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Material Complementar Legislação Aduaneira

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MATERIAL COMPLEMENTAR 
 
Disciplina: Legislação Aduaneira 
Professor: Marcia Ioco Suzuki 
 
Principais pontos da atualização na Legislação Aduaneira. 
Por Marcia Ioco Suzuki - 04/06/2023 
 
A legislação de controle administrativo das importações e exportações brasileiras 
sofre constantes atualizações devido à velocidade e dinâmica dos negócios e 
mercados. Haverá Portarias e Instruções Normativas alterando constantemente os 
Decretos referentes à Legislação Aduaneira. Não devemos entender essas alterações 
como tipo de crítica à atuação da Secretaria de Comércio Exterior – Secex do 
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. 
As Secretarias vêm realizando um trabalho de atualização, consolidação, 
simplificação e desburocratização nas referidas normas. É necessário compreender 
que o país ainda se encontra em meio a várias mudanças políticas e econômicas. E, 
no que se refere à modernização de processo durante qualquer reforma, não há como 
evitar alguns desconfortos. Ao final, buscam-se processos mais ágeis, mais simples e 
menos burocráticos. 
Em uma análise rápida, a Portaria Secex nº 23, de 2011 até a atualização efetuada 
pela Portaria Secex nº 191, de 27/05/2022, já sofreu alterações efetuadas por 355 
outras Portarias. Como resultado, além de inúmeras alterações de redação, houve 
170 artigos revogados, o que corresponde a 64% dos seus artigos originais. Dos 30 
Anexos, atualmente 21 deles (70%) já estão revogados. 
Assim, para alinharmos às exigências da Legislação, abordaremos pontos relevantes 
que impactam o dia a dia das atividades do Comércio Exterior. Seguem abaixo as 
alterações mais recentes: 
 
Valoração Aduaneira 
 
 
Nos Artigos 5º, 7º, 8º e 9º segue definida a nova forma de elaboração de Valoração 
Aduaneira, em que constam as informações que deverão ser levadas em conta para 
inserção de dados no Siscomex. 
A alteração se refere ao Método do Valor de Transação. 
 
Instrução Normativa RFB nº 2090, de 22 de junho de 2022 
 
CAPÍTULO II 
DOS MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DO VALOR ADUANEIRO 
Seção I 
Do Método do Valor de Transação 
Subseção I 
Das Condições para Utilização do Método do Valor de Transação 
 
Do Preço Efetivamente Pago ou a Pagar 
(...) Art. 5º O preço efetivamente pago ou a pagar compreende todos os 
pagamentos efetuados ou a efetuar, direta ou indiretamente, como condição 
de venda das mercadorias objeto de valoração, pelo comprador ao vendedor, 
ou pelo comprador a um terceiro, para satisfazer uma obrigação do vendedor. 
§ 1º Constituem parcelas integrantes do preço efetivamente pago ou a pagar, 
entre outros, os custos relativos: 
I - a atividades ligadas à comercialização da mercadoria importada, tais como 
propaganda, garantia e promoção de vendas, pagos pelo comprador ao 
vendedor ou em benefício deste, para satisfazer parte do pagamento da 
mercadoria importada, e como condição de venda dessa mercadoria; e 
II - ao fornecimento de bens ou prestação de serviços a terceiro, pelo 
comprador, em benefício do vendedor, como condição de venda da 
mercadoria importada. 
§ 2º Para fins de apuração do valor aduaneiro com base no método do valor 
de transação, o desconto relativo a transações anteriores deve ser 
considerado como integrante do preço efetivamente pago pelas mercadorias 
valoradas às quais tenha sido imputado, independentemente do seu 
destaque na fatura comercial. 
(...) Art. 7º Para fins de apuração do valor de transação, deverá ser 
acrescentado ao preço efetivamente pago ou a pagar o valor dos seguintes 
bens e serviços fornecidos, direta ou indiretamente, pelo comprador, 
gratuitamente ou a preços reduzidos, para serem utilizados na produção da 
mercadoria importada: 
I - materiais, componentes, partes e elementos semelhantes incorporados à 
mercadoria; 
II - ferramentas, matrizes, moldes e elementos semelhantes; 
III - materiais consumidos na produção; e 
IV - projetos de engenharia, pesquisa e desenvolvimento, trabalhos de arte e 
de design, e planos e esboços, realizados no exterior. 
Art. 8º O valor dos bens e serviços fornecidos de que trata o art. 7º será igual 
à soma: 
I - do custo de aquisição ou de produção ajustado, quando couber, em 
decorrência de utilização prévia ao fornecimento, ou de valor acrescido por 
qualquer reparo ou modificação após a aquisição ou produção; 
II - dos custos de transporte e seguro incorridos até sua chegada ao local 
onde foram utilizados na produção da mercadoria importada, quando o 
comprador incorrer nestes custos; e 
III - dos direitos aduaneiros, impostos e gravames incorridos sobre os bens 
ou serviços no exterior. 
Art. 9º Na determinação do valor aduaneiro, serão incluídos os seguintes 
elementos: 
 
I - o custo de transporte das mercadorias importadas até o porto ou aeroporto 
alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde devam 
ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro; 
II - os gastos relativos a carga, descarga e manuseio, associados ao 
transporte das mercadorias importadas, até a chegada aos locais referidos 
no inciso I, excluídos os gastos incorridos no território nacional e destacados 
do custo de transporte; e 
III - o custo do seguro do transporte das mercadorias durante as operações 
referidas nos incisos I e II. 
 
