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Resumo Abbas 19 - Reações de Hipersensibilidade

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Resumo – Reações de Hipersensibilidade
Hipersensibilidade = resposta imune exacerbada (autoimunidades, alergias, patógenos persistentes, antígenos ambientais)
Tipo I: hipersensibilidades imediatas mediadas por IgE e mastócitos (degradação de histamina – alergias)
Tipo II: hipersensibilidade mediada por anticorpos IgG e IgM (antígenos de superfície)
Tipo III: hipersensibilidade mediada por deposição de imunocomplexos
Tipo IV: hipersensibilidade mediada por células T (principalmente Th que produzem citocinas)
Hipersensibilidade Tipo II
Anticorpos reconhecem a superfície celular, opsonização de células ou ativação do complemento para lise, fagocitose e eliminação celular (ex: anticorpos contra eritrócitos nas transfusões com anemia hemolítica, anticorpos contra plaquetas na púrpura trombocitopênica autoimune, anticorpos maternos na eritroblastose fetal)
Doença de graves (reconhecimento do receptor de TSH por anticorpos), miastenia gravis (receptor de acetilcolina reconhecido por anticorpos), síndrome de Goodpasture
Hipersensibilidade Tipo III
Doença do soro – deposição de imunocomplexos nas articulações, nos pequenos vasos, nos rins, pela administração de anticorpos de outro indivíduo para prevenir doenças (soroterapia) ou presença contínua de antígenos; pode causar artrite, vasculite e nefrite (diferentes proteínas)
Imunocomplexos depositados ativam o complemento, formando anafilotoxinas, que causam vasodilatação, expondo a rede endotelial às plaquetas, que são ativadas e agregadas, formando trombos, que causam mais inflamação, mais deposição de imunocomplexos e até oclusão de pequenos vasos
Antígeno circulando em grande quantidade, gerando anticorpos contra ele, gera imunocomplexos, que começam a se depositar
Aparecimento de sinais e sintomas a partir do oitavo dia - dor articular, febre, problemas renais; na dosagem de complemento os níveis diminuem por causa do consumo das moléculas ativadas
Retirada do antígeno = diminuição do quadro clínico, ausência de imunocomplexos e de sintomas, só existem anticorpos livres então o quadro de doença do soro desaparece
Autoimunidades: artrite reumatoide, lúpus eritematoso, comprometimento renal
Antígenos catiônicos na glomerulonefrite, artrite (líquidos articulares), nefrite (rins), vasculite (pequenos vasos)
Poliartrite nodosa: antígenos de superfície do vírus da hepatite B combatidos por anticorpos que geram vasculite (artérias musculares médias)
Glomerulonefrite pós-estreptocócica: infecção por Streptococcus gera anticorpos contra os antígenos, que se depositam na membrana basal causando nefrite
Reação de Arthus: vasculite, pode acontecer na segunda dose da vacina, quando ocorre a geração de anticorpos contra a primeira dose e os anticorpos migram para o loca da segunda dose, se depositam e geram inflamação
Hipersensibilidade Tipo IV
Mediada pelas mesmas citocinas do perfil Th1 e Th17 que combatem tumores e patógenos (não tem perfil Th2 – ele prova hipersensibilidade tipo I)
Linfócitos TCD4 e TCD8 gerando ativação e mecanismos efetores (produção de citocinas e lise) de forma exagerada, gerando a morte tecidual
Ex: planta hera venenosa, tem antígenos que entram nas proteínas da pele, se misturam e formam novos antígenos; o primeiro contato gera uma resposta imunológica normal adaptativa, ficam as células de memória; no segundo contato as células do sistema imune já formadas geram inflamação, com produção de citocinas locais, gerando um quadro clínico (semelhante à dermatite)
Ex: “alergia” a hena, cintos, brincos, bijuterias – diminuição de antígeno e homeostasia as células imunes morrem, novo contato com antígeno e as poucas células de memória são reativadas e geram resposta de proliferação e combate
