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ForragiculturaForragicultura Criado por @resuvet_ Informações Caro leitor, Todas as apostilas foram criadas com o intuito de auxiliar nos seus estudos, contendo os principais assuntos. Todos as informações contidas aqui, foram retirados de artigos, livros e anotações realizadas em aulas e no final do conteúdo você pode acessar as referências. Aproveite as referências para ler mais sobre o assunto, ficando como indicações de consultas. Lembre-se que a apostila não substitui livros, sempre busque mais informações sobre o assunto. Beijinhos de luz, Resuvet. @resuvet_ Forragicultura Introdução Forragiculuta é o estudo das plantas forrageiras. Forragem: alimento dado a alguns animais (gramíneas e leguminosas) com o objetivo de adicionar alimentos de boa qualidade na dieta. A qualidade da forragem depende da digestibilidade. Digestibilidade: é a capacidade do animal em utilizar seus nutrientes. Ela é o consumo subtraída pelas fezes. Valor nutritivo: é o que o animal absorveu da digestibilidade, ou seja, o que foi aproveitado. Termos Importantes Fibra: substância formada por vários componentes químicos de composição conhecida. As paredes das células vegetais são compostas por algumas estruturas. FDN: Fibra em detergente neutro - celulose - hemicelulose - lignina FDA: Fibra em detergente ácido - celulose - lignina Os termos FDN e FDA são utilizados para informar a qualidade das forragens, a ingestão de matéria seca, a digestibilidade e o valor nutritivo dos alimentos. Para ruminantes, o termo FDN refere-se o total de fibra insolúvel no alimento. Como é o aproveitamento dessas estruturas? ▹Celulose: bom aproveitamento ▹Hemicelulose: ótimo aproveitamento ▹Lignina: sem aproveitamento Quanto maior o n° de lignina na planta, menor será sua digestibilidade e consequentemente menor será seu valor nutritivo. É importante lembrar que quanto mais velha a planta, maior será a quantidade de lignina e menor será seu aproveitamento. ▹ Matéria Seca (MS): é a massa do produto subtraída da massa de água. ▹ Matéria Seca Total: é o quando retira toda a umidade. @resuvet_ Manejo e Ensilagem de Milho A época ideal para plantio é de 15 de outubro a 15 de novembro. ↪ melhor qualidade ↪ maior produtividade Qualidade da Silagem Silagem de boa qualidade é obtida por meio da colheita do material no estágio adequado, minimizando os microrganismos indesejáveis e maximizando o rápido abaixamento do pH. Alguns fatores determinam a qualidade da silagem, são eles: ▹ Escolha da espécie ↪ milho, sorgo, cana, capim. ▹ Estagio de maturação ↪ quando colher ▹ Matéria seca ideal ou umidade da silagem ↪ MS ideal: 33 a 37% ▹ Tamanho do corte ou picagem ↪ 2 a 3cm ▹ Compactação ▹ Tempo de enchimento do silo ▹ Método de retirada mínima ↪ 20cm no mínimo ▹ Clima As melhores plantas forrageiras para ensilagem são aquelas com elevado teor de açúcares solúveis. Fases do Processo de Fermentação O gráfico a seguir representa as fases do processo de fermentação da silagem de milho. São fases extremamente importantes para se ter uma silagem de qualidade. ▹ Fase Aeróbica: é quando a plantação é cortada e colocada no silo. Nesta fase ainda possui oxigênio disponível, a respiração é aeróbica e os microrganismos aeróbicos produzem os carboidratos solúveis, CO2, calor e água. ▹ Fase Anaeróbica: é quando não há mais oxigênio disponível, havendo um rápido crescimento de microrganismos anaeróbicos, principalmente enterobactérias produtoras de ácido acético e diversos tipos de bactérias heterofermentativas toletantes ao ácido acético e ao calor remanescente da respiração da fase aeróbica. Logo após inicia-se o processo de produção de ácido lático e etanol, resultando na queda do pH (< 5,0). São produzidos ácidos orgânicos, são eles: - ácido lático - ácido acético Desejados @resuvet_ ▹ Fase de Abertura do Silo: é o momento que o silo será aberto para uso, nesta fase ocorre entrada de oxigênio e é nesta fase que ocorre a produção de ácidos orgânicos indesejáveis, como ácido butírico e ácido propiônico. - ácido butírico - ácido propiônico A silagem neste momento estará com a temperatura elevada e é neste momento que deve ter extremo cuidado, pois ela pode ocasionar o surgimento de bactérias produtoras de toxinas, causando intoxicações. Ponto de Ensilar Corta-se a planta toda quando os grãos estiverem no ponto farináceo, linha do leite a ½ do grão. Deve-se observar a linha do leite e lembrar que o amido é formado de cima para baixo. O ponto ideal para corte é quando estiver com ½ linha de leite. Qual o melhor tipo de milho para a silagem? O milho dentado é a melhor opção, pois facilita para as bactérias pegarem o amido e transformarem em ácido lático. Quando o milho está duro, o amido está mais compactado e a digestibilidade fica menor. O que não fazer na hora de ensilar? Colocar o milho com a mão na ensiladeira; pegar bandeira; compactar com os pés; descarregar o silo à mão; silagem trincheira sem declive; silo próximo a cochos; compactar com cavalo; tipo de lona utilizado; perda de efluentes (grande problema, MS: <30%). Indesejados @resuvet_ Fases Importantes O sucesso para a produção de uma boa silagem está diretamente relacionado às etapas que se seguem. O processo de ensilagem consiste das etapas de colheita, picagem, enchimento do silo, compactação da massa verde e vedação do silo. ▹ Colheita: O ponto ideal de corte para a silagem de milho e/ou sorgo é quando a planta acumula a maior quantidade de matéria seca e qualidade nutricional. Em geral, esse ponto se dá quando os grãos atingem o estágio de farináceo-duro, ou 50% da linha do leite (Figura 1). A altura de corte da planta deve ser feita entre 5 e 10 cm de altura do chão. A matéria seca da planta deve estar em torno de 30% a 35%. ▹ Picagem: O tamanho ideal de partícula é de 2 a 3 cm. Partículas acima desse tamanho atrapalham o processo de compactação e permitem ao animal uma maior seleção, aumentando as perdas no cocho. Partículas abaixo desse tamanho provocam uma perda acentuada de nutrientes via efluente e favorecem uma compactação acentuada da massa. ▹ Enchimento: o período de enchimento do silo requer um planejamento logístico para a utilização de máquinas e de mão de obra bem elaborados para que o processo ocorra de forma eficiente. O enchimento do silo deve ocorrer o mais rápido possível para que o processo fermentativo ocorra de forma homogênea em todo o material. Recomenda-se, no máximo, 3 (três) dias para o completo enchimento e vedação do silo. ▹ Compactação: esta é a etapa mais importante do processo de confecção de silagem. É na etapa de compactação que ocorre a máxima expulsão de oxigênio de dentro do silo. Essa expulsão pode ser realizada de várias formas: pisoteio animal ou humano; tratos; com rolos ou tambores compactadores; entre outros. A máxima eliminação do oxigênio de dentro da massa ensilada irá propiciar condição para que o processo de fermentação ocorra de forma adequada e a qualidade do material seja mantida. Deve-se atentar para a super compactação que aumenta as perdas por efluente. A densidade de compactação ideal varia de 400 kg/m3 a 600 kg/m3, dependendo o tipo de silo utilizado. ▹ Vedação: Consiste na selagem do silo com lona plástica de dupla face (com a face branca para cima), material vegetal morto e terra. A vedação deve ser muito bem feita, a fim de minimizar ou não permitir a troca de oxigênio entre o ambiente e a massa ensilada. A cobertura de lona plástica com material vegetal seco e terra é muito importante para aumentar a durabilidade da lonae diminuir o aquecimento da superfície do silo, que pode acarretar perdas no valor nutricional. ▹ Abertura e utilização: a abertura do silo deve ocorrer, no mínimo, 30 dias após a vedação. Para que a silagem chegue @resuvet_ com boa qualidade ao cocho dos animais, é fundamental estar atento a alguns cuidados importantes após a abertura do silo. Depois de aberto, a massa ensilada volta a ter contato com o oxigênio, o que que permite que microrganismos aeróbicos voltem a se desenvolver dentro do silo, levando a perdas. Assim, um bom manejo do silo, após aberto, é fundamental para se garantir o fornecimento de uma silagem de qualidade para o rebanho. É aceitável uma perda entre 10% e 15% da massa ensilada. Essa perda é em decorrência dos processos de fermentação e pelo reaparecimento de microrganismos indesejáveis com a exposição da massa ensilada ao ar. Outro fator importante não citado acima é o cuidado com o solo, onde irá plantar essas plantas forrageiras, é necessário preocupar-se com o potássio do solo, pois é ele quem dá vida ao solo. Não replantar a mesma espécie de forrageira também é importante! Ex: colheu milho; ao plantar novamente escolha outro tipo, como sorgo, nabo. @resuvet_ Dimensionamento de Silos O dimensionamento correto dos silos é primordial para a qualidade da silagem. Silagem: produto resultante d eum processo de fermentação na ausência de O2 por acidificação (diminuição do pH) do material verde vegetal (forrageiras). Silos: são estruturas ou dispositivos formando compartimento fechado onde a forrageira picada é colocada e compactada para expulsar o máximo possível de oxigênio. Ensilagem: é