sucessor nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza 
tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de 
acidentes de trabalho. 
Comentários 
A única alternativa que atende ao enunciado é a letra E, que encontra 
fundamento no art. 141, II, da LF. Este dispositivo visa facilitar a realização do 
ativo, pois imaginemos o quão dificultoso seria o andamento do precesso 
falimentar caso o arremantante se torna-se sucessor nas obrigações do 
devedor. Não é mesmo? Ressalta-se, ainda, que esta disposição está conforme 
a legislação tributária nacional: art. 133, §1º, I, do CTN. Gabarito: E 
 
 2.3– Classificação creditícia ou creditória 
Bem, então, a falência foi decretada, determinou-se o termo legal da 
falência, o falido encontra-se inabilitado, os efeitos de sua decretação foram 
aplicados aos contratos e atos do falido, e a realização do ativo já foi efetivada. 
Portanto, resta-nos verificar a classificação dos créditos no processo falimentar. 
 2.3.1– Restituições 
 Bem, como já foi visto acima, o administrador judicial deve providenciar 
a arrecadação dos bens do falido em favor da massa. Porém, há bens que se 
encontram protegidos por direito real ou originário de contratos. Portanto, se 
arrecadados ou se em poder do devedor na data da decretação da falência, é 
possível o pedido de restituição (art. 85). 
Desta forma, há 4 (quatro) pedidos de restituição previstos na LF. Esses 
pedidos de restituição são em virtude de: 
 
 Na segunda hipótese acima, caso a coisa vendida a crédito tenha sido 
alienada pelo devedor, a restituição não será processada e o vendedor da coisa 
terá que habilitar o seu crédito como quirografário. Caso o bem não mais exista 
por qualquer outro motivo, a restituição poderá ser efetuada em dinheiro. 
RESTITUIÇÃO
de ...
Direito real sobre bem arrecadado de propriedade 
de terceiro (art. 85, caput)
Coisa vendida a crédito entregue ao falido nos 15 
dias anteriores ao requerimento de falência, se ainda 
não alienada (art. 85, §único)
Adiantamento de contrado de câmbio ao 
exportador (art. 86, II)
Valores entregues ao devedor pelo contratante de 
boa-fé, quando o contrato for ineficaz ou revogado 
(art. 86, III e 136)
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Quanto ao Adiantamento de Contrato de Câmbio, o exportador 
nacional firma um contrato para fornecimento de mercadorias com um 
comprador residente no exterior. Normalmente, o pagamento por essas 
mercadorias se realiza em moeda aceita internacionalmente, como o dólar 
americano. Por lei, o exportador é obrigado a vender a moeda estrangeira 
proveniente do pagamento por suas mercadorias a uma instituição financeira, 
mediante contrato de câmbio. Porém, frequentemente ocorre que se passam 
alguns meses entre a contratação da exportação e sua execução. Nesse 
intervalo, o exportador nacional poderá necessitar de capital para exercer a sua 
atividade e cumprir com o contrato de exportação firmado. Então, poderá 
recorrer a um financiamento chamado de Adiantamento de Contrato de Câmbio 
(ACC). Ou seja, o exportador celebra com o banco um contrato de câmbio 
baseado nas divisas estrangeiras que receberá quando da entrega das 
mercadorias. 
Porém, o exportador nacional poderá passar por crises e vir a falir antes 
da entrega das mercadorias, não podendo cumprir o contrato com o comprador 
estrangeiro. Assim, aquela instituição financeira que celebra um contrato de 
câmbio com exportador nacional e a este antecipa valores em reais, tem o 
direito à restituição do valor antecipado. Logo, não podemos falar em 
habilitação do crédito de ACC na falência, bem como dos demais créditos 
passíveis de restituição, já que são créditos a serem restituídos antes de pagos 
os créditos extraconcursais, na forma do Art. 149 da LF e súmula 307 do STJ. 
 
 
 
 
 
Por fim, devemos destacar ainda duas observações quanto às 
restituições: 
1. A LF determina que as restituições em dinheiro somente sejamefetuadas APÓS o pagamento da antecipação relativa aos créditos 
trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) 
meses anteriores à decretação da falência, até o limite de 5 (cinco) 
salários-mínimos por trabalhador, os quais serão pagos tão logo haja 
disponibilidade em caixa; 
2. As restituições podem ser efetuadas em dinheiro, quando o bem a ser 
restituído não mais existir – pela avaliação do bem ou seu preço de 
venda, ambos devidamente atualizados. 
No mais, em 48 horas a coisa objeto de restituição deverá ser entregue, 
conforme determinação na sentença de deferimento do pedido (Art. 88). 
 
