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DICIONARIO HUMANISTA EXISTENCIAL

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DICIONÁRIO HUMANISTA EXISTENCIAL
Abordagem Centrada: A abordagem centrada na pessoa (ACP) se insere na
corrente humanista da psicologia com o intuito de trazer um novo olhar acerca do que é o
ser humano, seu proponente é o teórico Carl Rogers (1902-1987), um psicólogo norte-
americano que apoiou seu trabalho em sólidas pesquisas e observações no contexto clínico.
Essa nova abordagem, via no processo psicoterapêutico uma relação de cooperação entre
psicólogo e cliente, visando o desenvolvimento pleno, a descoberta do “Eu” e a
autorrealização. Tal qual o movimento que lhe deu origem, a Terapia Centrada no Cliente
via o homem de maneira global, respeitando sua individualidade e acreditando em suas
potencialidades. Defendia que a psicoterapia não deveria se concentrar em um problema
específico, aspectos intelectuais e racionais ou situações passadas, mas sim em todos os
sentimentos que envolvem emocionalmente a pessoa, dando ênfase à maneira como esta
se sente no momento presente. Em sua teoria, Rogers acredita que todo organismo (aquele
que vivencia a experiência), possui uma tendência natural à atualização, que será
promovida através da forma como se desenvolve suas relações. Essa tendência atualizante
é o que direciona o indivíduo ao crescimento e possibilita o desenvolvimento de suas
potencialidades. Para que ocorra essa atualização, Rogers fala da necessidade de um
ambiente facilitador e para isso, estabelece três condições fundamentais e necessárias:
Consideração positiva incondicional ou aceitação incondicional – receber e aceitar a
pessoa como ela é, sem impor condições para que essa aceitação ocorra. É acolher o outro
com suas experiências, desejos e angústias sem julgamento ou desaprovação e sem que
seja necessário um “mas” ou um “se”. Compreensão empática ou empatia – capacidade
do terapeuta em captar o sentimento e significado do que é apresentado pelo cliente, é
entender o universo do outro sem ser o outro, é se colocar no lugar do cliente e sentir a sua
experiência. Autenticidade ou congruência – o terapeuta deve ser transparente e
verdadeiro. Expressar o que sente, sem mentir para si ou para outro. Essa característica
permite ao profissional expressar objetivamente seu sentimento e percepções,
proporcionando ao cliente uma reflexão acerca de si mesmo. As condições apresentadas
são fundamentais para que ocorra a mudança durante o processo terapêutico. O cliente
quando se sente aceito, compreendido e vivencia a autenticidade do terapeuta, reconhece
nesse ambiente o clima facilitador para que haja um desenvolvimento pessoal, propiciando
um crescimento genuíno.
Ajustamento criativo (Perls, 1951) é o processo de fazer contato com o meio
ambiente através de uma fronteira. Quando o ajustamento é saudável favorece o
desabrochar da individualidade e o florescer dos relacionamentos. Este é um dos conceitos
chaves em Gestalt-terapia, pois, não implica em “ajustamento”, mas em “ajustamento
criativo”. Quer dizer que existe nesse processo a participação ativa do indivíduo, não se
trata de adaptação a algo que já existe e sim de transformar o ambiente e enquanto este se
transforma o indivíduo também se transforma e é transformado.
Agnóstico é aquele que considera os fenômenos sobrenaturais inacessíveis à
compreensão humana. A palavra deriva do termo grego agnostos que significa
“desconhecido” ou “não cognoscível”.
Aletheia: palavra grega, que significa o não-oculto, não-escondido, não-
dissimulado. O verdadeiro é o que se manifesta aos olhos do corpo e do espírito; a
verdade é a manifestação daquilo que é ou existe tal como é. O verdadeiro é o
evidente ou o plenamente visível para a razão. Assim, a verdade é uma qualidade das
próprias coisas e o verdadeiro está nas próprias coisas. Conhecer é ver e dizer a verdade
que está na própria realidade e, portanto, a verdade depende de que a realidade se
manifeste (Chauí, 2000). Esta compreensão foi tratada pelo filósofo alemão Martin
Heidegger, e se relaciona com a ideia da fenomenologia, de algo que se mostra por meio de
seu desocultamento.
Amor fati É o amor de quem apesar de não tem nenhuma ilusão “na terra ou no céu”,
mas aceita o mundo e o ama vivendo com liberdade e coragem a sua vontade de potência.
É a atitude de quem tem a moral do senhor, uma moral aristocrata.
Angústia para Kierkegaard: A existência é angustia, é a luta do ser contra o não
ser. Ser é o constante movimento, é a busca contínua. Não se caminha carregando tudo, a
cada passo dado o sujeito; lida com a perda, com a morte, com a falta. A raiz da angústia é
a existência como possibilidade, A angústia não se refere a nada preciso: é o sentimento da
pura possibilidade. A possibilidade pode ser tanto positiva quando negativa, mas é crucial o
fato de que ela não garante nenhuma garantia de sucesso, ou seja, o fracasso sempre
acompanha a possibilidade em todas as situações como uma alternativa. Segundo
Kierkegaard, ‘’No possível, tudo é possível’’, ou seja, toda possibilidade tem chance de ser
favorável ou desastrosa em qualquer situação. Mediante a isso, a Angústia é o sentimento
que antecede essa total liberdade da possibilidade, e cabe ao homem administrá-la. Caso o
homem não saiba administrar a sua Angustia o mesmo pode perecer e cair em desespero.
Kierkegaard diz que o papel da fé é fundamental para que o homem não pereça. Pois o
homem que tem fé reconhece que para Deus nada é impossível, e não se deprime com a
total falta de certeza que se há em uma possibilidade e sua própria existência. A angustia
desvela a consciência de que os seres humanos têm uma vida permeada por passos, em
que a passagem de um passo a outro é a angustia. Com a liberdade surge a possibilidade
de escolha e com ela a sua responsabilidade, o que gera a angustia/desespero.
Aqui-Agora– segundo a G.T. tudo está contido no agora, apresenta uma concepção de
tempo, que não é a do tempo linear, trabalha com a idéia de presente e passado
presentificados. Todas as “gestalten inacabadas” estão de certa forma, “prontas” para
emergir no aqui-agora do momento vivido. Logo, não perguntamos “- Porque é que você
está se comportando desta maneira? “Mas sim:” O que é que está fazendo?”, “Como é que
faz?”, “-O que é que está fazendo comportar-se desta maneira?”. O contato com o mundo é
baseado na consciência sensorial (ver, ouvir, tocar). Logo, só podemos ver, ouvir e tocar no
presente. Daí, aqui-agora é onde a consciência sensorial acontece: no presente. “No agora,
você usa o que está disponível, e é obrigado a ser criativo. Observe crianças brincando, o
que estiver disponível será usado, e então alguma coisa acontece, alguma coisa surge do
seu contato com o aqui e agora.”. A intervenção do psicólogo nesta abordagem também é
centrada na atualidade, no que emerge no que está acontecendo – podemos perguntar “o
que se passa aqui-agora?” e não por que. Por isso se trabalha a partir de uma atitude
descritiva, por exemplo: solicitar que o paciente descreva o que sente, como pensa, como
vê e assim por diante, assim estaremos ajudando-o a tornar-se mais consciente de si.
Ataraxia: Imperturbabilidade.
Ato reflexivo é uma consciência de segundo grau, é uma ulterior consciência de
algo que, nos consente dizer, estamos vendo e tocando. Assim, temos o primeiro nível
de consciência que é o nível dos atos perceptivos, e um segundo nível de consciência que é
o nível dos atos reflexivos. A reflexão é uma vivência humana porque corresponde à
capacidade que o ser humano tem de se dar conta do que está fazendo. Ele tem
capacidade de perceber e registrar aquilo que percebe, e de se dar conta de que está
vivendo o ato da percepção.