o processo que dá origem à silagem e consiste nas etapas de: - corte e picagem da planta forrageira - enchimento do silo - compactação da massa verde picada - posterior vedação do silo para que ocorra o processo de fermentação. Tipos de Silo Na escolha para a construção do silo deve-se levar em conta: o tipo que melhor se adapta às condições topográficas do local onde vai ser construído; o custo da construção e manutenção; e a facilidade do uso para carga e descarga. Silo de Superfície - Vantagens: não necessita de construção, tem baixo custo e maior flexibilidade da escolha do local. - Desvantagens: tem maior superfície para realizar a vedação; menor densidade da massa ensilada; maiores perdas e pode ter no máximo 5m de largura. Silo Trincheira - Vantagens: possui maior facilidade no enchimento e proporciona menores perdas. - Desvantagens: necessita de construção, maior custo, exige local com declive. Dimensionamento É necessário levar alguns pontos em consideração no dimensionamento de silos. Como o n° de animais que serão alimentados, levando em consideração o peso inicial e a produtividade que deseja alcançar; n° de dias ou período em que os animais receberão a silagem; quantidade de silagem fornecida aos animais/dia; a espessura de corte diário da silagem (mínimo 20cm); peso médio @resuvet_ da silagem/m³; percentual de perdas, considerada normal devido aos processos fermentativos. Fórmulas Trincheira: 1m³= 700 a 800 Kg Trincheira: 1m³= 500 a 550 Kg 𝑉 = (𝐵 + 𝑏) ℎ 2 𝑥 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 Após achar o volume coloque na regra de 3, onde o valor encontrado será a quantidade que estará sendo retirada do silo. Trincheira 1 m³ (700 a 800) V x Supefície 1 m³ (500 a 550) V x Quando não se tem o valor da base menor: faça base maior x inclinação. O resultado subtraia pela base maior. b = B x i b = resultado - B Legenda: B: base maior – 4m b: base menor – 3m h: altura – 1,5m i: inclinação – 25% (0,25) Comprimento: quantos cm está retirando do silo, o mínimo é 20cm. Regras Básicas - A largura mínima da base menor são 3m porque a distância dos pneus são de 2m e ele precisa movimentar para compactar o lado. - A parede tem que ser inclinada, ter um declive. - Se tirar menos de 20 cm por dia vai ter um aquecimento da silagem. b B h @resuvet_ Calculando a Área de Plantio É quanto o produtor deverá plantar em 365 dias. É necessário enteder alguns pontos. Consumo em matéria seca - Vaca de leite: 3,5 MS/dia - Bovino em confinamento: 2,5 MS/dia 1) CONSUMO EM MS Primeiro calcula o consumo de matéria seca: vaca ou boi (lembre dos valores para cada um). Peso x consumo em MS 2) CONSUMO DE RAÇÃO A ração possui 90% de MS e a silagem de milho possui 35%; Consumo de ração x 0,9 3) TOTAL DO CONSUMO Consumo MS – Consumo Ração 4) TOTAL DA SILAGEM Silagem de milho = 35% (0,35) Total do consumo 0,35 5) ÁREA DE PLANTIO É a quantidade necessária em 365 dias. Dado pela fórmula. Área de plantio = n° de animais x kg de silagem x 365 dias 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜 = 𝑡𝑜𝑛𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎 50 = ℎ𝑎 O total é dado em tonelada, a tonelada dividida por 50 acha o valor em hectare (há). Exemplos Um produtor com 30 vacas, fornecendo 15kg de silagem/vaca. (30 x 15 = 450kg). Ele fornece 450kg de silagem por dia. Não tem o valor da b: 4,0 x 0,25 = 1 m 4 – 1 = 3m Coloca na fórmula da área: 20 cm: 0,2 V = 4,0+3,0 2 1,5 x 0,2 = 1,05m³ 1m³ --- 700 kg 1,05m³ --- x O produtor gasta 450kg/dia e está retirando 735kg/dia. Este silo não está adequado, o ideal é que ele mude para silo de superfície. V = 3,0+2,0 2 1,5 x 0,2= 0,75m³ 1m³ --- 500kg 0,75 --- x h = 1,5m b = ?m B = 4m i = 0,25m X = 700 . 1,05 X = 735kg/dia i = 0,25m h= 1,5m b= 3,0m B= 2,0m X = 0,75 . 500 X = 375 kg/dia @resuvet_ Um confinamento com 100 vacas, quanto de milho deve ser plantado para alimentar vacas em 1 ano (365 dias)? Qual a área de plantio? Uma vaca come de acordo com o seu PV (peso vivo). Consumo de MS: 0,3 a 3,5% Se a vaca está produzindo em média 30L de leite por dia, quantos kg de ração que eu dou pra ela? 1 kg ------- 3 L X kg ------- 30L X = 10 kg de ração por dia, por vaca. Se a vaca pesa 500 kg, quanto que é o consumo total de matéria seca por vaca nesta fazenda? 3,5 ÷ 100= 0,035 Consumo em MS: 500kg x 0,035 = 17,5 kg MS/dia. Quanto que é o consumo dessa vaca em MS vindo da ração? Se ela come 10kg de ração por dia/vaca, então: 90 ÷ 100 = 0,9 10kg x 0,9 = 9,0 kg de MS da ração. Qual o consumo total de MS vindo da silagem ? - consumo total : 17,5 kg - MS da ração : 9,0 kg Total do Consumo (fórmula) - 17,5 - 9,0 = 8,5 kg de MS vindo da silagem. - 8,5 kg ÷ 0,35 = 25 kg/dia/vaca (transformar para matéria natural) 35% ÷ 100 = 0,35 Então o consumo total por vaca/dia é: 25 + 10 = 35 kg/dia. -> deve-se sempre colocar no cocho uma quantidade que sobre, 10% de sobra. 25 kg de silagem + 10% de sobra = 27,5 kg de silagem/dia/vaca. Qual a área que esse produtor tem que plantar? Uma média boa de produzir silagem por hectare, são 50 toneladas de matéria natural por hectare. Área a ser plantada (quando vai gastar de silagem) = 100 (vacas) x 365 (dias confinadas) x 27,5 kg (consumo por vaca dia) = 1.003.750 kg (tem que transformar em toneladas) 1.003.750 ÷1000 = 1003,75 t. se: 1 há -------- 50 t X há ------ 1003,75 t X = 21 há ser plantado. @resuvet_ CONFINAMENTO DE BOI Regras básicas: 1) o consumo de MS de um boi em confinamento é de 2,0 a 2,5% do peso vivo; 2) confinamento normal de 100 a 120 dias; 3) peso médio está entre 1,0 a 1,5 kg/boi; 4) fechar o boi com 300 a 390 kg; 5) calcular o consumo/peso no MEIO do confinamento. 6) Ração é seca.MS da ração é 90% e a MS da silagem de milho é 35%. Um confinamento para 200 bois. A dieta vai ser a base de 40% de ração e 60% de silagem. O peso médio dos bois deu 360 kg e com essa dieta, o objetivo é que cada boi, por dia, ganhe 1,5 kg em um período de 100 dias. Com 50 dias de confinamento faz a pesagem: 1,5 kg (que ele ganha por dia) x 50 (dias) = 75 kg 75 kg ele ganhou em 50 dias + o peso que ele entrou no confinamento que foi 360 kg = 435 kg Qual o consumo de matéria seca por boi? 435 kg x 0,025 = 11 KG de MS/ boi 25% = 0,025 Quanto de ração (kg) cada boi estará consumindo dessa MS? 11,0 kg x 0,4 = 4,4 kg de MS vindo da ração. O que sobrou é da silagem: 11,0 - 4,4 = 6,6 kg de MS vindo da silagem Passando para matéria natural: - ração (90%) : 4,4 ÷ 0,9 = 4,8 = 5,0 kg de ração - silagem (35%) : 6,6 ÷ 0,35 = 18,8 = 19 kg de silagem + os 10% de sobra que tem que ter + 21 kg de silagem. Área total que eu tenho que plantar de milho. 200 (bois) + 100 (dias) x 21 kg de silagem/dia = 420.000 kg (tem que passar para toneladas, então divide por 1.000) = 420 t 1 há ----- 50 t X há ----- 420 t X = 8,4 há ou 9,0 há @resuvet_ Silagem de Grão Úmido e Sorgo Introdução Qual a principal vantagem de trabalhar com silagem de grão úmido ou reidratado? Colher o grão com 30 a 40 dias antes de 30-40% de umidade Ao armazenar o grão, o pH cai devido a fermentação (ambiente ácido) e com isso a matriz proteica fica amolecida, facilitando a entrada de bactérias que irão consumir esse amido e produzir ácido lático. Esquema: O fato do grão ficar amolecido, faz com que o ruminante apresente melhor digestibilidade, gerando alta concentração de energia (dentro do animal) e consequentemente melhora sua produção (seja leite ou carne). O armazenamento correto evita a contaminação com ratos, caruncho, urina fezes de bichos. Silagem de Planta Inteira x Silagem de Grão Úmido A silagem da planta inteira se faz o corte quando atingir 50% da linha de leite. A silagem de grão úmido não é matéria seca, a umidade ideal é de 35%. Pode ser armazenada por até dois anos, desde que todo o processo seja feito de forma correta, a ponto de conservar todos os nutrientes do grão. Como armazenar? É um processo de ensilagem em que estocamos somente os grãos da planta de milho. A colheita é feita com colheitadora convencional e deve ser realizada quando a umidade dos grãos estiver entre 30 e 40%. Após a colheita, os grãos devem ser moídos finos (suínos), quebrados ou laminados (bovinos de corte e leite e ovinos), com o objetivo principal de favorecer a compactação. As partículas devem ser de 4 milímetros e deve ser compactado. Os grãos devem ser armazenados em silos tipo bunker, trincheira ou bag’s, bem compactados e cobertos com lona plástica preta ou de dupla face. A silagem Armazenamento Fermentação Queda do pH Entrada de bactérias Amilolíticas Ácido Lático @resuvet_ de grãos úmidos é uma ótima opção para armazenar grãos de milho por longos períodos, com baixo custo e, principalmente, mantendo o valor nutricional. Armazena-se em média, 1.000 a 1.200 kg de grãos úmidos por metro cúbico de silo. Uma silagem de qualidade depende da escolha de híbridos que apresentem grãos sadios e alto valor nutricional. Dica para armazenar: colocar dentro de um tambor de 200 L com água e soro de laticínio (tem que ser um soro de boa qualidade e água de consumo humano) e deixa fermentando em condições aeróbias, as bactérias desejáveis vão consumir o amido e ao passar 8 horas, começa a cair a % de ácido lático e amido, porque as bactérias vão estar