Art. 149. Realizadas as restituições, pagos os créditos extraconcursais (...) 
Súmula 307 do STJ. A restituição de adiantamento de contrato de câmbio, na 
falência, deve ser atendida antes de qualquer crédito. 
 
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 2.3.2– Da classificação dos créditos 
Então, como vimos, após a sentença declaratória de falência, ocorre uma 
série de procedimentos para habilitar os créditos, por exemplo, o administrador 
judicial deve proceder à verificação desses créditos e publicar edital com a 
relação dos credores. Desta forma, é estabelecida uma classificação dos créditos 
conforme disposições da LF. No mais, os procedimentos para habilitar os 
créditos serão estudados mais adiante, pois referem-se também à recuperação 
judicial, ok? 
 Pois bem, segue abaixo a ordem classificatória dos créditos: 
ANTECIPAÇÕES 
Pagas quando houver 
disponibilidade de 
caixa 
a. Despesas indispensáveis para a administração 
da falência (Art. 150); 
b. Créditos trabalhistas de natureza estritamente 
salarial vencidos nos 3 meses anteriores à 
decretação da falência, até 5 salários-mínimos 
por trabalhador (art. 151). 
 
 
 
CRÉDITOS 
EXTRACONCURSAIS 
(art. 84) 
a. Remuneração devida ao administrador 
judicial e seus auxiliares, créditos trabalhistas 
e oriundos de acidentes de trabalho relativos a 
serviços prestados após a decretação da falência; 
b. Quantias fornecidas à massa falida; 
c. Despesas com arrecadação, administração, 
realização do ativo e distribuição do seu produto, 
bem como custas do processo de falência; 
d. Custas judiciais relativas às ações e execuções 
em que a massa falida tenha sido vencida; 
e. Obrigações resultantes de atos jurídicos válidos 
praticados durante a recuperação judicial ou após 
a decretação da falência, e tributos relativos a 
fatos geradores ocorridos após a decretação da 
falência. 
 
 
 
 
CRÉDITOS 
CONCURSAIS 
(art. 83) 
 
a. Créditos derivados da legislação trabalhista até 
150 salários e os oriundos de acidentes de 
trabalho; 
b. Créditos com garantia real até o limite do bem 
gravado; 
c. Créditos tributários, independentemente da sua 
natureza e tempo de constituição, excetuadas as 
multas tributárias; 
d. Créditos com privilégio especial; 
e. Créditos com privilégio geral; 
f. Créditos quirografários; 
g. As multas contratuais e as penas pecuniárias por 
infração das leis penais ou administrativas, 
inclusive as multas tributárias; 
h. Créditos subordinados. 
 
Pessoal, sei que esta classificação não é fácil de ser assimilada, mas 
ressalto a sua importância para a nossa prova. Devemos estudá-la porque 
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sempre é cobrado. Pelo menos devemos ter uma ideia geral da ordem de 
classificação, beleza? 
 Bem, após as antecipações e os créditos extraconcursais, temos os 
créditos concursais com base no princípio do par conditio creditorum. Assim, o 
pagamento deve seguir essa ordem classificatória de créditos. 
6. (FCC / Promotor de Justiça-MPE-CE / 2011) 
Inexistindo, na falência, outros créditos, exceto os mencionados nas 
alternativas abaixo, classificam-se na seguinte ordem, sucessivamente: 
d) os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e 
cinquenta ) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de 
trabalho; créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; 
créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de 
constituição, excetuadas as multas tributárias; os créditos com privilégio 
especial; os créditos com privilégio geral; os créditos quirografários. 
Comentários 
Nesta questão foi cobrada exatamente a classificação dos créditos 
concursais, conforme o art. 83. Observando o nosso quadro de classificações 
acima, concluímos que esta afirmativa está correta. Gabarito: Correta. 
 
