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AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS AULA 2 2022.3 SLIDES UTILIZADOS NA AULA DO DIA 30/9/2022 Profa. Gabriela Farias Asmus I. ORIGENS DA AIA PRINCIPAL REFERÊNCIA: CAP 2 (SANCHEZ) ORIGEM DA AIA AIA: é um instrumento de política ambiental adotado por países, regiões, governos locais, entidades privadas, Banco Mundial, etc. Surgiu como atividade obrigatória nos EUA dia 01 de Janeiro de 1970 em decorrência da National Environmental Policy Act (NEPA). Resultante de um processo político que buscou atender a uma demanda social que estava mais madura nos EUA ao final dos anos 1960. União Europeia adota AIA em 1985. A difusão internacional da AIA aconteceu de maneira generalizada, uma vez que o estilo de desenvolvimento adotado engendra formas semelhantes de degradação ambiental. ORIGEM DA AIA Durante a conferência da Rio 92, várias convenções citavam/recomendavam o uso de AIA, como a Convenção sobre Diversidade Biológica, a Convenção sobre a Mudança do Clima, além dos próprios textos da Agenda 21 e da Declaração do Rio. Principais diretrizes: O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam atendidas equitativamente as necessidades de desenvolvimento e de meio ambiente das gerações presentes e futuras. Para alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção ambiental constituirá parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente deste. A avaliação de impacto ambiental, como instrumento nacional, deve ser empreendida para atividades propostas que tenham probabilidade de causar um impacto adverso significativo no ambiente e sujeitas a uma decisão da autoridade competente. Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Declaração do Rio, Rio de Janeiro, 1992 AIA NO BRASIL Década de 1970: marcada pelo significativo crescimento da atividade econômica e pela expansão das fronteiras econômicas internas. Aumentaram os investimentos governamentais para grandes projetos de infraestrutura: Transamazônica, Itaipú No meio acadêmico, já se iniciavam pesquisas sobre impactos ambientais de grandes projetos, como as barragens no baixo curso do Rio Tietê. Em termos de institucionalização, a AIA chegou ao Brasil por meio das legislações estaduais de RJ e MG. Em 1981 surgiu o termo Avaliação de Impacto Ambiental, pela primeira vez, na Política Nacional do Meio Ambiente, em seu art. 4º. Em 1988, o termo se fortalece na Constituição Federal. II. EMBASAMENTO LEGAL CAP. 3 – LEITURA ORIGATÓRIA Zoneamento industrial Lei Federal nº 6.803/1980 Dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial em áreas críticas de poluição e exige a elaboração de EIA para a implantação de indústrias em zonas de uso estritamente industrial Política Nacional de Meio Ambiente Lei Federal 6.938/1981 Instituiu a avaliação e impacto ambiental e o licenciamento ambiental. O EIA é tratado como instrumento da política ambiental (art. 9º, III), exigível para projetos ou empreendimentos potencialmente causadores de poluição, sejam públicos e particulares, urbanos ou rurais, em áreas críticas de poluição ou não. Criou SISNAMA, CONAMA UM POUCO SOBRE EMBASAMENTO LEGAL UM POUCO SOBRE EMBASAMENTO LEGAL Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. (Constituição Federal 1988) Decreto Federal nº 88.351/1983 (Substituído pelo Decreto nº 99.274/1990) Regulamenta a Lei 6.938/1981 Estabeleceu a vinculação entre o licenciamento e a AIA Outorga ao CONAMA a competência de fixar critérios básicos para EIA e RIMA Resolução CONAMA 001/1986 (Revisto pela Resolução nº 237/1997) Estabeleceu as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da AIA Define as diretrizes gerais e as atividades técnicas a serem desenvolvidas pelo EIA (arts. 5º e 6º) e a necessidade de equipe multidisciplinar para sua elaboração (art. 7º) Estabelece o conteúdo e procedimentos do RIMA (arts. 9º, 10 e 11) UM POUCO SOBRE EMBASAMENTO LEGAL Resolução CONAMA nº 009/1987 Disciplinou a realização de audiências públicas já previstas na Resolução 001/1986 Resolução CONAMA 237/1997 Estabeleceu procedimentos, definições, competências e exemplificou o que deve ser licenciado. Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001) Institui o Estudo de impacto de vizinhança como instrumento de política urbana UM POUCO SOBRE EMBASAMENTO LEGAL LICENCIAMENTO AMBIENTAL É uma autorização obrigatória para atividades que utilizem recursos ambientais ou tenham o potencial de causar degradação ambiental. Tem caráter preventivo, pois seu emprego visa evitar a ocorrência de danos ambientais. Começou em alguns estados na década de 1970 e foi tardiamente incorporado na PNMA. O licenciamento acontece em uma série de etapas: Licencia Prévia Licença de Instalação Licença de Operação Licença Desativação UM POUCO SOBRE EMBASAMENTO LEGAL LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENCIAMENTO AMBIENTAL: NOVIDADES? Tentativas de flexibilizar o licenciamento: https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO- GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL Legislação federal e estaduais sobre licenciamento ambiental: http://pnla.mma.gov.br/ https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTALhttps://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL https://www.camara.leg.br/noticias/725999-PRIORIDADE-DO-GOVERNO-INCLUI-O-NOVO-MARCO-DO-LICENCIAMENTO-AMBIENTAL III. O PROCESSO DE AIA E SEUS OBJETIVOS PRINCIPAL REFERÊNCIA: CAP 4 DO LIVRO DO SANCHEZ. OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS Previsão dos possíveis danos ambientais e, consequentemente, prevenção do dano ambiental Representa, também, um instrumento de auxílio à formulação de projetos e ações de desenvolvimento, indicado para áreas/aspectos onde os projetos possam ser modificados de forma a minimizar ou eliminar efeitos adversos no ambiente (ação de previsão); Transparência administrativa quanto aos efeitos ambientais de um determinado projeto; Consulta pública aos interessados, garantindo a participação efetiva: decisão ambiental deve atender ao interesse público instrumento de negociação e mediação; Motivação da decisão ambiental: fornece elementos para instrumentalizar e justificar a tomada de decisão; Planejamento e gestão: fornece elementos para o planejamento e gestão ambiental. ESTUDOS PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL Estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco Resolução Conama nº 237/1998 Estudo das prováveis modificações nas diversas características socioeconômicas e biofísicas do meio ambiente que podem resultar de um projeto. É um instrumento de prevenção ambiental e de gestão. Deve indicar medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias DIRETRIZES DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL O estudo de impacto ambiental, obedecerá às seguintes diretrizes gerais: Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto; Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da atividade; Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza; Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade. Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental o órgão ambiental competente fixará as diretrizes adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e características ambientais da área, forem julgadas necessárias, inclusive os prazos para conclusão e análise dos estudos. CONTEÚDO MÍNIMO DO EIA Diagnóstico ambiental para a área de influência do projeto Inventário do meio ambiente anterior à ação proposta, envolvendo aspectos do meio físico, do meio biótico e do meio antrópico Análise dos prováveis impactos ambientais (identificação, valoração e interpretação) em cada uma das fases do empreendimento: planejamento, implantação e operação Definição de medidas mitigadoras, que visam minimizar os aspectos adversos identificados e quantificados Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos O EIA é o todo: complexo, detalhado, de difícil apreensão por leigos CONTEÚDO MÍNIMO DO RIMA O RIMA é a parte visível do EIA, é o instrumento de divulgação. Deve refletir as conclusões do EIA. Deve conter: Objetivos e justificativas do projeto Descrição do projeto e das alternativas tecnológicas Síntese do diagnóstico ambiental da área de influência Descrição dos impactos ambientais em cada fase do empreendimento Caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência Descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas Programa de acompanhamento e monitoramento Recomendação da alternativa mais favorável Artigo 9º da Resolução CONAMA 001/1986 É um conjunto estruturado de procedimentos É regido por lei ou regulamentação específica (Resolução CONAMA 01/1986, Resolução CONAMA 09/1987 e Resolução CONAMA 237/1997) É documentado (peças processuais) Envolve diversos participantes: proponente, autoridade responsável, consultores, público afetado e grupos de interesse, etc. É voltado para análise de viabilidade ambiental CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL Para que serve a avaliação de impacto ambiental? OBJETIVOS DA AIA O entendimento sobre os objetivos da AIA evolue: Avaliar projetos de engenharia (inicialmente) Avaliar planos, programas, políticas (Avaliação ambiental estratégica – anos 1980) Avaliar impactos da produção, consumo e descarte de bens e serviços (avaliação de ciclos de vida – anos 1990) Avaliar contribuição de projeto, plano, programa ou política para sustentabilidade (Análise de sustentabilidade – anos 2000) O processo de AIA não se limita a avaliar o impacto para aprovação do projeto de menor impacto. Ele pode: Retirar projetos inviáveis, Legitimar projetos viáveis, Selecionar alternativas locacionais, Reformular planos e projetos, Redefinir objetivos e responsabilidades dos proponentes OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL, (ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS) Assegurar que as considerações ambientais sejam explicitamente tratadas e incorporadas ao processo decisório, Antecipar, evitar, minimizar ou compensar os efeitos negativos relevantes biofísicos, sociais e outros, Proteger a produtividade e a capacidade dos sistemas naturais, assim como os processos ecológicos que mantém suas funções, Promover o desenvolvimento sustentável e otimizar o uso e as oportunidades de gestão de recursos
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