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Clinica de Grandes Animais III - Ruminantes

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@stebelmirovet 
 
2 
 
 04.08 
Conceitos Cirúrgicos 
 Área: limpa, contaminada e de transição (área de 
paramentação, cirurgia intestinal) ou mista 
 
 Cirurgia: ato executado com instrumentos ou pela 
mão do cirurgião. É o conjunto de manobras 
efetuadas com a mão armada de instrumentos 
que o cirurgião realiza sobre o paciente, 
penetrando por uma ferida estabelecida ou por via 
natural. 
 
 Classificação das cirurgias 
 Segundo a perda de sangue 
 Cruenta: com perda de sague 
 Incruenta: não tem praticamente perda 
de sague 
 
 Segundo a técnica empregada 
 Conservadoras: quando conserva-se o 
tecido afetado 
 Mutiladora: quando há necessidade de se 
remover total ou parcialmente um órgão 
 Reparadora: quando se faz a reparação 
do tecido ou órgão afetado 
 
 Segundo a finalidade 
 Curativa ou de necessidade 
 Operações de extrema urgência: salvar a 
vida do paciente – traqueotomia 
 Operação de urgência relativa: cirurgião 
dispõe de pouco tempo para preparar o 
paciente, melhorando o seu estado geral 
para o ato operatório – obstrução 
esofágica 
 Operações em pacientes com graves 
alterações funcionais: necessário o 
tratamento da afecção cirúrgica e o da 
alteração funcional secundaria – 
obstrução intestinal em esquino (afecção 
primeira x desidratação, endotoxemia). 
 De conveniência: são realizadas em 
pacientes hígidos – orquiectomia 
 Experimentais: são aquelas realizadas para 
realização de pesquisas – rumenostomia 
 
 Segundo o resultado 
 Paliativa: quando não há cura total. Ex: 
remoção de tumor em pacientes com 
metástase em órgãos 
 Radical: quando há cura total da lesão 
 
 Segundo o prognostico 
 Bom – drenagem de abscessos 
 Reservado 
 Ruim – peritonite em laparotomia 
exploratória 
 
 Segundo o campo e ação 
 Geral: feridas, lacerações 
 Especial: otorrinolaringologia oftalmologia, 
plástica 
 
 Segundo a presença de microrganismos 
 Asséptica: sem contaminação 
 Séptica ou contaminada: com 
contaminação em área determinada ou 
conhecida – enterotomia 
 Potencialmente séptica: sinusite 
bacteriana, pleurites 
Nomenclaturas 
Relação de radicais ou prefixos mais usados em 
cirurgia: 
 Nefro = rim 
 Neuro = nervo 
 Oftalmo = olho 
 Oofor = ovário 
@stebelmirovet 
 
3 
 
 Orqui = testículo 
 Ósteo = osso 
 Oto = orelha 
 Procto = reto 
 Rino = nariz 
 Salpinge = trompa ou tuba uterina 
 Tóraco = tórax 
 Traqueo = traquéia 
 Abdomino = abdome 
 Adeno = glândula 
 Cisto = bexiga 
 Cole = vesícula 
 Colo = cólon 
 Colpo = vagina 
 Dermo = pele 
 Êntero = intestino 
 Gastro = estômago 
 Hístero = útero 
 Laringo = laringe 
 Mio = músculo 
 
Nomenclatura ou Terminologia cirúrgia 
 
 
Paramentação 
Preparação de paciente, cirurgião e equipe sala e 
equipamento 
 ASSEPSIA 
 Conjunto de técnicas a fim de evitar 
microrganismos (MO) em locais que não contem. 
- Desinfecção da unidade 
- Desinfecção de materiais 
- Desinfecção os equipamentos e mobiliário 
- Desinfecção do piso e áreas externas 
 
 ANTISSEPSIA 
 Conjunto de técnicas para reduzir a microbiota 
sobre as estruturas orgânicas, como peles e 
mucosas – em paciente, cirurgião e equipe 
- Obrigatória antes da cirurgia 
- Preparo prévio da área a ser operada 
- A base de iodo, clorexidina 
 
 ESTERELIZAÇÃO 
 Destruição de todas as formas de vida de 
microrganismos. 
- Pode ser química, física ou físico-quimica. 
 
EQUIPE CIRÚRGICA 
Composto por: 
 Cirurgião – tem integral responsabilidade do ato 
operatório 
 1º auxiliar e 2º auxiliar – braço direito do cirurgião 
- Providenciar prontuário e exames do paciente 
- Providenciar cuidados operatórios imediatos 
- Colaborar com o instrumentador na 
montagem de mesa 
- Fazer antissepsia operatória 
- Apresentar e preservar o campo operatório 
- Enxugar e cortar fios de sutura 
@stebelmirovet 
 
4 
 
- Permanecer na sala até o despertar do 
paciente 
 
 Anestesista – escolha a execução da melhor 
anestesia para cada caso 
- Não se paramenta 
 
 Instrumentador – exerce suas próprias funções, 
pode ser também o 2º auxiliar. 
 
 Circulante – pronto e eficiente atendimento as 
solicitações da equipe. 
- Não se paramenta 
18.08 
PREPARO 
 Cuidado com hidratação e jejum 
 Utilizar pijama cirúrgico / roupa limpa (mangas 
curtas); sapatos cômodos e limpos 
 Retirar todos adereços (brincos, pulseiras, anéis, 
colares), piercings expostos devem ser cobertos 
 Unhas curtas e limpas 
 Vestir gorro/touca cirúrgica; máscara e propés 
(descartáveis ou limpos) 
 Verificar a abertura do avental e luvas cirúrgicas 
 
