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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT UNIDADE ACADEMICA DE FÍSICA - UAF LABORATORIO EXPERIMENTAL II PROF: LAÉRCIO DUARTE DA SILVA ALUNOS: IONAILTON DE ARAUJO SILVA JOSÉ VIEIRA NETO GABRIEL DE SOUZA DOS PASSOS MATRICULA: 119111533 121111434 12011111 RELATÓRIO: CAMPO MAGNÉTICO DE UMA ESPIRA CIRCULAR E DE UM SOLENÓIDE 26 de março de 2022 INTRODUÇÃO Um corrente temporal e senoidal variável produz em um solenoide um campo magnético induzido e uniforme e uma força eletromotriz induzida – f.e.m. – em uma bobina introduzida no interior de um solenoide. A tensão induzida em uma bobina de prova colocada no interior de um solenoide pode ser determinada utilizando a lei de Faraday. Para um solenoide com n espiras por unidade de comprimento, considerando o solenoide longo e percorrido por uma corrente I, tem-se: 𝐵 = 𝜇0 𝑛 𝐼 No caso presente, o campo magnético é produzido por um solenoide. Sendo B constante no seu interior, 𝜙 = BS. Se a bobina de prova tem N espiras, 𝜙 = 𝑁𝐵𝑆, onde B é o campo magnético, S é a área da secção transversal da bobina de prova. O fluxo para uma bobina de prova com N espiras é: 𝜙 = 𝑁𝑆𝜇0𝑛𝐼 Se uma corrente alternada I, onde 𝐼 = 𝐼0𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡, de freqüência f ou freqüência angular 𝜔 que flui pelo solenóide produzirá uma tensão induzida dada pela equação: 𝜀 = 𝑁𝑆𝜔𝜇0𝑛𝐼𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 Como podemos observar, a f.e.m. é uma função cosseno. Para medir a f.e.m. induzida com um instrumento convencional, multímetro analógico ou digital, deve-se tomar um valor médio quadrático e tem-se: 𝜀𝑟𝑚𝑠 = 𝑁𝑆𝜔𝜇0𝑛𝐼𝑟𝑚𝑠 Para a determinação da tensão induzida, é necessário primeiro determinar o fluxo magnético na bobina de prova, posicionada no interior do solenoide, ao longo do seu eixo. Assim, o gráfico da tensão induzida (f.e.m) em função da corrente deve seguir o padrão das figuras a seguir: C = tanα = ∆E/∆I C = NS.w.µ0.n Como ERMS = NS.w.B ERMS = NS.w.n. µ0.I ERMS = C.I Objetivos O presente experimento tem como principal objetivo o estudo do campo magnético de bobinas circulares, em especial o estudo do campo magnético de um solenoide, bem como os conceitos de fluxo magnético, verificação da Lei de Biot-Savart no campo de um solenoide, através do princípio de indução (Lei de Faraday). Material Utilizado o Fonte de tensão alternada o Amperímetro, Multímetro o Tábua com Espira Circular o Solenóide o Reostato o Bobina cilíndrica exploradora PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Inicialmente, montou-se o circuito para análise utilizando a espira circular e colocando a bobina exploradora em seu eixo. Após isso, foram anotados os valores dos parâmetros da Espira Circular, que foram: N = 20 voltas e R = 7,5 cm. Por fim, anotou- se os parâmetros da Bobina Exploradora de Prova, obtendo os valores N = 500 espiras e r = 0,74cm. Figura 1: Circuito para medir a f.e.m induzida. Ademais, foi estabelecida uma corrente de 2.0 A no circuito da espira circular e foi medido a tensão induzida ERMS na bobina exploradora em função da distância x do centro da espira circular para x = 0 até 15 cm, variando x de 1 cm a 1 cm. Desse modo, foram realizadas três medidas para cada posição a fim de utilizar os valores médios mais confiáveis. Os dados obtidos foram anotados na tabela abaixo: Tabela 1: Tabela da tensão induzida em função da distância ao centro da espira circular. X(cm) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 ε1(mV) 10,2 9,9 9,6 8,8 7,7 6,5 5,3 4,2 3,3 2,4 1,7 1,3 0,9 0,8 0,6 0,5 ε2(mV) 10,7 10,5 10,2 9,6 8,3 7,2 5,8 4,7 3,7 3,9 2,3 1,8 1,3 1,0 0,7 0,6 ε3(mV) 10,2 10,0 9,9 9,1 8,0 6,9 5,7 4,5 3,6 2,9 2,2 1,7 1,4 1,1 0,8 0,6 εm(mV) 10,4 10,1 9,9 9,2 8,0 6,9 5,6 4,5 3,5 3,1 2,1 1,6 1,2 1,0 0,7 0,6 Através da análise da tabela 1, foi possível construir o gráfico de ERMS em função de x para o circuito. Gráfico1 Gráfico ERMS em função de x para o circuito Ademais, pela análise gráfica, percebe-se que a curva diminui tendendo para o infinito à medida que a bobina se distancia da influência do campo magnético criado pela espira circular. Portanto, a partir do gráfico e da equação abaixo, é possível calcular o valor teórico da tensão induzida quando x = 7,0 cm. Logo: 𝐸𝑟𝑚𝑠 = 0,071. (2𝜋. 60). 