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Universidade Nove de Julho Maria Lívia Tipos de Fraturas Fratura: • Qualquer ruptura, ou perda, na continuidade de um osso. Cuidados no Atendimento: • Imobilização cuidadosa; • Lesões secundárias; • Pontos a serem observados: ‣ Dor intensa no local; ‣ Dor que aumenta ao menor movimento; ‣ Edema local; ‣ Som parecido com amassar papel ao se movimentar; ‣ Rompimento de vasos/nervos; ‣ Paralisias. Classificação de Fraturas: • As fraturas são descritas em termos com várias características: ‣ Etiologia: a causa da fratura; ‣ Morfologia: o padrão da fratura; ‣ Gravidade: o grau de cominuição ou de uma articulação ou envolvimento de partes moles; ‣ Localização: que parte do osso ou segmento é afetada; ‣ Desvio: como os fragmentos ósseos desviaram- se um em relação ao outro. Etiologia: • Traumática: ‣ As lesões são causadas por trauma direto ou indireto; ‣ São o efeito de uma força anormal aplicada a um osso normal. • Patológica: ‣ Ocorrem dentro de um osso anormal ou doente e, com frequência, são causadas por trauma de baixa energia; ‣ São o efeito de uma força normal sobre um osso anormal; ‣ A patologia pode ser localizada isoladamente (depósito tumoral) ou generalizada (OP). • Fratura por Insuficiência: ‣ Osteoporose; ‣ Osteomalácia. • Fratura por Fadiga/Stress: ‣ Essas fraturas são o resultado da aplicação clínica de forças normais ao osso normal, com frequência excessiva. Morfologia: • Fraturas Transversas e Oblíquas: • Fraturas em Espiral: Universidade Nove de Julho Maria Lívia • Fratura por Avulsão: • Fratura Impactada: • Fratura Pediátrica: Gravidade: • Fraturas Expostas: ‣ Estas lesões justificam uma consideração especial por causa do alto risco de infecção pela contaminação. Muitas vezes, as fraturas expostas são descritas como compostas; ‣ Uma fratura é descrita como complexa se houver danos associados à uma estrutura adjacente; ‣ O comprometimento neurovascular é particularmente importante e várias vezes requer tratamento de emergência. • Fratura Intra-Articular: ‣ Uma fratura que rompe uma superfície articular é de particular importância, já que a incongruência articular após a consolidação vai predispor à artrose pós-traumática; ‣ O deslocamento evidente é uma indicação para a redução cirúrgica e a fixação. • Cominuição: ‣ Múltiplos fragmentos são indicativos de uma lesão de alta energia; ‣ Há maior risco de complicações e de lesão associada, como a pseudoartrose. Localização: • Algumas fraturas tem títulos epônimos em virtude dos usos e costumes de longa data. • Exemplos: ‣ Fratura de Colles: dos 2,5 cm distais do rádio que resulta em uma deformidade típica do “dorso do garfo” com translação e inclinação dorsal; ‣ Fratura-luxação do tornozelo de Maisonneuve; ‣ Luxação de Lisfrane da articulacao tarso metatársica. ‣ Esses termos são bastante imprecisos, para não mencionar injustos. Fratura-Luxação Uma fratura completa mas não deslocada é denominada sem desvio ou diz-se que está em posição anatômica. Da mesma maneira, a redução de uma fratura desviada para uma posição perfeita chama-se redução anatômica. Uma fratura (ou redução imperfeita) quase anatômica é considerada minimamente deslocada. O deslocamento da fratura é descrito em termos de: - Extensão: distração/encurtamento; - Angulação: varo/valho no plano coronal e flexão/ extensão no plano sagital; - Rotação: rotação interna e externa; - Translação: movimento anterior, posterior, medial ou lateralmente. Universidade Nove de Julho Maria Lívia Desvio (Deslocamento): • Deslocamento em Extensão: • Deslocamento por Angulação: este é descrito por referência ao ápice da fratura. • Deslocamento por Rotação: uma fratura pode estar girada internamente ou externamente. Melhor avaliado pelo exame físico que pela radiografia, a radiografia deve demonstrar ambas as articulações da região afetada. • Deslocamento por Translação: ocorre quando as superfícies da fratura se deslocarem lateralmente uma em relação à outra. O deslocamento é descrito em termos da posição do fragmento distal. Classificação de Fraturas: • Diafisárias: • Epifisárias: Diagnóstico: • Anamnese; • Exame físico; • Exame de imagem: ‣ Radiografia; ‣ Ultrassonografia; ‣ Tomografia (TC); ‣ Ressonância Magnética (RM). ABC’S da Fratura: • A: alinhamento e estabilidade; • B: qualidade óssea (Bone) e configuração da fratura; • C: cartilagem (envolvimento da articulação); • S: partes moles (Soft tissues). Universidade Nove de Julho Maria Lívia Prática: • Radiografia AP e P do punho esquerdo; o filme é de qualidade adequada; • Fratura transversa simples da extremidade distal do rádio esquerdo; • Há uma inclinacao dorsal de 20°, bem como encurtamento com perda de altura radial; • A fratura é extra-articular e existe um edema mínimo das partes moles (ou: há uma fratura de Colles do rádio distal esquerdo). Consolidação Óssea: • Primária: • Secundária: Tratamento: • O tratamento de qualquer fratura compreende 3 considerações principais: 1. A posição da fratura é aceitável ou precisa ser refuzida? 2. A fratura está estável ou precisa ser estabilizada? 3. Quando o paciente pode começar a utilizar e movimentar o membro? • Isso pode ser resolvido com o paradigma simples Reduzir - estabilizar - movimentar