DEGERMAÇÃO/DESINQUINAÇÃO DAS MÃOS E BRAÇOS: 
 Efeito mecânico da escova (levar os 
microorganismos o mais longe possível das mãos) 
+ efeito antisséptico (quanto > o tempo em 
contato, > a efetividade) 
 Respeitar sequência; tempo/número de 
escovações 
 Iniciar nas unhas e terminar acima do cotovelo 
 DIVISÃO POR REGIÕES: 
1. Unhas e extremidades dos dedos; 
2. Face palmar dos dedos; 
3. Face dorsal dos dedos; 
4. Espaços interdigitais; 
5. Palma da mão; 
6. Dorso da mão; 
7. Primeira parte do antebraço; 
8. Segunda parte do antebraço até acima do 
cotovelo 
 
 ANTISSÉPTICOS: produtos a base de Iodo PVP-I 
degermante ou Clorexidine degermante 
 
 Manter SEMPRE as mãos mais elevadas que os 
antebraços/cotovelos 
 Não voltar com a escova para uma região já 
degermada 
 Utilizar os cotovelos para abrir e fechar a torneira 
ou método automatizado 
 Realizar toda a sequência de degermação em um 
braço e deixar o antisséptico agindo (Não 
Enxaguar!!!) enquanto realiza a degermação do 
outro braço 
 Enxaguar um braço de cada vez, iniciando pelo que 
foi 1º degermado, não deixar a água escorrer pelas 
mãos, não encostar na pia ou torneira 
 Secagem da mão e antebraço respeitando a 
mesma sequência da desinquinação (Pontas dos 
dedos  Cotovelo) 
 Utilizar uma compressa estéril para cada 
antebraço ou dividir em 2 áreas a compressa 
(parte superior/ parte inferior ; virar o lado) 
 Vestir o avental sem contaminação (manusear 
através dos cordões/velcro que serão atados 
atrás do pescoço OU segurar na parte interna do 
avental) 
 Calçar as luvas cirúrgicas sem contaminação 
(manusear através da parte interna das luvas) 
 Manter-se protegido de eventuais contatos com 
pessoas ou objetos até o momento de iniciar a 
cirurgia 
 
 
@stebelmirovet 
 
5 
 
Neoplasias 
 Proliferação anormal e descontrolada de 
determinado tecido 
 Normalmente em crescimento progressivo 
 
MALIGNA X BENIGNA 
CRITÉRIOS BENIGNA MALIGNA 
Velocidade de 
crescimento 
Lenta Rápida 
Forma de 
Crescimento 
Expansiva 
Expansiva e 
infiltrativa 
Metástases Ausentes Possíveis 
Semelhança 
com o tecido 
de origem 
Preservada Alterada 
Morfologia 
celular 
Preservada Alterada 
 
Grau de 
diferenciação 
Alto Baixo 
 
 
 Diagnostico 
 Histórico (tempo de evolução) 
- Emagrecimento progressivo 
- Nódulos que crescem 
- Feridas que não cicatrizam 
- Sangramentos de qualquer intensidade 
- Apatia 
- Perda de apetite 
 Região (localização) 
 Espécie e raça (pelagem) 
 Diagnóstico Diferencial 
 Exame físico; 
- Geral 
- Especifico 
- Descrever as lesões 
 Citológico 
- Procedimento de baixo custo, pouco 
invasivo e pouco doloroso. 
- Exame preliminar não garante, mas sugere 
um diagnóstico 
 Histopatológico 
 Biópsia 
- Incisional (retirada de uma parte) 
- Excisional (retirada completa da 
formação). 
 Sorológico; 
 Exames de imagem 
- Radiografia 
- Ultrassonografia 
- Endoscopia 
- Ressonância magnética 
 
 Tratamento 
 Abordagem cirúrgica: 
 Abordagem radical com grande margem 
de segurança nas excisões. 
 Cirurgia com mínimo sangramento possível 
 Criocirurgia / Nitrogênio líquido ou CO2 
 Bisturi a Laser(CO2) 
25.08 
 Quimioterapia: 
A. Cisplatina 
B. 5-fluroucil 
C. Imiquimod 
D. Vincristina 
E. Chlorambucil 
F. Doxorubicin 
 Cada quimioterápico tem indicação 
para cada tumor, deve-se fazer o 
histopatológico. 
 
 Radioterapia 
 Feita com Implantes de radiações ionizantes são 
colocados nas lesões. 
 É uma técnica usada para massas recorrentes ou 
tumores de difícil acesso, principalmente 
perioculares 
- Iridium 192 ou Beta terapia 
@stebelmirovet 
 
6 
 
 
 Ressecção cirúrgica (margem de segurança) 
 
 BCG - Aplicação de solução de bacilo de Calmette-
Guérin (BCG), no volume de 1 ml/cm³ (sarcoides). 
 Autovacinas (ruminantes) 
 Cimetidina (melanoma) 
- Doses baixas de 2,5 a 4 mg/kg 
 
Equinos 
 50% dos tumores estão relacionados com a pele. 
 50% retornam após a retirada cirúrgica simples, 
não associada a outros métodos. 
 
SARCOIDE EQUINOS 
 Neoplasia benigna 
 Localmente agressiva 
 Alto índice de recidiva 
 Classificações: 
- Oculto – nódulos escondido embaixo da pele 
- Verrucoso – nódulos com aspecto de verrugas 
- Fibroblástico – nódulos “abertos” 
- Nodular – vários nódulos aparentes 
- Misto – vários tipos de nódulos 
 
Fotos retiradas do slide da Profa. Melina Marie Yasuoka 
Sarcoide Fibroblástico / Sarcoide Verrugoso 
 
Fotos retiradas do slide da Profa. Melina Marie Yasuoka 
Sarcoide Nodular 
 
MELANOMA 
 Neoplasia originária dos melanócitos 
 Característica benigna 
 Costumam acometer equinos tordilhos (A 
definição oficial de tordilho nesse contexto é de 
um cavalo branco com pintas levemente mais 
escuras que imitam um tom de branco sujo) 
 Nódulos cutâneos pigmentados – principalmente 
em região perineal, cabeça, base da cauda 
 90% cutânea 
 10% acomete mucosas 
 Modulador de melamona: cimetidina 
 