 Agora, para um entendimento melhor sobre essa classificação creditória, 
alguns pontos necessitam ser comentados para a nossa prova, beleza? 
 As sobras dos créditos derivados da legislação do trabalho (acima de 150 
salários) e dos créditos com garantia real serão classificadas como crédito 
quirografário. 
 Deve-se observar a preferência sobre os créditos tributários, conforme o art. 
187, §único do CTN (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). 
 Os créditos com privilégio especial são os seguintes: 
o Os previstos no art. 964 do CC – coisa arrecadada e liquidada, coisa 
salvada pelas despesas de salvamento, outros. Recomendo apenas a 
leitura superficial deste artigo, ok?; 
o Aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a 
coisa dada em garantia. 
 Os créditos com privilégio geral são os seguintes: 
o Os previstos no Art. 965 do CC – despesa com funeral, impostos 
devidos à Fazenda Pública, no ano corrente e no ano anterior, outros; 
o Os créditos quirografários sujeitos à recuperação judicial pertencentes 
a fornecedores de bens ou serviços que continuarem a provê-los 
normalmente após o pedido de recuperação judicial terão privilégio 
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geral de recebimento em caso de decretação de falência, no limite do 
valor dos bens ou serviços fornecidos durante o período da 
recuperação (Art. 67, §único); 
 Os créditos quirografários são os seguintes: 
o Aqueles não previstos para as demais classes; 
o Os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos 
bens vinculados ao seu pagamento; 
o Os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que 
excederem o limite de 150 salários mínimos; 
o Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros. 
 Os créditos subordinados são os seguintes: 
o Os assim previstos em lei ou em contrato; 
o Os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo 
empregatício. 
 
 
 2.3.3– Pagamento dos credores do falido 
 Bem, então, devemos considerar que as restituições e antecipações já 
ocorreram, bem como já houve o pagamento dos créditos extraconcursais,ok? 
Também, o quadro-geral de credores já foi constituído. Então, realizado o ativo 
da massa falida, deve-se proceder ao pagamento dos credores habilitados no 
processo falimentar, considerando-se ainda os valores objetos de reserva de 
importância determinada por decisões judiciais (Art. 149). 
 A reserva de importância significa que alguns créditos estão pendentes 
de decisão judicial, portanto, enquanto o mérito não for julgado 
definitivamente, o valor correspondente deverá ser depositado caso seja 
futuramente reconhecido. Se o crédito não for reconhecido, tal reserva será 
rateada pelos demais créditos. 
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Obs.: Vale ressatar o disposto no § 3o do art. 133 do Código Tributário Nacional 
quanto ao prazo de permanência do produto da alienação judicial da empresa, 
filial ou unidade produtiva isolada em conta de depósito. Neste caso específico, 
os valores permanecerão em conta de depósito à disposição do juízo de 
falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente 
podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de 
créditos que preferem ao tributário. 
 A seguinte questão da FGV é um bom exemplo: 
7. (FGV / ICMS-RJ / 2008) Contra a massa falida não são 
exigíveis juros vencidos após a decretação da falência, salvo o dos créditos 
com garantia real, mas por eles responde, exclusivamente, o produto dos 
bens que constituem a garantia. 
Comentários 
Correta. Com a decretação da falência, em relação ao pagamento dos credores, 
temos a seguinte regra: contra a massa falida não são exigíveis juros 
vencidos previstos em lei ou contrato, se o ativo apurado não bastar 
para o pagamento dos credores subordinados. Porém, esta regra será 
afastada quando: 
1. O ativo apurado for suficiente para o pagamento dos credores 
subordinados; ou 
2. For relativo aos juros das debêntures; ou 
3. For relativo aos juros dos créditos com garantia real, mas por eles 
responde, exclusivamente, o produto dos bens que constituem a 
garantia. 
Pagamento dos 
Credores
Rateio 
Suplementar 
aos credores 
remanescentes 
após 60 dias da 
intimação ao 
credor que não 
levantar os 
valores no prazo 
fixado 
inicialmente pelo 
juiz.
Credor de má-fé 
ou por dolo na 
constituição do 
crédito ou garantia
Deverá restituir 
em DOBRO as 
quantias recebidas 
acrescidas de juros 
legais.
Os juros vencidos 
após a decretação da 
falência não serão 
exigidos caso o 
ativo realizado não 
seja suficiente para 
pagar os credores 
subrdinados 
(art.124).
Liquidação 
antecipada
Ouvido o Comitê 
o juiz pode 
autorizar 
credores 
adquirir ou 
adjudicar os 
bens 
arrecadados, 
respeitando a 
sua preferência 
(art. 111).
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Portanto, ocorrendo uma das três situações acima, os juros relativos a 
essas situações serão exigíveis contra a massa falida. 
 
