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Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND http://raulcalasanz.wordpress.com/2012/09/10/ud1-fisiologia-leucocitaria-leucopoyesis-y-alteraciones-de-la-serie-blanca https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/ Hipersensibilidade do Tipo II Mecanismos efetores Inflamação mediada por complemento e receptor a Fc Teste de Coombs ou Antiglobulina indireta Indireto soro * soro de Coombs ou anti-globulina (anti-IgG e/ou anti-C3d) HcHc Sensibilização “in vitro” Aplicações: Pesquisa de anticorpos incompletos (PAI), fenotipagem de hemácias, doença hemolítica do RN (soro materno), pesquisa D fraco Hc Hc Teste de Coombs direto ou de Antiglobulina Direta Direto * soro de Coombs ou antiglobulina (anti-IgG e/ou anti-C3d) Hc Sensibilização “in vivo” Aplicações: Reações transfusionais mediadas imunologicamente, doença hemolítica do recém-nascido, anemia hemolítica auto-imune, anemia hemolítica induzida por fármacos Mirian era uma mulher solteira e saudável de 34 anos de idade. Durante sua vida teve apenas resfriados e infecções comuns na infância. Após apresentar uma tosse febril, seu quadro piorou cada vez mais e estava extremamente pálida. Evolução: O médico pediu exames de sangue e escarro. O valor de hemoglobina estava muito baixo, a contagem de leucócitos elevada com neutrofilia e plaquetas normais. A pesquisa do escarro foi negativa. No laboratório foi percebido que quando a amostra de sangue era resfriada a 4ºC as células vermelhas se agrupavam e parecia coagulado, porém quando era aquecida a 37ºC as células se dispersavam. Doenças auto- imunes órgão específicas: Diabete tipo I insulino-dependente Achados: Anticorpos anti- ilhota de Langerhans 80% pacientes) Hipótese: expressão inapropriada MHC II pelas células da beta do pâncreas? Ocorre após episódio de sarampo, caxumba, rubéola – mimetismo molecular?? Hipersensibilidade do Tipo III antígeno solúvel anticorpo IgG ou IgM endotélio Hipersensibilidade do Tipo III neutrófilo IgM: Complemento IgG: Complemento Neutrófilos (C3a, C5a) Hipersensibilidade do Tipo III Imunecomplexos Manifestações: Vasculite, nefrite, artrite HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO III (imunecomplexos) Antígeno solúvel, IgG, IgM, Complemento, neutrófilos Manifestações: vasculite, nefrite, artrite Tipos: Doença do soro, Reação de Arthus Exs: Lúpus eritematoso sistêmico, nefrite por fármacos Manifestação mais característica é a erupção cutânea em asa de borboleta. A morte usualmente resulta da insuficiência renal ou infecção devido a terapia imunossupressora. LUPUS: essa doença pode ser considerada uma doença mista – ou sea, ela envolve tanto a reação de hipersensibilidade tio II e tipo III. Tipo II: As reações citotóxicas são iniciadas por anticorpos – IgG ou IgM – reagido com antígeno ligado às células. Tipo III: As reações mediadas por imunocomplexos são iniciadas por complexos antígeno-anticorpo, formados nos vasos sanguíneos e depositados, então nos tecidos. Imunocomplexos são depositados na membrana basal. O complemento é ativado, e neutrófilos, que tem receptores para o C3b movem-se para a área. Na tentativa de engolir os imunocomplexos , essas células fagocíticas sofrem degranulação e liberam enzimas proteolíticas e outras moléculas - danificam os tecidos. - OS IMUNOCOMPLEXOS grandes são destruídos pela fagocitose. Eles se liam às hemácias através de receptores do complemento CR1 na membrana celular. As hemácias vão para o baço e fígado – SRE. - Os IMUNOCOMPLEXOS pequenos causam dano porque escapam à fagocitose. Eles penetram no endotélio das paredes dos vasos e são depositados na membrana basal vascular. - Plaquetas interagem com imunocomplexos ligados à membrana. Isso decorre agregação praquetária e microtrombos. 