consumindo, o ideal é que deixe por menos tempo e fazer a avaliação (3 maneiras de valor nutritivo). O fubá molhado com soro, produzi mais ácido lática do que com água. Maneiras de avaliar o valor nutritivo: 1. Digestibilidade in vivo; 2. Digestibilidade in vivo; 3. Digestibilidade in vitro; Qual a desvantagem da silagem de grão úmido? Primeiro: ao passar pela máquina, por ele ter 35% de umidade, dificulta a passagem na peneira e isso vai fazer com que fique “agarrando” e sempre terá que abrir para fazer a limpeza e desentupir. Segundo: intoxicação, devido o produtor dar 10L de fubá para a vaca, ele acha que pode dar a silagem na mesma proporção. Quando for fornecer, para a vaca leiteira, tem q começar com 2,5 kg e no máximo 3 kg/vaca/dia. Ocorre a intoxicação é ácido e o pH está baixo demais, se der 10L o pH ruminal vai cair muito rápido, podendo levar a vaca á óbito. Soro não pode ser descartado na natureza, deve dar o destino correto. Sorgo O sorgo é um cereal que teve sua origem na África e parte da Ásia, se apresentando como uma boa fonte alternativa de amido, substituindo o milho. Muito utilizado na alimentação de aves, suínos e ruminantes, seja como ingrediente de rações e suplementos ou como volumoso (silagem de sorgo, no caso de ruminantes), esse insumo, desde que bem trabalhado, pode trazer vantagens econômicas ao produtor. O sorgo apresenta boa resistência à seca e tolerância a temperaturas elevadas, se desenvolvendo bem em várias regiões agrícolas do Brasil, se caracterizando como uma excelente alternativa para o plantio na segunda safra e apresentando boa produtividade. Possui menor custo de produção, quando comparado ao milho (convencional e transgênico). Isso acontece porque o sorgo é menos exigente em nutrientes, @resuvet_ consequentemente, demandando menor quantidade de adubo, o que confere ao produtor menor custo de produção. Seu uso em dieta de bovinos permite reduzir o custo da diária da alimentar, pela diminuição do preço da ração e suplementos. Quais as desvantagens da ensilagem de sorgo? A planta do sorgo tem MENOR digestibilidade que a planta do milho, principalmente o FDN do sorgo que tem mais lignina. Possui um aproveitamento menor em relação ao milho, 25-30% a menos de valor nutritivo, e isso da um prejuízo enorme). Ex.: R$200,00 a menos por dia, e por mês R$6.000,00. Seu ponto de corte é mais difícil. - Coloração amarronzada está na hora de ensilar, e o ponto certo de corte é você ir no centro da panícula tirar uma sementinha e tentar quebrar na unha, se quebrar ainda não está na hora se tirar um grão e apertar e não estourar e não quebrar, ele passou do ponto. O ideal é pegar no centro da panícula, apertar o grão na unha ele quebrar e estar pastoso. - Em torno de 110 dias está bom, trabalhar com grão reidratado de sorgo. - Intoxicação (alta concentração de Hcn, chamado de Durrina); - Possui altos índices de taninos, que são eficientes para evitar doenças e afastar pássaros e insetos, no entanto, podem causar baixa digestibilidade e palatabilidade. Processamento O processamento dos grãos melhora a digestibilidade do amido e, com isso, o desempenho dos animais. No caso do sorgo, o processamento é de extrema importância, sendo um ponto de atenção a regulagem do moinho e a peneira que será utilizada, isso porque o grão do sorgo é menor do que do milho, o que dificulta sua quebra durante a mastigação e, como consequência, sua digestibilidade fica ainda mais comprometida. Os métodos de processamentos mais utilizados no Brasil são: moagem e sorgo reidratado. Moagem: é o processamento mais barato (R$ 50 a 70 a tonelada) e mais utilizado no Brasil. Esse processo rompe o endosperma e torna o amido mais exposto à ação dos microrganismos. Mas, diferente do milho, o sorgo deve passar por uma moagem mais fina, utilizando uma peneira de 2 mm. @resuvet_ Lembrando que é muito importante supervisionar com frequência o estado da peneira, evitando furosque permitam a passagem de grão de sorgo inteiro. Grão reidratado: está ganhando cada vez mais espaço nas fazendas, como uma alternativa de armazenamento dos grãos sem precisar descontar os custos com o armazém, onde são descontados a secagem e a limpeza. Essa técnica consiste na moagem do grão em peneira de 2 mm, adicionando água para elevar a umidade a 35%. Esse material pode ser armazenado em silos bag ou ainda em trincheiras, sendo que nesse caso deve ser feita a compactação com um trator, fechando com uma lona, assim como se faz com uma silagem. Sorgo reidratado, vira milho. Há 6 tipos diferentes de sorgo, o que é próprio para silagem é o duplo proposito. 1. sorgo de grão 2. sorgo forrageiro (ruim para vaca porque enche muito a barriga) 3. sorgo duplo proposito 4. sorgo pastejo 5. sorgo vassoura 6. sorgo sacarino No início do crescimento do sorgo, pode intoxicar a vaca, a partir de 1 metro não ocorre intoxicação. Objetivo fazer produtor ganhar dinheiro: 35% de grão seco: teríamos que colocar de 30-35 % de água no grão. Vai depender da umidade, para cada tonelada de fubá deve-se colocar 300- 350 L de água para não sair embaixo. Nada é resistente a seca, o sorgo é tolerante! @resuvet_ Silagem de Cana de Açúcar Introdução Existem diversas variedades cultivadas de cana de açúcar, que se distinguem pela cor e altura do caule. O caule, também chamado de colmo, atinge 3 a 6 m de altura, por 2 a 5 cm de diâmetro. Seu cultivo ocorre principalmente em clima tropical, onde se alternam as estações secas e úmidas. Sua floração começa no outono e a colheita se dá na estação seca, durante um período de 3 a 6 meses. A janela de corte, ou seja, o tempo para cortar a cana é de 1 semana e vai de maio a setembro. Épocas chuvosas não são indicadas, pois perde o valor nutritivo, a reserva é mobilizada. O colmo é caracterizado por nos bem marcados e estrenós distintos. São espessos e repletos de suco açucarado. Sua composição pe de 15% de sacarose, 13% de fibra e 72% de água. A ensilagem da cana é de 1 – 5 dias. Um problema encontrado ao colocar a cana pura no cocho para os animais, é que ela atrai abelhas, com a ensilagem isso não acontece. O valor nutritivo tem menor relação de FDN e melhor digestibilidade. Vantagens ↪ Alta produtividade de MV/há (80-100 t) ↪ Baixo risco operacional ↪ Cultura semi-perene (6-8 cortes) ↪ Cultivada em todo território nacional ↪ Alto teor de energia na cana (40-44% de sacarose) @resuvet_ ↪ Máximo de valor nutritivo na seca (“silo verde”) ↪ Alta aceitabilidade Cuidados no Plantio A vida útil de um canavial está relacionando ao sulco que é feito para plantar a cana, quanto mais profundo maior sua vida útil. A escolha deve ser muito bem analisada, recomenda-se escolher cana de primeiro ano para realizar mudas. Os sulcos devem ser profundos, de 40 a 50 cm e espaçamento entre as mudas de 1 m para corte manual e de 1,20 – 1,50 m para corte mecanizado. E não deve se plantar a planta inteira, pois ela pende para o lado. Pegar duas canas e colocar dentro do sulco, em seguida cortar a cana manualmente em toletes. Cada tolete tem a gema onde vai brotar a cana. Vai cobrir o pé 20% por metro linear e cobrir com máx. 10 cm de terra. Quando a ensiladeira passa, sobra tocos de cana de 30 – 40 cm, o que fazer? Não é necessário realizar o corte, pois a sacarose presente nesses tocos vão servir de nutriente para um novo broto. Colheita: o gomo precisa estar maior, cada corte tem que ter de 3 - 4 gemas dentro do sulco e 12 - 14 gemas em metro linear. Desvantagens ↪ a sacarose se transforma em etanol dentro de 45 dias e isso pode trazer problemas ao animal. ↪ Baixo teor de PB (2,0-2,5%) limita consumo. Bovinos necessitam de 7-8% de proteína na dieta e por esse motivo é necessário utilizar aditivos para diminuir a perda de MS. ↪ Baixa digestibilidade da fibra. ↪ Corte diário ou no máximo 4-5 dias da cana cortada. ↪ Presença de abelhas no momento do corte e no cocho. ↪ Fase fermentativa prolongada, 45 dias. Animais que saem do pasto e passam a ficar somente no cocho onde é fornecido a silagem, é porque falta proteína em sua dieta. Aditivos Os aditivos aumentam a proteína e diminuem a fermentação. São eles: ↪ Bacteriano: Lactobacilo Buchneri, reduz a transformação de sacarose em etanol. ↪ Químico: CaO (cal virgem 1,0 a 1,5% na matéria natural); Ureia 1,0 a 1,5%. Importante: não pode utilizar aditivo bacteriano com a ureia, mas CaO com a ureia sim. @resuvet_ Cana de Açúcar Pura e Hidrolisada Cana de Açúcar Pura É uma cana mais barata e se colhe o dobro; Não precisando preocupar com a época do ano, mas quando mais frio e seco melhor sua qualidade. A picagem deve ser bem fina, armazenar de preferência na sombra. Vantagem: alta produtividade. Desvantagem: presença de abelhas que diminuem a digestibilidade. Como fornecer a cana com ureia: É importante fazer o uso correto da ureia, pois ela pode intoxicar e levar a morte. Na primeira semana que irá começar a fornecer a cana, deve adicionar 1,5 kg de ureia e diluir em 8 L de água. Na segunda semana pegar 1 kg para 8 L de água e 100 kg de cana picada e misturar. Deve evitar água no cocho, pois a ureia em contato com a água se transforma em amônia. Cana Hidrolisada ↪ Uso de cal virgem. ↪ 1% na massa e logo depois de misturar fornecer depois de 