Fotos retiradas do slide da Profa. Melina Marie Yasuoka 
 
Equinos e Bovinos 
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS 
 Comum na espécie equina e bovina 
 Pele despigmentada 
@stebelmirovet 
 
7 
 
 Prevalência aumenta devido a exposição de luz 
solar 
 Locais mais comuns: pálpebras, prepúcio, vulva 
 
Fotos retiradas do slide da Profa. Melina Marie Yasuoka 
 Triagem: 
 Citologia 
 
 Diagnóstico 
 Histopatológico – por biopsia 
 Exames de imagem 
 
Bovinos 
HEMATÚRIA ENZOÓTICA BOVINA 
 Ocorre quando há a ingestão de Pteridum 
Aquilinum (samambaia) por bovinos. 
 A samambaia é comum em solos mais ácidos 
Forma Clinica 
Quantidade 
ingerida 
Tempo de 
ingestão 
Síndrome 
hemorrágica 
(intoxicação 
aguda) 
Superiores a 
10g/kg de peso 
vivo 
Poucos meses 
Hematúria 
enzoótica (urina 
sanguinolenta) 
Inferiores a 
10g/kg 
Um ou mais anos 
Tumores das 
vias digestivas 
superiores 
Pequenas 
Supostamente 
por vários anos 
 
! Sintomas 
 Formações neoplásicas em bexiga 
 
 Tratamento 
 Primeira coisa a ser feita é retirar o animal da 
exposição da samambaia 
 
Foto retirada do slide da Profa. Melina Marie Yasuoka 
 
PAPILOMATOSE 
 Causada por: Papiloma vírus – por ser de etiologia 
viral deve-se fazer sorologia para diagnóstico 
 Lesões verrucosas disseminadas no corpo – podem 
ser removidas com pinças hemostáticas ou 
ressecção cirúrgica 
 Grandes e pequenos ruminantes 
 
 
Foto retirada do slide da Profa. Melina Marie Yasuoka 
 
 
 
@stebelmirovet 
 
8 
 
ECTIMA CONTAGIOSO 
 Mais comum em pequenos ruminantes 
 Causam pápulas, vesiculas e crostas 
 Tem caráter viral – parapoxvírus 
 Doenças virais trata-se com imunomoduladores 
 
Foto retirada do slide da Profa. Melina Marie Yasuoka 
 
Diagnóstico Diferencial 
PITIOSE 
 Uma ferida que não cicatriza 
 É uma enfermidade granulomatosa crônica, 
principalmente do tecido subcutâneo, causada pelo 
Oomiceto Pythium insidiosum que acomete 
humanos e animais. 
 Caracterizada por pseudo-fungo – pythium 
insidiosum (um tipo de alga) 
 
Fotos retiradas do slide da Profa. Melina Marie Yasuoka 
 
OUTRAS DOENÇAS 
Linfadenite caseosa, leu 
 
Cirurgias da Cabeça 
 
MOCHAÇÃO E DESCORNA 
 Indicações / Objetivos: 
 Terapêutico  fraturas; diminuir 
comportamento agressivo lesões 
traumáticas, facilitar manejo e alimentação. 
 
! Diferenças: 
 MOCHAÇÃO OU AMOCHAMENTO: destruição das 
células queratogênicas (epit germinativo) ainda 
não fundidas ao crânio 
 Vantagens: 
 Mais fácil; menor risco de 
infecção/sinusite; sem hemorragia; 
bem estar animal 
 
 Cauterização Química: 
- Ideal até 1 semana 
- Tricotomia; proteção da pele  
círculo de contenção; uso de luvas 
- Pasta cáustica sobre o botão 
cornual 
- Acompanhamento 30 min 
 
 Cauterização Térmica (calor) 
- Idade ideal: 1 à 2 semanas / 5 à 10 
mm 
- Tricotomia/Antissepsia / Anestesia 
- Pressão do ferro incandescente 
com movimentos circulares  
pressão adequada 
- Cauterização da pele ao redor do 
botão (epitélio germinativo)/ 
@stebelmirovet 
 
9 
 
remoção da pele central  evitar 
complicações 
 
 DESCORNA: amputação cirúrgica do corno 
formado e fundido 
01.09 
Descorna Plástica ou Cirúrgica 
 É a amputação do corno/chifre. 
 Incisão de pele em formato de elipse com pontas 
alongadas; divulsão. 
 Sedação; Bloqueio do nervo cornual (nervo 
zigomático); Cordão anestésico infiltrativo 
(delimitar/marcar no animal o ponto onde será 
realizada a incisão) e Hemostasia. 
 Indicações / Objetivos: 
 Prevenção de lesões causadas por atrito 
entre animais e prevenção de acidentes 
entre estes e seus tratadores. 
 Técnica cirúrgica: 
1. Primeiramente faz-se uma contenção química 
com fármacos miorrelaxantes (xilaxina 0,05 à 
0,10 mg/kg) e também uma boa contenção 
manual, com cordas e cabrestos. 
 
2. O piso de onde se dará o procedimento tem 
que ser macio, para evitar lesões no nervo 
radial e deve-se manter o animal em posição 
correta, sempre com o lado esquerdo voltado, 
preservando o rúmem e prevenindo lesões 
como o timpanismo. 
 
3. Em seguida, deve-se proceder com a 
tricotomia ao redor dos cornos a serem 
retirados, sendo que as orelhas devem ser 
cobertas por fita adesiva, e tracionadas para 
fora do campo em que se dará a cirurgia. 
 
4. A região deve ser tratada com antissepsia e 
preparada para a ministração do anestésico. 
Faz-se então, a anestesia perineural do nervo 
cornual (5 a 10 ml de lidocaína 2% em “forma de 
leque”). 
 