Atos psíquicos são atos de reação, pertencentes ao campo da afetividade e das
emoções. Impactar-se com o mundo ao redor e responder a ele é uma capacidadeinerente
a todos os seres humanos, porém, a que fenômenos reagem, o conteúdo e o modo dessas
reações serão diferentes para cada um. Há, portanto, uma estrutura comum que permite
afirmar que alguém vivencia algo com um outro, embora os conteúdos sejam singulares.
Autoatualização: Abraham Maslow: Autoatualização: pleno uso e exploração dos
talentos, capacidades, potencialidades, etc. Carl Rogers: Tendência à autoatualização:
tendência para uma maior congruência e um funcionamento mais realista. 
Congruência: Congruência é definida como o grau de exatidão entre a experiência da
comunicação e a tomada de consciência. Ela se relaciona às discrepâncias entre
experienciar e tomar consciência. Um alto grau da congruência significa que a comunicação
(o que se está expressando), a experiência (o que está ocorrendo em nosso campo) e a
tomada de consciência (o que se está percebendo) são todas semelhantes. Nossas
observações e as de um observador externo seriam consistentes. 
Dasein Da: aí (Abertura, possibilidades), sein: ser (Tem essência e natureza própria, Não
se explica porque vai depender de um horizonte de temporalidade para poder ser). Vem do
Alemão e significa Ser-aí, um ser colocado no mundo com outros seres. O Ser-aí expressa
o imediatismo e o inevitável, características da condição existencial. A característica básica
do Dasein é a sua abertura para perceber e responder a tudo aquilo que está em sua
presença. Martin Heidegger, resinificou a palavra Dasein para a expressão ser-no-mundo.
Este ser está repleto de possibilidades, “Ser” e não “Estar”; no sentido de existência e
coexistência, e não de permanência ou passagem. Não se trata do homem interagir com o
mundo, pois nesse caso daria a entender que pessoa e o seu ambiente são coisas distintas.
Trata-se da relação e coexistência e até interdependência, entre pessoas e / ou ambiente,
isto é entre “Daseins”. Ser-para-morte: A morte é o fim irremediável, é o que finda todas as
possibilidades de ser. Quando você se percebe um ser para morte, isso faz com que
passe a se apropriar da sua existência e viver uma vida mais própria (autêntica). Inicia-
se o processo de morrer quando inicia-se concomitantemente o processo de viver. Porque
se sabe que vai morrer, é que é preciso viver. Por isto, dentro da ótica existencialista o
homem é um ser-para-a-morte dentro da acepção dada acima. Quando o homem
compreende de forma antecipada o que representa a morte é que ele pode realizar o
seu poder-ser, ao ser autentico em seu modo de existir no mundo.
Deseinsanalyse Modalidade terapêutica fundamentada na filosofia de Heidegger, na
sua hermenêutica fenomenológica. A Daseinsanalyse nasce como uma formulação crítica
às propostas terapêuticas naturalistas, deterministas, pretensamente científicas, que
pensam poder explicar o comportamento humano supostamente patológico rastreando sua
rede de causalidade até identificar os determinantes patogênicos e intervir eficazmente
mediante o emprego da técnica. É uma formulação crítica à objetificação do ente
humano, ao ofuscamento do seu ser. A Daseinsanalyse não é considerada como mais
uma escola ou teoria cujas origens remontam à ciência Psicologia. Pelo contrário, é uma
abordagem de origem estritamente filosófica, para a compreensão dos fenômenos, normais
ou patológicos, do existir humano. Uma característica singular da Daseinsanalyse é a sua
orientação fenomenológica. A Daseinsanalyse é, portanto, um novo olhar sobre os
motivos pelos quais alguém procura um psicólogo, uma nova aplicação para a
psicologia clínica baseada nos conceitos filosóficos heideggerianos. Não tem como
aplicação prática apenas o tratamento de indivíduos doentes, “loucos”, mas abre
caminho para uma prática preventiva na psicologia, que pode ser de grande ajuda
para qualquer um que busque usufruir de seus benefícios, estando a serviço daquele
que sente que a sua vida está restrita por sofrimentos, problemas e crises, os quais
demandam ajuda, zelo e compreensão por parte do terapeuta. O termo
“Daseinsanalyse” tem, no entanto, outro sentido: o de colocar em evidencia e de descrever
os fenômenos que se mostram concretamente num Dasein singular. Trata-se aqui da
Daseinsanalyse que prática o método e a análise na sua relação a um paciente. Esta
analise, dirigida a um existente singular, orienta-se necessariamente a partir dos
existenciários colocados em evidência na analítica do Dasein. O termo Daseinsanalyse
significa análise do dasein. Esse termo significa ser aí, um ser colocado no mundo com
outros seres. Daseinsanalyse é, portanto, um novo olhar sobre os motivos pelos quais
alguém procura um psicólogo. A Daseinsanalise é de ordem fenomenológica, então tende a
ver sem as deformações aquilo que se mostra a nós. A Daseinsanalyse não tem como
aplicação prática apenas o tratamento de indivíduos doentes, mas abre caminho para uma
prática preventiva na psicologia, que pode ser de grande ajuda para qualquer um que
busque obter seus benefícios, estando a serviço daquele que sente que a sua vida está
limitada por sofrimentos, problemas e crises, os quais demandam ajuda, zelo e
compreensão por parte do terapeuta. Os objetivos da terapia voltada para o dasein tornam
conhecidos os sentidos, um novo entendimento do paciente e promoção de liberdade
existencial. As posturas do terapeuta envolvem acolhimento, aproximação e aceitação em
relação ao paciente.
Desfiguração: É o encobrimento mais perigoso porque o fenômeno será modificado em
sua essência, como se este fosse ‘deformado’.
Dimensão psíquica: refere-se à forma como a pessoa vivencia sua existência no
mundo, motor de suas ações e sentimentos.
Ente: Tudo aquilo que se parametriza, tudo aquilo que é coisa, que é (Tudo aquilo que
não tem mais possibilidade). Não tem possibilidade de ser outra coisa.
Entulhado: fenômeno que foi descoberto e volta a ser encoberto parcialmente ou
integralmente.
 
Epoché: vem do grego. Redução fenomenológica. Significa suspensão do juízo
crítico advindo das teorias, através de uma análise intencional da ‘coisa em si’ para
desvelar a essência, colocar tudo em parênteses. Ela é oposta ao dogmatismo, faz
com que o pensador se oponha a ideia que existe uma verdade preestabelecida, que
precisa somente de ser descoberta e depois de descoberta, assimilada para moldar a vida.
A suspensão do juízo caracterizava a atitude dos céticos gregos, especialmente Pirro.
Epoché Cética: Para os céticos, a epoché era a única atitude capaz de levar à
imperturbabilidade. Eles afirmavam que duvidar do caráter bom ou mau de todas as coisas
leva o indivíduo a não aceitar nem rejeitar coisa alguma, tornando-se imperturbável. Epoché
Fenomenológica: Na filosofia moderna, especialmente na obra de Edmund Husserl e
outros fenomenologistas, o termo epoché adquire um significado diferente. Em vez de
efetivamente chegar a negar a existência, como faziam alguns sofistas, a epoché
fenomenológica implica a “contemplação desinteressada” de quaisquer interesses naturais
ou psicológicos na existência. Em outras palavras, a suspensão de juízo fenomenológica
não põe em dúvida a existência, como no caso dos céticos, mas se abstém de emitir juízos
sobre ela.
