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fenomenologia resumo prova 2

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Humanismo = resgata uma ética. Na psicologia: recuperação das questões de sentido e questionamento da ciência. Relação dialógica - Palavra, aqui, não quer dizer necessariamente linguagem. Dialógico tem a ver com relação, com os sentidos e significados aparecendo na relação. Ser humano é abertura para as relações. Diz respeito sempre a uma intersubjetividade.  Sartre defende que o existencialismo é um humanismo porque devolve ao ser humano o que o constitui - liberdade e responsabilidade. Se entendo como intersubjetivo, tenho responsabilidade pela minha vida e por toda a humanidade, pois um posicionamento meu se mostra possível a todos os outros seres humanos - por isso resgata uma ética que é a ética da responsabilidade.
Guarda-Chuva humanista - (gestalt, abordagem centrada na pessoa, psicodrama, logoterapia, etc…) - compreensão do ser humano como ser intersubjetivo, busca recuperar questões de sentido e significado, e questiona a ciência tradicional. O que há de comum, portanto, é a compreensão de ser humano. 
MOVIMENTO HUMANISTA EM PSICOLOGIA
1° Modelos analíticos 2° Modelos cientificistas 3° Psicologia humanista – existencial 
Maslow - criador da teoria da motivação. Ideia de que o ser humano é motivado pela busca da realização aparece também nos outros autores (rogers fala de tendencia de se realizar e se desenvolver). Há uma concepção positiva (não no sentido de bom, mas de crescimento e desenvolvimento) do ser humano.
Maslow foi o grande responsável por reunir os autores das psicologias humanistas. Tentavam submeter textos e artigos para as revistas da APA e não aceitavam. Aí o Maslow funda a revista humanista. Aos poucos eles conseguem se reinserir na APA. Teoria organísmica - estudaram soldados de guerra e perceberam que todo o organismo se atualiza, se reorganiza, para dar conta de funções perdidas. Isso dá base para entender que o ser humano não pode ser visto em partes. Maslow e Rogers, depois, viraram presidentes da APA. Impactos da humanista - oferecer uma nova forma de compreender o ser humano, traz outros métodos (especialmente o fenomenológico) e oferece uma nova gama de métodos psicoterapêuticos. 
SARTRE – Homem condenado a ser livre - Há uma relação intrínseca entre sujeito e mundo, sujeito e objeto, consciência e mundo, etc. Estamos falando de um sujeito que é subjetividade pois expressa algo de si no mundo, mas também é um objeto do mundo e sofre influências dele. Falamos de um homem que é um ser concreto que vive num horizonte histórico, material. A busca do Sartre era de recuperar o ser humano concreto. Influências filosóficas de Sartre:
• Fenomenologia de Husserl • Existencialismo de Kierkegaard • Materialismo histórico-dialético• Física da relatividade e física quântica. A subjetividade vai ser entendida como elemento central da existência humana. De certa forma é uma recuperação dessa compreensão de que o sujeito está inserido na relação com o mundo e objetos, na percepção, etc. O ponto de partida para a compreensão da realidade humana tem que ser, portanto, sempre a história, pois o homem é um ser histórico e social. A influência da ciência contemporânea questiona o próprio método de se fazer ciência, abala a tradição epistêmica.Sartre ao mesmo tempo se aproxima da psicologia e da filosofia fenomenológicas ao mergulhar na subjetividade, ao mesmo tempo em que se distancia pela base materialista. Insere a subjetividade. É uma compreensão nova. O sujeito singular é o ponto de partida, mas a dialética história apreendida é também contemplado.O ser humano é liberdade (condição).
Existência precede a essência - compreensão de que não existe nenhuma essência anterior que defina o ser humano - a partir do momento que ele é lançado ao mundo é que ele se define (ateu) É só a partir do momento que existimos no mundo que essa essência vai se definindo. Essa existência se dá nesse processo dialético. Ao mesmo tempo sou um sujeito existente no mundo e vivencio as experiências dadas no mundo - essa existência se dá nessa troca. Essa essência é nosso devir, nosso vir a ser, nosso projeto de vida. “A escolha é possível em um sentido, mas o que não é possível é não escolher. Eu sempre posso escolher, mas tenho que saber que se não escolho, isto também é uma escolha” .O homem não é nada mais que seu projeto, ele não existe senão na medida em que se realiza e, portanto, não é outra coisa senão o conjunto de seus atos, nada mais além de sua vida. 
