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Apostila de Forragicultura Gratuita

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Prévia do material em texto

ForragiculturaForragicultura
Criado por @resuvet_
Informações
Caro leitor,
Todas as apostilas foram criadas com o intuito de
auxiliar nos seus estudos, contendo os principais
assuntos. Todos as informações contidas aqui,
foram retirados de artigos, livros e anotações
realizadas em aulas e no final do conteúdo você
pode acessar as referências. 
Aproveite as referências para ler mais sobre o
assunto, ficando como indicações de consultas. 
Lembre-se que a apostila não substitui livros,
sempre busque mais informações sobre o assunto. 
Beijinhos de luz, Resuvet.
@resuvet_ 
Forragicultura 
Introdução 
Forragiculuta é o estudo das plantas 
forrageiras. 
Forragem: alimento dado a alguns 
animais (gramíneas e leguminosas) com 
o objetivo de adicionar alimentos de boa 
qualidade na dieta. 
A qualidade da forragem depende da 
digestibilidade. 
Digestibilidade: é a capacidade do 
animal em utilizar seus nutrientes. Ela é o 
consumo subtraída pelas fezes. 
Valor nutritivo: é o que o animal absorveu 
da digestibilidade, ou seja, o que foi 
aproveitado. 
Termos Importantes 
Fibra: substância formada por vários 
componentes químicos de composição 
conhecida. As paredes das células 
vegetais são compostas por algumas 
estruturas. 
 
FDN: Fibra em detergente neutro 
- celulose 
- hemicelulose 
- lignina 
FDA: Fibra em detergente ácido 
- celulose 
- lignina 
Os termos FDN e FDA são utilizados para 
informar a qualidade das forragens, a 
ingestão de matéria seca, a 
digestibilidade e o valor nutritivo dos 
alimentos. Para ruminantes, o termo FDN 
refere-se o total de fibra insolúvel no 
alimento. 
Como é o aproveitamento dessas 
estruturas? 
▹Celulose: bom aproveitamento 
▹Hemicelulose: ótimo aproveitamento 
▹Lignina: sem aproveitamento 
Quanto maior o n° de lignina na planta, 
menor será sua digestibilidade e 
consequentemente menor será seu valor 
nutritivo. 
É importante lembrar que quanto mais 
velha a planta, maior será a quantidade 
de lignina e menor será seu 
aproveitamento. 
▹ Matéria Seca (MS): é a massa do 
produto subtraída da massa de água. 
▹ Matéria Seca Total: é o quando retira 
toda a umidade. 
 
 
 
 
@resuvet_ 
Manejo e Ensilagem de Milho 
A época ideal para plantio é de 15 de 
outubro a 15 de novembro. 
↪ melhor qualidade 
↪ maior produtividade 
Qualidade da Silagem 
Silagem de boa qualidade é obtida por 
meio da colheita do material no estágio 
adequado, minimizando os 
microrganismos indesejáveis e 
maximizando o rápido abaixamento do 
pH. Alguns fatores determinam a 
qualidade da silagem, são eles: 
▹ Escolha da espécie 
↪ milho, sorgo, cana, capim. 
▹ Estagio de maturação 
↪ quando colher 
▹ Matéria seca ideal ou umidade da 
silagem 
↪ MS ideal: 33 a 37% 
▹ Tamanho do corte ou picagem 
↪ 2 a 3cm 
▹ Compactação 
▹ Tempo de enchimento do silo 
▹ Método de retirada mínima 
↪ 20cm no mínimo 
▹ Clima 
As melhores plantas forrageiras para 
ensilagem são aquelas com elevado teor 
de açúcares solúveis. 
Fases do Processo de 
Fermentação 
O gráfico a seguir representa as fases do 
processo de fermentação da silagem de 
milho. São fases extremamente 
importantes para se ter uma silagem de 
qualidade. 
 
▹ Fase Aeróbica: é quando a plantação é 
cortada e colocada no silo. Nesta fase 
ainda possui oxigênio disponível, a 
respiração é aeróbica e os 
microrganismos aeróbicos produzem os 
carboidratos solúveis, CO2, calor e água. 
▹ Fase Anaeróbica: é quando não há 
mais oxigênio disponível, havendo um 
rápido crescimento de microrganismos 
anaeróbicos, principalmente 
enterobactérias produtoras de ácido 
acético e diversos tipos de bactérias 
heterofermentativas toletantes ao ácido 
acético e ao calor remanescente da 
respiração da fase aeróbica. Logo após 
inicia-se o processo de produção de 
ácido lático e etanol, resultando na queda 
do pH (< 5,0). São produzidos ácidos 
orgânicos, são eles: 
- ácido lático 
- ácido acético 
Desejados 
@resuvet_ 
▹ Fase de Abertura do Silo: é o momento 
que o silo será aberto para uso, nesta 
fase ocorre entrada de oxigênio e é nesta 
fase que ocorre a produção de ácidos 
orgânicos indesejáveis, como ácido 
butírico e ácido propiônico. 
- ácido butírico 
- ácido propiônico 
A silagem neste momento estará com a 
temperatura elevada e é neste momento 
que deve ter extremo cuidado, pois ela 
pode ocasionar o surgimento de 
bactérias produtoras de toxinas, 
causando intoxicações. 
Ponto de Ensilar 
Corta-se a planta toda quando os grãos 
estiverem no ponto farináceo, linha do leite 
a ½ do grão. Deve-se observar a linha do 
leite e lembrar que o amido é formado de 
cima para baixo. 
 
O ponto ideal para corte é quando estiver 
com ½ linha de leite. 
 
 
Qual o melhor tipo de milho para a 
silagem? 
O milho dentado é a melhor opção, pois 
facilita para as bactérias pegarem o 
amido e transformarem em ácido lático. 
 
Quando o milho está duro, o amido está 
mais compactado e a digestibilidade fica 
menor. 
O que não fazer na hora de ensilar? 
Colocar o milho com a mão na 
ensiladeira; pegar bandeira; compactar 
com os pés; descarregar o silo à mão; 
silagem trincheira sem declive; silo 
próximo a cochos; compactar com 
cavalo; tipo de lona utilizado; perda de 
efluentes (grande problema, MS: <30%). 
 
 
 
Indesejados 
@resuvet_ 
Fases Importantes 
O sucesso para a produção de uma boa 
silagem está diretamente relacionado às 
etapas que se seguem. O processo de 
ensilagem consiste das etapas de 
colheita, picagem, enchimento do silo, 
compactação da massa verde e 
vedação do silo. 
▹ Colheita: O ponto ideal de corte para 
a silagem de milho e/ou sorgo é 
quando a planta acumula a maior 
quantidade de matéria seca e 
qualidade nutricional. Em geral, esse 
ponto se dá quando os grãos atingem 
o estágio de farináceo-duro, ou 50% da 
linha do leite (Figura 1). A altura de corte 
da planta deve ser feita entre 5 e 10 cm 
de altura do chão. A matéria seca da 
planta deve estar em torno de 30% a 
35%. 
▹ Picagem: O tamanho ideal de 
partícula é de 2 a 3 cm. Partículas 
acima desse tamanho atrapalham o 
processo de compactação e permitem 
ao animal uma maior seleção, 
aumentando as perdas no cocho. 
Partículas abaixo desse tamanho 
provocam uma perda acentuada de 
nutrientes via efluente e favorecem uma 
compactação acentuada da massa. 
▹ Enchimento: o período de enchimento 
do silo requer um planejamento logístico 
para a utilização de máquinas e de 
mão de obra bem elaborados para que 
o processo ocorra de forma eficiente. O 
enchimento do silo deve ocorrer o mais 
rápido possível para que o processo 
fermentativo ocorra de forma 
homogênea em todo o material. 
Recomenda-se, no máximo, 3 (três) 
dias para o completo enchimento e 
vedação do silo. 
▹ Compactação: esta é a etapa mais 
importante do processo de confecção 
de silagem. É na etapa de 
compactação que ocorre a máxima 
expulsão de oxigênio de dentro do silo. 
Essa expulsão pode ser realizada de 
várias formas: pisoteio animal ou 
humano; tratos; com rolos ou tambores 
compactadores; entre outros. A máxima 
eliminação do oxigênio de dentro da 
massa ensilada irá propiciar condição 
para que o processo de fermentação 
ocorra de forma adequada e a 
qualidade do material seja mantida. 
Deve-se atentar para a super 
compactação que aumenta as perdas 
por efluente. A densidade de 
compactação ideal varia de 400 kg/m3 
a 600 kg/m3, dependendo o tipo de silo 
utilizado. 
▹ Vedação: Consiste na selagem do 
silo com lona plástica de dupla face 
(com a face branca para cima), 
material vegetal morto e terra. A 
vedação deve ser muito bem feita, a fim 
de minimizar ou não permitir a troca de 
oxigênio entre o ambiente e a massa 
ensilada. A cobertura de lona plástica 
com material vegetal seco e terra é 
muito importante para aumentar a 
durabilidade da lonae diminuir o 
aquecimento da superfície do silo, que 
pode acarretar perdas no valor 
nutricional. 
▹ Abertura e utilização: a abertura do silo 
deve ocorrer, no mínimo, 30 dias após 
a vedação. Para que a silagem chegue 
@resuvet_ 
com boa qualidade ao cocho dos 
animais, é fundamental estar atento a 
alguns cuidados importantes após a 
abertura do silo. Depois de aberto, a 
massa ensilada volta a ter contato com 
o oxigênio, o que que permite que 
microrganismos aeróbicos voltem a se 
desenvolver dentro do silo, levando a 
perdas. Assim, um bom manejo do silo, 
após aberto, é fundamental para se 
garantir o fornecimento de uma silagem 
de qualidade para o rebanho. É 
aceitável uma perda entre 10% e 15% 
da massa ensilada. Essa perda é em 
decorrência dos processos de 
fermentação e pelo reaparecimento de 
microrganismos indesejáveis com a 
exposição da massa ensilada ao ar. 
Outro fator importante não citado acima 
é o cuidado com o solo, onde irá 
plantar essas plantas forrageiras, é 
necessário preocupar-se com o 
potássio do solo, pois é ele quem dá 
vida ao solo. Não replantar a mesma 
espécie de forrageira também é 
importante! 
Ex: colheu milho; ao plantar 
novamente escolha outro tipo, como 
sorgo, nabo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@resuvet_ 
Dimensionamento de Silos 
O dimensionamento correto dos silos é 
primordial para a qualidade da silagem. 
Silagem: produto resultante d eum 
processo de fermentação na ausência de 
O2 por acidificação (diminuição do pH) 
do material verde vegetal (forrageiras). 
Silos: são estruturas ou dispositivos 
formando compartimento fechado onde a 
forrageira picada é colocada e 
compactada para expulsar o máximo 
possível de oxigênio. 
Ensilagem: é o processo que dá origem à 
silagem e consiste nas etapas de: 
- corte e picagem da planta forrageira 
- enchimento do silo 
- compactação da massa verde 
picada 
- posterior vedação do silo para que 
ocorra o processo de fermentação. 
Tipos de Silo 
Na escolha para a construção do silo 
deve-se levar em conta: o tipo que melhor 
se adapta às condições topográficas do 
local onde vai ser construído; o custo da 
construção e manutenção; e a facilidade 
do uso para carga e descarga. 
Silo de Superfície 
- Vantagens: não necessita de 
construção, tem baixo custo e maior 
flexibilidade da escolha do local. 
- Desvantagens: tem maior superfície para 
realizar a vedação; menor densidade da 
massa ensilada; maiores perdas e pode 
ter no máximo 5m de largura. 
 