Essência: O invariante – aquilo que se retirar do fenômeno ele deixa de ser o que é.
É tudo aquilo que se retirar dele o destruirá. A essência é, nessa perspectiva, a maneira
como o objeto é assimilado pela consciência, tendo como referência a forma como ele se
manifesta e aquilo que ele realmente é. Usando o próprio exemplo da cadeira dado por Petrelli
(2004), a cadeira tem a sua essência nas qualidades de ser um objeto com uma base feita para se
sentar, um apoio para as costas, uma determinada altura e um número de pés que seja suficiente
para manter o seu equilíbrio. Desta maneira,a manifestação da cadeira e a sua função determinam a
compreensão e a sua apreensão pela consciência, desta forma, é possível atingir a sua essência que
no fim, “(...) são os verdadeiros instrumentos conceituais para o processamento da realidade, como
tais devem ser usadas e, como todo instrumento, submetidas à avaliação” (IDEM, p. 27). Ainda para o
mesmo autor, é possível ainda dizer que a essência é uma: [...] definição verdadeira quando revela a
essência da coisa, e a coisa não pode ser tão real, prescindindo dessa essência; [...] Fundamento
originário das coisas em contraposição às aparências e que torna compreensível a figura fenomênica,
com as suas contingentes variações (PETRELLI, 2004, p. 52-3).Como já foi dito, a essência é o
componente fundamental do objeto, sem o qual, ele não seria aquilo que ele realmente é. Por
exemplo, um jogo de futebol é praticado em sua essência com o uso dos pés com o qual se chuta a
bola em direção ao gol. Se ela fosse lançada com a mão e não com os pés (ou a cabeça), este jogo
seria outra coisa que não o futebol.. Desse modo, a essência na fenomenologia, caracteriza o objeto
e apenas ele. A essência tem relação direta com a história do objeto e, somente com ele,
permitindo desse modo que o objeto adquira uma identidade única. Esta concepção de
essência, no entanto se diferencia significativamente daquela proposta pelo materialismo dialético,
porém, devendo considerar que a perspectiva de essência para a Educação Física a partir da
fenomenologia pode envidar algumas luzes para as reflexões do campo.
Eu atributo: puro objeto, atribuitivo e substantivo, é o “fazedor”, Eu conceitual, é o Eu
construto. Tudo aquilo que guardamos em termos de passado, o vivido, o familiar é visto
socialmente como o mais importante que o atual, pois dá ao homem vários recortes sobre o
que viveu, e com isso acontecem as escolhas automáticas. O atributo que o homem carrega
o aprende a ser visto sempre daquele jeito, e assim o homem pouco produzirá, tornando-se
enfadonho. 
Eu Processo: Puro sujeito, ativo, criativo, puro processo e não tem qualidades
substantivas. Ser um ser processualmente imputa o homem dentro da sua autoconfiança, e
em sua própria capacidade em recriar continuamente o seu ser no presente e não no que
se foi ou fez. O eu processo remete ao O eu processo remete ao ‘eu sou’. ‘eu faço’.
Eu-Tu (relação), Eu-Isso (experiência), palavras-princípio, e que segundo
Buber seriam as bases da nossa existência humana. Estes conceitos sobre a relação dos
homens com os homens e dos homens com as coisas, foram apresentados, por ele, pela
primeira vez em 1923, num ensaio que ficou bastante conhecido e que foi intitulado: Ich Und
Du, ou na tradução, Eu e Tu. Para Martin Buber, um relacionamento é constituído por dois
seres que se comunicam e dialogam entre si, ao que também chamou de intersubjetividade.
Neste sentido existe o Eu-Tu, que é formado pelo sujeito-sujeito, sendo que o “Tu”
representa o mundo de cada sujeito. Já na relação do sujeito-objeto, o “Isso”, representa o
universo do objeto. Por isso mesmo, o Eu-Tu é considerado mais integral e completo, pois
representa o relacionamento entre dois seres com o todo um do outro, de forma ampla e
plena, ou seja, com seus pensamentos, sensações e sentimentos, por exemplo. Por outro
lado, o Eu-Isso se configura como a relação entre o ser com apenas uma parte do todo do
outro, num movimento mais distante e impessoal. Em resumo, podemos dizer que o Eu-Tu é
o ser inteiro e o Eu-Isso o não inteiro. Para Buber, é exatamente esta integralidade que
torna o ser humano completo. Em outras palavras, quando o melhor que habita em mim
encontra o melhor que habita em você, criamos uma relação onde a nossa mentalidade e
emoções estão alinhadas e ambas caminham na mesma direção. Para isso, é necessário
que haja um diálogo, ou seja, uma interação direta entre as pessoas, de modo que uma
integre a realidade da outra de forma ativa. Do contrário, se torna uma relação pautada pelo
Eu- Isso, ou seja, pelo distanciamento. De acordo com Martin Buber, o mundo da relação
EU-TU difunde-se em três esferas, sendo elas: a vida com a natureza, em que, mesmo que
a natureza não emita uma resposta, o seu Eu está em relação com a natureza, isto é, a
natureza se torna um Tu para o homem; a vida com os homens, a qual se constitui como
uma relação recíproca onde “[...] Meu Tu atua sobre mim assim como eu atuo sobre ele [...]”
(BUBER, 2001, p. 62); e, por conseguinte, a vida com os seres espirituais, em que se
aprimora o Tu eterno, no qual recebe uma maior atenção na Segunda e Terceira Parte da
obra “Eu e Tu”. Ao iniciar a Terceira Parte do livro “Eu e Tu”, Buber esclarece que todas as
relações se concretizam em um Tu eterno. Ressalta também, que possuímos um Tu inato,
onde se consuma inteiramente no diálogo com o Tu, que, por sua vez, de forma alguma
vem a se tornar um Isso. Os homens constantemente buscam o seu Tu eterno sob diversos
nomes. Em relação a isso, Buber esclarece que é errôneo apontar um nome correto para
Deus, pois, todos que invocam a Deus, independente do nome utilizado, buscam sempre o
mesmo Tu eterno. Destaca também, que não apenas se fala sobre Deus, mas, se conversa
com Ele.
Existencialismo: A existência precede a essência. (Premissa básica
existencialista sobre o homem) Self = Eu dinâmico – contínuo. Filosofia – Doutrina
filosófica e movimento intelectual surgido na Europa em meados do século XX,
precisamente na França. Ganhou visibilidade inicial após a Primeira Grande Guerra e se
estruturou mais consistentemente no período entre guerras. Teve como raiz os
pensamentos de Kierkegaard, este pensamento se opôs ao racionalismo vigente no século
XIX, em que se buscava definir a existência humana como algo passível de ser explicado de
modo racional e inteligível. O existencialismo e sua filosofia surgem para tratar o
homem como ser-no-mundo e não mais de forma fragmentada. Não há uma explicação
lógica e formal sobre o existir humano, e sim uma compreensão deste existir no mundo.
Pautada na existência metafísica, onde a liberdade é seu maior mote, refletida nas
condições da existência do ser. Sofreu influência da fenomenologia. Rejeita a dicotomia
sujeito (mente) e objeto (corpo, ambiente, matéria), adotando uma visão de unicidade do
ser-no-mundo. Rejeita a adoção de qualquer verdade ou realidade para um ser humano, a
menos que este participe dela, tenha consciência e relação com ela, assumindo o risco.