Teste de contato – falso-positivo em pacientes com dermatografia (fragilidade de mastócitos e basófilos com liberação de histamina)
Hipersensibilidade tardia de contato gera eczemas (ex: milho, borracha, látex, tuberculina) em 24 a 72 horas, doença granulomatosa em 21 a 28 dias
Hipersensibilidade Tipo I
Alergia = IgE contra o antígeno ativa mastócitos, basófilos ou eosinófilos que causam quadros clínicos
Mecanismos de resposta imune igual à dos helmintos
Pacientes atópicos: possuem a predisposição a produzir IgE para antígenos (desenvolver alergias); predisposição de polimorfismos genéticos, fatores ambientais (poluição, alimentação, local, exposição na infância
Respondem geralmente contra antígenos solúveis (baixo peso molecular, muito glicosilados) que se disseminam pelo corpo ou proteínas com atividades enzimáticas (picada de abelha, pólen)
Ex: rinite, asma, dermatite ectópica e anafilaxia sistêmica
Primeiro contato com o antígeno: sensibilização de formação da resposta imunológica, sem quadro clínico
Segundo contato: IgE pronta (parede dos mastócitos) ligada no receptor Fc da cadeia ε numa fase mais tardia (2 a 4 horas após o contato)
Imediata (segundos a horas) – fase imediata e fase tardia (12 a 48 horas)
Células envolvidas: mastócitos (tecido conjuntivo, pele, submucosa, espaços alveolares, órgãos linfoides, próximos a vasos e nervos – eritema e coceira – histamina, heparina e proteases – receptores épsilon de alta afinidade recobertos com IgE), basófilos (histamina, heparina, IL-4 e IL-13 – diferenciação para Th2 - receptores para cadeia épsilon recobertos por IgE – pouco no sangue), e eosinófilos (pouquíssimo na circulação – tecido conjuntivo, epitélio respiratório, epitélio intestinal e trato genitário – combate aos helmintos – receptores de baixa afinidade – enzimas, citocinas, quimiocinas, mediadores lipídicos e proteínas tóxicas)
IL-3 e CSF estimulam mastócitos e basófilos, IL-5 estimula eosinófilos
Pouco IgE circulante, pois ficam presos nos receptores Fc dos mastócitos e basófilos (exceto nos atópicos, que produzem muito IgE)
Hipótese da higiene: diminuição das parasitoses e aumento dos quadros alérgicos
Mecanismo efetor da alergia: receptor FcεRI dos mastócitos se ligam na porção Fc do IgE, e quando reconhece o antígeno sinaliza para os mecanismos efetores – ativação de proteínas adaptadoras, fosforilação de fosfoinositol-3-fosfato, ativa a proteína quinase 5, que aumenta a quantidade de influxo de cálcio citoplasmático (aumenta a expressão de citocinas e o citoesqueleto se torna mais fluido - vesículas se fundem com a membrana e liberam grânulos); fosforilação ativa fosfolipase-A2 que ativa fosfotilcolina transformando em ácido araquidônico (entra na via para transformar em prostaglandinas e leucotrienos, faz a alergia pelos mediadores lipídicos)
Compostos pré-formados: histamina (aumenta a permeabilidade vascular e estimula a contração de músculo liso), serotonina (contração de músculo liso e aumento da permeabilidade capilar), heparina (efeito anticoagulante local) e as proteases (lisam os tecidos) – quadro inicial da alergia
Componentes mediadores lipídicos: prostraglandina-D2 (vasodilatação, broncoconstrição e quimiotaxia de neutrófilos), leucotrienos (broncoconstrição prolongada, secreção de muco e aumento da permeabilidade vascular), fator de ativação de plaqueta (aumenta quimiotaxia e ativação de leucócitos, broncoconstrição e aumento de permeabilidade vascular), tromboxanos (vasoconstrição, agregação plaquetária e quimiotaxia de neutrófilos) IL-3 (aumenta a proliferação de mastócitos), TNF (aumenta a inflamação local), IL-4 e IL-3 (aumenta a produção de IgE e secreção de muco), IL-5 (aumenta a produção de eosinófilos) – quadro tardio da alergia