Silo Trincheira 
- Vantagens: possui maior facilidade no 
enchimento e proporciona menores 
perdas. 
- Desvantagens: necessita de construção, 
maior custo, exige local com declive. 
 
Dimensionamento 
É necessário levar alguns pontos em 
consideração no dimensionamento de 
silos. Como o n° de animais que serão 
alimentados, levando em consideração o 
peso inicial e a produtividade que deseja 
alcançar; n° de dias ou período em que 
os animais receberão a silagem; 
quantidade de silagem fornecida aos 
animais/dia; a espessura de corte diário 
da silagem (mínimo 20cm); peso médio 
@resuvet_ 
da silagem/m³; percentual de perdas, 
considerada normal devido aos 
processos fermentativos. 
 
Fórmulas 
Trincheira: 1m³= 700 a 800 Kg 
 
Trincheira: 1m³= 500 a 550 Kg 
 
 
𝑉 =
(𝐵 + 𝑏) ℎ
2
 𝑥 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 
Após achar o volume coloque na regra de 
3, onde o valor encontrado será a 
quantidade que estará sendo retirada do 
silo. 
Trincheira 
1 m³ (700 a 800) 
 V x 
Supefície 
1 m³ (500 a 550) 
 V x 
Quando não se tem o valor da base 
menor: faça base maior x inclinação. O 
resultado subtraia pela base maior. 
b = B x i 
b = resultado - B 
 
 
 
 
Legenda: 
B: base maior – 4m 
b: base menor – 3m 
h: altura – 1,5m 
i: inclinação – 25% (0,25) 
Comprimento: quantos cm está retirando 
do silo, o mínimo é 20cm. 
Regras Básicas 
- A largura mínima da base menor 
são 3m porque a distância dos 
pneus são de 2m e ele precisa 
movimentar para compactar o 
lado. 
- A parede tem que ser inclinada, 
ter um declive. 
- Se tirar menos de 20 cm por dia 
vai ter um aquecimento da 
silagem. 
b 
B 
h 
@resuvet_ 
Calculando a Área de Plantio 
É quanto o produtor deverá plantar em 
365 dias. É necessário enteder alguns 
pontos. 
Consumo em matéria seca 
- Vaca de leite: 3,5 MS/dia 
- Bovino em confinamento: 2,5 MS/dia 
1) CONSUMO EM MS 
Primeiro calcula o consumo de matéria 
seca: vaca ou boi (lembre dos valores 
para cada um). 
Peso x consumo em MS 
2) CONSUMO DE RAÇÃO 
A ração possui 90% de MS e a silagem 
de milho possui 35%; 
Consumo de ração x 0,9 
3) TOTAL DO CONSUMO 
Consumo MS – Consumo Ração 
4) TOTAL DA SILAGEM 
Silagem de milho = 35% (0,35) 
Total do consumo
0,35
 
5) ÁREA DE PLANTIO 
É a quantidade necessária em 365 dias. 
Dado pela fórmula. 
Área de plantio = n° de animais x kg de 
silagem x 365 dias 
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜 = 
𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎
50
= ℎ𝑎 
O total é dado em tonelada, a tonelada 
dividida por 50 acha o valor em hectare 
(há). 
Exemplos 
Um produtor com 30 vacas, fornecendo 
15kg de silagem/vaca. (30 x 15 = 450kg). 
Ele fornece 450kg de silagem por dia. 
 
Não tem o valor da b: 
4,0 x 0,25 = 1 m 
4 – 1 = 3m 
Coloca na fórmula da área: 
20 cm: 0,2 
V = 
4,0+3,0
2
1,5 x 0,2 = 1,05m³ 
1m³ --- 700 kg 
1,05m³ --- x 
O produtor gasta 450kg/dia e está 
retirando 735kg/dia. Este silo não está 
adequado, o ideal é que ele mude para 
silo de superfície. 
 
 
V = 
3,0+2,0
2
1,5 x 0,2= 0,75m³ 
1m³ --- 500kg 
0,75 --- x 
h = 1,5m 
b = ?m 
B = 4m 
i = 0,25m 
X = 700 . 1,05 
X = 735kg/dia 
i = 0,25m h= 1,5m 
b= 3,0m 
B= 2,0m 
X = 0,75 . 500 
X = 375 kg/dia 
@resuvet_ 
Um confinamento com 100 vacas, quanto 
de milho deve ser plantado para alimentar 
vacas em 1 ano (365 dias)? Qual a área 
de plantio? 
Uma vaca come de acordo com o seu PV 
(peso vivo). 
Consumo de MS: 0,3 a 3,5% 
Se a vaca está produzindo em média 30L 
de leite por dia, quantos kg de ração que 
eu dou pra ela? 
1 kg ------- 3 L 
X kg ------- 30L 
X = 10 kg de ração por dia, por vaca. 
Se a vaca pesa 500 kg, quanto que é o 
consumo total de matéria seca por vaca 
nesta fazenda? 
3,5 ÷ 100= 0,035 
Consumo em MS: 
500kg x 0,035 = 17,5 kg MS/dia. 
Quanto que é o consumo dessa vaca em 
MS vindo da ração? 
Se ela come 10kg de ração por dia/vaca, 
então: 
90 ÷ 100 = 0,9 
 10kg x 0,9 = 9,0 kg de MS da ração. 
Qual o consumo total de MS vindo da 
silagem ? 
- consumo total : 17,5 kg 
- MS da ração : 9,0 kg 
Total do Consumo (fórmula) 
- 17,5 - 9,0 = 8,5 kg de MS vindo da 
silagem. 
- 8,5 kg ÷ 0,35 = 25 kg/dia/vaca 
(transformar para matéria natural) 
35% ÷ 100 = 0,35 
Então o consumo total por vaca/dia é: 
25 + 10 = 35 kg/dia. 
-> deve-se sempre colocar no cocho uma 
quantidade que sobre, 10% de sobra. 
25 kg de silagem + 10% de sobra = 27,5 
kg de silagem/dia/vaca. 
Qual a área que esse produtor tem que 
plantar? 
Uma média boa de produzir silagem por 
hectare, são 50 toneladas de matéria 
natural por hectare. 
Área a ser plantada (quando vai gastar de 
silagem) = 100 (vacas) x 365 (dias 
confinadas) x 27,5 kg (consumo por vaca 
dia) = 1.003.750 kg (tem que transformar 
em toneladas) 
1.003.750 ÷1000 = 1003,75 t. 
se: 
1 há -------- 50 t 
X há ------ 1003,75 t 
X = 21 há ser plantado. 
 
 
 
 
@resuvet_ 
CONFINAMENTO DE BOI 
Regras básicas: 
1) o consumo de MS de um boi em 
confinamento é de 2,0 a 2,5% do peso 
vivo; 
2) confinamento normal de 100 a 120 
dias; 
3) peso médio está entre 1,0 a 1,5 kg/boi; 
4) fechar o boi com 300 a 390 kg; 
5) calcular o consumo/peso no MEIO do 
confinamento. 
6) Ração é seca.MS da ração é 90% e a 
MS da silagem de milho é 35%. 
Um confinamento para 200 bois. A dieta 
vai ser a base de 40% de ração e 60% de 
silagem. O peso médio dos bois deu 360 
kg e com essa dieta, o objetivo é que cada 
boi, por dia, ganhe 1,5 kg em um período 
de 100 dias. 
Com 50 dias de confinamento faz a 
pesagem: 
1,5 kg (que ele ganha por dia) x 50 (dias) 
= 75 kg 
75 kg ele ganhou em 50 dias + o peso 
que ele entrou no confinamento que foi 
360 kg = 435 kg 
Qual o consumo de matéria seca por boi? 
435 kg x 0,025 = 11 KG de MS/ boi 
25% = 0,025 
Quanto de ração (kg) cada boi estará 
consumindo dessa MS? 
11,0 kg x 0,4 = 4,4 kg de MS vindo da 
ração. 
O que sobrou é da silagem: 
11,0 - 4,4 = 6,6 kg de MS vindo da 
silagem 
Passando para matéria natural: 
- ração (90%) : 4,4 ÷ 0,9 = 4,8 = 5,0 
kg de ração 
- silagem (35%) : 6,6 ÷ 0,35 = 18,8 = 
19 kg de silagem + os 10% de 
sobra que tem que ter + 21 kg de 
silagem. 
Área total que eu tenho que plantar de 
milho. 
200 (bois) + 100 (dias) x 21 kg de 
silagem/dia = 420.000 kg (tem que 
passar para toneladas, então divide por 
1.000) = 420 t 
1 há ----- 50 t 
X há ----- 420 t 
X = 8,4 há ou 9,0 há 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@resuvet_ 
Silagem de Grão Úmido e Sorgo
Introdução 
Qual a principal vantagem de trabalhar 
com silagem de grão úmido ou 
reidratado? 
Colher o grão com 30 a 40 dias antes 
de 30-40% de umidade 
Ao armazenar o grão, o pH cai devido a 
fermentação (ambiente ácido) e com isso 
a matriz proteica fica amolecida, 
facilitando a entrada de bactérias que irão 
consumir esse amido e produzir ácido 
lático. 
Esquema: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O fato do grão ficar amolecido, faz com 
que o ruminante apresente melhor 
digestibilidade, gerando alta 
concentração de energia (dentro do 
animal) e consequentemente melhora sua 
produção (seja leite ou carne). 
O armazenamento correto evita a 
contaminação com ratos, caruncho, urina 
fezes de bichos. 
Silagem de Planta 
Inteira x Silagem de 
Grão Úmido 
A silagem da planta inteira se faz o corte 
quando atingir 50% da linha de leite. A 
silagem de grão úmido não é matéria 
seca, a umidade ideal é de 35%. 
Pode ser armazenada por até dois anos, 
desde que todo o processo seja feito de 
forma correta, a ponto de conservar todos 
os nutrientes do grão. 
Como armazenar? 
É um processo de ensilagem em que 
estocamos somente os grãos da planta 
de milho. A colheita é feita com 
colheitadora convencional e deve ser 
realizada quando a umidade dos grãos 
estiver entre 30 e 40%. Após a colheita, os 
grãos devem ser moídos finos (suínos), 
quebrados ou laminados (bovinos de 
corte e leite e ovinos), com o objetivo 
principal de favorecer a compactação. 
As partículas devem ser de 4 milímetros e 
deve ser compactado. 
Os grãos devem ser armazenados em 
silos tipo bunker, trincheira ou bag’s, bem 
compactados e cobertos com lona 
plástica preta ou de dupla face. A silagem 
Armazenamento 
Fermentação 
Queda do pH 
Entrada de 
bactérias 
Amilolíticas 
Ácido Lático 
@resuvet_ 
de grãos úmidos é uma ótima opção 
para armazenar grãos de milho por 
longos períodos, com baixo custo e, 
principalmente, mantendo o valor 
nutricional. Armazena-se em média, 
1.000 a 1.200 kg de grãos úmidos por 
metro cúbico de silo. Uma silagem de 
qualidade depende da escolha de 
híbridos que apresentem grãos sadios e 
alto valor nutricional. 
Dica para armazenar: colocar dentro de 
um tambor de 200 L com água e soro de 
laticínio (tem que ser um soro de boa 
qualidade e água de consumo humano) 
e deixa fermentando em condições 
aeróbias, as bactérias desejáveis vão 
consumir o amido e ao passar 8 horas, 
começa a cair a % de ácido lático e 
amido, porque as bactérias vão estar 
consumindo, o ideal é que deixe por 
menos tempo e fazer a avaliação (3 
maneiras de valor nutritivo). O fubá 
molhado com soro, produzi mais ácido 
lática do que com água. 
Maneiras de avaliar o valor nutritivo: 
1. Digestibilidade in vivo; 
2. Digestibilidade in vivo; 
3. Digestibilidade in vitro; 
Qual a desvantagem da silagem de grão 
úmido? 
Primeiro: ao passar pela máquina, por ele 
ter 35% de umidade, dificulta a passagem 
na peneira e isso vai fazer com que fique 
“agarrando” e sempre terá que abrir para 
fazer a limpeza e desentupir. 
Segundo: intoxicação, devido o produtor 
dar 10L de fubá para a vaca, ele acha 
que pode dar a silagem na mesma 
proporção. Quando for fornecer, para a 
vaca leiteira, tem q começar com 2,5 kg e 
no máximo 3 kg/vaca/dia. 
Ocorre a intoxicação é ácido e o pH 
está baixo demais, se der 10L o pH 
ruminal vai cair muito rápido, podendo 
levar a vaca á óbito. 
Soro não pode ser descartado na 
natureza, deve dar o destino correto. 
Sorgo 
O sorgo é um cereal que teve sua origem 
na África e parte da Ásia, se 
apresentando como uma boa fonte 
alternativa de amido, substituindo o milho. 
Muito utilizado na alimentação de aves, 
suínos e ruminantes, seja como 
ingrediente de rações e suplementos ou 
como volumoso (silagem de sorgo, no 
caso de ruminantes), esse insumo, desde 
que bem trabalhado, pode trazer 
vantagens econômicas ao produtor. 
O sorgo apresenta boa resistência à 
seca e tolerância a temperaturas 
elevadas, se desenvolvendo bem em 
várias regiões agrícolas do Brasil, se 
caracterizando como uma excelente 
alternativa para o plantio na segunda 
safra e apresentando boa produtividade. 
Possui menor custo de produção, 
quando comparado ao milho 
(convencional e transgênico). Isso 
acontece porque o sorgo é menos 
exigente em nutrientes, 
@resuvet_ 
consequentemente, demandando menor 
quantidade de adubo, o que confere ao 
produtor menor custo de produção. Seu 
uso em dieta de bovinos permite reduzir o 
custo da diária da alimentar, pela 
diminuição do preço da ração e 
suplementos. 
 