Rejeita a relação causa efeito como explicação dos fenômenos. A existencia é irredutivel,
não se identifica com a racionalidade nem se reduz a ela. Doutrina que não se preocupa
em dar um conceito, mas sim, uma caracterização sobre existir humano. Duas
vertentes: Existencialismo Ateu: Nega a natureza humana. Existencialismo Cristão:
Essência humana corresponde um atributo de Deus. A essência humana é construída
durante sua vivência a partir de suas escolhas, uma vez que possui liberdade incondicional.
A corrente existencialista prega que o homem é um ser que possui toda a responsabilidade
por meio de suas ações. A existência é baseada na angustia e desespero. A partir da
autonomia moral e existencial fazemos escolhas na vida e traçamos caminhos e planos.
Toda escolha implicará numa perda ou em várias, dentre muitas possibilidade que nos são
postas. A proposta existencialista é analisar o ser humano no seu todo e não dividido em
aspectos internos (sua mente, seu todo, cognição e sentimentos) e externos (seu corpo,
comportamento e ações). Principais características: A filosofia existencialista apresenta
algumas características que podem ser observadas na maior parte das ideias de diferentes
filósofos. Merecem destaque as características a seguir: A existência vem sempre antes
da essência. A essência humana é construída a partir das escolhas individuais. A
liberdade de escolhas é incondicional.O indivíduo é o único responsável por suas
próprias escolhas. As escolhas levam, inevitavelmente, as perdas. As escolhas e a
vida levam a um estado de desespero e angústia existencial. A filosofia existencial adota
como objeto de estudo a experiência do encontro imediado que se dá quando o ser humano
se defronta com o mundo, onde se “capta” sua essência (capta no sentido de construir). É
proposta pelo existencialismo a intuição como fonte de apreensão e compreensão da
experiência versus analise racional das coisas. O homem não é apenas homem, ele é um
ser de possibilidades, ele é aquilo que ele decidiu e decide ser a posteriori, num constante
projetar-se no seu poder-ser, no seu vir-a-ser o que ele quiser/puder. O homem não é uma
realidade estática e sim uma possibilidade viva. O homem irá se inventar a partir de
suas experiencias. Diferença entre Humanista e Existencial: As psicoterapias
existenciais têm base fenomenológica existencial, pois recorrem ao método fenomenológico
para compreender o outro tal como ele se apresenta e a um conceito de “existência”
oriundos da filosofia de Husserl, Heidegger e Sartre. A existência histórica é o objetivo
destas Psicologias, enquanto as abordagens humanistas têm por objetivo a vivência do
cliente e não recorrem a esta definição de existência, pois as influências históricas são
outras.
FILOSOFIA
Kierkegaard Nietzsche
Sartre Heidegger
Fenômeno: Em princípio, fenômeno é o que aparece à consciência. Fenômeno é a
manifestação do mundo dos objetos. Essa manifestação só pode acontecer na
interação da consciência com o mundo. (Na filosofia, um fenômeno designa,
simplesmente, a forma como uma coisa aparece, ou manifesta-se, para o sujeito. Ou
seja, trata-se da aparência das coisas. A concepção do termo no vocabulário da
filosofia representa, pura e simplesmente, como uma coisa aparece ou se manifesta).
Fenômeno e consciência são termos correlatos. Os objetos só existem para a
intencionalidade da consciência e esta, por sua vez, só existe para os objetos. O fenômeno
só é possível em função da intencionalidade e esta é pura direcionalidade ao fenômeno. Um
não existe senão em função do outro. E é essa circunstância que, antes de qualquer coisa,
nos leva à compreensão do processo de interação consciência-mundo, superando clássicas
dicotomias na relação sujeito-objeto. Não há sujeito sem objeto, nem objeto sem sujeito.
Fenomenologia: FENÔMENO Estudo dos fenômenos. . Método de compreensão e
ascensão ao sujeito – visto no estudo do fenômeno em si, em sua máxima
essência/verdade. A Fenomenologia é um a escola filosófica cujo pai e mestre é Edmund
Husserl. Começou na Alemanha em fins do século 19 e na primeira metade do século 20. A
fenomenologia é a junção do fenômeno (que é aquilo que se revela e que se mostra a
si mesmo e não uma mera manifestação) e do logos (o discurso). O que se entende
como sendo verdadeiro antecede o discurso, está na vivência que antecede a
percepção humana, antes da teorização sobre o percebido. Segundo a etimologia, a
fenomenologia é o estudo ou a ciência do fenômeno. Como tudo o que aparece é fenômeno,
o domínio da fenomenologia é praticamente ilimitado e não poderíamos, pois, confiná-la
numa ciência particular. É o estudo de um conjunto de fenômenos e como se
manifestam. Consiste em objetivar a essência das coisas e como são percebidas no
mundo. Não existe consciência pura em si, todo fenômeno psíquico, ou seja, se refere
a um conteúdo, pende em uma direção ou um objeto. A experiência pessoal é
subjetiva é o fundamento sobre qual o conhecimento é construído, é a ênfase do ponto de
vista do sujeito, afirmando a subjetividade e a relatividade do objeto. O foco da
fenomenologia não é o mundo que existe, mas sim o modo que cada conhecimento
do mundo se dá e se realiza para cada pessoa. É a visão do mundo que o individuo
tem. O objeto do método fenomenológico é aprender a essência das coisas e como
surgem na consciência. É abstrair-se de crenças, ideologias, preconceitos, julgamentos
apriorísticos e entregar-se por inteiro. É um retorno à intuição e a percepção da essência.
Edmund Husserl é considerado o pai da fenomenologia. O psiquismo humano é da
ordem de ser compreendido e não explicado pois é um dado imediato que não carece ser
construído. O que não é fenômeno é encobrimento. O fenômeno pode se manter
encoberto, por justamente nunca ter sido descoberto. Tais fenômenos só o são para uma
consciência, bem como a essência é aquilo que é alvo de uma visada significação. Deste
modo, a consciência é sempre consciência de algo, eu objeto sempre objeto para uma
consciência. Para a abordagem existencial e na gestalt (‘braço’ da existencial), a
fenomenologia procura compreender o acontecimento em vez de ligá-lo a causas
mecânicas. Compreender é diferente de explicar. Compreender um comportamento é
percebê-lo do interior, do ponto de vista da intenção que o anima. 
MÉTODO
Husserl Merleau-Ponty
Sartre Heidegger
Fronteiras de contato: Tem a função básica de discriminar eu/mundo. Ref.: livro 14,
pág.53. “Não é tanto uma demarcação física, mas sim um conceito funcional que se refere
à diferenciação e à interdependência dos elementos” Ref.: livro 15, pág. 49. “A fronteira-do-
eu (fronteira do ego) de uma pessoa é a fronteira daquilo que é para ela contato
permissível… Dentro da fronteira-do-eu o contato pode ser feito com facilidade e encanto, e
resulta num confortável senso de gratificação e crescimento. Na fronteira-do-eu, o contato
se torna mais arriscado e a probabilidade de gratificação é menos certa… Fora da fronteira-
do-eu, o contato é quase impossível… O modo pelo qual uma pessoa bloqueia ou permite a
consciência e a ação na fronteira-do-contato é o seu modo de manter o senso dos seus
limites. ” Ref.: livro 36, pág. 109.
Gestalt-terapia: A Gestalt ou Teoria da Forma é uma corrente de pensamento que
propõe que a simples união das partes não explica o todo. A percepção humana é
estruturada e organizada e, por isso, não deve ser reduzida a elementos menores. Assim,
“Gestalt” é uma palavra alemã que não possui uma tradução direta na língua portuguesa.