1. Rash malar 2. Lesão discóide 3. Fotossensibilidade 4. Úlceras orais 5. Artrite – Não erosiva de duas ou mais articulações 6. Serosite – Pleurite e/ou Pericardite 7. Renal – Proteirúria maior que 0,5 g/d e/ou cilindros 8. Neurológico – Convulsão e/ou Psicose 9. Hematológico – Anemia hemolítica e/ou Leucopenia menor que 4.000/mm3 e/ou Linfopenia menor que 1.500/mm3 e/ou Plaquetopenia menor que 100.000/mm3 10. Alterações imunológicas – Anticorpos anti-DNA e/ou Anticorpos anti-SM e/ou Anticorpos antifosfolípide (anticardiolipina IgG/IgM; anticoagulante lúpico, VDRL falso positivo) 11. Anticorpos antinucleares (FAN) Manifestações clínicas LUPUS - Etiologia • A etiologia do LES permanece ainda pouco conhecida, porém Estudos recentes mostram que fatores genéticos e ambientais estão envolvidos no aparecimento das crises lúpicas. Entre as causas externas, destacam-se: – Exposição ao sol; – Uso de certos medicamentos; – Alguns vírus e bactérias; – Hormônio estrógeno, o que pode justificar o fato de a doença acometer mais as mulheres em idade fértil do que os homens; – Fatores genéticos e imunológicos. O que é lúpus? • É uma doença inflamatória crônica de origem autoimune. • Surgi em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão. Fisiopatologia • Os complexos imunes são produzidos constantemente sempre que existe resposta do anticorpo a antígeno solúvel. Estes são eliminados no fígado e baço com ajuda dos eritrocítos. • Diariamente milhões de núcléos celulares são expelidos pelos eritroblastos. Esse evento fornece uma rica fonte de DNA naqueles indivíduos propensos a produzir uma resposta imune contra o DNA, e portanto desenvolver lúpus. • Pacientes possuem anticorpos para muitos auto- antígenos. Os complexos formados tendem a ser aprisionados, formados, dentro dos tecidos, principalmente rins e articulações. São reconhecidos 2 tipos principais de lúpus: Cutâneo: Que se manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas e daí o nome lúpus eritematoso). Sistêmico: No qual um ou mais órgãos internos são acometidos. Por ser uma doença do sistema imunológico, que é responsável pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de Inflamação em todos os órgãos, Quem tem lúpus? O lúpus pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém as mulheres são muito mais acometidas. Ocorre principalmente entre 20 e 45 anos, sendo um pouco mais frequente em pessoas mestiças e nos afro-descendentes. O que causa o lúpus? Embora a causa do LES não seja conhecida, sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais participam de seu desenvolvimento. Quais são os sintomas da doença? • Os sintomas do LES são diversos e tipicamente variam em intensidade de acordo com a fase de atividade ou remissão da doença. As manifestações clínicas mais frequentes são: a) Lesões de pele: ocorrem em cerca de 80% dos casos, ao longo da evolução da doença. As lesões mais características são manchas avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso do nariz, denominadas lesões em asa de borboleta, e que não deixam cicatriz. As lesões discóides, que também ocorrem mais freqüentemente em áreas expostas à luz, são bem delimitadas e podem deixar cicatrizes com atrofia e alterações na cor da pele. b) Articulares: a dor com ou sem inchaço nas juntas ocorre, em algum momento, em mais de 90% das pessoas com LES e envolve principalmente as juntas das mãos, punhos, joelhos e pés c) A inflamação das membranas que recobrem o pulmão (pleuris) e coração (pericardite) são relativamente comuns, podendo ser leves e 7 assintomáticas, ou, se manifestar como dor no peito. d) Inflamação nos rins (nefrite) e) Alterações neuropsiquiátricas