Cada um é sempre responsável por aquilo que foi feito dele - mesmo se ele não puder fazer mais que assumir essa responsabilidade. Eu acho que o homem sempre pode fazer alguma coisa daquilo que fizeram dele. Não está dizendo que podemos escolher qualquer coisa independentemente das condições - compreende que há limitações e atravessamentos - as condições estão dadas mas ainda assim podemos nos posicionar. PSICOLOGIA EXISTENCIALISTA – Sartre: “Fazer ciência não é somente colecionar dados, elencar fatos, mas sim saber questionar esses dados, compreendê-los em seu contexto, chegar a sua essência.”.Considera que os desejos não são conteúdos internos, mas a própria consciência no seu movimento de transcendência ao mundo - o desejo é o desejo por algo ou por alguém que se apresenta para a consciência. Não são conteúdos internos.  Deve-se compreender a pessoa como uma totalização: Cada escolha singular exprime “a escolha original em circunstâncias particulares: não é mais do que a escolha de si mesmo como totalidade em cada circunstância.” Sartre considera, portanto, que essa totalização, unificação, que nada mais é que o projeto original “deve revelar-se a nós como um absoluto não substancial”.  É algo que se constitui como um projeto na existência mas que diz respeito a uma escolha original (no sentido de origem). É mais fundamental que meramente uma escolha que eu faço. 
Sartre propõe uma psicanálise existencial: Se aproxima em alguns aspectos. Semelhanças: • Tentativa a chegada de um irredutível psíquico - aqui no sartre é o projeto de ser, a origem dos meus posicionamentos. • Na compreensão de que o processo histórico do sujeito e suas relações concretas são fundamentais • Que o ser humano se desdobra na história - historializaçao concreta.• Considerando o ser humano no mundo, questionando-o a partir de sua situação • A necessidade de um mediador pro paciente. Para Sartre, Freud ainda era mentalista pois entendia a ideia de consciente e inconsciente como substância - algo interno que definiria o homem. O objetivo do método seria que o sujeito chegue ao seu projeto de ser, que ele veja o que ele mesmo é. O ponto de partida é a experiência concreta. Descrever o ser humano no mundo.
O projeto fundamental, mesmo sendo plenamente vivido pelo sujeito e, portanto, consciente, não implica que seja inteiramente conhecido (o que é muito diferente de considerá-lo inconsciente). Trata-se de um modelo compreensivo, pois trata de compreender. Propõe uma temporalidade dinâmica - não é um tempo recortado - mas com ênfase no devir, no futuro. O objetivo da investigação é a descoberta de uma escolha, de um posicionamento, não necessariamente de um estado. A historia de vida de uma pessoa é fundamental tanto para que se compreenda o sintoma como o sistema social.
Ser humano na perspectiva fenomenológica: Buber é conhecido como filosofo da relação.
Buber é um filósofo que tem uma influência muito grande da religião. Ele era judeu e estudou outras religiões profundamente e sua filosofia tem essa repercussão.Diferente do existencialismo do Sartre que é ateu. O ser humano, nessa perspectiva, é compreendido como um ser biopsíquicossocial e espiritual (principalmente à liberdade - essa nossa condição (não diz respeito a uma escolha, mas ao fato de que nós somos liberdade e estamos nos posicionando o tempo todo).O espiritual contempla o mistério - uma dimensão a qual não temos como descrever empiricamente. Embora o Buber fale dessa esfera espiritual, que contempla o mistério, diz que chegamos a essa dimensão espiritual na relação com o outro. A compreensão de que nós transcendemos.Quando fala dessa transcendência no ser humano, isso tem a ver também com a intencionalidade da consciência pois sabemos que a consciência sempre se volta para algo além dela. Isso tem repercussões quando vamos pensar o ser humano, pois se o ser humano é esse que contempla uma consciência intencional, não temos como falar um ser humano separado das relações. A dimensão espiritual, sendo essa dimensão da liberdade, é onde podemos contemplar a liberdade, responsabilidade e nossa condição de tomar posicionamentos - só acontece na relação. A gente acessa essa esfera do mistério nessa relação com o outro. CLINÍCA - terapeuta propõe a relação. Buber é um filósofo, educador e humanista e propõe uma filosofia dialógico que tem a ver com a compreensão de diálogo - algo que acontece no “entre”. Aqui, então, estão contempladas as ideias de transcendência, intersubjetividade, corporeidade, ser no mundo, liberdade, etc. Nesse sentido, o individual e a relação estão contidos na esfera do “entre” pois o diálogo só acontece com mais de um indivíduo em relação. O dialógico marcado por duas polaridades ou palavras princípio: “Eu-Tu” e “Eu-Isso”. 
Eu-Tu: uma genuína disponibilidade para o estabelecimento desse tipo de relação.
Buber diz que o “tu” não tem limites, é o ser humano atual. O ser humano atual é constante transformação. 
O mundo do “tu” não tem coerência no espaço e tempo: é um campo de forças, de presença, de vitalidade. Não pode ser apreendido ou aprisionado em representações. Sempre escapa. Não se reduz à percepção: é intenso, vivo, pulsante. Sempre ressurge diferentemente, em contínua transformação.
Palavra é um gesto, uma ação - assim como um gesto corporal que eu produzo. A palavra falante atualiza o ser humano, traz um sentido novo. A palavra falada é uma palavra banal. Terapeuta é o guardião do campo pois ele que é o responsável a levar o paciente a fazer uma passagem da palavra falada para a palavra falante.Não é a existência do “Eu-Isso” que está errado mas a predominância esmagadora dessa atitude na sociedade tecnocrática. 