Art. 124. Contra a massa falida não são exigíveis juros vencidos após a 
decretação da falência, previstos em lei ou em contrato, se o ativo 
apurado não bastar para o pagamento dos credores subordinados. 
Parágrafo único. Excetuam-se desta disposição os juros das 
debêntures e dos créditos com garantia real, mas por eles responde, 
exclusivamente, o produto dos bens que constituem a garantia. 
Então, notemos que as três situações de exceção não necessitam ser 
simultâneas. Ocorrendo apenas uma delas, a regra de não exigibilidade de juros 
vencidos contra a massa falida estará afastada. Gabarito: Correta 
 
 2.3.4– Encerramento da falência 
 Assim, pago todos os credores, o administrador judicial deverá prestar 
contas e apresentar as mesmas no prazo de 30 dias (Art. 154). As contas 
apresentadas com os documentos comprobatórios serão apensadas, ao final, 
aos autos da falência, ficando à disposição dos interessados, que poderão 
impugná-las no prazo de 10 dias. 
 Após esse prazo, o juiz intimará o Ministério Público para manifestar-
se no prazo de 5 dias. Se houver impugnação do MP, o administrador judicial 
deverá ser ouvido. No final deste rito, o juiz julgará por sentença as contas do 
administrador judicial. 
“A sentença que rejeitar as contas do administrador judicial 
fixará suas responsabilidades, poderá determinar a 
indisponibilidade ou o seqüestro de bens e servirá como título 
executivo para indenização da massa” (§5º do art. 159). Desta 
sentença, caberá APELAÇÃO. 
 Após o julgamento das contas do administrador judicial, ele apresentará 
o relatório final da falência no prazo de 10 dias. Então, o juiz encerrará a 
falência por sentença, que será publicada por edital. Dessa sentença também 
caberá APELAÇÃO. 
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 Vale destacar que a sentença de encerramento, por si só, não tem o 
condão de extinguir as obrigações do falido, mas tem o de abrir o prazo 
prescricional para extinguir essas obrigações. Este prazo prescricional 
inicia a partir do diaem que transitar em julgado a sentença do 
encerramento da falência. 
 
 2.3.5– Extinção das obrigações do falido 
 As hipóteses de extinção das obrigações do falido estão disciplinadas 
no art. 158 e são as seguintes: 
 
 Com a extinção das obrigações há a possibilidade de reabilitação civil do 
falido para poder voltar a exercer atividade empresarial. Para tanto, 
Hipóteses de 
extinção das 
obrigações do 
falido
Pagamento de todos os 
créditos
Se for pago mais que 50% dos créditos 
quirografários, após a liquidação de todo o ativo. O 
falido pode depositar o que faltar para atingir essa %. 
Após 5 anos do encerramento da falência, se 
não houver condenação por crime falimentar.
Após 10 anos do encerramento da falência, se 
houver condenação por crime falimentar.
Pagamento de 
todos os credores 
30 dias 
Administrador Judicial deve prestar contas. 
10 dias 
Prazo para impugnação pelos interessados. 
Após esse prazo, o juiz abre vistas ao MP. 
 5 dias 
Fim do prazo para a manifestação do MP e 
Julgamento das contas por sentença. 
10 dias 
Fim do prazo para o administrador judicial apresentar o relatório final da falência 
indicando ativos e sua realização, passivos e seus pagamentos e a 
responsabilidade remanescente do falido. 
Final da falência por sentença 
judicial, da qual cabe apelação 
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caracterizada qualquer dessas hipóteses acima, o falido deverá requerer ao 
juízo da falência que suas obrigações sejam declaradas extintas por 
sentença (art. 159). 
O requerimento é publicado em edital/jornal de grande circulação. A 
partir de então, é aberto o prazo de 30 dias para qualquer credor se opor à 
reabilitação do falido. Assim, o juiz em 5 dias proferirá a sentença, da qual cabe 
apelação. 
 Também, o sócio de responsabilidade ilimitada poderá requerer a 
extinção de suas obrigações por sentença, após a prescrição e extinção das 
obrigações do falido. 
8. (CESPE / Juiz de Direito-TJ-DFT / 2014) Acerca de 
recuperação judicial e falência, assinale a opção correta. 
e) As obrigações do devedor empresário em regime de execução concursal 
serão extintas caso ocorra o rateio de mais de 50% do devido aos 
quirografários, após a realização de todo o ativo. 
Comentários 
Questão que trata da extinção das obrigações do falido. Nos termos do 
art. 158, II, a afirmativa está correta. Gabarito: Correta. 
 