8-12 h; ↪ Sem presença de abelhas; ↪ Pode armazenar até três dias após a mistura (evita corte diário); ↪ Problemas com manuseio, maquinário e em estudos recentes mostra também problemas com a microbiota do rúmen. @resuvet_ Silagem de Capim Elefante Introdução O capim elefante tem origem na África e surgiu no Brasil na década de 70. As cultivares de Pennisetum purpureum são as forrageiras mais representativas do gênero Pennisetum, sendo comumente chamadas de capim- elefante. Morfologia: o capim-elefante é uma planta perene, com rizomas bastante desenvolvidos e robustos, de crescimento cespitoso, formando grandes touceiras. Em função da grande diversidade da espécie, distinguem-se cinco grupos bem definidos em relação aos tipos básicos. São eles: ↪ grupo Cameroon, ↪ grupo Napier, ↪ grupo Mercker, ↪ grupo Anão, ↪ grupo híbridos interespecíficos. Características morfológicas e fenológicas: ciclo vegetativo perene, crescimento cespitoso, colmos eretos cilíndricos, porte alto variando de 3,5 a 6,0 m, com entrenós de 15 a 20 cm e diâmetro de até 2,5 cm, raízes grossas e rizomatosas. Folhas lineares com disposição alternada, bainha lanosa, fina, estriada; lígula curta e ciliada. Apresenta inflorescência em rácemos espiciformes. Tipos de solo: encontrado em praticamente todas as regiões do país e considerada a gramínea forrageira com maior potencial produtivo. É exigente em fertilidade do solo e em manejo do pastejo. Seu plantio é feito basicamente por mudas, o que restringe o estabelecimento de grandes áreas, recomenda-se o seu cultivo em solos bem drenados. Outras características: opção para produtores que não sabem ensilar. Possui muito FDN, ou seja, digestibilidade baixa. O capim no processo de ensilagem ele produz muito, 200-250 toneladas de matéria verde em três cortes. @resuvet_ Plantio Deve ser realizado no início da estação chuvosa. Caso o plantio seja adiado, as mudas não podem ser armazenadas por muito tempo. O plantio é feito em sulcos de 20 cm de profundidade com espaçamento de 50 a 60 cm entre as mudas. Adubações recomendadas: no plantio o adubo fosfatado deve ser aplicado de uma só vez no fundo dos sulcos. O nitrogênioe o potássio serão aplicados em cobertura após o pastejo e uniformização. Vantagens O corte na época certa, tem alto teor de proteína (10-12%) e o ruminante precisa de 7-8%, sendo suficiente para manter um ruminante, porém tem baixo teor de energia. Pode ser ensilado; Pode ser utilizada em um sistema rotativo com até 7 dias de ocupação, seguidos de 28 dias de descanso, sem prejuízos na produção de leite por vaca e hectare. Cuidados na Ensilagem Não pode deixar atingir 6 m de altura (80% de FDN); Cortar de 70-80 dias (de rebrota) com altura aproximada de 1,70 - 1,80 no máximo 2 metros, quando as folhas baixeiras (folhas de baixo) começam a secar. Não é viável deixar secar por 3 dias. A folha seca possui certa quantidade de hemicelulose, o restante do capim é praticamente todo de lignina. Variedades Grupo Cameroon: plantas de porte ereto, colmos grossos e folhas largas com touceiras densas. Grupo Napier: colmos grossos, folhas largas, época de florescimento intermediaria (abril a maio) e touceiras abertas. Desvantagem Possui muita água e não tem carboidrato solúvel, tem apenas proteína. É um importante fator, pois não tomando cuidado ela pode se tornar uma silagem @resuvet_ com mal cheiro e escura. Alto teor de FDN e o primeiro corte coincide com períodos de muita chuva (dezembro e janeiro). Oque podemos fazer para melhorar a silagem de capim? Adicionar um absorvente que irá absorver a umidade. → Quanto colocar? De 4-10 %, ideal = 6%, para cada 1 T de capim, colocar 60 kg de aditivo. → Como é colocado? Adicionado quando ocorre o descarregamento no silo, ir misturando, não pode ser em camadas. → Quais são esses aditivos? Polpa cítrica: é o aproveitamento do bagaço da laranja. É muito utilizada na silagem de capim, tem capacidade de absorver muita água, 3x mais q o peso dela Fubá: também pode ser adicionado no meio do capim para absorver a água e aumentar o teor de energia. Utilizado por pequenos produtores. Casquinha de café, de soja ou de qualquer produto seco que vai absorver a água. Aditivos químicos: bactérias (poucos trabalhos favoráveis), adicionado no silo em condições anaeróbias. @resuvet_ Silagem de Girassol Introdução O girassol (Helianthus annuus L.) é uma alternativa para silagem, pois desenvolve muito bem em climas temperados, subtropical e tropical. Possui tolerância ao clima seco e a geadas leves, quando comparado ao milho e ao sorgo. A silagem de girassol apresenta alto valor energético e o teor de proteína que pode ser de 35% superior ao milho. Análise Bromatológica da Silagem de Girassol: Ponto de corte: fator determinante para a obtenção de silagem de boa qualidade. O processo é bem semelhante ao de milho, utilizando a mesma máquina, sem a necessidade de adaptação. Para possibilitar uma boa atuação das bactérias de ácido lático, a melhor época de corte é quando a planta de girassol apresenta o teor de matéria seca (MS) de 30%. Nessa fase a parte posteior dos capítulos se tornam amareladas, as brácteas adquirem coloração amarelo a castanho e as folhas inferiores estão sonescidas. O tamanho das partículas deve ser uniforme, em toda a massa da silagem e o material deve ser picado em pedaços de 0,5 a 1,5 cm, para facilitar a eliminação do ar, promovendo uma fermentação satisfatória e uniforme. O enchimento do silo deve ocorrer o mais rápido possível, distribuindo camadas uniformes de 30 cm, inclinadas no sentido da entrada do silo e compactando com o trator para promover a saída de ar, controlando a respiração para beneficiar a ação das bactérias produtoras de ácido lático. Ideal é que o enchimento ocorra dentro de 72 horas e vedado com lona. O processo fermentativo ocorre após a @resuvet_ massa verde ser compactada, o ambiente fica anaeróbico e favorece a ação das bactérias do grupo coliformes de produzem ácido acético, que diminui o pH da silagem. Em seguida inicia-se a produção de ácido lático pelas bactérias láticas (Streptococcus, Lactobacillus, Pediococcus e Leuconostoc), que mantém o pH entre 3,2 e 4,2, evitando a ação do Clostridium, responsável pela produção de ácido butírico que deteriora a silagem e pode intoxicar o animal. Vantagens É um volumoso proteico, tem 12-13% de proteína e é energético 14-16 % de óleo (extrato etéreo). É tolerante a seca, uma boa opção para fazer rotação de cultura. Muito bom para o solo. Tem produtividade razoável (35-45 T/ha) e com boa aceitabilidade. Desvantagem O solo deve estar muito bem preparado. Para safra normal, não compensa. Baixa digestibilidade da fibra por conta da quantidade de óleo, esse óleo gruda nas fibras e impede as bactérias ruminais degradarem essa fibra. Problemas encontrados Ao trocar a silagem de milho por girassol, as vacas passaram a aceitar somente a silagem de girassol, devido sua aceitabilidade ser maior. Com isso, a produtividade caiu devido sua baixa digestibilidade (muito óleo). O fornecimento puro é viável, mas deve evitar fornecer silagem exclusiva de girassol para animais de alta produtividade. Como que você recomendaria a silagem de girassol? O produtor deve misturar o capim elefante com o girassol, excelente alternativa para lavouras grandes Adicionando 30% de girassol no meio da silagem de capim elefante, dando energia e proteína. @resuvet_ Manejo de Pastagem ▫ Qual o objetivo? Conseguir um compromisso entre a conflitante demanda das plantas que necessitam de área foliar para a fotossíntese, e a necessidade de remover folhas para alimentar os animais. Manejar pastagem é criar estrutura de pasto para o consumo bovino, procurando não degradar o pasto e ganhar o máximo de produtividade animal. A produção de tecidos das plantas forrageiras depende da capacidade fotossintética de suas folhas, processo em que a radiação solar interceptada é transformada em energia química, que por sua vez é utilizada para converter dióxido de carbono (CO2) e água (H2O) em açúcares. Em torno de 90% da matéria seca (MS) dos vegetais é constituída de compostos orgânicos derivados desse açúcares. Para que esta capacidade do pasto em converter energia luminosa seja maximizada é necessário que a planta possua uma arquitetura adequada. Ou seja, uma elevada área foliar fotossinteticamente ativa e posicionamento adequado das folhas, de tal forma que assegurem uma elevada captação de energia solar e consequente assimilação de carbono. O pasto 3D é uma boa opção para um bom manejo. Pato em 3D é um pasto onde o animal consegue chegar A construção do Consumo em Pastejo ▫ Número de refeições: é dado em quantas vezes o animal parou de ruminar. Ao pastejar chega um momento que ele fica satisfeito e inicia a ruminação, isso ocorre várias vezes ao dia. O n° de vezes que ele parou de alimentar e ruminou é o n° de refeições. ▫ Duração da refeição: é o tempo que o animal ficou pastejando. Quando o capim está muito baixo, a duração da refeição é mais longa porque ele demora mais tempo para ficar satisfeito, consequentemente diminui o n° de refeições. ▫ Volume do bocado: é a quantidade de matéria seca (MS) presente no capim e da massa que ele está se alimentando. A