Exclusão do custo da Capatazias no cálculo da Valoração Aduaneira 
 
Foi assinado em 7 de junho último o Decreto nº 11.090, de 7 de junho de 2022, que 
exclui da base de cálculo do imposto de importação (valor aduaneiro) o custo da 
capatazia em território nacional. 
A capatazia é a atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do 
porto, compreendendo recebimento, conferência, transporte interno, abertura de 
volumes para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como 
o carregamento e a descarga de embarcações, quando efetuado por aparelhamento 
portuário, segundo a nova Lei dos Portos. 
Esse custo impactava no valor maior dos impostos de importação, uma vez que os 
mesmos incorrem sobre a valor aduaneiro. Isto é, excluindo o valor da capatazias, 
haverá a diminuição do valor aduaneiro, 
 
Decreto Nº 11.090, de 7 de Junho de 2022. 
 
Altera o Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, que regulamenta a 
administração das atividades aduaneiras e a fiscalização, o controle e a 
tributação das operações de comércio exterior. 
 
DECRETA: 
 
Art. 1º O Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, passa a vigorar com as 
seguintes alterações: 
(...)“Art.77.......................................................................... 
II - os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao 
transporte da mercadoria importada, até a chegada aos locais referidos no 
inciso I, excluídos os gastos incorridos no território nacional e destacados do 
custo de transporte; e................................................” (NR) 
 
Art. 2º Para fins de aplicação do disposto no inciso II do caput do art. 77 do 
Decreto nº 6.759, de 2009, serão excluídos somente os gastos incorridos no 
território nacional a partir da entrada em vigor deste Decreto, conforme a 
previsão do Artigo 8 (2) do Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do 
Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio 1994, promulgado pelo Decreto nº 
1.355, de 30 de dezembro de 1994. 
 
 
Drawback 
 
Com referência ao Drawback que estava contemplado no Capítulo III da Portaria 
Secex nº 23, de 14 de julho de 2011 (Consolidada) foi revogada e substituída pela 
Portaria Nº 44, de 24 de julho de 2020. 
Entre as mudanças, destacamos a emissão do Ato Concessório a ser solicitado no 
portal Gov.br/Siscomex e a contemplação das Microempresas ao Drawback. 
 
Portaria Nº 44, de 24 de Julho de 2020. 
(D.O.U. de 27 de julho de 2020, Edição: 142, Seção: 1, Página: 11) 
(Retificada no D.O.U. de 29/07/2020, Edição: 144, Página: 27) 
Alterada pelas Portarias SECEX nº 68, de 03/12/2020; nº 208, de 24/08/2022; 
e nº 216, de 30/09/2022. 
 
Dispõe sobre o regime aduaneiroespecial de drawback e altera a Portaria 
SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011, que dispõe sobre operações de 
comércio exterior. 
 
CAPÍTULO I 
DRAWBACK SUSPENSÃO 
Seção I 
 
Art. 2º....... 
Parágrafo único. As suspensões de que trata o caput aplicam-se também: 
(...) III - às importações realizadas pelas empresas optantes pelo Regime 
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que 
trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. (Incluído pela 
Portaria SECEX nº 216, de 2022). 
(...)Art. 5º Não será concedido o regime de drawback suspensão: 
(...) II - às mercadorias adquiridas no mercado interno de pessoas jurídicas 
optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e 
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 
(Simples Nacional), de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de 
dezembro de 2006; e (Redação dada pela Portaria SECEX nº 216, de 2022) 
(...) Art. 11. O ato concessório do regime de drawback suspensão deverá ser 
solicitado por meio de formulário eletrônico disponível em módulo específico 
do Siscomex, na página eletrônica "gov.br/siscomex", no qual o requerente 
deverá informar: 
 
Habilitação Siscomex 
 
Para que a pessoa jurídica possa realizar operações de comércio exterior, é 
necessária a prévia habilitação de seu responsável legal no Siscomex - Sistema 
Integrado de Comércio Exterior e, em regra, o credenciamento de seus 
representantes. 
 