5. A agulha projeta-se por debaixo da pele até a 
base do corno e (2 a 3 mL de lidocaína 2%) são 
depositados. 
 
6. O local no qual foi injetado o anestésico deve 
ser massageado para aumentar a dispersão 
da substância. 
 
7. Por conseguinte, uma incisão circular deve ser 
feita de forma lateral da eminência nucal na 
direção lateral rumo a base do corno, se 
curvando em posição rostroventral ao redor 
da porção inferior do corno, ao longo da crista 
frontal, sendo que uma segunda incisão deve 
ser iniciada em seguida. A incisão rostral deve 
ser feita na região limítrofe, a incisão caudal é 
feita de modo que permita a colocação da 
serra de arco em direção ventral, se tornando 
mais profunda à medida em que se aproxima 
da crista frontal. 
 
8. Por fim, com a serra de arco ou fio de serra, 
o coto é retirado, devendo está se 
movimentar numa distância adequada da base 
do corno. 
 
9. Primeiro faz uma sutura mediana para juntar 
o bordo da pele e depois a sutura da pele é 
feita com fios não absorvíveis, em ponto 
simples contínuo ou alternado. 
 
*A hemorragia é controlada pela torção da 
artéria córnea, direção rostroventral em relação 
ao coto do osso. 
 
 
Anestesia no nervo cornual 
 
@stebelmirovet 
 
10 
 
 
Retirada do corno com fio de serra 
 
 
Retirada do corno com serra de arco 
 
Sutura na pele 
 Pós Operatório: 
 2 hs/ 12 hs/ 24 hs 
 Curativo local 
 ATB sistêmico e tópico 
 AINEs 
 
 
Enucleação do Globo Ocular 
 Remoção cirúrgica das margens das pálpebras, 
membrana nictitante, conjuntiva eglobo ocular. 
 Usada mais em neoplasias para tirar o máximo de 
margem de tecido possível. 
 Técnicas: Transpalpebral (+comum) ou 
Subconjuntival. 
 
 
 Indicações / Objetivos: 
 Neoplasias de pálpebras e de córnea; 
Traumatismos em órbita ou globo ocular; 
Exposição a irritantes químicos; Miíase. 
 Preparo pré-operatório: 
 Jejum, sedação, contenção, tricotomia e 
antissepsia da região periocular, bloqueio 
locoregional (retrobulbar; pálpebras e 
forame supra-orbitário). 
 Técnica Enucleação Transpalpebral 
1. Iniciamos com a Tarsorrafia: Sutura das 
pálpebras. As pálpebras do paciente são 
presas com pinças de campo fechadas com o 
objetivo de minimizar a contaminação do 
campo cirúrgico + Cantotomia Lateral: Expor 
tecidos periorbitais. 
 
2. Incisão circular palpebral ao redor da Rima 
Ocular. 
 
@stebelmirovet 
 
11 
 
3. Divulsão/Dissecção da musculatura 
extraocular (Cuidado: evitar tração excessiva 
no nervo óptico para não o machucar). 
 
4. Isolar nervo óptico do tecido retrobulbar 
(atenção neoplasias) 
 
5. Controle de Hemostasia: com pinça, 
compressa... Essa cirurgia sangra bastante. 
 
6. Ligadura: Pinçar e ligar nervo óptico e mm 
retrator bulbar. 
 
7. Secção/Separação do pedículo óptico, 
controlar hemostasia e fazer lavagem com 
solução estéril. 
 
8. Sutura musculatura remanescente: ponto 
simples separado ou cruzado. Com fio 
inabsorvível sintético, tam 1 ou 2. 
 
9. Pós Operatório: 
-Manter compressa de hemostasia em 
ruminantes (2d), dreno raro. 
-ATB sistêmico (7 dias), AINEs (3 dias); 
profilaxia para tétano; fazer curativos, 
bandagens e sedenho (gaze embebida em iodo). 
-Retirar pontos de 2 à 3 semanas. 
 
 
 Técnica Enucleação Subconjutival 
 Mais rápido e associado à menor hemorragia; 
remove menor quantidade de tecido orbital. 
 Indicado em afecções que só acometem o 
globo ocular. 
1. Faz-se Cantotomia e uso de afastador ocular 
(Subconjugal não usa a Tarsorrafia). 
2. Incisão circular da conjuntiva bulbar com 0,5 
cm de distância. 
3. Dissecção mm estraoculares. 
4. Ligadura e secção NO. 
5. Ressecção conjuntiva restante e 3ª p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@stebelmirovet 
 
12 
 
06.10 
Cirurgias do Pescoço 
(Traqueia e Esôfago) 
 
ANATOMIA CIRÚRGICA ESOFÁGICA 
 Divisão Anatômica do Esôfago 
- Dividido em 3 porções: 
- Esôfago Cervical (50%): A que mais se 
encontra mais fácil em acesso, em 
relação as cirurgias no pescoço 
- Esôfago Torácico 
- Esôfago Abdominal 
 
 Trajeto 
- A traqueia e o esôfago estão encostados 
anatomicamente, então na apalpação, o 
esôfago estará: 
- Primeiro 1/3 o esôfago fica dorsal 
(atrás) a traqueia (sentiremos na 
palpação a traqueia) 
- Depois 1/3 a esquerda da traqueia 
- Última porção toráxica fica ventral a 
traqueia 
 
 Camadas 
- Camadas utilizadas para fazer a sutura. 
- Camada Fibrosa (túnica adventícia) 
- Camada muscular 
- Submucosa 
- Mucosa 
* Primeiro unimos a mucosa e 
submucosa e depois unimos camada 
fibrosa/adventícia com a muscular. 
 