massa do bocado vai depender do volume e da quantidade de água presente no capim, que vai nos dar a densidade de MS. ▫ Velocidade de ingestão: é a velocidade do momento da deglutição, que é dependente de quanto foi retirado da massa e de quantos bocados no capim para chegar a um volume bom para fazer o bolo alimentar. ▫ Consumo diário da forragem: é dependente da velocidade de ingestão+ n° de refeições + duração de cada refeição. @resuvet_ Manejo de Pastagens O mês de agosto é seco, e com isso o volume do bocado diminui, pois o gado passa a selecionar os brotos e deixar a palhaça seca. O broto é rico em água, cerca de 90%, e isso pode ser um problema, pois causa diarreias, é popularmente chamada de “diarreia no início das águas“. Vacas de leite não pastejam muito tempo, seu n° de refeições é reduzido e por esse motivo o manejo de pasto em 3D se torna viável, pois na primeira refeição ela deve ficar satisfeita e logo em seguida ruminar. Os pastos pequenos possuem pequena área e pouca profundidade, portanto, o volume do bocado diminui. Usando o pasto 3D aumenta a taxa de bocado, mas a velocidade de ingestão e o n° de refeições diminuem, mas a produção é maior. Sempre escolher forrageiras que se adaptam ao clima, pois a entrada de luz é extremamente importante, ela aumenta o perfilhamento. Lembre-se que existe um ciclo: O animal quando ele pasteja ele tira toda auxina da planta (auxina: hormônios vegetais que controlam os movimentos das plantas em resposta à luz) e permite a luz entrar em sua base. Controle da Utilização ▫ Taxa de lotação: número de animais por hectare o ano todo. ▫ Taxa de rebrota: quantidade e qualidade da forragem, produções por animal e por área. ▫ Capacidade do suporte da forrageira: quanto de animal por área. ▫ n° de animais a pasto: levar em consideração a capacidade do suporte da forrageira e a taxa de lotação ou rotacionar. Portanto, se tem três situações para manejar o pasto. ▫ Sub pastejo: ↪ Taxa de lotação baixa (pouca vaca na área); ↪ Maior ganho animal, porque está sobrando pasto (aumenta o número de boca e de refeições), mas o ganho por área é caro. ↪ Pouco perfilhamento. @resuvet_ ▫ Super pastejo: ↪ Pasto baixo, os animais magros; ↪ O ganho animal baixo, mas tem mais boi por área. ▫ Amplitude ótima: manejar o pasto em uma altura de interceptação luminosa de 95 %. ↪ Quando 95 % da luz solar é incidente nesse capim (fica barrado em cima) e os 5 % atinge o solo, significa que é a hora de soltar o gado, lotação ótima! Acima de 100 % barrado em cima a folha seca. Métodos de Pastejo ▫ Pastejo contínuo: utilizado para gados de corte, possui grande área. Apresentam grande n° de pequenas gastes e folhas menores, requer menor mão de obra e menor investimento/infra-estrutura. O gado é solto e permanece durante o ano todo. Com o manejo correto, se tem maior ganho de peso/animal. ↪ Forrageira indicada: braquiárias. ▫ Pastejo rotativo: o rebanho tem acesso a uma subdivisão da pastagem a cada momento, havendo momentos de pastejo e de descanso para cada subdivisão. Pastejo estacional ou diferido pressupõe a divisão de área em duas ou mais. Tem o objetivo de reservar um pasto para ser pastejado na seca. ↪ Muito importante para o gado de recria. ↪ Estacionalidade: termo empregado para o período do ano em que ocorre diminuição da produção das pastagens em virtude da redução na disponibilidade de fatores ambientais, como luz, temperatura. Para a realização do ajuste da oferta de forragem na época seca do ano pode-se trabalhar com redução da taxa de lotação, que na prática é a venda de animais, ou armazenando alimento. Nesse último caso, uma alternativa barata e muito fácil de implantar para reduzir os efeitos da estacionalidade de produção de forragem é o diferimento da pastagem. ▫ Diferimento: o diferimento de pastagens, vedação ou produção de feno em pé pode ser entendido como uma estratégia de manejo que consiste em selecionar determinadas áreas da propriedade e excluí-las do pastejo, garantindo acúmulo de forragem para ser pastejada durante o @resuvet_ período de escassez, minimizando os efeitos da sazonalidade de produção de forragem. permitindo o acúmulo de grande massa de forragem. Essas áreas são vedadas de forma programada, do meio para o fim do período das águas, como forma de garantir forragem para ser pastejada no período seco. Tal técnica apresentam elevada quantidade de forragem, porém de baixo valor nutritivo. É importante olhar a altura do pasto, se tiver crescendo muito, deve colocar o gado e tirar novamente para não dar muita macegas, escomo/caule e pouca folha. Macegas – Erva daninha Quando for fechar o pasto, colocar um sal proteinado de alto consumo (tem que colocar sal proteinado e ter um capim bom). Requer especial atenção do produtor em devido ao longo período de rebrota a qual a planta forrageira é submetida, atentando para o ponto ideal de utilização, visto que o grande acúmulo de massa pode levar ao tombamento da planta devido sua altura, dificultando a desfolha e, consequentemente, baixo aproveitamento do material acumulado. ▫ Para escolher o pasto diferido tem que tomar alguns cuidados: ↪ Saber qual forrageira está na pastagem (folha fina, gomo fino…). ↪ Saber qual altura de pasto é ideal para soltar na seca. ↪ Jogar adubo (assim q fechar o pasto) e suplementar o animal. ▫ Qual a melhor forrageira pra trabalhar? ↪ Forrageira de menor altura; ↪ Gomo fino; ↪ Mais folha do que gomo; ↪ Boa produção no outono; ↪ Pouco florescimento; Mais recomendadas Não é indicado B. decumbens; Panicum Maximum; Brachiara; Paredão; Grupo Cynodon. Capim elefante As espécies do gênero Brachiaria e Cynodon são as mais indicadas para o diferimento devido ao hábito crescimento prostrado, pelo fato de acumularem maior quantidade de folha em relação ao colmo A categoria de animais indicados para o pasto diferido é aquela de menor exigência nutricional. A técnica do diferimento é uma prática que apresenta baixo custo de investimento e facilidade de implantação. No entanto, é necessário lembrar que pastagens diferidas sempre @resuvet_ apresentaram baixo valor nutricional e, por isso, essa técnica deve vir acompanhada de suplementação proteica para corrigir a dieta dos animais. Essa técnica não gerará grandes desempenhos ao rebanho devido ao seu baixo valor nutritivo. No entanto, é uma técnica prática e barata e que, acompanhada de suplementação proteica adequada, possibilita ganhos e também melhores gestão e desempenho do sistema pecuário adotado. ▫ Pastejo rotacionado: o sistema é baseado na divisão da área de pastejo em 3 ou mais piquetes, que são submetidos a períodos alternados de pastejo e descanso. O tamanho dos lotes pode variar de acordo com o planejamento da propriedade. Apresenta excelentes resultados quando bem planejado. Deve-se avaliar antes da sua implantação: a oferta de água, as características da forragem a ser explorada, estruturas como cochos e bebedouros, correção e adubação do solo e, principalmente, o treinamento constante dos colaboradores sobre o manejo do sistema. Vantagens: maior uniforme do pastejo maior taxa de crescimento do pasto (kg MS/há x dia); maior capacidade de suporte (maior n° de animais); maior rendimento animal por área com aumento da taxa de lotação; melhor acompanhamento da condição da pastagem e do animal; impede a seleção negativa do gado durante o pastejo; fornece sempre forragem nutritiva; permite uma colheita do excesso de forragem com melhor qualidade para conservação; distribuição dos dejetos mais uniforme. Período de pastejo (uso de pastagem):1-5 dias Período de descanso (fechar a porteira): 20-45 dias Quando atingir 15 cm (braquiaria) está na hora de tirar! Exemplo: quando os animais entraram no piquete, a forrageira Tanzania estava com 70cm. Conforme o gado for comendo, quando chegar em 40 cm tira eles (Periodo de descanso), mas isso depende, se estiver chovendo comterra adubada, se com 25 dias chegou a essa altura, pode tirar o gado. O período de descanso (PD) vai depender do potencial de rebrota da forrageira, da chuva, temperatura e fertilidade do solo. ▫ Quanto que uma vaca come por dia? 1 unidade animal (UA) corresponde a 450 kg de peso corporal. Exemplo: se uma vaca tiver 900 kg, ela corresponde 12 UA. Em média ela consome de 60-150 m², mas vai depender também de tanto de forragem disponível. ▫ Período de Descanso: período que ocorre a restauração de reservas orgânicas. O pasto leva de 10-15 dias para começar a brotar de novo. Ele corresponde a condição de pré- pastejo. Sob pastejo rotativo, a @resuvet_ duração do intervalo de pastejos sucessivos – período de descanso – é o que determina a recuperação do índice de área foliar (IAF) e, consequentemente, maximiza a produção de forragem em cada ciclo de pastejo Com o aumento no índice de área foliar (IAF) ocorre um aumento na interceptação luminosa e na eficiência de uso da radiação fotossinteticamente ativa. Quando atinge 95% de interceptação luminosa (IL) as folhas inferiores passam a ser totalmente sombreadas. A ausência de luz numa folha induz uma diminuição em sua atividade fotossintética, o que ocasiona uma aceleração na taxa de crescimento em condições ambientais favoráveis. Pequenas diferenças em altura