20. (4𝜋𝑥10−7). 0,0742 2(0,0742 + 0,072)3 2⁄ 𝑥2 𝐸𝑟𝑚𝑠 = 3,8. 10 −3 𝑉 = 3,8𝑚𝑉 Em seguida, comparando o valor encontrado com o que foi medido em x =7,0 cm, como visto na tabela 1, obtém-se o desvio percentual: 𝛿(%) = |4,5 − 3,8| 4,5 𝑥100% = 15,5% Em seguida, montou-se o circuito colocando a bobina de prova dentro do solenoide em seu eixo com o auxílio do tubo de vidro para que o eixo da bobina se mantivesse paralelo ao solenoide. Depois disso, anotou-se os valores dos parâmetros para o Solenoide, n = 22,8 espiras/cm e para a Bobina Exploradora, N = 500 voltas e r = 0,74 cm. Figura 2: Circuito para medir a f.e.m induzida Dessa forma, variando a corrente no circuito do solenoide a intervalos de 0,1 A, foi medido a tensão induzida ERMS na bobina exploradora quando a correte variava de 0 a 1,0 A. Os dados obtidos foram anotados na tabela abaixo: Tabela 2: Tabela da tensão induzida em função da corrente aplicada usando um solenoide. I(A) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 €1 6,5 13,5 24,0 30,3 35,4 46,4 53,6 64,0 71,7 78,5 Através da análise da tabela 2, foi possível construir o gráfico de ERMS em função de IRMS para o circuito. Gráfico 2 Gráfico ERMS em função de IRMS para o circuito. Pela análise gráfica, é possível calcular o coeficiente angular com os pontos P1(0,3;24,9) e P2(0,8;64,0): 𝐶 = 𝑡𝑔𝛼 = (𝐸2 − 𝐸1) (𝑟2 − 𝑟1) = (64,0 − 24,9) (0,8 − 0,3) = 78,2 Comparando o valor de C (coeficiente angular), é possível calcular a área efetiva NS da bobina de prova no interior do solenoide: 𝐶 = 𝑁𝑆𝜔𝜇0𝑛 ⇒ 𝑁𝑆 = 𝐶 𝜔𝜇0𝑛 = 0,0782 2𝜋. 60.4𝜋𝑥10−7. 2280 = −0,071𝑚2 É visto ainda que a área da bobina de prova teórica é dada por: 𝑁𝑆𝑡𝑒𝑜 = 𝑛𝜋𝑟 2 = 500𝜋𝑥0,00742 = 0,086𝑚2 Portanto, calculando o desvio percentual: 𝛿(%) = |0,086 − 0,071| 0,086 𝑥100% = 17,4% Em síntese, analisando os gráficos, foi possível perceber que ambos se comportaram conforme esperado, ou seja, na primeira situação, quando o X (distância da bobina de prova ao centro da espira circular) for nulo, o campo magnético será máximo. Desse modo, à medida que o valor de X aumenta, o campo magnético diminui não linearmente. Por outro lado, em relação ao gráfico da f.e.m em função da corrente, percebeuse que o gráfico foi satisfatório, tendo em vista que na medida que a corrente aumenta, o valor da f.e.m induzida também aumenta. Considerações Finais A partir do presente experimento foi possível observar o comportamento da tensão induzida (f.e.m) no centro de uma espirar circular e no centro de um solenoide, completando o estudo já feito na disciplina com outros tipos de espiras e bobinas, além de elementos como a bússola, por exemplo. Com isso, foi possível analisar as características específicas do campo e da tensão induzida para esse tipo de espira e componente. Essa é uma maneira relativamente eficaz e prática de poder medir e analisar as grandezas magnéticas que muitas vezes são mais difíceis de compreender por serem mais difíceis de visualizar. Os erros obtidos não foram tão grandes observando pela perspectiva de que esta experiência é muito susceptível a influências externas e erros de leitura e observação, uma vez que o multímetro na maioria das vezes não está totalmente calibrado e apresentando um valor preciso, além da susceptibilidade de interferências e mal contatos com os cabos. Ainda assim, o resultado é satisfatório e razoavelmente próximo do valor teóricocalculado previamente, uma vez que o experimento não foi feito de maneira a se esperar uma precisão extrema Referências bibliográficas • HALLIDAY, David, 1916 – Fundamentos de Física/ Halliday, Resnick, Jearl Walker; tradução e revisão técnica Ronaldo Sérgio de Biasi. – Rio de Janeiro: LTC, 2009. • SAMPAIO, José Luiz, Física: volume único / José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. – 2ª ed. – São Paulo: Atual, 2005. • Apostila de Física Experimental II. APENDICE UFCG / CCT / UAF - DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL II PROFESSOR: LAERSON GONZAGA DE SOUZA DATA: 26/03/2022 PERÍODO: 2021.1 TURMA: 05 ALUNO (A): JOSÉ VIEIRA NETO IONAILTON DE ARAÚJO SILVA GABRIEL DE SOUZA DOS PASSOS PREPARAÇÃO - CAMPO MAGNÉTICO DE UMA ESPIRA CIRCULAR E DE UM SOLENÓIDE 1. Mostre que em um ponto a uma distância x do centro de uma espira circular de raio R sobre o eixo da espira. O campo magnético é dado por: B = [ 0 R 2 I] / [2(R2+ x2)3/2 2. Determine a expressão para o Campo Magnético no centro da espira. E a expressão para o campo em um ponto, onde x sejam muito maior que R. 3. Em qual o ponto da questão (1) B atinge o valor máximo? Determine o valor máximo que o campo pode atingir neste caso. Encontramos esse valor quando derivamos B em relação a x. Daí é visto que b atinge seu valor máximo no centro da espira. 4. No modelo de Bohr do átomo de hidrogênio, o elétron gira em torno do núcleo numa trajetória circular de raio 5,1x10 exp( -11)m. A quantidade de carga que passa em qualquer ponto da órbita por unidade de tempo é 1,1x10 exp(-3)A. Calcule o valor de B no centro da órbita. Utilizando a equação da questão 2 obtemos: B=13,54 5. Determinar expressão da f.e.m., induzida em uma bobina de prova quando ela for colocada em um ponto qualquer sobre o eixo da espira circular. I(t) = Io.senωt 6. Trace as linhas do campo magnético de um solenóide de comprimento finito com uma corrente constante. 7. Por que no interior de um solenóide comprido o campo magnético é quase uniforme e forte no centro. Pode-se expressar por B = 0 onI, onde n é número de espira por unidade de comprimento. O campo é constituído por um fio enrolado várias vezes, tomando uma forma cilíndrica, cada uma das voltas forma uma espira circula. Um solenoide de fio longo e reto pode ser usado para gerar um quase uniforme campo magnético, semelhante ao de um imã de barra. Para um solenoide, o campo magnético e dado por B = 0 n. I. No qual n é o numero de espiras e I a corrente que o percorre. Caso a corrente passante pelo solenoide seja alternada, B = 0 n. Io.senωt 8. O campo de uma espira circular é uniforme? Explique. Sim. O campo é praticamente uniforme no seu interior. Quando esse condutor é percorrido por uma corrente elétrica, também terá um campo magnético associado a ele e, praticamente, uniforme em seu interior. O solenoide tem suas extremidades associadas aos polos norte e sul (e um comportamento muito parecido com uma irmã natural em forma de barra) CÁLCULO PARA OS GRÁFICOS MILIMETRADOS -Tensão induzida em função da distância ao centro da espira circular Escala em x (X) 1. Inclusão da origem (inclui o 0) 2. Módulo da escala em x (150 mm valor estipulado para o cálculo) Mx = Lx / (Xf – X0) Mx = 150 mm / (15,0 – 0) My = 150 / 15,0 Mx = 10 mm/cm 3. Equação da escala em x Lx = 10 (X – X0) Lx = 10Δx 4. Passo usado Δlx= 20 mm 5. Degrau da escala em Δx Δlx = 10Δx 20 mm = 10mm/cm Δx Δx = 20 / 10 Δx = 2,0 cm Escala em y ((mV)) 1. Inclusão da origem (inclui o 0) 2. Módulo da escala em y (100 mm valor estipulado para o cálculo) My = Ly / (Yf – Y0) My = 100 mm / (10,4 - 0) My = 100 / 10,4 My 10 mm/(mV) 3. Equação da escala em y Lx = 10 (Y – Y0) Lx = 10Δy 4. Passo usado Δly= 20 mm 5. Degrau da escala em Δy Δly = 10Δy 20 mm = 10 mm/(mV) Δy Δy = 20 / 10 Δy = 2 (mV) - Tabela da tensão induzida em função da corrente aplicada usando um solenoide. Escala em x (X) 1. Inclusão da origem (inclui o 0) 2. Módulo da escala em x (150 mm valor estipulado para o cálculo) Mx = Lx / (Xf – X0) Mx = 150 mm / (1,0 – 0) My = 150 / 1,0 Mx = 150 mm/A 3. Equação da escala em x Lx = 150 (X – X0) Lx = 150Δx 4. Passo usado Δlx= 20 mm 5. Degrau da escala em Δx Δlx = 150Δx 20 mm = 150mm/A Δx Δx = 20 / 150 Δx = 0,1 A Escala em y ((mV)) 1. Inclusão da origem (inclui o 0) 2. Módulo da escala em y (100 mm valor estipulado para o cálculo) My = Ly / (Yf – Y0) My = 100 mm / (78,5 - 0) My = 100 / 78,5 My =1,3 1,0 mm/(mV) 3. Equação da escala em y Lx = 1,0 (Y – Y0) Lx = 1,0Δy 4. Passo usado Δly= 20 mm 5. Degrau da escala em Δy Δly = 1,0Δy 20 mm = 1,0 mm/(mV) Δy Δy = 20 / 1,0 Δy = 20 (mV)
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