OBSTRUÇÃO ESOFÁGICA 
 Predisposição 
 Comportamental (comer rápido, por exemplo) 
 Hábitos 
 Pós treino/prova 
 Pós anestesia 
 Pobre mastigação 
 Corpos estranhos (geralmente, frutas) 
 Neoplasias 
 Estenoses 
 
! Sinais Clínicos 
 Sialorréia (+ fácil de visualizar) 
 Disfagia 
 Tosse 
 Regurgitação de água e alimento pela boca e 
narinas 
 Dor 
 Animais se mantém agitados durante regurgitação 
 Anorexia e desidratação 
 Aumento de volume 
 
Aumento de volume, descoberto pela palpação 
 Diagnostico 
 Exame físico: sinais clínicos, palpação, distensão 
esofágica cranial à obstrução 
@stebelmirovet 
 
13 
 
 Timpanismo Ruminal (trocaterização) 
 Exame físico / histórico 
 Esofagoscopia: dilatação esofágica com ar 
 Exame radiográfico: simples ou contrastado 
 
! Exame Diferencial: 
 Problemas na boca: 
- Lesão em palato mole 
- Doenças dentárias 
- Corpos estranhos e neoplasias orais 
OBS: Fazer exames internos na boca, pois 
descartam essas alterações bucais. 
 Sondagem nasogástrica (em equinos) e 
Sondagem Orogástrica (em bovinos): exames 
que indicam a presença e localização da 
obstrução. 
 
 Tratamento 
 Conservativo: 
- Manipulação suave com a sonda NG + 
massagem externa 
- Relaxamento musculatura: Xilazina; 
Acepromazina; Atropina e Ocitocina. 
 OBS: Se não funcionar, vamos para 
o tratamento cirúrgico. 
 
 Cirúrgico: 
- Esôfago cervical: Sedação e anestesia local, ou 
anestesia geral 
- Esôfago torácico: Anestesia geral inalatória, 
com ventilação controlada 
 
ABORDAGEM CIRÚRGICA 
- Esôfago cervical: Acesso lateral no sulco jugular (o 
cavalo tem esse sulco e facilita o cateterismo 
(esofagostomia) ou Acesso médio ventral no 
terço médio cervical. 
- Esôfago torácico: Toracotomia com ressecção de 
costela. 
 
Agora vamos abrir a pele e fazer a cirurgia.: 
 Técnica Cirúrgica 
1- Esofagotomia: Abriu a pele e se deparou com os 
músculos esternotireoide e esternosefálico e 
localiza o esôfago no fundo com ajuda dos 
afastadores (afastar 10 cm) 
2- Incisão longitudinal: 2 camadas 
-Externa ou inelástica: muscular e adventícia 
-Interna ou elástica: mucosa e submucosa 
3- Esofagorrafia = suturar o esôfago 
-Interna: padrão swift, contínuo ou separado (fio 
inabsorvível ou absorvível sintético Ex Polipropileno 
3-0); - Externa: padrão simples separado (fio 
inabsorvível ou absorvível sintético Ex Nylon 0) 
 
 Pós cirurgia: - Dreno (48 hs), Jejum e Nutrição 
Parenteral (48 horas) 
 
PERFURAÇÃO ESOFÁGICA 
 Etiologia/Predisposição: 
 Evolução da obstrução esofágica 
 Trauma externo 
 Feridas perfurantes 
 Obstrução crônica 
 Perfuração por ingestão de corpo estranho 
 Infecções adjacentes ao esôfago 
 
! Sinais Clínicos 
 Fístula com drenagem de saliva e ingesta 
 Edema 
 Enfisema subcutâneo 
 Sem drenagem = flegmão (abcesso interno) 
 Infecção local 
 Sinais sistêmicos 
 Febre. 
 
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14 
 
 
 Tratamento 
 Esofagotomia: Se for necessário só abrir e juntar 
os bordos fechando os tecidos (retirando um 
corpo estranho, por exemplo) 
 Esofagostomia: Se for necessário tirar uma 
parte/porção do esôfago 
 Após a cirurgia: 
-Alimentação por sonda nasogástrica / 
esofagostomia 
-Antibióticos, anti-inflamatório, curativos 
 
ESTENOSE ESOFÁGICA 
- É o estreitamento de luz do esôfago 
 Etiologia/Predisposição: 
 Evolução da obstrução e perfuração esofágica 
 Secundária a trauma interno ou externo 
(obstrução prolongada) 
 Ruptura esofágica após cirurgias 
 Incapacidade de sondagem NG (lesão) 
 Esofagites 
 
 
 Classificação da estenose de acordo com o 
tecido/camada: 
Tipo 1: adventícia e muscular (resolução cirúrgica + fácil) 
Tipo 2: mucosa e submucosa (dentro da luz, + difícil) 
Tipo 3: todas as camadas do esôfago 
 
 Tratamento: Vai depender da camada do 
estômago que atingiu. 
 Esofagomiotomia: casos tipo 1→ sem incisão de 
submucosa e mucosa 
 Ressecção esofágica parcial: casos tipo 2→ 
Esofagomiotomia + Ressecção da estenose em 
submucosa e mucosa 
 Ressecção esofágica completa: casos tipo 3 → anel 
esofágico 
 
 Consequência de cirurgia esofágica: DIVERTÍCULO 
ESOFÁGICO 
- São bolsas ou protrusões anômalas no 
esôfago 
- Tratamento: Cirurgia chamada de 
Diverticulectomia onde fazemos a inversão da 
mucosa e correção da falha muscular (aprox 
mm PSS, polipropileno). 
 
 
TRAQUEIA – TRAQUEOSTOMIA 
- Objetivo: Criar um novo trajeto para o ar inspirado 
- O procedimento pode ser emergencial ou eletivo 
 Etiologia/Predisposição: 
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15 
 
 Quando o animal tiver alterações no padrão 
respiratório. 
- Exemplos de alterações: afecções agudas ou 
crônicas após trauma ou injúria, obstruções 
agudas, estenose crônica,lesões traumáticas, 
corpos estranhos intraluminais e colapso de 
traqueia 
 
 Técnica Cirúrgica Traqueostomia 
1- Animal em posição de quadrupedal (em pé) ou 
decúbito dorsal. 
2- Área: Na transição entre o terço cranial e o 
terço médio traqueal 
3- Fazer tricotomia, antissepsia e anestesia local 
4- Incisão de pele e subcutâneo sobre a linha 
média ventral (10 cm) 
5- Afastamento/disseção dos músculos 
esternohioideos e assim temos a da traqueia 
- dos anéis traqueais. 
6- Incisão do ligamento anular paralela aos anéis 
traqueais (o tamanho é 1/3 a 1/2 da 
circunferência da traquéia) 
7- Colocação de traqueotubo (tamanho varia, 
dependendo do tamanho do animal) 
8- Se o traqueotubo não entrou, fazer a 
Ressecção/Remoção de pequenos segmentos 
dos anéis traqueais adjacentes, criando 
abertura elíptica (incisão elíptica) e assim 
colocando o tubo. 
 