Quais as desvantagens da ensilagem de 
sorgo? 
A planta do sorgo tem MENOR 
digestibilidade que a planta do milho, 
principalmente o FDN do sorgo que tem 
mais lignina. 
Possui um aproveitamento menor em 
relação ao milho, 25-30% a menos de 
valor nutritivo, e isso da um prejuízo 
enorme). 
Ex.: R$200,00 a menos por dia, e por 
mês R$6.000,00. 
Seu ponto de corte é mais difícil. 
- Coloração amarronzada está na 
hora de ensilar, e o ponto certo de 
corte é você ir no centro da panícula 
tirar uma sementinha e tentar 
quebrar na unha, se quebrar ainda 
não está na hora se tirar um grão e 
apertar e não estourar e não 
quebrar, ele passou do ponto. O 
ideal é pegar no centro da 
panícula, apertar o grão na unha 
ele quebrar e estar pastoso. 
- Em torno de 110 dias está bom, 
trabalhar com grão reidratado de 
sorgo. 
- Intoxicação (alta concentração de 
Hcn, chamado de Durrina); 
- Possui altos índices de taninos, que 
são eficientes para evitar doenças e 
afastar pássaros e insetos, no 
entanto, podem causar baixa 
digestibilidade e palatabilidade. 
Processamento 
O processamento dos grãos melhora a 
digestibilidade do amido e, com isso, o 
desempenho dos animais. No caso 
do sorgo, o processamento é de extrema 
importância, sendo um ponto de atenção 
a regulagem do moinho e a peneira que 
será utilizada, isso porque o grão 
do sorgo é menor do que do milho, o que 
dificulta sua quebra durante a mastigação 
e, como consequência, sua 
digestibilidade fica ainda mais 
comprometida. 
Os métodos de processamentos mais 
utilizados no Brasil são: moagem 
e sorgo reidratado. 
Moagem: é o processamento mais barato 
(R$ 50 a 70 a tonelada) e mais utilizado 
no Brasil. Esse processo rompe o 
endosperma e torna o amido mais 
exposto à ação dos microrganismos. 
Mas, diferente do milho, o sorgo deve 
passar por uma moagem mais fina, 
utilizando uma peneira de 2 mm. 
@resuvet_ 
Lembrando que é muito importante 
supervisionar com frequência o estado da 
peneira, evitando furosque permitam a 
passagem de grão de sorgo inteiro. 
 
Grão reidratado: está ganhando cada vez 
mais espaço nas fazendas, como uma 
alternativa de armazenamento dos grãos 
sem precisar descontar os custos com o 
armazém, onde são descontados a 
secagem e a limpeza. Essa técnica 
consiste na moagem do grão em peneira 
de 2 mm, adicionando água para elevar 
a umidade a 35%. Esse material pode ser 
armazenado em silos bag ou ainda em 
trincheiras, sendo que nesse caso deve 
ser feita a compactação com um trator, 
fechando com uma lona, assim como se 
faz com uma silagem. Sorgo reidratado, 
vira milho. 
Há 6 tipos diferentes de sorgo, o que é 
próprio para silagem é o duplo proposito. 
1. sorgo de grão 
2. sorgo forrageiro (ruim para vaca 
porque enche muito a barriga) 
3. sorgo duplo proposito 
4. sorgo pastejo 
5. sorgo vassoura 
6. sorgo sacarino 
No início do crescimento do sorgo, pode 
intoxicar a vaca, a partir de 1 metro não 
ocorre intoxicação. 
Objetivo fazer produtor ganhar dinheiro: 
35% de grão seco: teríamos que colocar 
de 30-35 % de água no grão. Vai 
depender da umidade, para cada 
tonelada de fubá deve-se colocar 300-
350 L de água para não sair embaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nada é resistente a seca, o sorgo é tolerante! 
@resuvet_ 
Silagem de Cana de Açúcar
Introdução 
Existem diversas variedades cultivadas 
de cana de açúcar, que se distinguem 
pela cor e altura do caule. O caule, 
também chamado de colmo, atinge 3 a 6 
m de altura, por 2 a 5 cm de diâmetro. 
Seu cultivo ocorre principalmente em 
clima tropical, onde se alternam as 
estações secas e úmidas. Sua floração 
começa no outono e a colheita se dá na 
estação seca, durante um período de 3 a 
6 meses. 
 
 
A janela de corte, ou seja, o tempo para 
cortar a cana é de 1 semana e vai de 
maio a setembro. Épocas chuvosas não 
são indicadas, pois perde o valor nutritivo, 
a reserva é mobilizada. 
O colmo é caracterizado por nos bem 
marcados e estrenós distintos. São 
espessos e repletos de suco açucarado. 
Sua composição pe de 15% de sacarose, 
13% de fibra e 72% de água. 
 
A ensilagem da cana é de 1 – 5 dias. Um 
problema encontrado ao colocar a cana 
pura no cocho para os animais, é que ela 
atrai abelhas, com a ensilagem isso não 
acontece. 
O valor nutritivo tem menor relação de 
FDN e melhor digestibilidade. 
 
Vantagens 
↪ Alta produtividade de MV/há (80-100 t) 
↪ Baixo risco operacional 
↪ Cultura semi-perene (6-8 cortes) 
↪ Cultivada em todo território nacional 
↪ Alto teor de energia na cana (40-44% de 
sacarose) 
@resuvet_ 
↪ Máximo de valor nutritivo na seca (“silo 
verde”) 
↪ Alta aceitabilidade 
Cuidados no Plantio 
A vida útil de um canavial está 
relacionando ao sulco que é feito para 
plantar a cana, quanto mais profundo 
maior sua vida útil. 
A escolha deve ser muito bem analisada, 
recomenda-se escolher cana de primeiro 
ano para realizar mudas. Os sulcos 
devem ser profundos, de 40 a 50 cm e 
espaçamento entre as mudas de 1 m 
para corte manual e de 1,20 – 1,50 m 
para corte mecanizado. E não deve se 
plantar a planta inteira, pois ela pende 
para o lado. 
Pegar duas canas e colocar dentro do 
sulco, em seguida cortar a cana 
manualmente em toletes. Cada tolete tem 
a gema onde vai brotar a cana. Vai cobrir 
o pé 20% por metro linear e cobrir com 
máx. 10 cm de terra. 
Quando a ensiladeira passa, sobra tocos 
de cana de 30 – 40 cm, o que fazer? 
Não é necessário realizar o corte, pois a 
sacarose presente nesses tocos vão 
servir de nutriente para um novo broto. 
Colheita: o gomo precisa estar maior, 
cada corte tem que ter de 3 - 4 gemas 
dentro do sulco e 12 - 14 gemas em metro 
linear. 
Desvantagens 
↪ a sacarose se transforma em etanol 
dentro de 45 dias e isso pode trazer 
problemas ao animal. 
↪ Baixo teor de PB (2,0-2,5%) limita 
consumo. Bovinos necessitam de 7-8% 
de proteína na dieta e por esse motivo é 
necessário utilizar aditivos para diminuir a 
perda de MS. 
↪ Baixa digestibilidade da fibra. 
↪ Corte diário ou no máximo 4-5 dias da 
cana cortada. 
↪ Presença de abelhas no momento do 
corte e no cocho. 
↪ Fase fermentativa prolongada, 45 dias. 
Animais que saem do pasto e passam a 
ficar somente no cocho onde é fornecido 
a silagem, é porque falta proteína em sua 
dieta. 
Aditivos 
Os aditivos aumentam a proteína e 
diminuem a fermentação. São eles: 
↪ Bacteriano: Lactobacilo Buchneri, 
reduz a transformação de sacarose 
em etanol. 
↪ Químico: 
CaO (cal virgem 1,0 a 1,5% na 
matéria natural); 
Ureia 1,0 a 1,5%. 
Importante: não pode utilizar aditivo 
bacteriano com a ureia, mas CaO com a 
ureia sim. 
@resuvet_ 
Cana de Açúcar Pura e Hidrolisada
Cana de Açúcar Pura 
É uma cana mais barata e se colhe o 
dobro; 
Não precisando preocupar com a época 
do ano, mas quando mais frio e seco 
melhor sua qualidade. 
A picagem deve ser bem fina, armazenar 
de preferência na sombra. 
Vantagem: alta produtividade. 
Desvantagem: presença de abelhas que 
diminuem a digestibilidade. 
Como fornecer a cana com ureia: 
É importante fazer o uso correto da ureia, 
pois ela pode intoxicar e levar a morte. 
Na primeira semana que irá começar a 
fornecer a cana, deve adicionar 1,5 kg de 
ureia e diluir em 8 L de água. 
Na segunda semana pegar 1 kg para 8 L 
de água e 100 kg de cana picada e 
misturar. 
Deve evitar água no cocho, pois a ureia 
em contato com a água se transforma em 
amônia. 
 
