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CABEÇA E REGIÃO CERVICAL (TREPANAÇÕES)

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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
 
TÉCNICAS CIRÚRGICAS - CABEÇA E REGIÃO CERVICAL 
 
 
 
6) TREPANAÇÕES 
 
 
6.1) TREPANAÇÃO DOS SEIOS FRONTAIS EM BOVINOS 
 
# DEFINIÇÃO: 
È a abertura cirúrgica dos seios dos ossos frontais ao meio externo. 
 
# INDICAÇÃO: 
 
• empiema crônico (sinusite frontal): coleção de pus crônica no seio frontal, que 
normalmente não responde ao tratamento clínico; 
• tumores óseos; 
• cistos óseos (dentígero e epidermóides); 
• osteodistrofia fibrosa; 
• remoção do terceiro dente molar superior (eqüino). 
 
# DIAGNÓSTICO: 
 
• descarga nasal (Empiema): corrimento purulento uni ou bi-lateral; 
• inspeção e palpação (Cisto ósseo): observa-se uma rarefação óssea; 
• exame radiológico (Cistos ósseos e osteodistrofias): observa-se alterações na 
radiopacidade e estrutura óssea. 
 
# TÉCNICA CIRÚRGICA: 
 
O ponto de eleição para a abordagem cirúrgica está situado dorsal a linha horizontal 
imaginária, que passa pela borda dorsal das órbitas, a aproximadamente 2 cm lateral ao 
ponto de interseção com a linha mediana sagital. 
A trepanação é executada com o animal em estação ou decúbito, sedado e sob 
analgesia local. É feita uma incisão vertical de aproximadamente 5 cm de comprimento, 
através da pele, subcutâneo e periósteo. A pele é rebatida e o periósteo é dissecado do osso 
por meio do uso de um elevador de periósteo, ou, até mesmo, com o auxílio do cabo do 
bisturi. Para a abertura do osso frontal, ponta do trépano é inserida no osso e a trepanação é 
feita com movimentos rotatórios. O disco ósseo, que permanece preso na ponta do trépano, 
deve ser removido. 
Para a limpeza do exsudato e remoção do tecido necrosado, o seio deverá ser 
completamente irrigado com solução anti-séptica. 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
Para impedir a oclusão prematura dos orifícios, eles serão ocluídos com tampão de 
gaze, cicatrizando por segunda intenção. 
 
# PÓS-OPERATÓRIO: 
 
• lavagem diária com Permanganato de Potássio 1:1000 ou outro anti-séptico; 
• antibioticoterapia sistêmica. 
 
 
6.2) TREPANAÇÃO DAS FOSSAS NASAIS 
 
# INDICAÇÕES: 
 
• tumores: TVT ou Sticker (atualmente pode ser tratado com quimioterapia – Sulfato 
de Vincristina; 
• parasitas: Oestrus ovis, Linguatula serrata (podem ser tratados com 
antiparasitários); 
• cistos: hidáticos ou simples. 
 
# LOCALIZAÇÃO: 
 
Lateralmente à linha mediana das fossas nasais, sobre o osso nasal. 
 
 
6.3) TREPANAÇÃO DOS SEIOS MAXILARES NOS EQUINOS 
 
# INDICAÇÕES: 
 
• empiemas crônicos locais; 
• fraturas dentárias; 
• repulsão dos molares; 
• alveolite crônica; 
• cistos ou neoplasias. 
 
# LOCALIZAÇÃO: 
 
Traça-se uma linha imaginária desde o canto medial do olho até a extremidade 
rostral da crista facial, e, sobre o seu centro, realiza-se a trepanação. A perfuração óssea 
pode ser feita um pouco mais rostral ou caudal ao ponto de eleição. 
 
 
 
 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária I 
 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR: 
 
MILNE, D.W. . TURNER, A.S. Atlas das abordagens cirúrgicas dos ossos do cavalo. 
São Paulo: Roca, 1987. 205p. 
 
TURNER, A.S. , McILWRAITH, C.W. Repulsion of cheek teeth. In: Techniques in large 
animal surgery. 2 ed., cap.12, Philadelphia: Lea & Febiger, p. 235-239, 1989. 
 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
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