Entretanto, é possível extrair alguns significados aproximados, como: forma, padrão,
configuração ou totalidade. O ser humano para a Gestalt-terapia é um todo indivisível,
biológico, psíquico e social, e dinâmico. Suas experiências acontecem no campo organismo/
ambiente. Campo que não deve ser entendido como uma soma de organismo mais
ambiente, e sim como uma interação entre forças com múltiplos potenciais de transformação
mútua. A Gestalt-terapia é uma abordagem focada no aqui e no agora, buscando examinar
as situações como elas se apresentam no presente. O passado não é todo negado, mas é
investigado pelo modo que ele se manifesta no momento atual. É apenas no momento
presente que a pessoa pode agir, então todo o trabalho é feito partindo do momento atual
para que o(a) cliente possa modificar aquilo que gera incômodos.
Hierarquia das necessidades: A hierarquia de necessidades de Maslow é uma
divisão hierárquica proposta por Abraham Maslow, em que as necessidades de nível mais
baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada um tem que
“escalar” uma hierarquia de necessidades para atingir a sua autorrealização. Essa
hierarquia consiste de cinco níveis, que se dividem da seguinte maneira: Fisiológica (,
segurança, sociais, estima, cognitiva, estética, autorrealização.
Humanismo: Ética (movimentos que passaram a fazer alusão ao homem) A
ESSÊNCIA PRECEDE A EXISTÊNCIA (Premissa básica humanista sobre o homem).
Entende-se essência como sendo todas as características ontológicas do ser humano, que o
faz ser humano – características universais. Isto antecede a existência concreta decada ser
humano dada a partir do nascimento de cada um de nós. A explicação dessa preposição se
dá no fato de que a essência a que se refere o humanismo é a do ser humano – o homem,
aquilo que o faz ser o que ele é – suas questões e características ontológicas universais e
que definem o homem enquanto homem e não como um animal. Essa essência universal
sempre precederá a existência de qualquer homem, contudo, ao passo de cada um dos
seres humanos, ao existirem (nascerem), estes poderão compor a sua essência particular,
singular, própria de cada um. A Psicologia Humanista surgiu na década de 50 e ganhou
força nos anos 60 e 70, como uma reação às ideias de análise apenas do
comportamento, defendida pelo Behaviorismo e do enfoque no inconsciente e seu
determinismo, defendido pela Psicanálise. O movimento humanista reaparece com o
advento do Renascimento quatrocentista, com o enaltecimento dos valores éticos e
estéticos próprios da antiguidade clássica. Ganha o nome de humanismo qualquer
movimento que faça alusão ao homem, sua origem e suas características. A grande
divergência com o Behaviorismo é que o Humanismo não aceita a ideia do ser humano
como máquina ou animal, sujeitos aos processos de condicionamento. Já em relação à
Psicanálise, a reação foi à ênfase dada no inconsciente, nas questões biológicas e eventos
passados, nas neuroses, psicoses e na divisão do seu humano em compartimentos. Esse
movimento propõe uma visão mais holística do ser humano. Em vez manter o foco nos
problemas, a Psicologia Humanista busca compreender a integralidade do indivíduo. Nessa
jornada de autoconhecimento, diversos fatores entram em cena: a saúde física, a
personalidade, os anseios diários, a criatividade e muito mais. Assim, o objetivo é a
transformação pessoal em todas as esferas da vida. Não é uma teoria específica, abrange
uma variedade de teorias e técnicas psicoterápicas como Gestalt-terapia, abordagem
centrada de a Daseinsanalise. A sua origem pende para o essencialismo. A crença
fundamental da psicologia humanista é que as pessoas são naturalmente boas e que os
problemas mentais e sociais resultam de desvios dessa tendência natural. O humanismo
também sugere que as pessoas estão motivadas a seguir coisas que vão ajudar a conseguir
alcançar seu potencial como seres humanos. Para o humanismo o homem é um ser de
potencialidades que pode se autoatualizar e se autorealizar, em contraponto ao
existencialismo que apontará para o homem como um ser de possibilidades e criador
de si mesmo.
ÉTICA
Maslow Rogers
Allport Murphy
Incongruência: vem da abordagem humanista de Carl Rogers à psicologia, e reflete a
diferença entre a autoimagem de uma pessoa e a experiência real. A incongruência ocorre
quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência e a comunicação desta.
É definida não só como inabilidade de perceber com precisão, mas também como
inabilidade ou incapacidade de comunicação precisa. É raro para os indivíduos se sentirem
congruentes em todas as áreas de sua vida. A abordagem de Carl Rogers para a psicologia
sugere que os humanos querem experimentar e se comportam de maneira que são
consistentes com a sua autoimagem e o que gostariam de ser, seu self ideal. No entanto,
quanto mais distantes essas duas coisas são, mais incongruente um indivíduo se
sente. Quando isso acontece, os seres humanos usam mecanismos de defesa tais como
a negação para se sentir menos ameaçados. Quando a incongruência está entre a tomada
de consciência e a experiência, é chamada repressão. A pessoa simplesmente não tem
consciência do que está fazendo. A maioria das psicoterapias trabalha sobre este sintoma
de incongruência ajudando as pessoas a se tomarem mais conscientes de suas ações,
pensamentos e atitudes na medida em que estes as afetam e aos outros. Quando a
incongruência é uma discrepância entre a tomada de consciência e a comunicação a
pessoa não expressa o que está realmente sentindo, pensando ou experienciando. Este tipo
de incongruência é muitas vezes percebido como mentiroso, inautêntico ou desonesto, mas
a experiência mostra que nem sempre esta conclusão é verdadeira, aludindo mesmo uma
inabilidade em expressão ou até em tomar consciência. A incongruência pode ser sentida
como tensão, ansiedade ou, em circunstâncias mais extremas, como confusão interna. Um
paciente internado em hospital psiquiátrico que declara não saber onde está, em que
hospital, qual a hora do dia, ou mesmo quem ele é, está exibindo alto grau de
incongruência. A discrepância entre a realidade externa e aquilo que ele está
subjetivamente experienciando tomou-se tão grande que ele não é capaz de atuar. 
Intencionalidade da CONSCIÊNCIA Na Quinta Investigação de Investigações
Lógicas, Husserl (2012, p. 295ss) apresenta três possíveis significados para definir a
consciência: 1) relação das vivências psíquicas verificáveis no fluxo das vivências;2)
percepção interna das próprias experiências;3) vivência intencional. Será nesse terceiro
sentido que ele direcionará a sua pesquisa fenomenológica da intencionalidade. Em outras
http://psicoativo.com/2016/01/mecanismo-de-defesa.html
http://psicoativo.com/2016/01/negacao-na-psicologia-negacao-freudiana.html
palavras, Husserl define consciência como unidade de vivências – totalidade de atos
intencionais de significâncias. A intencionalidade enquanto característica fundamental da
consciência abrirá portas significativas no desenvolvimento do pensamento husserliano.
Para o filósofo, toda consciência é intencional por efetivamente se direcionar para
algo, de tal modo, toda consciência é consciência de um objeto intencional de uma
visada, “todos os vividos que têm em comum essas propriedades eidéticas também
se chamam ‘vividos intencionais’, uma vez que são consciência de algo, eles são
ditos ‘intencionalmente referidos’ a esse algo” (HUSSERL, 2006, p. 89). A consciência
não é pura é consciência de algo ou de alguém, em relação com o mundo. A consciência
não é um receptáculo passivo, ela é ativa, intencional e doadora de sentido a consciência
não é uma substância física ela é um fluxo dinâmico e temporal. A consciência não é
sinônimo de racionalidade, ela é uma dinâmica que abrange fenômenos pré-reflexivos
(vivências de fundo) e reflexivos. A consciência não é um lugar físico, nem um lugar
específico, nem é de caráter espiritual ou psíquico. É como um ponto de convergência das
operações humanas, que nos permite dizer o que estamos dizendo ou fazer o que fazemos
como seres humanos. Consciência e objeto são co-originais, pois eles não são
entidades separadas mas se definem sempre a partir da correlação entre eles. Por
isso a consciência é intencional e se articula sempre em ser consciência de algo e
objeto é sempre objeto para uma consciência.