 
 
 
 Pós operatório: 
- Após realização de procedimentos 
emergenciais: tricotomia, antissepsia... 
- Antimicrobianos 
- Limpeza da ferida 
- Limpeza do traqueotubo e desinfecção 
 Se o animal já estiver respirando 
bem, pode tirar o traqueotubo e 
fechar por segunda intenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@stebelmirovet 
 
16 
 
27.10 
Rufião 
É o animal utilizado para controle de matrizes 
preparados no estro, com machos através de 
interrupção das vias normais do ejaculado, 
incapacidade de exposição do pênis, amputação ou 
desvio de pênis. 
A presença do rufião em um rebanho pode estimular 
o estro e a ovulação além de detecta-lo. 
RELEMBRANDO: CICLO ESTRAL DE FÊMEAS 
 Animais poliéstricos 
 Ciclo estral duração 21 dias 
 Cio duração de 30 horas 
 Ovulação espontânea 
 Gestação 280 dias 
 Puberdade fêmea 15 (10 – 24) meses 
 Puberdade macho – ejaculado contém 50 milhões 
de espermatozóides e pelo menos 10% de motilidade 
progressiva 
 Sinais de cio: fêmeas montando umas nas outras, 
secreções vaginais (lembrando uma clara de ovo) 
 
SELEÇÃO DOS ANIMAIS PARA RUFIÃO 
 Animais Sadios 
 Testar o comportamento (libido) diante de uma 
fêmea no cio antes de realizar a cirurgia 
 Animais de origem europeia são mais precoces 
 Touros cruzados atigem puberdade antes que 
zeibuinos 
 Após a puberdade os testículos continuam 
crescendo e o nº de espermatozoides no ejaculado 
aumenta até 18 a 28 meses de idade 
 
 Tipos de pênis: 
1. Fibro-cartilaginoso – bovino, pequenos 
ruminantes e suínos 
2. Bulbo-esponjoso – cão, gato e equino 
 
CÓPULA 
Em repouso, pênis do touro, que é fibroelástico, é de 
diâmetro relativamente pequeno e rígido. Durante 
ereção, esse diâmetro é um pouco aumentado. A 
protusão é efetuada com a extensão da flexura 
sigmóide do S peniano. 
Visão é mais importante que o odor no estímulo sexual 
do touro. 
 
 DETECÇÃO DE CIO - pode ser realizada: 
1. Buçal 
2. Adesivos: colocados na cauda e quando são 
pressionados mudam de cor – indicando que o 
rufião e/ou outra fêmea tentou fazer a 
monta 
 
Técnicas Cirúrgicas 
Técnicas usadas para rufiões. Existem diversas 
técnicas: 
1. Técnicas que permitem a exposição do pênis COM 
penetração na vagina 
 Vasectomia (deferentectomia) 
 Epididimectomia 
 
2. Técnicas que permitem a exposição do pênis SEM 
penetração na vagina 
 Desvio lateral do pênis 
 Amputação do ligamento apical do pênis 
 
3. Técnicas que NÃO PERMITEM a exposição do pênis 
 Fixação da flexura sigmoide caudal do pênis 
 Encurtamento dos músculos retratores do 
pênis 
 Amputação do pênis 
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17 
 
 Pode-se trabalhar com apenas 
uma técnica ou associa-las 
 
CONTROVÉRSIAS 
 Exposição do pênis com penetração na vagina – 
transmissão de doenças em rebanhos não 
controlados 
 Exposição do pênis sem penetração na vagina – 
lesão do pênis pelo atrito com a garupa da fêmea 
no momento de tentativa de monta – possibilidade 
de aprender a introduzir o pênis 
 Sem exposição do pênis – as aderências podem 
apresentar sensibilidade dolorosa, com diminuição 
da libido do rufião 
 
FIXAÇÃO DA CURVATURA CAUDAL DA 
FLEXURA SIGMÓIDE DO PÊNIS 
PRÉ – OPERATÓRIO 
 Jejum: lembrando que existe uma dificuldade em 
fazer jejum em ruminantes pois por mais que eles 
fiquem sem comer, as vezes mantem comida no 
rúmen 
 MPA 
 Contenção - decúbito lateral com os membros 
unidos 
 Tricotomia - região perineal e escroto 
 Anti-sepsia 
 Anestesia - Epidural / infiltração linear profunda na 
região perineal – cuidado com a epidural em animais 
de pé para que o animal não caia no meio da 
cirurgia 
 
PROCEDIMENTO 
 Realiziar a incisão entre regial perineal e escroto a 
fim de se encontrar o S peniano 
 
 Abrir pele e musculatura 
 
 Tracionar o S peniano para fora 
 
 Realizar a união da curvatura – normalmente se 
realiza 3 pontos 
 
@stebelmirovet 
 
18 
 
 
 
 
Normal / pós cirúrgico 
 
PÓS – OPERATÓRIO 
 Curativo local – evitar miiases 
 Ducha fria para diminuir edema 
 Antibióticoterapia 7 dias 
 Anti-inflamatório 3 dias 
 Retirada dos pontos de sutura depois de 10 a 15 dias 
 Os animais devem ser mantidos afastados das 
fêmeas por período de pelo menos 30 dias 
 