podem ter grandes efeitos na competição por luz, pois uma diferença mínima é suficiente para uma folha se sobrepor a outra. Evolução da área foliar e interceptação de luz em pastos durante a rebrotação. Fonte: DA SILVA, 2009 Quando trabalha com interceptação luminosa de 95% se tem maior ganho animal. Interpretação: a forrageira vai crescendo até atingir 95% (hora de soltar o animal no piquete). Antes disso, a planta tem pouco colmo e pouca folha morta embaixo. Antes de soltar o gado, vai ter uma competição por luz e com isso ela alonga o colmo, se não pegar luz na parte debaixo na moita da touceira, a folha vai morrer. ▫ Pastejo protelado: possui período de descanso, principalmente na época chuvosa. Semeadura da pastagem como reserva para períodos secos. Permite que as espécies palatáveis se recuperem e aumentem a capacidade de competição com espécies indesejáveis. ▫ Pastejo Rotativo em Faixas: consiste em dividir a área em faixa por meio de cerca elétrica móveis. @resuvet_ Planejamento Para Sistema Rotativo ▫ N° de Piquetes: 𝑷𝑫 𝑷𝑷 + 𝒙 A fórmula se dá pelo período de descanso divido pelo período de pastejo mais o n° da categoria de animais (1 ou 2). PD: período de descanso PP: período de pastejo x: categoria animal O período de descanso sempre é maior que o de pastejo. E temos que lembrar que nenhum dos dois (PD ou PP) pode ser fixo, porque o PD vai até onde a forrageira atingiu a IAF 95% e o PP até a altura de saída dos animais daquele pasto. ▫ Número de Rotações: 𝒖𝒔𝒐 𝒅𝒐𝒔 𝒑𝒊𝒒𝒖𝒆𝒕𝒆𝒔 (𝒅𝒊𝒂𝒔) 𝑷𝑫 + 𝑷𝑷 + A fórmula se dá pelo n° de piquetes usados no dia dividido pelo período de descanso somado com o período de pastejo. ▫ Área de Cada Piquete: 𝒏° 𝑼𝑨 𝒙 á𝒓𝒆𝒂/𝑼𝑨 𝒙 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 𝒑𝒂𝒔𝒕𝒆𝒋𝒐 A fórmula se dá pelo n° de animais multiplicado pela área por UA (quantas vezes o animal come por dia) multiplicado pelo tempo de pastejo (quanto tempo ela vai ficar pastejando naquele piquete). ▫ Área Total: 𝒏° 𝒅𝒆 𝒑𝒊𝒒𝒖𝒆𝒕𝒆𝒔 𝒙 á𝒓𝒆𝒂 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒅𝒂 𝒑𝒊𝒒𝒖𝒆𝒕𝒆 Exemplo 1 Produtor com uma área de 10 ha. Quanto em dinheiro ele conseguirá ganhar com esses 10 ha utilizando soja e milho? Cada vaca vamos tirar 10 L de leite e o preço do leite é aproximadamente R$ 2,50. Quanto dinheiro ele vai ganhar? Dados: Área disponível para piquete : 10 ha. Cada vaca come: 50 m/dia. 1 vaca: 10 L de leite 1 litro de leite: R$ 2,50 1 ha: 10.000 m² Projeto: PD: 30 dias(15-45 dias) ; PP: 3 dias (1-5 dias); X: 1 categoria Qual o n° de piquete? PD/PP + X 30/3 + 1 = 11 piquetes Qual a área total? Vamos trabalhar em metros quadrados! Colocar na regra de 3. 1 ha ------- 10.000 m² 10 há ------ X X= 10.000 m² 10.000m² x 10 ha = 100.000 m² 100.000 m² é a área total que ele tem em 10 há. @resuvet_ Área Total/ Número de Piquetes 100.000 M² / 11 = 9.090 M² Área do piquete = 9.090 m² Área do piquete = n° UA x área por UA x tempo de pastejo Área do piquete = número UA x quanto que ela come por dia x quanto tempo ela fica pastejando 9.090 m² = número UA x 50m/dia x 3 dias (que elas ficam dentro do piquete) 9.090 = UA x 50 x 3 9.090= 150 UA UA= 9.090/150 UA = 60 vacas Cada vaca irá produzir 10L de leite. 1 vaca ------ 10 L 1 L de leite ------ R$ 2,50 60 vacas ----- X 600 L de leite ----- X X = 60 x 10 = 600 L de leite. X= 600 x 2,50 = R$ 1.500,00 por dia! Em 1 mês ele vai ganhar (1.500 x 30) R$ 45.000,00 Exemplo 2 O produtor resolveu selecionar 20 vacas, ele quer saber quanto de área ele precisa com capim Tanzania para fazer piquete rotacionado para 20 vacas. Número de piquetes = 11 piquetes Temos que achar área de cada piquete. 20 vacas comendo 100 m², cada vaca ficando 3 dias em cada piquete: 20 x 100 x 3 = 6.000 m² 6.000 m² é a área de cada piquete Se tem 11 piquetes: Área total (o que ela come por dia): número de piquetes x área de cada piquete 11 x 6.000 = 66.000 m² (vai variar de 50 a 100 m²) 66.000 m² é a área necessária. Espécies Forrageiras Para Lotação Rotativa Intensiva Bovinos ↪ Capim elefante; ↪ Tanzânia, Mombaça, Tobiatã, Massal, Vencedor ↪ Coast-cross, Tifton, Estrela africana ↪ Braquiárias ↪ Capim canarana Ovinos e Caprinos ↪ Tanzânia, Aruana ↪ Coast-cross, Tifton, Estrela africana ↪ Braquiárias – não utilizar com ovinos! @resuvet_ Nutrição Mineral de Plantas Forrageiras Introdução As pastagens no Brasil são muito importantes, porque é uma fonte barata de alimento; Quanto mais coloca o animal para pastejar menor é o custo de produção. Problemas: As pastagens do Brasil são muito degradadas e quanto mais degradada: ↪ menor o volume do bocado do gado; ↪ mais tempo ele vai gastar na pastagem; Importante: 1. Produtor não aduba o solo, porque acha que não precisa; 2. É importante aplicar calcário para correção do solo, fornecer cálcio e magnésio que vão corrigir a acidez do solo, aumentando o pH. 3. Não adubar no plantio, apenas jogar a semente, isso não é certo. No adubo de plantio o mais importante é o fosforo, pois é fonte de energia; 4. Depois que a pastagem estiver crescendo tem que fazer a manutenção, adubação de cobertura com progênie e potássio; 5. Se adubar tem que saber manejar, interceptação luminosa 95%. Nutrientes Necessários à Planta Ela precisa de alguns elementos essenciais, como: ▫ Macronutrientes primários: nitrogênio, fósforo e potássio. ▫ Macronutrientes secundários: cálcio, magnésio e enxofre. ▫ Micronutrientes: a gramínea precisa de boro, zinco e molibdênio. Qual a diferenca de macro e micronutrientes para a planta? A absorção de macronutrientes pela planta é maior, enquanto que a absorção dos micronutriente é menor. No entanto não existe o mais importante e menos importante. ↪ Lei do mínimo: nunca vai conseguir atingir o potencial genético daquela forrageira, onde o rendimento de uma safra é limitado pela deficiência de qualquer um dos nutrientes essenciais, embora todos os outros estejam em quantidade adequada. @resuvet_ Absorção de Nutrientes Ocorre através de três métodos: 1. Interceptação radicular: ocorre pela raiz, que ao crescer vai ao encontro do nutriente. 2. Difusão: quando o nutriente encosta naraiz e penetra, vai do meio mais concentrado para o menos concentrado. 3. Fluxo de massa: o movimento dessa solução para baixo (tem um adubo que jogamos na superfície do solo e com a água ele desce no solo e vai pra raiz, esse adubo movimenta e é absorvido. Adubos Podem ser classificados pelo os que movimentam e pelo os que possui pouca mobilidade. ↪ Movimentam: nitrogênio, potássio, fosforo, magnésio. ↪ Pouca mobilidade: boro, cálcio. E eles podem ser: ↪ Supersimples: 20% de fosforo ↪ Supertriplo: 44% de fosforo (melhor) Nas pastagens o ideal é utilizar calcário dolomítico, pois ele fornece magnésio e uma pequena quantidade de cálcio. O calcário calcítico fornece o cálcio. O alumínio, tem que ser evitado, por isso utiliza o calcário porque ele tem atração pela hidroxila e assim não rouba o fosforo. O sistema radicular da gramínea. ▫ Fósforo: a fonte de fósforo deve ser aplicado nas proximidades das sementes ou mudas; adubação diferenciada entre gramíneas e leguminosas, uma vez que o fósforo pode ser considerado o nutriente mais limitante para as leguminosas, uma vez que são capazes de incorporar nitrogênio no solo. Experimentos sugerem, quando em consórcio, que se aplique 2/3 do fósforo para a leguminosa e 1/3 para a gramínea; pode-se substituir parte das tradicionais fontes solúveis, como superfosfato simples, por fosfato de rocha, desde que se eleve as quantidades a serem aplicadas em no mínimo 1/3 em relação a fontes prontamente solúveis; os fosfatos de rocha devem ser incorporados ao solo com antecedência, preferencialmente antes da calagem, pois solubilizam mais rapidamente quando em solos ácidos. ▫ Nitrogênio: o nitrogênio é o principal nutriente das gramíneas, proporcionando aumento imediato da produção de forragem. Solos deficientes em nitrogênio acarretam em crescimento lento, plantas de porte pequeno, com poucos perfilhos e o teor de proteína bruta torna-se insuficiente à alimentação animal. A fonte de nitrogênio no solo é a matéria orgânica, porém não diretamente absorvida pelas plantas. É necessária sua decomposição pela ação de microrganismos, de forma a liberar N prontamente assimilável. @resuvet_ É responsável pela quantidade de proteína que o capim tem e a produção de MS dele. A planta absorve na forma de nitrato e amônio. ↪ Onde fica o nitrogenio na natureza? Grande parte na atmosfera. ↪ Quais as formas de adubo nitrogenado? - Chuva com trovão e raio é uma das formas de depositar nitrogênio no solo (descarga elétrica). O raio pega nitrogênio gasoso com oxigênio da agua e transforma em nitrato. Bactérias, que conseguem fixar esse nitrogênio por meio do sistema radicular e eliminar nas gramíneas; Adubo químico: ureia, principal fonte de nitrogênio químico (45 % de nitrogênio). Em100 kg de ureia – 45% de nitrogênio. Sulfato de amônia 20% de nitrogênio e enxofre. ▫ Potássio: os capins deficientes em potássio apresentam colmos finos e menos resistentes ao tombamento, suas folhas apresentam-se amareladas, com necroses. Em leguminosas, há comprometimento do sistema de nódulos, diminuindo a capacidade de fixação de nitrogênio pelas plantas. Sob condições normais, o potássio é