Cana Hidrolisada 
↪ Uso de cal virgem. 
↪ 1% na massa e logo depois de misturar 
fornecer depois de 8-12 h; 
↪ Sem presença de abelhas; 
↪ Pode armazenar até três dias após a 
mistura (evita corte diário); 
↪ Problemas com manuseio, maquinário 
e em estudos recentes mostra também 
problemas com a microbiota do rúmen. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@resuvet_ 
Silagem de Capim Elefante
Introdução 
O capim elefante tem origem na África e 
surgiu no Brasil na década de 70. 
As cultivares de Pennisetum purpureum 
são as forrageiras mais representativas 
do gênero Pennisetum, sendo 
comumente chamadas de capim-
elefante. 
 
Morfologia: o capim-elefante é uma planta 
perene, com rizomas bastante 
desenvolvidos e robustos, de crescimento 
cespitoso, formando grandes touceiras. 
Em função da grande diversidade da 
espécie, distinguem-se cinco grupos bem 
definidos em relação aos tipos básicos. 
São eles: 
↪ grupo Cameroon, 
↪ grupo Napier, 
↪ grupo Mercker, 
↪ grupo Anão, 
↪ grupo híbridos interespecíficos. 
Características morfológicas e 
fenológicas: ciclo vegetativo perene, 
crescimento cespitoso, colmos eretos 
cilíndricos, porte alto variando de 3,5 a 6,0 
m, com entrenós de 15 a 20 cm e 
diâmetro de até 2,5 cm, raízes grossas e 
rizomatosas. Folhas lineares com 
disposição alternada, bainha lanosa, 
fina, estriada; lígula curta e ciliada. 
Apresenta inflorescência em rácemos 
espiciformes. 
Tipos de solo: encontrado em 
praticamente todas as regiões do país e 
considerada a gramínea forrageira com 
maior potencial produtivo. É exigente em 
fertilidade do solo e em manejo do 
pastejo. Seu plantio é feito basicamente 
por mudas, o que restringe o 
estabelecimento de grandes áreas, 
recomenda-se o seu cultivo em solos 
bem drenados. 
Outras características: opção para 
produtores que não sabem ensilar. Possui 
muito FDN, ou seja, digestibilidade baixa. 
O capim no processo de ensilagem ele 
produz muito, 200-250 toneladas de 
matéria verde em três cortes. 
@resuvet_ 
Plantio 
Deve ser realizado no início da estação 
chuvosa. Caso o plantio seja adiado, as 
mudas não podem ser armazenadas por 
muito tempo. O plantio é feito em sulcos 
de 20 cm de profundidade com 
espaçamento de 50 a 60 cm entre as 
mudas. 
Adubações recomendadas: no plantio o 
adubo fosfatado deve ser aplicado de 
uma só vez no fundo dos sulcos. O 
nitrogênioe o potássio serão aplicados 
em cobertura após o pastejo e 
uniformização. 
Vantagens 
O corte na época certa, tem alto teor de 
proteína (10-12%) e o ruminante precisa 
de 7-8%, sendo suficiente para manter um 
ruminante, porém tem baixo teor de 
energia. 
Pode ser ensilado; 
Pode ser utilizada em um sistema rotativo 
com até 7 dias de ocupação, seguidos 
de 28 dias de descanso, sem prejuízos 
na produção de leite por vaca e hectare. 
Cuidados na Ensilagem 
Não pode deixar atingir 6 m de altura (80% 
de FDN); 
Cortar de 70-80 dias (de rebrota) com 
altura aproximada de 1,70 - 1,80 no 
máximo 2 metros, quando as folhas 
baixeiras (folhas de baixo) começam a 
secar. Não é viável deixar secar por 3 
dias. 
A folha seca possui certa quantidade de 
hemicelulose, o restante do capim é 
praticamente todo de lignina. 
Variedades 
Grupo Cameroon: plantas de porte ereto, 
colmos grossos e folhas largas com 
touceiras densas. 
 
Grupo Napier: colmos grossos, folhas 
largas, época de florescimento 
intermediaria (abril a maio) e touceiras 
abertas. 
 
Desvantagem 
Possui muita água e não tem carboidrato 
solúvel, tem apenas proteína. É um 
importante fator, pois não tomando 
cuidado ela pode se tornar uma silagem 
@resuvet_ 
com mal cheiro e escura. 
Alto teor de FDN e o primeiro corte 
coincide com períodos de muita chuva 
(dezembro e janeiro). 
Oque podemos fazer para melhorar a 
silagem de capim? 
Adicionar um absorvente que irá absorver 
a umidade. 
→ Quanto colocar? 
De 4-10 %, ideal = 6%, para cada 1 T de 
capim, colocar 60 kg de aditivo. 
→ Como é colocado? 
Adicionado quando ocorre o 
descarregamento no silo, ir misturando, 
não pode ser em camadas. 
→ Quais são esses aditivos? 
Polpa cítrica: é o aproveitamento do 
bagaço da laranja. É muito utilizada na 
silagem de capim, tem capacidade de 
absorver muita água, 3x mais q o peso 
dela 
Fubá: também pode ser adicionado no 
meio do capim para absorver a água e 
aumentar o teor de energia. Utilizado por 
pequenos produtores. 
Casquinha de café, de soja ou de 
qualquer produto seco que vai absorver a 
água. 
Aditivos químicos: bactérias (poucos 
trabalhos favoráveis), adicionado no silo 
em condições anaeróbias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@resuvet_ 
Silagem de Girassol
Introdução 
O girassol (Helianthus annuus L.) é uma 
alternativa para silagem, pois desenvolve 
muito bem em climas temperados, 
subtropical e tropical. Possui tolerância ao 
clima seco e a geadas leves, quando 
comparado ao milho e ao sorgo. 
A silagem de girassol apresenta alto valor 
energético e o teor de proteína que pode 
ser de 35% superior ao milho. 
Análise Bromatológica da Silagem de 
Girassol: 
 
Ponto de corte: fator determinante para a 
obtenção de silagem de boa qualidade. 
O processo é bem semelhante ao de 
milho, utilizando a mesma máquina, sem 
a necessidade de adaptação. Para 
possibilitar uma boa atuação das 
bactérias de ácido lático, a melhor época 
de corte é quando a planta de girassol 
apresenta o teor de matéria seca (MS) de 
30%. Nessa fase a parte posteior dos 
capítulos se tornam amareladas, as 
brácteas adquirem coloração amarelo a 
castanho e as folhas inferiores estão 
sonescidas. 
 
 
O tamanho das partículas deve ser 
uniforme, em toda a massa da silagem e 
o material deve ser picado em pedaços 
de 0,5 a 1,5 cm, para facilitar a eliminação 
do ar, promovendo uma fermentação 
satisfatória e uniforme. 
O enchimento do silo deve ocorrer o mais 
rápido possível, distribuindo camadas 
uniformes de 30 cm, inclinadas no sentido 
da entrada do silo e compactando com o 
trator para promover a saída de ar, 
controlando a respiração para beneficiar 
a ação das bactérias produtoras de 
ácido lático. Ideal é que o enchimento 
ocorra dentro de 72 horas e vedado com 
lona. 
O processo fermentativo ocorre após a 
@resuvet_ 
massa verde ser compactada, o 
ambiente fica anaeróbico e favorece a 
ação das bactérias do grupo coliformes 
de produzem ácido acético, que diminui o 
pH da silagem. Em seguida inicia-se a 
produção de ácido lático pelas bactérias 
láticas (Streptococcus, Lactobacillus, 
Pediococcus e Leuconostoc), que 
mantém o pH entre 3,2 e 4,2, evitando a 
ação do Clostridium, responsável pela 
produção de ácido butírico que deteriora 
a silagem e pode intoxicar o animal. 
Vantagens 
É um volumoso proteico, tem 12-13% de 
proteína e é energético 14-16 % de óleo 
(extrato etéreo). 
É tolerante a seca, uma boa opção para 
fazer rotação de cultura. Muito bom para 
o solo. 
Tem produtividade razoável (35-45 T/ha) 
e com boa aceitabilidade. 
Desvantagem 
O solo deve estar muito bem preparado. 
Para safra normal, não compensa. 
Baixa digestibilidade da fibra por conta da 
quantidade de óleo, esse óleo gruda nas 
fibras e impede as bactérias ruminais 
degradarem essa fibra. 
Problemas encontrados 
Ao trocar a silagem de milho por girassol, 
as vacas passaram a aceitar somente a 
silagem de girassol, devido sua 
aceitabilidade ser maior. Com isso, a 
produtividade caiu devido sua baixa 
digestibilidade (muito óleo). 
O fornecimento puro é viável, mas deve 
evitar fornecer silagem exclusiva de 
girassol para animais de alta 
produtividade. 
Como que você recomendaria a silagem 
de girassol? 
O produtor deve misturar o capim elefante 
com o girassol, excelente alternativa para 
lavouras grandes 
Adicionando 30% de girassol no meio da 
silagem de capim elefante, dando 
energia e proteína. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@resuvet_ 
Manejo de Pastagem
 
▫ Qual o objetivo? 
Conseguir um compromisso entre a 
conflitante demanda das plantas que 
necessitam de área foliar para a 
fotossíntese, e a necessidade de remover 
folhas para alimentar os animais. 
Manejar pastagem é criar estrutura de 
pasto para o consumo bovino, 
procurando não degradar o pasto e 
ganhar o máximo de produtividade 
animal. 
A produção de tecidos das plantas 
forrageiras depende da capacidade 
fotossintética de suas folhas, processo 
em que a radiação solar interceptada é 
transformada em energia química, que 
por sua vez é utilizada para converter 
dióxido de carbono (CO2) e água (H2O) 
em açúcares. Em torno de 90% da 
matéria seca (MS) dos vegetais é 
constituída de compostos orgânicos 
derivados desse açúcares. 
Para que esta capacidade do pasto em 
converter energia luminosa seja 
maximizada é necessário que a planta 
possua uma arquitetura adequada. Ou 
seja, uma elevada área foliar 
fotossinteticamente ativa e 
posicionamento adequado das folhas, de 
tal forma que assegurem uma elevada 
captação de energia solar e consequente 
assimilação de carbono. 
O pasto 3D é uma boa opção para um 
bom manejo. 
Pato em 3D é um pasto onde o animal 
consegue chegar 
A construção do Consumo em Pastejo 
▫ Número de refeições: é dado em 
quantas vezes o animal parou de ruminar. 
Ao pastejar chega um momento que ele 
fica satisfeito e inicia a ruminação, isso 
ocorre várias vezes ao dia. O n° de vezes 
que ele parou de alimentar e ruminou é o 
n° de refeições. 
▫ Duração da refeição: é o tempo que o 
animal ficou pastejando. Quando o 
capim está muito baixo, a duração da 
refeição é mais longa porque ele demora 
mais tempo para ficar satisfeito, 
consequentemente diminui o n° de 
refeições. 
▫ Volume do bocado: é a quantidade de 
matéria seca (MS) presente no capim e 
da massa que ele está se alimentando. A 
massa do bocado vai depender do 
volume e da quantidade de água 
presente no capim, que vai nos dar a 
densidade de MS. 
▫ Velocidade de ingestão: é a velocidade 
do momento da deglutição, que é 
dependente de quanto foi retirado da 
massa e de quantos bocados no capim 
para chegar a um volume bom para fazer 
o bolo alimentar. 
▫ Consumo diário da forragem: é 
dependente da velocidade de ingestão+ 
n° de refeições + duração de cada 
refeição. 
 