Liberdade Segundo a concepção existencialista, especialmente em Jean-Paul
Sartre (1905-1980), a liberdade está relacionada com as escolhas que fazemos. Ele
entende que toda pessoa é livre, pois fazemos escolhas a todo o momento, e não há
como não ser livre, pois não há como não escolher. Para o existencialismo, a
liberdade não é entendida como uma coisa, ou um objeto, que num momento se tem e
em outro não se tem mais. A liberdade é constitutiva da existência humana, para
Sartre o homem é liberdade. E essa liberdade consiste justamente na possibilidade e
também na constante necessidade de fazer escolhas a todo o momento. Para o
filósofo, o homem está condenado a ser livre e toda a sua existência decorre desta
condição. Assim, frente a uma decisão, o homem percebe o seu total desamparo, já que
não há nada que possa salvá-lo da tarefa de escolher; em suma, nada pode salvá-lo de si
mesmo – diria Jean-Paul Sartre. Desse modo, o ser humano, fundamentando-se na suaestrita liberdade, vê-se a todo instante compelido a se inventar, posto que são suas
escolhas que constroem a sua essência. Diante desta condição, cabe somente a ele
estabelecer, através de suas ações concretas, os critérios que servirão de norte para as
suas decisões, explica Sartre. Não há nada que possa eximir o homem da sua condição de
ser livre e, consequentemente, da sua condição de responsabilidade diante de seus atos.
Barreiras psicológicas, históricas ou socioeconômicas não são capazes de ofuscar a
liberdade a qual Sartre se refere, pois estas nada mais são do que as condições de
existência que possibilitam escolher por A ou B; sem tais condições, a escolha seria
impossível; mais do que isso: toda a existência seria impossível. Para que a liberdade
exista, é necessário que existam as condições que possibilitem a sua existência, isto é, que
possibilitem o ato da escolher, mas que também, por outro lado e ao mesmo tempo, limitem
as possibilidades dessa escolha.
Logoterapia: A Logoterapia e Análise Existencial é conhecida como a Terceira Escola
Vienense de Psicoterapia, sendo a Psicanálise Freudiana a Primeira e a Psicologia
Individual de Adler a Segunda. O termo “logos” é uma palavra grega que significa “sentido”.
Assim, a “Logoterapia concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca
da pessoa por este sentido” (Frankl). “Para a Logoterapia e Análise Existencial, a busca de
sentido na vida da pessoa é a principal força motivadora no ser humano”... “A Logoterapia é
https://www.ex-isto.com/search/label/Sartre
https://www.ex-isto.com/search/label/Sartre
considerada e desenhada como terapia centrada no sentido. Vê o homem como um ser
orientado para o sentido”. (Frankl). O homem sempre procurou dar um sentido à sua vida e
aprofundar-se em sua existência. A frustração dessa necessidade é um sintoma do nosso
tempo. O sofrimento e a falta de sentido configuram o vazio existencial que muitos
experimentam. Para esse mal, Frankl foi desenvolvendo durante décadas a Logoterapia e
Análise Existencial. A Logoterapia e Análise Existencial busca restituir a imagem do homem
superando reducionismos, através de sua visão bio-psico-espiritual. A Logoterapia e Análise
Existencial do Dr. Frankl vêm com a proposta de uma escola psicoterápica que pretende
superar o reducionismo e condicionamentos, contribuindo com uma visão do ser humano
mais completa, de um ser livre e responsável, que constrói a sua história, que se posiciona
diante dos condicionamentos biológicos, psicológicos e sociológicos. Traz uma teoria mais
otimista e humanizadora. Faz uma proposta que não se limita à Psicologia, mas abrange
todas as áreas da atividade humana e busca resgatar aquilo que é especificamente humano
na pessoa, sua liberdade para além das circunstâncias, sua responsabilidade perante algo
ou alguém e a autotranscedência como ser dirigido para além de si, aberto para encontrar
sentido em qualquer situação e realizar valores. Frankl teorizou que o indivíduo pode
encontrar um sentido para sua vida por três vias: (1) criando um trabalho ou realizando um
feito notável, ou ao sentir-se responsável por terminar um trabalho que depende
fundamentalmente de seus conhecimentos ou de sua ação, (2) experimentando um valor,
algo novo, ou estabelecendo um novo relacionamento pessoal. Este é também o caso de
uma pessoa que está consciente da responsabilidade que tem em relação a alguém que a
ama e espera por ela; e (3) pelo sofrimento, adotando uma atitude em relação a um
sofrimento inevitável, se tem consciência de que a vida ainda espera muito de sua
contribuição para com os demais. Nestes três casos, a resposta do indivíduo então deixa de
ser a perda de tempo em conversas e meditação, e se torna a ação correta e a conduta
moral objetiva.
Má fé pode ser compreendida como o ato de mentir para si mesmo, mas um mentir que
não comporta a dualidade do enganador e do enganado, pois, aquele que é enganado
é também consciente da verdade que deseja suprimir. Porém, a má-fé tem por sua
natureza mesma a característica de negar-se como má-fé, sendo um processo de constante
e frustrado esforço, uma vez que, para que se possa fugir de algo que se faz presente na
própria consciência, é necessário que se pense constantemente nesse algo; isto é, o projeto
da má-fé consiste em encarar certo aspecto do ser com a pretensão de dele fugir, num só
movimento; obviamente, na consciência, tal objetivo é impossível de ser realizado e, por ser
impossível, a má-fé nunca se encerra em seu objetivo. Podemos compreender a má-fé
como a tentativa de transferir responsabilidades que concernem unicamente ao
indivíduo; ou seja, ao atribuir exclusivamente a fatores sociais, metafísicos, históricos
ou até inconscientes o fundamento e as responsabilidades de sua escolha, o
indivíduo se encontra no estado de má-fé, pois tais fatores exercem influência na sua
decisão ao determinarem as possibilidades de escolha; contudo, cabe somente a ele
optar, por meio de sua liberdade, por qual possibilidade lhe é mais adequada. Aqui,
não há como fugir; só há espaço para a subjetividade do sujeito, ou seja, para o seu
próprio nada de ser, e qualquer tentativa de preencher este espaço vazio será aqui
denominada de má-fé.
Moral do Senhor Moral do escravo
(moralidade mestre ou moral nobre) (Moral de rebanho)
A moral do senhor é a que afirma a força, a 
alegria e a saúde. Entendidas aqui como 
manifestações da vontade de
poder, das forças vitais.
A moral do escravo é a que nega a 
força, da alegria e da saúde. Daquele 
que esconde por trás da sua aparente 
piedade, humildade e abnegação sua 
covardia e seu ressentimento com a 
vida.
A moral da força de vontade. da moral do 
senhor é sentimento. a moral do senhor se 
origina no forte.
a moral de escravos é baseada em 
ressentimento – desvalorizando o que o 
mestre valora e o escravo não possui. A
moral escrava tem origem no fraco.
A moralidade do senhor valoriza o orgulho, 
força e nobreza, Os mestres ou senhores 
são criadores de moralidade.
a moral dos escravos valoriza coisas 
como a bondade, humildade e simpatia. 
Escravos respondem à moralidade 
mestre com sua moralidade escrava.
