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RESENHA - O intérprete educacional

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O intérprete educacional
Inicio esta resenha crítica sobre o intérprete de sinais, baseado no capítulo 8, pagina 59, do Programa Nacional de Apoio a Educação de Surdos( O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa / Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília : MEC ; SEESP, 2004. 94 p. : il. ); com uma citação do
prefácio, escrito por Souza (2004, p. 10): "Em cada uma das páginas desta
obra, constata-se o notável e sério empreendimento das autoras 'em nos
fazer entrever os contornos de uma língua cujos fios fazem tecer identidades
surdas." 
Sendo o profissional de interpretação de sinais um dos mais requisitados na atualidade, não só no Brasil, mais como também em outros países e tendo em vista que no Brasil os alunos chegam à rede de ensino totalmente desprendidos da língua de sinais, o ambiente educacional para a língua de sinais exige um profissional bem preparado, disposto a tomar para si o desafio de introduzir a interpretação em língua de sinais nas escolas regulares, já que escolas especiais para esta modalidade de aprendizado está fora da realidade educacional brasileira.
O intérprete em línguas de sinais, deve priorizar a sua atenção ao que o professor escreve no quadro ou fala para a turma e direcionar seus movimentos de sinais aos alunos em geral, deixando assim o ambiente descontraído e natural para o aluno surdo se sentir a vontade e tranquilo, desprendido dos olhares preconceituosos que por algum momento podem surgir e assim absorver toda a informação transmitida à ele por intermédio do intérprete de sinais. 
Paciência é fundamental, pois atuando nas escolas comuns, sejam elas do ensino fundamental, médio ou até mesmo no ensino superior auxiliando professores no aprendizado do aluno surdo, o intérprete tem trazer para si a atenção do aluno, aluno esse que por um momento olha e não entende nada, e assim perde-se muito tempo, pois é muito complicado pro aluno entender a ideia repassada em formas de sinais, ler e ao mesmo tempo absorver a informação que o intérprete está repassando. Ao intérprete é dada toda a liberdade para exercer sua função na escola, tendo em vista que é extrema importância a preparação da aula, deve-se trabalhar, primeiro com os professores, as passagens que serão abordadas em aula, pois o aluno projeta sua atenção e busca seu conhecimento no intérprete, pois os alunos tem dificuldades de aprendizagem. Ás vezes até o professor corre o risco de achar que o intérprete é o tutor do aluno surdo. A presença do interprete é muito importante, os alunos necessitam de apoio especializado para o ensino de língua de sinais que deve oferecer ao aluno com surdez, segurança e tranquilidade, além de motivação para entender e aprender, pois é fundamental a inclusão do aluno na escola comum.
Segundo(Stewart, D.et ali, 1998), estimava-se que 2200 intérpretes de língua de sinais nos Estados Unidos no ano de 1989, atuavam na educação elementar e no ensino secundário. Nota-se que nos dias atuais os profissionais atuantes na área da educação, já são a terça parte dos profissionais formados nos cursos de interpretação de sinais.
Nos Estados Unidos, os intérpretes não ultrapassam os limites entre o aluno e o professor, cada professor é absoluto em sala de aula, as obrigações do intérprete é tão somente, liga as informações aos alunos, não cabe ao intérprete elaborar ou divulgar relatórios sobre o aprendizado e desenvolvimento do aluno, tal informação somente é atribuída ao professor.
Voltando à realidade brasileira, temos à nossa frente escolas comum com alunos surdos matriculados os quais necessitam de um intérprete na sala de aula, pois os discentes são desprovidos da língua de sinais(primeira língua) e português(segunda língua). A leis brasileiras determinam que todas as crianças são obrigadas à frequentarem a salas de aula. Mais como atender a essas exigências se nem todas as escolas comuns são equipadas e preparadas para bem atender ao aluno surdo, tendo em vista que o mínimo que poderíamos ter era a presença de intérprete de língua de sinais nas diversas salas de aula onde há um aluno surdo matriculado.
Sabe-se que, nos dias atuais, a interpretação de sinais pela comunidade surda inserida nas escolas regulares é notoriamente precária e de fato escarça. Entende-se, que é preciso urgente a formação e qualificação de intérpretes à serem inseridos nas escolas e assim auxiliar professores na formação de alunos surdos. 
Cabe ao estado brasileiro investir na formação e especialização de intérprete de língua de sinas, se possível formar professores intérpretes para melhor, ou ainda qualificar profissionais já atuantes na área da educação à intérpretes de língua de sinas para desenvolverem e atuar em projetos voltados ao aluno surdo na unidade escolar o qual o profissional já atua.
O intérprete de língua de sinais, não substitui o professor e cabe a escola gerenciar e auxiliar o direcionamento do intérprete em sala de aula, deixando claro que o foco do intérprete é o aluno surdo e o aluno deve ter plena convicção que o intérprete não é o professor, o intérprete nada mais é do que o canal de ligação entre o aluno e o professor, transmitindo ao aluno as informações passadas pelo o professor aos alunos surdos.
O intérprete deve ser auxiliado pelo o professor quanto a revisão, preparação e a realização das aulas, garantindo assim a qualidade e a eficácia do conteúdo ministrado pelo o professor e repassado pelo intérprete aos alunos. Os intérpretes devem ser neutros não interferindo quanto ao repasse de informação sobre o aluno, dando ênfase em manter as informações confidenciais.

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