@resuvet_ 
Manejo de Pastagens 
O mês de agosto é seco, e com isso o 
volume do bocado diminui, pois o gado 
passa a selecionar os brotos e deixar a 
palhaça seca. O broto é rico em água, 
cerca de 90%, e isso pode ser um 
problema, pois causa diarreias, é 
popularmente chamada de “diarreia no 
início das águas“. 
Vacas de leite não pastejam muito tempo, 
seu n° de refeições é reduzido e por esse 
motivo o manejo de pasto em 3D se torna 
viável, pois na primeira refeição ela deve 
ficar satisfeita e logo em seguida ruminar. 
Os pastos pequenos possuem pequena 
área e pouca profundidade, portanto, o 
volume do bocado diminui. Usando o 
pasto 3D aumenta a taxa de bocado, 
mas a velocidade de ingestão e o n° de 
refeições diminuem, mas a produção é 
maior. 
Sempre escolher forrageiras que se 
adaptam ao clima, pois a entrada de luz 
é extremamente importante, ela aumenta 
o perfilhamento. 
Lembre-se que existe um ciclo: 
 
O animal quando ele pasteja ele tira toda 
auxina da planta (auxina: hormônios 
vegetais que controlam os movimentos 
das plantas em resposta à luz) e permite 
a luz entrar em sua base. 
Controle da Utilização 
 
▫ Taxa de lotação: número de animais por 
hectare o ano todo. 
▫ Taxa de rebrota: quantidade e qualidade 
da forragem, produções por animal e por 
área. 
▫ Capacidade do suporte da forrageira: 
quanto de animal por área. 
▫ n° de animais a pasto: levar em 
consideração a capacidade do suporte 
da forrageira e a taxa de lotação ou 
rotacionar. 
Portanto, se tem três situações para 
manejar o pasto. 
▫ Sub pastejo: 
↪ Taxa de lotação baixa (pouca vaca 
na área); 
↪ Maior ganho animal, porque está 
sobrando pasto (aumenta o número 
de boca e de refeições), mas o ganho 
por área é caro. 
↪ Pouco perfilhamento. 
 
@resuvet_ 
▫ Super pastejo: 
↪ Pasto baixo, os animais magros; 
↪ O ganho animal baixo, mas tem 
mais boi por área. 
▫ Amplitude ótima: manejar o pasto em 
uma altura de interceptação luminosa de 
95 %. 
↪ Quando 95 % da luz solar é 
incidente nesse capim (fica barrado 
em cima) e os 5 % atinge o solo, 
significa que é a hora de soltar o 
gado, lotação ótima! Acima de 100 % 
barrado em cima a folha seca. 
Métodos de Pastejo 
▫ Pastejo contínuo: utilizado para gados de 
corte, possui grande área. Apresentam 
grande n° de pequenas gastes e folhas 
menores, requer menor mão de obra e 
menor investimento/infra-estrutura. O 
gado é solto e permanece durante o ano 
todo. Com o manejo correto, se tem maior 
ganho de peso/animal. 
↪ Forrageira indicada: braquiárias. 
 
▫ Pastejo rotativo: o rebanho tem acesso a 
uma subdivisão da pastagem a cada 
momento, havendo momentos de pastejo 
e de descanso para cada subdivisão. 
Pastejo estacional ou diferido pressupõe 
a divisão de área em duas ou mais. Tem 
o objetivo de reservar um pasto para ser 
pastejado na seca. 
↪ Muito importante para o gado de 
recria. 
 
↪ Estacionalidade: termo empregado 
para o período do ano em que ocorre 
diminuição da produção das 
pastagens em virtude da redução na 
disponibilidade de fatores ambientais, 
como luz, temperatura. Para a 
realização do ajuste da oferta de 
forragem na época seca do ano 
pode-se trabalhar com redução da 
taxa de lotação, que na prática é a 
venda de animais, ou armazenando 
alimento. Nesse último caso, uma 
alternativa barata e muito fácil de 
implantar para reduzir os efeitos da 
estacionalidade de produção de 
forragem é o diferimento da 
pastagem. 
 
▫ Diferimento: o diferimento de pastagens, 
vedação ou produção de feno em pé 
pode ser entendido como uma estratégia 
de manejo que consiste em selecionar 
determinadas áreas da propriedade e 
excluí-las do pastejo, garantindo acúmulo 
de forragem para ser pastejada durante o 
@resuvet_ 
período de escassez, minimizando os 
efeitos da sazonalidade de produção de 
forragem. permitindo o acúmulo de 
grande massa de forragem. Essas áreas 
são vedadas de forma programada, do 
meio para o fim do período das águas, 
como forma de garantir forragem para ser 
pastejada no período seco. Tal técnica 
apresentam elevada quantidade de 
forragem, porém de baixo valor nutritivo. 
É importante olhar a altura do pasto, se 
tiver crescendo muito, deve colocar o 
gado e tirar novamente para não dar 
muita macegas, escomo/caule e pouca 
folha. 
 
Macegas – Erva daninha 
Quando for fechar o pasto, colocar um sal 
proteinado de alto consumo (tem que 
colocar sal proteinado e ter um capim 
bom). 
Requer especial atenção do produtor em 
devido ao longo período de rebrota a qual 
a planta forrageira é submetida, 
atentando para o ponto ideal de 
utilização, visto que o grande acúmulo de 
massa pode levar ao tombamento da 
planta devido sua altura, dificultando a 
desfolha e, consequentemente, baixo 
aproveitamento do material acumulado. 
▫ Para escolher o pasto diferido tem 
que tomar alguns cuidados: 
↪ Saber qual forrageira está na 
pastagem (folha fina, gomo fino…). 
↪ Saber qual altura de pasto é ideal 
para soltar na seca. 
↪ Jogar adubo (assim q fechar o 
pasto) e suplementar o animal. 
▫ Qual a melhor forrageira pra 
trabalhar? 
↪ Forrageira de menor altura; 
↪ Gomo fino; 
↪ Mais folha do que gomo; 
↪ Boa produção no outono; 
↪ Pouco florescimento; 
Mais recomendadas 
 
Não é indicado 
 
B. decumbens; 
 
Panicum Maximum; 
 
Brachiara; 
 
Paredão; 
 
Grupo Cynodon. 
 
Capim elefante 
 
As espécies do gênero Brachiaria e 
Cynodon são as mais indicadas para o 
diferimento devido ao hábito crescimento 
prostrado, pelo fato de acumularem maior 
quantidade de folha em relação ao colmo 
A categoria de animais indicados para o 
pasto diferido é aquela de menor 
exigência nutricional. 
A técnica do diferimento é uma prática 
que apresenta baixo custo de 
investimento e facilidade de implantação. 
No entanto, é necessário lembrar que 
pastagens diferidas sempre 
@resuvet_ 
apresentaram baixo valor nutricional e, 
por isso, essa técnica deve vir 
acompanhada de suplementação 
proteica para corrigir a dieta dos animais. 
Essa técnica não gerará grandes 
desempenhos ao rebanho devido ao seu 
baixo valor nutritivo. No entanto, é uma 
técnica prática e barata e que, 
acompanhada de suplementação 
proteica adequada, possibilita ganhos e 
também melhores gestão e desempenho 
do sistema pecuário adotado. 
▫ Pastejo rotacionado: o sistema é 
baseado na divisão da área de pastejo 
em 3 ou mais piquetes, que são 
submetidos a períodos alternados de 
pastejo e descanso. O tamanho dos lotes 
pode variar de acordo com o 
planejamento da propriedade. 
Apresenta excelentes resultados quando 
bem planejado. Deve-se avaliar antes da 
sua implantação: a oferta de água, as 
características da forragem a ser 
explorada, estruturas como cochos e 
bebedouros, correção e adubação do 
solo e, principalmente, o treinamento 
constante dos colaboradores sobre o 
manejo do sistema. 
Vantagens: maior uniforme do pastejo 
maior taxa de crescimento do pasto (kg 
MS/há x dia); maior capacidade de 
suporte (maior n° de animais); maior 
rendimento animal por área com aumento 
da taxa de lotação; melhor 
acompanhamento da condição da 
pastagem e do animal; impede a seleção 
negativa do gado durante o pastejo; 
fornece sempre forragem nutritiva; permite 
uma colheita do excesso de forragem 
com melhor qualidade para 
conservação; distribuição dos dejetos 
mais uniforme. 
Período de pastejo (uso de 
pastagem):1-5 dias 
Período de descanso (fechar a 
porteira): 20-45 dias 
Quando atingir 15 cm (braquiaria) está 
na hora de tirar! 
Exemplo: quando os animais 
entraram no piquete, a forrageira 
Tanzania estava com 70cm. 
Conforme o gado for comendo, 
quando chegar em 40 cm tira eles 
(Periodo de descanso), mas isso 
depende, se estiver chovendo comterra adubada, se com 25 dias 
chegou a essa altura, pode tirar o 
gado. 
O período de descanso (PD) vai 
depender do potencial de rebrota da 
forrageira, da chuva, temperatura e 
fertilidade do solo. 
▫ Quanto que uma vaca come por dia? 
1 unidade animal (UA) corresponde a 
450 kg de peso corporal. 
Exemplo: se uma vaca tiver 900 kg, 
ela corresponde 12 UA. Em média ela 
consome de 60-150 m², mas vai 
depender também de tanto de 
forragem disponível. 
▫ Período de Descanso: período que 
ocorre a restauração de reservas 
orgânicas. O pasto leva de 10-15 dias 
para começar a brotar de novo. Ele 
corresponde a condição de pré-
pastejo. Sob pastejo rotativo, a 
@resuvet_ 
duração do intervalo de pastejos 
sucessivos – período de descanso – 
é o que determina a recuperação do 
índice de área foliar (IAF) e, 
consequentemente, maximiza a 
produção de forragem em cada ciclo 
de pastejo 
Com o aumento no índice de área 
foliar (IAF) ocorre um aumento na 
interceptação luminosa e na eficiência 
de uso da radiação 
fotossinteticamente ativa. 
Quando atinge 95% de interceptação 
luminosa (IL) as folhas inferiores 
passam a ser totalmente 
sombreadas. 
A ausência de luz numa folha induz 
uma diminuição em sua atividade 
fotossintética, o que ocasiona uma 
aceleração na taxa de crescimento 
em condições ambientais favoráveis. 
Pequenas diferenças em altura 
podem ter grandes efeitos na 
competição por luz, pois uma 
diferença mínima é suficiente para 
uma folha se sobrepor a outra. 
 
Evolução da área foliar e interceptação de luz em 
pastos durante a rebrotação. Fonte: DA SILVA, 2009 
Quando trabalha com interceptação 
luminosa de 95% se tem maior ganho 
animal. 
 