Moralidade mestre pesa ações em uma 
escala de consequências boas ou más (ou 
seja, virtudes clássicas e vícios, o 
consequencialismo)
Moral dos escravos é criada em 
oposição ao que os valores da moral 
mestre consideram como ‘bom’. Moral 
de escravos não visa exercer sua 
vontade pela força, mas pela cuidadosa 
subversão.
Outras qualidades que muitas vezes são 
valorizadas na moralidade mestre são 
abertura de espírito, coragem, honestidade, 
confiança e um senso exato de sua 
autoestima.
A moral do escravo é caracterizada pelo
pessimismo e cinismo. a moral de 
escravos ser uma reação à opressão, 
ela vilipendia seus opressores. A 
essência da moral dos escravos é 
a utilidade: o bem é o que é mais útil 
para toda a comunidade, não o forte.
Moralidade do senhor começa no ‘homem 
nobre’ com uma ideia espontânea do bom, 
então a ideia de mau se desenvolve como o
que não é bom. “
A moral de escravos pesa ações em 
uma escala de boas ou más intenções 
(por exemplo, virtudes e vícios cristãos, 
deontologia kantiana).
A moral mestre é o reconhecimento 
completo que se representa a medida de 
todas as verdades morais. Na medida em 
que algo é útil para o homem de 
temperamento forte, é parecido com o que 
ele valoriza em si mesmo; Portanto, os 
valores do homem de vontade forte são 
coisas tão boas porque o ajudam em um 
processo ao longo da vida 
de autorrealização através da vontade de 
poder.
A moral do escravo não procura 
transcender os mestres, mas torná-los 
escravos também.
Nietzsche critica a visão, que ele identifica 
com a ideologia contemporânea britânica, 
de que o bem é tudo o que é útil, e mal é 
tudo o que é prejudicial.
“O movimentodemocrático é o herdeiro 
do Cristianismo.” A manifestação 
política da moral dos escravos por 
causa de sua obsessão com liberdade e
igualdade.
“Não existem fenômenos morais em 
absoluto, apenas interpretações morais de 
fenômenos.” Para os homens de 
temperamento forte, o ‘bom’ é o nobre, forte
e poderoso, enquanto o ‘mau’ é o fraco, 
covarde, tímido, e mesquinho. A essência 
da moralidade mestre é nobreza.
Objeto: Objeto é tudo aquilo que é intencionado, quer sua natureza seja real, ideal
ou fictícia. Temos objetos reais (caneta), ideais (linguagem lógico-matemáticas) e
imaginários em geral. Tudo que é mostrado à consciência é objeto. Tudo que imagino é
objeto. Portanto, o mundo dos objetos é constituído de tudo aquilo que é manifestado à
consciência. 
Ôntico Em filosofia, especialmente a partir de Heidegger e Kant, o ôntico diz respeito
ao ente, ao imanente, ao fenomênico (fenômeno: do grego fanós, aquilo que aparece),
àquilo que os sentidos nos mostram. O ôntico é o superficial que fundamenta o senso
comum. É o que todo mundo vê. Ir além do ôntico significa, por isso, exercitar-se na
constante busca das raízes dos acontecimentos, das causas de tudo o que acontece no que
se chama “realidade”.
Ontológico diz respeito ao ser, ao que está por trás e além do fenomênico. O ontológico
pressupõe sair do comum e buscar enxergar o que nem todo mundo vê. Para a
fenomenologia, cada ser possui uma especificidade ontológica, o que implica diferentes
formas de se manifestar no mundo e de realização de si (Critelli, 1996). O homem é
ontologicamente diferente dos demais seres, tendo recebido, na sua humanidade, condições
específicas para dar conta da própria vida, sustentá-la e ampliá-la. Ele é um feixe de
possibilidades, sempre em aberto, podendo transcender e surpreender a si mesmo, lançado
no mundo sem o controle da vida e sem certezas sobre o seu destino.
Percepção: Perceber é perceber algo. A percepção será sempre percepção de
alguma coisa, seja essa coisa real – o livro que está diante de mim – seja ela ideal ou
fictícia – as linguagens lógico-matemáticas ou as criações imaginárias. A ideia de
percepção na fenomenologia é um pouco diferente daquilo que os psicólogos apregoam
como percepção. O perceber integra a vida do ser humano. Vivemos orientados pela
percepção. Ou seja, a percepção é o caminho da realização da nossa existência. Mas,
para a fenomenologia, nós percebemos não as coisas, mas “estados de coisas”. Se a
palavra de ordem da fenomenologia é o “retorno às coisas mesmas”, na pureza das suas
manifestações enquanto fenômenos puros, a nossa percepção do mundo se envolve com
“coisas” e não com fatos com os quais se comprometem as ciências naturais. 
Polo noético (do lado do sujeito – atividade da consciência) e Polo noemático (do
lado da coisa – o objeto constituído pela atividade da consciência – intuído – compreendido
até o invariante).
Psicodrama: O psicodrama é uma técnica psicoterápica desenvolvida pelo psiquiatra
romeno Jacob Levy Moreno com a finalidade de propiciar uma ação dramática no
indivíduo. Acredita-se que é através da dramatização que o indivíduo entrará em
contato consigo mesmo, com suas estruturas e inter-relações. A principal
característica do método é a dramatização. Durante a sessão, esse processo pode ser
feito de modo grupal ou individual; o coordenador convida o sujeito a protagonizar
uma situação conflituosa e realiza intervenções específicas a fim de aprofundar as
relações e vínculos no aqui e agora. De acordo com Moreno (2003, p. 47), “o psicodrama
procura, com a colaboração do paciente, transferir a mente ”para fora” do indivíduo e
objetivá-la dentro de um universo tangível e controlável”. O autor esclarece que é um
método de diagnóstico, bem como de tratamento. Uma de suas características é
incluir a representação de papéis, que pode ser aplicada a qualquer tipo de problema,
pessoal ou de grupo, crianças ou adultos. A teoria dos papéis situa-se no conjunto da
teoria moreniana, que sempre se refere ao homem em situação, imerso no social, buscando
transformá-lo através da ação (SANTOS, 2008). a teoria psicodramática encontra-se
pautada em três pilares básicos, situados como técnicas e recursos terapêuticos:
teoria de papéis, teoria da espontaneidade/criatividade e matriz de identidade.
Redução Eidética: reduzir, selecionar e descartar as muitas variáveis até chegar à
intuição da essência – aquilo que é, que não variará – que é e advém de uma interioridade.
Self: Para Rogers, Self é o autoconceito que a pessoa tem de si mesma, que é
baseada em experiências passadas, estímulos presentes e expectativas futuras. Self é
o contínuo processo de reconhecimento. Rogers enfatiza muito as possibilidades de
mudança e a flexibilidade que são conceitos que fundamentam sua teoria e sua crença de
que as pessoas são capazes de crescimento, mudança e desenvolvimento pessoal. Neste
sentido, a personalidade saudável é aquela que está mais plenamente consciente do self
contínuo. A ideia de “funcionamento ótimo” preconizada por Rogers é sinônimo das noções
de adaptação psicológica perfeita, da maturidade e da abertura total à experiência. Todas
essas características têm caráter de um processo dinâmico.
Self ideal: pode ser conceituado como o conjunto de características que o
indivíduo gostaria de ter, isto é, uma visão ideal de si mesmo. A extensão da diferença
entre o Self e o Self ideal é um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades
neuróticas, por isso o self ideal pode se tornar um obstáculo ao desenvolvimento
pessoal. A aceitação de si mesmo como se é na realidade, e não como se quer ser, é um
sinal de saúde mental. Esta aceitação de si mesmo não implica em resignação, mas sim
como meio de estar mais próximo da realidade, pois é somente a partir do reconhecimento
de suas características reais é possível buscar meios eficazes para o desenvolvimento.