O enquadramento às modalidades de habilitação, antes regulamentada pela Instrução 
Normativa RFB Nº 1603, de 15 de dezembro de 2015 (revogada), teve sua mudança 
decretada pela Instrução Normativa RFB Nº 1984, de 27 de outubro de 2020 e Portaria 
Coana n. 72, de 29 de outubro de 2020. 
A submodalidade de habilitação Expressa, até outubro de 2020, se referia à 
habilitação para pessoa jurídica que teria a pretensão de realizar operações de 
importação limitadas ao somatório (inferior ou igual) a US$ 50.000,00 (cinquenta mil 
dólares dos Estados Unidos da América) em cada período consecutivo de 6 (seis) 
meses. Com o advento da Instrução Normativa RFB N. 1984 / 2020 essa 
submodalidade passou a ser exclusiva para empresa enquadrada como Sociedade 
Anônima (S.A.). 
Em contrapartida, a submodalidade Limitada absorveu a antiga característica da 
Expressa, e passou a ter a escolha para valores de operação cujo somatório seja 
inferior ou igual a US$ 50.000,00 e inferior ou igual a US$ 150.000,00. 
 
Instrução Normativa RFB Nº 1984, de 27 de outubro de 2020 
Dispõe sobre a habilitação de declarantes de mercadorias para atuarem no 
comércio exterior e de pessoas físicas responsáveis pela prática de atos nos 
sistemas de comércio exterior em seu nome, bem como sobre o 
credenciamento de seus representantes para a prática de atividades 
relacionadas ao despacho aduaneiro de mercadorias e dos demais usuários 
dos sistemas de comércio exterior que atuam em seu nome. 
 
CAPÍTULO III 
DA HABILITAÇÃO DO DECLARANTE DE MERCADORIAS 
Seção I 
Das Modalidades de Habilitação do Declarante de Mercadorias 
Subseção I 
Disposições Gerais 
Art. 16. A habilitação do declarante de mercadorias para atuar no comércio 
exterior poderá ser concedida em uma das seguintes modalidades: 
I - Expressa, no caso de: 
a) pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade anônima de capital 
aberto, com ações negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão, 
e suas subsidiárias integrais; ou 
b) empresa pública ou sociedade de economia mista; 
II - Limitada, no caso de declarante de mercadorias não enquadrado na 
modalidade Expressa cuja capacidade financeira seja estimada em valor 
igual ou inferior ao limite máximo estabelecido no inciso II do caput do art. 17; 
ou 
III - Ilimitada, no caso de declarante de mercadorias não enquadrado na 
modalidade Expressa cuja capacidade financeira seja estimada em valor 
acima do limite máximo estabelecido no inciso II do caput do art. 17. 
Subseção II 
Dos Limites de Operação 
Art. 17. O declarante de mercadorias habilitado na modalidade Limitada de 
que trata o inciso II do caput do art. 16 poderá realizar operações de 
importação, em cada período consecutivo de seis meses, até o limite de: 
 
I - US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da América), ou 
o equivalente em outra moeda, caso sua capacidade financeira estimada seja 
igual ou inferior a tal valor; ou 
II - US$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da 
América), ou o equivalente em outra moeda, caso sua capacidade financeira 
estimada seja superior ao valor referido no inciso I e igual ou inferior ao fixado 
neste inciso II. 
 
As referidas legislações são as mais recentes, recordando que dado a mudanças 
políticas, poderá haver alterações ou, ainda, novos decretos, Instruções ou portarias. 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
BRASIL, Ministério da Economia. Decreto Nº 11.090, de 7 de junho de 2022. 
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2022/decreto/d11090.htm. Acesso em: 30 maio 2023. 
 
BRASIL, Ministério da Economia. Portaria Nº 44, de 24 de Julho de 2020. 
Disponível em: https://www.gov.br/siscomex/pt-
br/legislacao/PortariaSECEXn.44_2020.pdf. Acesso em: 30 maio 2023. 
 
BRASIL, Receita Federal do Brasil. Instrução Normativa RFB nº 2090, de 22 de 
junho de 2022, Disponível em: 
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?naoPublicado=&idAto
=124633&visao=compilado. Acesso em: 30 maio 2023. 
 
BRASIL, Receita Federal do Brasil. Instrução Normativa RFB Nº 1984, de 27 de 
Outubro de 2020, Disponível em: 
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?naoPublicado=&idAto
=113361&visao=compilado. Acesso em: 23 maio 2023. 
 
BRASIL, Receita Federal do Brasil. Portaria COANA Nº 72, de 29 de outubro de 
2020. Disponível em: 
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?naoPublicado=&idAto
=113638&visao=compilado. Acesso em: 23 maio 2023. 
 
 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/decreto/d11090.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/decreto/d11090.htm
https://www.gov.br/siscomex/pt-br/legislacao/PortariaSECEXn.44_2020.pdf
https://www.gov.br/siscomex/pt-br/legislacao/PortariaSECEXn.44_2020.pdf
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?naoPublicado=&idAto=124633&visao=compilado
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?naoPublicado=&idAto=124633&visao=compilado
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?naoPublicado=&idAto=113361&visao=compilado
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?naoPublicado=&idAto=113361&visao=compilado
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?naoPublicado=&idAto=113638&visao=compilado
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?naoPublicado=&idAto=113638&visao=compilado

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