Interpretação: a forrageira vai 
crescendo até atingir 95% (hora de 
soltar o animal no piquete). Antes 
disso, a planta tem pouco colmo e 
pouca folha morta embaixo. Antes de 
soltar o gado, vai ter uma competição 
por luz e com isso ela alonga o colmo, 
se não pegar luz na parte debaixo na 
moita da touceira, a folha vai morrer. 
▫ Pastejo protelado: possui período de 
descanso, principalmente na época 
chuvosa. Semeadura da pastagem 
como reserva para períodos secos. 
Permite que as espécies palatáveis se 
recuperem e aumentem a capacidade de 
competição com espécies indesejáveis. 
▫ Pastejo Rotativo em Faixas: consiste em 
dividir a área em faixa por meio de cerca 
elétrica móveis. 
 
 
@resuvet_ 
Planejamento Para 
Sistema Rotativo 
▫ N° de Piquetes: 
𝑷𝑫
𝑷𝑷
+ 𝒙 
A fórmula se dá pelo período de 
descanso divido pelo período de 
pastejo mais o n° da categoria de 
animais (1 ou 2). 
PD: período de descanso 
PP: período de pastejo 
x: categoria animal 
O período de descanso sempre é maior 
que o de pastejo. E temos que lembrar 
que nenhum dos dois (PD ou PP) pode 
ser fixo, porque o PD vai até onde a 
forrageira atingiu a IAF 95% e o PP até a 
altura de saída dos animais daquele 
pasto. 
▫ Número de Rotações: 
𝒖𝒔𝒐 𝒅𝒐𝒔 𝒑𝒊𝒒𝒖𝒆𝒕𝒆𝒔 (𝒅𝒊𝒂𝒔)
𝑷𝑫 + 𝑷𝑷
+ 
A fórmula se dá pelo n° de piquetes 
usados no dia dividido pelo período 
de descanso somado com o período 
de pastejo. 
▫ Área de Cada Piquete: 
𝒏° 𝑼𝑨 𝒙 á𝒓𝒆𝒂/𝑼𝑨 𝒙 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 𝒑𝒂𝒔𝒕𝒆𝒋𝒐 
A fórmula se dá pelo n° de animais 
multiplicado pela área por UA 
(quantas vezes o animal come por 
dia) multiplicado pelo tempo de 
pastejo (quanto tempo ela vai ficar 
pastejando naquele piquete). 
▫ Área Total: 
𝒏° 𝒅𝒆 𝒑𝒊𝒒𝒖𝒆𝒕𝒆𝒔 𝒙 á𝒓𝒆𝒂 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒅𝒂 𝒑𝒊𝒒𝒖𝒆𝒕𝒆 
Exemplo 1 
Produtor com uma área de 10 ha. Quanto 
em dinheiro ele conseguirá ganhar com 
esses 10 ha utilizando soja e milho? 
Cada vaca vamos tirar 10 L de leite e o 
preço do leite é aproximadamente R$ 
2,50. Quanto dinheiro ele vai ganhar? 
Dados: 
Área disponível para piquete : 10 ha. 
Cada vaca come: 50 m/dia. 
1 vaca: 10 L de leite 
1 litro de leite: R$ 2,50 
1 ha: 10.000 m² 
Projeto: 
PD: 30 dias(15-45 dias) ; 
PP: 3 dias (1-5 dias); 
X: 1 categoria 
Qual o n° de piquete? 
PD/PP + X 
30/3 + 1 = 11 piquetes 
Qual a área total? 
Vamos trabalhar em metros quadrados! 
Colocar na regra de 3. 
1 ha ------- 10.000 m² 
10 há ------ X 
X= 10.000 m² 
10.000m² x 10 ha = 100.000 m² 
100.000 m² é a área total que ele tem em 
10 há. 
@resuvet_ 
Área Total/ Número de Piquetes 
100.000 M² / 11 = 9.090 M² 
Área do piquete = 9.090 m² 
Área do piquete = n° UA x área por UA x 
tempo de pastejo 
Área do piquete = número UA x quanto 
que ela come por dia x quanto tempo ela 
fica pastejando 
9.090 m² = número UA x 50m/dia x 3 dias 
(que elas ficam dentro do piquete) 
9.090 = UA x 50 x 3 
9.090= 150 UA 
UA= 9.090/150 
UA = 60 vacas 
Cada vaca irá produzir 10L de leite. 
1 vaca ------ 10 L 
1 L de leite ------ R$ 2,50 
60 vacas ----- X 
600 L de leite ----- X 
X = 60 x 10 = 600 L de leite. 
X= 600 x 2,50 = R$ 1.500,00 por dia! 
Em 1 mês ele vai ganhar (1.500 x 30) R$ 
45.000,00 
Exemplo 2 
O produtor resolveu selecionar 20 vacas, 
ele quer saber quanto de área ele precisa 
com capim Tanzania para fazer piquete 
rotacionado para 20 vacas. 
Número de piquetes = 11 piquetes 
Temos que achar área de cada piquete. 
20 vacas comendo 100 m², cada vaca 
ficando 3 dias em cada piquete: 
20 x 100 x 3 = 6.000 m² 
6.000 m² é a área de cada piquete 
Se tem 11 piquetes: 
Área total (o que ela come por dia): 
número de piquetes x área de cada 
piquete 
11 x 6.000 = 66.000 m² (vai variar de 50 
a 100 m²) 
66.000 m² é a área necessária. 
Espécies Forrageiras Para 
Lotação Rotativa Intensiva 
Bovinos 
↪ Capim elefante; 
↪ Tanzânia, Mombaça, Tobiatã, Massal, 
Vencedor 
↪ Coast-cross, Tifton, Estrela africana 
↪ Braquiárias 
↪ Capim canarana 
Ovinos e Caprinos 
↪ Tanzânia, Aruana 
↪ Coast-cross, Tifton, Estrela africana 
↪ Braquiárias – não utilizar com ovinos! 
 
 
 
@resuvet_ 
 Nutrição Mineral de Plantas 
Forrageiras
Introdução 
As pastagens no Brasil são muito 
importantes, porque é uma fonte barata 
de alimento; 
Quanto mais coloca o animal para 
pastejar menor é o custo de produção. 
Problemas: 
As pastagens do Brasil são muito 
degradadas e quanto mais degradada: 
↪ menor o volume do bocado do 
gado; 
↪ mais tempo ele vai gastar na 
pastagem; 
Importante: 
1. Produtor não aduba o solo, porque 
acha que não precisa; 
2. É importante aplicar calcário para 
correção do solo, fornecer cálcio e 
magnésio que vão corrigir a acidez 
do solo, aumentando o pH. 
3. Não adubar no plantio, apenas 
jogar a semente, isso não é certo. 
No adubo de plantio o mais 
importante é o fosforo, pois é fonte 
de energia; 
4. Depois que a pastagem estiver 
crescendo tem que fazer a 
manutenção, adubação de 
cobertura com progênie e 
potássio; 
5. Se adubar tem que saber manejar, 
interceptação luminosa 95%. 
Nutrientes Necessários à 
Planta 
Ela precisa de alguns elementos 
essenciais, como: 
▫ Macronutrientes primários: nitrogênio, 
fósforo e potássio. 
▫ Macronutrientes secundários: cálcio, 
magnésio e enxofre. 
▫ Micronutrientes: a gramínea precisa de 
boro, zinco e molibdênio. 
Qual a diferenca de macro e 
micronutrientes para a planta? 
A absorção de macronutrientes pela 
planta é maior, enquanto que a absorção 
dos micronutriente é menor. No entanto 
não existe o mais importante e menos 
importante. 
↪ Lei do mínimo: nunca vai conseguir 
atingir o potencial genético daquela 
forrageira, onde o rendimento de uma 
safra é limitado pela deficiência de 
qualquer um dos nutrientes essenciais, 
embora todos os outros estejam em 
quantidade adequada. 
@resuvet_ 
Absorção de Nutrientes 
Ocorre através de três métodos: 
1. Interceptação radicular: ocorre 
pela raiz, que ao crescer vai ao 
encontro do nutriente. 
2. Difusão: quando o nutriente 
encosta naraiz e penetra, vai do 
meio mais concentrado para o 
menos concentrado. 
3. Fluxo de massa: o movimento 
dessa solução para baixo (tem 
um adubo que jogamos na 
superfície do solo e com a água 
ele desce no solo e vai pra raiz, 
esse adubo movimenta e é 
absorvido. 
Adubos 
Podem ser classificados pelo os que 
movimentam e pelo os que possui pouca 
mobilidade. 
↪ Movimentam: nitrogênio, potássio, 
fosforo, magnésio. 
↪ Pouca mobilidade: boro, cálcio. 
E eles podem ser: 
↪ Supersimples: 20% de fosforo 
↪ Supertriplo: 44% de fosforo (melhor) 
Nas pastagens o ideal é utilizar calcário 
dolomítico, pois ele fornece magnésio e 
uma pequena quantidade de cálcio. O 
calcário calcítico fornece o cálcio. 
O alumínio, tem que ser evitado, por isso 
utiliza o calcário porque ele tem atração 
pela hidroxila e assim não rouba o fosforo. 
O sistema radicular da gramínea. 
▫ Fósforo: a fonte de fósforo deve ser 
aplicado nas proximidades das 
sementes ou mudas; adubação 
diferenciada entre gramíneas e 
leguminosas, uma vez que o fósforo 
pode ser considerado o nutriente mais 
limitante para as leguminosas, uma 
vez que são capazes de incorporar 
nitrogênio no solo. Experimentos 
sugerem, quando em consórcio, que 
se aplique 2/3 do fósforo para a 
leguminosa e 1/3 para a gramínea; 
pode-se substituir parte das 
tradicionais fontes solúveis, como 
superfosfato simples, por fosfato de 
rocha, desde que se eleve as 
quantidades a serem aplicadas em 
no mínimo 1/3 em relação a fontes 
prontamente solúveis; os fosfatos de 
rocha devem ser incorporados ao 
solo com antecedência, 
preferencialmente antes da calagem, 
pois solubilizam mais rapidamente 
quando em solos ácidos. 
▫ Nitrogênio: o nitrogênio é o principal 
nutriente das gramíneas, 
proporcionando aumento imediato da 
produção de forragem. Solos 
deficientes em nitrogênio acarretam 
em crescimento lento, plantas de porte 
pequeno, com poucos perfilhos e o 
teor de proteína bruta torna-se 
insuficiente à alimentação animal. A 
fonte de nitrogênio no solo é a matéria 
orgânica, porém não diretamente 
absorvida pelas plantas. É necessária 
sua decomposição pela ação de 
microrganismos, de forma a liberar N 
prontamente assimilável. 
@resuvet_ 
É responsável pela quantidade de 
proteína que o capim tem e a 
produção de MS dele. A planta 
absorve na forma de nitrato e amônio. 
↪ Onde fica o nitrogenio na natureza? 
Grande parte na atmosfera. 
↪ Quais as formas de adubo 
nitrogenado? 
- Chuva com trovão e raio é uma 
das formas de depositar nitrogênio 
no solo (descarga elétrica). O raio 
pega nitrogênio gasoso com 
oxigênio da agua e transforma em 
nitrato. 
Bactérias, que conseguem fixar 
esse nitrogênio por meio do 
sistema radicular e eliminar nas 
gramíneas; 
Adubo químico: ureia, principal 
fonte de nitrogênio químico (45 % 
de nitrogênio). Em100 kg de ureia 
– 45% de nitrogênio. 
Sulfato de amônia 20% de 
nitrogênio e enxofre. 
▫ Potássio: os capins deficientes em 
potássio apresentam colmos finos e 
menos resistentes ao tombamento, 
suas folhas apresentam-se 
amareladas, com necroses. Em 
leguminosas, há comprometimento 
do sistema de nódulos, diminuindo a 
capacidade de fixação de nitrogênio 
pelas plantas. Sob condições 
normais, o potássio é reciclado pelas 
fezes e urina dos animais, devendo 
ser recomendado quando da 
realização da análise de solo. O 
potássio, assim como o nitrogênio, 
está sujeito à lixiviação, tendo alta 
mobilidade no solo. A principal fonte 
de potássio é o cloreto de potássio 
(60% K2O), que apresenta elevado 
índice de salinidade, não devendo ter 
contato direto com a semente. 
↪ O que o potássio faz? 
 - Regula pressão osmótica; 
 - Regula o pH dentro da planta; 
 - Comanda mais de 50 enzimas 
dentro da planta; 
 - Faz transporte de açúcar, 
hormônios na absorção; 
 - Resistente a pragas. 
Atenção: quando falta água a planta 
murcha suas folhas e isso ocorre pela 
falta de potássio, que regula a 
pressão osmótica e faz com que os 
estômatos da planta feche para não 
perder mais água. 
↪ Quanto devo colocar? 
- Recomenda-se de 80-90kg de 
cloreto de potássio. 
↪ Deficiência de potássio? 
 - A folha começa a secar e amarelar. 
▫ Enxofre: é importante, mas tem na 
matéria orgânica, está junto com a 
adubação fosfatada, é fornecido junto 
com outras adubações. 
↪ Qual o problema com enxofre na 
queimada? 
- 75% vai embora na fumaça. 
Depois de realizar a base do solo com 
calcário, fósforo, cálcio e magnésio, utiliza 
o nitrogênio que movimenta muito no solo. 
@resuvet_ 
Esse tipo de adubação é chamado de 
nitrogenada e é recomendada fazer 1x ao 
ano mediante a análise do solo. 
Pra adubar tem que tirar os animais e se 
tem duas opções 
↪ Cerca 
↪ Sequestro: principalmente no início das 
aguas, os animais ficam fechados por 30 
dias e são alimentadas de silagem de 
capim. Vale a pena porque estará 
recuperando o animal e dando um tempo 
pro pasto recuperar. 
Micronutrientes 
São eles o boro, zinco e molibdênio. 
Ao utilizar muito calcário se tem deficiência 
de micronutrientes, sendo necessário a 
adubação folhear com boro, zinco e 
mobiliei-o. 
Uma forma de adubar é o ILP (integração 
lavoura pecuária) ocorre a plantação da 
forrageira junto com milho ou em cima da 
braquiária. 
Perdas dos Nutrientes 
As perdas podem ocorrer por: 
▫ Lixiviação: lixiviação é um processo 
erosivo ocasionado a partir da lavagem 
da camada superficial do solo pelo 
escoamento das águas superficiais. Em 
geral, ocorre em solos sem a cobertura 
vegetal protetora, o que diminui, em 
elevado grau, a sua fertilidade ao longo 
do tempo. O nutriente vai descer no solo e 
ir pra natureza. 
 