Teista
Tendência à autoatualização: Esta tendência atualizante configura um dos
pressupostos principais da teoria rogeriana, que sugere que há um impulso inato dentro de
cada ser humano voltado para o desenvolvimento pleno de suas potencialidades. É este
impulso que conduz todo o organismo a desenvolver-se, tornar-se autônomo, amadurecer a
https://psicologado.com.br/abordagens/psicodrama/uma-compreensao-sobre-o-psicodrama
tendência a expressar-se e ser responsável por ativar todas as capacidades do organismo,
na medida em que tal ativação valoriza o organismo ou o self. Rogers compreende o
impulso em direção à saúde como força motriz numa pessoa que está funcionando de modo
livre, não paralisada por eventos passados ou por crenças correntes que mantinham
incongruência.
“tornar-se um si mesmo” (VATER, 1997) remete a uma ideia importante no
pensamento kierkegaardiano. Na obra A doença para a morte, de 1849, é dito que: “O si
mesmo é a síntese consciente de infinitude e finitude, que se relaciona consigo mesmo, cuja
tarefa é tornar-se si mesmo” 1 . Significa dizer que o si mesmo pode ser considerado como
o espírito, e também como a relação do indivíduo consigo mesmo. Não é um ele ou um ela:
é o quê e o quem das coisas. Não é algo que possa ser reduzido ao conhecimento de um
conceito. É a própria existência que nunca cessa de devir. 
Umwelt (mundo da circunvizinhança/mundo ao redor) define-se como a
esfera das necessidades biológicas, dos impulsos e dos instintos, isto é, “o mundo da
limitação e do determinismo biológico” (May, 2000, p. 139), mundo do corpo, mundo do
fisiológico e biológico, mundo das coisas, mundo natural – é um mundo imposto – dos ciclos
(ajustamento e adaptação são precisas. Ex: estou com fome, alimentarei – ajuste,
adaptação precisa à necessidade. O ajuste é feito entre eu e o objeto ou entre objeto e o
objeto). Mitwelt(mundo compartilhado/com o mundo) é o mundo dos
relacionamentos sociais e da partilha de valores, da interação comunitária.
Corresponde ao mundo dos seres semelhantes, de um mesmo tipo, mundo
interpsiquico/interpessoal (o ajustamento é mais complexo e não é exato, pois há o
relacionamento. Ex: se eu imponho que a pessoa se ajuste a mim eu não a tomo como
ser e sim como instrumento, e mesmo que eu faça este ajuste comigo mesmo, me
colocarei como objeto. Se o ser humano se torna objeto, por exemplo um objeto
sexual, não se pode mais falar em pessoa e sim objeto). Eigenwelt (mundo
próprio) pode ser compreendido como o mundo da percepção de si mesmo, do
autorelacionamento, que é possibilitado pela capacidade de autoconsciência do ser
humano. O mundo intrapsiquico, eu comigo mesmo (O mundo próprio envolve a
percepção de si mesmo – autoconsciência, autorelacionamento. É a base em que se
ancora tal mundo, visto naquilo ou em alguém, no que isto significa para a pessoa.
Ex: Para mim esta flor é linda. O para mim é próprio do eigenwelt e muito na
modernidade e no mundo ocidental a separação entre sujeito e objeto põe a mesma
máxima no seguinte tom – a flor é linda, vista em separado de quem a toma como
linda). Os três mundos se relacionam simultaneamente e de modo interdependente e
articulados entre si. Há de se considerar que é possível perder a realidade de ser no
mundo quando um dos modos de ser sobrepõe aos outros dois. Outro apontamento
importante se dá com relação à compreensão psicológica do amor, visto que somente um
indivíduo pleno consigo mesmo – eigenwelt – aquele que se transformou em um ser
verdadeiro, um ‘ser solitário em plenitude de ser consigo mesmo’ possa ter essa experiência
de cunho amorosa.
Variação Eidética: imaginar, criar, supor várias e possíveis variações de um mesmo
objeto até o dado limite que o próprio objeto não se configura mais enquanto tal.
Velamento: O fenômeno se mantém encoberto por nunca ter sido desvelado,
descoberto, percebido, intuído, muito menos compreendido ( objetivo da fenomenologia –
compreender em sua transparência – como ele é em si). Neste caso ‘o’ se conhece e nem
‘o’ desconhece.
Vida autêntica é um agir fundamentalmente livre, e neste sentido, comprometido
com um projeto humano que inclui suas circunstâncias - facticidades; bem como, sua
responsabilidade de fazer-se mediante a coexistência . Em um sentido amplo, de
acordo com Olson “a vida autêntica é a que se baseia numa apreciação exata da
condição humana” (1970, p. 157). A inautenticidade, por outro lado, converte o homem
em algo diluído e sem face - estrangeiro a si - denominada aqui de impessoal. O que
surge desta situação é o projeto humano naufragado na dimensão definida pelo nós. O nós,
então, submete o homem à coletividade. O habitual, o costumeiro, se dá impedindo o
diálogo e massificando o homem-sujeito. A expressão autenticidade na filosofia existencial
denota o modo de ser do homem que se funda numa consciência autônoma
Principais Teóricos Existencialistas: 
Soren Kierkegaard (séc. XIX) Considera e discute questões como o desespero, a
inconsciência, a consciência, a angústia, as posições psicológicas da liberdade e da não
liberdade. Para o autor a verdade humana é extensa, paradoxal, complexa, indefinida e
sempre em devir. Como o autor tem sua vida muito ligada a religiosidade, ele parte da
leitura religiosa para compor importantes discussões sobre o existir humano. Através de
Gênesis 2:15-17 “… os frutos da árvore do bem e do mal não comerás”, passagem esta que
demonstra a saga de Adão e Eva, surge a primeira proposição kierkegaardiana sobre a
angustia do homem.
Friedrich Nietzsche (séc. XIX)
Jean Paul Sartre (séc. XX)
Karl Jaspers (séc. XX)
Gabriel Marcel (séc. XX)
Ludwig Binswanger (Daseinsanalise)
Medard Boss (Daseinsanalise)
Principais Teóricos Humanistas: 
Carl Rogers (Abordagem centrada na pessoa)
Frederick Perls (Gestalt-terapia)
Erich Fromm
Rollo May
Abraham Maslow 
Principais Teóricos Fenomenológicos: 
Husserl Uma das maiores influências sobre o pensamento de Edmund Husserl foi a de
Descartes. Formado em matemática, logo que formado foi influenciado e levado para a
filosofia por Franz Bretano (filósofo especialista nos saberes e tradição aristotélica e no
estudo dos textos gregos). Husserl se dispõe a se dedicar ao estudo científico da filosofia e
de comum acordo com a ideia de rigor de Descartes, vai propor o método
fenomenológico calcado na proposta de uma base consistente de racionalidade. Seu
método vai se valer da proposição máxima da manutenção do dinamismo intencional
de uma consciência sempre aberta, não fechando suas ideias em sistemas fechados e
acabados. Husserl visa fundamentar a lógica e fundamentar a própria filosofia como sendo
a filosofia das ciências.
Merleau Ponty
Jan Hendrik Van den Berg
Martin Buber
Jacob Levy Moreno
Viktor Frankl
Martin Heidegger (séc. XX) usa o método fenomenologico – se ancora na perspectiva 
ontológica = o ‘ser’ pelo ser, o ‘ser’ pelo seu sentido.

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