f) Sangue. O FAN não é exame exclusivo para o lupus Embora não exista um exame que seja exclusivo do LES (100% específico), a presença do exame chamado FAN (fator ou anticorpo antinuclear), principalmente com títulos elevados, em uma pessoa com sinais e sintomas característicos de LES, permite o diagnóstico com muita certeza. diagnóstico • Exames imunológicos: – OsFANs detectados pela imunofluorescência indireta utilizando celulas derivadas de carcinoma do epitélio laríngeo humano HEp- 2., pode ser positivo em 98% dos casos de lúpus. – Na suspeita de doença mista do tecido conjuntivo ou de lúpus eritematoso sistêmico, um FAN negativo quase sempre afasta essas possibilidades. Já na hipótese de esclerodermia, síndrome de Sjögren, polimiosite e dermatomiosite, um resultado negativo torna tais doenças menos prováveis, mas não as exclui totalmente. Ademais, a presença de alguns autoanticorpos, como anti-SS- A/Ro, anti-Jo-1 e antiproteína P ribossomal, http://www.amaissaude.com.br/servicos/resultado-de-exames/Pages/default.aspx Os padrões mais comuns na prática e suas prováveis patologias, são: •Nuclear pontilhado Centromérico = Esclerodermia e Cirrose biliar primária •Nuclear homogêneo = Lúpus, Artrite Reumatóide, Artrite Idiopática Juvenil, Síndrome de Felty, Cirrose Biliar Primária. •Nuclear tipo membrana nuclear contínua = Lúpus, Hepatite auto-imune •Nuclear pontilhado fino = Síndrome de Sjögren Primária, Lúpus Eritematoso Sistêmico, Lúpus •Nuclear pontilhado fino Denso = Inespecífico, pode estar presente em várias doenças auto-imunes e também na Cistite Intersticial, Dermatite Atópica, Psoríase e Asma. •Nuclear pontilhado grosso = Doença Mista do Tecido Conjuntivo, Lúpus Eritematoso Sistêmico, Esclerose Sistêmica e Artrite Reumatóide •Nucleolar pontilhado = Esclerose Sistêmica •Citoplasmático pontilhado reticulado = Cirrose Biliar Primária e Esclerose Sistêmica •Citoplasmático pontilhado fino = Polimiosite e Dermatomiosite diagnóstico • Outros anticorpos também são detectados e caracterizam o padrão de resposta imune do LES, sendo freqüentes os anticorpos anti-RNP, anti-Ro/SS-A, anti-La/SS-B e os anticorpos antifosfolípide, que estão relacionados com trombose e/ou abortos de repetição, caracterizando a síndrome antifosfolípide (SAF) secundária. Aproximadamente 25% dos casos de LES apresentam positividade do fator reumatóide. • A determinação da atividade hemolítica do complemento e dos níveis séricos dos seus componentes C3 e C4 é extremamente útil na monitorização de doença e da resposta terapêutica. Diagnóstico • Diante da suspeita de LES e a positividade do FAN, é fundamental tentar caracterizar os auto-anticorpos específicos da doença: – Anticorpos anti-nucleares (ANA): Auto-anticorpos que atacam o núcleo das células. – Anticorpos anti-ADN: Auto-anticorpos que atacam o material genético da célula. – Anticorpos anti-Sm: Estes auto-anticorpos existem quase exclusivamente no LES, ajudando com freqüência a confirmar o diagnóstico. – Anticorpos anti-fosfolípide: Auto-anticorpos que agem contra os fosfolípide (presente na membrana plasmática) ou proteínas que ligam aos fosfolípidios do próprio corpo. Porque usar hidroxicloroquina na gravidez de uma mulher com lupus? Durante muito tempo os médicos acreditaram que quem tinha lúpus não poderia jamais engravidar. No entanto, a gravidez não está proibida para as mulheres com lúpus, mas que ela deve ser programada. A cloroquina por outro lado, pode e deve ser mantida durante a gestação. Normalmente as pessoas com lúpus vão ter crianças normais. Por outro lado, sabemos que existe uma pequena chance de ocorrer um abortamento, ou do bebê nascer prematuro ou com baixo peso.
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