▫ Volatização (evaporização): a 
evaporação é a passagem do estado 
líquido para o estado gasoso. Ela ocorre 
na superfície livre dos líquidos, de forma 
lenta e gradual, em qualquer temperatura. 
Ao adubar o solo molhado, quando ele 
seca a água ali presente irá evaporar e 
junto a essa evaporação, vai também os 
nutrientes. 
▫ Desnitrificação: a desnitrificação é um 
processo microbialmente facilitado, em 
que o nitrato (NO3- ) é reduzido e, em 
última análise, produz nitrogênio 
molecular (N2) através de uma série de 
produtos gasosos intermediários de óxido 
de nitrogênio. As bactérias precisam do 
nitrogênio para decompor, com isso o 
nitrogênio se esgota. 
 
@resuvet_ 
Sucesso na Adubação 
O solo deve ser analisado, procurar 
sempre um agrônomo para esse tipo de 
avaliação. 
Se a espécie responde a adubação e a 
idade da forrageira, não adianta adubar 
a pastagem depois que ela dá semente, 
se for forrageira tropical não adianta 
adubar no inverno, tem que adubar no 
verão, porque se tem água e temperatura. 
A temperatura é um fator importante, pois 
a planta precisa transpirar para absorver 
água. 
Pastos degradados é importante fazer 
calagem, que é a correção do solo, onde 
se corrige a acidez fornecendo cálcio e 
magnésio. 
Objetivo da análise de solo: 
↪ Correção da acidez; 
↪ Diminuir alumino e hidrogênio. O 
alumínio rouba o fósforo da planta, ao 
jogar calcário ele forma a hidroxila e 
então, o alumino gruda nela formando o 
hidróxido de alumínio, que faz o alumínio 
ficar retido liberando o fósforo para 
planta/solo. 
↪ Solo corrigido tem mais bactérias pra 
decompor matéria orgânica e com isso 
formar mais minerais 
Atenção: onde se tem cupim, a pastagem 
está degradada precisando de calcário, 
portanto não adianta desmanchar o 
cupim, deve aplicar e incorporar o 
calcário. Para ele agir leva em torno de 
60-90 dias, o ideal de abril e maio. 
O Que Fazer Após 
Correção do Solo? 
Realizar a adubação do plantio, que é 
chamada de fosfatada, pois fornece 
fósforo. 
A maioria dos nossos solos é carente em 
fosforo. O fosforo gera energia, é um dos 
nutrientes mais limitantes no solo,ele 
estimula o crescimento dos perfilhos (2° 
fase de germinação) e raiz. 
Se não adicionar o fósforo na adubação 
do pasto, ele cresce degradado e sua 
capacidade de perfilhamento é baixa. 
Deficiência 
Quando não se faz a adubação do solo, 
a pastagem demora mais para crescer, 
as folhas começam a ficar escurar e 
começam a morrer rapidamente, 
principalmente em épocas chuvosas. O 
sistema radicular não cresce (não 
aprofundou no solo) e por isso, no período 
de seca elas são intolerantes, as folhas 
passam a secar rapidamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@resuvet_ 
Classificação das Forrageiras
Morfologia das Plantas 
Dentre as várias classificações dadas ao 
s vegetais, podemos definir as plantas 
forrageiras como pertencentes ao grupo 
das Fanerógamas (vegetais superiores 
com raiz, caule flor e folhas), subgrupo 
das Angiospermas (possuem sementes 
dentro do fruto) e divididas em duas 
classes: Monocotiledôneas (folha s 
estreitas) e Dicotiledôneas (folhas largas). 
Raiz: A raiz pode derivar direta mente da 
radícola do embrião (durante a 
germinação) ou do caule. Essas são 
chamadas de raízes adventícias (muito 
comuns em gramíneas). As principais 
funções das raízes são a fixação da 
planta ao substrato (solo), a absorção e o 
transporte de água e nutrientes do solo 
para o xilema e deste para a planta toda. 
Em algumas plantas a raiz também pode 
funcionar como órgão de reserva 
(mandioca). Uma das principais 
características das raízes é que estas são 
desprovidas de gemas, folhas e folhas 
modificadas. Isso implica na 
impossibilidade de rebrota, ou seja, raízes 
não fazem brotação. 
 
Folhas: as folhas, originadas nas gemas 
do caule, são o principal local de 
ocorrência de fotossíntese e das trocas 
gasosas (oxigênio, gás carbônico, vapo 
d’água) com o ambiente externo. São 
órgãos nutritivos da forrageira, 
apresentam grandes concentrações de 
nutrientes e maior digestibilidade. 
 
Caule: possui gemas laterais, ou seja, 
estas podem dar origem à raiz, caule 
(ramos), folhas e flores. Sua função é 
funcionar como via de conexão entre 
raízes e folhas transportando água e 
nutrientes para as folhas e carboidratos 
destas para as raízes. Seu crescimento é 
comandado pelo meristema apical, 
situado na extremidade superior que dá 
origem a ramos, folhas e flores. 
 
@resuvet_ 
Classificação 
Existem duas famílias de forrageiras, são 
elas: 
↪ Poáceas (gramíneas); 
↪ Fabáceas (leguminosas); 
Poáceas 
As gramíneas estão agrupadas em 300 
gêneros e 5.000 espécies, sendo que 
75% das forrageiras são dessa família. 
Elas podem apresentar ciclos vegetativos 
anuais (milheto e aveia) ou perenes 
(braquiárias). 
Suas raízes são do tipo fasciculado, não 
possuem raiz principal e podem ser: 
↪ Seminais: originadas das sementes 
quando estão germinando. 
↪ Adventícias: originadas do caule, 
numerosas e pouco profundas. 
 
Seu caule é do tipo colmo e pode ser oco 
ou fistuloso. A região de crescimento 
encontra-se no ápice (meristema apical) 
e só após a eliminação deste é que a 
planta irá emitir perfilhos aéreos. 
Os caules podem apresensentar dois 
tipos de propagação. São eles: 
↪ Estolonífero: se desenvolvem 
horizontalmente, acima da superfície 
do solo. As gemas laterais tocam o 
solo e emitem raízes originando uma 
nova planta. Ex: tiftons, estrela 
africana, coast cross, etc. 
 
↪ Rizomatoso: emitem brotações 
abaixo da superfície do solo, que 
emergem próximas a planta mãe, 
originando novas plantas. 
 
As folhas das gramíneas originam do 
meristema apical e apresentam uma 
estrutura que envolve o colmo chamada 
bainha, seguida da lâmina foliar e 
desenvolvem-se alternadamente, uma 
para cada planta e as flores são 
distribuídas em ramos florísticos 
denominados inflorescências. 
@resuvet_ 
 
Classificação das 
Plantas Forrageiras 
Fabáceas 
As leguminosas pertencem ao reino 
vegetal Plantae, da classe 
Dicotiledôneas, subclasse Rosidae, 
ordem Fabales, família Fabaceae e 
subfamília Mimosoideae, 
Caesalpinioideae e Papilionoideae. 
Possui 457 gêneros e mais de 14.00 
espécies. 
Elas estão distribuídas em regiões de 
clima temperado, tropical e subtropical. 
Apresentam o fruto do tipo legume. 
Sua folha consiste em três partes: folíolo, 
pecíolo e peciólulo e estípula. 
 
Variedades de folhas: 
 
 
Os caules das fabaceaes são mais 
variados do que os colmos das 
poaceaes (gramíneas), há grande 
variedade em tamanho, comprimento e n° 
de ramos. 
A raiz possui o sistema radicular pivotante 
ou axial. 
↪ Raízes primárias: dominante e 
vigorosa. 
↪ Raízes secundárias: ramificações. 
O sistema radicular possui nódulos que 
faz a fixação biológica do nitrogênio. 
O ciclo vegetativo das leguminosas 
forrageiras tropicais apresenta ciclo 
perene ou bianual. A propagação é 
realizada através de sementes. As 
sementes de Fabaceae apresentam 
dormência. 
A dormência é uma estratégia de 
sobrevivência utilizada pela semente 
contra condições inseguras e/ou 
inadequadas no campo em que se 
encontram. Esse repouso fisiológico 
@resuvet_ 
permite que a semente continue viva e 
sua viabilidade permaneça intacta por um 
longo período de tempo, até as 
condições ambientais estarem favoráveis 
para a germinação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escala da Ilusão 
A partir da década de 1980, o processo 
de desmatamento e implantação de 
novas pastagens de maneira extrativista, 
aproveitando as condições naturais do 
ecossistema sem reposição nenhuma da 
fertilidade, e ausência de práticas 
conservacionistas tem gradativamente 
submetidas as pastagens a processos 
degradatórios. Os produtores adotam 
muitas vezes os avanços de fronteiras ou 
substituição por novas variedades mais 
adaptadas as condições de baixa 
fertilidade e com menor potencial 
produtivo e buscam a forrageira 
milagrosa. 
 