A dimensão do “entre” é a dimensão do mistério pois transcende os envolvidos e aponta para novas possibilidades - não consegue prever, controlar completamente o que vai acontecer. O psicoterapeuta não é apenas um eu, mas é um eu em relação, um tu. 
3 condições são necessárias: • Autenticidade dos participantes (terapeuta e cliente) • Percepção do outro como alteridades - outro diferente de mim
• Contemplar o outro • Confirmar a pessoa que ele é, validar a experiência dele ainda que eu não concorde. Compreender que é uma experiência possível. 
Terapeuta é aquele que confirma o cliente - considera o outro como é - reconhece como diferente e valida sua singularidade. Confirmar o outro significa fazer o esforço terrível de se voltar para outra pessoa e confirmar sua existência única e separa. Significa compreender o vínculo humano comum. Nós somos relação. Precisamos estar centrados na nossa existência, mas ao mesmo tempo encontrar o outro para tentar entender a partir da perspectiva do outro. 
ACP - EUA. O Rogers era americano, diferente dos outros que eram europeus. TENDÊNCIA REALIZADORA ou atualizante - CONCEITO FUNDAMENTAL DA ACP - é a tendência que todos os organismos tem a crescer e se desenvolver. É uma tendência inerente. Todo organismo tem esta tendência. Para que ela atue de forma satisfatória é preciso que haja um ambiente facilitador de crescimento. Essa tendência nunca morre, a não ser que o organismo morra. Isso também tem repercussão na clínica. Há uma crença fundamentalmente positiva de que há uma tendência a crescer e nos desenvolver, precisando de um clima propicio e é isso que precisa ser cultivado na psicoterapia. Mesmo em uma situação de patologia grave, essa tendência continua a atuar e é o que possibilita a clinica. Vou buscar não apenas o que está doente no organismo, mas também os aspectos ainda saudáveis. A partir disso é que pode haver transformação. TENDÊNCIA FORMATIVA. Seria essa mesma tendência em um nível macro, de universo. Faz uma crítica ao quanto valor se dá ao caos e a desorganização. Ele diz que a tendência a deterioração existe, mas que a ciência e a sociedade esquecem de olhar para a tendência do polo oposto, que é a tendência ao crescimento, organização. Conseguimos verificar isso tanto nos organismos quanto no universo. O universo também tende a se organizar. Importância do OUVIR e não dirigir. As pessoas tem as ferramentas para a autocompreensão. Elas não precisam de alguém que as oriente e sim alguém que as escute e as ajude a se escutarem. 
Aí começa a pensar na clínica. O foco é a criação deste clima facilitador para que o cliente se exponha e traga o que quiser. O psicoterapeuta não dirige o processo, não orienta, não traz elementos externos, não vai interpretar o conteúdo trazido. Na abordagem centrada na pessoa falamos de ATITUDES FACILITADORAS, não necessariamente de técnicas.  
RESPOSTA REFLEXO - consiste basicamente em repetir para o cliente o que ele trouxe. Não deixa de ser algo não diretivo pois parte daquilo que o cliente trouxe. Por essa crença positiva no ser humano, existencialistas criticam ele, dizendo que ele se afasta do existencialismo, dizendo que deixa de fora aspectos importantes como a compreensão do ser humano como ser para morte, da responsabilidade que pesa do ser para angústia. Também se critica essa preocupação de dar um caráter científico para abordagem, o que seria um contrassenso pois ele queria valorizar a experiência ao mesmo tempo que queria se inserir no meio acadêmico. Outros dizem que ele focou muito no organismo e pouco no coletivo. A professora acha que falta à ACP essa compreensão dos atravessamentos culturais e sociais que a fenomenologia traz - como o homem como ser no mundo que sofre influências que o atravessam…
“Os indivíduos possuem dentro de si vastos recursos para a autocompreensão e para modificação de seus autoconceitos, de suas atitudes e comportamentos autônomos. Esses recursos podem ser ativados se houver um clima” 1 - A primeira atitude facilitadora é - CONGRUÊNCIA - autenticidade, sinceridade - precisa ser ele mesmo, transparente na relação. Que haja uma congruência e concordância entre o que ele vive em nível profundo, o que está presente à consciência e o que está sendo expresso.  2- ACEITAÇÃO INCONDICIONAL - Interesse genuíno pela pessoa, atitude mais aceitadora, consideração integral. É fundamental para que a pessoa vá saindo do self ideal e se aproximando do self real. 3 - COMPREENSÃO EMPÁTICA - escuta sensível e ativa. “O terapeuta capta com precisão os sentimentos e significados pessoais que o cliente está vivendo e comunica essa compreensão ao cliente”. Pode revelar até mesmo o que se encontra abaixo do nível da consciência para o paciente.

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