 
Bem, esta foi a nossa aula de hoje. Espero que tenham gostado e, acima 
de tudo, tenham compreendido! 
Até mais! 
Boa semana e bons estudos! 
Wangney 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3- Questões Comentadas 
9.(FCC / Auditor Substituto de Conselheiro-TCM-RJ / 2015) Nos termos 
da Lei no 11.101/2005, extingue as obrigações do falido: 
a) somente o pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 50% 
dos créditos quirografários. 
b) o pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 30% dos créditos 
quirografários, sendo facultado ao falido o depósito da quantia necessária 
para atingir essa porcentagem se para tanto não bastou a integral liquidação 
do ativo. 
c) o decurso do prazo de 5 anos, contado do encerramento da falência, 
independentemente de o falido ter sido condenado por prática de crime 
previsto nessa mesma lei. 
d) somente com o pagamento de todos os créditos. 
e) o decurso do prazo de 10 anos, contado do encerramento da falência, se o 
falido tiver sido condenado pela prática de crime previsto nessa mesma lei. 
Comentários 
Letra “e”. O art. 158 da LF menciona as hipóteses de extinção das obrigações 
do falido. A única alternativa que está conforme a lei é a letra E (inciso IV). As 
letras A e D mencionam “somente” e, por isso, estão incorretas, já que há outras 
hipóteses. A letra B menciona a porcentagem errada: é 50%. A letra C 
msenciona “independentemente”, sendo que é condição de extinção das 
obrigações do falido no prazo de 5 anos SE ele não tiver sido condenado por 
prática de crime previsto na LF. 
 
10.(FCC / ICMS-PE / 2014) Em relação à caracterização do estado falencial, 
será decretada a falência do devedor que: 
I. sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida 
materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse 
o equivalente a 60 (sessenta) salários mínimos na data do pedido de falência. 
II. executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia 
à penhora bens suficientes dentro do prazo legal. 
III. entre outros atos, procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança 
mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos, exceto se fizer 
parte de plano de recuperação judicial. 
IV. simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de 
burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor, nesse caso 
independentemente de integrar ou não plano de recuperação judicial. 
 
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Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e III. 
b) III e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) I e IV. 
Comentários 
Letra “c”. 
I – Item polêmico. Considerado incorreto pela banca. Aborda a questão da 
impontualidade injustificada. No entanto, menciona o limite mínimo de 60 
salários mínimos em dívidas, quando o art. 94, I, estipula 40 salários mínimos. 
Acontece que, obviamente, 60 é maior que 40. E, neste caso, o pressuposto do 
estado falimentar estaria configurado e a falência de um devedor poderia ser 
decretada sim. Entendo que a única forma de se interpretar esta assertiva seria 
no sentido de que o examinador pede para caracterizar o estado falimentar de 
forma abstrata, generalizada. Assim, de fato, o requisito mínimo previsto na LF 
é de 40 e não 60 salários mínimos. Por outro lado, caso fosse apresentada uma 
situação hipotética de um devedor com dívidas no total de 60 salários mínimos, 
a assertiva estaria correta, ok? Então, é questão interpretativa mesmo e, saber 
interpretar e visualizar as hipóteses é fundamental para a aprovação. Costumo 
dizer que o candidato que gosta e tem certa facilidade em português e 
matemática larga na frente!!! 
II – Correto. Literal ao art. 94, II. 
III – Correto. Literal ao art. 94, III, a). 
IV – Incorreto, pois o examinador menciona “nesse caso independentemente de 
integrar ou não plano de recuperação judicial”. Art. 94, III, d). 
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: 
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de 
plano de recuperação judicial: 
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo 
de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; 
 
11.(FCC / Juiz do Trabalho Substituto-TRT-4ª / 2012) Se ao alienante não 
restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação 
do estabelecimento depende: 
a) somente do consentimento expresso dos credores trabalhistas e tributários. 
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b) do consentimento expresso ou tácito de todos os credores, em 60 (sessenta) 
dias de sua notificação. 
c) do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo 
expresso ou tácito, em 30 (trinta ) dias a partir de sua notificação. 
d) apenas do pagamento de todos os credores trabalhistas e tributários. 
e) exclusivamente do consentimento expresso dos credores com garantia real. 
Comentários 
Letra “c”. A questão trata da ineficácia objetiva dos atos praticados pelo 
falido. Recomendo a releitura de nossa esquematização sobre os atos de 
ineficácia objetiva e da alienação do estabelecimento. Pois bem, como podemos 
observar, a única alternativa correta é a letra C, nos

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