VASECTOMIA 
PRÉ – OPERATÓRIO 
 Jejum 
 MPA 
 Contenção - decúbito lateral com os membros 
posteriores tracionados para trás 
 Tricotomia - região pré escrotal e escrotal 
 Anti-sepsia 
 Anestesia – bloqueio local por infiltração linear 
profunda subcutânea e profunda cranial a bolsa 
escrotal 
PROCEDIMENTO 
 Realiziar a incisão no local onde fica o ducto 
deferente 
 
 Realizar exposição das estruturas – pode-se usar 
pinças para ajudar na exposição 
 Identificar o ducto deferente, realizar 2 ligaduras 
e seccionar parte dele (tirar de 2 a 3 dedos) 
 
 
PÓS – OPERATÓRIO 
 Curativo local é difícil de ser feito – pode-se usar 
pomadas ou sprays que evitam insetos pousarem 
 Ducha fria 
 Antibióticoterapia 
 Anti-inflamatório 
 Remoção dos pontos de sutura cutâneo 
 Deve ser aplicada em animais com controle 
sanitário 
@stebelmirovet 
 
19 
 
AMPUTAÇÃO DO LIGAMENTO APICAL 
(DORSAL) DO PÊNIS 
PRÉ – OPERATÓRIO 
 Jejum 
 MPA 
 Contenção - decúbito lateral com os membros 
posteriores tracionados para trás 
 Tricotomia – apenas remoção do excesso de pelos 
no óstio prepucial externo 
 Anti-sepsia 
 Anestesia – bloqueio local por infiltração 
circunferencial submucosa à lâmina interna do 
prepúcio 
PROCEDIMENTO 
 Realiziar a incisão logitudinal para se encontrar o 
ligamento apical 
 
 Seccionar de 2 a 3 dedos do ligamento – cortando 
o ligamento o pênis não fica ereto e sem ficar 
ereto não realiza penetração 
 
PÓS – OPERATÓRIO 
 Curativo local é realizado logo após a cirurgia pois 
depois ele retrai e dificulta o curativo 
 Ducha fria 
 Antibióticoterapia 
 Anti-inflamatório 
 
DESVIO LATERAL DE PENIS 
PRÉ-OPERATÓRIO 
 Jejum 
 MPA 
 Contenção - decúbito dorso-lateral 
 Tricotomia – ampla na região pré retro umbilical, 
pré púbica e lateral esquerda 
 Anti-sepsia 
 Anestesia – local onde faz a inicsão - infiltração 
linear subcutânea na linha média, linear subcutânea 
para formação do túnel subcutâneo, 
circunferencial ao óstio prepucial e na sua nova 
implantação 
PROCEDIMENTO 
 Colocação dos panos de campo 
 Incisão longitudinal em volta do prepúcio 
 Divulsionar o prepúcio do tecido 
 Escolher o local para onde vai lateralizar 
 Abrir um orifício no local com uma incisão circular 
 
@stebelmirovet 
 
20 
 
 Abrir um “túnel” dentro do subcutâneo para 
passagem do prepúcio 
 
 Reduzir espaço morto onde era o pênis fisiológico 
para evitar drenagem de líquidos 
 
PÓS – OPERATÓRIO 
 Curativo local é difícil de ser feito – pode-se usar 
pomadas ou sprays que evitam insetos pousarem 
 Ducha fria 
 Antibióticoterapia 
 Anti-inflamatório 
 Nessa técnica os animais poderãoser colocados 
em serviço após a remoção dos pontos de sutura 
– cerca de 15 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@stebelmirovet 
 
21 
 
03.11 
Celiotomia e Laparotomia 
 CELIOTOMIA: Abertura da cavidade abdominal 
 LAPAROTOMIA: abertura da cavidade abdominal 
pelo flanco; direita ou esquerda – mais comum em 
ruminantes e principalmente do lado esquerdo 
 Vazio do Flanco Lado direito – intestino 
 Vazio do Flanco Lado esquerdo - 
rúmen 
Quando a abordagem for feita pelo vazio do flanco 
se faz incisão da pele, oblíquo esterno, obliquo interno, 
transverso do abdômen e depois peritônio e cavidade 
 
 INDICAÇÕES: 
 Laparotomia Esquerda: DAE (Abomasopexia), 
Rumenotomias; Reticuloperitonites traumáticas; 
Cesarianas 
 
 Laparotomia Direita: exploratória; DAE e DAD 
(Abomasopexia e Omentopexia), ID; IG 
 
 Celiotomia Ventral: explorar e exteriorizar alças 
intestinais, Cesarianas 
 DAE/DAD: deslocamento de 
abomaso esquerdo/direito 
 
 Vantagens 
 Laparotomia: menor risco e custo anestésico; não 
há necessidade de jejum prévio; sem recuperação 
anestésica – feita em pé 
 
 Celiotomia Ventral: melhor acesso e exteriorização 
do ID e IG, sem risco de mudança de decúbito ou 
acidentes no tronco – feita em decúbito 
 
CUIDADO PRÉ– OPERATÓRIO 
 Restaurar equilíbrio hidroeletrolítico; 
Rumenocentese, Analgesia, Sondagem Rumenal 
 Analgesia paravertebral / local 
 Tricotomia e limpeza da área em torno de 30 cm 
ao redor do local de incisão 
 Anestesia local feita em L invertido 
 
Laparotomia 
 Incisão cirúrgica de laparotomia pode ser: 
1. Paracostal 
2. Perpendicular alta 
3. Perpendicular baixa 
4. Obliqua 
 
 Incisão de pele: 10 –25 cm 
 Hemostasia 
 Divulsão SC 
 Incisão 3 mm: incisar músculos oblíquo abdominal 
externo, oblíquo abdominal interno e abdominal 
transverso 
 Incisão Peritônio 
@stebelmirovet 
 
22 
 
 
 LAPARORRAFIA 
 3 planos de sutura: Peritônio + mm abd 
transverso: ponto simples Contínuo (x) 
 Mm obliquo abdominal interno e externo + SC: 
ponto simples Contínuo (x) 
 Ancorado no plano anterior 
 Pele: PSS (u) 
 Pode-se usar o AGRAAF – é um “grampeador” 
que pode ser usado para fechar a pele. 
 Costuma-se fazer aplicação de 
antibióticos nos fechamentos das 
suturas. 
 