reciclado pelas fezes e urina dos animais, devendo ser recomendado quando da realização da análise de solo. O potássio, assim como o nitrogênio, está sujeito à lixiviação, tendo alta mobilidade no solo. A principal fonte de potássio é o cloreto de potássio (60% K2O), que apresenta elevado índice de salinidade, não devendo ter contato direto com a semente. ↪ O que o potássio faz? - Regula pressão osmótica; - Regula o pH dentro da planta; - Comanda mais de 50 enzimas dentro da planta; - Faz transporte de açúcar, hormônios na absorção; - Resistente a pragas. Atenção: quando falta água a planta murcha suas folhas e isso ocorre pela falta de potássio, que regula a pressão osmótica e faz com que os estômatos da planta feche para não perder mais água. ↪ Quanto devo colocar? - Recomenda-se de 80-90kg de cloreto de potássio. ↪ Deficiência de potássio? - A folha começa a secar e amarelar. ▫ Enxofre: é importante, mas tem na matéria orgânica, está junto com a adubação fosfatada, é fornecido junto com outras adubações. ↪ Qual o problema com enxofre na queimada? - 75% vai embora na fumaça. Depois de realizar a base do solo com calcário, fósforo, cálcio e magnésio, utiliza o nitrogênio que movimenta muito no solo. @resuvet_ Esse tipo de adubação é chamado de nitrogenada e é recomendada fazer 1x ao ano mediante a análise do solo. Pra adubar tem que tirar os animais e se tem duas opções ↪ Cerca ↪ Sequestro: principalmente no início das aguas, os animais ficam fechados por 30 dias e são alimentadas de silagem de capim. Vale a pena porque estará recuperando o animal e dando um tempo pro pasto recuperar. Micronutrientes São eles o boro, zinco e molibdênio. Ao utilizar muito calcário se tem deficiência de micronutrientes, sendo necessário a adubação folhear com boro, zinco e mobiliei-o. Uma forma de adubar é o ILP (integração lavoura pecuária) ocorre a plantação da forrageira junto com milho ou em cima da braquiária. Perdas dos Nutrientes As perdas podem ocorrer por: ▫ Lixiviação: lixiviação é um processo erosivo ocasionado a partir da lavagem da camada superficial do solo pelo escoamento das águas superficiais. Em geral, ocorre em solos sem a cobertura vegetal protetora, o que diminui, em elevado grau, a sua fertilidade ao longo do tempo. O nutriente vai descer no solo e ir pra natureza. ▫ Volatização (evaporização): a evaporação é a passagem do estado líquido para o estado gasoso. Ela ocorre na superfície livre dos líquidos, de forma lenta e gradual, em qualquer temperatura. Ao adubar o solo molhado, quando ele seca a água ali presente irá evaporar e junto a essa evaporação, vai também os nutrientes. ▫ Desnitrificação: a desnitrificação é um processo microbialmente facilitado, em que o nitrato (NO3- ) é reduzido e, em última análise, produz nitrogênio molecular (N2) através de uma série de produtos gasosos intermediários de óxido de nitrogênio. As bactérias precisam do nitrogênio para decompor, com isso o nitrogênio se esgota. @resuvet_ Sucesso na Adubação O solo deve ser analisado, procurar sempre um agrônomo para esse tipo de avaliação. Se a espécie responde a adubação e a idade da forrageira, não adianta adubar a pastagem depois que ela dá semente, se for forrageira tropical não adianta adubar no inverno, tem que adubar no verão, porque se tem água e temperatura. A temperatura é um fator importante, pois a planta precisa transpirar para absorver água. Pastos degradados é importante fazer calagem, que é a correção do solo, onde se corrige a acidez fornecendo cálcio e magnésio. Objetivo da análise de solo: ↪ Correção da acidez; ↪ Diminuir alumino e hidrogênio. O alumínio rouba o fósforo da planta, ao jogar calcário ele forma a hidroxila e então, o alumino gruda nela formando o hidróxido de alumínio, que faz o alumínio ficar retido liberando o fósforo para planta/solo. ↪ Solo corrigido tem mais bactérias pra decompor matéria orgânica e com isso formar mais minerais Atenção: onde se tem cupim, a pastagem está degradada precisando de calcário, portanto não adianta desmanchar o cupim, deve aplicar e incorporar o calcário. Para ele agir leva em torno de 60-90 dias, o ideal de abril e maio. O Que Fazer Após Correção do Solo? Realizar a adubação do plantio, que é chamada de fosfatada, pois fornece fósforo. A maioria dos nossos solos é carente em fosforo. O fosforo gera energia, é um dos nutrientes mais limitantes no solo,ele estimula o crescimento dos perfilhos (2° fase de germinação) e raiz. Se não adicionar o fósforo na adubação do pasto, ele cresce degradado e sua capacidade de perfilhamento é baixa. Deficiência Quando não se faz a adubação do solo, a pastagem demora mais para crescer, as folhas começam a ficar escurar e começam a morrer rapidamente, principalmente em épocas chuvosas. O sistema radicular não cresce (não aprofundou no solo) e por isso, no período de seca elas são intolerantes, as folhas passam a secar rapidamente. @resuvet_ Classificação das Forrageiras Morfologia das Plantas Dentre as várias classificações dadas ao s vegetais, podemos definir as plantas forrageiras como pertencentes ao grupo das Fanerógamas (vegetais superiores com raiz, caule flor e folhas), subgrupo das Angiospermas (possuem sementes dentro do fruto) e divididas em duas classes: Monocotiledôneas (folha s estreitas) e Dicotiledôneas (folhas largas). Raiz: A raiz pode derivar direta mente da radícola do embrião (durante a germinação) ou do caule. Essas são chamadas de raízes adventícias (muito comuns em gramíneas). As principais funções das raízes são a fixação da planta ao substrato (solo), a absorção e o transporte de água e nutrientes do solo para o xilema e deste para a planta toda. Em algumas plantas a raiz também pode funcionar como órgão de reserva (mandioca). Uma das principais características das raízes é que estas são desprovidas de gemas, folhas e folhas modificadas. Isso implica na impossibilidade de rebrota, ou seja, raízes não fazem brotação. Folhas: as folhas, originadas nas gemas do caule, são o principal local de ocorrência de fotossíntese e das trocas gasosas (oxigênio, gás carbônico, vapo d’água) com o ambiente externo. São órgãos nutritivos da forrageira, apresentam grandes concentrações de nutrientes e maior digestibilidade. Caule: possui gemas laterais, ou seja, estas podem dar origem à raiz, caule (ramos), folhas e flores. Sua função é funcionar como via de conexão entre raízes e folhas transportando água e nutrientes para as folhas e carboidratos destas para as raízes. Seu crescimento é comandado pelo meristema apical, situado na extremidade superior que dá origem a ramos, folhas e flores. @resuvet_ Classificação Existem duas famílias de forrageiras, são elas: ↪ Poáceas (gramíneas); ↪ Fabáceas (leguminosas); Poáceas As gramíneas estão agrupadas em 300 gêneros e 5.000 espécies, sendo que 75% das forrageiras são dessa família. Elas podem apresentar ciclos vegetativos anuais (milheto e aveia) ou perenes (braquiárias). Suas raízes são do tipo fasciculado, não possuem raiz principal e podem ser: ↪ Seminais: originadas das sementes quando estão germinando. ↪ Adventícias: originadas do caule, numerosas e pouco profundas. Seu caule é do tipo colmo e pode ser oco ou fistuloso. A região de crescimento encontra-se no ápice (meristema apical) e só após a eliminação deste é que a planta irá emitir perfilhos aéreos. Os caules podem apresensentar dois tipos de propagação. São eles: ↪ Estolonífero: se desenvolvem horizontalmente, acima da superfície do solo. As gemas laterais tocam o solo e emitem raízes originando uma nova planta. Ex: tiftons, estrela africana, coast cross, etc. ↪ Rizomatoso: emitem brotações abaixo da superfície do solo, que emergem próximas a planta mãe, originando novas plantas. As folhas das gramíneas originam do meristema apical e apresentam uma estrutura que envolve o colmo chamada bainha, seguida da lâmina foliar e desenvolvem-se alternadamente, uma para cada planta e as flores são distribuídas em ramos florísticos denominados inflorescências. @resuvet_ Classificação das Plantas Forrageiras Fabáceas As leguminosas pertencem ao reino vegetal Plantae, da classe Dicotiledôneas, subclasse Rosidae, ordem Fabales, família Fabaceae e subfamília Mimosoideae, Caesalpinioideae e Papilionoideae. Possui 457 gêneros e mais de 14.00 espécies. Elas estão distribuídas em regiões de clima temperado, tropical e subtropical. Apresentam o fruto do tipo legume. Sua folha consiste em três partes: folíolo, pecíolo e peciólulo e estípula. Variedades de folhas: Os caules das fabaceaes são mais variados do que os colmos das poaceaes (gramíneas), há grande variedade em tamanho, comprimento e n° de ramos. A raiz possui o sistema radicular pivotante ou axial. ↪ Raízes primárias: dominante e vigorosa. ↪ Raízes secundárias: ramificações. O sistema radicular possui nódulos que faz a fixação biológica do nitrogênio. O ciclo vegetativo das leguminosas forrageiras tropicais apresenta ciclo perene ou bianual. A propagação é realizada através de sementes. As sementes de Fabaceae apresentam dormência. A dormência é uma estratégia de sobrevivência utilizada pela semente contra condições inseguras e/ou inadequadas no campo em que se encontram. Esse repouso fisiológico @resuvet_ permite que a semente continue viva e sua viabilidade permaneça intacta por um longo período de tempo, até as condições ambientais estarem favoráveis para a germinação. Escala da Ilusão A partir da década de 1980, o processo de desmatamento e implantação de novas pastagens de maneira extrativista, aproveitando as condições naturais do ecossistema sem reposição nenhuma da fertilidade, e ausência de práticas conservacionistas tem gradativamente submetidas as pastagens a processos degradatórios. Os produtores adotam muitas vezes os avanços de fronteiras ou substituição por novas variedades mais adaptadas as condições de baixa fertilidade e com menor potencial produtivo e buscam a forrageira milagrosa. Qualidade das Forrageiras Com relação a qualidade, as forrageiras podem ser classificadas em três grupos distintos: ↪ alta qualidade, composto por gramíneas dos gêneros: Panicum (tanzânia, mombaça, tobiatã, vencedor), Cynodon (estrela, coastcross e tiftons) e Pennisetum (cameroon, napier e anão). ↪ média qualidade, formado pelas gramíneas do gênero: Brachiaria (ruziziensis, decumbens e marandu), Hyparrhenia rufa (jaraguá) e Andropogon (planaltina e baeti). ↪ baixa qualidade constituído pelas gramíneas do gênero: Brachiaria (humidicola e dictyneura cv. Llanero). As diferenças entre esses grupos parecem estar relacionadas, principalmente, com o conteúdo de proteína bruta e consequentemente com a redução no consumo voluntário e na produção animal. DORMÊNCIA Presença de um tegumento impermeável à penetração de água Impedindo a germinação da semente Alta % de dureza das sementes – 69 a 90% @resuvet_ Classificação das Forrageiras Pennisetum purpureum Schum Nome comum: Elefante, Napier ou capim elefante. Origem: África Morfologia: colmos eretos, espécie perene, folhas com coloração verde escuro ou claro, inflorescência com panícula sedosa, alcança 3 a 5 m de altura, espiguetas bifloradas (providas de duas flores ou grupos de duas flores) com superior fértil. Características: alta exigência em fertilidade, exige muita adubação, crescimento cespitoso, a gema cresce para cima. Plantio: multiplicação por muda (90 a 120 dias), espaçamento de 60 a 1,20m. Gasto de mudas é de 2 a 4/há na proporção de 1:10. Cultivares: Napier, Napier Roxo, Cameroon, Porto Rico, Paraíso, Taiwans, Pioneiro, etc. Composição químico: 9 a 12% PB na MS (60 a 80 dias), 1 a 3% PB na MS em estágio avançado, FDN de 70 a 80%, DIVMS de 45 a 55% planta inteira. Utilização: corte (equinos), ensilagem e pastejo com boa aceitabilidade. Ensilagem: baixo teor de CHOs, alta umidade, uso de aditivos que absorvem a umidade(polpa cítrica, fubá). Napier: sementeia mais cedo, tem folha fina. Dois cortes. Cameroon: é o mais indicado, pois sementeia menos. Tem folha larga. Três cortes. Panicum maximum Cultivares: Colonião, Tanzânia I, Mobaça, Massai, Tobiatã, Vencedor. Origem: África Morfologia: gramínea perene que cresce em touceiras com altura média de 1 m, composta por grande n° de perfilhos finos @resuvet_ e predominantemente eretos. Suas folhas apresentam laminas estreitas (largura média de 1 cm), longas e curvadas e bainha recoberta por pelos curtos e duros. Características: adapta-se bem em regiões onde a precipitação anual excede 1.000 mm. Tem a exigência de solos férteis. Florescência em cacho, sementes pequenas e bem espalhadas. Plantio: sementes 3 a 5kg puras e viáveis, com rendimento de 10 a 20t MS/ha. Utilização: pastejo, ensilagem e fenação. Manejo: entrada de animais deve ocorrer quando estiver de 90 a 1,20 m. A saída ocorre quando estiver de 30 a 40 cm. Altura de entrada: 60 cm - Paredão; 70 cm - Tanzânia; 90 cm – Mombaça. Cynodon Nome comum: capim bermuda ou capim de burro. Morfologia: planta perene, apresentando rizomas delicados. Os ramos de crescimento vertical atingem cerca 50 – 70 cm de altura e os de crescimento horizontal chegam a alguns metros. As lâminas foliares são lineares, com 1,5 a 10 cm de comprimento, 1-5 mm de largura, plantas ou dobradas, esparsamente pilosas ou glabras, ásperas e acuminadas. Características: alta exigência em fertilidade, boa tolerância à seca, boa aceitabilidade pelos animais (bovinos de corte e leite, equídeos, caprinos e ovinos). É um dos melhores capins. Plantio: multiplicação por muda (90 a 120 dias), espaçamento de 60 a 1,20m. Gasto de mudas é de 2 a 4/há na proporção de 1:10. Cultivares: coast cross e tifton. Brachiarias - Brachiaria Documbens Staf Características: gramínea de ciclo vegetativo perene e forma de crescimento decumbente. Adapta-se muito bem a solos de média a baixa fertilidades e requer uma precipitação anual em torno de 1000 mm. Tolerância: por ter um sistema radicular bem profundo, resiste muito bem à seca. Apresenta média resistência ao frio, boa Coast Cross Tifton @resuvet_ tolerância a sombreamento e baixa tolerância a solos encharcados. Problemas: é altamente susceptível à cigarrinha das pastagens; Podem causar fotossensibilização. Cigarrinhas das pastagens: sugam a seiva da planta e injetam toxinas. Isso provoca aquele amarelecimento característico, chamado de “queima do pasto”. Os ovos são colocados no solo e, em períodos secos, permanecem inativos. Quando começa a estação chuvosa, eclodem, por esse motivo acontece após os períodos chuvosos. Fotossensibilização: ocorre em bovinos, atingindo mais a faixa etária que vai da desmama até os dois anos. Esta sensibilização da pele à luz, também é conhecida vulgarmente pelos nomes de "requeima" e "sapeca" e se caracteriza por uma dermatite. Levam à deposição de material cristalóide nos ductos biliares, células de Kupffer e parênquima hepático. Indicação: pastoreio direto, para fenação e para fazer rolões e ensilagem. Manejo: período normal de plantio, apresenta tempo de formação em torno de 90 dias. O primeiro pastoreio pode ser feito nessa fase, entre 90 e 100 dias após a germinação. Nesse momento, a planta apresenta altura em torno de 80 cm. O gado deve ser retirado quando esta estiver com altura em torno de 30 cm. - Brachiaria brizantha Nome comum: Brizantha, Braquiarão. Cultivares: Marandu, MG4, MG5 e Xaraés. Origem: África Tropical e do Sul Morfologia: Crescimento ereto e cespitoso, formando touceiras. Porte médio, com altura entre 0,85 m e 1,10 m. Colmos verdes, finos, bainhas foliares @resuvet_ com poucas pilosidades, lâmina foliar sem pilosidade. Apresenta perfilhamento aéreo. Inflorescência característica apresentando muitos ramos (até 12). Características: ciclo perene, sua forma de crescimento é em touceiras e semi- ereta, tem crescimento livre de 1,0 a 1,20 m. Possui boa digestibilidade e boa palatabilidade. Alta resposta à adubação, sua tolerância a secas é mediana, mas é tolerante/resistente à cigarrinha das pastagens. Altura de entrada é de 35-40 cm. O que a difere da Decumbers é sua florescência, de fevereiro a março, quando os dias começam a diminuir. - Brachiaria ruziziensis Nome comum: Ruziziensis e capim congo. Características: bem semelhante a decumbens, não é exigente em fertilidade, tem coloração verde amarelada, é mais macia. Tolera menos os animais, mas é bom utilizar no meio dos cafezais, pois o sistema radicular dela é profundo para fazer palhada, devolver nutriente para o solo. Produtividade: 10 a 20% menor comparada com decumbens. - Brachiaria radicans Napper Nome comum: Tanner grass, Braquiária do brejo. Características: pouco exigente em fertilidade, tolera solos úmidos, tem rendimento de 9 t MS/ano. Seu crescimento é rizomatoso e estolonífero. Tem alto teor de nitrato e isso pode ser tóxico, causa distúrbio metabólico, quando o pastejo é exclusivo dessa espécie (ocorre disfunções renais, animais começam a urinar sangue, equinos apresentam edemaciamento de membros). Não possui pelos locais, é bem lisa, suas folhas são menores. @resuvet_ - Brachiaria humidicola Nome comum: capim agulha, quicuio da Amazonas e Braquiária Espetudinha. Características: Importante forrageira no Amazonas, é tolerante a seca, geadas e solos mais úmidos, sua multiplicação ocorre por sementes, é consumida por equinos. - Brachiaria plantaginea Nome comum: capim marmelada, capim mimoso e capim doce. Características: gramínea anual, planta invasora em outras culturas, exige boa fertilidade do solo; Hyparrhenia rufa Nome comum: capim Jaraguá, capim provisório e vermelho. Características: é medianamente exigente em fertilidade, boa aceitabilidade, gramínea cespitosa (atinge 3m de altura), tem crescimento em touceira, gramado se pastejado frequentemente. Chegamos ao fim da apostila! Foram muitas páginas de aprendizado e eu espero que a apostila tenha auxiliado nos seus estudos! Tentei utilizar uma linguagem fácil e colocar imagens para auxiliar seu entendimento. O mini atlas foi uma maneira que encontrei de você se inteirar sobre as doenças e as características que elas apresentam. Se você gostou do conteúdo ou quer fazer alguma crítica, ou dar alguma dica para as próximas apostilas, deixe seu feedback no e-mail resuvetstudy@gmail.com ou pelo Instagram @resuvet_ Não se esqueça que a apostila não substitui os livros, ela é um roteiro para você seguir. Não deixe de pesquisar mais informações. Até a próxima, Resuvet.
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