Qualidade das 
Forrageiras 
Com relação a qualidade, as forrageiras 
podem ser classificadas em três grupos 
distintos: 
↪ alta qualidade, composto por 
gramíneas dos gêneros: Panicum 
(tanzânia, mombaça, tobiatã, 
vencedor), Cynodon (estrela, 
coastcross e tiftons) e Pennisetum 
(cameroon, napier e anão). 
↪ média qualidade, formado pelas 
gramíneas do gênero: Brachiaria 
(ruziziensis, decumbens e marandu), 
Hyparrhenia rufa (jaraguá) e 
Andropogon (planaltina e baeti). 
↪ baixa qualidade constituído pelas 
gramíneas do gênero: Brachiaria 
(humidicola e dictyneura cv. Llanero). 
As diferenças entre esses grupos 
parecem estar relacionadas, 
principalmente, com o conteúdo de 
proteína bruta e consequentemente com 
a redução no consumo voluntário e na 
produção animal. 
 
DORMÊNCIA 
Presença de um 
tegumento impermeável 
à penetração de água 
Impedindo a germinação 
da semente 
Alta % de dureza das 
sementes – 69 a 90% 
@resuvet_ 
Classificação das 
Forrageiras 
Pennisetum purpureum Schum 
Nome comum: Elefante, Napier ou capim 
elefante. 
Origem: África 
Morfologia: colmos eretos, espécie 
perene, folhas com coloração verde 
escuro ou claro, inflorescência com 
panícula sedosa, alcança 3 a 5 m de 
altura, espiguetas bifloradas (providas de 
duas flores ou grupos de duas flores) com 
superior fértil. 
Características: alta exigência em 
fertilidade, exige muita adubação, 
crescimento cespitoso, a gema cresce 
para cima. 
Plantio: multiplicação por muda (90 a 120 
dias), espaçamento de 60 a 1,20m. 
Gasto de mudas é de 2 a 4/há na 
proporção de 1:10. 
Cultivares: Napier, Napier Roxo, 
Cameroon, Porto Rico, Paraíso, Taiwans, 
Pioneiro, etc. 
Composição químico: 9 a 12% PB na MS 
(60 a 80 dias), 1 a 3% PB na MS em 
estágio avançado, FDN de 70 a 80%, 
DIVMS de 45 a 55% planta inteira. 
Utilização: corte (equinos), ensilagem e 
pastejo com boa aceitabilidade. 
Ensilagem: baixo teor de CHOs, alta 
umidade, uso de aditivos que absorvem 
a umidade(polpa cítrica, fubá). 
 
 
Napier: sementeia mais cedo, tem folha 
fina. Dois cortes. 
Cameroon: é o mais indicado, pois 
sementeia menos. Tem folha larga. Três 
cortes. 
 
Panicum maximum 
Cultivares: Colonião, Tanzânia I, Mobaça, 
Massai, Tobiatã, Vencedor. 
Origem: África 
Morfologia: gramínea perene que cresce 
em touceiras com altura média de 1 m, 
composta por grande n° de perfilhos finos 
@resuvet_ 
e predominantemente eretos. Suas folhas 
apresentam laminas estreitas (largura 
média de 1 cm), longas e curvadas e 
bainha recoberta por pelos curtos e 
duros. 
Características: adapta-se bem em 
regiões onde a precipitação anual excede 
1.000 mm. Tem a exigência de solos 
férteis. Florescência em cacho, sementes 
pequenas e bem espalhadas. 
Plantio: sementes 3 a 5kg puras e viáveis, 
com rendimento de 10 a 20t MS/ha. 
Utilização: pastejo, ensilagem e fenação. 
Manejo: entrada de animais deve ocorrer 
quando estiver de 90 a 1,20 m. A saída 
ocorre quando estiver de 30 a 40 cm. 
Altura de entrada: 60 cm - Paredão; 
70 cm - Tanzânia; 
90 cm – Mombaça. 
 
Cynodon 
Nome comum: capim bermuda ou capim 
de burro. 
Morfologia: planta perene, apresentando 
rizomas delicados. Os ramos de 
crescimento vertical atingem cerca 50 – 
70 cm de altura e os de crescimento 
horizontal chegam a alguns metros. As 
lâminas foliares são lineares, com 1,5 a 
10 cm de comprimento, 1-5 mm de 
largura, plantas ou dobradas, 
esparsamente pilosas ou glabras, 
ásperas e acuminadas. 
Características: alta exigência em 
fertilidade, boa tolerância à seca, boa 
aceitabilidade pelos animais (bovinos de 
corte e leite, equídeos, caprinos e ovinos). 
É um dos melhores capins. 
Plantio: multiplicação por muda (90 a 120 
dias), espaçamento de 60 a 1,20m. 
Gasto de mudas é de 2 a 4/há na 
proporção de 1:10. 
Cultivares: coast cross e tifton. 
 
 
Brachiarias 
- Brachiaria Documbens Staf 
Características: gramínea de ciclo 
vegetativo perene e forma de crescimento 
decumbente. Adapta-se muito bem a 
solos de média a baixa fertilidades e 
requer uma precipitação anual em torno 
de 1000 mm. 
Tolerância: por ter um sistema radicular 
bem profundo, resiste muito bem à seca. 
Apresenta média resistência ao frio, boa 
Coast Cross Tifton 
@resuvet_ 
tolerância a sombreamento e baixa 
tolerância a solos encharcados. 
Problemas: é altamente susceptível à 
cigarrinha das pastagens; Podem causar 
fotossensibilização. 
Cigarrinhas das pastagens: sugam a 
seiva da planta e injetam toxinas. Isso 
provoca aquele amarelecimento 
característico, chamado de “queima 
do pasto”. Os ovos são colocados no 
solo e, em períodos secos, 
permanecem inativos. Quando 
começa a estação chuvosa, 
eclodem, por esse motivo acontece 
após os períodos chuvosos. 
 
 
Fotossensibilização: ocorre em 
bovinos, atingindo mais a faixa etária 
que vai da desmama até os dois 
anos. Esta sensibilização da pele à 
luz, também é conhecida vulgarmente 
pelos nomes de "requeima" e 
"sapeca" e se caracteriza por uma 
dermatite. Levam à deposição de 
material cristalóide nos ductos biliares, 
células de Kupffer e parênquima 
hepático. 
 
Indicação: pastoreio direto, para fenação 
e para fazer rolões e ensilagem. 
Manejo: período normal de plantio, 
apresenta tempo de formação em torno 
de 90 dias. O primeiro pastoreio pode ser 
feito nessa fase, entre 90 e 100 dias após 
a germinação. Nesse momento, a planta 
apresenta altura em torno de 80 cm. O 
gado deve ser retirado quando esta 
estiver com altura em torno de 30 cm. 
 
- Brachiaria brizantha 
Nome comum: Brizantha, Braquiarão. 
Cultivares: Marandu, MG4, MG5 e Xaraés. 
Origem: África Tropical e do Sul 
Morfologia: Crescimento ereto e 
cespitoso, formando touceiras. Porte 
médio, com altura entre 0,85 m e 1,10 m. 
Colmos verdes, finos, bainhas foliares 
@resuvet_ 
com poucas pilosidades, lâmina foliar 
sem pilosidade. Apresenta perfilhamento 
aéreo. Inflorescência característica 
apresentando muitos ramos (até 12). 
Características: ciclo perene, sua forma 
de crescimento é em touceiras e semi-
ereta, tem crescimento livre de 1,0 a 1,20 
m. Possui boa digestibilidade e boa 
palatabilidade. Alta resposta à 
adubação, sua tolerância a secas é 
mediana, mas é tolerante/resistente à 
cigarrinha das pastagens. Altura de 
entrada é de 35-40 cm. 
 
O que a difere da Decumbers é sua 
florescência, de fevereiro a março, 
quando os dias começam a diminuir. 
 
- Brachiaria ruziziensis 
Nome comum: Ruziziensis e capim 
congo. 
Características: bem semelhante a 
decumbens, não é exigente em 
fertilidade, tem coloração verde 
amarelada, é mais macia. Tolera menos 
os animais, mas é bom utilizar no meio 
dos cafezais, pois o sistema radicular 
dela é profundo para fazer palhada, 
devolver nutriente para o solo. 
Produtividade: 10 a 20% menor 
comparada com decumbens. 
 
- Brachiaria radicans Napper 
Nome comum: Tanner grass, Braquiária 
do brejo. 
Características: pouco exigente em 
fertilidade, tolera solos úmidos, tem 
rendimento de 9 t MS/ano. Seu 
crescimento é rizomatoso e estolonífero. 
Tem alto teor de nitrato e isso pode ser 
tóxico, causa distúrbio metabólico, 
quando o pastejo é exclusivo dessa 
espécie (ocorre disfunções renais, 
animais começam a urinar sangue, 
equinos apresentam edemaciamento de 
membros). Não possui pelos locais, é 
bem lisa, suas folhas são menores. 
 
@resuvet_ 
 
- Brachiaria humidicola 
Nome comum: capim agulha, quicuio da 
Amazonas e Braquiária Espetudinha. 
Características: Importante forrageira no 
Amazonas, é tolerante a seca, geadas e 
solos mais úmidos, sua multiplicação 
ocorre por sementes, é consumida por 
equinos. 
 
 
- Brachiaria plantaginea 
Nome comum: capim marmelada, capim 
mimoso e capim doce. 
Características: gramínea anual, planta 
invasora em outras culturas, exige boa 
fertilidade do solo; 
 
Hyparrhenia rufa 
Nome comum: capim Jaraguá, capim 
provisório e vermelho. 
Características: é medianamente exigente 
em fertilidade, boa aceitabilidade, 
gramínea cespitosa (atinge 3m de altura), 
tem crescimento em touceira, gramado se 
pastejado frequentemente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chegamos ao fim da apostila!
Foram muitas páginas de aprendizado e eu espero
que a apostila tenha auxiliado nos seus estudos!
Tentei utilizar uma linguagem fácil e colocar
imagens para auxiliar seu entendimento. O mini
atlas foi uma maneira que encontrei de você se
inteirar sobre as doenças e as características que
elas apresentam. 
Se você gostou do conteúdo ou quer fazer alguma
crítica, ou dar alguma dica para as próximas
apostilas, deixe seu feedback no e-mail
resuvetstudy@gmail.com ou pelo Instagram
@resuvet_
 
Não se esqueça que a apostila não substitui
os livros, ela é um roteiro para você seguir. Não
deixe de pesquisar mais informações.
Até a próxima, Resuvet.

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