Celiotomia Ventral 
 Incisão cirúrgica de celiotomia pode ser: 
1. Paramediana: paralela à linha média 
2. Paramamária: dorsal a veia mamária 
 
 Incisão de pele: 10 –25 cm 
 Hemostasia 
 Divulsão SC 
 Atenção para não sair alças 
 
Rumenotomia 
 Indicações 
 Dilatações Rumenais não responsivas ao 
tratamento conservativo: Retirar/Extrair 
conteúdo ruminal → Rumenotomia: 
 Timpanismos (espumoso); alcalose ruminal severa; 
empanzinamento 
 CE 
 Indigestões Traumáticas → acesso ao Retículo → 
Rumenotomia 
 CE traumáticos podem causar: Reticulite 
simples; Retículo-peritonite; Retículo-
pericardite 
 
PROCEDIMENTO 
 Laparotomia Esquerda: se faz incisão da pele, 
oblíquo esterno, obliquo interno, transverso do 
abdômen e depois peritônio e cavidade 
 
 Divulsão do subcutâneo e abertura dos planos 
musculares 
 
 Acesso ao rúmen 
 
 Segurar o rumen com pinças especificas ou com a 
pessoa auxiliar 
 
@stebelmirovet 
 
23 
 
 Sutura de Ancoragem (Fixação da serosa rumenal 
à pele – com ponto simples contínuo – feita para 
evitar extravasamento de liquido ruminal para 
dentro da cavidade) – sutura circular para ancorar 
o rumen. Pode ser feita no peritoneo (pode 
manter depois da cirurgia) 
 
 
 
 
 Incisão longitudinal do rúmen com bisturi 
 
 Pode se usar um manto para rumenotomia auto-
estático: ele é usado para evitar contaminação do 
local de cirurgia e da cavidade 
 
 
 
 
 Drenagem do conteúdo ruminal 
 Exploração intraluminal (muc. ruminal e reticular) 
 Extração de CE 
 Lavagem, introdução de conteúdo alimentar 
 Rumenorrafia: 2 planos de sutura, sempre o 2º 
plano invaginante 
 Aplicação de antibiótico no fechamento de 
cada camada 
 
Cushing 
 Aplicação de antibióticos diretamente sobre a 
ferida cirúrgica aconselhável em buiatria 
relacionadas: 
 Características intrínsicas da patofisiologia dos 
bovinos 
@stebelmirovet 
 
24 
 
 Condições desfavoráveis do ambiente 
(estábulos e currais) 
 
 Recomenda-se: 
 Pomadas a base de penicilinas, penicilina semi-
sintéticas ou cefalosporinas 
 Cerca de 500 a 1000 mg do princípio ativo ou 5 a 10 
x 106 ui 
 Pomadas que não contenham anti-inflamatórios, 
principalmente, corticosteroides 
 
Deslocamento de 
Abomaso 
 Deslocamento do Abomaso à Esquerda (DAE) 
 Dilatação e Deslocamento do Abomaso à Direita 
(DAD) 
 Vôlvulo Abomasal 
As 3 tem etiologia similar mas com diferentes 
sintomas 
 DAE (80% dos casos); DAD associada aos vôlvulos 
 Geralmente associados a dietas ricas em 
carboidratos em vacas de alta produção ou 
puerpério pós parto 
 Distopia abomasal de alta incidência 
 Vacas leiteiras tem grande profundidade 
abdominal 
 Puerpério: pós parto 
 Hipomotilidade Abomasal 
 
! Sinais clínicos e exame físico 
 Anorexia, recusam concentrado (cetose), fezes 
escassas 
 Hipomotilidade/Atonia rumenal 
 Distensão abdominal: Dorsal esquerda = DAE ou 
Dorsal direita = DAD 
 Percussão auscultatória 
 Queda produção leiteira; Arqueamento de coluna 
 Perda de status corporal gradual; prostração; 
apatia 
 Taquicardia, taquipnéia, mucosas hipocoradas ou 
congestas, desidratação 
 Morte súbita 
 
omentopexia; Piloropexia 
 Laparotomia direita ou esquerda (acesso 
perpendicular alto / paracostal) 
 Ancoragem do abomaso 
 Explorar cavidade 
 Drenagem gasosa 
 Reposicionamento abomasal 
 Identificação duodeno, mesoduodeno, realiza 
ligação do piloro e prega espessa Omento maior 
 
 Sutura: Padrão SC e fio absorvível (Poliglactina, 
Poliglecaprone, Categut), tam 1 ou 2 
 
abomasopexia 
 Laparotomia Direita ou Esquerda 
 Ancoragem do abomaso 
 Sucção conteúdo abomasal 
 Curvatura maior do abomaso = sutura festonada 
contínua de 10cm - fio absorvível (Poliglactina, 
Poliglecaprone, Categut), tam 1 ou 2 
 Reposicionamento abomasal 
 Fixação do abomaso na parede abdominal 
@stebelmirovet 
 
25 
 
 Progressão ventral com agulha oculta; perfurar 
parede abdominal – usar um “botão” para fixar o 
fio na parede. 
 
PÓS OPERATÓRIO 
(ruminotomia; omentopexia; abomasopexia) 
 Antimicrobiano sistêmico 
 AINEs – para dor caso não esteja se alimentando 
 Curativo local 
 Acompanhamento clínico; fluidoterapia; 
transfusão de liq ruminal 
 
 Uso de anti-inflamatório no pós-operatório de 
bovinos 
 Glicocorticoides – usado apenas para dores 
extremas e em processos inflamatórios 
exuberantes 
 Uso rotineiro de antiflamatorios é prejudicial a 
cicatrização, causa custo adicional ao 
tratamento e pode causar ulceras de 
abomaso

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